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Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa Ensino Fundamental Projeto Político Pedagógico 2007 Ribeirão do Pinhal – PR

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Escola Estadual Ruth Martinez

Corrêa Ensino Fundamental

Projeto Político Pedagógico

2007

Ribeirão do Pinhal – PR

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1. Sumário

2. Apresentação

2.1Introdução

3. Identificação do Estabelecimento

3.1 Escola

3.2 Município

3.3 NRE

3.4 Entidade Mantenedora

3.5 Ato de Autorização da Escola

3.6 Ato de Reconhecimento da Escola

3.7 Parecer do NRE

3.8 Distância da Escola

3.9 Local

3.10 Site da Escola

4. Organização da Entidade Escolar

4.1 Modalidade de Ensino

4.2 Turno de Funcionamento

4.3 Ambientes Pedagógicos

5. Objetivos Gerais do PPP

6. Marco Situacional

6.1 Breve Histórico da Realidade

6.2 Histórico da Instituição

6.3 Caracterização da Comunidade Escolar

6.3.1 Quadro com o número de turmas e alunos e previsão para 2006

6.4 Estatística de Evasão

6.5 Contradição e Conflitos Presentes na Prática Docente

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6.6 Formação Inicial e Continuada

6.7 Organização do Tempo e do Espaço

6.7.1 A Escola como espaço sócio-cultural

6.8 Relação de Trabalho na Escola

6.9 Descrição e Análise com Referência a Gestão Democrática

6.10 Inclusão

6.11 Corpo Discente

6.12 Corpo Docente

7 Marco Conceitual

7.1 Fundamentação Teórica

7.1.1 Fundamentos Políticos, Filosóficos, Sociológicos

7.1.2 Concepção Educacional

7.1.3 Princípios Norteadores da Educação

7.1.4 Objetivos da Escola para hoje e futuro

7.1.5 Fins Educativos

7.1.6 Diretrizes Curriculares que norteiam a ação da escola

7.1.7 Diretrizes Curriculares

7.2 Descrição clara e objetiva dos fundamentos teóricos

7.2.1 Concepção de Sociedade

7.2.2 Concepção de Homem

7.2.3 Concepção de Escola

7.2.4 Concepção de Cidadania

7.2.5 Concepção de Conhecimento

7.2.6 Concepção de Trabalho

7.2.7 Concepção de Cultura

7.2.8 Concepção de Ciência e Tecnologia

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7.2.9 Concepção Pedagógica na Perspectiva Histórico-Crítica

7.2.10 Concepção de Ensino-Aprendizagem

7.2.11 Formação Continuada de Professores e Funcionários

7.2.12 Capacitação Continuada para Funcionários

7.2.13 Contradição e Conflitos na prática docente

7.2.14 Formação Inicial e Continuada

7.2.15 Capacitação Continuada

7.2.16 Concepção e Conceito de Currículo

7.2.17 Gestão Democrática

7.2.17.1 O que é Gestão Democrática

7.2.17.2 Gestão Democrática na Legislação

7.3 Organização do Tempo Escolar

7.4 Organização Curricular

7.4.1 Temas Sociais Contemporâneos

7.4.2 Educação Fiscal

7.4.3 Educação no Campo

7.4.4 Cultura Afro-Brasileira

7.4.5 Agenda 21

7.5 Avaliação

7.5.1 Sistema de Avaliação

7.5.2 Sistema de Recuperação Paralela

7.5.3 Adaptação

7.5.4 Classificação e Reclassificação

8 Marco Operacional

8.1 Plano de Ação

8.1.1 Objetivos Gerais

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8.1.2 Metas e Ações

8.1.3 Conselhos Escolares e de Representação

8.1.4 Conselho de Classe

8.1.5 Conselho da Escola

8.1.6 Acompanhamento, Controle e Avaliação da Proposta Educacional

8.1.7 Objetivos do Curso

8.1.8 Ensino Fundamental

8.1.9 Metas da Escola

8.1.10 Projeto Fica

8.2 Ações de Trabalho

8.3 Plano de Ação Laboratório de Ciências

8.3.1 Laboratório de Ciências

8.3.2 Equipamentos

8.4 Plano de Ação Biblioteca

8.5 Plano de Ação Sala de Apoio

8.6 Considerações sobre o laboratório de informática

8.7 Organização

8.7.1 Hora-atividade

8.7.2 Reunião Pedagógica

8.7.3 Recursos Financeiros

8.8 Organização Interna da Escola

8.8.1 Funções Específicas

8.8.2 Corpo Docente

8.8.3 Serviços Gerais

8.8.4 Relações entre aspectos administrativos e pedagógicos

8.8.5 Participação da Família e da Comunidade

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8.8.6 Papel e Participação das Instâncias Colegiadas

8.8.7 Grêmio Estudantil

8.8.8 Conselho Escolar

8.8.9 Conselho de Classe

8.9 A Associação de Pais, Mestres e Funcionários

8.10 Plano de formação continuada de professores e funcionários

8.11 Acompanhamento e Avaliação do Projeto Político Pedagógico

9 Bibliografia

10 Anexos

10.1Cópia da Ata de Aprovação do PPP

11.Proposta Curricular para o Ensino Fundamental

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2. Apresentação

Promover Ensino de Qualidade, Desenvolvendo Trabalho Intelectual,

Profissional e para a Cidadania

A educação dada pela escola, como instituição, para evitar a sensação

de fracasso, tanto em relação às suas próprias expectativas quanto às da

comunidade precisa reinventar seu modo de trabalho, conforme a visão de

mundo que se pretende e os problemas permanentes do meio atual. Para

tanto, seu currículo se embasará nos artigos 12, 13 e 14 da nova LDB

9394/96, que enfoca as responsabilidades da escola, dos alunos e da

comunidade, quanto ao ensino-aprendizagem.

As transformações sociais exigem que a escola se reformule. O

conhecimento não é nem técnica nem um ideal, mas um meio de ação da

sociedade sobre si mesma. E a escola deve ser o espaço em que de

educadores e educandos procurem, juntos, compreender de que forma a

sociedade age sobre: si mesma, pelo conhecimento e através de suas

formas de organização social, de suas formas de decisão, de suas relações

de poder, de suas orientações culturais. E, como hoje se sabe que, além da

família e da escola, toda a sociedade atua sobre a educação, toda ela é

convidada a participar mais explicita e objetivamente. Professor e aluno

precisam pensar que sua função é transmissão e a aquisição conhecimento,

e mais, na sua intervenção na atividade coletiva e pessoal dos membros de

um grupo. Por isso, mudar a relação de autoridade é meio importante, e

deixar as formas estereotipadas de trabalho pedagógico, para que atuem

formação possa ocorrer.

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A sociedade hoje exige visão geral, conhecimento das realidades em

nível de mundo.

Encarar a realidade é encarar a mudança. O homem, segundo Scotet,

adquire plenitude, quando pode ajudar a criar o mundo no qual se move.

Este homem não pode mover-se como indivíduo, mas numa consciência

coletiva. A tendência é implementar uma associação estreita entre

educação e sociedade. A educação não pode se esgotar com a freqüência ao

sistema escolar. Ela tem que ser permanente. Produzir conhecimento de

qualidade ( a capacidade de análise, de síntese e sobretudo, de produzir

novos ideários) esse é o problema fundamental para o século XXI: a cultura,

aliada aos meios de vida humana, tomam a educação elemento ativador, de

saúde, cidadania, ecologia e política.

A educação para a construção de um futuro passa, em primeiro lugar,

por uma nova ética: compartilhar conhecimento e não manipular

informações por uma mudança sociocultural, uma educação para a paz

( necessidade de respeito ao ser humano): educação para a saúde mental,

social e política ( sociedade democrática e participativa, e pela conciliação

entre tecnologia e ecologia ( evitando o ecocídeo).

Como se percebe, a Escola, além de elaborar sua proposta, deverá

administrar seu pessoal e recursos, garantir o cumprimento de calendários e

planos docentes, promovendo meios para recuperação e para relação da

instrução com as famílias, sempre que necessário `a consecução de seus

fins educacionais. ( Art. 12 da LDB 9394/96 – 23/12/1996 )

Os docentes participarão da construção da proposta pedagógica, farão

seus planos de ação, zelando pela aprendizagem discente, criando

estratégias de recuperação, cumprindo calendários e horários estabelecidos,

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facilitando a integração da escola à comunidade escolar. ( Art. 13 LDB

9394/96)

A instituição escolar estabelecerá sua forma de gestão democrática

pela participação dos profissionais da educação na organização do Projeto

Político Pedagógico e participação da comunidade escolar e local em

conselhos de apoio ( Art. 14 LDB 9394/96)

Por todos esses motivos, a Escola estadual Ruth Martinez Corrêa-

Ensino Fundamental quer participar da mudança social, no que lhe for

possível, com currículos flexíveis, análise freqüente de seus projetos de

trabalhos, e certeza de que, só coletivamente, poderá colher os frutos, longo

prazo, de sua atuação. O Projeto Político Pedagógico estabelecerá, a título

de planejamento a longo prazo os fundamentos básicos que orientarão sua

atividade, visando a uma gestão democrática e qualidade de ensino.

2.1 Introdução

O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa

– Ensino Fundamental, resultou da reflexão crítica da comunidade escolar

acontecida em reuniões com pais e alunos, conselhos de classe, e em

pesquisas realizadas durante o ano de 2004 e 2005.

Nosso P. P. P. tem como meta a melhoria da qualidade de ensino,

através de novas formas de organização e práticas pedagógicas, visando

principalmente melhorar a qualidade do ensino Público, resgatando, assim a

real função da escola, que é ensinar de forma coletiva e crítica.

Este trabalho será centrado no desenvolvimento do aluno, através das

diversas áreas de conhecimento com conteúdos significativos e

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contextualizados, eliminado a ênfase á nota e exercitando uma prática

avaliativa centrada na interação aluno-professor. Essa prática não significa

liberação do compromisso com o processo avaliativo, mas, sim um maior

comprometimento com a avaliação democrática.

Toda a comunidade escolar será envolvida, tendo como objetivo maior

o resgate da Escola Pública, onde cada um deve assumir a responsabilidade

pela melhoria da qualidade de ensino.

3. Identificação do Estabelecimento

A Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa – Ensino Fundamental localiza-

se no centro, à Avenida Silveira Pinto, número 1057 no município de

Ribeirão do Pinhal, Estado do Paraná, mantida pelo público Estadual nos

termos da legislação em vigor e regida por este regimento escolar.

3.1 ESCOLA: Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa – E.F.

CÓDIGO N°: 00021

3..2 MUNICÍPIO: Ribeirão do Pinhal

CÓDIGO: 2210

3.3 NRE: Jacarezinho

CÓGIGO: 17

3.4 ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná CÓDIGO: 02

3.5 ATO DE AUTORIZAÇÃO DA ESCOLA/COLÉGIO DECRETO N° 4.489/78 DE 05 /01/78

3.6 ATO DE RECONHECIMENTO DA ESCOLA RESOLUÇÃO N. 384/84 DE 02/03/84

3.7 PARECER DO NRE DE APROVAÇÃO DO REG. ESC.

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ATO ADMINISTRATIVO N° 182/04 DE 29/11/2004

3.8 DISTÂNCIA DA ESCOLA DO NRE: 53 KM

3.9 LOCAL: URBANA E RURAL

3. E-MAIL DA ESCOLA: rhl [email protected]

4. Organização da Entidade Escolar

4.1. Modalidade de Ensino:

Ensino Fundamental (5ª. A 8ª.)

Nº de turmas: 18 Nº de alunos: 798Nº de professores: 33Nº de pedagogos: 04Nº de funcionários: 15Nº de Diretor Auxiliar: 01 Nº de Diretor: 01

4.2. Turno de Funcionamento:

ManhãTardeNoite

4.3. Ambientes Pedagógicos:

Número total de sala de aulas: 12

Número de salas de aula utilizadas por turno:Manhã: 09Tarde: 07Noite: 05

Sala de recursos

Salas de contra-turno

Sala de apoio pedagógico

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Biblioteca

Quadra - coberta Descoberta

5. Objetivos Gerais do PPP

Organizar um programa de estudos sobre os princípios da Educação

para que a comunidade escolar da Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa -

Ensino Fundamental, baseada nestes princípios reafirme sem compromisso

na construção de uma sociedade mais justa, humana, fraterna e

democrática:

- Realizar um planejamento conjunto para que a interdisciplinidade

seja concretizada tornando-se uma prática constante em todos os

segmentos da Escola.

6. Marco Situacional

Refere-se às características presente do contexto, um diagnóstico da

realidade sócio-educacional local. Um diagnóstico que deve ser pensado

como ponto de partida para a realização de planos de trabalho, não apenas

no sentido “ curativo”, mas também “ preventivo”. Neste campo cabe-nos

uma reflexão cuidadosa a algumas tendências em relação ao processo aos

produtos do marco situacional.

6.1 Breve Histórico da Realidade

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A Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa – Ensino Fundamental está

situada na Avenida Silveira Pinto número 1057 na cidade de Ribeirão do

Pinhal.

Sua clientela é de baixo poder aquisitivo com déficit educacional,

grande descomprometimento dos pais com famílias desestruturadas, pouca

integração entre professores, indisciplina por parte dos alunos, gerando falta

de estímulo para a continuidade dos estudos.

A educação brasileira está preocupada com a qualidade do ensino.

O Estado está consciente da necessidade de reformular as propostas

do ensino de uma maneira coerente com os avanços do conhecimento sobre

a inteligência e aprendizagem. O município promove integração entre os

diversos segmentos da educação para que o educando não tenha um ensino

fragmentado .

6.2 Histórico da Instituição

A escola Estadual Ruth Martinez Correa – Ensino Fundamental foi

criada pela Lei no. 2547 de 26 de dezembro de 1955, com o nome de

Ginásio Estadual de Ribeirão do Pinhal. Do início de 1956 à julho de 1967

funcionou no prédio da Escola Estadual Dr. Marcelino Nogueira, situado à

Avenida Silveira Pinto, 857.

Em julho de 1967 através – do decreto 4.498/78 de 03/11/78, passou a

denominar-se Escola Ruth Martinez Corrêa – Ensino de 1º. Grau.

Em 1984, através da Resolução no. 384/84, publicada no diário oficial

no. 1736,

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de 20 de março de 1984 fica reconhecido o curso de 1º Grau – Regular (5ª à

8ª séries).

De acordo com a Resolução no. 3.120/98, Diário Oficial de 11 de

setembro de 1998 a Escola passa adequar-se à nova nomenclatura Escola

Estadual Ruth Martinez Corrêa – Ensino Fundamental.

6.3 Caracterização da Comunidade Escolar

Nossa clientela é composta de jovens e adultos que apresentam

diferentes níveis sócio-econômicos e culturais. Os alunos do período

vespertino e do período noturno dependem do transporte escolar na sua

maioria, filhos de trabalhadores rurais. A maioria dos alunos recebe

assistência escolar.

6.3.1 Quadro com o número de turmas e alunos:

Série No. De Turmas Turno No. De alunos 5ª . Série 2 Manhã 765ª . Série 2 Tarde 675ª . Série 1 Noite 236ª . Série 3 Manhã 996ª . Série 2 Tarde 706ª . Série 1 Noite 527ª . Série 2 Manhã 727ª . Série 2 Tarde 637ª . Série 1 Noite 498ª . Série 2 Manhã 998ª . Série 1 Tarde 688ª . Série 2 Noite 68

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Previsão para 2006

Série No. De Turmas Turno No. De alunos5ª . Série 2 Manhã 805ª . Série 2 Tarde 705ª . Série 1 Noite 256ª . Série 3 Manhã 1036ª . Série 2 Tarde 756ª . Série 1 Noite 567ª . Série 2 Manhã 787ª . Série 2 Tarde 667ª . Série 1 Noite 668ª . Série 2 Manhã 1038ª . Série 1 Tarde 708ª . Série 2 Noite 72

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6.4 ESTATISTICA DE EVASÃO

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6.5 Contradição e Conflitos presentes na prática docente

O laborioso processo de construção coletiva / colegiada do projeto

político-pedagógico se justifica à medida que incide diretamente sobre a

ação docente. Seria sustentável um trabalho pela educação, baseado

apenas no idealismo de iniciativas isoladas de um ou outro professor?

A conjuntura atual da sociedade e do cenário mundial lança enormes

desafios ao educador. A escola é ainda uma das instituições capazes de

agregar forças em prol da construção de um ser humano consciente,

solidário, crítico e empreendedor. Um ser humano apaixonado por valores e

princípios que lhe conferem dignidade e sentido para a vida. Um ser

humano inquieto, capaz de tomar iniciativas, perseguir sonhos e objetivos

( FREIRE, 2002). Qual seria o ponto de apoio de uma ação docente geradora

de tão esperados frutos? Uma elaboração curricular aberta a adaptação

necessárias e constantes?

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O currículo não só é ponto de apoio como também a ponte entre a

proposta pedagógica da escola e a práxis do corpo docente. O uso do termo

“currículo” na educação esteve inicialmente ligado às concepções de “

unidade, ordem e seqüência dos elementos de um curso e, a elas

subjacentes, as aspirações de se imprimir maior rigor à organização do

ensino”. ( SAVIANI, 1994). O que se pretendia com isso? Estabelecer

caminhos de análise da eficiência das práticas educativas sob a égide de um

“plano” preestabelecido e de uma “metodologia” dele decorrente.

6.6 Formação inicial e continuada

Formação inicial e continuada compreendendo que a natureza da

escola mudou, hoje não podemos mais ver o educador como agente

reprodutor de um conhecimento adquirido. Atualmente a escola é um

sistema complexo que atende uma clientela imensa e diversificada. Para

tanto, o educador, hoje, precisa desempenhar tarefas específicas que

possibilitem o funcionamento desse sistema.

Faz-se necessário continuar à prática educacional que deverá ser feita

pelo coletivo dos educadores. Essa prática implica num exame crítico e

cuidadoso do papel da educação e da prática específica no projeto social e

político mais abrangente.

A formação continuada dos professores visa estimular uma

perspectiva crítico-reflexiva, que possibilite a busca de um investimento

pessoal, livre e criativo e uma entidade profissional. Esta formação também

se fará por interações pessoais e troca de experiência partilhada entre os

próprios docentes.

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Fomentar o engajamento para com a questão da formação continuada

do corpo docente está para além do alcance de soluções, ante as

deficiências na qualidade de ensino. Está, sim, no esforço sempre renovado

de empreender ações coletivas, tendo como primeira finalidade à

qualificação do próprio trabalho docente.”É impossível ensinar sem essa

coragem de querer bem, sem a valentia dos que insistem mil vezes antes de

uma desistência. É impossível ensinar sem a capacidade forjada, inventada,

bem cuidada de amar”. ( FREIRE, 2003)

6.7 Organização do Tempo e do Espaço

6.7.1 A Escola como Espaço Sócio-Cultural

Analisar a escola como espaço-cultural significa compreendê-la na

ótica da cultura, sob um olhar mais denso, que leva em conta a dimensão do

dinamismo, do fazer-se cotidiano, levado a efeito por homens e mulheres,

trabalhadores e trabalhadoras, negros e brancos, adultos e adolescentes,

enfim, alunos e professores, seres humanos concretos, sujeitos sociais e

históricos, presentes na história, atores na história. Falar da escola como

espaço sócio-cultural implica, assim, resgatar o papel dos sujeitos na trama

social que a constitui, enquanto instituição.

Este ponto de vista expressa um eixo de análise que surge na década

de 80. Até então, a instituição escolar era pensada nos marcos das análises

macro-estruturais, englobadas, de um lado, nas teorias funcionalistas

( Durkheim, Talcolt Parsons, Robert Dreeben, entre outros), e de outro, nas “

teorias da reprodução” ( Bourdieu e Passeron; Baudelot e Establet;Bowles e

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Gintis; entre outros). Essas abordagens, umas mais deterministas, outras

evidenciando as necessárias mediações, expõem a força das macro-

estruturas na determinação da instituição escolar. Em outras palavras,

analisam os efeitos produzidos na escola, pelas principais estruturas de

relações sociais, que caracterizam a sociedade capitalista, definindo a

estrutura escolar e exercendo influências sobre o comportamento dos

sujeitos sociais que ali atuam.

A partir da década de 80, surgiu uma nova vertente de análise da

instituição escolar, que buscava superar os determinismos sociais e a

dicotomia criada entre homem-circunstância, ação-estrutura, sujeito-

objeto.Essa vertente se inspira num movimento existente nas ciências

sociais, direcionado por um paradigma emergente que no dizer de

Boaventura (1991), tem como característica a superação do conhecimento

dualista, expresso na volta do sujeito às ciências: ”o sujeito, que a ciência

moderna lançara na diáspora do conhecimento irracional, regressa investido

da tarefa de fazer erguer sobre si uma nova ordem científica (p.43)”. O

reflexo desse paradigma emergente é um novo humanismo, que coloca a

pessoa, enquanto autor e sujeito do mundo, no centro do conhecimento,

mas, tanto a natureza, quanto as estruturas, estão no centro da pessoa, ou

seja, a natureza e a sociedade são antes de tudo humanas.

6.8 Relação de Trabalho na Escola

“No grupo de classe a responsabilidade do professor é: ensinar.Essa

intenção de instruir obriga a uma estratégia ativa; obriga a buscar a

interação e a construir uma relação positiva possível, mesmo com alunos

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que o desconcertam, o decepcionam, o incomodam mais simplesmente

com os quais ele sente não ter qualquer afinidade.Por isso, deve tentar ou

diminuir a distância existente entre ele e algumas crianças, uma distância

existente entre ele e algumas crianças, uma distância provocada pelo

conjunto de mal-entendidos, das rejeições, dos juízos de valor, dos rótulos

desqualificadores das diferenças não-aceitas que tornam a comunicação

difícil, a relação conflituosa entre professor e seus alunos.

A essa distância estatutária (o status de professor na sala) soma-se

uma distância pessoal e cultural desigual, conforme os alunos. De onde ela

vem? Uma parcela importante dessa distância certamente vem do fato de

que o professor tem um projeto a ser inculcado e, por conseguinte, espera

do aluno disciplina, trabalho, atenção, esforços contínuos e, em definitivo,

aprendizagens. Essas expectativas criam uma tensão potencial, que se

atualiza cada vez que o aluno resiste a elas e não as satisfaz.

A Distância entre professor e o aluno irá se enraizar, então, no juízo de

menosprezo do professor sobre o valor escolar e o comportamento de certas

crianças / adolescentes. Através da avaliação formal, assim como de vários

outros indicadores, o professor revela o que pensa a respeito das

competências intelectuais de um aluno, bem como de sua vontade, de seu

desejo de aprender, de sua capacidade de organizar seu trabalho e levá-lo a

sério, de sua honestidade, de sua criatividade, de sua habilidade.

Para uma criança / adolescente é difícil ter uma relação positiva com

alguém que a julga soberanamente em todos esses âmbitos, sobretudo

quando seu juízo é desfavorável, alguém que sanciona seus erros e falhas,

que a expõe a recriminações, a vexames públicos, que a ameaça com um

fracasso, que se queixa aos seus pais.

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Em sentido inverso, também não é fácil para o professor ter uma

atitude positiva com relação a uma criança/adolescente que não sabe nada

e que, além disso, não se esforça para aprender e assume o papel de mau

aluno. Não há condições para se construir uma relação positiva baseada na

estima mútua e na afeição recíproca. E todos os discursos modernos

proclamam que essa é uma condição para o sucesso da ação educativa.

Existem outras distâncias ainda mais difíceis de superar, ou porque os

interesses vitais do professor estão em jogo, ou porque a distância é

mantida através de mecanismos pouco conscientes, em âmbitos que

aparentemente, não se referem à excelência escolar Stricto Sensu, mas ao

conjunto das condutas, das maneiras de ser, dos modos de relação com

outro que se desenvolvem na classe concebida como sistema social, rede de

relações interpessoais, lugar de trabalho, mas também de jogo, de trocas,

de poder de vida coletiva, de decisões.

Os dirigentes estão empenhados nas melhorias das condições da

Escola,, tanto na estrutura quanto na organização. Há diálogo permanente

entre toda a comunidade escolar através de reuniões, busca sugestões e

interação com líderes da comunidade, poder judiciário e municipal.

Os serviços prestados pela Equipe Pedagógica buscam colher opiniões

entre alunos, professores, pais e comunidade no sentido de solucionar

pequenas réstias promovendo os ajustes necessários em função da clientela

atendida, quanto ao mercado de trabalho e os desafios que a sociedade nos

apresenta, fazendo um diagnóstico, para que a missão da escola seja

“educar para cidadania consciente”, construindo sua identidade e buscando

unidade ação.

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A aplicação do PPP busca estabelecer, através de reuniões

motivadoras, estratégias para construir uma gestão administrativa e

pedagógica participativa, procurando envolver todo os segmentos da escola.

A Equipe Pedagógica exerce atividades permanentes de acompanhamento,

controle e avaliação do processo ensino–aprendizagem, analisando o

resultado do rendimento escolar, contribuindo para a reformulação do

planejamento, e novas proposta do ensino.

A comunidade no seu trabalho coletivo está praticamente restrito ao

grupo de servidores , alunos, com pequena participação, devendo ser

ampliado o relacionamento da Escola com a comunidade, através de

projetos sociais, proporcionando uma maior participação da família,

contribuindo, assim, para construção de uma sociedade mais igualitária.

6.9 Descrição e Análise com Referência a Gestão Democrática

Permitir que a sociedade exerça seu direito à informação e à

participação deve fazer parte dos objetivos de um governo que se

comprometa com a solidificação da democracia. Democratizar a gestão da

educação requer, fundamentalmente, que a sociedade possa participar no

processo de gestão da educação requer, fundamentalmente, que a

sociedade possa participar no processo de formulação e avaliação da

política da educação e na fiscalização de sua execução, através de

mecanismos institucionais. Essa presença da sociedade materializa-se

através da incorporação de categorias e grupos sociais envolvidos direta ou

indiretamente no processo educativo, e que, normalmente, estão excluídos

das decisões (pais, alunos, funcionários, professores). Ou seja, significa tirar

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dos governantes e dos técnicos na área o monopólio de determinar os

rumos da educação no município.

6.10 Inclusão

A Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa possibilita a inclusão de D.M. e

D.A. em grau mediano. É direito do cidadão portador de necessidades

educacionais especiais ter mesmas possibilidades de aprendizagem dos

alunos considerados normais. A vivência de experiências positivas contra o

preconceito e a favor da integração, são valores que devem fazer parte da

realidade escolar e da sociedade como um todo.

Estará à disposição do professor responsável, uma sala de recursos

que servirá como espaços para serem trabalhadas as atividades necessárias

e os suportes pedagógicos aos alunos com necessidades educacionais

especiais.

6.11 Corpo Discente

A Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa atende a alunos, em sua

maioria, com idade entre 11 e 14 anos, com situação sócio-econômica e

cultural heterogênea.

A grande maioria dos alunos pertence às classes sociais D e E, cujas

famílias possuem escolaridade básica e Ensino Fundamental incompleto..

Aproximadamente 70% (setenta por cento) das famílias possuem

moradia própria, sendo que 80% (oitenta por cento) do total dos alunos

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moram a uma distância inferior,a 1 (um) quilômetro da Escola ensino está a

proximidade Escola - Moradia.

A escola recebe cada ano um novo contingente de crianças que

compõe e trazem consigo uma realidade já marcada e dificilmente passível

de modificação. É inútil que os professores tentem ignorar a situação: as

crianças chegam já com diferentes possibilidades, e as oportunidades que

perderam são irrecuperáveis. Isso porque tais possibilidades diferentes

nascem do ambiente onde viveram, das experiências pelas quais passaram,

da maneira como se alimentaram desde o nascimento, dos estímulos

intelectuais que receberam ou não desde pequenos. Quando em idade

escolar, as deficiências nutritivas já deixaram marcas irreparáveis.

Os alunos da Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa utilizam a escola

como espaço cultural, social e recreativo. Apresentam boa freqüência

escolar, entretanto são pouco interessados nas atividades escolares e têm

baixo rendimento.

6.12 Corpo Docente

A elaboração do Projeto Político Pedagógico propõe apresentar uma

visão geral da escola, tem de partir de um conceito de educação, uma vez

que toda a sua ação tem de convergir, em última instância, para a

efetivação do que seja estabelecido por educação.

Todos os aspectos que envolvem o comportamento humano hão de

servir de subsídios para que, mais eficientemente, o Projeto Político

Pedagógico possa alcançar o seu objetivo máximo, que é efetivar a

educação.

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Partindo do princípio que a escola pública somos nós, há necessidade

de se pensar coletivamente e inserir-se nessa realidade. Para articular os

elementos cidadania, cultura, conhecimento e formação é necessário que

haja uma apropriação dos conhecimentos científicos, de uma maneira

formal ou lúdica para se enfrentar os desafios. Para isso, é essencial que o

professor se entenda como sujeito histórico, indivíduo social, produzido na

cultura e produtor de cultura.

Assim sendo, paixão e formação caminham concomitantemente na

construção do conhecimento. Tal processo dar-se-á através do

desenvolvimento de atividades contextualizadas, que esclarecem ao aluno

muitas das dúvidas em relação à aplicabilidade de conhecimentos

adquiridos na escola e que aparentemente não têm com seu dia-a-dia.

Além dos professores que trabalham com essa realidade escolar,

poucos são os que conhecem o aspecto diário dessa escola - alunos que

repetem, os que abandonam a escola, os casos de "meu irmãozinho não

veio porque não tem tênis"; os que tomam café da manhã feito de mate

cozido ou cevada e os que trazem os cadernos manchados porque "caiu

goteira dentro de casa, professor..."

7. Marco Conceitual

7.1 Fundamentação Teórica

Finalidades Do Ensino Fundamental

Ressaltamos o que diz a LDB em relação aos princípios e fins da

educação:

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Art. 2° - A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos

princípios de liberdade e nos exemplos da solidariedade humana, tem por

finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu pleno exercido da

cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 32 - O ensino fundamental, com duração mínima de nove anos,

obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica

do cidadão, mediante:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios

básicos o pleno domínio da leitura da escrita e do cálculo;

II - a compreensão cio ambiente natural e social, do sistema político,

da tecnologia, e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em

vista a aquisição de conhecimentos, habilidades e a formação de atitudes e

valores,

IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de

solidariedade humana e tolerância respectiva que se assenta à vida social.

A escola de ensino fundamental deve proporcionar ao educando o

desenvolvimento das habilidades, observação, interpretação, julgamento e

conclusões próprias, despertando o espírito critico, incutindo sua própria

curiosidade, para que este busque explicar e questionar a sua realidade.

Assimilando o ouvir, falar, redigir, aperfeiçoando sua linguagem oral e

escrita dentro do espaço em que esta inserida.

7.1.1 Fundamentos Políticos, Filosóficos, Sociológicos

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Acreditamos numa educação que permita o crescimento, a

socialização a participação contínua do aluno, contextualizadas num mundo

em profundas mudanças, possibilitando a construção de conhecimentos que

os tornem capazes de enfrentar a realidade , sendo dinâmicos construtores

com perspectivas, alternativas e opiniões próprias, aptos a questionar e a

solucionar seus problemas. A escola apresenta-se como instituição que

favorece o acesso à cultura, despertando no educando prazer pelo

conhecimento, oferecendo condições para o desenvolvimento de um

autoconceito, ajudando nos métodos de pensamento, pesquisa e

investigação, que levem ao educando embasamento de valores com justiça,

verdade, solidariedade e respeito.

O modelo de sociedade vigente hoje influencia diretamente a

educação. A visão neoliberal possibilita que o "domínio privado dos meios de

produção permite que uma determinada classe social se aproprie dos frutos

do trabalho humano, entre os quais se inclui o conhecimento e os utilize

conforme seus interesses".

( KLEIN , 2000b).

Dentro desse contexto os trabalhadores passam a acreditar na idéia

de que cada indivíduo é responsável pela condição em que se encontra, ou

seja, o Estado passa a minimizar seu compromisso com o cidadão

sobrepondo-se aos interesses do capital.

Nessa sociedade capitalista tudo é transformado em mercadoria,

inclusive o próprio conhecimento, refletindo diretamente no ensino da

escola pública, pois os investimentos neste setor foram brutalmente

cortados sendo os recursos destinados prioritariamente para a manutenção

do capital.

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Por isso a escola pública encontra-se nesse estado de sucateamento.

As instituições escolares precisam dar conta de todas as funções que lhe são

atribuídas, utilizando o mínimo de recursos financeiros e humanos, gerando

um processo que está dificultando a cada dia o acesso da classe

trabalhadora ao conhecimento. É um círculo vicioso, pois é o trabalhador

que precisa do conhecimento real ofertado pela escola pública para que

possa lutar por uma sociedade mais justa, mas nessa perspectiva neoliberal

é o conhecimento ideológico da classe dominante que é repassado nas

escolas, justamente para ocultar os verdadeiros mecanismos de exploração

dos trabalhadores, criando a falsa impressão de que não é possível superá-

los.

Um desses mecanismos é a preocupação com o índice de aprovação,

segundo Caldas (2004, p.38) a pedagogia da aprovação não é

necessariamente a pedagogia da aprendizagem, pois quanto maior for o

número de alunos aprovados, maior será a garantia de recursos investidos

por organizações internacionais como BIRD, UNESCO, FMI, porém, não há

preocupação alguma em garantir aos alunos a aprovação em decorrência do

real aprendizado, e sim a aprovação pela aprovação, apenas com o objetivo

de distribuir a certificação escolar ao maior número de alunos, criando a

ilusão de que o trabalhador está tendo acesso a escola. Neves (1999) afirma

que nesta década, de acordo com o padrão neoliberal de desenvolvimento

mundial e nacional, o sistema educacional redefiniu-se para formar um novo

tipo de trabalhador, o que contribui para a subordinação da escola aos

interesses empresariais em favor da alimentação do capitalismo. Reforçou a

dualidade do ensino, e para a classe trabalhadora restou em lugar da

aquisição dos conteúdos científico-tecnológicos as normas de conduta, ou

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seja, o novo trabalhador deve ter as competências básicas para ser inserido

no mercado de trabalho (operar, acatar, adaptar-se, etc.).

Contrário a essa perspectiva a Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa

entende que o acesso à escola está diretamente ligado ao acesso ao

conhecimento e que " a luta pela escola só tem sentido se ela de fato

realizar seu papel de socializadora do conhecimento". (Klein, 2000b)

Para isso é necessário em primeiro lugar ter definido para qual classe

a escola está voltada, para a classe trabalhadora ou para a elite. Segundo

Saviani (ano p. 16) os ideólogos da burguesia proclamaram a escola

universal, gratuita e obrigatória, portanto, uma escolaridade comum para

todos"...." é preciso um mínimo de instrução para os trabalhadores e este

mínimo é positivo para a ordem capitalista, mas ultrapassando esse mínimo,

entra-se em contradição com essa ordem social".

Com vistas a garantir a qualidade do ensino na escola pública, todos

os esforços possíveis serão realizados para promover a superação da classe

trabalhadora permitindo "uma formação democrática que, ao proporcionar

valores e conhecimentos, capacite e encoraje seus alunos a exercerem

ativamente sua cidadania na construção de uma sociedade melhor." (Paro,

p.35).

7.1.2 Concepção Educacional

No processo de ensino aprendizagem, em uma concepção histórico

cultural., a criança como sujeito concreto, histórico que se desenvolve e

aprende a partir das experiência vividas no cotidiano e pelas trocas no

processo de interação que deve permitir a mediação de sujeito experiente,

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mediante uma intervenção pedagógica planejada pela escola e pelo

professor.

A concepção histórica cultural considera todos capazes de aprender e

compreender que as relações estabelecidas pelas crianças, jovens e adultos

são fundamentais para a apropriação do conhecimento do processo de

aprendizagem abrangendo três momentos:

- Socialização: troca entre a criança e outro ou outros sujeitos ou ainda

objetos;

- Individualização: interpretação, reelaboração desse projeto ou troca;

- Interação: relacionamento com o mundo exterior, com mais

conhecimento assimilado. Respeitando esses três momentos oportuniza-

se a apropriação do conhecimento gradativamente, o sujeito irá ampliar

a sua forma de ler o mundo e representá-lo.

Tanto o aluno quanto o professor tem papel fundamental e ativos na

aprendizagem. O aluno como ser pensante, questionador, que estabelece

relações com os demais sujeitos e objetos do conhecimento; o professor

como mediador entre as informações e o meio, o conhecimento científico e

o aluno.

Um professor que busca, planeja, que seja criativo nas atividades, que

conheça a realidade, um ser verdadeiramente comprometido com o que faz,

certamente contribuirá para que os sujeitos não aprendam somente a

codificar símbolos, mas que também se tornem cidadãos participantes,

contribuindo na construção da sociedade.

7.1.3 Princípios Norteadores da Educação

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Fundamentados na LDB, no ECA , destacamos habilidades, competências

e capacidades que o educando deverá desenvolver.

- Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes

situações sociais, usando o diálogo como forma de mediar conflitos e

tomar decisões coletivas;

- Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro,

bem como os socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se

contra qualquer discriminação, diferenças culturais, de classe social, de

crenças, de sexo, de etnia ou outras características sociais.

- Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do

ambiente, identificando seus valores e as interações entre eles,

contribuído ativamente para a melhora do meio ambiente;

- Saber utilizar diferentes formas de informações e recursos tecnológicos

para adquirir e transmitir conhecimento;

- Questionar a realidade formulando problemas e tratando de resolvê-los

utilizando para isso: pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a

capacidade de análise crítica, selecionando produção e verificando sua

adequação.

7.1.4 Objetivos da Escola para hoje e futuro

Encaminhar uma proposta pedagógica que esteja de acordo com a

realidade da comunidade escolar, ou seja, que o trabalho pedagógico

realizado em nossa escola parta do pressuposto que o aluno que freqüenta

nossas salas de aula é um sujeito histórico, que se constrói a partir de sua

gama de informação, com o meio em que vive, e que este meio do qual a

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escola faz parte determina fundamentalmente seu comportamento frente à

socialização com o mundo e a construção de seus conhecimentos.

7.1.5 Fins Educativos

Vemos a criança como um ser em pleno desenvolvimento de suas

capacidades, devendo ser contextualizada em uma sociedade real,

concreta, que precisa lhe proporcionar condições satisfatórias de brincar e

aprender.

A criança é um ser que nasce e cresce interagindo num ambiente

social, biológico e histórico.

No decorrer dos anos vemos essa criança se desenvolvendo dentro do

ambiente escolar, numa convivência com os demais que muito influenciam

seu processo evolutivo. A escola proporciona a criança o contato social e

principalmente o contato com o conhecimento sistematizado.

O ambiente familiar também é um desses fatores e podemos afirmar

que é o principal deles, que mais valor tem sobre o desenvolvimento da

criança. Através da convivência diária que temos com eles, somos capazes

de perceber que, dependendo do tipo de ambiente em que ele vive, ou seja,

na comunidade que está inserida, determinamos comportamentos e

desempenhos frente ao conhecimento amplamente estimulado pelo

ambiente familiar.

Cabe ao educador proporcionar oportunidades de desenvolvimento,

favorecer o contato e o conhecimento historicamente acumulado, porém

sabemos que a família tem grande papel nesse desenvolvimento.

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7.1.6 Diretrizes Curriculares que norteiam a ação da escola

Finalidades do Ensino Fundamental baseada nos encontros

pedagógicos e estudos realizados em 2004 e 2005.

Direção, Pedagogos, Professores e funcionários se reuniram para

escrever e nortear os trabalhos Pedagógicos na Escola Estadual Ruth

Martinez Corrêa – Ensino Fundamental.

No que diz respeito à educação, o consenso entre os trabalhadores em

educação desta escola adotou uma teoria que busca possibilitar uma síntese

de conhecimentos, que leve os alunos a adquirir uma visão mais clara e

unificadora da sociedade, participando do senso comum ao senso crítico.

Defende um ensino de qualidade para todas as camadas sociais, pois

considera o homem-cidadão, como o sujeito ativo na educação.

O conhecimento deve ser contínuo (estar ligado às experiências dos

alunos) e ultrapassar as pressões da ideologia dominante, resultando nas

trocas entre o sujeito e o meio social, sendo o professor o mediador desse

processo.

7.1.7 Diretrizes Curriculares

Conforme Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental:

I - As escolas deverão estabelecer, como norteadores de suas ações

pedagógicas:

- Os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e

do respeito ao bem comum.

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- Os princípios políticos dos direitos e deveres de cidadania, do exercício da

criticidade e da democracia.

C) os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade, e da diversidade

de manifestações artísticas:

II - Ao definir suas propostas pedagógicas, as escolas deverão explicitar o

reconhecimento da identidade de alunos, professores e outros profissionais

e a identidade de cada unidade escolar e de seu respectivo ensino.

Ill - As escolas deverão reconhecer que as aprendizagens são constituídas

na interação entre conhecimento, linguagem e afetivos, como conseqüência

das relações entre as distintas identidades participantes do contexto

escolarizado, através de ações inter e intra - subjetivas, as diversas

experiências de alunos, professores e demais participantes do ambiente

escolar, expressas através de múltiplas formas contribuir para a constituição

de identidades de afirmativas, persistentes e capazes de protagonizar

autônomas de constituição de conhecimentos e valores indispensáveis à

vida cidadã.

7.2 Descrição clara e objetiva dos fundamentos teóricos

7.2.1 Concepção de Sociedade

A sociedade é o agrupamento do pensamento de todos os homens ao

longo da história que interfere no coletivo deste pensamento e sofre a

influencia da coletividade.

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Assim, as partes influenciam o todo e este influencia as partes,

portanto não podemos pensar uma sociedade estática, mas uma sociedade

em constante transformação.

A mídia é um instrumento dos grupos dominantes para sua

perpetuação nesta condição. Assim, cabe-nos questionar as informações

transmitidas e a que propósito elas servem: conservação ou transformação

social, ou ainda, criar condições para a resistência, as ideologias do

mercado veiculado pela mídia.

Exatamente por não ser estática esta sociedade não deve aceitar nada

como inevitável ou historicamente dado, pois os homens fizeram suas

relações, portanto podem modificá-la.

Atualmente existe uma apologia do pensamento único. Os neoliberais

afirmam que qualquer sociedade que não seja esta baseada na exploração

do homem pelo homem, do lucro, da eficácia não é viável.

A sociedade desta hegemonia difunde a idéia de que não existe

esperança fora do sistema. Que cada indivíduo deve proceder numa espécie

de "salve-se quem puder". Um medo do amanhã. Uma sociedade da

exclusão, onde o discurso prega a maximização do lucro como única forma

de se chegar a uma sociedade mais Justa, mas que na prática se tem visto a

maximização da miséria.

Na perspectiva neoliberal a sociedade é apenas um enorme

supermercado, onde uns são consumidores e outros mercadorias a serem

comercializadas.

Assim, a escola se torna local privilegiado para transformar o sujeito

em

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consumidor, trabalhador e local de doutrinação para aceitar as diretrizes

neoliberais. O discurso neoliberal afirma que a competitividade é um dos

principais objetivos da escola.

Enquanto instituição esta deve primar pela eficácia e competitividade,

quanto deve preparar o aluno para ta!. Este educando se tornará assim um

indivíduo em defesa de seus próprios objetivos, incapaz de articular-se com

outros indivíduos para um projeto de sociedade cujos objetivos sejam

coletivos.

7.2.2 Concepção de Homem

O homem é um ser social, sua evolução o levou a agregar-se para

superar as

Condições dadas pela natureza. Assim, ao se agrupar cria referenciais de

conduta a serem seguidas por todos os membros do grupo. Estabelecem

proibições e punições.

Criaram instituições como o Estado para organizar os vínculos entre os

gruposhumanos. Enfim o homem se organiza socialmente e isto o diferencia

dos outros animais. O homem também diverge dos outros animais por ser o

único a realizar um trabalho consciente. Ele é capaz de agir na natureza

para transformá-la para atender suas necessidades. A organização do

trabalho levou o homem a explorar seu semelhante em busca da

acumulação de riquezas, onde muitos são alienados do fruto do trabalho

socialmente produzido em benéfico de outrem que detém os meios de

produção. Assim, aquilo que deveria ser a causa da consciência de sua

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condição de homem (o trabalho) torna-se sua implementação a causa da

alienação de sua condição humana.

Uma nova visão de homem deverá privilegiar as relações horizontais entre

os indivíduos, uma organização que recoloque o homem na plenitude de sua

condição humana. Isto só se dará se este se colocar na condição de sujeito,

capaz de refletir sobre suas ações cotidianas, articular um projeto comum

para suas comunidades que agreguem toda a diversidade, pois se o ser

humano é um ser social, esta diversidade compõe um todo que exige um

projeto comum integrador desta diversidade. Quando o indivíduo participa e

elabora um projeto de sociedade, este estará agindo sobre as relações

socialmente produzidas e transformando-as, portanto estará deixando a

condição de objeto para tornar-se sujeito de sua própria história.

Na condição de sujeito que produz a história cotidianamente este

indivíduo deverá ser um investigador, pois deverá perceber sua realidade e

produzir uma teoria explicativa desta realidade que possa orientar a

transformação da mesma.

Somente é possível pensar em sujeito a partir da coletividade de

sujeitos, onde a produção da história se faz coletivamente por meio da

produção do conhecimento com significado social.

7.2.3 Concepção de Escola

A escola hoje está repleta de contradições. Entre elas pode-se apontar

o distanciamento que a mesma impõe em relação à realidade social. Esta

escola reproduz as desigualdades e injustiças da estrutura social

cotidianamente em nossas salas de aula. Sendo um instrumento de

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dominação ela reproduz a hierarquia social (os que mandam e os que

obedecem). Assim, as deliberações em geral partem de cima para baixo, do

poder público estabelecido (união, estados e municípios) para os diretores,

destes para os professores, funcionários e destes para os alunos. Neste

processo há uma reprodução das relações sociais de dominação, muitas

vezes expressas nos currículos escolares e na organização pedagógica e

administrativa.

Nesta estrutura os professores passam a ser meros executores das

políticaspúblicas. Não lhes é conferido o tempo para a reflexão conjunta,

nem dos professores entre si, nem destes com a comunidade escolar. A

escola, neste contexto deixa de ser um local de discussão privilegiado e

torna-se um local para o exercício implementação da dominação das elites

sobre as massas. A escola no modelo neoliberal prepara o aluno para a

competitividade do mercado nacional e internacional.

O professor é um mero operário repetidor de tarefas, conteúdos e

valores ditados pelas relações de subordinação.

A escola que queremos deve privilegiar as relações horizontais de

poder.

Uma constante ida e vinda da escola para a comunidade e desta para

a escola.

Uma formulação conjunta da proposta pedagógica, onde os anseios da

comunidade, sejam de ordem política, econômica ou de ordem social sejam

contemplados e devolvidos como instrumental de transformação dessa

realidade.

Assim, não tem como a escola ser neutra, como, aliás, nunca foi, mas

sim um instrumento de transformação social.

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Num contexto de escola democrática dever-se-á garantir o acesso ao

saber historicamente elaborado também como forma de superação das

desigualdades historicamente produzidas. A escola deve viabilizar as

condições para a produção, transmissão e assimilação destes

conhecimentos, para isso deve dosá-los e seqüência-los gradativamente

num currículo escolar organizado por disciplinas. Estes conhecimentos

escolares, organizados em disciplinas não devem estar isoladas, mas

integradas, buscando relações interdisciplinares, pois o conhecimento é em

si mesmo interdisciplinar.

A forma de seleção dos conteúdos a serem aplicados nas salas de aula

não refletem a realidade onde os educandos das classes não privilegiadas

estão inseridos, assim estes conteúdos distantes dificultam a assimilação

resultando em fracasso e muitas vezes na exclusão deste indivíduo da

instituição. Esta exclusão resulta também da classificação estabelecida nas

escolas, pois o educando se sente incapaz diante dos conteúdos

apresentados.

A escola deve ainda contribuir na construção de valores e conceitos

capazes de instrumentalizar os educandos para a superação das

desigualdades.

7.2.4 Concepção de Cidadania

Acredito que para falar de cidadania é preciso dar uma introdução

mais conceitual e não simplesmente usar uma situação da população.

Hoje, muitos brasileiros estão reduzidos a uma triste condição.

Reduzidos á condição de catadores de lixo. A reciclagem de lixo virou um

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negócio altamente rentável, principalmente para os que intermediam a

venda. Não se questiona a produção do lixo, mas se agradece a existência

do mesmo, ainda que isto degrade a natureza e a condição humana.

Como falar em cidadania sem superar a condição desumana em que

vivem grande parte da população brasileira. Ser cidadão não é apenas ter

direitos de consumidor reconhecidos, mas principalmente ter direito a uma

vida digna. Assim, o exercício da cidadania passa pelo questionamento das

condições em que vivem a maioria das pessoas a nossa volta. Esta postura

questionadora deve estar atenta também às políticas públicas que buscam

atenuar as diferenças criadas pelo sistema capitalista. Programas paliativos

tem substituído os serviços públicos em várias esferas. Nossa história está

cheia de exemplos de como somos determinados de fora para dentro, de

cima para baixo. Não decidimos nada e somos responsáveis por todos.

Devemos parar de nos curvar e exigir um projeto de nação que nos

recoloque na condição de sujeitos de nossa história, capaz de conduzir

nosso próprio destino.

As organizações de bairro, os movimentos sociais, os grupos de defesa

dos direitos, entre outras instituições e organizações tem feito um grande

papel na explicitação do que é de fato cidadania. Estes movimentos

questionam a própria organização do sistema, pois no capitalismo o lucro e

a concentração de riquezas, entre elas a terra resultam na exclusão da

posse para outros. Tais instituições abrem espaço para a expressão de seus

membros. Assim, somente na organização em grupos, nas discussões, na

ação pela mudança, na participação política é que nos tornamos cidadãos

plenos. Devemos questionar o presente, mudá-lo, fazê-lo funcionar para

garantir um futuro para nossos filhos e para o planeta.

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A reconstrução do conceito de cidadania exige um processo de

deseducação dos pré-conceitos criados e veiculados ao longo de nossa

história, preconceitos estes que só podem ser desmontados

ideologicamente. É preciso substituir o cidadão consumidor por um cidadão

crítico e autocrítico, participativo, capaz de diálogo com interlocutores de

diferentes opiniões, indagador.

O exercício desta cidadania passa também pela escola que deve

estimular a reflexão coletiva, o diálogo, a capacidade de questionar o poder

público, seus gastos e prioridades, pressionando para que o Estado funcione

e funcione para todos, não apenas para uma minoria de privilegiados,

criando cidadãos de primeira e de 2a classe, separando os que podem

consumir dos que não podem como vigora hoje no projeto neoliberal. Neste

sentido existe uma necessidade urgente de formação de cidadãos capazes

de defender a soberania nacional, capazes de formular uma ideologia e os

meios para concretiza-la, capazes de integrar elementos de várias origens

raciais, culturais e religiosas, evitando a xenofobia característica de alguns

regimes históricos de caráter nacionalista já vistos ao longo da história e

ainda evitar que os recursos desta nação-potência que é o Brasil sejam

apropriados por potências estrangeiras ou apenas por uma minoria nacional

cujo discurso de grandeza esconde as desigualdades sociais extremas de

nosso país.

7.2.5 Concepção de Conhecimento

Todo conhecimento esta repleto de ideologia, expressa uma ideologia,

foi construído a partir de uma ideologia. Assim, o conhecimento pode estar a

serviço de todos, ou apenas de uma categoria social específica.

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Existem várias formas de conhecimento que podem ser de ordem

material ou conceptual. Estas formas de conhecimento são produzidos

socialmente e apropriados, na maioria das vezes individualmente. Este

conhecimento pode ter sua origem no senso comum ou ser fruto de

elaboração científica. A sociedade industrial criou uma distinção entre o

saber e o fazer, destinando ao trabalhador a segunda parte e ficando com o

capitalista burguês a primeira. Assim, destituído do saber, do conhecimento

do processo produtivo, o trabalhador tornou-se objeto, perdendo sua

dimensão de sujeito, visto aqui como aquele que detém o saber fazer.

A escola tem um papel importante na retomada do trabalhador de sua

condição de sujeito é necessário que a teoria e a prática sejam

reaproximadas. É necessário que o professor seja não apenas um mero

retransmissor de informações, mas um agente social de transformação, um

estimulador do questionamento, um organizador de debates, um

investigador, pois sem ir à realidade dos alunos, sem estar com eles em

suas lutas não será capaz de produzir um verdadeiro conhecimento para

orienta-lo em sua prática cotidiana em sala de aula. Desta forma o

conhecimento se torna uma coisa viva e ativa, pois gera uma proposta

transformadora da realidade, aproxima o professor da realidade dos alunos

e estes do professor. A escola deve ser o elo de ligação entre o saber

científico e o senso comum, devolvendo ao trabalhador o conhecimento que

lhe foi expropriado. Para Saviane, deve-se partir do empírico, passar-se pelo

abstraio e chegar-se ao concreto. Neste caso o conhecimento assume um

papel transformador da realidade, pois é fruto de observação da mesma, de

formação de teoria explicativa desta realidade, alicerçada não só na

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observação da realidade, mas na forma como os membros desta

comunidade vem esta realidade.

Para a implementação desta postura a cerca do conhecimento é

necessário que o professor questione constantemente seus métodos, reflita

sobre suas práticas e sobre suas relações com seus educandos, pois na

prática educativa estão presentes elementos da subordinação da prática

pela teoria, do sujeito aluno pelo professor o que lhe confere a condição de

objeto.

Uma nova visão do conhecimento na escola implicaria, portanto uma

mudança da escola e da postura do professor que deixa de ser o elaborador,

o programador e passa a junto com os alunos programar, elaborar. Assim, o

educando passa não só a receber um conhecimento pronto e acabado, mas

passa a participar da elaboração deste conhecimento. Tal liberdade não se

faz sem riscos, nem devem ser deixadas entregues a si mesmas, mas

devem se constituir sobre limites éticos, negociados entre os educandos e

as autoridades que com eles se relacionam. (Alterado de Freire, p. 1997, p.

58-59)

A busca de um conhecimento ativo não deve impedir a assimilação de

elementos culturais consagrados. As tradições não devem ser abandonadas

como se fossem obsoletas, pois entre elas existem práticas que se firmaram

com essenciais, sendo portanto, elementos fundamentais para a

constituição do ser em sua esfera humana. O conhecimento a ser produzido

na escola pública deve pressupor a esfera do senso comum, e uma esfera

do saber erudito, metódico e sistematizado, próprio das artes, da filosofia e

da ciência.

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É nessa última esfera de conhecimento que a escola deve centrar seus

maiores esforços, pois é este saber que sem ela a sociedade não pode se

apropriar. A escola nesta nova perspectiva deve produzir uma forma de

conhecimento no educando que seja vivenciada, pois sem isto se torna

difícil a internalização do conhecimento que permitirá a este indivíduo agir

com liberdade de pensamento e com mobilidade suficiente para ser, de fato,

um sujeito e um agente de transformação da realidade. Unindo liberdade e

compromisso, teoria e prática, senso comum e saber científico. Cabe

salientar que nada se faz sem sacrifícios, não se adquire o habitus sem

sacrifícios, sem insistência e persistência. Requer salientar ainda que a

escola hoje parece estar apartada da sociedade e que a menos que se alie a

escola à comunidade onde esta está inserida será difícil que esta não veja

na escola uma força externa que tenta se impor a ela.

7.2.6 Concepção de Trabalho

Segundo Engeis o trabalho transformou o macaco em homem. Para os

católicos foi uma punição pelo pecado do primeiro homem. Para um

calvinista o trabalho distingue os escolhidos para a salvação dos que serão

condenados, pois o pobre invariavelmente é preguiçoso.

O trabalho para Marx é responsável pela geração de riqueza que, a

despeito de ser produzida pelo trabalhador é apropriada pelo capitalista,

dono dos meios de produção, das fábricas, das fazendas, etc. Assim, o

trabalhador é visto como produtor de lucro, gerador da mais valia. Na

sociedade moderna, inspirada no modelo neoliberal, o trabalhador deve ser

utilizado como produtor de riqueza, deve ser competitivo e consumidor de

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produtos. Os sindicatos de trabalhadores tiveram conquistas ao longo da

história, mas neste momento o "Estado de Bem Estar Social" deve ser

removido para garantir o aumento da acumulação capitalista, vista como

única forma de universalizar os frutos do progresso técnico obtido à partir

do trabalho humano, que neste momento também é expresso pelas

máquinas, construídas à partir do trabalho de homens e da acumulação de

riqueza pelo capitalista.

Esta forma de organização do trabalho perpetua a condição do

trabalhador de apêndice das máquinas, de objeto, pois o aliena do fruto de

seu trabalho.

Uma nova forma de organizar o trabalho deve ser empreendida para

que se resgate a humanidade do homem. Neste sentido é preciso restaurar

a articulação dos sindicatos livres.

A escola deve se constituir num instrumento deste resgate e o

educador como articulador deste processo, unindo pais, comunidade e

escola para construir uma nova forma de apropriação dos frutos do trabalho

que seja mais justo.

Tal mudança pressupõe que o educador também seja visto como um

trabalhador, engajado num processo transformador, com teoria e práxis.

Assim, o trabalho do professor é identificar os elementos produzidos

coletivamente pela humanidade que deverão ser apropriados por seus

educandos e as estratégias para que este objetivo sejam atingidos, para que

este educando seja de fato um agente social de transformação, além de um

ser humano, pois o que o torna humano é o trabalho, mas se ele não se

apropria do fruto deste trabalho ele se torna alienado, portanto este deve

também transformar a sociedade onde vive, contribuir para melhorá-la e

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deve estar preparado para esta tarefa apropriando-se do conhecimento

historicamente produzido ao longo da história.

7.2.7 Concepção de Cultura

A cultura seria a soma da produção de idéias, valores, símbolos,

hábitos, atitudes, ou seja, os saberes transmitidos de geração para geração.

A cultura é o que produziu o homem e é também o que ele produziu. Suas

relações de poder, a arte, a ciência, a linguagem.

Cada povo tem uma cultura distinta que está em constante relação

com outras culturas, apropriando-se destas e contribuindo para outras

culturas. Deste ponto de vista não existem culturas impermeáveis. Em

nossa época, a da globalização, isto se evidencia mais ainda. Existe uma

intensa produção cultural para consumo. Estas expressões de cultura, tais

como o Hip-Hop, transpõem barreiras e misturam-se com a cultura de

massa de outros países confundindo-se com estas e passando a ser vista

como expressão cultural própria. Esta produção de massa para alguns como

Saviane deveria aproximar a cultura popular produzida espontaneamente da

cultura erudita. Esta nova cultura deve incorporar elementos e ao fazê-lo

deve escolher o que é relevante do que não é.

Essa nova visão de cultura, que apropria, assimila, reinventa, deve

também aproximar os diferentes, deve incluir novos conceitos, novos

valores, capazes de tornar o homem mais humano. Aproximar a cultura de

vários povos, abarcar numa totalidade as diferenças culturais de vários

povos não deve retirar destas elementos que lhes distinguam, isto seria

uma aculturação.

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Toda cultura pode ser construída e reconstruída, portanto a

manifestação de alguns interesses sempre podem se sobrepor. A

apropriação de elementos da cultura pode ser libertadora ou aprisionadora

do ser. Uma nova mentalidade de cultura deve respeitar a diversidade

cultural, valorizar o popular e o erudito e a escola deve aproveitar os novos

espaços democráticos criados para motivar nossos educandos a mergulhar

na aquisição destes elementos culturais construídos coletivamente e

socialmente.

7.2.8 Concepção de Ciência e Tecnologia

Durante muito tempo a ciência esteve impregnada de uma concepção

de que só o que pudesse ser provado através de um experimento, cujo

resultado fosse repetido, seria ciência. Assim, as ciências físicas e a

matemática ganharam um status superior às outras áreas da cultura

humana, tais como a História ou a Geografia.

Uma nova visão sobre a ciência deve levar o indivíduo a compreender

a relação sujeito-objeto e compreender como o ser humano se relaciona

com as coisas, com a natureza, com a vida. A ciência é o saber metódico,

sistematizado e não um saber fragmentado; à cultura erudita e não à

cultura popular. A escola deve garantir o acesso a esse saber, que é produto

da evolução humana, de contribuições de diversas gerações.

Este saber deve ser socializado até atingir a totalidade da população.

Enquanto disciplina acadêmica, esta (a ciência) deve Ter lugar destacado no

ensino. Educar para a ciência só pode ser feito num clima de liberdade e

constante estímulo, uma metodologia reprodutivista, verticalizada, onde o

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aluno acumule conhecimentos estáticos não formará indivíduos

questionadores. É preciso uma nova ciência que se fundamente na

problematização.

Tudo deve ser questionado. No processo de formação deste educando,

portanto, é possível que o mesmo questione a autoridade dos professores.

Este educando deve ser confrontado com sua realidade e questioná- Ia, pois

só assim poderá mudá-la. Assim, um sujeito de fato, uma ciência

investigativa, uma escola plural e aberta à participação da comunidade

poderá ser estimuladora do progresso desta ciência.

Um subproduto da ciência é a tecnologia, fonte, ao mesmo tempo, de

progressos e de sofrimentos. A ciência em sua evolução produziu a glicerina,

a mesma ciência, produziu a nitroglicerina. A tecnologia produziu a luz

elétrica e alguns homens a usam para provocar dor, torturar. Nesta

perspectiva não existe tecnologia ruim, mas pessoas que a usam para o

mau.

É preciso redirecionar a tecnologia para a libertação humana de suas

limitações, uma tecnologia que seja para todos, não apenas para aqueles

que por ela podem pagar, uma tecnologia que agregue e não divida.

Hoje a tecnologia que produz carros modernos em pouco tempo

também produz desempregados, famintos, pais de família que perderam

seus empregos em nome do aumento do lucro. A mesma tecnologia que

facilita a vida das pessoas ao permitir que usem um caixa eletrônico

também produz desempregados. A mesma tecnologia produzida para

permitir ao homem uma vida mais humana hoje o afasta de sua

humanidade, o corrompe, como os videogames, a televisão, utilizada como

instrumento de doutrinação ideológica, veículo para o consumismo.

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Enfim, a tecnologia tem sido mal interpretada, como se fosse algo a

pairar acima dos homens e como um produto de trabalho dos homens deve

contribuir para o bem público. A escola, neste sentido assume o papel de

educar um sujeito reflexivo, de livre pensar, com uma atitude responsável,

para tal a escola pública deve assumir em seu Projeto Político Pedagógico

um papel revolucionário que concretize uma ciência libertadora e uma

tecnologia voltada para a concretização dos direitos de um sujeito ativo,

consciente e crítico quanto ao uso desta ciência-tecnologia, numa sociedade

mais justa, homogenia quanto à distribuição dos recursos e diversificada

quanto à sua constituição.

7.2.9 Concepção Pedagógica na Perspectiva Histórico-Crítica

A pedagogia histórico-crítica forma-se no final da década de 1970

quando havia uma necessidade histórica de se fazer a crítica da então

pedagogia oficial (pedagogia reprodutivista), dada a falta de enraizamento

histórico, e a seu forte caráter reprodutor.

Este movimento era internacional e neste período as escolas passam a

representar a chamada "rebelião social' lideradas pêlos estudantes

universitários que eram alimentados por ideologias de esquerda neste caso,

basicamente o marxismo.

Porém a constatação principal deste movimento foi o de verificar que

as pedagogias existentes perpetuavam as relações de dominação vigente.

Depois disto é que os movimentos começam a buscar mudar as bases da

sociedade.

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"Assim perceberam que não era a cultura que modificava a sociedade e sim

a sociedade é que modifica a cultura" (Demerval Saviani, pg.132)

Assim, fundamentada na dialética histórica; expressa no materialismo

histórico; que procura compreender e explicar o todo desse processo,

abrangendo desde a forma como são produzidas as relações sociais e suas

condições de existência até a inserção da educação nesse processo.

Isto é Saviani diz: "vejo a práxis como uma prática fundamentada

teoricamente". A prática é o ponto de partida e o ponto de chegada.

A apropriação do conhecimento produzido socialmente é direito de

todo homem, na medida em que proporciona ao indivíduo a tomada de

decisões de forma mais consciente. Para tanto, a abordagem histórico-

crítica, proposta por Demerval Saviani pressupõe a compreensão a história

no contexto da determinação das condições materiais da existência

humana, nesta concepção dialética da história, busca-se a compreensão da

educação escolar tal como ela se manifesta no presente "entendida esta

manifestação presente como resultado de um longo processo de

transformação histórica" (Saviani, p.93) . Esta teoria crítica é aquela que

leva em conta os determinantes sociais da educação, em contraposição às

teorias não críticas, que acreditam que a educação tem o poder de

determinar as relações sociais.

O compromisso da educação passa a ser a transformação da

sociedade, e não a sua manutenção. Nesse sentido há a necessidade de

especificar a função da escola, que é a transmissão do conhecimento, pois

corre-se o risco de desviar o foco para questões secundárias, convertendo-a

numa "agência de assistência social" (Saviani p. 115)., ou então a

implantação de projetos e de trabalhos tematizados de acordo com datas

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comemorativas sem ter ligação nenhuma com o que é nuclear, ou seja

curricular, as atividades extracurriculares devem enriquecer as curriculares

e não substituí-las.

É papel da escola a transmissão do conhecimento, denominado saber

sistematizado. Ele deve ser organizado dentro do período letivo para que o

aluno possa evoluir, para que passe a compreender as relações sociais e

possa adquirir instrumentos para agir na sociedade.

A finalidade da escola deve determinar os métodos e processos de

ensino- aprendizagem, para que os alunos possam apreender tais

conteúdos, "as formas de tornar assimiláveis os conteúdos estão

intimamente relacionadas com a concepção e conteúdos de cada área do

conhecimento como também suas formas de ensino". (Currículo Básico, p.

17)

Segundo Krug e Rocha é papel da escola efetivar uma organização

que possa contribuir para a diversidade de aprendizagens manifesta pelos

educandos, ou seja, significa oportunizar a todos a aprendizagem, ao

mesmo tempo em que dá respostas as necessidades diferenciadas que cada

um traz, uma vez que nem todos os educandos conseguem realizar as

aprendizagens no mesmo ritmo e condições, pois se encontram em

diferentes momentos de sua socialização, possuem informações, vivências,

riquezas que a escola precisa resgatar.

Os saberes dos alunos devem ser levados em conta, pois muitas vezes

relacionam-se a problemas sociais da comunidade, que podem estar

articulados aos conteúdos.

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De acordo com essas considerações é oportuno destacar que é

fundamental construir uma nova prática no que se refere ao ato de ensinar

e de aprender.

É preciso definir segundo quais conteúdos e que abordagem dos

conteúdos é necessária para a classe trabalhadora e as condições concretas

necessárias para o desenvolvimento efetivo do ensino-aprendizagem dos

conteúdos. O que precisa ser ensinado não é qualquer conhecimento, mas o

conhecimento teórico-prático voltado para o desenvolvimento da sociedade,

para sua transformação. (Klein, 2004 p.49)

Dessa forma, os conteúdos escolares não podem se constituir em

roteiros repetitivos e métodos produtores de procedimentos indiferenciados

e atitudes conformistas. Os conteúdos escolares são resultado de um

exercício de cognição de homens sobre a realidade, a fim de compreender e

apreender um certo conjunto de informações que são instrumentos

culturais, necessários para que os educandos progridam na sua formação

global e não como uma atividade com fim em si mesma. Segundo Klein

(2004 p.49), "os alunos devem ter acesso ao máximo de conhecimentos, da

forma mais ampla, mais exitosa e no menor tempo possível."

As atividades planejadas não podem ter um fim em si mesmas, ser

realizada porque é interessante ou apenas para variar a opção

metodológica, mas deve constituir-se visando com que o aluno ou grupo

avance em seu desenvolvimento.

Mais do que nunca, o professor deve exercer seu papel dentro da

escola, que lançando mão de recursos fará com que seu aluno realmente

aprenda, pois é para isso que ele está na escola!a: para realmente aprender

de forma que o conhecimento que ela adquire na escola seja capaz de

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modificar sua visão de mundo. Portanto é inadmissível que os conteúdos

apenas sejam repassados, página após página, sem que haja reflexão e

vínculo com a realidade.

7.2.10 Concepção de Ensino-Aprendizagem

Com base na abordagem materialista dialética da análise da história

humana, o desenvolvimento psicológico do homem é parte do

desenvolvimento geral dos seres humanos. Para Vygotsky " o aprendizado

está voltado para a assimilação de fundamentos do conhecimento científico"

( p. 95).

Descobrir as relações reais entre o processo de desenvolvimento e a

capacidade de aprendizado do aluno é primordial e essencial para

desenvolver uma pedagogia da apropriação daquilo que foi construído pela

humanidade, cabendo ao professor o papel importante de instrumentalizar o

aluno nesse processo.

O processo ensino-aprendizagem na escola difere-se do processo de

educação em sentido amplo. Na instituição escolar o aluno precisa entender

as bases dos estudos científicos. Neste processo ele parte de suas próprias

idéias e significados para se encaminhar por novos caminhos da análise

intelectual, das comparações e do estabelecimento de relações lógicas. Os

conceitos prévios que os alunos apresentam sobre determinados assuntos

são transformados. A escola constitui-se o local onde o aluno pode ter a

oportunidade de aprender de forma sistematizada e intencional, o que a sua

realidade não dá conta de explicar.

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Na perspectiva da concepção do desenvolvimento de Vygotsky, a

aprendizagem organiza-se por níveis, como uma " espiral ". O primeiro nível

chamado de real, caracteriza-se pelo conhecimento e atividades que o

indivíduo consegue realizar sozinho (desenvolvimento mental prospectivo).

O segundo nível, ou nível próxima), caracteriza-se por situações de

aprendizagem que o indivíduo não pode desenvolver independentemente,

fazendo-o somente com ajuda, e o terceiro nível, o nível potencial é o que se

espera que o indivíduo venha a assimilar. Sendo assim, se considerarmos a

perspectiva de Vygotsky, estaremos defendendo uma metodologia que

privilegia a mudança, coloca professores e alunos como participantes ativos

da própria existência e vinculado às condições materiais de sua época,

capazes de aprender com os outros e com o passado, imaginar e planejar o

futuro.

Para Vygotsky (1998), o desenvolvimento intelectual resulta da

relação com o mundo, que se compõe dos processos de interações que

fornecem as condições para a atividade do pensamento, as quais

possibilitam o processo de construção da aprendizagem. Dentre essas

interações que ocorrem no espaço escolar, as mais favoráveis para

aprendizagens significativas são as interações no trabalho cooperativo e

coletivo, pois é nele que os alunos podem confrontar os seus pontos de

vista. Fim de tomar estes processos possíveis de se efetivarem, o espaço

escolar deve oferecer as oportunidades necessárias ao pleno

desenvolvimento dos alunos. Portanto, conhecendo o nível de

desenvolvimento dos alunos, a escola deve dirigir o ensino para os níveis de

desenvolvimento que os alunos ainda não atingiram, para que possa

avançar em sua compreensão de mundo.

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Ao adotarmos esta abordagem teórica, estaremos reconhecendo o

desenvolvimento como algo que avança por meio de conteúdos socialmente

elaborados pelo conhecimento humano e de estratégias cognitivas

necessárias para a internalização desses conteúdos. Também Paulo Freire

reconhece a aprendizagem como ferramenta que permite no decorrer de

seu processo; que o homem aproprie-se das condições de reflexão dos fatos

e sobre os fatos da realidade que o cerca; levando o homem a ser o sujeito

de sua própria história. Valoriza todos os conhecimentos que partem da

análise da realidade do cotidiano do homem e acredita que o homem

instrumentalizado pela capacidade de análise crítica tenha acesso ao

conhecimento acumulado historicamente e dele partindo, atue em sua

própria realidade construindo-a e transformando-a. Então a aprendizagem

ocorre quando " o homem se vê sujeito ".

O processo de ensino aprendizagem é vivo e confunde-se com a

própria existência do sujeito; assim aquele que ora educada à medida em

que se envolve no processo também será educado (educador / educando)

Para Paulo Freire a educação é a prática da liberdade; é o movimento

pelo qual o homem liberta-se da opressão. O conhecimento é uma

ferramenta de libertação, e esta ocorre por meio da reflexão e da ação

sobre o meio vindo assim conquistar sua independência.

Segundo Paulo Freire " a educação problematizadora se faz, assim um

esforço permanente através do qual os homens vão percebendo,

criticamente, como estão sendo no mundo, com quê e em quê se acham ".

(Pedagogia do oprimido - 11a edição; pág. 82).

Deste modo podemos afirmar que a educação aprendizagem cumpre

sua função fundamental quando humaniza mulheres e homens.

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Paulo Freire afirma que embora sabendo que estejamos vivendo em

meio a muitas desigualdades sociais, nenhuma mudança profunda na

sociedade poderá acontecer sem se levar em conta a educação; que, por

sua vez, não deve esperar os desdobramentos econômicos e políticos para

mudar.

Para Paulo Freire a educação pode transformar as pessoas em sujeitos

para que eles sintam-se e evolvam-se nesta tarefa / missão de transformar a

realidade; fortalecendo o homem enquanto sujeito e cidadão que conhece

sua realidade e nela se insere de forma crítica e atuante seja na vida social

seja na vida política.

7.2.11 Formação Continuada de Professores e Funcionários

Compreendendo que a natureza da escola mudou, hoje não podemos

mais ver o educador como agente reprodutor de um conhecimento

adquirido. Atualmente, a escola é um sistema complexo que atende uma

clientela imensa e diversificada.

Para tanto, o educador hoje, precisa desempenhar tarefas especificas

que possibilitem o funcionamento desse sistema.

Faz-se necessária a reformulação educacional que deverá ser feita

pelo coletivo dos educadores. Essa prática Implica num exame critico e

cuidadoso do papel da educação e de cada prática especifica no projeto

sócia! e político mais abrangente.

A formação continuada dos professores visa estimular uma

perspectiva critico - reflexiva, que possibilite a busca de um investimento

pessoal, livre e criativo e uma identidade profissional.

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Esta formação não se fará somente por acumulações teóricas

adquiridas em cursos, mas também por interações pessoais e troca de

experiências partilhadas entre os próprios docentes.

Na E.E.R.M.C. os professores mantêm um grupo de estudo a cada

quinze dias, aos sábados, com o objetivo de atualizar os conhecimentos, de

viabilizar trocas de experiências pedagógicas, de implantar experiências

inovadoras e consolidar projetos interdisciplinares.

7.2.12 Capacitação Continuada para Funcionários

A proposta de capacitação continuada aos funcionários, assim como a

dos professores, objetiva esclarecer dúvidas, ampliar conhecimentos e

envolvê-los no processo educacional da escola.

Para tanto serão ofertadas as mesmas atividades de capacitação, num

trabalho conjunto com os professores.

- Palestras

- Grupos de Estudo

- Capacitação da Secretaria de Educação

- Leitura de textos e documentos

Os trabalhos serão realizados na escola em horário contrário ao turno

do funcionário.

7.2.13 Contradição e Conflitos na Prática Docente

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Professores deverão desenvolver projetos considerando o

conhecimento da realidade sócio-cultural dos alunos. Esse conhecimento

deverá ter um caráter prático e concreto considerando seu cotidiano.

7.2.14 Formação Inicial e Continuada

Períodos reservados a estudos, planejamento e avaliação incluído na

carga horária do docente; para que o professor possa organizar seu trabalho

de forma interdisciplinar e contextualizada.

7.2.15 Capacitação Continuada

A proposta de capacitação continuada aos professores objetiva

esclarecer dúvidas, ampliar conhecimentos, mantê-los motivados e

envolvidos no processo de construção e reconstrução da sociedade. Para

isso desenvolver-se-ão:

Grupos de estudos;

Palestras;

Leitura e interpretação de textos e documentos;

Filmes;

Revistas educativas;

Capacitação da Secretaria de Educação.

Os trabalhos serão realizados na escoa em horário contrário ao das aulas e

na hora atividade.

7.2.16 Concepção e Conceito de Currículo

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Dadas as particularidades históricas, o currículo assume diferentes e

até conflitantes ações determinando as funções da própria escola, exigindo

flexibilidade para mudanças e transformando a mesma.

Por isso, faz-se necessário que a escola mantenha um currículo

coerente com unidade, que tenha como um todo e suas partes, quaisquer

que sejam, apresentem-se conectadas a globalidade.

A idéia de coerência começa com uma visão do currículo corno um

conceito amplamente concluído.

Como um conjunto de partes ou peças separadas que acumulam

experiências dos alunos e necessárias transcrições que levem em conta as

pessoas para as quais o currículo é estabelecido.

7.2.17 Gestão Democrática

7.2 .17.1 O que é Gestão Democrática

Gestão Democrática é o processo político através do qual as pessoas

na escola discutem, deliberam e planejam, solucionam problemas e os

encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações

voltadas ao desenvolvimento da própria escola. Este processo, sustentado

no diálogo e na alteridade, tem com base a participação efetiva de todos os

segmentos da comunidade escolar, o respeito a normas coletivamente

construídas para os processos de tomada de decisões e a garantia de amplo

acesso às informações aos sujeitos da escola.

Realizar uma gestão democrática significa acreditar que todos juntos

têm mais chances de encontrar caminhos para atender às expectativas da

sociedade a respeito da atuação da escola. Ampliando o número de pessoas

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que participam da vida escolar, é possível estabelecer relações mais

flexíveis e menos autoritárias entre educadores e comunidade escolar.

Quando pais e professores estão presentes nas discussões dos

aspectos educacionais, estabelecem-se situações de aprendizagem de mão

dupla: ora a escola estende sua função pedagógica para fora, ora a

comunidade influencia os destinos da escola. As famílias começam a

perceber melhor o que seria um bom atendimento escolar, a escola aprende

a ouvir sugestões e aceitar influências.

É importante que as pessoas participem da discussão, em igualdade

de condições, sem ter receio de expor posições contrárias. A manipulação

de reuniões, na condução de decisões que privilegiam grupos ou mesmo

interesses pessoais, pode gerar situações em que o autoritarismo surge,

com máscaras de gestão democrática.

7.2.17.2 Gestão Democrática na Legislação

CF/88:

Art.206: O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da Lei.

LDB/96 - LEI 9394/96

Art. 3°.: O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da

legislação dos sistemas de ensino.

Art. 14: Os sistemas de ensino definirão as normas de GD (...) :

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I - participação dos profissionais da educação na elaboração da proposta

pedagógica;

II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou

equivalente.

Art. 15: Os sistemas de ensino asseguração às escolas progressivos graus

de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira.

Deliberação 16/99, CEE/PR:

Art. 4° - A comunidade escolar é o conjunto constituído pêlos corpos docente

e discente, pais de alunos, funcionários e especialistas, todos protagonistas

da ação educativa em cada estabelecimento de ensino.

§ Único; A organização institucional de cada um desses segmentos terá seu

espaço de atuação reconhecido pelo regimento escolar.

Art. 5° - A Direção Escolar tem como principal atribuição coordenar a

elaboração e a execução da proposta pedagógica, eixo de toda a qualquer

ação a ser desenvolvida pelo estabelecimento.

Art. 6° - A gestão escolar da escola pública, como decorrência do princípio

constitucional da democracia e colegialidade, terá como órgão máximo de

direção um colegiado.

Não basta que a gestão democrática seja orientada pelos princípios

básicos da boa administração. É necessário que seja uma gestão

compartilhada, democrática e envolvente de todos os que fazem parte da

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comunidade escolar em uma ação com unidade e sinergia. Para isso é

necessário o processo participativo e democrático que rege o

funcionamento da escola, compreendendo a tomada conjunta de decisões e

a prática associada das ações necessárias para que a mesma concretize sua

responsabilidade de educar seus alunos, com força viva e associada do

desenvolvimento comunitário, caracterizando a excelência em educação.

A escola ao promover a gestão democrática promove a organização e

a orientação do trabalho coletivo de todos que participam da comunidade

interna e externa da escola em torno dos objetivos e política educacional do

sistema e do atendimento das necessidades educacionais dos seus alunos.

Age orientando para dinamizar o trabalho interativo de pessoas, na busca

da realização de objetivos comuns. Portanto, a equipe centra seu trabalho

de gestão, na construção conjunta da realidade social e do saber escolar,

como condição para que a escola promova a formação de cidadãos críticos e

participativos. A vivência e a observância dessa prática na escola é

condição imprescindível para que tal transformação seja promovida.

São pressupostos da gestão democrática da escola, a partir do

entendimento de que:

- a escola é uma organização social cujo processo de dinamização é

pedagógico;

- a verdadeira democratização da escola passa pela elevação de sua

competência;

- O envolvimento da comunidade interna e externa à escola como fator

essencial no processo do se trabalho;

- Construção de um ambiente social competente e participativo é condição

para a aprendizagem da cidadania;

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A gestão escolar democrática compartilhada é um processo contínuo que

se refaz e se aprimora todos os dias, entre os eixos básicos:

Alunos permanecendo na escola com êxito;

Bons professores desenvolvendo suas competências;

Comunidade participando envolvida no alcance dos objetivos

educacionais;

Dessa forma, a gestão se constrói no cotidiano transformando-se,

transformando a escola e a sua prática pedagógica.

7.3 Organização do tempo escolar

Nos turnos manhã, tarde e noite se organizam da seguinte forma:

* Cargo de professor:

- 16 horas regência

- 04 horas atividades

- Conselho de Classe Bimestral ao sábado conforme calendário

* Cargo de Pedagogo:

- 20 horas semanais

- Conselho de Classe bimestral conforme ao sábado conforme calendário

- O tempo da hora atividade semanal é utilizado prioritariamente para

encontro dos professores de uma área.

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- Reunião Pedagógica feita bimestralmente

- Carga horária do aluno: 200 dias letivos ou 800 horas aulas

7.4 Organização Curricular

7.4.1 Temas Sociais Contemporâneos

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- Lei 9394/96, em seu

artigo 32 assim preceitua, a respeito do Ensino Fundamental Art.32 – O

Ensino Fundamental, com duração mínima, de 8 anos, obrigatório e gratuito

na Escola Pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:

I – Desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios

básicos o plano domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

II – Educar para a conquista da cidadania plena, para a busca da justiça

social, do bem comum e da realização pessoal do indivíduo.

7.4.2 Educação Fiscal

A Educação Fiscal tem por objetivo “ conscientizar a sociedade,

através da escola, da função sócio-econômica e do tributo. Além disso,

busca o despertar do cidadão para acompanhar a aplicação dos recursos

postos a disposição da administrarão pública, tendo em vista o benefício de

toda a população.

7.4.3 Educação no campo

Priorizando que 53% dos educandos atendidos pela Escola pertencem

a zona rural ( ou nela trabalham ) o Projeto Político Pedagógico do

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Estabelecimento será um instrumento de proposição, de diretrizes para a

formulação e a implementação de políticas públicas, que levem a superação

da pobreza por meio da geração de emprego e renda, a redução das

desigualdades de renda, gênero, geração e etnia, a diversificação das

atividades econômicas e sua articulação dentro e fora dos territórios rurais e

adoção de instrumentos de participação e controle social na execução de

políticas educacionais para desenvolvimento rural sustentável

A cultura, os saberes das experiências, a dinâmica do cotidiano dos

povos do campo devem ser tomadas como referência para o trabalho

pedagógico, para a organização do sistema do ensino e a capacitação de

professores e produção de materiais didáticos.

São metas deste Estabelecimento de Ensino:

- escutar os povos do campo, a sua sabedoria, as suas críticas;

- escutar os educandos e suas observações, reclamações ou

satisfações com relação à escola e à sala de aula;

- escutar as carências expostas pelos professores com relação ao

educando vindo do campo;

- por meio da escuta, será gerado o diálogo e nele serão explicitadas

as propostas políticas e pedagógicas necessárias à escola pública.

7.4.4 Cultura Afro-Brasileira

No que diz respeito a Cultura Afro-Brasileira compete ressaltar o

importante papel desempenhado pela Escola, que tem atuado

positivamente no resgate da identidade e da dignidade das comunidades

afro-descendentes e no estímulo à inventividade das tendências culturais

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próprias da cultura negra, apoiando e promovendo projetos temáticos,

culturais, afro-brasileiros, de modo ao aumentar a produção e difusão

inclusiva da cultura afro-brasileira, junto a identidade cultura nacional.

Nas 5ª e 6ª séries são ofertados dentro da disciplina de História:

* Divulgação e produção de conhecimentos e valores preparando o

educando para o sentimento de fraternidade, eliminando as barreiras do

preconceitos e discriminação.

* Sobre a história da áfrica, fazer com que o aluno negro-descendente,

valorize a história do seu povo, da sua cultura como contribuição para o país

e a humanidade;

* Trabalhar as datas festivas e históricas sobre a importância do negro

para a colonização do Brasil;

* Incluir no calendário escolar a data de 20 de novembro como “ Dia

Nacional da Consciência Negra”.

Nas 7ª e 8ª séries são ofertadas dentro da disciplina de História:

• Valorização do negro com políticas de combate ao racismo;

• A história de Zumbi dos Palmares;

• Garantia de uma educação que respeite a diversidade étnica dos

alunos e a história e a cultura negra no Brasil fazendo que os

alunos negros assumem-se como cidadão “ autônomos, críticos e

participativos”.

• Trabalhar com a individualidade do aluno, valorizando aquilo que os

torna diferente dos outros, recuperando e valorizando a beleza de

cada etnia.

• Fazer com que o educando, faça em sua família uma recuperação

da cultura negra com lendas, com lendas, contos, mitos e cantigas.

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• Identificar as comunidades de remanescentes quilombolas no

Estado do Paraná.

7.4.5 Agenda 21

Com a implantação da Agenda 21 podemos garantir um meio

ambiente equilibrado para as futuras gerações, cumprindo assim, nosso

dever mencionada na Constituição do Brasil.

São prioridades:

• Identificar o impacto de suas ações sobre o meio ambiente

( desmatamento, mata ciliar, lixo reciclável ,etc.

• Buscar prioridade junto a comunidade escolar quanto aos objetivos

propostos;

• Programar cronograma e formas de monitoramento e avaliação.

7.5 Avaliação

A avaliação da Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa – Ensino

Fundamental não estará centrada no produto, mas sim no processo, cada

ação seus efeitos serão avaliados constantemente por educandos e

educadores, importando os superações dos elementos envolvidos.

Nessa perspectiva, adotamos uma avaliação diagnostica, democrática,

fazendo com que todos do processo avaliativo, tomando decisões e

conseqüentemente tornando-se comprometidos e responsáveis pela

mesma.

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Assim sendo, objetivamos ter a avaliação como instrumento de

acompanhamento e transformação no processo ensino-aprendizagem,

centrados na observação, no registro, na análise, na comum tomada de

decisões, possibilitando a escola definir as ações pedagógicas decorrentes

da avaliação.

Para chegar a um diagnóstico avaliativo o educador da Escola Estadual

Ruth Martinez Corrêa – Ensino Fundamental utilizará alguns critérios, que

permitem a observação global do envolvimento do aluno no processo

escolar. Tais critérios estão contemplados no regimento escolar da escola,

sendo que a avaliação escolar defini-se como sendo integral, cumulativa,

versátil e cooperativa, considerando a evolução do aluno, sendo o seu

depois analisado com base numa visão global dos trabalhos realizados.

O ano letivo será dividido em quatro .bimestres que o desempenho

escolar do aluno será registrado em relatórios e boletins, com o seguinte

procedimento:

1º. Bimestre 3º . Bimestre

2º . Bimestre 4º. Bimestre

Cada procedimento avaliativo levará em consideração os seguintes

critérios:

a) Dinâmica de grupo - é a capacidade de realizar trabalhos em grupos, com

participação, ou seja de trabalho entre o grupo, onde cada um exercerá sua

função em respeito ao grupo, objetivando desempenho do mesmo e da

tarefa realizada.

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b) Responsabilidade - assumir suas atitudes em relação ao grupo a si

mesmo. Cumprimento de entrega de trabalhos, execução de tarefas e

compromissos do grupo com responsabilidade.

c) Solidariedade - é a capacidade de partilhar seus conhecimentos e

habilidades com o grupo, e contribuindo para o crescimento pessoal de cada

um e do grupo em si.

d) Participação - a participação e o interesse estão amplamente interligados.

O aluno, em sala e fora dela, deverá ser um indivíduo participante, que dê

sua contribuição ao grupo, com suas sugestões, etc. A participação leva à

cidadania.

e) Desempenho - é a forma que o aluno utilizará para resolver seus

problemas. O desempenho dos alunos será observado nas discussões, na

realização das tarefas e provas. Cabe aqui salientar preocupação ao analisar

este item deverá estar voltada ao processo que é desencadeado pelo

resolver as questões e problemas propostos e não tanto pelo resultado final.

O aluno, para ser aprovado, necessita de urna média mínima anual em cada

disciplina, que será 6,0 (seis), sendo que o resultado não pode ser inferior à

6.0.

Sistema de Avaliação

Avaliação Bimestral

MA = 1º.B + 2º. B + 3º. B + 4º. B = 6,0

4

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Será considerado aprovado o aluno que apresentar freqüência igual ou

superior à 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária e média

anual igual ou superior à 6,0 (seis virgula zero) resultante da média

aritmética nas respectivas disciplinas.

Não haverá recuperação final.

Os pais serão informados bimestralmente através de boletins e

reuniões.

7.5.2 Sistema de recuperação Paralela

Durante o ano, será oferecida recuperação paralela, objetivando

esclarecer dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos, ficando

o compromisso do professor em rever as dificuldades dos alunos na medida

em que estas surgirem.

A Recuperação Paralela deve constituir um conjunto integrado ao

processo de ensino, além de adequar as dificuldades dos alunos,

possibilitando a apreensão dos conteúdos.

Durante todo o bimestre, após cada conteúdo desenvolvido e avaliado

através de atividades, será realizado a recuperação após a verificação da

aprendizagem dos alunos e avaliado a retomada de conteúdo para toda

turma, com avaliação para aqueles que não alcançaram a média, sendo

que os demais terão uma atividade extra dentro da sala de aula.

A Recuperação Paralela poderá assumir várias formas de retomada de

conteúdos como:

- Trabalhos de pesquisas com produção de textos orais e escritos

realizados individualmente ou em grupo;

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- Utilização de alunos que assimilaram o conteúdo para auxiliar aquele

que apresentaram dificuldades.

- Aplicação de atividades específicas de cada disciplina com objetivos

de reforço do conteúdo:

• Trabalhos com materiais concretas;

• Textos complementares;

• Filmes históricos e vídeos específicos;

• Apresentação de trabalhos de trabalhos e debates.

Na Recuperação Paralela, o professor deverá considerar a

aprendizagem do aluno no decorrer do processo e para aferição do

bimestre, entre a nota da avaliação e da recuperação, prevalecerá sempre a

maior.

7.5.3 Adaptação

As adaptações da Base Nacional Comum são legalmente obrigatórias

quando o aluno não cursou e não irá cursar a disciplina e, pedagogicamente,

a critério do Estabelecimento de Ensino.

O Estabelecimento de Ensino não ofertará progressão parcial.

7.5.4 Classificação e da Reclassificação

A Classificação é o procedimento que o Estabelecimento adota,,

segundo critérios próprios, para posicionar o aluno na etapa de estudos

compatível com a idade, experiência e desempenho, adquiridos por meios

formais ou informais.

A classificação pode ser realizada:

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• Por promoção, para alunos que cursaram com a aproveitamento,

a série, etapa, ciclo, período ou fase anterior na própria escola;

• Por transferência, para candidatos procedentes de outras

escolas do país ou do exterior, considerando a classificação na

escola de origem;

• independentemente de escolarização anterior, mediante

avaliação feita pela escola, que defina o grau de

desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua

inscrição na série, ciclo, período, fase ou etapa adequada.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e

exige as seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos

alunos, das escolas e dos profissionais:

a) proceder avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou

equipe pedagógica;

b) comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser

iniciado para obter deste o respectivo consentimento;

c) organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da

escola para efetivar o processo;

d) arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados.

e) registrar os resultados no histórico escolar do aluno

A Reclassificação é o processo pelo qual a escola avalia o grau de

experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares

gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível com sua

experiência e desempenho, independente do que registre o seu histórico

escolar.

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O resultado do processo de reclassificação realizado pela escola,

devidamente documentado, será encaminhado à SEED para registro.

Caberá ao órgão competente da SEED, acompanhar durante dois anos,

o aproveitamento escolar do aluno beneficiado pro processo de

reclassificação, nos casos que julgar necessários.

Ficam vedadas a classificação ou reclassificação para etapa inferior à

anteriormente cursada.

8. Marco Operacional

8.1Plano de Ação

8.1.1 Objetivos Gerais:

O Planejamento das atividades escolares é uma necessidade

imperiosa, tendo em vista atingir os resultados da ação educacional. Dessa

maneira, as atividades escolares devem ser objetos de reflexão por parte do

coletivo da escola, incluída a comunidade e os próprios alunos. Dessa

reflexão surgirão os caminhos a serem trilhados na ação educacional,

materializados na forma de proposta pedagógica, sendo este elaborado para

um período de dois anos, incluindo todos os dados e informações, diretrizes

e normas de trabalho pedagógico e administrativo.

8.1.2 Metas e Ações

• Mediação entre o corpo docente e discente, para que as propostas

pedagógicas e curriculares possam ser desenvolvidas de forma eficaz;

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• Fornecer meios para entrosamento entre a Escola , Família e a

Comunidade;

• Trabalhar na criação de condições para que haja um processo de

ensino/aprendizagem adequado à realidade do educando, bem como

adequá-lo às suas necessidades;

• Atuar junto ao Conselho de Classe, detectando problemas e auxiliando em

possíveis soluções;

• Reuniões pedagógicas voltadas para trocas de experiências e informações,

onde os docentes possam aproveitar a teoria, aplicando-as no exercício do

cotidiano;

O Ensino Fundamental, através dos conteúdos, metodologias e formas

de acompanhamento e avaliação visa a que o aluno, ao final do curso seja

capaz de:

Compreender a cidadania como participação social e política, assim

como

exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando no dia a

dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio as injustiças,

respeitando o próximo e exigindo para si o mesmo respeito;

Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas

diferentes

situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e

tomar decisões coletivas;

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Saber utilizar diferentes fontes de informações e recursos tecnológicos

para adquirir e construir conhecimentos;

Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de

resolvê-los, utilizando para seu isso o pensamento lógico, a

criatividade, a intuição, a capacidade de análise critica, selecionando

procedimentos e verificando sua adequação.

8.1.3 - Conselhos Escolares e de Representação:

8.1.4 - Conselho de Classe:

Serão efetuadas reuniões dos conselhos de classe, para discussão do

processo educativo dos alunos e avaliação de seu rendimento escolar.

As reuniões do Conselho de Classe serão realizadas a cada final 4o

semestre, podendo ser convocadas reuniões extraordinárias qualquer

momento, havendo necessidade para que isso ocorra.

8.1.5 - Conselho da Escola

O Conselho da Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa - Ensino

Fundamental, será formado pelo diretor, equipe pedagógica professores e

representante dos pais.

8.1.6 Acompanhamento, Controle e Avaliação da Proposta Educacional:

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A avaliação incidirá sobre os aspectos pedagógicos da atividade

escolar, devendo ser realizada através de procedimentos internos, definidos

pela escola .

A avaliação interna, realizada pelo Conselho de Classe, em reuniões

especialmente convocadas, terá como objetivo a análise, orientação e

reformulação, se necessário, dos procedimentos pedagógicos.

Terá como meta o aprimoramento da qualidade do ensino, sendo

sustentada por procedimento de observação e registro contínuos, para

permitir o acompanhamento:

Sistemático e continuo do processo de ensino e do processo de

aprendizagem, de acordo com os objetivos e metas constantes da

Proposta Pedagógica e do Plano de Ação.

Do desempenho da equipe escolar, dos alunos e dos demais funcionários,

nos diferentes momentos do trabalho educacional;

Da participação da comunidade escolar nas atividades propostas da

escola.

• Conscientizar os docentes da importância da construção de um currículo

adequado ao aluno do período noturno;

• Através de reuniões, manter contato direto e transparente com a

comunidade, construindo um relacionamento harmonioso de forma a que os

pais percebam a importância de sua participação para a concretização de

um escola de qualidade;

• Conscientização para os pais da sua importância na construção do caráter

de seus filhos;

• Utilização da biblioteca (estimulo à leitura);

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• Revitalização do Grêmio Estudantil;

• Palestras dirigidas aos alunos para que os mesmos possam, através de

informações atuais, sentir-se estimulados a freqüentar as aulas, percebendo

que os conhecimentos

adquiridos na escola serão necessários para que possam enfrentar um

mundo globalizado onde a mudança se faz diariamente;

• Construção de horta com ervas medicinais, cultivadas por alunos, num

sistema de rodízio semanal entre as turmas;

• Reuniões mensais com os funcionários (administrativo e serviços gerais).

8.1.7 - Objetivos do Curso:

8.1.8 - Ensino Fundamental:

• Verificar a regularidade, variedade e quantidade de merendas fornecidas

aos alunos, bem como garantir a qualidade da mesma,através de cardápio

elaborado por nutricionista.

• Acompanhamento e avaliação da Proposta Pedagógica da Escola,

incluindo atividades coletivas de trabalho pedagógico e os projetos de

Reforço e Sala de Recursos para Recuperação da Aprendizagem;

• Propiciar a ampliação de acesso dos alunos com necessidades

educacionais especiais às classes comuns, com acompanhamento do

professor especialista na área de deficiência auditiva ,visual e outros se for

necessário;

• Organizar a hora atividade de modo que facilite o encontro de professores

da mesma disciplina, para que haja entrosamento e trocas de experiências.

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• Capacitação profissional dos docentes através de palestras, de grupo,

troca de experiências além de motivá-los a estar sempre em busca de novos

conhecimentos;

• Conscientizar os docentes do valor da avaliação como parâmetro diário

para um replanejar constante e não como medida de valor inexorável.

8.1.9 - Metas da Escola:

Diminuição dos níveis de evasão escolar;

Conscientização e implantação da cidadania e a dimensão política;

Envolvimento e interação da comunidade com vistas a uma participação

ativa;

Adequação da elevação da qualidade de ensino;

Envolvimento dos docentes com as normas regimentais e

disciplinares.

8.1.10 Projeto Fica

A escola com apoio da comunidade escolar, docentes, pais e agentes

públicos está incluindo em seu PPP o Projeto Fica, com o objetivo de garantir

a permanência da criança na escola fazendo com que a grande evasão

escolar motivada por fatos sociais, e mesmo educacionais seja revista. A

Escola deverá sempre representar um espaço democrático e emancipatório

por excelência constituindo-se juntamente com a família, em extraordinária

agência de socializarão do ser humano, destinada ao propósitos de

formação, valorização e respeito ao semelhante. É sobretudo na escola que

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a criança e o adolescente encontram condições de enriquecimento no

campo das relações interpessoais, de desenvolvimento do senso crítico, da

consciência da responsabilidade social, do sentimento de solidariedade e de

participação, de exercício de criatividade, de manifestação franca e livre de

pensamento, de desenvolvimento, em fim de suas potencialidade de

talento, em necessário preparo ao pleno exercício da cidadania.

São ações da Escola para o Projeto Fica:

• Conhecer os índices de abandono da escola, elaborando gráficos

mensais;

• Conhecer as verdadeiras causas pelas quais os alunos deixam de

freqüentar a escola;

• Envolvimento de toda comunidade escola na discussão e definição

de ações que causam o abandono e a evasão;

• Tornar a escola relevante, principalmente para os alunos em

situações de risco, valorizando a importância da educação na vida

e no futuro de cada um.

• Realizar reuniões periódicos com pais, professores e Conselho

Tutelar.

• Tornar providências concretas conforme orientação do Projeto

Fica , sempre que um aluno deixa de comparecer à escola.

O Projeto Fica fará levantamento diário da freqüência do aluno,

levantando o motivo da ausência, sendo encaminhado em casos que a

escola não consiga resolver através de relatório ao Conselho Tutelar.

8.2 - Ações de Trabalho:

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• Reuniões pedagógicas mensais para apresentação de atividades práticas

que funcionaram bem em saia de aula, seleção interdisciplinar de textos a

serem utilizados nas aulas sobre componentes curriculares comuns;

• Incentivar a participação da Família da Comunidade na Escola, com o

objetivo de melhor integrá-las e promover a conscientização de que a

participação da comunidade é benéfica para o rendimento dos alunos;

• Reunião com a equipe pedagógica, relacionando os alunos com

dificuldades e defasagem de aprendizagem, para encaminhamento e

acompanhamento pedagógico, nas salas de reforço e de recursos;

• Através de Reuniões Pedagógicas, conscientizar os professores da

necessidade de encontrar caminhos adequados e prazerosos para a

concretização do processo ensino-aprendizagem, construindo, dessa forma,

um ambiente estimulador e agradável. Uma pedagogia centrada no aluno e

não só nos conteúdos;

8.3 Plano de Ação Laboratório de Ciências

1) Objetivos:

• Propor o estudo de problemas reais da nossa região;

• Levar o aluno a aprender e aprender através de instrumentos na prática;

• Instigar o aluno, provocando-o para uma atitude de curiosidade e busca

ante os fatos e fenômenos do dia-a-dia;

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• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a

partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos,

procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar.

2) Princípios orientadores:

Formar conceitos a partir de aulas práticas, estas não devem ser

apenas conclusivas, pois deve-se estimular o aluno a fazer investigações,

procurando relacioná-las ao seu cotidiano (região onde mora) fazendo

proposições e provocações. As investigações devem ser feitas com base na

Metodologia científica.

3) Ação:

A partir dos aspectos estudados / investigados na própria realidade, o

professor orienta para o estado daquele conhecimento em termos globais,

até mesmo comparando tecnologias mais e menos avançadas nos

diferentes países e, mais uma vez, relacionando com políticas públicas,

pobreza e riqueza, níveis de desenvolvimento social, econômico, científico e

tecnológico.

Assim, podemos utilizar em nossas aulas práticas: jogos, simulações,

debates, júris simulados, projetos de investigação e de ação comunitária,

entrevistas, palestras, visitas a órgãos públicos da administração municipal,

estadual ou federal, indústrias, pesquisas na internei, documentos (livros,

revistas, jornal, peças de arquivo, manuais, linhas do tempo...), filme etc.

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4) Detalhamento

O ideal é que todas as escolas sejam equipadas e um laboratório de

Ciências, é importante, pois algumas aulas práticas podem ser feitas em

sala de aula (demonstração), mas existem certos tipos de atividades em que

o ambiente deve ser adequado (com pias, bancadas, armários, materiais...),

o espaço onde possa deixar-se o material de investigação acontecendo, sem

que atrapalhe as aulas de outro professor e que as observações possam ser

feitas de uma maneira mais adequada.

Os materiais necessários serão adequados pelo Conselho Escolar.

8.3.1 Laboratório de Ciências

Objetivos:

Elabora perguntas e hipóteses, selecionando e organizando dados e

idéias para resolver problemas:

- como por exemplo, nosso ambiente contém componentes naturais que

normalmente são estudados pela física e peia química; possui também seres

vivos como plantas, animais e nós mesmos (seres humanos) estudados pela

biologia;

- outros exemplos - Sexualidade, drogas, gravidez na adolescência...

Materiais do Laboratório de Ciências que serão adequados.

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8.3.2 EQUIPAMENTOS

1 Microscópio Estereoscópio 12 Microscópio Binocular 13 Balança Mecânica (braços iguais) - 14 Multímetro 15 Esqueleto Humano - 1,68 cm - em resina, c/ rodas 16 Torso bissexual c/ 42 cm e 14 peças 17 Mapas de Anatomia Humana 8

8.4 Plano de Ação Biblioteca

Consideramos importantíssimo ressaltar a necessidade da

continuidade do funcionamento da Sala de Apoio à Aprendizagem, bem

como registrar o trabalho a ser proposto neste plano.

1) Objetivos

Auxiliar nas várias dificuldades encontradas em nossos alunos do

Ensino Fundamental, em relação à Língua Portuguesa e demais disciplinas

que envolvem o pensamento lingüístico - problemas de ortografia,

interpretação e oralidade, daí a necessidade de dinamizar o uso da

Biblioteca.

2) Finalidade

Estimular a pesquisa e a leitura para que o aluno se instrumentalize e

se aproprie do conhecimento historicamente construído.

3) Ação

Cada professor poderá criar situações em que os alunos possam

operar sobre a própria linguagem, reconhecendo e transformando, através

de leituras e pesquisas diversificadas, paradigmas próprios da fala de sua

comunidade lingüística, regularizando-os e adequando-os aos diferentes

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usos lingüísticos, levantando hipóteses sobre as condições contextuais e

estruturais em que se apresentam. Para tanto, será de fundamental

importância que o professor e funcionário da Biblioteca estejam em sintonia

com os assuntos a serem pesquisados e/ou leituras e obras de autores a

serem pesquisados pêlos alunos, para que o local caracterize-se por um

espaço vivo, dinâmico que propicia um efetivo saber.

Porém, torna-se utópico falar em ambiente dinâmico para um efetivo

saber se a Instituição não se preocupar com a aquisição de materiais

projetados para esta finalidade.

8.5 Plano de Ação Sala de Apoio

Os objetivos e princípios a seguir encontram-se fundamentados na

LDB 9394/96 e na Resolução n° 208/04 - SEED.

Objetivos:

- Implementar uma ação pedagógica, em conjunto com a SEED, que visa o

enfrentamento dos problemas relacionados ao ensino de Língua Portuguesa

e Matemática e às dificuldades de aprendizagem identificadas nestas

disciplinas.

Estender o tempo escolar dos alunos de 5a série com defasagem de

aprendizagem na leitura, na escrita e no cálculo.

A) Princípios orientadores

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- Garantir o acesso, a permanência e a aprendizagem efetiva dos alunos,

considerando o processo de democratização e universalização do ensino;

- considerar o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como

meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

- Avaliar de forma diagnostica, contínua e cumulativa, visto que é necessário

observar os avanços e as necessidades diferenciadas de aprendizagem dos

alunos.

B) Ação

a) Atendimento aos alunos de 5a série com dificuldades de aprendizagem

em Língua Portuguesa e Matemática. Este atendimento ocorre em

contraturno;

b) desenvolvimento de trabalho diferenciado e metodologias adequadas às

necessidades individuais dos alunos, pelo professor;

c) Planejamento adequado da sala de apoio à aprendizagem, orientado pela

equipe pedagógica;

d) Organização de reuniões sistemáticas com os professores regentes e de

sala de apoio à aprendizagem;

e) Definição de cronograma de atendimento aos alunos, por disciplina;

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f) Avaliação conjunta, para emitir parecer sobre o desempenho escolar dos

alunos.

C) Detalhamento:

- a sala de apoio à aprendizagem funcionara em contra-turno;

- não deve exceder a 20 (vinte) alunos;

- são contempladas as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática;

- a carga horária das disciplinas é de 4 horas - aula semanais;

- a entrada e saída dos alunos ocorre mediante termo de compromisso, com

ciência dos pais;

- o aluno pode ser desligado sempre que se perceber que suas dificuldades

foram sanadas;

- o desempenho escolar dos alunos da sala de apoio à aprendizagem, ocorre

ao final de cada semestre por meio de relatório.

- A inserção e saída dos alunos se dá mediante Termo de Compromisso,

Com conhecimento dos pais.

- O aluno pode ser desligado sempre que se perceber que suas dificuldades

foram sanadas.

- O desempenho escolar dos alunos da sala de apoio à aprendizagem ocorre

ao final de cada semestre por meio de relatório.

8.6 Considerações sobre o laboratório de informática

A informática entrou na educação com a necessidade de transpor as

fronteiras do educador convencional, oportunizando uma renovação na

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forma de trabalhar os conteúdos programáticos, convertendo a aula num

espaço real de interação, de troca de resultado, adaptando os dados á

realidade dos alunos.

Antes de mais nada, devemos compreender que existe uma sociedade

da informação mais homogênea, globalizada. As ideologias bem como

aspectos da política poderão dar lugar á ciência e á tecnologia, não

representando uma ruptura com o passado, mas a sua continuação sob uma

forma nova: a tecnologia.

Mais do que nunca, caberá ao Governo - para eficácia e sucesso de

todo o esforço - a manutenção da informação de toda esta tecnologia, uma

ligação com a linguagem.

Faz-se necessário a aplicação da informática em todos os setores da

vida moderna. Porém, muitos de nossos alunos não têm ainda

conhecimentos nesta área.

Para modificar esta realidade, deveria haver um laboratorista

permanente que auxiliasse alunos e até professores para um pleno

funcionamento dos equipamentos. Hoje a falta de impressoras para a

finalização dos trabalhos dos alunos é algo latente e até mesmo a falta da

Internet para pesquisas.

Precisamos urgentemente da instrumentalização da nossa escola com

recursos tecnológicos educacionais para o pleno desenvolvimento das

pessoas envolvidas no processo de ensino aprendizagem.

Com o Laboratório de Informática funcionando, será possível trazer

para a sala de aula experiências de vida de todo o mundo.

Com a Internet, alunos poderão experimentar juntamente com seus

professores notícias em tempo real, pesquisar assuntos polêmicos, e os

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próprios professores poderão contar com um número cada vez maior de

ferramentas que despertem nos alunos o prazer de aprender.

A Informática atua no sentido de deixar o aluno mais preparado para o

mercado de trabalho, haja vista a necessidade cada vez maior do

conhecimento dessa tecnologia.

Para isso, cabe ao professor obter conhecimentos básicos na área de

informática podendo assim utilizá-los para trabalhar com seus alunos. A

Informática poderá auxiliar o profissional a:

A) Motivar o trabalho de pesquisas;

B) Buscar na internet ajuda para que possa desenvolver novos

conhecimentos;

C) Possibilitar resoluções de problemas;

D) Desenvolver a criatividade dos alunos;

E) Viabilizar a criação de projetos interdisciplinares.

8.7 - Organização

8.7.1 Hora atividade – Dias determinados e por área.

8.7.2 Reunião Pedagógica

Bimestralmente para reavaliar conteúdos e aproveitamentos dos

educandos.

Conselho de Classe Bimestralmente, aos sábados, para verificação

individual do desempenho do aluno.

8.7.3 Recursos Financeiros

Gerenciamento e otimização dos recursos financeiros.

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Os recursos financeiros que mantém a escola provém de verbas do

P.D.D.E., Fundo Rotativo e A.P.M.F., fornecendo merenda escolar, pequenas

reformas e construções.

A escola realiza algumas promoções com auxilio da A.P.M.F., corpo

docente e o comércio local. As prioridades de aplicação são levantadas e

priorizadas pelo Conselho Escolar que é representado pelos segmentos da

comunidade escolar.

8.8 Organização Interna da Escola

8.8.1 Funções específicas:

Diretora nº 01

Diretor Auxiliar nº 01

Equipe Pedagógica nº 04

Secretária nº 01

Equipe Administrativa nº 05

8.8.2 Corpo docente

Língua Portuguesa nº 05

Língua Inglesa nº 03

Matemática nº 06

Ciências nº 04

Geografia nº 03

História nº 03

Educação Artística nº 02

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Educação Física nº 03

Ensino Religioso nº 03

Sala de Apoio nº 02

Sala de Recursos nº 02

8.8.3 Serviços Gerais nº 09

8.8.4 Relações entre aspectos administrativos e pedagógicos

O Projeto Político Pedagógico da escola pode ser inicialmente

entendido como um processo de mudança e de antecipação do futuro, que

estabelece princípios, diretrizes e propostas de ação para melhor organizar,

sistematizar e significar as atividades desenvolvidas pela escola como um

todo. Pressupõe-se então uma construção participativa que envolve

ativamente os diversos segmentos escolares, nesses termos entende-se que

a administração e a Equipe Pedagógica devem interagir totalmente, para

que se possa implantar nas relações estabelecidas na escola um ambiente

de alegria e cooperação que são princípios e referencias indispensáveis para

a operacionalização e a indispensáveis do mesmo.

8.8.5 Participação da Família e da Comunidade

- Através de reuniões com pais para o acompanhamento do rendimento

escolar.

- Grupos de estudos com pais para esclarecimento do Projeto Político

Pedagógico e do Regimento Escolar.

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- Participação dos pais em gincanas, festas juninas, feiras e apresentações

de trabalho dos alunos.

8.8.6 Papel e Participação das Instâncias Colegiadas

8.8.7 Grêmio Estudantil.

O Grêmio Estudantil foi implantado a partir deste ano para favorecer o

relacionamento e a convivência entre os nosso jovens. Por serem

institucionalizados, podem representar melhor a rica experiência que é a

busca coletiva dos anseios, desejos e aspirações dos estudantes.

O Grêmio Estudantil deve ser resultado da vontade dos próprios alunos.

São eles que devem reconhecer a sua importância e que devem definir o

seu perfil. Os grêmios, organizados dessa forma, exercem papel importante

na formação do aluno, devendo ter uma dimensão social, cultural e também

política.

8.8.8 Conselho Escolar.

O Conselho Escolar com funções deliberativas e consultivas é um

poderoso instrumento que torna realidade uma antiga reivindicação da

comunidade escolar: a gestão democrática e participativa.

Ele atua nos mais variados aspectos pedagógicos administrativos e

financeiros da escola. Esta participação se constrói no dia-a-dia, em meio

aos problemas e conflitos que caracterizam a vida de qualquer organização

ou instituição. Deve estar sempre presente.

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8.8.9 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é realizado bimestralmente logo após serem

avaliados os alunos. Detectando problemas de aprendizado de conteúdos,

indisciplina, evasão, os membros do conselho de classe planejam como

recuperá-los, analisando individualmente cada um e procurando achar

solução para cada caso.

8.9 A Associação de Pais, Mestres e Funcionários.

Associação de pais, mestres e funcionários, pessoa jurídica de direito

privado, é um órgão de representação dos pais, mestres e funcionários

deste Estabelecimento, não tendo caráter partidário, racial sem fins

lucrativos, cuja finalidade é a integração entre a Escola, Família, e a

comunidade para o aprimoramento do processo ensino-aprendizagem,

através de aproximação entre os educadores, funcionários, pais e

educandos.

8. 10 Plano de formação continuada de professores e funcionários

A LDB no Título VI trata dos Profissionais da Educação, considerando sob

esta categoria, não só os professores, mas também diretores, pedagogos e

funcionários, afirmando que os sistemas de ensino deverão promover a

valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes

“aperfeiçoamento profissional continuado” e “períodos reservados à

estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho”.

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- A escola é o local privilegiado para a formação continuada. Estudos sobre

a capacitação docente têm revelado que projetos de formação eficazes

são resolvidos a contento.

Formação dirigida à equipe de professores;

Demanda concreta e contextualizada dos profissionais que participam da

formação.

Realizada em hora de trabalho, pois faz parte da atuação dos

profissionais.

Conceder papel protagonista à equipe no planejamento e na realização

das atividades de formação, evitando assim ações estereotipadas

elaboradas externamente.

Reconhecer que as tarefas de formação permanente são um instrumento

básico para garantir o desenvolvimento profissional.

Reconhecer a relevância da autogestão da formação dos profissionais da

educação, estimulando o desenvolvimento de projetos pessoais de

estudos e trabalho.

Pode-se afirmar que a formação continuada pode ser considerada como

um dos elementos importantes do Projeto político Pedagógico cujo objetivo

é potencializar a reflexão e a elaboração das equipes sobre a prática.

A escola planejará as atividades de acordo com a necessidade de seus

profissionais.

Grupo de estudos sobre L.D.B., E.C.A., P.P.P., com o objetivo de ler,

analisar, interpretar e contextualizar as idéias ali contidas para a sua

realidade;

Grupo de funcionários da educação visita estabelecimento onde se está

realizando uma experiência interessante.

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Colegas da mesma escola ou de escolas diferentes do município

discutem projetos, temas, tipos d atividades.

Convite a outras escolas para apresentação e discussão de seus projetos

pedagógicos.

Elaboração de critérios e indicadores de avaliação da prática pedagógica

pela equipe.

Seleção e elaboração de material didático, discussão sobre formas de

utilização.

Implementar e explicitar para pais o contrato didático como se processa

a relação entre professores e profissionais da educação e alunos para

garantir os direitos e deveres para que não resulte entraves no processo

ensino aprendizagem. É importante que o contrato didático seja

explicitado e negociado com pais, tornando-os conscientes das

competências e conhecimentos a serem construídos dos objetivos a

serem alcançados no processo de aprendizagem dos seus filhos.

Biblioteca – informatizar para garantir o acervo.

Montar laboratório para aulas práticas de Ciências.

Sala específica para educação artística

8.11. Acompanhamento e Avaliação do Projeto Político Pedagógico

Bimestralmente serão realizadas reuniões pedagógicas com

profissionais da educação, Conselho Escolar, A.P.M.F., e pais para avaliação

dos itens propostos no Projeto Político Pedagógico e dos resultado obtidos. O

Projeto político Pedagógico poderá ser aprimorado a qualquer momento,

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quando se notar falhas ou necessidade de novos projetos para atender as

necessidades verificadas durante a avaliação da proposta.

9 Bibliografia

CONSED – Gestão em Rede

FNDE – Pátio –revista pedagógica

Seminário de Educação Avançada

Diretrizes Curriculares

Internet – sites de educação

Revista Escola

Textos:

D.C.G. – Educação do Campo SEED

Escola básica – Sônia Kramer

Projeto Político Pedagógico

Equipe Ensino Núcleo Regional de Jacarezinho

Jornada Pedagógica 2004 – 2005 – 2006 e 2007

Capacitação descentralizada – Fevereiro e julho de 2005 e 2006 – 2007

10.Anexos

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11.PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

O processo de elaboração da Proposta Curricular das disciplinas que

compõem a Matriz Curricular do Ensino Fundamental, ofertado por este

Estabelecimento de Ensino se desenvolvem de forma coletiva e

democrática.

Os professores de todas as disciplinas participaram da construção da

Proposta Curricular nos dias 30 e 31 de outubro e 06 e 07 de novembro de

2006 nas dependências da FAEFIJA da cidade de Jacarezinho, com o

acompanhamento dos coordenadores das áreas da Equipe de Ensino do

Núcleo. Nesse encontro professores e pedagogos iniciaram as discussões

sobre os desdobramentos iniciais para a construção coletiva da Proposta

Curricular. Com esse propósito, os participantes subdividiram-se em

pequenos grupos para analisar e discutir textos, objetivando embasar

teoricamente as discussões das áreas e, conseqüentemente, atualizar os

componentes curriculares das disciplinas. Os professores e pedagogos

também refletiram sobre os princípios norteadores e a concepção de Ensino

e de aprendizagem no Ensino Fundamental.

Foram organizados grupos de estudos da Escola Estaduais do

Município para cada disciplina, onde os textos analisados subsidiaram as

discussões com o objetivo de ampliar as questões relacionadas, às áreas, a

inserção de novas temáticas no ensino, a organização dos conteúdos e aulas

práticas para cada disciplina.

Os resultados dos trabalhos foram apresentados para todos os

envolvidos com o Sistema de Educação do Estabelecimento de Ensino e

posteriormente, enviado cópias para o Núcleo Regional de Jacarezinho.

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PROPOSTA CURRICULAR

Disciplina: Arte

Ensino Fundamental

Apresentação Geral da Disciplina

Desde o século XVI, com a ação dos jesuítas, encontramos o ensino da Arte

presente no Brasil, cujo objetivo principal era a catequização dos grupos que aqui

habitavam. Este ensino incluía a Retórica, a Literatura, a Escultura, a Pintura, a

música e as Artes Manuais. Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal, o

pensamento iluminista e positivista foi preponderante no ensino público brasileiro.

A Reforma Educacional Brasileira - Reforma Pombalina (1792- 1800) - fez com

que o ensino da Arte perdesse a importância. O desenho, por exemplo, foi associado

ã matemática na forma de Desenho Geométrico.

No início do século XIX, D. João VI incentivava o ensino da Arte - o que

resultou na Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro (1826) - porém, o ensino

ainda era influenciado pelo iluminismo, priorizando a área cientifica. Essa visão foi

ratificada na 1° Reforma Educacional do Brasil República em 1890, realizada por

Benjamin Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a Ciência e a Geometria.

A partir de 1931, por influência de Heitor Villa - Lobos, o ensino de Arte fez-se

presente no primeiro projeto de educação pública de massa por meio do Canto

Orfeônico imprimindo na escola uma primeira noção da Arte como linguagem.

Com a lei 5692 de 1971, foi fundada uma nova visão tecnicista e entendendo

o educador de Artes como um profissional polivalente, o ensino da Arte passa a ser

obrigatório no currículo das escolas brasileiras, porém como forma de atividade e

não disciplina. Somente em 1996, a Lei 9394 de Diretrizes e Bases da Educação

ratifica a obrigatoriedade do ensino da Arte na Educação Básica e a Arte passa a

compor a Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Em 1997, com a

publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais e dos Referenciais, a Música,

Artes Visuais, Dança e Teatro foi indicado como áreas de conhecimento autônomas

dentre da disciplina de Arte.

Esse breve passeio pela história nos dá uma idéia dos conceitos que

permeiam a educação na área do ensino da Arte no Brasil e que abrangeram desde

um caráter religioso, com a catequização dos nativos pêlos jesuítas, ate o ensino

com fins puramente tecnicista, fundado num pensamento iluminista.

Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador reflexões que

contemplem a arte efetivamente como área do conhecimento e não como meio

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"dom", entretenimento ou terapia. O objetivo da proposta pedagógica para o ensino

de Arte no Ensino fundamental e Médio no Paraná é o aprendizado da Arte como

linguagem, visando a um ser reflexivo e autônomo, inserido criticamente na

realidade em que vive.

A Arte - fruto da percepção e da necessidade da expressão humana - é

concretizada utilizando-se de elementos próprios da linguagem artística. A Arte nos

fornece uma simbologia própria e, portanto outras leituras do mundo que nos cerca.

Ou seja, "as diversas leituras de mundo via diferentes linguagens - não somente a

verbal - possibilitam-nos conhecer, reconhecer, re-significar e expressar o

sentido da vida em sociedade." (Marques e Brasil, 2005).

A Arte como linguagem utiliza - se de símbolos e de elementos próprios

que estão presentes na Dança (movimento e não movimento), na Música (sons),

no Teatro (dramatização), e nas Artes Visuais (forma e luz). Essa discussão em

torno da Arte como linguagem pondera o entendimento de que a arte não

apenas suscita sentimentos, mas pressupõe diálogo, comunicação e

conhecimento.

Na cultura escolar, os saberes são apropriados pela escola de maneira

singular, dando-lhes um sentido pedagógico (Sacnstan, J. G. 2001). Na escola,

esse trabalho ressignifica os saberes e os conceitos científicos produzidos na

sociedade. Assim sendo, um dos elementos essenciais que caracteriza o ensino

da Arte no ambiente escolar é o fato de que, na escola, temos a

responsabilidade de relacionar, questionar, experimentar, refletir e

contextualizar os trabalhos artísticos a fim de que façam sentido em nossas

próprias vidas e na construção da sociedade brasileira.

A partir das concepções da arte e de seu ensino já abordadas, esta

proposta considera alguns pontos conceituais que contribuem para as reflexões

a respeito do objeto de estudo desta disciplina:

* o conhecimento estético está relacionado à apresentação do objeto

artístico em seus aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a

sensibilidade e a percepção articulam-se numa organização que-expressa esses

pensamentos e sentimentos, sob a forma de representações artísticas como,

por exemplo, palavras na poesia; sons melódicos na música; expressões

corporais na dança ou no teatro; cores, linhas e formas nas artes visuais.

* o conhecimento artístico está relacionado com o fazer e com o processo

criativo. Considera desde o imaginário, a elaboração e a formalização do objeto

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artístico até o contato com o público. Durante esse processo, as formas

resultantes das sínteses emocionais e cognitivas expressam saberes específico

a partir da experienciação com materiais, com técnicas e com os elementos

formais básicos constitutivos das Artes Visuais, da Dança, da Música e do

Teatro.

* o conhecimento contextualizado envolve o contexto histórico (Político,

econômico e sociocultural) dos objetivos artísticos e contribui para a

compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos, possibilitando um

aprofundamento na investigação desse objeto.

Norteada pelo conjunto desses campos conceituais, a construção do

conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza

na experienciação estética por meio da percepção, da análise, da criação/

produção e da contextualização histórica. Apesar de suas especificidades, esses

campos conceituais são interdependentes e articulados entre si, abrangem

todos os aspectos do objeto de estudo.

A arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é

transformar e nesse processo o sujeito também se recria. A arte, quando cria

uma nova realidade, reflete a essência do real. O sujeito, por meio de suas

criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho.

Nas sociedades capitalistas, o sujeito não se identifica com o produto de seu

trabalho, pois se separa o trabalho da criação, transformando-o em trabalho

alienado. No ensino de Arte contrapondo-se a essa alienação, há possibilidades

de resgatar o processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a

importância de criar. É com base nesses pressupostos que trataremos a Arte

como linguagem. Linguagem Artística.

Houve muitos avanços no processo histórico recente para efetivar

uma transformação no ensino da arte.

O enfoque cultural baliza as discussões em Artes, pois é na associação

entre a Arte e a Cultura que se dão reflexões sobre a diversidade cultural e

as produções e manifestações culturais que dela decorrem.

Cultura diz respeito a humanidade como um todo e ao mesmo tempo a

cada um dos povos, nações sociedades e grupos humanos. Cada realidade

cultural tem sua lógica interna, a qual devemos procurar conhecer para que

façam sentidas as suas práticas, costumes, concepções e as

transformações pelas quais essas passam.Entendido assim, o estudo da

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cultura contribui no combate a preconceitos, oferecendo uma plataforma

firme para o respeito e dignidade nas relações humanas.

Objetivos Gerais

- Propiciar ao aluno o acesso aos conhecimentos presentes nos bens

culturais, por meio de um conjunto de saberes em Arte que lhe permitam

utilizar-se desses conhecimentos na compreensão das realidades e amplie o

seu modo de vê-las.

- Analisar, respeitar, preservar, produzir e contextualizar as diversas

manifestações da arte em suas múltiplas linguagens utilizadas por grupos sociais

e étnicos, desenvolvendo a fruição considerando o momento sócio / histórico /

cultural de cada conteúdo.

- Investigar produções artísticas e articular os componentes de forma

estética /

científico.

- Aproximar o aluno no universo artístico explorando os conteúdos sobre

a contribuição artística da cultura africana.

- Propiciar um novo contato com a cultura africana através de contextos

sociais para uma valorização da diversidade étnica brasileira.

Conteúdos Estruturantes

A disciplina de Arte no Ensino Fundamental contempla as linguagens das

artes visuais, da dança, da música, e do teatro e os conteúdos estruturantes

selecionados para essa disciplina vem constituir a base para a prática

pedagógica. Articulados entre si, esses conteúdos estruturantes compreendem

todos os aspectos do objeto de estudos e oferecem possibilidades de

organização dos conteúdos específicos.

Os conteúdos mencionados não podem ser vistos como elementos

ilimitadores ou segmentados, pois todos eles são: elementos básicos das

linguagens artísticas, produções / manifestações artísticas e elementos

contextualizadores apresentam uma unidade interdependente, além de permitir

uma correspondência entre as linguagens. De cada um dos conteúdos

estruturantes pode-se destacar os seguintes aspectos a serem observados nas

artes visuais, na dança, na música e no teatro.

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Linguagens Artísticas: as linguagens artísticas desdobram-se em conteúdos

específicos em cada uma delas. O artista / autor organiza esses elementos da

linguagem, visando a criação artística; gerando signos que possibilitam a

construção do conhecimento estético e alguns deles, apresentam-se como

ponto comum entre as linguagens. O ritmo, a harmonia, a simetria, a

tonalidade e a intensidade são alguns exemplos que podem ser observados em

pinturas, em músicas, em encenações teatrais e em composições

coreográficas. O conhecimento dos elementos básicos das linguagens, tomados

pelo professor como conteúdos de Arte, permitirá ao aluno a leitura e a

interpretação das produções / manifestações, a elaboração de trabalhos

artísticos e o estabelecimento de relações entre esses conhecimentos e o seu

dia-a-dia.

As Produções / Manifestações artísticas: está presente em todas as

linguagens artísticas, configurando-se na organização e articulação dos

elementos básicos das mesmas na forma de composição, improvisação ou

interpretação, ou seja, nas produções / manifestações percebidas pêlos

sentidos humanos. As pinturas, as instalações, as esculturas, as danças da

tradição, as danças clássicas ou modernas, a tragédia, a comédia, as canções

populares, as sinfonias e as demais são compostas a partir da organização,

intencional ou não, dos elementos básicos, quer por artistas visuais,

coreógrafos, dramaturgos, compositores e na tradição histórica (manifestações

populares).

Nas produções / manifestações artísticas é que os elementos

específicos de cada linguagem assumem significado de acordo com a intenção do

artista / autor ou da interpretação do espectador / fluidor.

Elementos Contextualizadores: ampliam e aprofundam a

apreensão do objeto de estudos. Abrangem a contextualização histórica

(social, política, econômica e cultural), autores/artistas, os gêneros, os estilos,

as técnicas, as várias correntes artísticas e as relações identitárias

(local/regional/global) tanto do autor, como do aluno com a obra. Esse processo

de desconstrução desenvolve um senso crítico que permite ao aluno leituras

mais amplas a respeito do objeto de estudo e da realidade.

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Esse conteúdo estruturante estará permeando a prática pedagógica do

professor em todas as linguagens artísticas, ao mesmo tempo que constrói uma

possível relação entre elas e permite uma melhor apreensão dos conteúdos em

Arte.

Conteúdos Estruturantes para Ensino Fundamental

ÁREAS ELEMENTOS

FORMAIS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS MOVIMENTOS E

PERÍODOS

ARTES

VISUAIS

Imagem

Ponto

Linha

Forma

Textura

Luz

Sombra

Movimento

Espaço visual

Espaço materila

Leitua

Bidimensional/Tridimens

ional

Contraste

Ritmo

Equilíbrio

Decomposição da cor

Cor e pigmento

Simetria

Tons e Matrizes

Pré-História

Arte Indígena

(Paranaense)

Modernismo

( Tarsila do

Amaral e

Portinari )

Impressionismo

Movimentos do

século XX

Cultura afro

MÚSICA

Percepção

Rítmica

Sons

Qualidade do

som

Estrutura

Musical

Manusear, classificar,

experimentar

Sons naturais e culturais

Intensidade, duração e

altura

Gêneros

Improvisação

DANÇA

Movimento Espaço

Ação corporal

Saltar, descolar,

gesticular

Ritmo

Espaço

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Tempo

Fluência

Técnicas

Coreografia

Gêneros Personagem

( representaç

ão)

Espaço cênico

Expressão Corporal

Expressão Gestual

Expressão Vocal

Expressão Facial

Cenografia

Iluminação

Sonoplastia

Envio de roteiro

Justificativa

Para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade

serão tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a

cultura e da arte com a linguagem, a partir de uma verticalização e de um

aprofundamento dos conteúdos, a ênfase será maior na associação da arte com o

conhecimento, da arte com o trabalho criador e da arte com a ideologia. Dessa

forma, o aluno da educação básica terá acesso ao conhecimento presente nessas

diferentes formas de relação da arte com a sociedade, de acordo com a

proximidade das mesmas com o seu universo. O professor, por sua vez, ao

selecionar os conteúdos específicos que irá desenvolver, enfocará essas formas de

relação da arte com a sociedade com maior ou menor ênfase, abordando o objeto

de estudo por meio dos conteúdos estruturantes.

A Cultura - Afro è colocada Artisticamente nos conteúdos estruturantes, para

que se faça conhecimento desta Cultura de forma aberta e amplificada. As

influências Africanas em nossas vidas, onde os negros não são vistos somente

como descendentes de escravos.

Encaminhamento Metodológico

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No Ensino Fundamental, o enfoque cultural baliza as discussões em Arte,

pois é na associação entre a Arte e a Cultura que podem se dar as reflexões sobre a

diversidade cultural e as produções/manifestações culturais que dela decorrem.

Uma escola democrática necessita apresentar-se ao aluno como um espaço no qual

se reflete e se discute a realidade, sendo a prática social o ponto de partida para as

problematizações. Deve ainda propiciar aos alunos, leituras sobre os signos

existentes na cultura de massa para se discutir de que formas a industria cultural

interfere e censura as produções/manifestações culturais com as quais os sujeitos

identificam-se.

O ensino da arte será abordado tendo como principio a compreensão da arte

como linguagem, o sentido mais amplo do termo, como sendo o estudo da geração,

da organização, e da interpretação dos signos verbais e não verbais.

A partir do seu processo de significação e de sua condição polissêmica essa

disciplina se desenvolve possibilitando a aproximação do aluno com o universo

artístico. Assim, o ensino de arte ocupa uma posição privilegiada ao aprofundar a

exploração das linguagens artísticas e ao reconhecer os conceitos e elementos

comuns, presentes nas diversas representações culturais, determinados pêlos

seus contextos.

A arte não é uma produção fragmentada ou fruto de modelos aleatórios ou

apartados do contexto social nem tampouco mera contemplação; é sim, uma área

de conhecimento que interage nas diferentes instâncias intelectuais, culturais,

políticas e econômicas, pois os sujeitos são construções históricas que influem e

são influenciados pelo pensar, fazer e fruir arte.

Avaliação

A avaliação em Artes deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo

aluno entre os conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciadas tanto no

processo, quanto na produção individual e coletiva desenvolvida a partir desses

saberes. É necessário referir-se ao conhecimento específico das linguagens

artísticas, tanto em seus aspectos experimentais (práticos) quanto conceituais

(teóricos), pois a avaliação consiste e fundamentada, permite ao aluno posicionar-

se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.

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A avaliação significativa exige fundamentação, para que abra portas e

aponte caminhos para o redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o

professor participa do processo e compartilha a produção do aluno.

A avaliação em arte supera dessa forma, o papel de mero instrumento de

medição de apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente

significativas para o aluno.

Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos entre os

alunos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir de sua

própria produção. Assim sendo, considerará o desenvolvimento do pensamento

estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da

realidade. Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se

estabeleçam nos critérios para, em seguida, escolherem-se os procedimentos,

inclusive aqueles referentes à seleção dos instrumentos que serão utilizados no

processo de ensino e de aprendizagem.

Bibliografia

- Diretrizes Curriculares da Arte para o Ensino Fundamental.

- Novos Caminhos - Música, Movimento e Artes Visuais.

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PROPOSTA CURRICULAR

DISCIPLINA: CIÊNCIAS

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Ao se pensar em ciência, é fundamental considerar a evolução do

pensamento do ser humano, pois é a partir dele que a história se constrói.

Formular teorias, crenças e valores como ponto de partida para o

aparecimento de uma ciência racional, a Filosofia, fez com que o homem no

decorrer da história mudasse a forma de se expressar seu conhecimento

referente ao mundo e desta forma, a ciência passa a ser determinada pela

maneira com que ele expressa esse conhecimento.

Com relação aos conteúdos estruturantes é necessário ressaltar que

são saberes fundamentais capazes de organizar teoricamente os campos de

estudo da disciplina, essenciais para a compreensão de seu objetivo de

estudo e de suas áreas afins.

Quanto ao corpo humano e saúde é necessário conhecer e

compreender as transformações integrando os sistemas que compõem o

corpo humano, suas funções de nutrição, coordenação, relação, regulação,

reprodução e questões relacionadas à saúde e a manutenção.

É fundamental o entendimento dos ambientes da natureza, assim

como da importância da biodiversidade e das ações humanas que nela

interferem.

Sobre matéria e energia é importante considerar as interações, as

transformações, as propriedades, as transferências, as diversas fontes e

formas, o modo como se comportam.

As relações com o ambiente, os problemas sociais e ambientais

relacionados com consumo, desperdício, produção e descarte de resíduos

referentes ao seu uso.

A medida que o homem estabelece as prioridades sociais de produção

da ciência e da tecnologia visando ao atendimento das sua necessidades,

passa a perceber que a ciência e a tecnologia não são neutras.

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Podemos compreender que o bem ou mau uso que se faz delas

depende muitas vezes de interesses políticos, militares e empresariais que

se apoderam de seus resultados e os utilizam em benefício de uma elite,

visando lucro, dominação e guerra. Ao tratar a tecnologia e essencial

abordar a biotecnologia (manipulação gênica, clonagem, transgenia, célula

tronco, reprodução in vitro, inseminação artificial, melhoramento genético e

outros).

Por todas estas razões, ao apresentar os conteúdos estruturantes da

disciplina, dos quais se desdobram os específicos, estas diretrizes devem

objetivar a retomada da função social da disciplina de ciências, que por

meio do tratamento crítico e histórico dos conteúdos promova a socialização

dos conhecimentos científicos e tecnológicos e a democratização das ações

de natureza social, tendo em vista o atendimento de toda a população para

assegurar o direito ao processo de escolarização.

OBJETIVOS GERAIS

Valorizar a dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o

questionamento das certezas e incertezas, superando o tratamento

curricular dos conteúdos por eles mesmos, priorizando a sua função social.

Propiciar condições para que os sujeitos do processo educativo

discutam, analisem, argumentem e avancem na compreensão do seu papel

frente às demandas sociais.

Compreender os conteúdos específicos como uma expressão

complexa da realidade deixando de ser compreendido como elementos

fragmentados, neutros e históricos do currículo.

Propiciar aos alunos a compreensão das relações entre o mundo

natural (conteúdo da ciência) o mundo construído pelo homem (tecnologia)

e seu cotidiano (sociedade).

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

5ª série:

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Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente

Água no ecossistema

Ar no ecossistema

Solo no ecossistema

Justificativa:

É importante propiciar ao aluno da 5ª série um amplo conhecimento

do ambiente, pois o entendimento do funcionamento dos ambientes da

natureza, de como a vida se renova e se mantém, perpassa pelo

reconhecimento da importância da biodiversidade e das ações humanas

que interferem nela. Sendo assim a apropriação destes conteúdos

contribuem para que o aluno possa atuar em seu ambiente de forma

consciente e crítica.

6ª série:

Biodiversidade – características básicas dos seres vivos

Níveis de organização dos seres vivos – organização celular

Biodiversidade – classificação e adaptações morfofisiológicas

Justificativa:

É necessária que o aluno reconheça através do conhecimento destes

conteúdos a importância dos diferentes ambientes da Terra, sua

diversidade, localização, caracterização, transformações ao longo da

história e adaptações dos seres vivos e do homem aos mais diversos

ambientes, compreendendo assim as causas dos fenômenos naturais

envolvidos nos desequilíbrios ecológicos e que as conseqüências desses

desequilíbrios afetam diretamente a vida do ser humano, seres vivos e

também na dinâmica do meio-ambiente.

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7ª série:

Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo.

Corpo humano como um todo integrado

Justificativa:

O estudo do corpo humano como um todo, suas diversas funções, bem

como as questões relacionadas à sua saúde e à sua manutenção, tendo

como princípio a prevenção, deve também ser objeto do ensino fundamental

uma vez que tais conhecimentos contribuem para a vida social do aluno de

tal forma que lhe dá condições de tomar medidas que garantem sua

qualidade de vida.

8ª série:

Poluição e contaminação do ar, água e do solo

Transformação da matéria e energia

Astronomia e Astronáutica

Segurança no trânsito

Justificativa:

Através dos conteúdos acima relacionados, podemos possibilitar ao

aluno, a compreensão de que o ser humano para satisfazer suas condições

básicas de sobrevivência precisa que a interação entre matéria e energia se

dê de forma equilibrada, determinando o equilíbrio do ecossistema na

relação de interdependência entre ele, os demais seres vivos e o ambiente.

METODOLOGIA:

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A partir da concepção de ciências, do objeto de estudo desta

disciplina, propõe-se que os conteúdos específicos sejam encaminhados

metodologicamente numa abordagem articulada, seguindo uma perspectiva

crítica e histórica e orientem o encaminhamento metodológico nesta

proposta, considerando a articulação entre os conhecimentos físicos,

químicos e biológicos.

Para que o currículo de ciências se efetive na escola é necessário que

os integrantes do processo ensino aprendizagem, partilhem da concepção

de ciências como construção humana, cujos conhecimentos científicos são

passíveis de alteração ao longo da história da humanidade e marcados por

intensa relação de poder.

A proposta de encaminhamento metodológico orienta-se por uma

abordagem crítica, que considere a prática social do sujeito histórico

priorizando na escola os conteúdos historicamente constituídos.

Há necessidade de haver integração entre conhecimentos com os

conteúdos historicamente determinados para as séries finais do Ensino

Fundamental. Esta proposta de tratamento dos conteúdos será

descaracterizada, perdendo sentido, pois, a articulação entre os

conhecimentos físicos, químicos e biológicos possibilita ir além da

abordagem tradicional dos conteúdos.

Os conteúdos específicos elencados nesta proposta curricular devem

ser tratados ao longo dos quatro anos do Ensino Fundamental, desde que se

respeite o nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade

cultural, as diferentes formas de apropriação dos conteúdos específicos por

parte dos alunos e adote uma linguagem coerente com a faixa etária,

aumentando gradativamente o aprofundamento da abordagem desses

conteúdos, uma vez que esses conhecimentos e conteúdos são

contribuições das respectivas ciências de referência e precisam ser tratados

em todas as séries finais do Ensino Fundamental.

É importante estabelecer as relações dos conteúdos com a ciência, a

tecnologia e a sociedade e considerar, no tratamento desses

desdobramentos, que o progresso industrial e tecnológico traz

conseqüências para a sociedade, podendo gerar graves problemas para os

seres vivos e para o meio ambiente.

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Ao tratar os conteúdos específicos, a partir dos estruturantes, é

necessário que sejam explorados aspectos, relacionados à historicidade da

produção do conhecimento em questão, pois por meio do histórico é

possível conhecer em que contexto tal conhecimento foi produzido. Outro

aspecto relevante para a compreensão dos interesses que permeiam esse

conteúdo é identificar a intencionalidade da produção científica, ou seja, o

que determinou historicamente a construção de determinado conhecimento

científico. Nesse mesmo raciocínio é importante identificar a aplicabilidade

desse conhecimento, tendo em vista a relação entre as intenções implícitas

existentes na produção científica e sua utilidade para a sociedade.

Ressaltando que o encaminhamento metodológico para essa disciplina

não pode ficar restrito a um único método, mas sim, a algumas

possibilidades como: a observação, o trabalho de campo, os jogos de

simulação e desempenho de papéis, visitas à indústrias, fazendas, museus,

projetos individuais e em grupos, redação de cartas para autoridades,

palestrantes convidados, fóruns, debates, seminários, dentre outros.

A partir desse encaminhamento metodológico, a disciplina de Ciências

poderá resgatar na escola a sua principal função: o estudo dos fenômenos

naturais por meio do tratamento dos conteúdos específicos, de forma crítica

e histórica.

AVALIAÇÃO:

A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de

aprendizagem possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária

com os alunos, contribuições importantes para verificar em que medida os

alunos se apropriaram dos conteúdos específicos. Desse modo a avaliação

será:

Um processo, contínuo e sistemático, sendo constante e planejado,

fornecendo retorno ao professor e permitindo a recuperação do aluno;

Verificativa, observando se os objetivos previstos estão sendo

atingidos;

Orientadora, permitindo ao aluno conhecer seus erros e corrigi-los;

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Integral, considerando o aluno como um todo, ou seja, não apenas os

aspectos cognitivos serão analisados, mas igualmente os

comportamentais e habilidades psicomotoras.

Finalmente, afirma-se que a avaliação deve assumir uma perspectiva

global, ou seja, deve incluir todos os sujeitos e dimensões, envolvidos nos

processos educativos: aluno, escola e professor; e, desejavelmente, a

comunidade dos seus responsáveis.

BIBLIOGRAFIA:

Valle, Cecília. Coleção Ciências.

LUZ, Maria de La & Santos, MAGALY, Terezinha dos. Vivendo Ciências

CRUZ, Daniel. Ciências & Educação Ambiental

PARANÁ, Secretária de Estado da Educação – Currículo básico para a

escola pública do Estado do Paraná. 3 ed. Curitiba: SEED, 1997

Diretriz Curricular de Ciências para o Ensino Fundamental

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PROPOSTA CURRICULAR

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A Educação Física na Educação Básica pretende refletir sobre as

necessidades atuais de ensino, superando uma visão fragmentada de

homem. Esta proposta tem como fundamento geral o materialismo histórico,

cujos princípios apresentam uma profunda reflexão e crítica a respeito das

estruturas sociais e suas desigualdades, inerentes ao funcionamento da

sociedade. As diretrizes no Ensino Fundamental buscam superar as

concepções fundadas nas lógicas instrumental, anátomo funcional e

esportivizada.

Por sua constituição interdisciplinar a Educação Física permite umas

abordagens biológicas, antropológicas, sociológicas, psicológicas, filosóficas

e uma política das práticas corporais pautadas por disciplinas variadas que

permitem o entendimento do corpo e sua complexidade, contemplando a

enorme riqueza das manifestações produzidas.

Dar um novo significado as aulas, requer uma amplitude das

possibilidades de intervenção, superando a dimensão meramente motriz

para uma dimensão histórica, cultural e social, rompendo com a idéia de

que o corpo se restringe somente ao biológico, ao mensurável.

Assim, o papel da Educação Física será transcender aquilo que se

apresenta como senso comum, desmistificando formas já arraigadas e

equivocadas sobre o entendimento das diversas práticas e manifestações

corporais. Desse modo prioriza-se a construção do conhecimento

sistematizado como oportunidade ímpar, de reelaboração de idéias e

práticas que, por meio de ações pedagógicas, intensifiquem a compreensão

do aluno sobre a gama de conhecimentos produzidos pela humanidade e

suas implicações para a vida. A diversidade cultural em termos corporais,

com o intuito de que os alunos possam respeitar as diferenças identificadas,

bem como se posicionarem frente a elas de modo autônomo, realizando

opções, pautadas nos conhecimentos relevantes.

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Cabe também como objetivo de ensino relacionar aquilo que é

específico de cada comunidade com o que é universal ou, pelo menos,

majoritário em termos corporais. É essencial conhecer profundamente a

cultura ou as culturas que envolvem a realidade em que a escola está

inserida. O universo de brincadeiras e jogos tradicionais de cada

comunidade.

Explorar a corporalidade por meio de atividades e experiências

orientadas através de um planejamento que considere as diversas

manifestações corporais presentes no meio escolar, indo além dos ditos

tradicionais, oportunizando a todas experiências de fato significativa para a

formação do aluno.

O conteúdo estruturante de Educação Física refere-se à

expressividade corporal, ou seja, as manifestações corporais a partir de

diferentes possibilidades de expressão, observando que corporalmente

manifesta-se alegria, dor, preconceito, prazer, raiva, medo etc...

Também busca a autonomia a partir do reconhecimento consciente

dos limites e das possibilidades de expressão de cada um, o que permite a

interação crítica no mundo e o desenvolvimento de um sentimento de

alteridade entendida como reconhecimento do que é diferente.

OBJETIVOS GERAIS:

- Ampliar do campo de intervenção da Educação Física, para além das

abordagens centradas na motricidade;

- Desenvolver conteúdos elencados no currículo de maneira que

sejam

relevantes e estejam de acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno;

- Desenvolver práticas corporais tendo como princípio básico o

desenvolvimento do sujeito unilateral;

- Buscar a superação do caráter da Educação Física, como mera

atividade, de prática pela prática;

- Integrar o processo pedagógico como elementos fundamentais para

o processo de formação humana do aluno;

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- Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na

qual está inserido;

- Contribuir para a construção da autonomia dos alunos,

envolvendo-os na produção e na transformação das formas culturais,

sociais e físicas nas quais estão inseridos;

- Propor ao aluno uma postura ativa na prática de atividades físicas,

mostrando-lhes sua importância para a saúde individual e coletiva.

- Propiciar ao aluno diversas formas de aquisição de conhecimentos

de acordo com os momentos históricos e as manifestações corporais

culturais afro-brasileiras.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos, no ensino fundamental, são desenvolvidos de quinta a

oitava séries. O tratamento dado na sétima e oitava séries terá um

aprofundamento nos conteúdos.

Na disciplina de Educação Física, os conteúdos não precisam ser

fragmentados pro série, tendo em vista que os mesmos não precisam ser

organizados numa seqüência baseada em pré-requisitos.

Conteúdo Estruturante: “A expressividade corporal” – entendida

como construção histórica social do corpo e cultura escolar, considerada

como conjunto dos aspectos institucionalizados, incluindo práticas e

condutas, modos de vida, hábitos e ritos, englobando a história cotidiana do

fazer escolar.

Conteúdos Específicos: compõem o trabalho pedagógico e a relação

de ensino e de aprendizagem no cotidiano escolar: manifestações

esportivas; manifestações ginásticas; brincadeiras, brinquedos e jogos;

manifestações estéticas corporais na dança e no teatro e manifestações

afro-brasileiras.

Elementos Articuladores: a partir dos conteúdos específicos da

Educação Física, apontam-se alguns elementos articuladores que integram e

interligam as práticas corporais, visando um maior aprofundamento e

diálogo com as diferentes expressões do corpo: o

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corpo que brinca e aprende (manifestações lúdicas); o desenvolvimento

corporal e construção da saúde; relação do corpo no mundo e no trabalho.

Metodologia:

Através da prática pedagógica, procurar produzir uma cultura escolar

que mobilize manifestações corporais que afirmem valores e sentidos, que

ampliem as possibilidades formativas, evitando formas de discriminação,

segregação e competição exagerada. Mediar situações conflitantes que

envolvam a corporalidade por meio do diálogo e da reflexão, dispondo de

argumentos que favoreçam o esclarecimento dos sujeitos envolvidos no

processo educativos. Elaborar um planejamento que considere as diversas

manifestações corporais presente no meio escolar, indo além dos conteúdos

ditos tradicionais, oportunizando a todas experiências de fato significativas

para a sua formação.

Para a realização com êxito dessa metodologia, sugere-se a

organização das aulas em três momentos distintos:

1º) Proposição do que vai ser executado;

2º) Execução do que foi proposto;

3º) Reflexão do que foi executado.

Avaliação:

A avaliação da aprendizagem na Educação Física visa buscar novas

formas de entendimento e compreensão de seus significados no contexto

escolar.

Objetiva-se favorecer a busca da coerência das práticas avaliativas

que integram o processo de ensino e aprendizagem. Nesta perspectivas

deve ser colocada a serviço da aprendizagem. Nesta perspectiva a avaliação

deve ser colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo

que permeie o conjunto das ações pedagógicas.

De acordo com a especificidades da disciplina, a avaliação deve estar

vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola, com critérios

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estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo

ensino aprendizagem, sendo continua, identificando, dessa forma os

progressos do aluno durante o ano letivo, formativa, com à vista à

diminuição das desigualdades sociais e com luta por uma sociedade mais

justa e humana, diagnóstica onde tanto o professor como o aluno poderão

revisitar o processo desenvolvido e identificar lacunas no processo de

ensino aprendizagem, bem como propor outros encaminhamentos que

visem a superação das dificuldades.

Será um processo continuo, permanente e cumulativo, visando as

diversas manifestações corporais evidenciadas nas formas da ginástica, do

esporte, dos jogos, da dança e das lutas, levando os alunos a refletirem e se

posicionarem diante das atividades realizadas em relação ao mundo.

Bibliografia:

Coletivo de Autores: Metodologia do Ensino de Educação Física. Editora

Cortez, São Paulo – SP, 1992.

Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental e

Médio. Versão preliminar. Governo do Estado do Paraná – SEED, Julho de

2006.

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PROPOSTA CURRICULAR

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO RELIGIOSO

ENSINO FUNDAMENTAL – 5ª E 6ª SÉRIES

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

As regulamentações para o Ensino Religioso foram modificadas pela

lei 9475, que dá nova redação do Artigo 33 da lei 9.394, pela Instrução

05/04 – SEED/SUED/DEF, e pela deliberação 01/2006 que dão novas normas

para esta disciplina.

A sociedade civil, hoje, reconhece com direito o pressupostos desse

conhecimento no espaço escolar, bem como a valorização da diversidade

em todas as suas formas, respeitando a formação dos diferentes grupos e

sociedade brasileira.

Nessa perspectiva, o Ensino Religioso contribui também para a

superação da desigualdade étnico-religiosa e vem garantir o direito

constitucional de liberdade, de crença e expressão conforme artigo 5°,

inciso 6°, da Constituição Brasileira.

O que busca hoje o Ensino Religioso é a inserção de conteúdos que

tratam da diversidade de manifestações religiosas dos seus ritos que tem

grande importância na organização da vida social de cada cultura religiosa,

lembrando que a escola precisa ser sensível a toda essa diversidade e tem a

função de informar aos alunos o que acontece na sociedade, explicando os

sentidos dos acontecimentos religiosos que de uma ou de outra maneira

mobilizam a vida das pessoas.

Assim, o currículo deve subsidiar os alunos na compreensão de

conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre

influências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do

sagrado.

OBJETIVOS GERAIS:

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- Identificar a diversidade religiosa presente na realidade sócio-

cultural, analisando o fenômeno religioso como um dado da cultura,

desenvolvendo o diálogo, a tolerância e o respeito às diferenças em seu

convívio social. Através da identificação dessas diferenças e semelhanças

firmar atitudes de paz, compreensão, solidariedade e superação de toda a

forma de preconceitos;

- Analisar e compreender o sagrado como cerne da experiência

religiosa;

- Ampliar a abordagem curricular no que se refere a diversidade

religiosa;

- Resgatar o sagrado, buscando explicitar a experiência, que perpassa

as diferentes culturas expressas tanto nas religiões mais sedimentares

como em outras manifestações mais recentes;

- Analisar e compreender o Sagrado como cerne da experiência

religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural;

- Ensinar e aperfeiçoar nos alunos o conjunto de normas para

desenvolver as faculdades éticas e morais;

- Definir o lugar ou os espaços geográficos que remetem às

experiências do sagrado;

- Compreender a realidade complexa que configura o universo

simbólico, enquanto chave de leitura das diferentes manifestações do

sagrado coletivo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – 5ª SÉRIE

Justificativa:

Todos os conteúdos estruturantes estão presentes nos ensinamentos

religiosos, desdobrando-se em conteúdos específicos em cada um deles, na

perspectiva de ser compreendido como parte integrante da formação básica

do cidadão, assegurando o respeito à diversidade cultural e religiosa, tendo

em vista a aquisição de conhecimentos, a formação de atitudes e valores e

melhor apreensão dos conteúdos de ensino religioso.

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Texto Sagrado (textos sagrados expressam idéias, formas de

viabilizar a disseminação e preservação dos ensinamentos de diferentes

tradições religiosas)

O Ensino Religioso na Escola Pública

b) Orientações gerais

c) Objetivos

d) Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como

disciplina escolar.

I) Respeito à Diversidade Religiosa

Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa

e) Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira:

respeito à liberdade religiosa.

f) Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.

g) Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.

Símbolos (Símbolo pode ser qualquer coisa que veicula uma idéia,

podendo ser uma palavra, um som, um gesto)

II) Lugares Sagrados

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de

peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de

expressão do sagrado nestes locais.

h) Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

i) Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.

III) Textos Orais e Escritos – Sagrados

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas

diferentes culturas religiosas.

j) Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)

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Exemplos: Veda – Hinduísmo, Escrituras Bahá-is – Fé Bahá `I, tradições –

Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc.

Paisagem Religiosa (espaços físicos onde os seres humanos manifestam

sua fé)

IV) Organizações Religiosas

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos

organizados institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos,

destacando-se as suas principais características de organização, estrutura e

dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas

de compreensão e de relação com o sagrado.

k) Fundadores e/ou líderes religiosos

l) Estruturas Hierárquicas

Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo

(Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec),

Taoísmo (Lao Tse), etc.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – 6ª SÉRIE

Texto Sagrado

Universo simbólico Religioso

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:

m)Nos ritos

n) Nos mitos

o) No cotidiano.

Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Parâmetros, Objetos,

etc.

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Símbolo

II) Ritos

São práticas celebrativas das tradições / manifestações religiosas,

formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a

recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à

memória e à preservação da identidade de diferentes tradições /

manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidades futuras

a partir de transformações presentes.

p) Ritos de passagem

q) Mortuários

r) Propiciatórios

s) Outros

Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (Kaingang – ritual fúnebre),

Via Sacra, Festejo indígena de colheita, etc.

Paisagem Religiosa

III) Festas Religiosas

São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com

objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos

ou datas importantes.

t) Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas

comemorativas.

Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (Islâmica), Kuarup

(indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.

IV) Vida e Morte

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As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas

tradições / manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.

u) O sentido da vida nas tradições manifestações religiosas

v) Reencarnação

w) Ressurreição – ação de voltar à vida

x) Além morte

y) Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se

tornam presentes.

z) Outras interpretações.

METODOLOGIA:

A práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da disciplina

fomentará o respeito das diversas manifestações religiosas ou expressões

do sagrado desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos para

posteriormente inserir os conteúdos que tratam de manifestações religiosas

mais comuns que já fazem parte do universo cultural da comunidade. Serão

também incorporados, pelos professores o efetivo trabalho com os alunos e

a sua aproximação com as demais áreas do conhecimento religioso,

proporcionando assim, conhecimento que contemplem as diversas

manifestações do sagrado, entendidas como integrantes do patrimônio

cultural.

AVALIAÇÃO:

Através da observação das apropriações dos conteúdos trabalhados

com os alunos em diferentes situações de ensino e aprendizagem.

Retomada de algumas lacunas identificadas no processo de

apropriação dos conteúdos pelos alunos, para a aquisição dos elementos

visando redirecionar os níveis de aprofundamento a serem adotados em

relação aos conteúdos que irá desenvolver posteriormente.

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Mesmo que não haja aferição de notas ou conceitos que impliquem na

reprovação ou aprovação dos alunos, os mesmos terão a oportunidade de

retomar os conteúdos, como também poderão perceber que a apropriação

dos conhecimentos dessa disciplina lhes possibilita conhecer e compreender

melhor a diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante, bem

como possibilitará a articulação desta disciplina com os demais

componentes curriculares, os quais também abordam aspectos relativos à

cultura.

A partir do processo avaliativo dos alunos, o professor terá também

indicativos para realizar sua auto-avaliação.

BIBLIOGRAFIA: 5ª SÉRIE

BOWKER, John. Para entender as religiões. São Paulo: Ática, 1997.

Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental.

MARCHON, Benoit e KIEFFER, Jean – François. As grandes religiões do

mundo. São Paulo: Paulinas, 1995.

SCHOGL, Emerli. Expansão criativa. Por uma pedagógica da

autodescoberta. Petrópolis: Vozes, 2000.

BIBLIOGRAFIA: 6ª SÉRIE

CELANO, Sandra. Corpo e mente na educação – Uma saída de

emergência. Petrópolis: Vozes, 1999.

Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental.

GHAI, O. P. Unidade na Diversidade. Coleção Herança Espiritual.

Petrópolis: Vozes, 1990.

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PROPOSTA CURRICULAR

DISCIPLINA: GEOGRAFIA

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Estudar a Geografia é uma forma de compreender o mundo em que

vivemos. O campo de preocupação da Geografia é o espaço da sociedade

humana, em que homens e mulheres vivem e, ao mesmo tempo, produzem

modificações que (re) constroem permanentemente.

É no espaço geográfico que se realizam as manifestações da natureza

e as atividades humanas. Para nos proporcionar inteligentemente diante

desse espaço, temos de conhecê-lo bem. Há muito tempo o homem vem

transformando o espaço natural em seu beneficio. Assim, os problemas da

Geografia não dizem respeito apenas aos geógrafos, mas, longe disso,

referem-se a todos os cidadãos. Ser cidadão pleno em nossa época significa

antes de tudo estar integrado criticamente na sociedade, participando

ativamente de suas transformações. Para isso, devemos refletir sobre o

nosso mundo, compreendendo-o do âmbito local até os âmbitos nacional e

planetário. E a Geografia é um instrumento indispensável para

empreendermos essa reflexão, que deve ser a base de nossa atuação no

mundo.

Através do estímulo, o aluno compreenderá o mundo de forma crítica,

dando-lhe subsídios para discutir e refletir sobre os problemas sociais,

econômicos, políticos, culturais e ambientais através da articulação entre

conhecimentos prévios do aluno e a abordagem científica, tanto a

geográfica quanto a de outras áreas do conhecimento que permitam ao

mesmo tempo a análise, a problematização, a formulação de hipóteses e a

compreensão da realidade vivenciada.

OBJETIVOS GERAIS:

- Contribuir para uma leitura crítica das contradições e conflitos de

toda ordem, implícitos e explícitos no Espaço Geográfico.

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- Alfabetizar ininterruptamente o aluno para a leitura do Espaço

Geográfico.

- Compreender o porquê das localizações, afinal, uma das perguntas

que orientam o pensamento geográfico é “onde”?

- Pensar e analisar o “onde”?

- Proporcionar a leitura e interpretação do espaço geográfico.

- Ampliar a consciência espacial e o raciocínio geográfico a partir do

aprofundamento dos reflexos acerca dos conteúdos desenvolvidos em sala.

CONTEÚDOS:

Conteúdo Estruturante:

A Dimensão Econômica da Produção do/no Espaço:

Conteúdos Específicos.

-Os setores de economia;

-Sistema de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;

-Sistemas de produção industrial;

-Agroindústria;

-Globalização;

-Acordos e blocos econômicos;

-Economia e desigualdade social;

-Dependência tecnológica;

-Entre outros;

-As relações urbano-rurais;

-Urbanização;

-Valoração do solo urbano: Centro-Periferia;

Conteúdo Estruturante.

Geopolítica.

Conteúdos Específicos:

-Blocos econômicos:

-Formação dos Estados Nacionais:

-Globalização;

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-Desigualdade dos Países: Norte x Sul;

-Recursos Energéticos;

-Guerra Fria;

-Conflitos Mundiais;

-Políticas Ambientais;

-Órgãos Internacionais;

-Neoliberalismo;

-Biopirataria;

-Meio Ambiente e Desenvolvimento;

-Estado, Nação, Território;

-Movimentos sociais;

-Terrorismo;

-Narcotráfico;

-Entre outros;

-Urbanização.

Conteúdos Estruturante.

A dimensão Socioambiental;

Conteúdos Específicos;

-As eras geológicas;

-Os movimentos da terra no Universo e suas influências (Rotação e

Translação);

-As rochas e Minerais;

-O ambiente urbano e rural;

-Movimentos sócio-ambientais;

-Classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas;

-Rios e bacias hidrográficas;

-Sistemas de energia;

-Circulação e poluição atmosférica;

-Desmatamento;

-Chuva ácida;

-Buraco na Camada de Ozônio;

-Efeito Estufa (Aquecimento Global);

-Ocupação de áreas irregulares;

-Desigualdade social e problemas ambientais;

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-Uso da água no meio urbano;

-Políticas públicas e saneamento básico;

Conteúdos Estruturante.

A dinâmica Cultural Demográfica:

Conteúdos Específicos;

-O êxodo rural;

-Urbanização e favelização;

-Fatores e tipos de migração e imigração e suas influencias no Espaço

Geográfico;

-Histórias das migrações mundiais;

-Estrutura etária;

-Formações e conflitos étnico-religiosos e raciais;

-Consumo e consumismo;

-Movimentos sociais, rural e urbano;

-Meios de comunicação;

-Estudo dos Gêneros (masculino, feminino, entre outros.);

-A identidade nacional e processo de globalização;

Justificativa:

Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e reúnem em seus

conteúdos específicos, os grandes conceitos geográficos (sociedade,

natureza, território, região, paisagem, lugar, entre outros) que somente

inter-relacionados tornam-se significativos e contribuem para a

compreensão do Espaço Geográfico. Tal afirmativa justifica não adotarmos a

organização por série dos conteúdos.

METODOLOGIA:

Para desenvolver os conteúdos específicos do ensino de geografia,

propõe-se que sejam trabalhados de forma critica e dinâmica, abordando-os

a partir do enfoque de cada conteúdo Estruturante, possibilitando ao aluno

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compreender os diversos desdobramentos que um mesmo conteúdo

especifico pode sofrer.

Durante o processo o professor deve estar atento para a formação de

conceitos Geográficos básicos - (região, paisagem, espaço, lugar, território,

sociedade), utilizando para tal os recursos disponíveis (aula de campo,

recurso audiovisuais, a cartografia e outros).

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

A LDB determina a avaliação formativa, que é desenvolvida no

processo de ensino-aprendizagem, devendo ser diagnóstica e contínua,

considerando que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem

diferenciados, apontando assim, as dificuldades, possibilitando que a

intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.

Assim sendo, serão utilizados como instrumentos de avaliação,

atividades diversas, como leitura e interpretação de texto, relatórios de

atividades diversas, atividades de campo, pesquisas, apresentação de

seminários, construção e análise de maquetes, atividades envolvendo

análise e interpretação de cartografia, fotos, imagens, gráficos, tabelas e

outros, selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.

BIBLIOGRAFIA:

ALMEIDA, R. D. Do desenho ao mapa. São Paulo: Contexto, 2001.

ANDRADE, M. C. de. Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas,

1987.

CARLOS, Ana F. Alessandri (org). A geografia na sala de aula. São Paulo:

Contexto, 2003.

CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento.

Campinas: Papirus, 1999.

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MOREIRA, Igor. Construindo o espaço mundial. São Paulo: Ática, 2006.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Fundamental da rede

de Educação Básica do Estado do Paraná: Ensino Fundamental,

Geografia: Curitiba, SEED, 2004.

RAFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.

SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.

SIMELLI, Maria Elena Ramos. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2000.

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PROPOSTA CURRICULAR

DISCIPLINA: HISTÓRIA

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Nem sempre está claro para os educadores por que a História faz

parte do currículo escolar e qual a importância da sua aprendizagem na

formação do jovem. Mas essas questões são fundamentais quando se

pretende refletir, repensar ou posicionar-se em relação ao ensino de História

praticado. De modo geral, o ensino de História pode ser caracterizado a

partir de dois grandes momentos. O primeiro teve início na primeira metade

do século XIX, com a introdução da área no currículo escolar. Após a

Independência, com a preocupação de criar uma “genealogia da nação”,

elaborou-se uma “história nacional”, baseada em uma matriz européia e a

partir de pressupostos eurocêntricos. O segundo momento ocorreu a partir

das décadas de 30 e 40 do século passado, orientado por uma política

nacionalista e desenvolvimentista.

A escola vive hoje contradições fundamentais. Seus agentes lutam

simultaneamente por mudanças e pela manutenção de tradições escolares.

Mantêm articulações com esferas políticas e institucionais, incorporam

expectativas, orientam-se por avaliações para ingresso no ensino médio ou

superior, buscam contribuições de pesquisas e experiências acadêmicas e

procuram atender parte das expectativas sociais e econômicas. A

constatação dessas contradições fortalece, cada vez mais, a convicção de

que o saber escolar está relacionado a uma diversidade de tradições

próprias da história da educação brasileira e mantém relações com poderes

e valores diversificados da realidade social. Impõe a necessidade de

valorizar o professor como um trabalhador intelectual ativo no espaço

escolar, responsável junto com seus iguais pela clareza e definição dos

objetivos e dos conteúdos para a disciplina que leciona. Aponta para o fato

de que a transformação da prática do docente só acontece quando, no

exercício de seu trabalho, ele coloca em discussão suas ações, explicita

seus pressupostos, problematiza a prática, busca e experimenta alternativas

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de abordagens e de conteúdos, desenvolve atividades interdisciplinares, faz

escolhas diversificadas de recursos didáticos, analisa dificuldades e

conquistas, compartilha experiências e relaciona a prática com a teoria.A

História tem permanecido no currículo das escolas, constituindo o que se

chama de saber histórico escolar. No diálogo e no confronto com a realidade

social e educacional, no contato com valores e anseios das novas gerações,

na interlocução com o conhecimento histórico e pedagógico, o saber

histórico escolar tem mantido tradições, tem reformulado e inovado

conteúdos, abordagens, métodos, materiais didáticos e algumas de suas

finalidades educacionais e sociais. Nesse diálogo tem permanecido,

principalmente, o papel da História em difundir e consolidar identidades no

tempo, sejam étnicas, culturais, religiosas, de classes e grupos, de Estado

ou Nação.

A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos

às ações e às relações humanas, praticadas ao longo do tempo, bem como

os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência

dessas ações.

Nas suas relações com o conhecimento histórico, o ensino e a

aprendizagem da História envolvem seleção criteriosa de conteúdos e

métodos que contemplem o fato, o sujeito e o tempo.Os eventos históricos

eram tradicionalmente apresentados por autores de modo isolado,

deslocados de contextos mais amplos, como muitas vezes ocorria com a

história política, em que se destacavam apenas ações de governantes e

heróis. Hoje prevalece a ênfase nas relações de complementariedade,

continuidade, descontinuidade, circularidade, contradição e tensão com

outros fatos de uma época e de outras épocas. Destacam-se eventos que

pertencem à vida política, econômica, social e cultural e também aqueles

relacionados à dimensão artística, religiosa, familiar, arquitetônica,

científica, tecnológica. Valorizam-se eventos do passado mais próximo e/ou

mais distante no tempo. Há a preocupação com as mudanças e/ou com as

permanências na vida das sociedades. De modo geral, pode-se dizer que os

fatos históricos remetem para as ações realizadas por indivíduos e pelas

coletividades, envolvendo eventos políticos, sociais,econômicos e culturais.

Em ambos os casos, há uma preocupação em relacionar tais atores com

valores, modos de viver, pensar e agir.De modo geral, pode-se dizer que os

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sujeitos históricos são indivíduos, grupos ou classes sociais participantes de

acontecimentos de repercussão coletiva e/ou imersos em situações

cotidianas na luta por transformações ou permanências. Mesmo

condicionadas, as ações dos sujeitos permitem espaços para suas escolhas

e projetos de futuro. Deve-se considerar também como objeto de estudos as

relações dos seres humanos com os fenômenos naturais.

A finalidade da História é expresso no processo de produção do

conhecimento humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. O

conhecimento histórico possui formas diferentes de explicar seu objeto de

investigação, construídas a partir das experiências dos sujeitos.

Para se fundamentar a compreensão do objeto e organização dos

campos de estudos buscou-se uma sistematização dos conteúdos

programados de acordo com cada série e, assim, chegou-se aos conteúdos

estruturantes que ficaram divididos de quinta a oitava séries, privilegiando-

se as dimensões econômica, social, política e cultural; já os conteúdos

estruturantes relativos ao segundo grau privilegiaram as relações de

trabalho, relações de poder e relações culturais.

OBJETIVOS GERAIS:

- Suscitar reflexões acerca dos aspectos políticos, econômicos,

culturais, sociais, bem como das relações entre o ensino da disciplina com a

produção do conhecimento histórico na configuração do currículo de

História, entendendo as mudanças dentro da disciplina de acordo com o

passar do tempo até nossos dias.

- Levar as ações e as relações humanas através dos tempos, bem

como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não

consciência dessas ações. Considerar como objeto de estudo as relações

dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais como as condições

geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época e local, os quais

também se conformam a partir das ações humanas.

- Contribuir para levar o educando a identificar sua história de vida

compreendendo sua relação com a de outros; perceber sua vida inserida na

história de um grupo social bem como compreender a diversidade de povos

formadores da identidade brasileira; estabelecer relações entre

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acontecimentos e contextos históricos no tempo; perceber diferentes

projetos e conflitos sociais e posicionar-se diante deles; identificar

envolvimento e conquista da cidadania na construção de projeto social

democrático; perceber projetos democráticos na diversidade cultural.

CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO

ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdos Estruturantes:

DIMENSÃO POLÍTICA

DIMENSÃO ECONÔMICO-SOCIAL

DIMENSÃO CULTURAL

5ª SÉRIE

TEMA: “ Das origens do homem ao século XVI – diferentes

trajetórias, diferentes culturas.”

Conteúdos Estruturantes:

DIMENSÃO POLÍTICA

DIMENSÃO ECONÔMICO-SOCIAL

DIMENSÃO CULTURAL

Conteúdos específicos:

1- Produção do conhecimento histórico:

- O historiador e a produção do conhecimento histórico

- Tempo e temporalidades

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- Fontes e documentos históricos

- Patrimônio material e imaterial

- Pesquisa histórica

2- Articulação da História com outras áreas do conhecimento:

- Ciências auxiliares da história (arqueologia, antropologia, geografia etc.)

3- Arqueologia no Brasil:

- Principais sítios arqueológicos brasileiros

4- Povos indígenas no Brasil e no Paraná

5- Primeiras civilizações

6- A chegada dos europeus na América:

7- Formação da sociedade brasileira e americana

Conteúdos complementares:

1- A humanidade e a História

2- Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações

3- As primeiras civilizações na América

4- Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política

5- Reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa

6ª SÉRIE

TEMA: “Das contestações à ordem colonial ao processo de

independência do Brasil – século XVII ao XIX

Conteúdos Estruturantes:

DIMENSÃO POLÍTICA

DIMENSÃO ECONÔMICO-SOCIAL

DIMENSÃO CULTURAL

Conteúdos específicos:

1- Expansão e consolidação do território brasileiro

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2- Colonização do território paranaense

3- Movimentos de contestação ao colonialismo no Brasil

4- Chegada da família real no Brasil

5- O processo de independência do Brasil

6- Consolidação dos Estados Nacionais Europeus

7- Reforma Pombalina

8- Independência das treze colônias da América do Norte

9- Revolução Francesa

Conteúdos complementares:

1- Invasão Napoleônica da Península Ibérica

2- O processo de independência das Américas

7ª ÉRIE

TEMA: “Pensando a Nacionalidade: Do século XIX ao XX – a

constituição do ideário de nação no Brasil.”

Conteúdos Estruturantes:

DIMENSÃO POLÍTICA

DIMENSÃO ECONÔMICO-SOCIAL

DIMENSÃO CULTURAL

Conteúdos específicos:

1- A construção da Nação

- Governo de D. Pedro II

- Lei de Terras

- Lei Euzébio de Queiróz

- Movimento abolicionista e emanciapcionista

2- Emancipação política do Paraná (1853)

- Economia

- Organização Social

- Manifestações Culturais

- Migrações

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3- A Guerra do Paraguai e/ou Guerra da Tríplice Aliança

4- O processo de abolição da escravidão

5- Os primeiros anos da República

6- Revolução Industrial

7- Colonização da África e da Ásia

Conteúdos complementares:

1- Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomblé

2- Questão agrária na América Latina

3- Primeira Guerra Mundial

8ª SÉRIE

TEMA: “Repensando a nacionalidade brasileira: do século XX ao XXI

– Elementos constitutivos da contemporaneidade.”

Conteúdos Estruturantes:

DIMENSÃO POLÍTICA

DIMENSÃO ECONÔMICO-SOCIAL

DIMENSÃO CULTURAL

Conteúdos específicos:

1- A Semana de 1922 e o repensar da nacionalidade

2- A Revolução de 1930 e o Período Vargas

Leis trabalhistas

Voto feminino

Contestações à ordem

Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial

3- Populismo no Brasil e na América Latina

Cardenas – México

Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart

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4- Construção do Paraná Moderno

5- O Regime Militar no Paraná e no Brasil

6- Movimentos de contestação no Brasil

7- Paraná no contexto atual

8- Redemocratização brasileira

9- O Brasil no contexto atual

A comemoração dos 500 anos do Brasil

Conteúdos complementares:

1- Crise de 1929

2- Segunda Guerra Mundial

3- Guerra Fria

4- Regimes Militares da América Latina

Justificativa:

Ao se propor a divisão da história por conteúdos estruturantes, deve-

se levar em consideração que o tempo disponível é que vai determinar o

grau de complexidade do conteúdo. por isso, alguns conteúdos poderão

sofrer alterações na forma em que serão estudados. entretanto, a

complexidade deverá ser gradual, permitindo ao educando a apropriação

devida das formas de estudo, independentes da série.

METODOLOGIA:

Seleção de conteúdos e preparação das aulas com antecedência;

Produção de documentos históricos com base em variadas fontes

históricas;

Uso de documentos, mapas e recursos audiovisuais para que os alunos

observem e analisem;

Leitura de obras de ficção escritas em tempos diversos;

Utilização de fontes orais para a construção do conhecimento histórico;

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Uso de vídeo, tele-aula e visitas extra-classe visando a sociabilidade e

aprendizados diferentes dos que são vivenciados dentro do ambiente

escolar.

AVALIAÇÃO:

A prática avaliativa deverá priorizar o aluno, levando em consideração

as concepções pedagógicas da escola, buscando superar o modelo

excludente, com vistas à diminuição das desigualdades sociais e com a luta

por uma sociedade justa e mais humana. A avaliação com os alunos permite

ainda situá-los como parte de um coletivo, onde a responsabilidade pelo e

com o grupo seja assumida com vistas à aprendizagem de todos.

A avaliação será feita a partir da observação de vários pontos, dentre

eles:

Tomar posição diante de questões sociais e relativas à cidadania;

Trocar idéias e informações, colaborando na criação coletiva;

Respeitar e valorizar a diversidade cultural;

Apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos

estruturantes e dos conteúdos específicos;

Atividades utilizadas na Avaliação: leitura, interpretação e análise de

textos historiográficos, mapas e documentos históricos, produção de

narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos

históricos, apresentação de seminários e outras formas que se fizerem

necessárias.

BIBLIOGRAFIA:

CERRI, Luis Fernando (org), O Ensino de Historia e a Ditadura Militar.

BITTENCOURT, Maria Circe, Ensino de História.

BRAUDEL, Fernand, História e Ciências Sociais.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL DA REDE DE

EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ

KARNAL, Leandro, História na Sala de Aula.

História Temática – O Mundo dos Cidadãos – Montellato

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História – Uma Abordagem integrada – Eduardo Ojeda.

PCN - MEC

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PROPOSTA CURRICULAR

DISCIPLINA: LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA - LEM – INGLÊS

ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª A 8ª SÉRIES

A - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

A Língua Estrangeira pode ser propiciadora da construção das

identidades dos sujeitos alunos ao oportunizar o desenvolvimento da

consciência sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade

brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações entre a

comunidade local e planetária.Para todos propõe-se fazer da aula da língua

estrangeira um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a

diversidade lingüística e cultural, oportunizando-o engajar-se

discursivamente e a perceber possibilidades de construção de significadas

em relação ao mundo em que vive.Isso quer dizer que o aluno poderá

compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, possíveis de transformação na prática social.

Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante

transformação. Assim, como princípio social e dinâmico não se limita a uma

visão sistêmica e estrutural do código lingüístico, e heterogêneo ideológica

e opaca. Nessa perspectiva, a língua repleta de sentidos a ela conferidos por

nossas culturas, nossas sociedades, organiza e determina as possibilidades

de percepção do mundo e estabelece entendimentos possíveis. Segundo

Backhtein ( 1988), toda enunciação envolve a presença de duas vozes, a voz

do eu e do outro. Para este filósofo, não há discurso individual, no sentido de

que todo discurso se constrói no processo de interação e em função de um

outro. E é no espaço discursivo criado na relação entre o eu e o tu que os

sujeitos se constituem socialmente.Daí a língua estrangeira apresentar

como um espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer

com outros procedimentos interpretativos de construção da realidade.

Ao conceber que a língua, objeto de estudo da LEM, contempla as

relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a identidade, têm-se clareza

de suas implicações no processo de ensino e de aprendizagem da disciplina.

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B - OBJETIVOS GERAIS DA LEM:

Ao conceber que a língua, objeto de estudo da língua estrangeira,

contempla as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a identidade; é

fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o

ensino de LEM na Educação Básica.

- Ensinar e aprender as percepções do mundo através de uma LE.

- Formar subjetividades (independente do grau de proficiência

atingido).

- Construir identidade através da interação professor/aluno, pelas

representações e visões de mundo que vão sendo reveladas no dia-a-dia.

-Tornar os alunos críticos sobre as questões da nova ordem global e

sobre o papel das línguas na sociedade.

- Contribuir para a constituição da identidade dos alunos-sujeitos como

agentes críticos e transformadores ao longo da Educação Fundamental.

- Oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que ampliem

as possibilidades de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e

novas maneiras de construir sentidos do e no mundo.

- Propiciar a todos os envolvidos no processo de ensino e

aprendizagem a inclusão social numa sociedade diversa e complexa,

através do comprometimento mútuo.

C- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Os conteúdos estruturantes trabalhados na língua estrangeira deverão

vir de encontro ao real interesse dos alunos, observando a diversidade de

textos a serem trabalhados, e que sejam condizentes com a realidade e

perfil dos educandos. Pois assim, os textos, trabalhados serão significativos

e facilitarão o trabalho dos estudos lingüístico-discursivos de modo

contextualizado; usando-se para isto, textos orais, escritos e visuais que

estimularão os alunos a entrarem no universo da língua estrangeira.No

decorrer da prática de leitura, escrita, fala e compreensão auditiva,

devemos observar o princípio da continuidade; mantendo assim uma

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progressão entre as séries, de modo que o educando desenvolva-se

gradativamente, adquirindo conhecimento e domínio da língua estudada.

D- METODOLOGIA:

Diante da abordagem de ensino por Letramento Crítico ( o qual implica

em energias os alunos-sujeitos em atividades críticas e problematizadoras,

que se concretizam por meio da língua como prática social); o texto

apresenta-se como um princípio gerador de unidades temáticas e de

desenvolvimento das práticas lingüísticas, discursivas. Trabalhar com temas

referentes a questões sociais, emergentes, textos abordagens de assuntos

relevantes presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo

editorial.

Interação com o texto: nessa interação há uma complexa mistura de

linguagem escrita, visual e oral (fazer discussões orais sobre a

compreensão, produzir textos orais, escritos e ou visuais a partir do texto

lido, etc).

Interferência: os alunos são encorajados a ter uma postura crítica frente

aos textos, envolvendo questionamentos acerca das visões de mundo

que os subjazem.

Gramática: relaciona-se ao desenvolvimento de procedimentos para

construção de significados utilizados na língua estrangeira.

Conscientização da linguagem: trabalhar com textos que apresentem

grande número de palavras transparentes e com cognatas

(principalmente para turmas iniciantes); pesquisas de palavras no

dicionário, oferecer frases e suas respectivas traduções e pedir que os

alunos observem como as duas linguagens se diferem nos idiomas ( isso

após a leitura de um texto) .

Leitura: professor tem um papel fundamental, é ele quem vai conduzir os

significados do texto e propiciar o exercício de agência( agir no mundo

social) ou submissão aos sentidos dos outros.

Escrita: precisa ver uma atividade menos artificial possível e vira buscar

leitores efetivos dentro ou fora da escola, ou seja, elaborar pequenos

textos direcionados a um público determinados.

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E – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

A avaliação da aprendizagem necessita assumir a função de

subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida.Deve deixar de

ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os

destinos dos educandos e assuma o papel de auxiliar o crescimento.

A avaliação deve ser processual, objetiva subsidiar discussões

acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos na construção do

significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das

avaliações ao longo do processo de aprendizagem.

- O professor deverá observar a participação ativa do aluno,

considerando que o engajamento discursivo na sala de aula se realiza por

meio da interação verbal, a partir dos textos e de diferentes formas.

- Verificar a construção dos significados na interação com textos e

nas produções textuais dos alunos (inferência).

- Fornecer um retorno sobre o desempenho do aluno e o

entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem.

- Considerar a avaliação diagnóstica e formativa, além da avaliação

processual.

F – BIBLIOGRAFIA

• Apostila da Secretaria de Estado da Educação – Superintendência

da Educação

Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino

Fundamental- Versão preliminar – junho/2006.

• Rocha, A.M. e Ferrari, Z.A. Take Your Time, Editora Moderna, 2005.

• Richards, Jack C. Interchange – Intro-Cambridge University Press.

• Compact Dynamic English. Vol 1, IBEP, São Paulo.

• Livro Público Didático

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PROPOSTA CURRICULAR

DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

O ensino perpassa pelas três práticas: oralidade, escrita e leitura e, só

dessa forma, consegue abranger todo o dinâmico sistema de linguagem

uma vez que não opera somente com fatos estanques da língua, mas se

utiliza a reflexão que os alunos já fazem como falantes para sistematizar e

compreender outras operações. Na análise lingüística o aluno não é mero

ouvinte, sua participação é fundamental no processo de aprendizagem.

A ação pedagógica precisa pautar-se na interlocução, em atividades

planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura e a expressão oral ou

escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da linguagem nos

diferentes contextos e situações.

“ O ensino de Língua Portuguesa focaliza a necessidade de dar ao

aluno condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem,

aprendizagem fundamental para o exercício da cidadania, visto que as

práticas de linguagem são uma totalidade e que o sujeito expande sua

capacidade de uso da linguagem e de reflexão sobre ela em situações

significativas de interlocução” . ( Kock,1991,p. 11 )

A disciplina de Língua Portuguesa/Literatura possibilita aos alunos a

expansão do uso das linguagens verbais e não verbais através do contato

direto com textos dos mais variados gêneros,engendrados pelas

necessidades humanas. É necessário que a inclusão da diversidade textual

promova a relação entre os gêneros com as atividades sociais em que eles

se constituem.

Deve-se criar oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar

hipóteses, a partir da leitura e da escrita de diferentes textos,

desenvolvendo a capacidade de compreender como a língua funciona e à

decorrente competência textual.

A prática de análise lingüística constitui-se num trabalho de reflexão

sobre a organização do texto escrito, um trabalho no qual o aluno perceba o

texto como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor,

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tendo em vista o seu interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser um

pretexto para se estudar a nomenclatura gramatical e a sua construção

passa a ser o objeto de ensino. Com isso, o trabalho com a gramática passa

a ser visto sob outra perspectiva: não são os exercícios tradicionais de

gramática, como reconhecer substantivos, adjetivos, aumentativos, lista de

conjugações, que interessam; mas a compreensão do aluno sobre o que é

um bom texto, como é organizado, como os elementos gramaticais, na sua

função real no interior do texto, ligam palavras, frases, parágrafos,

retomando ou avançando idéias defendidas pelo autor.

Objetivos Gerais:

Assumindo-se a concepção de língua com discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão o processo

de ensino:

- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas

realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores,

os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o

contexto de produção/leitura;

- Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o

gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados

na sua organização;

- Aprimorar; pelo contato com os textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando

através da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a

expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da

escrita.

- Conscientizar-se de que todo falante nativo de uma língua é um

usuário competente.

- Aceitar a idéia de que não existe erro de português; existem

diferenças de uso ou alternativas de uso em relação à regra único proposta

pela gramática normativa. (não confundir erro de português com simples

erro de ortografia)

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- Reconhecer que tudo o que a gramática tradicional chama de erro é

na verdade um fenômeno que tem explicação científica perfeitamente

demonstrável.

- Respeitar a variedade lingüística de toda e qualquer pessoa, pois isso

equivale a respeitar a integridade física espiritual dessa pessoa como ser

humano.

- Utilizar o discurso como prática da Língua.

- Despertar o pensamento crítico e a sensibilidade dos alunos através

da intertextualidade, interdisciplinaridade e da transversalidade.

- Possibilitar Leituras críticas de maneira a contribuir tanto na

constituição da identidade dos sujeitos, quanto na sua formação para o

efetivo exercício da cidadania.

- Conscientizar os alunos de que a sociedade e a cultura brasileira tem

profundas raízes africanas e que há, portanto, vínculos históricos entre

Brasil e África.

Justificativa:

Os conteúdos acima descritos visam capacitar o aluno a ler o mundo

com olhar crítico e nele interferir, respeitando o conhecimento intuitivo do

aluno, de modo que possa reconhecer na Língua que ele fala a sua própria

identidade, elevando a auto-estima.

Ao desenvolver a competência da oralidade surge o domínio da

escrita. Através da clareza na exposição das idéias e da consistência

argumentativa na defesa de um ponto de vista é possível aperfeiçoar a

produção textual.

O conhecimento lingüístico é resultado de análises feitas da língua em

uso, identificação da diversidade e compreensão de textos.

ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL

LINGUÍSTICA

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A Língua não é homogênea. Ela se constitui de um conjunto de

variedades determinadas pela situação geográfica, histórica e social.

Embora diferentes todas as variedades prestigiadas socialmente, ou não,

têm organização estrutural e respondem às necessidades lingüísticas de

seus falantes. Assim, as diversas variedades não podem ser vistas como

distorções ou erradas em relação à norma padrão, sob pena de

menosprezar a cultura e a história do povo. Não há formas melhores, nem

piores, são formas diferentes. Há uma forma padronizada de maior prestígio

que as demais e que os alunos precisam ter acesso para conhecer e

produzir bons textos em linguagem padrão.

Os conteúdos serão trabalhados de acordo com as necessidades dos

alunos e explorados de acordo com o nível das turmas.

Variedades lingüísticas

Norma culta, dialetos, gírias, regionalismos, outras formas de

registros.

Funções da linguagem..

Linguagem verbal e não-verbal.

Gêneros textuais ou discursivos

Elementos da construção dos diferentes gêneros discursivos e tipos de

textos (informativo, instrucional, poético, narrativo, carta, bilhete, sinopse,

etc).

Análise do discurso: linguagem, aspecto formal, finalidade, estilo,

posição do autor, ideologia, contexto histórico, social, econômico, político,

entre outros.

Elementos coesivos e coerência textual: unidade temática, elementos

lógicos-discursivos, tese, organização dos parágrafos, contexto discursivo,

interlocutor, idéia central, seqüência lógica, progressão, retomada dos

elementos coesivos, título como elemento coesivo entre outros.

Discurso direto e indireto.

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Recursos visuais, sonoros, olfativos, gráficos, etc.

Relações referenciais: elipse, repetição, sinais de pontuação.

Aspectos formais do texto: acentuação, pontuação, ortografia,

paragrafação, título, legibilidade, aceitabilidade, entre outros.

Ambigüidade como recurso de construção do texto.

Ambigüidade como problema de construção do texto.

Informações explícitas e intertextualidade.

Relações entre imagem e texto.

Elementos gramaticais na construção do texto

Pontuação e seus efeitos de sentido na construção do texto: vírgula,

ponto-e-vírgula, ponto final, ponto de interrogação, exclamação, dois

pontos, aspas, parênteses, travessão, reticências, entre outros.

Emprego da crase na construção do texto.

Classes de palavras: substantivo, adjetivo, verbo, preposição,

conjunção, artigo, numeral, pronome, advérbio e interjeição na construção

do texto.

Sujeito e predicado na construção do texto.

Vozes do verbo na construção do texto.

Adjunto adnominal e complemento adnominal na construção do texto.

Aposto e Vocativo na construção do texto.

Orações coordenadas, subordinadas, reduzidas e intercaladas na

construção do texto.

Concordância verbal e nominal na construção do texto.

Colocação pronominal na construção do texto.

Figuras de linguagem na construção do texto.

Formação de palavras: prefixo, sufixo, radical, derivação e

composição.

Oralidade

As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e nos

apontam diferentes caminhos.

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Relatos de histórias diversas, entrevistas, notícias de jornais, revistas,

telejornais, textos lidos, troca de opiniões, seminários, declamações de

poemas etc.

Debate sobre assuntos lidos e / ou ouvidos, seminários, troca de

opiniões, entrevistas, transmissão de informações, declamações de poemas,

relatos de experiências etc.

Observação da clareza e da objetividade, procurando convencer o

outro pela argumentação, com vocabulário adequado no uso de textos em

debates, troca de opiniões, transmissão de informações, seminários,

entrevistas, discursos etc.

Leitura

A capacidade de ler criticamente garante ao indivíduo condições de

interferir no meio em que está inserido, podendo, inclusive, transformar a

realidade.

O trabalho pedagógico realizado com a literatura deve valorizar a

experiência real de leitura, de interação do estudante com o texto literário

vinculado com sua realidade.

O verdadeiro ato de ler é um processo de atribuição de sentido ao

texto, isto é, a partir de conhecimentos que já possui, o leitor interage com

o texto, construindo um significado.

Leitura de textos verbais: informativos e ficcionais e de outras

linguagens: gesto, pintura, fotografia, etc.

Texto da ordem da correspondência.

Texto argumentativo

Texto instrucional ou prescritivo

Leitura de histórias em quadrinhos, reportagens retiradas de revistas

e /ou jornais, cartazes elaborados pelos alunos, receitas, etc.

Identificação das idéias básicas de um texto, percebendo a unidade

temática e o uso dos recursos coesivos.

Leitura de obras literárias destinadas aos alunos de Ensino

Fundamental e Médio.

Leitura contrastiva a nível ideológico e estrutural de vários textos

sobre o mesmo tema em registros e épocas diferentes.

Observação das formas de registros (informativo, ficcional ou poético).

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Análise da argumentação apresentada pelo autor.

Leitura de obras literárias específicas de cada período literário.

Escrita

A ação coma língua escrita deve valorizar a experiência lingüística do

estudante em situações específicas, e não a língua ideal.

O exercício da escrita, da produção textual, deve levar em conta a

relação pragmática entre o uso e o aprendizado da língua, percebendo o

texto como elo de interação social e os gêneros como construções coletivas.

O que se sugere, sobretudo, é a noção de uma escrita formadora de

subjetividades.

Textos poéticos

Narração

Descrição

Texto informativo: notícia e reportagem

Entrevista

Retextualização: filme, música, noticiário, etc.

Resumo

Interpretação e compreensão de textos diversos

Texto argumentativo

Texto publicitário

Metodologia:

Com estes encaminhamentos não se pretende abancar todo o

trabalho a ser desenvolvido na escola a respeito da oralidade, de escrita, da

leitura e da análise lingüística.

Não seria coerente, pois, esta proposta, fragmentar em língua

conteúdos estanques e abstratamente, determinar o que se ensinar em

cada série.

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Metodologicamente, é importante trazer para a sala de aula todo tipo

de texto literário, informativo, publicitário, dissertativo – colocar estas

linguagens em confronto, não apenas as suas formas particulares ou

composicionais, mas o próprio conteúdo veiculado nelas. É importante,

também, ter claro que todos os textos estão marcados ideologicamente e

papel do professor é explicitar, desmascarar tais marcas e apresentá-los ao

aluno, desmontando o funcionamento ideológico dos vários tipos de

discursos, sensibilizando o aluno à força ilocutória presente em cada texto.

Leitura

Proporcionar ao aluno o contato por meio de técnicas variadas com os

diversos tipos de textos, trabalhando certos tópicos de estrutura:

caracterização de personagens, diálogos, presença do narrador, etc.

Observar aspectos semânticos, sintáticos e estilístico dos textos

através da leitura crítica.

Promover a ida à biblioteca para criar o hábito de buscar leitura.

Incentivar os alunos a trazerem livros, revistas e histórias em

quadrinhos que tenham em casa e dos quais gostem, para trocar com os

colegas, promovendo um intercâmbio de leituras.

Oralidade

Oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer o falar com

segurança e fluência em situações formais através de atividades de

transmissão de informações ou debates.

Estimular a oralidade por meio de exposição oral individual ou em

grupo feita interdisciplinarmente em diversas ocasiões.

Envolver o trabalho com a linguagem oral através de dramatizações

de textos teatrais; simulações de programas de rádio e televisão,

encenações de situações da vida cotidiana, etc.

Escrita

Propor atividades de escrita contextualizadas com correção coletiva.

Divulgar textos no jornal da escola, em murais da classe, em livros

artesanal e coletivamente produzidos.

Apreciar coletiva de textos sob a orientação do professor.

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Criar um ambiente de oficina para as práticas de escrita para que os

alunos se sintam envolvidos com a preparação, apreciação e releitura dos

textos.

Orientar o aluno no planejamento, organização e articulação das

partes do texto, dialogando com os discursos que circulam socialmente.

Avaliação:

A avaliação deverá ser contínua e priorizar a qualidade e o processo

de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

A Lei 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional dá

destaque à chamada avaliação formativa, vista como a mais adequada ao

dia-a-dia da sala de aula e como um grande avanço em relação à avaliação

tradicional, denominada somativa ou classificatória.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e

processos de aprendizagem diferentes e, por se contínua e diagnóstica,

aponta dificuldades, possibilitando assim que a intervenção pedagógica

aconteça a todo o tempo.

As avaliações serão efetivadas através de trabalhos e pesquisas

individuais e em grupo, debates, textos individuais, participação,

assiduidade, avaliação diagnóstica, qualitativa, formativa, contínua e

cumulativa.

A oralidade será avaliada progressivamente, considerando-a

participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele

mostra ao expor suas idéias, a fluência de sua fala, o seu desembaraço, a

argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de

modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso aos diferentes

interlocutores e situações.

Quanto à leitura, o professor deverá propor aos alunos questões

abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar

as estratégias que eles empregam no decorrer da leitura, a compreensão do

texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como valorizar a

reflexão que o aluno faz a partir do texto.

Em relação à escrita, é preciso ver a língua como manifestação de

todos os seus aspectos (discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais) os

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elementos lingüísticos utilizados nas produções dos alunos precisam ser

avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada.

É utilizando a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo avaliados

continuamente em termos desse uso, efetuando operações com a

linguagem e refletindo sobre as diferentes possibilidades de uso da língua,

que os alunos, gradativamente chegam ao almejado letramento.

Bibliografia:

BAKHTIN, Mikhail (IN: VOLOSHINOV, V. N). Marxismo e filosofia d

alinguagem. São Paulo: Hucitec, 1986.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes,

1992.

FARACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de. Por uma teoria lingüística

que fundamente o ensino de língua materna (ou de como apenas um

pouquinho de gramática nem sempre é bom). In: Educar, n. 15. Curitiba:

UFPR, 1999.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à

prática pedagógica educativa. 30 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

GERALDI, João Wanderlei (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática,

2001.

MARCUSCHI, Luiz Antonio. Géneros textuais: configuração,

dinamicidade e circulação. In: KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECKZKA,

Beatriz; BRITO, Karin S. (orgs.). Gêneros textuais: reflexões e ensino.

União da Vitória: Gráfica Kaygangue, 2005.

PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACAÇÃO. Diretrizes

Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná

(versão preliminar). Curitiba, 2004.

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VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins

Fontes, 1993.

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PROPOSTA CURRICULAR

DISCIPLINA: MATEMÁTICA

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO:

A Educação Matemática ainda encontra-se em processo de

Construção. Pode-se dizer que ela está centrada na prática pedagógica da

Matemática de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a

aprendizagem e o conhecimento matemático.

Esta é a Educação Matemática proposta para as Diretrizes Curriculares

para a Educação Básica. Este campo de investigação prevê a formação de

um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações

sociais e, para isso, é necessário que ele se aproprie de conhecimentos

dentre eles, a Matemática.

É necessário discutir a História da Matemática, pois por meio dessa,

encontra-se a oportunidade de compreender a Ciência Matemática desde

suas origens e como a disciplina Matemática tem se configurado no

currículo escolar brasileiro.

OBJETIVOS GERAIS:

- Possibilitar ao estudante realizar análises, discussões, conjunturas,

apropriação de conceitos e formulação de idéias.

- Desenvolver hábitos de estudos, de rigor e precisão, de ordem e

clareza de uso correto de linguagem, de perseverança na obtenção de

soluções para os problemas abordados e de críticas e discussões dos

resultados obtidos.

- Adquirir habilidades específicas para medir e comparar medidas,

calcular e construir tabelas.

- Desenvolver a capacidade de obter, a partir de condições dadas,

resultados válidos para situações novas, utilizando o método dedutivo.

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- Reconhecer a inter-relação entre os vários campos da Matemática e

a interdisciplinaridade.

- Correlacionar conteúdos teóricos com a historicidade concernentes

aos temas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Para o Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual, os conteúdos

estruturantes são:

• Números, operações e álgebra;

• Medidas;

• Geometria;

• Tratamento da Informação.

NÚMEROS, OPERAÇÕES E ALGEBRA

Propõe-se, assim, o estudo dos números, tendo como meta primordial,

no campo da aritmética, a resolução de problemas e a investigação de

situações concretas relacionadas ao conceito de quantidades.

Da mesma forma, sugere-se que o trabalho com as operações:

adições, subtração, multiplicação e divisão se dê, principalmente, por meio

de situações-problema e que o professor faça correlações com o cotidiano

dos alunos, como também estimule os cálculos por estimativas. Ressalta-se

a importância de compreender as várias idéias envolvidas numa operação e

as relações existentes entre as operações.

É necessário enfatizar nessas Diretrizes que a álgebra é um conteúdo

que perpassa todos os anos escolares e está diretamente vinculada à

aritmética básica ensinada nos primeiros anos de Ensino Fundamental.

MEDIDAS

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Propõe-se o uso das medidas como elemento de ligação entre os

conteúdos de numeração e os conteúdos de geometria; a idéia presente

neste conteúdo estruturante é a de que medir é essencialmente comparar.

GEOMETRIA

Para iniciar atividades com o conteúdo estruturante de Geometria no

Ensino Fundamental problematizadas a partis da realidade, o estudante

pode explorar o espaço para situar-se nele e analisá-lo percebendo os

objetivos neste espaço para, então, poder representá-los.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Esta informação está, todos os dias, nos diferentes meios de

comunicação, vêm acompanhadas, muitas vezes, de lista de dados, tabelas

e gráficos. Para entender o significado desse dados e, ao mesmo tempo,

saber interpretá-los. É importante utilizar diferentes instrumentos de

Tratamento de Informação.

METODOLOGIA:

Os conteúdos deverão ser retomados constantemente, como um

currículo em especial, ora com desenvolvimento de conceitos aritméticos,

ora com desenvolvimento de conceitos algébricos, ora com

desenvolvimento de conceitos geométricos, relacionando-os sempre entre si

e aprofundando os assuntos de acordo com a condição do educando e a

própria necessidade do conteúdo abordado.

AVALIAÇÃO:

Modelagem etnomatemática, resolução de problemas, uso das

tecnologias e histórias da Matemática.

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Deve-se avaliar levando em consideração o processo de construção,

insistindo com o aluno para que explicite os procedimentos adotados e que

tenha a oportunidade de explicar oralmente ou por escrito as suas

afirmações. Avaliar nestas diretrizes representa um papel de mediação no

processo ensino-aprendizagem.

Cabe ao professor considerar no contexto das práticas de avaliação

encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a revisão de

noções e subjetividades, isto é, buscar métodos avaliativos (formas escritas,

orais e de demonstração) incluindo o uso de materiais manipuláveis,

computador e/ou calculadora.

O professor ainda poderá problematizar: Por que o aluno foi por este

caminho e não por outro ? Quais conceitos utilizou para resolver uma

atividade de maneira equivocada / Como ajudá-lo a retornar o raciocínio

com vistas à apreensão de conceitos ? Que conceitos precisam ser

discutidos ou rediscutidos? Há alguma lógica no processo escolhido pelo

aluno ou ele fez uma tentativa mecânica de resolução?

A avaliação deve ser uma orientação para o professor na condução de

sua prática docente e jamais um instrumento para reter o aluno na

construção de seus esquemas de conhecimento teórico e prático.

BIBLIOGRAFIA:

Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental.