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ESCOLA ESTADUAL “DR JOSÉ MARQUES DE OLIVEIRA” PLANODE ESTUDOS INDEPENDENTES DE RECUPERAÇÃO ( APÓS O ENCERRAMENTO DO ANO LETIVO) ANO 2014/2015 PROFESSOR (a) DISCIPLINA Língua Portuguesa ALUNO (a) SÉRIE 3º ANO 1. OBJETIVO Interpretar, analisar e criticar textos literários e não literários Reconhecer o gênero de um texto Reconhecer no ensino da gramática um auxiliar para o trabalho redacional e para a análise interpretativa de textos Ler textos de diferentes gêneros Inferir informações implícitas em um texto Reconhecer recursos lexicais e semânticos usados em um texto 2. CONTEUDOS A SEREM ESTUDADOS O Pré-Modernismo A Linguagem do Modernismo Vanguardas em ação Períodos compostos por coordenação e subordinação A Primeira Fase do Modernismo A Literatura Portuguesa do século XX A Poesia de 30 Interpretação de textos O Texto Dissertativo-Argumentativo

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ESCOLA ESTADUAL “DR JOSÉ MARQUES DE OLIVEIRA” PLANODE ESTUDOS INDEPENDENTES DE RECUPERAÇÃO

( APÓS O ENCERRAMENTO DO ANO LETIVO)

ANO 2014/2015

PROFESSOR (a)

DISCIPLINA Língua Portuguesa

ALUNO (a)

SÉRIE 3º ANO

1. OBJETIVO

Interpretar, analisar e criticar textos literários e não literários Reconhecer o gênero de um texto Reconhecer no ensino da gramática um auxiliar para o trabalho redacional e para a análise interpretativa de textos Ler textos de diferentes gêneros Inferir informações implícitas em um texto Reconhecer recursos lexicais e semânticos usados em um texto

2. CONTEUDOS A SEREM ESTUDADOS

O Pré-Modernismo

A Linguagem do Modernismo

Vanguardas em ação

Períodos compostos por coordenação e subordinação

A Primeira Fase do Modernismo

A Literatura Portuguesa do século XX

A Poesia de 30

Interpretação de textos

O Texto Dissertativo-Argumentativo

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ROTEIRO DE ESTUDO

Poema de sete faces (Drummond)

Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. As casas espiam os homens que correm atrás de mulheres. A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos. O bonde passa cheio de pernas: pernas brancas pretas amarelas. Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração. Porém meus olhos não perguntam nada. O homem atrás do bigode é sério, simples e forte.

Quase não conversa. Tem poucos, raros amigos o homem atrás dos óculos e do bigode. Meu Deus, por que me abandonaste se sabias que eu não era Deus, se sabias que eu era fraco. Mundo mundo vasto mundo se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não seria uma solução. Mundo mundo vasto mundo, mais vasto é meu coração. Eu não devia te dizer mas essa lua mas esse conhaque botam a gente comovido como o diabo

.

1- Apesar de publicado em 1930, o poema apresenta certas caractériscas que o associam à produção dos

primeiros modernistas, como a construção fragmentada, os flashes e a falta de pontuação no 2º verso da 3º estrofe.Pesquise:

a- Que correntes de vanguarda se associam a essas características? b- Pesquise o que significa a palavra Gauche.

2- Releia a 2º estrofe.Nela o muundo exteriro é descrito pela ótica do eu lirico. a- O eu lirico participa diretamente do mundo que descreve? b- O que parece interessar mas às pessoas que fazem parte do mundo exterior?

3- O gauchismo do eu lírico é anunciado por um “anjo torto.” Os anjos são comuns nas histórias religiosas, como

na do anjo Gabriel, que aparece a José e ordena a ele que fuja de Jerusalém com o menino Jesus.O que diferencia os anjos das histórias religiosas do anjo do poema?

4- Na 4º estrofe, é descrito o homem “ usa atrás do óculos e do bigode”. a- É possível afirmar que ele é gauche? Por que? b- Que diferença há em dizer que o homem “usa oculos e bigode” e dizer que “está atrás dos oculos e do

bigode”?

5- A 3ºestrofe surpreende com uma imagem insólita - “ o bonde passa cheio de pernas” – e estabelece,ainda

uma oposição de ideias quanto a forma como o eu lírico vê as pernas.Levando em conta que coração se relaciona com emoçao e olhos com razão, dê uma interpretação coerrente a essa contradiçao vivida pelo eu lírico

a- É possível afirmar que ele é gauche? Por que? b- Que diferença há em dizer que o homem “usa oculos e bigode” e está “atrás dos óculos e do bigode”?

6- A 5º estrofe lembra a passagem biblíca: quando Cristo,em momento de fraqueza, dirige-se ao Pai e se queixa do seu abandono e desamparo.Compare as duas situaçãoes, em que Cristo e o gauche se dirigem a Deus, e responda:

A- Que semelhança há, nessas duas situações, entre Cristo e o gauche quanto ao seu

ralacionamento com o mundo? B- Considerando o verso “ se sabias que eu não era Deus” por que se pode afirmar que a

queixa do gauche é ainda mais dramatica que a do próprio Cristo?

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7- A 6º estrofe apresenta um jogo de palavras.O gauche supõe a possibilidade de chamar-se Raimundo (um nome que contém a palavra mundo); no entanto, afirma, tal fato levaria apenas uma rima, não uma solução.

a- O fato de mundo estar contido e raimundo permitiria que o eu lírico estivesse evidamente enquadrado no mundo exterior?Que verso justifica sua resposta?

b- No verso “ Mundo mundo vasto mundo”, / mais vasto que o mundo é meu coração”, Pode-se supor um sentimento de superioridade por parte do eu lírico? Justifique.

8- Na ultima estrofe, é introuzido um interlocutor, até então ausente,indentificado pelo pronome te.

a- Levante hipóteses: Quem poderia ser esse interlocutor? b- De acordo com essa estrofe, o conhaque e a atmosfera noturna deixam o eu lírico comovido.É como

se todo o poema fosse fruto de bebedeira, não fosse coisa séria.Na sua opinião, o eu lírico estaria falando sério ou blefando? Por que?

9- O poema está orgaizado em sete estrofes.Observe a relação existente entre elas. a- Por que o poema se intitula “Poema sete faces”? b- Apesar de não explicito, existe um fio condutor que liga, no plano do conteúdo, todas as estrofes do

poema. Que fio é esse?

10- Na 1º estrofe, a introdução do nome Carlos parece situar o poema e o gauchismo no plano autobiográfico.Contudo, os temas abordados – o estar-no-mundo, ou eu perante os valores sociais, a comunicação com o outro, etc; - são universais e não particulares.Por que tais temas são universais?

Leia O poema de sete faces e o poema seguinta e respondas as questões 11 e 12. - Auto-retrato Provinciano que nunca soube Escolher bem uma gravata; Pernambucano a quem repugna A faca do pernambucano; Poeta ruim que na arte da prosa Envelheceu na infância da arte, E até mesmo escrevendo crônicas Ficou cronista de província; Arquiteto falhado, músico Falhado (engoliu um dia Um piano, mas o teclado Ficou de fora); sem família, Religião ou filosofia; Mal tendo a inquietação de espírito Que vem do sobrenatural, E em matéria de profissão Um tísico* profissional.

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(Manuel Bandeira. Poesia completa e prosa.Rio de Janeiro: Aguilar, 1983. p. 395.) 11- No verso “Meu Deus, por que me abandonaste” do texto 2, Drummond retoma as palavras de Cristo, na cruz, pouco antes de morrer. Esse recurso de repetir palavras de outrem equivale a (A) emprego de termos moralizantes. (B) uso de vício de linguagem pouco tolerado. (C) repetição desnecessária de idéias. (D) emprego estilístico da fala de outra pessoa.

12- Esses poemas têm em comum o fato de (A) descreverem aspectos físicos dos próprios autores. (B) refletirem um sentimento pessimista. (C) terem a doença como tema. (D) narrarem a vida dos autores desde o nascimento.

13- O humor presente na tirinha decorre principalmente do fato de a personagem Mafalda (A) atribuir, no primeiro quadrinho, poder ilimitado ao dedo indicador. (B) considerar seu dedo indicador tão importante quanto o dos patrões. (C) atribuir, no primeiro e no último quadrinhos, um mesmo sentido ao vocábulo “indicador”. (D) usar corretamente a expressão “indicador de desemprego”, mesmo sendo criança. (E) atribuir, no último quadrinho, fama exagerada ao dedo indicador dos patrões.

(Tarsila do Amaral, Operários.) (Nádia Gotlib. Tarsila do Amaral, a modernista.) 14- O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um tema que também se encontra nos versos transcritos em:

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A) “Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas.” (Vinícius de Moraes) (B) “Somos muitos severinos iguais em tudo e na sina: a de abrandar estas pedras suando-se muito em cima.” (João Cabral de Melo Neto) (C) “O funcionário público não cabe no poema com seu salário de fome sua vida fechada em arquivos.”

(Ferreira Gullar) (D) “Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.” (Fernando Pessoa) (E) “Os inocentes do Leblon Não viram o navio entrar (...) Os inocentes, definitivamente inocentes tudo

ignoravam, mas a areia é quente, e há um óleo suave

que eles passam pelas costas, e aquecem.” (Carlos Drummond de Andrade)

15- Destaque as conjunções das orações abaixo e em seguida enumere a segunda coluna de acordo com a primeira, observando o valor semântico das conjunções destacadas.

( 1 ) adversativa ( 2 ) conclusiva ( 3 ) explicativa ( 4 ) aditiva ( 5 ) alternativa ( ) Coma sempre verduras porque elas contêm muitas vitaminas. ( ) Você lê jornais, mas não assiste ao noticiário na TV. ( ) Escrevi um poema e mostrei-o para minha amiga. ( ) Estávamos bem agasalhados; por isso não temíamos o frio. ( ) Quer esteja com sono, quer não, você vai para cama agora.

Soneto de Fidelidade (Vinicius de Moraes)

De tudo ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

16 - Nos dois primeiros quartetos do soneto, delineia-se a idéia de que o poeta: a- Não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas. b- Acreditava que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de amor. c- Concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza. d- Entende que somente a morte é capaz de findar o amor de duas pessoas.

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17 - (Mackenzie) – (1,0) I- Também te aconselho que a faças. (Camilo Castelo Branco) II-A ambição e o egoísmo se opõem a que a paz reine sobre a terra. (Nélson Custódio de Oliveira) III- Tenho a horrível sensação de que me furam os tímpanos com as pontas de ferro. (Graciliano Ramos) Sobre as orações destacadas nos períodos acima é correto dizer que:

a- I e II são substantivas completivas nominais. b- II e III são substantivas objetivas indiretas. c- Somente II é substantiva objetiva indireta.

d- Somente I é substantiva completiva nominal. e- Somente III é substantiva completiva nominal.

18- (Unicastelo) – Aponte a alternativa em que haja classificação das orações destacadas: (1,0) a- Ninguém sabe dizer quantas pessoas há na reunião. b- Desejava realizar um grande sonho: Conhecer o Caribe. c- É evidente que não tenha serviço nenhum a fazer. (F.Sabino)

a- Objetiva direta, apositiva, predicativa. b- Objetiva direta, apositiva, subjetiva. c- Subjetiva, apositiva, completiva nominal.

d- Subjetiva, completiva nominal, apositiva. e- Objetiva direta, explicativa, subjetiva.

19 - (UNIV.METODISTA) – Qual dos períodos compostos abaixo possui uma oração subordinada subjetiva:(1,0)

a- Desde os primórdios, consta que o homem é mortal. b- Desde os primórdios, sabemos que o homem é mortal. c- Desde os primórdios, o homem sabe que é mortal. d- Desde os primórdios, percebe o homem que é mortal. e- Desde os primórdios, dizem que o homem é mortal.

20- (UNIP) – Leia o texto abaixo:

No aeródromo, o aeroplano Subiu triunfal, na tarde clara, Grande e sonoro, como o Sonho humano! Ó bandeiras da audácia! Da Terra, que a ambição dos paulistas povoara De catedrais e fábricas imensas Que, por áreas extensas, Se centimultiplicavam em garras e tentáculos. (...) “Pássaros de Aço”, de Agenor Barbosa, permite identificar a adesão do poeta a uma das chamadas vanguardas européias que influenciaram o Primeiro Tempo Modernista brasileiro. Trata-se do: ( A ) Futurismo (B ) Cubismo ( C ) Expressionismo ( D ) Dadaísmo ( E ) Surrealismo

21- (PUCCAMP) – Assinale a alternativa em que se encontram preocupações estéticas da Primeira Geração Modernista.

A- “Não entrem no verso culto o calão e o solecismo, a sintaxe truncada, o metro cambaio, o indigência das imagens e do vocabulário, a vulgaridade do pensar e do dizer.”

B- “Vestir a Idéia de uma forma sensível que, entretanto, não terá seu fim em si mesma, mas que, servindo para exprimir a Idéia, dela se tornaria submissa.”

C- “Minhas reivindicações? Liberdade. Uso dela; não abuso.” “E não quero discípulos. Em arte: escola = imbecilidade de muitos para vaidade dum só.”

D- Na exaustão causada pelo sentimentalismo, a alma ainda trêmula e ressoante da febre do sangue, a alma que ama e canta porque sua vida é amor e canto, o que pode senão fazer o poema dos amores da vida real?”

E- “O poeta deve ter duas qualidades: engenho e juízo; aquele, subordinado à imaginação, este, seu guia, muito mais importante, decorrente da reflexão. Daí não haver beleza sem obediência à razão, que aponta o objetivo da arte: a verdade.”

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22- Tomando como base o poema “Aperitivo”, de Oswald de Andrade: A felicidade anda a pé Na praça Antônio Prado São 10 horas azuis O café vai alto como a manhã arranha céus Cigarros, Tietê Automóveis A cada cidade sem mitos.

É “INCORRETO” afirmar que:

A- Há valorização do cotidiano; B- Há presença do nacionalismo; C- Há emprego do verso livre; D- Pertence à primeira fase do modernismo E- Há resgate dos valores tradicionais.

23 -Leia atentamente o fragmento do texto abaixo: “E, bem pensando, mesmo na sua pureza, o que vinha a ser a Pátria? Não teria levado toda a sua vida norteando uma ilusão, por uma idéia a menos, sem base, sem apoio, por Deus ou por uma Deusa cujo império se esvazia?” BARRETO, Lima.Triste fim de Policarpo Quaresma. No fragmento transcrito percebe-se:

A- A consciência de Policarpo a respeito do idealismo abstrato que sempre leva a ação; B- O desdém de Policarpo Quaresma pela idéias da Pátria ou de nação; C- A recusa de Policarpo em relação aos que queriam vender a Pátria e os princípios; D- E indecisão de Policarpo Quaresma diante da necessidade de servir ao governo florianista. E- A intransigência de Policarpo Quaresma diante da necessidade de servir o governo florianista.

24- Augusto dos Anjos é autor de um único livro, Eu, editado pela primeira vez em 1912. Outras Poesias acrescentaram-se às edições posteriores. Considerando a produção literária desse poeta, pode-se dizer que:

A - Foi recebida sem restrições no meio literário de sua época, alcançando destaque na história das formas literárias brasileiras. B - Revela uma militância político ideológico que coloca entre os principais poetas brasileiros de veio socialista. C- Foi elogiada poeticamente pela critica de sua época, entretanto não representou sucesso ao público. D - Anuncia o Parnasianismo, em virtude das suas inovações técnico-ciêntíficas e de sua temática psicanalítica. E - Traduz sua subjetividade pessimista em relação ao homem e ao cosmos, por meio de um vocabulário técnico-científico-poético.

25-Obra Pré-Modernista eivada de informações históricas e científicas, primeira grande interpretação da realidade brasileira, que, buscando compreender o meio áspero em que vivia o jagunço nordestino, denunciava uma campanha militar que investia contra o fanatismo religioso advindo da miséria e do abandono do homem do sertão. Trata-se de:

A- O sertanejo, de José de Alencar. B- Pelo Sertão, de Afonso Rinos C- Os Sertões, de Euclides da Cunha D- Sertão, de Coelho Neto. E- Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto

26- Assinale a alternativa incorreta: A única característica que não expressa o espírito moderno é: (1,0)

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A - Ruptura com o passado; B - Renovação artística C - Enfoque da realidade da vida moderna; D - Linguagem Coloquial E - Rigorismo formal;

Se não fosse a astronomia, não descobriria eu tão cedo as dez libras de Capitu; mas não é por isso que torno a ela, é para que não cuides que a vaidade de professor é que me fez padecer com a desatenção de Capitu e ter ciúmes do mar. Não, meu amigo. Venho explicar-te que tive tais ciúmes pelo que podia estar na cabeça de minha mulher, não fora ou acima dela. É sabido que as distrações de uma pessoa podem ser culpadas, metade culpadas, um terço, um quinto, um décimo de culpadas, pois que em matéria de culpa a graduação é infinita. A recordação de uns simples olhos basta para fixar outros que os recordem e se deleitem com a imaginação deles. Não é mister pecado efetivo e mortal, nem papel trocado, simples palavra, aceno, suspiro ou sinal ainda mais miúdo e leve. Um anônimo ou anônima que passe na esquina da rua faz com que metamos Sírius dentro de Marte, e tu sabes, leitor, a diferença que há de um a outro na distância e no tamanho, mas a astronomia tem dessas confusões. Foi isto que me fez empalidecer, calar e querer fugir da sala para voltar, Deus sabe quando; provavelmente, dez minutos depois.

27- Em “Venho explicar-te que tive tais ciúmes pelo que podia estar na cabeça de minha mulher, não fora ou acima dela...” ocorre oração subordinada adverbial que indica circunstância de: a- Condição b- concessão c- tempo d- consecução e- causa

28- Em “É sabido que as distrações de uma pessoa podem ser culpadas, metade culpadas, um terço, um quinto, um décimo de culpadas, pois que em matéria de culpa a graduação é infinita.” A oração subordinada é: a- Substantiva predicativa b- substantiva apositiva c- substantiva subjetiva d- adverbial consecutiva e- adverbial causal

29- No período da questão anterior, a oração subordinada adverbial indica circunstância de: a- Condição b- finalidade c- concessão d- causa e- consequencia

30- A liberdade de expressão é inerente ao sistema democrático. Mas a responsabilidade é o outro nome da liberdade. Impõe-se, por isso uma discussão desarmada de preconceitos a respeito aos rumos da TV. Resumindo os três períodos acima em um só, de forma a manter as relações lógicas, obtém-se:

a- Como a responsabilidade é o outro nome da liberdade, embora a liberdade de expressão seja inerente ao sistema democrático, impõe-se uma discussão desarmada de preconceitos a respeito dos rumos da TV.

b- A responsabilidade é o outro nome da liberdade, enquanto a liberdade de expressão é inerente ao sistema democrático, porque se impõe uma discussão desarmada.

c- Impõe-se uma discussão desarmada a respeito dos rumos da TV, ainda que a responsabilidade seja o outro

nome da liberdade, uma vez que a liberdade de expressão é inerente ao sistema democrático.

d- Sendo a liberdade de expressão inerente ao sistema democrático, ao passo que a responsabilidade é o outro nome da liberdade, impõe-se, todavia, uma discussão desarmada de preconceitos a respeito dos rumos da TV.

e- Impõe-se uma discussão desarmada a respeito aos rumos da Tv,em vista de que, a liberdade de expressão é inerente ao sistema democrático, apesar de que a responsabilidade é o outro nome da liberdade.

31- (MAKENZIE) – Seus músculos se avolumavam a tamanha grandeza que mais parecia um ser irreal. No período acima, a palavra que introduz uma idéia de: a- Causa b- Conseqüência c- Tempo d- Comparação e- Finalidade

32- (MED. SANTA CASA) – Por definição, uma oração é subordinada adverbial causal se a conjunção é

subordinativa causal. Um exemplo está na alternativa: a- Era magro e comprido como um coqueiro da Bahia. b- A criança sussurrava, gemia mais que chorava. c- Ei-lo sublime por terra no acaso é o grande sol. d- Eu conheço mais Ouro Preto do que você. e- A poesia... “Há de sempre viver, porque o sentimento sempre há de existir, porque o belo nunca há de

morrer.”

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33- Entre as frases a seguir, há uma na qual a concordância está errada, de acordo com a variedade padrão. Identifique-a: a) Esqueça pai, isto já são coisas do passado. b) Em minha classe, o líder é eu. c) Quem são vocês? d) Renato era as esperanças do pai.

(PUC-SP) Leia o poema para responder à questão 34, 35, 36

MAR PORTUGUÊS Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quere passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.

(Fernando Pessoa. Obra Poética.Rio de Janeiro:Nova Aguilar,1990)

34- (PUC-SP) O poema relaciona-se a Portugal, fazendo referencia: a- À costa portuguesa que tem quilômetros de terra banhada pelo oceano. b- Às lágrimas derramadas pelo povo português durante o governo militar, causador de muitas lutas. c- Às noivas portuguesas, muito emotivas, e os soldados de além-mar, muito sofridos, separados pela distância

existente entre Portugal e o Brasil. d- Às conquistas malsucedidas dos portugueses em relação aos espanhóis que também navegavam em mares

revoltos. e- Às conquistas dos portugueses na época das grandes navegações, que causaram sentimento intenso vivido

pelo povo.

35- ( UEL-PR) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, a frase “Tudo vale a pena se a alma não é pequena” remete a: a- Se o objetivo é a grandeza da pátria, não importam os sacrifícios impostos a todos. b- Quando o resultado leva a paz,os meios não justificam a finalidade almejada. c- Todas as pessoas tem valores próprios, por isso a guerra é defendida pelos governantes. d- O sacrifício é compensador mesmo que fiquemos insensíveis diante do bem comum. e- Tudo vale a pena quando temos o que almejamos e isso não implique enfrentamento de perigos.

36- Em “Ó mar salgado, quanto do teu sal/São lágrimas de Portugal”, a expressão Ó mar salgado classifica-se sintaticamente, como: a- Sujeito, pois expressa o ser de quem diz algo. b- Objeto, pois completa o sentido do verbo transitivo direto. c- Vocativo, pois expressa o ser a quem se dirige a mensagem do narrador. d- Complemento nominal, pois completa a idéia expressa por um nome. e- Aposto, pois explica e identifica o termo a que se refere o narrador.

37- (UFRS-RS) Leia o poema abaixo, do heterônimo Ricardo Reis. “Tão cedo passa tudo quanto passa! Morre tão jovem ante os deuses quanto Morre! Tudo é tão pouco!

Nada se sabe, tudo se imagina. Circunda-te de rosas, ama, bebe E cala. O mais é nada.”

Em relação ao poema, considere as afirmações abaixo:

I- Trata-se de uma ode do heterônimo clássico de Fernando Pessoa; daí a linguagem e o estilo elevados. II- Expressam em seus quatro primeiros versos, um tema recorrente de sua criação: a consciência da brevidade de

tudo. III- Expressa, em seus dois últimos versos, a idéia de que é preciso viver como se cada instante fosse o último,

porque “O mais é nada.”

Quais estão corretas?

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a- Apenas I. b- Apenas II. c- Apenas III. d- Apenas II e III. e- I,II e III.

38- (UNIFESP-SP) Em “Ode triunfal”, escrita no momento aflitivo de 1914, parece que o transe dos tempos modernos, representado pelas máquinas em fúria, se mistura com o transe febril do eu-poemático.Cria-se um ambiente em que, talvez BA dimensão do sonho (ou pesadelo), o tempo e o espaço parecem dissolvidos, ou situados numa região mítica.Nessa dimensão surrealista, Platão e Virgílio residem dentro das máquinas;há,nelas,pedaços de Alexandre Magno, do século talvez cinqüenta, além de Ésquilo, do século cem.Tal embaralhamento temporal de figuras históricas já se enunciara nos versos:

a- À dolorosa Luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica/ tenho febre e escrevo. b- Ó rodas, ó engrangens,r-r-r-r-r eterno!? Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria! c- De expressão de todas as minhas sensações,/ Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas. d- Canto,e canto o presente, e também o passado e o futuro,/ Porque o presente é todo o passado e todo o futuro. e- De vos ouvir demasiadamente perto,/ E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso.

39- (UNIFESP-SP) Além de Álvaro de Campos, que assina a “Ode triunfal”, também são heterônimos de Fernando Pessoa: a- Mário de Sá Carneiro e Alberto Caeiro. b- Ricardo Reis e Miguel Torga. c- José Régio e Mário de Sá-Carneiro. d- Almada Negreiros e José Régio. e- Ricardo Reis e Alberto Caeiro.

40- Escolha um livro que você leu durante o ano letivo e faça um breve resumo dele.

a- Nome livro:

b- Autor:

c- Breve resumo:

“Não desampares a sabedoria, e ela te guardará; ama-a e ela te protegerá... em andando por elas, não se

embaraçarão os teus passos; se correres não tropeçarás”.Provérbios 4.6,12

Bom Natal e um futuro brilhante...

Felicidades

Mara

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