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ESCOLA PORTUGUESA DE DÍLI CENTRO DE ENSINO E LÍNGUA PORTUGUESA Telefone +6703322070 e Fax: +670 3310581 Rua de Balide, Santa Cruz, Díli, Timor-Leste Endereço electrónico: [email protected]

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ESCOLA PORTUGUESA DE DÍLI

CENTRO DE ENSINO E LÍNGUA PORTUGUESA Telefone +6703322070 e Fax: +670 3310581

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Rua de Balide, Santa Cruz, Díli, Timor-Leste Endereço electrónico: [email protected]!!!

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!! 1! !! !Projecto!Educativo!EPD!0!CELP!

ÍNDICE I

Contextualização do Projecto Educativo

1. Introdução ………………………………………………………………………………………..……………. 2

2. Enquadramento legal …………………………………………………………………………..……………… 2

3. Caracterização do Contexto ……………………………………………………………………………….….. 3

3.1. A Instituição ……………………………………………………………………………………………... 3

3.1.1. Escola Portuguesa de Díli – Centro de Ensino e Língua Portuguesa …………..………………… 3

3.1.2. Escola de Referência de Baucau …………………………………………………………………. 6

3.1.3. Escola de Referência de Same …………………………………………………………………… 8

3.1.4. Escola de Referência de Maliana ………………………………………………………………… 8

3.1.5. Escola de Referência de Oecusse ………………………………………………………………… 9

3.2. Contexto Material …………………………………….………………………………………………… 10

3.2.1. Recursos físicos/espaços físicos ……………………………………………………….…………10

3.2.2. Recursos Educativos ………………………….…………………...…………………………….. 10

3.3. Contexto Humano ………………………………………………………………………………………. 11

3.3.1. A Comunidade Escolar ……………………………………………………………….………..... 11

3.4. Organigrama ............................…………………………………………………………………………. 13

3.5. Parceiros Educativos …………………………………………………………………………………… 14

3.6. Rede Biblioteca Escolar .……….……………………………………………………………………… 14

II

Organização do Projecto Educativo

1. Princípios Orientadores do Projeto ………………………………………………………………………..… 16

1.1. Problemas diagnosticados ……………………………………………………………………………… 16

1.2. Metas e Objetivos Gerais para o triénio 2010/2013 …………………………………………………… 18

1.2.1 Metas da Escola ……………………………………………………………..…………………… 18

1.2.2. Objetivos Gerais …………………………………………………………………………………. 18

1.4. Princípios de Atuação ………….……………………………………………………………………….. 19

III

Implementação do Projecto Educativo 1. Áreas de Intervenção ………………………………………………………………………………………… 20

1.1. Área Pedagógica - objetivos, indicadores, evidencias …………………………………………………. 20

1.2. Área Organizacional - objetivos, indicadores, evidencias ………………………………………………

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IV

Avaliação do Projetco Educativo

1. Implementação e Avaliação do Projeto ……………………………………………………………………… 29

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I

Contextualização do Projeto

1. Introdução O Projeto Educativo, doravante PE, constitui um instrumento orientador e de referência para a ação

coletiva (e individual), que valoriza a possibilidade de intervenções de mudança na escola, possibilita o desenvolvimento de compromissos e vínculos com todos os membros da comunidade educativa e determina a filosofia que sustenta a dinâmica a imprimir às escolas do agrupamento.

Pretende, ainda, potenciar os recursos humanos e materiais disponíveis prevendo igualmente o

estabelecimento de colaboração e parcerias com várias instituições locais para dar, assim, uma resposta educativa global que permita a mobilização de novos recursos e novas respostas que conduzam ao sucesso educativo.

Este PE é o tronco comum de onde partem os vários projetos existentes ou que venham a existir, quer no âmbito da organização curricular e das ofertas educativas, quer no âmbito das orientações administrativas e da formação do pessoal docente e não docente. É, também, um documento que pretende definir valores e princípios educativos, objetivos e estratégias a partilhar, a desenvolver pelas escolas do agrupamento, partindo do levantamento de problemas prioritários identificados.

O PE deve constituir um instrumento de trabalho exequível, a ter sempre presente como instrumento

orientador e de referência na elaboração e concretização do projeto curricular do agrupamento, do projeto curricular de turma e plano anual de atividades da escola e BE.

Encontrando-se a sociedade em constante mutação, a educação e a escola em Timor-Leste assumem um

papel de grande relevo no âmbito da formação de cidadãos de plenos direitos e deveres. Neste contexto, o PE surge como um instrumento impulsionador duma correta filosofia/cultura de escola e de práticas educativas propiciadoras do sucesso educativo, de modo a que se construa uma imagem credível e uma personalidade própria em estreita articulação com os diversos intervenientes da comunidade educativa. Com efeito, enquanto instrumento de organização e administração da escola, o PE deve funcionar como um elo de ligação entre os diversos atores envolvidos e um vetor de visão e orientação estratégica.

O PE deverá ser encarado como um instrumento dinâmico, um documento estratégico orientador de

atividades a desenvolver no âmbito das necessidades mais prementes do processo de ensino e aprendizagem, de acordo com os problemas a resolver, as metas e os padrões de qualidade a alcançar.

2. Enquadramento legal

Através do acordo de cooperação assinado em Díli em 4 de dezembro de 2002 a República Portuguesa e a República Democrática de Timor-Leste aprovaram a criação de uma escola portuguesa em Díli, considerando o interesse recíproco no desenvolvimento da cooperação entre os dois Estados nos domínios do ensino, da língua e da cultura, com o reforço do intercâmbio cultural e da valorização da língua portuguesa, como língua oficial daquele Estado (cfr. Acordo Quadro de Cooperação vigente entre os dois Estados, celebrado em 20 de Maio de 2002, visando fortalecer os laços de amizade e cooperação já existentes).

Concretizando os objetivos a prosseguir pela Escola Portuguesa de Díli, ficou estabelecido que o seu projeto educativo, para além do desenvolvimento do ensino do português e em português, deveria contribuir para a qualificação da população de Timor -Leste, em particular das suas crianças e jovens, sem deixar de promover a educação e a formação ao longo da vida.

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Enquanto escola pública portuguesa, a Escola Portuguesa de Díli estará aberta a cidadãos portugueses e timorenses, além de cidadãos de outras nacionalidades residentes em Timor -Leste. Prosseguindo, com as indispensáveis adaptações decorrentes da sua situação própria, as orientações curriculares para a educação pré -escolar e os planos curriculares e programas dos ensinos básico e secundário em vigor no sistema educativo português, a escola procede à certificação dos respectivos ciclos e níveis de ensino. Nos termos do acordo celebrado entre Portugal e Timor -Leste, essa certificação permite o prosseguimento de estudos nos respectivos sistemas educativos.

No desenvolvimento dos princípios da administração educacional estabelecidos na Lei de Bases do Sistema Educativo, aprovada pela Lei n.º 46/86, de 14 de outubro, o Decreto -Lei n.º 43/89, de 3 de fevereiro, consagrou a autonomia das escolas, prevendo a transferência progressiva de atribuições e competências para as organizações escolares, traduzindo o reconhecimento pelo Estado da capacidade das escolas em melhor gerirmos recursos educativos de forma consistente com o projeto educativo. Posteriormente, o Decreto-Lei n.º 115-A/98, de 4 de maio, veio estabelecer o atual regime de autonomia e gestão das escolas com vista a dar efectiva execução àqueles objetivos e define a autonomia como o poder reconhecido pela administração educativa à escola para tomar decisões no domínio estratégico, pedagógico, administrativo, financeiro e organizacional, no quadro do seu projeto educativo e em função das competências e dos meios que lhe estão consignados.

No âmbito do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado, o XVII Governo

Constitucional tomou medidas de descentralização, transferindo competências para as escolas e agrupamentos, aprofundando, assim, o nível de base da autonomia destas unidades de gestão como instrumento de melhor prestação do serviço público de educação.

O contrato de autonomia implica compromissos e deveres mútuos e assume-se como um instrumento de gestão privilegiado no sentido da oferta de melhores condições para a realização pelo Agrupamento do serviço público que lhes está confiado. Essa autonomia exprime-se, em primeiro lugar, na faculdade de auto-organização da escola. Neste domínio, o Decreto-lei nº75/2008, de 22 de abril, estabelece um enquadramento legal mínimo, determinando a criação de algumas estruturas de coordenação de 1.º nível (departamentos curriculares) com assento no conselho pedagógico e de acompanhamento dos alunos (conselhos e diretores de turma), definidas em Regulamento Interno. No mais, é dada às escolas a faculdade de se organizarem, de criar estruturas definidas no Regulamento Interno do agrupamento e de as fazer representar no Conselho Pedagógico.

O Decreto-lei nº75/2008, define, ainda, os instrumentos de autonomia do agrupamento dos quais o

projeto educativo de agrupamento (PEA) consagra a sua orientação educativa, sendo elaborado e aprovado pelos órgãos de administração e gestão para um horizonte de três anos, no qual se explicitam os princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo os quais o agrupamento de escolas se propõe cumprir a sua função educativa. 3. Caracterização do Contexto 3.1. A Instituição 3.1.1. Escola Portuguesa de Díli – Centro de Ensino e Língua Portuguesa

Breve história e contextualização de Díli.

A primeira capital do Timor Português foi Lifau, situado a 5 km a oeste de Pante Macassar, no enclave de Oecusse. Foi aí que se localizou o primeiro estabelecimento português no que é hoje Timor-Leste, criado em meados do século XVII, já que a fortaleza construída em Cupão (hoje Kupang) em 1646 teve de ser abandonada em 1653 por imposição dos holandeses.

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A nova capital do Timor Português foi fundada na baía de Díli e começou a ser construída em 10 de outubro do mesmo ano. Nos primeiros anos, a cidade não passava de um pequeno aglomerado de casas de madeira, sumariamente protegidas por trincheiras e baluartes. Os frágeis edifícios de madeira acabaram por ser consumidos por sucessivos incêndios até que, em 1834, sob orientação do governador José Maria Marques, Díli foi devidamente urbanizada, sendo elevada à categoria de cidade, em janeiro de 1864.

Rafael Jácome Lopes de Andrade, entre 1881 e 1888, levou a cabo diversas melhorias em Díli, ligando a cidade aos povoados circunvizinhos por estrada, construindo uma rede de abastecimento de água e erguendo o farol do porto.

Já nos inícios do século XX, de inspiração neoclássica, são construídas a catedral e o edifício da câmara municipal de Díli que não sobreviveram à invasão e ocupação japonesas, na Segunda Guerra Mundial. Este foi um período particularmente negro da história de Díli e de Timor, com massacres à população e destruição generalizada do edificado.

Terminada a guerra, Timor regressou ao domínio português, empreendendo-se uma penosa e demorada reconstrução da capital da colónia e de todos os outros centros populacionais. Foi já durante a permanência do coronel Themudo Barata (governador entre 1959 e 1963) que foi a construída ponte-cais de Díli, restabelecida a rede de esgotos, o abastecimento regular de água e de energia eléctrica. Foram erguidas escolas e hospitais e reparadas ou construídas novas ruas, estradas e pontes.

Seguiu-se o general José Alberty Correia (governador de 1963 a 1967) que alcatroou os principais arruamentos de Díli, alargou o período de fornecimento de energia eléctrica às 24 horas do dia e aprovou legislação regulamentando as condições estéticas, de higiene e de conforto a que todas as construções deviam obedecer. Fundos do Plano de Fomento e do Ministério do Ultramar foram usados para construir diversos edifícios na cidade: o Centro Emissor de Telecomunicações, as oficinas das Obras Públicas, a Escola Técnica, a Imprensa Nacional, os CTT, a prisão. O porto de mar foi modernizado e ampliado. Foram construídos novos armazéns e acessos, sendo aumentada a sua capacidade, passando a poder receber navios até sete mil toneladas, como o "Índia" e o "Timor" da Companhia Colonial de Navegação.

Entre 1968 e 1972, durante o governo do general José Nogueira Valente Pires, a Câmara Municipal construiu bairros sociais destinados a população mais carenciada, contribuindo para a melhoraria da salubridade geral da cidade.

Timor-Leste proclamou unilateralmente a independência em 28 de novembro de 1975. Entretanto, nove dias depois, a Indonésia invadiu Díli, transformando o território na sua 27.ª província, chamada "Timor Timur". No entanto, os resistentes timorenses, agrupados em torno da Fretilin, prosseguiram uma luta de guerrilha contra a ocupação, ferozmente combatida pelo exército indonésio. Ao longo dos 25 anos que durou a ocupação, dezenas de milhares de civis foram mortos.

Um dos mais pungentes massacres ocorridos na cidade foi o do cemitério de Santa Cruz, em 1991. A cobertura dada pelos média revitalizou o apoio internacional a favor da independência de Timor-Leste, sobretudo no exterior, onde se formaram inúmeros movimentos de apoio à causa timorense.

Em 1998, com a queda do ditador Suharto e a tomada de posse de B. J. Habibie, o governo da Indonésia aceitou a realização de um referendo supervisionado pela ONU em Timor-Leste. A maioria da população (78,5%) votou pela independência, o que provocou a ira de milícias orquestradas pela Indonésia, levando à destruição de grande parte da cidade. Em 20 de maio de 2002, Díli voltou a ser capital da República Democrática de Timor-Leste. A maioria dos edifícios sofreu danos na sequência dos actos de violência de 1999, no entanto, a cidade mantém ainda muitos edifícios e monumentos da era portuguesa.

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Para possibilitar um desenvolvimento sustentável e retirar o carácter anárquico e de elevada densidade populacional que caracterizam actualmente a capital de Timor-Leste está em elaboração, com o apoio da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, um Plano de Urbanização de Díli que permitirá traçar ruas e espaços públicos, fazer equipamentos e infra-estruturas, licenciar grandes construções e concretizar propostas no âmbito das políticas sectoriais.

De entre os estabelecimentos de ensino, destacam-se os edifícios das antigas Escola Preparatória e Escola Comercial e Industrial Professor Silva Cunha, construídas em 1964, e o antigo Liceu Dr. Francisco Machado, erguido em 1960 e recuperado como o apoio da Câmara Municipal de Lisboa. Actualmente ambos estão integrados na Universidade Nacional de Timor-Leste. De assinalar ainda o seminário de Dare.

No que concerne à educação, a Universidade Nacional de Timor-Leste é uma instituição de ensino superior fundada em 2000 em Díli, criada após a completa vandalização das instalações da anterior Universitas Timor Timur, na sequência da destruição que se seguiu ao referendo pela independência em 1999. Funciona nas instalações restauradas do antigo Liceu Dr. Francisco Machado e conta com o apoio internacional. Por regra, as aulas são ministradas em língua portuguesa.

Inaugurado em 2001, o Centro de Língua Portuguesa funciona nas instalações da Universidade Nacional de Timor-Leste, assegurando a licenciatura em Língua Portuguesa e Culturas Lusófonas e mantendo espaço próprio para o acervo bibliográfico e multimédia, composto por materiais das áreas da pedagogia, linguística, literatura e história. O Centro de Língua Portuguesa lecciona ainda cursos extracurriculares de formação e aperfeiçoamento em Língua Portuguesa, vocacionados para quadros médios e superiores, timorenses e internacionais, nos sectores da administração pública e nas áreas jornalística, bancária, hotelaria e turismo.

O Centro Cultural Português foi criado em 2001 e inclui uma biblioteca que abrange obras portuguesas, brasileiras, africanas de expressão oficial portuguesa e timorenses; um espaço multimédia, com acesso gratuito à Internet; uma videoteca, com cerca de 150 filmes lusófonos; e uma fonoteca com milhares de horas de música erudita e popular lusófona.

O Colégio de São José é um estabelecimento de ensino secundário católico (alunos entre os 15 e os 18 anos), fundado pela Diocese de Díli em 1983/84. Em 1993 a gestão da escola foi confiada à Companhia de Jesus.

Inicialmente denominada Escola Portuguesa de Díli, passou, no ano lectivo de 2010/11, a Escola Portuguesa de Díli - Centro de Ensino e Língua Portuguesa.

Localiza-se no suco de Santa Cruz e foi projectada para albergar todos os ciclos de estudo.

Tem à data 704 alunos, distribuídos por 30 turmas, desde a educação pré-escolar ao 12º ano. Frequentam a escola aluna de todo o conjunto CPLP. Vive na contingência de receber a qualquer momento alunos portugueses, fruto da cooperação que Portugal mantém com Timor-Leste.

Passou a sede de um agrupamento, da qual dependem as escolas de referência de Same, Baucau,

Oecusse e Maliana. Cada escola de referência terá 2 salas da educação pré-escolar, 2 de 1º ano e 2 de 2º ano de escolaridade, num total de 528 alunos distribuídos por 24 turmas. A escola sede foi sujeita a grandes obras de alteração/ampliação no início do ano de 2006. Em 30 de agosto de 2007 foi inaugurada a escola nova, beneficiando de todos os serviços. Apesar deste grande esforço, a escola não foi beneficiada com o Plano Tecnológico. Cabe à escola equacionar respostas pela via, por exemplo do mecenato, protocolos, patrocínios.

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Denominação Social: Escola Portuguesa de Díli - Centro de Ensino e Língua Portuguesa Endereço: Santa Cruz - Balide - Díli Telefone(s): +6703310581 – fax: +670 3310878 - e-mail: [email protected] Número de contribuinte: 600084035 Director: João de Carvalho Roseiro Subdirectora: Conceição Maria Brito Godinho

Considerando o Acordo Quadro de Cooperação entre a República Portuguesa e a República Democrática de Timor-Leste, recordando a prioridade estratégica do IV Governo Institucional da República Democrática de Timor-Leste em desenvolver e consolidar o ensino da Língua e Cultura Portuguesas no seu território; com o reconhecimento que a organização, gestão e administração escolar, assim como o desenvolvimento dos programas curriculares e pedagógicos da Escola Portuguesa de Díli, constituem um modelo de referência para as escolas que compõem o Sistema de Ensino de Timor-Leste, são criadas as Escolas de Referência para o desenvolvimento do Sistema de Educação Pré-Escolar e Ensino Básico e Secundário de Timor-Leste. 3.1.2. Escola de Referência de Baucau

Baucau, sede do distrito do mesmo nome, antiga sede de concelho no tempo da administração portuguesa, quando se chegou a designar Vila Salazar, é o segundo aglomerado populacional de Timor Leste. Dista de Díli, a capital do país, 122 km que se percorrem, por estrada asfaltada em estado deficiente de conservação, em cerca de quatro horas de automóvel.

Tal como noutros pontos de Timor-Leste, muitas das infra-estruturas da cidade e dos arredores foram destruídas ou gravemente danificadas durante os motins que se seguiram ao referendo pela independência em 1999.

A pequena localidade, no tempo colonial português, por via da concentração forçada de populações ocorrida durante a ocupação indonésia, transformou-se num meio urbano muito populoso, contando o distrito, atualmente, com cerca de 120 000 habitantes.

Segunda cidade de Timor Leste, Baucau foi, igualmente, elevada a sede da segunda diocese católica do país, criada em novembro de 1996. É, desde então, seu titular o Bispo D. Basílio do Nascimento Martins. A Catedral de Baucau, categoria a que foi elevada uma pequena igreja construída durante a presença colonial portuguesa no séc. XX, situa-se muito próximo das instalações provisórias do Pólo da Escola Portuguesa de Díli.

Baucau é a capital regional da Zona Leste (Loro Sa’e) de Timor, encontrando-se aqui instaladas as Direcções Regionais dos Ministérios sedeadas em Díli, bem como um Comando Militar e de Polícia Nacional. !

A parte antiga de Baucau, construída em torno de uma nascente, mantém fortes traços do período português na forma de grandes casas coloniais, igrejas e edifícios públicos. Um número apreciável de belos edifícios coloniais sobreviveu em até aos nossos dias. Entre eles merece destaque a Pousada de Baucau, edifício cor-de-rosa. A cidade atrai populações dos distritos vizinhos, como Viqueque (a sul), e Lautem (a leste).

Baucau é, também, o segundo círculo eleitoral de Timor.

Próximo à cidade, encontra-se, desactivado, o Aeroporto Internacional de Baucau, com a maior pista de aterragem do país. Atualmente, é aeroporto militar de reserva das forças das Nações Unidas.

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A principal atividade económica do distrito de Baucau é a agricultura (milho, arroz, amendoim, coco e produtos hortícolas). A falta de transportes e a fraca disponibilidade de energia eléctrica têm impedido o desenvolvimento das pequenas empresas que começam a emergir. Apesar do desemprego, particularmente de jovens, ser muito alto. Existem algumas experiências com sucesso na reconversão de antigos guerrilheiros para empregos na indústria ligeira. Há planos para desenvolver o artesanato e um leque alargado de micro-empresas nas áreas da higiene e saúde, produção e processamento de alimentos, transportes, pequeno retalho e turismo

A Diocese de Baucau é catalisadora de iniciativas empresariais, como uma fábrica de móveis (vulgo “carpintaria”), hotelaria, tipografia, rádio comercial, etc..

Assim, com desemprego juvenil muito elevado, a população activa dedicando-se, essencialmente e por esta ordem, ao funcionalismo público, à agricultura, ao comércio e à pesca artesanal.

Baucau possui cerca de duas centenas de estabelecimentos de ensino não superior, sendo 148 do ensino primário, 28 do ensino pré-secundário e 13 do ensino secundário e técnico-profissional, quer na sede do distrito, quer no seu interior, como nas localidades de Laga, Venilale e Fatumaca, esta última situada a uma dezena de quilómetros da cidade e onde se situa uma grande e prestigiada escola técnico-profissional. Grande parte desses estabelecimentos de ensino é confessional, católica.

A nível superior existem, atualmente, três estabelecimentos de ensino – o Instituto Católico de Formação de Professores (escola superior de educação, fundada em 2000 por Irmãos Maristas portugueses, mas desde 2002 com ensino em inglês a cargo de australianos), e os pólos da Universidade de Díli (privada) e do Díli Institute of Technology (australiano), estes dois últimos a funcionar desde janeiro.

Na zona mais recentemente construída, existe um Hospital Regional (de referência) que substituiu o Hospital Português que está a sofrer obras de restauro. Na mesma área, situa-se a agência local do BNU/Caixa Geral de Depósitos, uma ATM do Banco ANZ, uma estação de Correios (a funcionar deficientemente) e uma delegação da TT – Timor Telecom.

Para além das línguas oficiais do país, o tétum e o português, no distrito de Baucau grande parte da população expressa-se também em macassai.

O actual edifício da Escola de Referência de Baucau nasceu da remodelação da antiga Escola Primária N.º 1 de Baucau. O complexo distribui-se por três blocos: pré-escolar, serviços de apoio e 1.º ciclo. Possui rede eléctrica pública (se bem que exista também um gerador dada a frequência dos cortes de energia), tem água canalizada e fossa asséptica.

Em relação ao Pré-escolar, é constituído por duas salas de atividades, três casas-de-banho, uma arrecadação e um hall, instalados no antigo edifício português da Escola Primária de Baucau.

Os serviços de apoio distribuem-se por duas salas onde funcionam os Serviços Administrativos e a Biblioteca.

No último bloco, existem quatro salas do 1.º Ciclo, três instalações sanitárias (uma para adultos e duas para os alunos), uma sala de professores e uma arrecadação.

O exterior é dotado de áreas cobertas, junto às salas de aulas. Existe um parque infantil (equipado com baloiços, balancés e dois aparelhos de cordas) e também um parque de jogos com balizas e tabelas de basquetebol. O amplo espaço circundante é aproveitado pelas crianças para brincadeiras espontâneas.

As salas de atividades e de aulas estão dotadas de amplas janelas, permitindo uma boa iluminação natural e bom arejamento. Todos os espaços interiores possuem duas ventoinhas.

Considerando as salas do 1.º Ciclo, estão equipadas com quinze carteiras, dois armários fechados, com várias prateleiras, e uma secretária com cadeira.

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Em todas as salas de alunos existem amplos quadros negros em cimento. Todo o mobiliário e demais equipamentos é novo.

A Biblioteca está equipada com uma secretária e respetiva cadeira, um armário com quatro prateleiras, oito mesas rectangulares, sete mesas trapezoidais, vinte e quatro cadeiras, dez cadeiras de auditório quatro puffs, duas mesas de apoio em madeira, um biombo, um porta guarda-chuvas, quatro papeleiras e quatro cestos de plástico para transporte de livros. Este material encontra-se em bom estado de conservação e foi cedido pela Escola Portuguesa de Díli.

Os Recursos Humanos deste pólo são constituídos pelo pessoal docente: Pré-escolar – 2 professoras; 1.º Ciclo – 4 professores. Pessoal não docente: Pré-escolar – 2 auxiliares de ação educativa; 1.º Ciclo - 2 auxiliares de ação educativa. O pessoal responsável pela segurança da escola: 3.

3.1.3. Escola de Referência de Same

Same é uma cidade do interior de Timor-Leste, 81 km a sul de Díli, a capital do país, que se percorrem, por estrada asfaltada em estado deficiente de conservação, em cerca de quatro horas de automóvel. A cidade de Same tem 25 mil habitantes e é capital do distrito de Manufahi, herdeiro directo do concelho de Same do tempo do Timor Português.

A Escola de Referência de Same situa-se em Ailuli-Manufathi a 7 km de Same. A zona envolvente é habitacional.

A escola é formada por 2 edifícios com 6 salas de aula (4 salas de aula do 1º Ciclo e 2 para o pré-escolar), uma sala de trabalho para os professores com instalação de vídeo-conferência. Tem equipamento sanitário no exterior dos edifícios. A escola tem ainda um terceiro edifício destinado à biblioteca e serviços administrativos. A escola, durante o dia tem uma deficiente distribuição de luz eléctrica.

A escola de referência conta com 6 turmas, 4 do primeiro ciclo e 2 do ensino pré-escolar. Os alunos são provenientes de várias localidades do distrito de Same. Alguns alunos deslocam-se até à escola a pé percorrendo, em alguns casos, horas no percurso escola. Os restantes alunos são acompanhados pelos respectivos encarregados de educação. Estão responsáveis pelas turmas 4 professores do 1º Ciclo e 2 professores do ensino pré-escolar. A escola tem 3 auxiliares e 2 seguranças, um noturno e um diurno.

3.1.4. Escola de Referência de Maliana

Maliana é a capital do distrito de Bobonaro e situa-se a 149 km a sudoeste de Díli. É uma cidade que fica a poucos quilómetros da fronteira com a Indonésia, sendo uma zona de relevo acentuado que atinge uma altitude máxima de 1800m. O centro desta localidade, contudo, encontra-se num planalto rodeado por altas montanhas. Em termos de densidade populacional Maliana tem cerca de 22.000 habitantes.

O clima é húmido, ainda que se verifique a maior ocorrência de precipitação entre os meses de dezembro e Março - correspondente ao período da monção asiática – sem grandes variações de amplitudes térmicas. Em Maliana encontram-se alguns dos principais terraços fluviais do país, onde a agricultura é a base de subsistência da população. Por ser uma zona de bastante irrigação nos terrenos de cultivo, a produção de arroz tem uma expressão significativa nesta localidade e constitui a base da alimentação.

Para além do tétum e do português, até 1975, o dialecto com maior representação nesta região era o Kêmac. Durante a ocupação indonésia estas formas de expressão foram dando lugar à Bahaza Indonésia. Atualmente tenta-se restaurar a língua portuguesa a par com tétum.

A escola de referência situa-se no suco de Odomau e é constituída por dois edifícios dispostos em L – 6 salas de aula e uma sala de professores. Para além destes espaços existe um conjunto de edifícios pré fabricados,

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no lado oposto às salas, dois dos quais são parte constituinte da escola, nomeadamente o espaço de biblioteca e de vídeo-conferência. Entre a zona ocupada pelos edifícios pré fabricados e o espaço ocupado pelas salas de aula, encontram-se ainda as casas de banho. Estas infra-estruturas contemplam também um amplo espaço relvado destinado a recreio e atividades de exterior, circundado por uma vedação.

A escola de referência conta com 6 turmas, 2 do ensino pré-escolar e 4 do 1º ciclo do ensino básico, com um total de 123 alunos. Todos os discentes são de nacionalidade timorense e oriunda do distrito de Bobonaro. Os recursos humanos desta escola são constituídos por 6 docentes e por 3 funcionários.

A Escola de Referência de Maliana é constituída por dois edifícios dispostos em L – 6 salas de aula e uma sala de professores. Para além destes espaços existe um conjunto de edifícios pré fabricados, no lado oposto às salas, dois dos quais são parte constituinte da escola, nomeadamente o espaço de biblioteca e de vídeo-conferência. Entre a zona ocupada pelos edifícios pré fabricados e o espaço ocupado pelas salas de aula, encontram-se ainda as casas de banho. Estas infra-estruturas contemplam também um amplo espaço relvado destinado a recreio e atividades de exterior, circundado por uma vedação.

3.1.5. Escola de Referência de Oecusse

Oecusse, também conhecida por Oecusse-Ambeno, Ocussi-Ambeno, Oecusse-Ambeno ou simplesmente Ocussi, Oecusse ou Ambeno (em tétum Oe-Kusi Ambenu) é um dos 13 distritos administrativos de Timor-Leste, localizado na costa norte da metade ocidental da ilha de Timor, constituindo um exclave de Timor-Leste, uma vez que está separado do resto do país pela província indonésia de Timor Oeste, que rodeia o pequeno enclave por todas as direcções, excepto a norte, onde é banhado pelo Mar de Savu.

O território conta com 58.521 habitantes (censo de 2004) e tem área de 815 km². Sua capital é a cidade de Pante Macassar que, no tempo dos portugueses, era conhecida como Vila Taveiro.

O distrito de Oecusse é idêntico ao concelho de Oecusse do tempo do Timor Português, a última circunscrição timorense a ser elevada a concelho em agosto de 1973, e inclui os subdistritos de Nitibe, Oesilo, Pante Macassar e Passabe.

Oecusse foi o primeiro ponto da ilha de Timor em que os portugueses se estabeleceram, pelo que é usualmente considerado o berço de Timor-Leste. Em 1556, um grupo de frades dominicanos estabeleceu o primeiro povoado em Lifau, a meia dúzia de quilómetros a oeste de Pante Macassar. Em 1702, Lifau tornou-se capital da colónia ao receber o primeiro governador enviado por Lisboa, estatuto que manteve até 1767, quando os portugueses decidiram transferir a capital para Díli, como resultado das frequentes incursões das forças holandesas.

Será só em 1859, com o Tratado de Lisboa, que Portugal e Países Baixos dividiram a ilha entre si: Timor Ocidental para os holandeses, com sede em Kupang, e Timor-Leste para os portugueses, com sede em Díli, reconhecendo Oecusse como um enclave português no espaço holandês.

A invasão indonésia do até então Timor Português ocorreu em Oecusse uma semana antes de no resto do território - foi em 29 de novembro de 1975 que Pante Macassar foi ocupada pela quinta coluna do exército indonésio.

Contudo, mesmo sob ocupação indonésia, Oecusse continuou a ser administrado como parte da província de Timor Timur (a designação de Timor-Leste na língua bahasa), tal como sucedia no tempo dos portugueses. Por conseguinte, aquando do reconhecimento da independência do novo Estado, em 2002, Oecusse tornou-se parte integrante da jovem república.

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Para além das línguas oficiais do país, o tétum e o português, no distrito de Oecusse grande parte da população expressa-se em baiqueno.

A escola de referência de Oecusse fica situada no Suco de Palaban, sub-distrito de Pante Macassar que é também a capital do distrito de Oecusse. É a zona do distrito com maior densidade populacional e onde se concentram todos os serviços administrativos e direções regionais do Estado, uma estação de correios e a única agência bancária de todo o distrito. Também nesta área existe uma delegação consular da Embaixada da Indonésia.

As actividades económicas da população são a agricultura, a pesca e a pecuária são, essencialmente, de auto-subsistência e de consumo próprio ou direto.

A escola é constituída por dois edifícios. O edifício principal tem dois andares. O piso superior tem 4 salas, 3 funcionam como salas de aula do 1º ciclo e a quarta funciona como sala de professores, sala dos serviços administrativos e sala de vídeo-conferência.

O piso inferior tem 3 salas, uma sala de aula do 1º ciclo, uma funciona como a Biblioteca e Centro de Recursos e a terceira sala de momento encontra-se desactivada mas equipada com carteiras. Neste piso encontram-se também as casas de banho, 3 para meninas, 3 para meninos, 1 para professores e 1 para pessoal não docente e duas arrecadações.

O outro edifício é um edifício térreo, fica separado fisicamente do edifício principal, e é composto por duas salas onde funciona o pré-escolar.

O recinto exterior é amplo tem um parque infantil, uma arrecadação, onde funciona o gerador que abastece a escola de eletricidade, e um tanque de armazenamento de água.

Os edifícios da escola foram totalmente recuperados em 2010. As obras de recuperação e reabilitação do edifício terminaram em dezembro de 2010.

Apesar das obras, a escola não tem água canalizada nem poço e é abastecida de água semanalmente por um camião cisterna. Posteriormente a água é distribuída para baldes situados à porta das salas de aula e nas casas de banho.

O gerador que fornece eletricidade à escola tem uma potência inferior à requerida pelos equipamentos elétricos em funcionamento na escola.

A escola tem 104 alunos matriculados. Ensino pré-escolar 44, 1º ano do ensino Básico 40 e o 2º ano 24 alunos respetivamente.

Os alunos desta escola são na sua maioria filhos de funcionários das instituições governamentais sediadas no Oecusse, funcionários da área da saúde e educação incluindo professores de escolas timorenses.

O corpo docente da escola é composto por duas educadoras de infância e quatro professores do 1º ciclo do ensino básico.

O corpo discente é constituído por 3auxiliares de ação educativa, por 1funcionário de manutenção, 1Segurança, 2 funcionários em serviço permanente de 24h e 1 motorista.

3.2. Contexto Material

3.2.1. Recursos físicos/espaços físicos

Em termos físicos, a escola sede, é constituída por: 26 salas de aula/ 1 sala T.I.C, com dependências/ 1 sala E.V.T, com dependências/ 1 sala E.T, com dependências/ 1 lab. F.Q, com dependências/ 1 lab. Biologia,

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com dependências/ 1 lab. Electrónica, com dependências/ 1 sala de professores/ 1 polivalente desportivo/ 1 campo desportivo (pequeno)

Serviços da sede: refeitório, papelaria, cozinha, administrativos, com dependências, BE, com

dependências, Posto médico, 3 gabinetes (DT/pré e 1º ciclo e Matemática), Direção, com dependências, Dependências: arrecadação geral interior e exterior (esta última convertida em sala de apoio), Casa do gerador, Casa dos seguranças.

Dependências: arrecadação geral interior e exterior, casa do gerador, casa dos seguranças.

Escolas de referência: à data todos os espaços das escolas de referência deverão ser entendidos como provisórios: 6 salas de aula, um espaço de BE, 1 sala de professores, 1 sala de serviços mínimos administrativos descritos com mais pormenor no ponto anterior.

3.2.2. Recursos Educativos

Escola sede: Clubes/ Projetos: Clube de Teatro, Atividades do Ambiente Eco-escolas, Olimpiadas da Matemática Plano Nacional da Leitura, Clube de Português, Requalificação do espaço escola pela Arte, Rancho, Música e Cultura clássica, TIC, Alimentação e hábitos de vida saudáveis...

Serviços da sede: o agrupamento promove a existência de projetos e dinâmicas de aprendizagem diversificadas, iniciativas/atividades de apoio pedagógico, bem como o acesso a recursos documentais e tecnológicos complementares ao estudo em sala de aula (muitas vezes, com ela articulados). Para dinamizar esta oferta o agrupamento dispõe de serviços fornecidos por diversos espaços, nomeadamente pela Biblioteca Escolar, sala de estudo e de Informática.

As bibliotecas das diferentes escolas do agrupamento constituem uma unidade funcional organizada em áreas mais específicas, adequadas às funções e aos objetivos decorrentes da sua integração na RNBE e, por inerência, aos ideários internacionais relativos ao papel e missão das bibliotecas escolares. Dão, ainda, resposta aos objetivos e campo de ação definidos no Regulamento Interno. As normas específicas de utilização dos espaços são definidas no Regimento Interno de cada biblioteca descritos no ponto 3.6. do presente documento. 3.3. Contexto Humano 3.3.1. A Comunidade Escolar Quadro I - Evolução do nº de alunos entre 2010-2011

Ano lectivo

Pré-escolar

(4 salas)

1º ciclo

(9 turmas)

2º ciclo

(4 turmas)

3º ciclo

(6 turmas)

Secundário (Ciên. Tecnl/ L.

Human/Artes Visuais)

(7 turmas)

Totais Inscritos

(30 turmas)

10/11 92 215 107 157 133 704

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Quadro II - Número de alunos das escolas de referência – 2010-2011:

Ano lectivo

Educação Pré-escolar

2 turmas X 22 alunos x 4 núcleos

1º ciclo

2 turmas de 1º ano x 22 alunos x 4 núcleos

2 turmas de 2º ano x 22 alunos x 4 núcleos

Totais inscritos

10/11 176 352 528

Alunos/ género/ origem cultural - 2010-2011

Género: Feminino: 60% Masculino: 40%

Nacionalidade: timorense (677= 96,1%); portuguesa (12=1,7%); cabo-verdiana (2=0,28%);

brasileira (11=1,5%); moçambicana: (2 = 0,28%)

Quadro III: Evolução do nº de professores:

Ano Destacamentos Gestão Contratação local

10/11 45

Sede

2 3

10/11 24

Maliana, Same, Oecusse e Baucau

-

3.4. Organigrama do Agrupamento

• Conselho de Patronos - a definir • Direção da escola • Conselho Pedagógico • Estruturas de orientação educativa (coordenadores de departamento curricular; coordenador dos

Diretores de Turma, coordenadora de projetos/BE), representante da associação de pais e EE e funcionários; futuramente coordenadores de estabelecimento/pólos

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ORGANIGRAMA

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3.5. Parceiros Educativos

Na comunidade em que a escola se insere, há algumas instituições que colaboram com as escolas nas tarefas de planeamento e concretização das atividades definidas no PE e no plano de actividades.

São parceiros deste “agrupamento”, entre outros: Ministério da Educação da RDT-L, Embaixada de

Portugal, GNR-O.N.U, Rede de Bibliotecas Escolares (BE) e Clínica Portuguesa/ Ministério da Saúde de T-Leste, Timor Telecom: NetTimor grátis (dois anos), Cooperação Agrícola Portuguesa/ BNU/ Hotel-Timor. 3.6. Rede Biblioteca Escolar

No âmbito do projeto de cooperação do desenvolvimento da Rede de Bibliotecas Escolares em Timor-Leste considera-se:

• O reconhecimento comum do papel das bibliotecas escolares no desenvolvimento das literacias, no favorecimento do sucesso escolar e na formação global dos alunos, e a importância da sua valorização ao nível da politicas de educação;

• O entendimento geral de que a leitura constitui uma competência básica transversal, que todas as crianças e jovens necessitam de dominar para poderem aprender e construir a sua cidadania;

• A vontade manifestada pelos Ministérios da Educação de ambos os países em desenvolver um projeto de cooperação na área das bibliotecas escolares e da promoção da leitura que contribua para estes projetos;

• A necessidade de criar formas de colaboração que, também nestes domínios, dêem expressão à cooperação que já vem sendo desenvolvida entre portugueses e timorenses no Setor da Educação, aproveitando e potenciando outras experiências, nomeadamente nas áreas do ensino primário e profissional;

• O interesse em valor da participação de outros parceiros, designadamente da Escola Portuguesa de Díli e de futuros pólos, que podem facultar apoio técnico-pedagógico aos docentes timorenses no âmbito da organização e gestão de bibliotecas escolares e da promoção da leitura, no contexto da consolidação do ensino de português como língua não materna.

Objecto

Constitui objeto do projeto a criação e desenvolvimento de bibliotecas escolares e de um conjunto de iniciativas de promoção da leitura em escolas timorenses, que induzam nos estabelecimentos escolares sem acesso fácil a uma biblioteca, o recurso ao livro e a outros meios de enriquecimento do percurso escolar dos alunos, fomentando o gosto pela leitura e a criação de hábitos de uso de documentação e informação; a regulação da ações inerentes à intervenção previstas em 2010-2011, e a definição das formas de apoio indispensáveis à concretização e sustentabilidade destas ações.

Execução

O projecto de criação e desenvolvimento de bibliotecas escolares constitui um processo necessariamente aberto, adaptado a diferentes realidades, disponibilidade de recursos e soluções, contemplando, consoante os diferentes contextos, várias modalidades de apoio: bibliotecas fixas, bibliotecas itinerantes, caixas móveis e/ou conjuntos para leitura orientada.

A açoes em estabelecimentos de ensino da rede escolar timorense compreendidas na intervenção prevista, e em curso, integradas no âmbito do presente projeto são:

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• Criação e desenvolvimento de uma Rede de Bibliotecas Escolares em território timorense com o apoio da Rede de Bibliotecas Escolares do Ministério de Educação de Portugal;

• Desenvolvimento de bibliotecas itinerantes/Projeto Ler+ em Timor-Leste, da iniciativa do Plano Nacional da Leitura do Ministério de Educação de Portugal – em parceria com a Escola Portuguesa de Díli, a designar – abrangendo os cerca de 250 agrupamentos da rede escolar local.

É à Escola Portuguesa de Díli que cabe a concretização do Protocolo assinado entre os Ministérios da Educação de Portugal e Timor-Leste que visa a criação da primeira rede de Bibliotecas Escolares. Este projeto materializa-se em 216 maletas contendo cerca de 110 livros cada e que estão divididas em duas!tipologias!–!Galo!e!Crocodilo, sendo a primeira tipologia destinada a leitores iniciais e segunda a leitores mais experimentados, num total de 33.600 livros.

A implementação deste projeto será feita de forma faseada, tendo início nas Escolas de Referência e em três escolas filiais da rede escolar timorense que estão associadas à Escola de Referência do respectivo distrito, como se mostra de seguida.

Escola sede Escolas filiais

Escola Portuguesa de Díli EB de Hera

EB de Acanuno

EB nº4 de Culu-Hun

EB Amigos de Jesus

EB de Nularan

Pólo/ Escola de Referência de Baucau EB Central de Vila Nova

EB de Teulale

EB São Domingos Sávio

Pólo/ Escola de Referência de Maliana

EB de Lahomea

EB de Holsa

EB de Odomau

Pólo/ Escola de Referência de Same EB de Ailuli

EB de Babulo

EB de Rialau

Pólo/ Escola de Referência de Oecusse

EB 1 de Maio

EB 28 de Agosto

EB 30 de Agosto

Para além de escolas, o projeto abraça também Instituições com relevância educativa na comunidade em que se inserem e que se comprometam a cumprir o regulamento. É o caso das seguintes instituições:

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- Centro Social Nossa Senhora de Fátima em Oecusse

- Biblioteca Pública de Maubara (projeto Mós Bele)

- Jardim Infantil de Maubara (projeto Mós Bele)

No decorrer do ano a Biblioteca Escolar deverá apoiar estas Bibliotecas através dos docentes responsáveis por elas.!Para além disso, outras Escolas e Instituições irão ser contatadas no sentido de aderirem ao Projeto.

Está previsto, ainda, que ao longo do ano se promovam, integrados no Plano de Formação do Ministério da Educação, momentos de formação destinados aos docentes e responsáveis das Instituições que aderiram ao Projeto com o objetivo de dar a conhecer novas práticas pedagógicas e formas de animação da leitura para, em última instância, rentabilizar da melhor forma os recursos disponibilizados pelas Maletas. O primeiro momento de formação acontecerá em novembro.

Para além disto, todas as escolas e Instituições que fazem parte do Projeto serão acompanhadas ao longo do ano através de visitas e de contactos telefónicos e por vídeo-conferência.

II Organização do Projecto Educativo

1. Princípios Orientadores do Projecto

Ouvida a comunidade educativa e tendo presente as orientações do currículo nacional, a análise das

situações problemáticas e as necessidades identificadas, será elaborado o plano de ação a ser concretizado no triénio 2010-2013. Concomitantemente estão a ser elaborados o PAA, o PCA e os PCT que apresentarão estratégias e atividades de referência, que permitirão a concretização dos objetivos definidos e alcançar as metas definidas 1.1. Problemas diagnosticados

Constituindo-se como uma obra coletiva assumida como um instrumento de mudança, o projeto educativo apresenta-se como um quadro de referência permanente da comunidade educativa no sentido da construção da sua identidade.

a) Carência de formação do pessoal não docente; o facto de não falarem fluentemente português dificulta

entendimento do conteúdo funcional, sobretudo em áreas sensíveis (laboratórios, refeitório); b) Alunos que entram no sistema de ensino português com lacunas; c) Falta de pessoal qualificado nalguns serviços, em particular na secretaria – a EPD é um organismo

público de educação e ensino com natureza idêntica à dos estabelecimentos públicos do sistema de ensino português e ministra a educação pré-escolar e os ensinos básico e secundário. A EPD é dotada de autonomia financeira que se rege pelo regime administrativo e financeiro previsto para os estabelecimentos públicos, ficando obrigada a cumprir as regras de contabilidade pública, numa lógica de transparência, o que obriga a um aumento de trabalho e responsabilidade por parte da direção e a um apoio especializado ao nível da contabilidade pública/ gestão orçamental. Na prática, a escola terá de gerir com critério 2 orçamentos cujos fundos são atribuídos por 2 países. Os Serviços Administrativos da E.P.D carecem de pessoal administrativo com formação a adequada na área. Para suprir a necessidade diagnosticada (do foro pedagógico/administrativo/financeiro), a direção solicitou a colocação de um técnico/ chefe de serviços administrativos idóneo, com experiência comprovada, bem como um reforço/apoio à direção;

d) Ausência de (infra) estruturas físicas (educação física, espaços para trabalho autónomo dos docentes); e) Deficiente plano tecnológico; f) Falta de autonomia, falta de hábitos de trabalho e de métodos de estudo dos alunos;

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g) Insucesso escolar, sobretudo em anos terminais de ciclo; h) Falhas ao nível da alimentação e hábitos de higiene; i) Excessivo número de alunos/turma; j) Fornecimento de energia/ compromete eficácia dos serviços; k) Na sua maioria, os docentes não falam tétum.

A identificação das necessidades e problemas sentidos pela comunidade escolar servem de base ao PE

que se centrará no aluno, tendo em vista o seu desenvolvimento afectivo, psicológico, físico e intelectual. Para tal, este PE apostará na qualidade educativa baseada no exercício da cidadania, no respeito, na exigência e no sucesso do aluno, encarando-o, não só como um ator da aprendizagem, mas também como promotor de uma vida saudável. A aposta no desenvolvimento de atitudes e comportamentos geradores de uma consciência cívica e ecológica contribuirá para a participação activa dos elementos da comunidade educativa.

Também os desafios actuais exigem o acesso de todos às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Assim, a possibilidade do uso das TIC na sala de aula e na Biblioteca Escolar/Centro de Recursos (BE/CRE) permitirá aos alunos o desenvolvimento de competências nesta área.

Não podemos esquecer que a aquisição/ desenvolvimento das competências de informação são, hoje, consideradas fundamentais na construção da autonomia, na aprendizagem ao longo da vida e no exercício da cidadania. Por outro lado, a aposta no desenvolvimento de atitudes e comportamentos e a convivência com novas culturas leva os alunos a uma maior consciencialização da tolerância e do respeito, princípios fundamentais de um bom clima escolar.

O projecto educativo apontará, ainda, para uma optimização dos serviços e das estruturas educativas locais, apostando numa maior funcionalidade e humanização, conducentes a uma escola de sucesso e qualidade. Este instrumento norteia-se por valores estruturados e integrados em princípios orientadores das políticas e práticas educativas, de acordo com a vivência numa sociedade democrática, dos quais se destacam a cidadania, dignidade da pessoa humana, o respeito pela diferença, auto-estima, o trabalho, o gosto pelo saber e o rigor.

Os grandes princípios orientadores das práticas educativas da EPD-CELP-ER são:

• Desenvolvimento das literacias de informação escrita, artística, tecnológica e científica (caráter transversal);

• Valorização do trabalho e sentido de responsabilidade; • Educação para a cidadania e promoção da formação ao longo da vida, através de um agrupamento de

escolas preocupado em prestar um serviço público de qualidade à comunidade em que se insere.

Com base nos valores e nos princípios orientadores, define-se a missão, visão, metas e os objectivos gerais. Missão

a) Preparar os alunos para enfrentar os desafios da vida, promovendo o desenvolvimento das múltiplas literacias;

b) Incrementar no pessoal docente, não docente e discente uma consciência global, valorizando a ética e a responsabilidade social.

c) Criar condições para fazer do agrupamento uma instituição com identidade própria, de referência e interveniente junto da comunidade.

Visão

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a) Pretende afirmar-se como um grupo de escolas aberto, evoluindo em harmonia com a comunidade,

incorporando nas suas práticas os progressos tecnológicos por forma a ser reconhecido como promotor de um ensino de qualidade com um quadro de pessoal qualificado e dinâmico.

1.2. Metas e Objetivos Gerais para o triénio 2009/2012

1.2.1. Metas da Escola

a) Garantir o direito ao sucesso educativo de todos os alunos, valorizando as literacias de informação, escrita, artística, tecnológica e científica, contribuindo para a formação integral do aluno.

b) Criar níveis altos de sucesso educativo – final de período/ ano/ exames nacionais. c) Assegurar a verticalidade entre ciclos e a articulação interna entre todos os serviços. d) Desenvolver protocolos de colaboração com as forças vivas do país, entidades locais e regionais. e) Dotar a escola dos recursos humanos e físicos/ técnicos para poder oferecer serviços de qualidade.

1.2.2. Objetivos Gerais da Escola

• Fomentar práticas pedagógicas diferenciadas, recorrendo a diversas fontes de informação. • Desenvolver as competências da leitura e da escrita. • Desenvolver a literacia matemática. • Fomentar o gosto pela descoberta e inovação, desenvolvendo o pensamento científico. • Promover o prazer pela arte, através do sentido estético, criatividade e das aptidões técnicas e

manuais. • Integrar as T.I.C no currículo, numa perspectiva transversal. • Valorizar a auto-avaliação e a avaliação formativa enquanto práticas reguladoras das

aprendizagens. • Promover atitudes de autonomia e espírito crítico. • Desenvolver nos alunos hábitos de trabalho e de estudo, bem como o interiorizar de regras sociais,

numa perspectiva de responsabilidade, solidariedade, tolerância e respeito para consigo próprio e pelos outros.

• Criar formas consistentes de relação entre os planos curriculares, atividades de complemento curricular e as estruturas educativas, nomeadamente a BE/CRE.

• Dinamizar atividades conducentes a estilos de vida saudáveis. • Incentivar atitudes de respeito para com o meio envolvente (património natural, cultural e

construído). • Humanizar o recinto escolar, melhorando os espaços de trabalho e lazer (embelezamento, higiene

e conforto). • Desenvolver programas de informação/formação e espaços de diálogo, promovendo a prática da

reflexão e a partilha de experiências educativas. • Reforçar o bom relacionamento pedagógico e a comunicação entre os elementos da comunidade

educativa. • Promover a formação do pessoal docente e não docente, tendo em vista a melhoria das suas

competências profissionais, bem como a sua realização pessoal. • Assegurar a verticalidade entre ciclos e contribuir para o sucesso escolar dos alunos. • Promover o trabalho colaborativo. • Fomentar o envolvimento dos encarregados de educação na vida das escolas do agrupamento. • Criar condições para tornar o agrupamento uma instituição com identidade interveniente junto da

comunidade cultural e educativa, numa lógica de partilhada. • Implementar práticas de acompanhamento e avaliação do PE

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Além dos previstos na Constituição da República Portuguesa e na Lei de Bases do Sistema Educativo, constituem objetivos da Escola:

a) A promoção e difusão da língua e da cultura portuguesas;

b) A promoção dos laços linguísticos e culturais entre a República Portuguesa e a República Democrática de Timor -Leste;

c) A cooperação entre a República Portuguesa e a República Democrática de Timor -Leste nas áreas da educação e da cultura;

d) A aplicação das orientações curriculares para a educação pré -escolar e dos planos curriculares e programas dos ensinos básico e secundário em vigor no sistema educativo português;

e) A contribuição para a qualificação da população de Timor -Leste, em particular das suas crianças e jovens, e para a promoção da educação e da formação ao longo da vida;

f) A promoção de uma formação de base cultural portuguesa;

g) A promoção da escolarização de portugueses e de filhos de portugueses;

h) A constituição como centro de formação contínua de professores e centro de recursos.

i) Pode, ainda, a Escola, com vista ao desenvolvimento de ações de valorização sócio -cultural, cooperar com as entidades locais e com entidades e organismos internacionais.

1.3. Princípios de Actuação

Com base nos objetivos gerais, foram definidas duas grandes áreas de intervenção: áreas pedagógica e organizacional.

a) A integração de alunos portugueses e a frequência de crianças e jovens timorenses e de outras nacionalidades;

b) O funcionamento de todos os níveis de educação e ensino, desde a educação pré -escolar até ao final do ensino secundário;

c) A obediência à orientação científica e pedagógica da responsabilidade do Estado Português;

d) A possibilidade de adaptações curriculares, designadamente nas áreas disciplinares da História e Geografia, de forma a contemplar a realidade local e promover o conhecimento sobre Timor;

e) A prestação de apoio à formação de pessoal docente e não docente e à comunidade;

f) O funcionamento como centro de apoio à cooperação portuguesa na área da educação e formação;

g) A articulação de funcionamento com o Centro Cultural Português em Díli;

h) A racionalização de custos visando assegurar a continuidade da atividade, conjugada com uma gestão que assegure o progressivo auto-financiamento da Escola.

III

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Implementação do Projecto 1. Área Pedagógica

Esta área assume uma particular relevância na qualidade das aprendizagens, valorizando o

conhecimento, o raciocínio, a capacidade de resolução de problemas, a análise de situações e a comunicação em todos os contextos e os métodos de aprendizagem activos conducentes à autonomia, à criatividade e, consequentemente, à melhoria dos resultados educativos e ao sucesso escolar.

Ainda no âmbito da área pedagógica será privilegiada a formação pessoal, social, cívica e estética, contribuindo deste modo para a formação integral do aluno.

OBJECTIVO 1: Fomentar práticas pedagógicas diferenciadas, recorrendo a diversas fontes de informação, em

suportes variados. Valorizar o papel do Encarregado de Educação, de forma a implicá-lo no processo

ensino/aprendizagem.

Meta: Garantir o direito ao sucesso educativo de todos os alunos, valorizando as literacias de informação,

escrita, artística, tecnológica e científica.

Problema:

Falta de hábitos de trabalho e métodos de estudo e acompanhamento por parte das famílias.

Estratégias:

• Aplicação de metodologias activas. • Articulação curricular vertical e horizontal. • Elaboração e divulgação de materiais de apoio ao estudo e às aprendizagens, motivadores e adequados

às características e às necessidades dos alunos. • Realização do Plano de Ação da Matemática. • Aplicação dos planos de recuperação, acompanhamento e desenvolvimento. • Utilização das TIC como ferramenta de trabalho. • Aprofundar o envolvimento dos Encarregados de Educação na vida escolar. • Reuniões de informação e outros contactos com os encarregados de educação. • Promover a eleição de um representante dos Encarregados de Educação e solicitar a sua colaboração

para várias atividades.

Indicadores:

• Número de projetos desenvolvidos com caráter de agrupamento. • Número de alunos, com plano, que transitaram. • Taxa de insucesso. • Qualidade do sucesso. • Número de Encarregados de Educação/ Pais a comparecer a reuniões/ Número de turmas com

representante de Encarregado de Educação. Evidencias:

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• Planificações; • Materiais de apoio; • PCT; • Actas de CT e Departamento; • Relatórios de avaliação; • Pautas; • Trabalhos produzidos pelos alunos; • Actas e registos dos contactos com Encarregado de Educação.

OBJECTIVO 2:

Criar formas consistentes de relação entre atividades curriculares, atividades de complemento curricular e as estruturas educativas. Problema: Literacias de informação, escrita, artística, tecnológica e científica. Estratégias:

• Trabalho de planificação, tendo em vista o cruzamento das atividades/ estratégias da sala de aula com os restantes espaços de aprendizagem.

• Articulação do trabalho em sala de aula/ atividades de complemento curricular/ BE. Indicadores:

• Número de exposições; • Eventos realizados.

Evidencias:

• ACtas e planificações; • Planos de trabalho; • Registos de frequência, da BE/ CRE e das restantes atividades de complemento curricular; • Trabalhos editados ou expostos.

OBJECTIVO 3: Desenvolver o pensamento científico e crítico, a literacia matemática e fomentar o gosto pela descoberta e inovação. Problema: Procura escassa em atividades extra curriculares Estratégias:

• Realização de atividades/ desafios; • Olimpíadas da Matemática;

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• Semana da ciência, cultura e artes; • Intervenção tecnológica.

Indicadores:

• Número de alunos participantes; • Número de turmas participantes; • Taxa de sucesso dos alunos em Língua Portuguesa e Matemática e noutras disciplinas nucleares.

Evidencias:

• Registos de participação nas diferentes fases/ Registos de participação a nível nacional e internacional. • Atas; • Registo do balanço das atividades.

OBJECTIVO 4: Desenvolver as competências da leitura e da escrita. Estratégia:

• Realização de atividades no âmbito do Plano Nacional de Leitura: leitura orientada e presencial da obra completa;

• Realização de atividades/Projetos de promoção do livro e da leitura. • Dinamização do Espaço Escrita. • Dinamização das atividades de escrita, em vários contextos de aprendizagem.

Indicadores:

• Número de livros requisitados para leitura na biblioteca e domicílio. • Número de participantes nas atividades/projetos: alunos/professores/pais. • Taxa de sucesso dos alunos (as) em Língua Portuguesa.

Evidencias:

• Registo do número de leitores na BE OBJECTIVO 5: Promover o prazer pela arte, através do sentido estético, da criatividade, das aptidões técnicas e manuais. Estratégia:

• Implementação de estratégias criativas na sala de aula; • Realização de atividades, no âmbito dos Projetos: À descoberta da Arte Teatro Música; • Organização de exposição.

Indicadores:

• Número de alunos inscritos nos clubes; • Número de parcerias realizadas com várias entidades exteriores à escola.

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Evidencias:

• Atas e relatórios de atividades desenvolvidas; • Exposições de trabalhos na Escola e exterior.

OBJECTIVO 6: Integrar as T.I.C no currículo, numa perspectiva transversal. Estratégias:

• Promover uma modernização tecnológica; • Realizar de trabalhos com recurso a diferentes fontes de informação, em suportes variados,

nomeadamente informáticos e audiovisuais; • Desenvolver e dinamizar a Plataforma Moodle/página Web da escola; • Proporcionar formação ao corpo docente e não docente; • Fomentar a utilização das TIC pela comunidade educativa; • Dinamizar a página electrónica (site) do agrupamento.

Indicadores:

• Número de turmas/disciplinas que utilizam a plataforma; • Número de disciplinas e projetos que utilizam a página da escola; • Número de ações de formação em TIC para: Docentes Não docentes; • Níveis de utilização de equipamentos informáticos; • Materiais de apoio; • Projetos desenvolvidos com recurso às TIC.

OBJECTIVO 7: Aprendizagem de integração no currículo regular. Estratégias:

• Aplicar práticas pedagógicas diferenciadas; • Utilizar recursos educativos adequados às características dos alunos; • Elaboração e divulgação de materiais de apoio ao estudo e às aprendizagens, nomeadamente guiões

relativos à literacia de informação e a métodos de estudo; • Disponibilização de recursos variados de apoio às aprendizagens.

Indicadores:

• Número de recursos variados de apoio às aprendizagens; • Taxa de sucesso escolar; • Número de guiões elaborados.

Evidencias:

• Planificações; • Registos administrativos: atas e relatórios.

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OBJECTIVO 8: Implementar percursos educativos alternativos de modo a prevenir o abandono e o sucesso escolar. Estratégia:

• Diversificação das ofertas educativas/ orientação para outras instituições; • Aplicação periódica de grelhas de autoavaliação; • Recolha de dados; • Diálogo com o aluno para caracterização do seu desempenho escolar; • Definição de métodos e técnicas de trabalho de caráter mais individualizado.

Indicadores:

• Número de aluno encaminhados para Centros de Formação timorenes (Tibar) Evidencias:

• Registos Administrativos: Relatórios Atas; • Pautas de registo de avaliação dos alunos; • Grelhas de autoavaliação.

OBJECTIVOS 9: Fomentar o envolvimento qualitativo dos encarregados de educação na vida das escola. Problema: Fraca participação qualitativa dos pais na vida da escola. Estratégia:

• (Re)ativar a associação de pais; • Apostar no diálogo entre Diretores de Turma e Encarregados de Educação valorizando vários meios de

comunicação. • Colaborar com a Associação de Pais e Encarregados de Educação. • Realizar ações de sensibilização sobre o papel da escola e família na formação das crianças e jovens. • Promover o envolvimento dos E.E.s nas atividades que as escolas desenvolverem.

Indicadores:

• Número de atendimentos de Encarregados de Educação pelos Diretores de turma; • Meio de comunicação privilegiado pelo/a Diretor(a) de Turma para contacto dos E.E.; • Número de ações/ Número de participantes de sensibilização sobre o papel da escola e da família na

formação das crianças e dos jovens. Evidencias:

• Actas e Relatórios; • Registos de participação.

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OBJECTIVO 10: Incentivar os alunos a interiorizar regras sociais, numa perspectiva de responsabilidade e respeito pelos outros, aprendendo a ser tolerante e solidário. Estratégia:

• Criação e divulgação das normas constantes do Regulamento Interno; • Abordagem dos princípios e valores no contexto de sala de aula, nas várias áreas curriculares

disciplinares e não disciplinares; • Concertação de atitudes em Conselho de Turma; • Acompanhamento dos alunos com problemas de integração na escola e risco de abandono escolar, pelo

Diretor de Turma /Professor Titular de Turma; • Envolvimento dos pais e encarregados de educação e de outros técnicos, por iniciativa do diretor de

turma/ professor Titular de Turma; • Dinamização de atividades/projetos culturais e desportivos.

Indicadores:

• Número de participações; • Número de processos disciplinares.

Evidencias:

• Relatórios dos processos disciplinares; • Dados estatísticos sobre a disciplina/indisciplina no agrupamento; • Trabalhos/atividades realizadas pelos alunos; • Actas de Conselho de Turma.

OBJECTIVO 11: Permitir aos alunos a adquirir hábitos conducentes a estilos de vida saudáveis. Estratégias:

• Actividades no âmbito do Projeto “Educação Para a Saúde”; • Projectos conducentes à aquisição de regras de higiene pessoal e coletiva; • Projectos conducentes à aquisição de hábitos de prática regular de exercício físico; • Projectos conducentes à aquisição de hábitos de alimentação saudável; • Projectos de Desporto Escolar.

Indicadores:

• Número de alunos inscritos nos clubes e participantes nos projetos sobre o tema; • Número de alunos inscritos no Desporto escolar; • Número de PCT que abordaram a temática.

Evidencias:

• Registos de participação; • Relatórios;

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• Actas e atividades realizadas pelos alunos; • Projetos Curriculares de Turma (PCT).

OBJECTIVO 12: Incentivar atitudes de respeito para com o meio envolvente, nomeadamente o património natural, cultural e construído. Estratégias:

• Dinamização de Atividades/Projectos; • Parceria com entidades locais.

Indicadores:

• Exposições temáticas; • Visitas de estudo; • Número de eventos sobre a temática; • Número de alunos participantes nas atividades/projetos.

Evidencias:

• Relatórios; • Atas e atividades realizadas pelos alunos; Projetos Curriculares de Turma (PCT). •

OBJECTIVO 13: Humanizar o espaço escolar melhorando globalmente os espaços de trabalho e de lazer, interiores exteriores, com o envolvimento activo dos alunos na sua gestão. Estratégia: Dinamização de atividades/projetos de melhoria dos espaços escolares. Indicadores: Avaliação dos níveis de conforto dos espaços interiores e exteriores. Evidencias: Número de alunos inscritos nos clubes e participantes nos projetos sobre o tema e fichas de avaliação de espaços.

2. Área Organizacional

Esta Área pretende desenvolver as dinâmicas relacionais, em torno da partilha de conhecimentos e dos saberes, numa perspectiva de autonomia e de gestão partilhada.

A melhoria da ação dos órgãos pedagógicos de gestão intermédia (departamentos curriculares, conselhos de Turma) é um objetivo assumido neste PE, pelo que se pretende chegar a uma efectiva

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diferenciação pedagógica, assente numa lógica de projeto que permita uma reconstrução do currículo de acordo com as necessidades e problemas vividos a nível da escola e dos alunos.

Assim sendo, os Departamentos Curriculares deverão ter como objetivo principal: coordenar o desenvolvimento curricular, privilegiando as componentes locais do currículo e assegurando a sua gestão com a matriz portuguesa, com vista ao sucesso e assegurar a verticalidade dos vários níveis de ensino;

Por sua vez, aos Conselhos de Turma competirá:

• Fazer a gestão do currículo enunciado pelos diferentes departamentos curriculares, de acordo com as necessidades e problemas dos alunos das respetivas turmas;

• Organizar as tarefas para aprendizagem segundo a lógica do Projeto Curricular de Turma, em relação constante com o interesse dos participantes e as finalidades pretendidas;

• Estruturar a avaliação de acordo com o Projeto Curricular de Turma, de forma a permitir o sucesso dos alunos.

A escola deve ser entendida como um espaço privilegiado de diálogo, partilha de saberes e de

experiências entre todos os intervenientes da comunidade educativa - reconhecer, respeitar e valorizar os diferentes contributos leva à construção de uma escola de bem-estar.

A construção de consensos é fundamental para que a escola também possa ser um lugar privilegiado para a aquisição e desenvolvimento de competências a nível da cidadania. E isto faz-se através da clarificação dos papéis e da humanização das relações entre os vários intervenientes do processo educativo. Por outro lado, a Escola, na sua relação com a comunidade, deve tomar a iniciativa de estimular a participação dos pais, através de programas próprios e de se articular com serviços culturais e sociais da comunidade para desenvolver projetos e parcerias.

OBJECTIVO 1: • Reforçar a verticalidade entre ciclos, de forma a contribuir para o sucesso escolar dos alunos. • Reforçar o bom relacionamento pedagógico, optimizando a comunicação entre os vários

elementos da comunidade educativa. Problema: Comunicação e trabalho colaborativo entre os docentes do agrupamento Estratégias:

• Promover atividades temáticas entre os vários ciclos; • Promover o trabalho colaborativo; • Reuniões para definição de critérios de avaliação; • Trabalho colaborativo entre os docentes dos vários níveis de ensino; • Dinamização de atividades temáticas entre ciclos; • Encontros de docentes para apresentação/discussão de temas pedagógicos e didácticos.

Indicadores:

• Número de professores dos vários níveis de ensino, participantes no trabalho colaborativo; • Taxa de participação dos docentes em reuniões de caráter vertical; • Taxa de concretização de atividades de caráter vertical.

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Evidencias: • Relatórios e outros documentos; • Atas; • Registos de atividades.

OBJECTIVO 2:

Desenvolver programas de informação/formação e espaços de diálogo, promovendo a prática da reflexão e a partilha de experiências educativas. Estratégias:

• Ações de Formação específicas para docentes, pessoal auxiliar e administrativo de acordo com o contexto e as necessidades do agrupamento.

• Promover a formação do pessoal docente e não docente, tendo em vista a melhoria das suas competências profissionais, bem como a sua realização pessoal/

• Elaboração de um Plano de Formação do agrupamento com o contributo dos Departamentos Curriculares.

• Promoção de Ações de Formação destinadas a Docentes, Assistentes Operacionais, de acordo com as necessidades do agrupamento.

Indicadores:

• Número de ações e número de inscritos no plano de formação interno; • Taxa de frequência nas ações de formação; • Número de ações promovidas pela clínica portuguesa/ Ministério da Saúde de Timor-Leste .

Evidencias:

• Relatórios; • Atas; • Plano de formação do agrupamento; • Dados estatísticos referentes à participação do pessoal docente e não docente nas ações de formação; • Avaliação das Ações de Formação.

OBJECTIVO 3: Criar condições para fazer do agrupamento uma instituição com identidade própria, de referência, e interveniente junto da comunidade. Estratégias:

• Envolver a comunidade educativa nas atividades previstas no Plano Anual de Atividades; • Construir uma comunidade educativa criativa e inovadora; • Estabelecer protocolos de colaboração e reforçar parcerias; • Definir estratégias em articulação com os Diretores de Turma e Professores Titulares de Turma que

permitam maior envolvimento dos encarregados de educação; Indicadores:

• Número de ações dinamizadas /Número de Pais/Encarregados de Educação presentes nas ações;

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• Reuniões de Pais; • Sessões de esclarecimento e debates sobre o tema.

Evidencias:

• Actas; • Relatórios; • Registos de participação; • Relatórios; • Registos das presenças dos Encarregados de Educação nas reuniões de DT e Professores Titulares de

Turma; Registo da presença dos Pais e Encarregados de Educação nas atividades de turma.

IV Avaliação do Projecto

1. Implementação e Avaliação do Projeto

No âmbito do Decreto-Lei nº 75/ 2008, de 22 de abril, que define o Regime de Autonomia, Administração e Gestão dos Estabelecimentos de Educação Pré-escolar e dos Ensinos Básico e Secundário, é da competência do Conselho Geral (art. 13º, alínea c), aprovar, acompanhar e avaliar a execução do PE. Na ausência desta figura, caberá ao CP a aprovação (?)

A implementação do PE implica a articulação com o Projecto Curricular de Escola (PCE) e com o Plano Anual de Atividades (PAA).

A avaliação do PE é fundamental, não só porque permite aferir a qualidade da ação educativa, como também reorientar as linhas de actuação do agrupamento e respectivo funcionamento. Assim, e partindo deste pressuposto, devem prever-se momentos de avaliação intermédia (adaptações e a reajustamentos) que possibilitem a elaboração de planos de intervenção, apresentadas pela comunidade educativa.

Propõe-se que a avaliação deste projeto educativo do agrupamento, que entra em vigor no ano lectivo 2010/2011, seja efectuada em três momentos, dois intermédios e um no final do triénio. As avaliações intermédias devem incidir sobre áreas definidas como prioritárias a definir e que servirão como diagnóstico para o ano seguinte.

A avaliação final permitirá fazer um balanço, no que concerne à concretização das metas propostas.

Assim, este documento articulado com o Regulamento Interno, o Projeto Curricular de Escola, o Plano

Anual de Actividades e os Projectos Curriculares de Turma/Sala pretende mobilizar todos os elementos da comunidade educativa e do meio envolvente a fim de se construírem contextos favoráveis ao sucesso escolar de todos os alunos.

No âmbito do Decreto-Lei nº 75/ 2008, de 22 de abril, que define o Regime de Autonomia, Administração e Gestão dos Estabelecimentos de Educação Pré-escolar e dos Ensinos Básico e Secundário, é da competência do Conselho Geral (art. 13º, alínea c), aprovar, acompanhar e avaliar a execução do PE. Na ausência desta figura, caberá ao Conselho Pedagógico a sua aprovação.

O director da EPD - Centro de Ensino e Língua Portuguesa,

___________________________________________ João de Carvalho Roseiro