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Escola Estadual de Educação Profissional - EEEP Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Vestuário Produção de Moda

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Escola Estadual deEducação Profissional - EEEPEnsino Médio Integrado à Educação Profissional

Curso Técnico em Vestuário

Produção de Moda

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Governador

Vice Governador

Secretária da Educação

Secretário Adjunto

Secretário Executivo

Assessora Institucional do Gabinete da Seduc

Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC

Cid Ferreira Gomes

Domingos Gomes de Aguiar Filho

Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Maurício Holanda Maia

Antônio Idilvan de Lima Alencar

Cristiane Carvalho Holanda

Andréa Araújo Rocha

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Vestuário - Produção de Moda 1

APOSTILA DE PRODUÇÃO DE MODA

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1.ÁREAS DE PRODUÇÃO DE MODA

2. DESFILE, CENOGRAFIA, TRILHA SONORA, ETC.

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1.ÁREAS DE PRODUÇÃO DE MODA

A Produção de Moda, vai além do Estilista, o profissional trabalha com os

diversos setores da cadeia produtiva da Moda. Pode ser como autônomo ou como trabalhador fixo, ele está presente no comércio, na indústria e nos serviços.

I) Comércio

A atuação da produção de moda está nas vitrines, no layout, no visual

merchandising, em todos os setores de uma loja de moda, seja vestuário, calçados, acessórios, mobiliário, entre outros.

Muitos empreendedores recorrem aos consultores de imagem para definir o

estilo e produtos que terá sua empresa. E através dessa definição, cria a imagem adequada do espaço de forma que os produtos encontrados ali, traduzam de forma criativa e atraente o desejo do consumo.

II) Indústria

Para a indústria o produtor transforma os produtos confeccionados em

consumo para o

comércio. Assim se o produtor de Moda trabalhar de forma harmônica com

todos os

envolvidos na cadeia produtiva terá oportunidades garantidas por toda vida. A

importância da imagem começa na concepção da marca. A matéria prima, como: tecidos, fios, fibras, aviamentos também precisam trabalhar com a imagem adequada de forma que o comprador tem uma visualização dos benefícios que terá ao adquirir esse ou aquele produto. Muitas vezes uma Imagem comunica de forma mais eficiente

do que um texto cheio de palavras difíceis e conceitos desconhecidos de

muitos.

III) Serviços

Nesse setor que está a maioria dos profissionais de Moda. Desenvolvendo

diretamente com o cliente, sua imagem e forma de expressa- la, seja no campo pessoal como profissional.

- Personal Stylist;

- Consultor de Imagem;

- Visagista;

- Stylist;

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- Produtores de eventos de Moda;

- Consultor

A Transformação da Criação em Imagem

Produtor de Moda. Uma profissão que, embora seja muito requisitada, nem

todos sabem exatamente qual é a função. Com a crescente evolução que a moda enfrentou nas últimas décadas, a cada ano surgem mais eventos e desfiles e a participação de um produtor de moda toma uma importância notável.

Um bom produtor de moda tem de entender de tudo um pouco - cinema, arte, música, tendências, maquiagem - e, principalmente, ter uma completa agenda

de prestação de serviços, pois ele é a figura central que costura o trabalho de todos os profissionais e serve de ponte para os que trabalham na equipe. É ele quem sabe qual o cabeleireiro indicado, entende o funcionamento das agências de modelos, faz o casting e providencia transporte e alimentação para todos.

"O produtor de moda é o profissional que busca elementos, modelos, roupas e acessórios, para a realização de fotografia, filmes, desfiles visando alcançar o ideal de beleza pré estabelecido por uma pauta específica. Seu papel cruza-se com o dos produtores executivos, de figurinos e objetos, mas na maioria das vezes ambas as funções é feita pelo produtor de moda", relata Edyr Moraes, professor do curso livre de produção de moda no SENAC.

A produção de moda dá continuidade ao trabalho do estilista, encarregando -se de viabilizar os meios para que a roupa, antes pesquisada e idealizada, possa despertar o desejo de consumo, fechando o ciclo que faz a engrenagem da moda funcionar, seja através de desfiles, figurinos de cinema, teatro e televisão, exposições ou books de modelos. Ele tem como objetivo administrar o desejo das marcas de projetar umas imagem final.

O desfile é mais do que apresentação de roupa, é a apresentação de um

ambiente definindo então o estilo próprio de cada estilista, de cada coleção. A cor é um dos detalhes mais importantes do desfile para passar a sua magia e encantar as pessoas.

Nos anos 60, com Mary Quandt, surgiu um novo profissional, o stylist, que tem como função criar a imagem, junto ao estilista ou fotógrafo, de como a roupa vai ser apresentada. No desfile, cuida da seqüência visual, acessórios e

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caimento da roupa, além da construção da imagem de maquiagem e cabelo. Essa é mais uma função que o produtor de moda geralmente executa.

No início dos anos 70, o mercado editorial abriu portas para novos

profissionais, pois passaram a ser produzidas as fotos das capas das revistas aqui no Brasil com as confecções locais, usando, a partir de então, a nossa linguagem. Entre os produtores pioneiros estavam Constanza Pascolato e Regina Guerreiro.

"A organização de um desfile é uma tarefa bastante árdua, quase sempre

estressante, - comenta Madson Oliveira, produtor de moda cearense que hoje busca o mercado de São Paulo.- mas pode ser muito gratificante, dependendo do profissional. É nesse ramo que o produtor mais se mostra, às vezes assumindo também a função de stylist".

Para produzir junto com um fotógrafo o produtor tem de ter noções básicas de foto - P&B, colorida, cromo... O produtor cuida de todo visual da modelo, roupas, acessórios, maquiagem, deixando-a pronta para que o fotógrafo possa agir. A foto de moda enfim deve vender um estilo e, indiretamente um produto. É o fotografo quem registra a moda de cada época, documentado para a posteridade a sua evolução.

Na área de publicidade, cinema e TV, a função do produtor não é mostrar a roupa, e sim, criar o estilo de um personagem. É muito importante que o cenário, a luz, a maquiagem e o figurino não anulem um ao outro. Em um vídeo a qualidade visual é muito prejudicada. Sua produção deve ser simples, acessível e com material com pouca definição. Trabalhar com idéias claras, objetivas e diretas, explorando pouco os detalhes, apoiando-se no mais forte. O vídeo chapa a imagem sem mostrar a textura do tecido, por exemplo. Ele altera as cores, misturando o verde, o azul e o vermelho (este ressalta).

Para se fazer a produção do figurino é necessário primeiramente a execução

de um briefing, informações detalhadas de cada personagem, além de conhecer o público alvo, sua faixa etária, horário de exibição e censura. Quando se prepara um figurino, sua produção depende muito do horário com que vai ser apresentado. Depois de uma produção perfeita , o trabalho ainda não acabou. The show must go on!

A pós produção é um fator básico para que a relação do profissional com as empresas que o apoiaram continue a vigorar em harmonia. Tudo que foi pego emprestado deve ser devolvido em perfeito estado e o mais rápido possível. Notas , comprovantes de gastos devem ser agrupados para serem entregues a quem o contratou. Só depois desta pós é que se pode dar como finalizada a produção e gozar da satisfação de mais um trabalho executado.

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DICAS PARA A PRODUÇÃO DE UM DESFILE:

1 Camareira no máximo para 2 modelos; Na distribuição dos figurinos para a entrada na passarela, o modelo

deve retornar com a distância de 10 a 12 entradas, para que haja tempo suficiente para a troca de roupa;

As araras devem estar encostadas nas paredes para que se tenha uma visão total do que há no camarim;

Não se fuma, não se come, nem se deve maquiar dentro do camarim de

roupa; Não é muito aconselhável ter um espelho dentro do camarim; KIT PRODUÇÃO: tesoura, alfinete, primeiros socorros, calçadeira, pincel

piloto, canivete suíço, agulha e linha.

Produção de Moda nada mais é do que RELAÇÕES

PÚBLICAS...

A função do produtor de moda é entender de tudo um pouco - cinema, arte, música, tendências, maquiagem - e, principalmente, ter uma completa agenda de prestação de serviços, pois ele é a figura central que costura o trabalho de todos os profissionais e serve de ponte para os que trabalham na equipe. É ele quem sabe qual o cabeleireiro indicado, entende o funcionamento das agências

de modelos, faz o casting e providencia transporte e alimentação para todos. Ele dá continuidade ao trabalho do estilista, encarregando-se de viabilizar os meios para que a roupa, antes pesquisada e idealizada, possa despertar o desejo de consumo, fechando o ciclo que faz a engrenagem da moda funcionar, seja através de desfiles, figurinos de cinema, teatro e televisão, exposições ou books de modelos.

O relações públicas também precisa conhecer manifestações culturais e

sociais, além de entender a realidade política-econômica e tendências mundiais. O RP faz o elo de ligação entre funcionários, gestores, fornecedores e consumidores. Organiza eventos para todos os públicos, inclusive desfiles.

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Ele tem uma grande rede de contatos em todas as frentes, por este motivo nunca fica na mão, seu principal objetivo é administrar o desejo das marcas de projetar uma imagem final, preservando seus valores e respeitando, sempre, seus princípios organizacionais.

Sendo assim, o produtor de moda nada mais é do que o relações públicas do

mundinho fashion.

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Produção de moda

O que faz um produtor de moda?

Para que a moda seja lançada e aceita pelo consumidor é preciso que haja um

produtor. Tudo começa com a escolha dos modelos a serem lançados, as

grifes e os acessórios, depois vem a escolha das modelos que apresentarão

em desfile as roupas selecionadas, mas isso tudo seguindo sempre as

tendências da moda, e torcer para que agrade ao publico feminino que é o

maior consumidor da moda. Para isso é preciso que ele pesquise e busque a

produção dos acessórios , calçados e roupas que farão parte das fotografias e

dos desfile em passarelas.

Produtor de Moda

Como é a escolha dos modelos?

A cada nova estação o produtor seleciona modelos para apresentar as

coleções, de maneira que assim como os produtores, as modelos também

ganham seu dinheiro, pois é um trabalho digno e rentável para muitos. O

Casting é feito da seguinte maneira, o produtor marca um horário com as

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agências que por sua vez enviam as modelos que passarão pela seleção onde

o produtor e sua equipe escolherão as modelos que farão o trabalho, seja

desfile, fotos ou comercial.

Perfil

A desenvoltura do trabalho

É necessário fazer uma pesquisa no passado para poder entender o que a

moda exige, seu conhecimento deve ser vasto tanto na musica, na história

como também na fotografia, não mal comparando, mas é como o trabalho de

um jornalista. As blusas, os bordados devem estar de acordo com o tema

proposto para cada estação por isso que o estudo é necessário, para que cada

peça de roupa possa contar um pouco da história que esta fazendo parte. É

também compatível com o trabalho feito nos grandes projetos de engenharia

civil que envolvem moda e casa.

O que é o desfile?

O desfile não é apenas uma apresentação de roupas, mas é a apresentação do

estilo próprio de cada estilista que esta mostrando as tendências de cada

estação. O que chama mais a atenção e marca cada criação, são as cores bem

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definidas que deixam a mulher bonita com elegância e charme, só assim um

estilista consegue se consagrar no mundo da moda que é tão cruel. Pois assim

como ele te abre portas também fecha e cai no esquecimento. Para a produção

de um desfile é preciso centenas de profissionais e acaba se tornando uma

tarefa muito árdua e estressante.

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Vestuário – Produção de Moda

Como produzir um figurino?

Para que a produção de um figurino seja feita é necessário que o produtor faça

um estudo sobre a personagem e sua personalidade, dessa forma as roupas e

até mesmo a cor dos cabelos é decidida, se será um vestido preto ou mais

colorido por exemplo, para poder passar para o publico o mais próximo da

realidade possível. É dessa maneira que o produtor de moda faz com que a

personagem seja ela no cinema, no teatro, na televisão ou até mesmo em

fotografia, possa representar bem o seu papel.

Produção de Moda?

Uma definição básica para o que é produção de moda : “ Uma composição

que organiza elementos na busca de um estilo, ou, mais concretamente, de um certo clima global que traduz um estilo!”

Trabalhar com produção de moda é trabalhar com estética, proporção,

equilíbrio, habilidade, bom gosto, olhar e muito jogo de cintura – elementos de unidos e bem dosados fazem parte da vida de um bom profissional em produção de moda.

Entretanto, além do talento é preciso saber truques e técnicas, e mais do que

aparenta, ser um produtor exige um trabalho de execução braçal…

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Vestuário – Produção de Moda

Mas especificamente a responsabilidade de um produtor é filtrar o conceito da coleção, elaborar um layout, direcionar o estilo de acessórios que incluem calçados, acessórios de cabelo, bijoux,etc., escolher locação, definir modelos, direcionamento do make e hair e toda a logística da realização das fotos ou evento.

Assim o conceito e tema da coleção é passado aos clientes de uma maneira

clara, direta e objetiva.

Stylist, produtor ou editor de moda?

Durante uma semana de moda, como o SPFW, não são apenas os designers e

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suas criações ou as modelos que ganham destaque. Atrás de cada desfile há um time de profissionais trabalhando intensamente para que os lançamentos encantem os compradores, o público e a mídia.

Os stylists são alguns destes especialistas. O termo chegou ao Brasil na

década de 1990 para designar os já experientes produtores de moda. Devido à dinâmica do setor, esta função cresceu em importância e ganhou novas feições. No entanto, de lá para cá, vivemos uma confusão de terminologias e funções.

O stylist é um criador de imagens de moda: pessoais, fotográficas ou em movimento. Em desfiles, como os do SPFW, ele interpreta tendências e as afina com a assinatura da marca, utilizando diversos recursos: o casting de modelos, a trilha sonora, a edição de looks, a coreografia e a ambientação cenográfica. O trabalho é em equipe, sempre!

Ah! O resultado desta criação é o que se chama de styling.

Já os produtores de moda são conhecidos como “sacoleiros fashion”, por carregarem, literalmente, sacolas e mais sacolas de roupas. São eles que descolam aquelas peças que o stylist tanto precisa para montar o look perfeito. Sem este trabalho, o conceito da coleção ou do editorial se desfaz.

E os editores? São profissionais altamente especializados, assim como os stylists. Precisam ter um repertório que permeia o design, as artes, a música, conhecimento técnico em fotografia e efeitos visuais. Devem saber identificar tendências comportamentais e de moda, conhecer o mundo das celebridades, localizar novos talentos, buscar o inusitado, e ainda, desenvolver imagens surpreendentes. São anos de treinamento, pesquisa e estudo.

Então, caro leitor, o stylist e o editor de moda possuem a mesma função prática?

Sim, porém, o editor, além de ser um termo mais utilizado no mercado

impresso do que nas mídias digitais e nos desfiles, sugere que, ele é o responsável somente pela edição dos looks de moda. Já o termo stylist nos induz a interpretar sobre uma maior abrangência, e por isso, o adotamos.

Qual a diferença entre stylist e personal stylist?

Existem dois profissionais da moda que vestem pessoas, que olham tudo que

os estilistas produziram e pensam “essa saia vai ficar incrível com essa blusa”, que trabalham com combinação de peças e coordenação de estampas, mas que são bem diferentes entre si. Esses profissionais são os stylists e os personal stylists.

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Vestuário – Produção de Moda

Os stylists trabalham com desfiles e editoriais de moda em revistas, catálogos

e na publicidade. São eles que fazem aquelas montações glamurosas em que

a roupa combina perfeitamente com o cenário, os casaizinhos fazem jogo de cores entre si e o mundo conspira a favor.

A modelo funciona como uma projeção do público final. Se o público muda, a

roupa tem que mudar, mas se a modelo muda, a roupa não necessariamente será outra.

O foco do stylist não e a pessoa que está vestindo a peça, mas as que podem

se identificar com aquela produção. Um styling é bem sucedido quando fala para o público da marca ou da revista. Para isso, vale fazer uma bainha falsa com pregador na calça, vale que o sapato não seja nada confortável para se passar dez horas em pé, vale que aquele cabelo maravilhoso não seja aprova d´água e que a saia arreste no chão.

O foco do stylist não e a pessoa que está vestindo a peça, mas as que podem

se identificar com aquela produção. Um styling é bem sucedido quando fala para o público da marca ou da revista. Para isso, vale fazer uma bainha falsa com pregador na calça, vale que o sapato não seja nada confortável para se passar dez horas em pé, vale que aquele cabelo maravilhoso não seja aprova d´água e que a saia arreste no chão.

O objetivo é emocionar, fazer pensar, inspirar, causar vontade. Muita gente sai

de um desfile comentando “quem vai usar isso?”, mas ningu m disse que era para usar aquelas roupas daquela forma e daquele jeito! O stylist dispõe as peças da melhor maneira possível para o desfile, para apresentar um conceito. A vida prática não entra nessa história!

Fazer styling é criar um personagem, uma pessoa que não existe, mas para a

qual a equipe vai tecendo uma história.

Já o personal stylist trabalha com a vida real. Para ele, nada no mundo importa,

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Vestuário – Produção de Moda

só aquele cliente em particular. Não importa se todo mundo está usando tal peça ou se o sapato tal é incrível se a peça em questão não orna o cliente ou se o sapato é super desconfortável e a cliente caminha o dia todo.

A personal stylist Paula Martins explica que a função do personal é pegar a

moda e traduzir, garimpar, para uma pessoa específica. “O personal tipo um filtro que recebe toda a informação de moda e deixa passar apenas o que tem a ver com a cliente”, explica Paula.

Para a também personal stylist Chris Francine, a tarefa mais importante do

personal é revisitar o guarda-roupa da pessoa e descobrir novas possibilidades lá dentro: “Eu não nego que a parte de comprar a minha favorita, mas o mais

importante é alertar a cliente para todas as possibilidades que o guarda-roupa dela tem, para o n mero incrível de combina es que a gente pode tirar dali”.

Bia Paes de Barros já trabalhou tanto quanto stylist quanto como personal e

acha que a principal diferença é que o stylist foca um momento enquanto o personal tem que fazer um trabalho que funcione para a vida toda.

O que um stylist faz?

Veste modelos para editorias de moda em revistas, peças publicitárias e

desfiles. No caso dos desfiles, alguns stylists trabalham em conjunto com o estilista durante todo o processo, desde a escolha dos tecidos, shapes e do casting até a montagem dos looks que vão para a passarela. Em outros, o stylist é recrutado na etapa final, quando as peças já estão prontas e precisam ser combinadas para ganhar vida.

O que um personal stylist faz?

Trabalha com consultoria de imagem, cria uma identidade visual para o cliente,

revisita o guarda-roupa propondo novas combinações, deixa a pessoa mais segura sobre suas próprias roupas, ajuda a fazer compras, arrumar a mala, organizar o guarda-roupa, ensina sobre manutenção das peças, proporções que vão disfarçar o que o cliente não gosta e valorizar o que ele acha legal. Geralmente, o trabalho do personal começa com uma entrevista na qual o cliente explica a demanda e o profissional tenta captar o estilo da pessoa. Depois, tem visita ao guarda-roupa, compras e montagem de look

Imagens de Produções de Moda

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Vestuário – Produção de Moda

2. DESFILE, CENOGRAFIA, TRILHA SONORA, ETC. PASSO-A-PASSO DA PRODUÇÃO DE MODA

1.Contato com o cliente

2.Pauta e cliente

2.1 Reunião de pauta e briefing

2.2 Revistas Especializadas

2.3 Revistas Customizadas

2.4 Catálogos

2.5 Look Books

2.6 Publicidades

2.7 Sites

2.8 Desfiles

2.9 Filmes para TV

2.10 Avaliando perfil do cliente e montando orçamento

3.Cronograma de trabalho e pesquisa

3.1 O que e um cronograma? Como executá-lo.

3.2 Pesquisa: a importância e como executar.

3.3 Pesquisa direcionada: referencia de imagens e marcas

4. Produção de moda

4.1 Iniciando uma produção de moda

4.2 Carta de produção e cheque caução

4.3 Produção nas lojas e empresas

4.4 Romaneio

4.5 Organizando o material produzido

4.6 Organizando o local de trabalho

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Vestuário – Produção de Moda

5. Edição e prova de roupa

5.1 Editar – significado e importância

5.2 Onde e como editar os looks

5.3 Pontos importantes na edição

5.4 Fotografando e creditando os looks editados

5.5 Material editado e material não aproveitado

5.6 Prova de roupa

6. Dinâmica de trabalho

6.1 Check List

6.2 Foto

6.2a – organizando camarim

6.2b – acompanhando uma foto

6.2c – documentos necessários

6.3 Desfile

6.3a – organizando camarim

6.3b – acompanhando um desfile

7. Equipe de apoio

7.1 Equipe – conceito e importância

7.2 Equipe para trabalhos fotográficos

7.3 Equipe para desfiles e filmes para TV

7.4 Como “brifar” a equipe de apoio?

7.5 Material do staff

8. Crédito, devolução e finalização

8.1 Desmontando a cena de trabalho

8.2 Creditando um editorial

8.3 Creditando uma publicidade

8.4 Devolução da produção

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8.5 Montando um portfólio

CENOGRAFIA

Cenografia e a uma arte, técnica e ciência de projetar e executar a instalação

de cenários para espetáculos. Alguns autores confundem com um segmento da

arquitetura. Entretanto, a arquitetura cênica ou arquitetura cenográfica se

ocupa mais especificamente da geração dos cenários arquitetônicos internos

ou externos.

A cenografia e parte importante do espetáculo, pois conta a época em que se

passa a historia, e conta o local em que se passa a historia, pelo cenário

podemos identificar a personalidade dos personagens.

Para os gregos antigos, a cenografia era a arte de adornar o teatro e a

decoração de pintura que resulta desta técnica. Para o Renascimento, a

cenografia foi a técnica que consiste em desenhar e pintar uma tela de fundo

em perspectiva. Já no sentido moderno, e a ciência e a arte da organização do

palco e do espaço teatral. A palavra se impõe cada vez mais em lugar de

decoração, para ultrapassar a noção de ornamentação e de embalagem que

ainda se prende, muitas vezes, a concepção obsoleta do teatro como

decoração.

A cenografia marca bem seu desejo de ser uma escritura no espaço

Tridimensional (ao qual seria mesmo preciso acrescentar a dimensão temporal),

e não mais uma arte pictórica da tela pintada, como o teatro se contentou em

ser ate o naturalismo. A cena teatral não poderia ser considerada como a

materialização de problemáticas indicações cênicas: ela se recusa a

desempenhar o papel de “simples figurante” com rela ão a um texto

preexistente e determinante.

Entre os profissionais envolvidos nas atividades de cenografia estão cenógrafo,

Cenógrafo assistente, cenotécnico, contra-regra, pintor, maquinista, forrador,

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estofador aderecista, pintor de arte, maquetista.

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Vestuário – Produção de Moda

Vocabulário Fashion: Cenografia de desfil

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Vestuário – Produção de Moda

Colaboração para o UOL

A passarela de um desfile é muito mais do que apenas o espaço por onde caminham as modelos - assim como a luz e a trilha sonora, ela serve para expor ao público o clima e o ambiente imaginado pelo estilista para apresentar sua coleção. É, assim como as roupas, uma imagem que deve ser bem elaborada e impactante. Alguns criadores optam por uma passarela simples, pretas ou brancas, mas há quem prefira cenários que reforcem a imagem proposta para a coleção. Nome de respeito na área, José Marton é recordista de projetos temporada de lançamentos de Inverno 2007, assinando os cenários da Forum, Triton, Alexandre Herchcovitch (feminino), Iódice, Neon, André Lima, Vide Bula, Cori e Zoomp. Abaixo ele explica tim-tim por tim-tim como se planeja um bom projeto cenográfico. Primeiro passo: "Briefing com o estilista. Peço para que ele exemplifique seu desejo, com palavras e imagens. O stylist da marca muitas vezes está presente nestas primeiras reuniões". Segundo passo: "Aprofunda-se o briefing com o stylist. Vejo a cartela de cores da coleção, que conta muito na hora de propor o cenário, e procuro saber as sensações que se quer passar no desfile. Por exemplo: se a intenção é despertar um frescor, vou pesquisar materiais que produzem esta sensação". Terceiro passo: "Execução da maquete, que geralmente é feita numa escala 1:50, ou seja, cinquenta vezes menor que o tamanho natural. Este modelo facilita a visualização da proposta pelo cliente. E eu sempre indico que se olhe na altura do olhos, e não de cima, para se tem uma visão realmente das proporções. Procuro usar os materiais que vou empregar, ou pelo menos, uma representação destes. Esta é parte mais importante do processo, porque ali se decide por onde entram as modelos, o ritmo do desfile, a entrada do público, localização do pit dos fotógrafos. Um cenário é bom quando o desfile é bem visto tanto por cinegrafistas e fotógrafos, quanto pelo o público presente na sala". Quarto passo: "Detalhamento do projeto, orçamento e logística de montagem. Dada a aprovação, as partes do cenário entram em linha de produção. Muitas vezes, tenho quatro cenários sendo fabricados simultaneamente. Com muitos clientes temos tempo para isso, mas há casos em que se têm apenas sete dias, o que é muito pouco". Quinto passo: "A montagem do cenário é decidida pelo horário em que a marca desfila. Se ela é o primeiro desfile de uma sala, temos a noite toda para montar. Quando é a segunda, muitas vezes temos apenas duas horas. Finalizado este processo, temos a afinação da luz, o ensaio do desfile, e finalmente a apresentação."

(Fonte: Site UOL ESTILO)

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TEXOS RELACIONADOS AO ASSUNTO

PS. Sobre a passarela da Água de Coco 10.06.2010 Ah, a magia dos desfiles de moda. Ha muita coisa entre o espectador sentado na fila A e as roupas que o levaram ate lá. Para a Água de Coco, que mostrou sua coleção de primavera-verao 2010/11 agora ha pouco no SPFW, ha mais ainda. O top cenógrafo Marton pegou Blog LP pela Mao e nos mostrou a montagem da sala de desfile, instantes dele começar. E verdade, seu inicio estava previsto para as 17hs. Mas quando o relógio dizia que era hora de começar, ainda se ouvia o bate-e-estaca da equipe cenotécnica e o diretor do desfile estava no chão, com um paninho, ajudando a enxugar a água que havia vazado pela longa e brilhante passarela branca.

Montagem do cenário da Água de Coco

Sim, água. Eram 4 mil litros dela, no total. O projeto de Marton incluía

espelhos d’água cuja superfície era na mesma altura da passarela (o que, de certa forma, deu um medinho nas modelos do casting, que desfilaram todas sobre salto altos); uma estrutura de partes de isopor desalinhadas com aparência de pedra, de onde essa água saiu em determinado momento; mais um enorme painel de leds ao fundo, que exibia uma paisagem – uma referencia ao tema da coleção, os patrimônios históricos e naturais do Brasil. Tudo montado ao longo de 24 horas, com uma equipe de aproximadamente 40 pessoas. Hoje ainda tem desfile na sala 02 do prédio da Bienal. Quanto tempo vai levar pra desmontar isso tudo, Marton? “Uns 30 minutos. Desfazer a magia,

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quem diria, e muito mais fácil do que fazê-la.

ILUMINAÇÃO

-Características da luz: intensidade, natureza, direção e cor.

-Clima da imagem (relação entre luz principal, de compensação e de fundo)

-Fotometria (relação de iluminação) e exposição com histograma

-Luz natural, flash e continua (tungstênio, HMI e kinolight), características e

diferenciais

-Acessórios de iluminação

-Procedimento para iluminação em estúdio

-Pratica de montagem de iluminação

-Esquemas de iluminação:

Fotometria: aprendendo a medir a luz

Como o nome já diz, fotografia significa escrever com a luz. Nesse aspecto a

câmera fotográfica funciona como o olho humano. Na realidade nos nao vemos os objetos e sim a luz refletida destes que chegam ate nossos olhos. Dessa maneira o que passa pela lente da câmera fotográfica e a luz refletida dos objetos. Medir a quantidade exata de luz necessária para formar a imagem no sensor ou filme fotográfico e o que chamamos de fotometria. A maioria dos iniciantes, fotógrafos amadores e muitos profissionais, confiam totalmente na medição automática das câmeras. Algumas compactas digitais nem possuem um modo manual para o próprio fotografo fazer as regulagens, mas as medições automáticas podem cometer erros, assim como as regulagens

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automáticas do White Balance. Existem situações em que o próprio fotografa tem que decidir quais regulagens usar, senão corre o risco de perder a imagem que esta fazendo. Três fatores são importantes para realizar a fotometria: o ISO, a velocidade do obturador e a abertura do diafragma. Quando a câmera esta no automático ela

decide quais valores empregar nessas variáveis levando em conta a quantidade

necessária de luz. Mas, vamos ver o que muda quando usamos o

modo manual.

Fotômetro

E o aparelho que mede a quantidade de luz existente no ambiente e fornece as regulagens necessárias para a camera capturar a imagem. Existem fotometros externos e toda camera possui um fotometro interno. Atraves desse aparelho podemos mudar as variaveis segundo nossas necessidades e obter uma leitura se a exposicao esta correta.

Velocidade ISO O ISO (International Standards Organization, uma espécie de ABNT internacional), e o padrão escolhido para delinear a sensibilidade das películas (filme). Muitos outros padrões existiram, como o ASA (Americano) e o DIN (Alemão). Quanto maior o ISO do filme, maior e a sua sensibilidade a luz, porem pior e a qualidade de imagem. Isso se dava porque os filmes mais sensíveis possuíam grãos de prata maiores, que causavam uma granulação na foto. Então o ISO 50 era usado em dias com muito sol ou em estúdio por conta de sua alta qualidade de imagem e cor, enquanto o ISO 3200 e utilizado em situações com pouca luz, gerando imagens granuladas. Nas digitais esse padrão foi mantido, mas o mesmo problema da qualidade da imagem se mostrou. Em ISOs mais elevados as imagens acabam gerando uma aberração cromática chamada de ruído.

Obturador O obturador e uma cortina que se abre e fecha permitindo a entrada da luz. Sua velocidade e medida em frações de segundos. Quanto menor a velocidade, maior e a quantidade de luz que atinge o sensor ou o filme. A velocidade do obturador e importante em momentos onde a ação se desenrola de maneira rápida. Objetos em movimento necessitam de uma alta velocidade de obturação (a partir de 1/500 avos de segundo) para que não saiam borradas, enquanto objetos em repouso podem usar velocidades mais lentas. Muitas câmeras compactas não possuem um obturador mecânico, sendo que a velocidade de captura e simulada pela ativação do sensor. Algumas DSLR da Nikon possuem um obturador hibrido, onde a velocidade de captura e conseguida através do acionamento mecânico e do sensor, conseguindo assim um menor desgaste do obturador e um conseqüente aumento de sua vida util.

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Diafragma

E uma iris dentro da lente. Ela funciona mais ou menos como a nossa pupila.

Com muita luz ela se fecha e com pouca luz ela se abre. Seu tamanho e

medido em f/stops e quanto menor o numero maior e a abertura. Então uma lente em f/2,0 esta com o diafragma bem aberto, para ser usado em situações de pouca luz e um diafragma em f/32 esta bem fechado, usado em situações com muita luz. A abertura do diafragma influencia diretamente a profundidade de campo, que e aquele desfoque que ocorre atrás do assunto focado. Se o diafragma estiver bem aberto você vai ter pouca profundidade de campo e tudo que estiver na parte da frente e na parte de trás do objeto fotografado vai estar desfocado. Com o diafragma bem fechado toda a foto vai ficar nítida.

Compensação de Exposição Embora nem todas as câmeras compactas possuam um modo manual, quase todas elas possuem o recurso de Compensação de Exposição. Ele e representado nas câmeras digitais como um quadrado dividido na diagonal. Em uma das metades do quadrado temos o símbolo positivo e na outra metade o negativo. Também pode ser representado no painel de controle da câmera pela sigla EV. Esse recurso existe para que o fotografo minimize situações onde o

fotômetro interno da câmera possa a vir a se enganar. Se o objeto fotografado ficar muito escuro na imagem, e só colocar a compensação de exposição em +1 e a câmera vai deixar entrar um pouco mais de luz para realizar a foto. O contrario também e possível sendo que nas fotos muito claras e necessário regular a compensação para -1. Mas como isso tudo funciona? Essas três variáveis trabalham juntas e, dependendo da situação, o fotografo deve escolher as regulagens mais adequadas. Por exemplo:

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Vamos imaginar que estamos em uma peca de teatro. Essa e uma situação bem complicada. Pouca luz e a proibição de usar o flash. Nessa situação você tem que usar uma velocidade de obturador onde as pessoas em movimento não fiquem borradas. Aumentando a velocidade de obturação conseqüentemente uma quantidade de luz menor vai entrar pela lente. Nesse caso e necessário abrir mais o diafragma. Mas, quanto mais o diafragma e aberto, menor vai ser a profundidade de campo. Nesse caso o ISO e elevado (1600 ou 3200) para que eu possa ter um diafragma em uma abertura media (f/3,5) e um obturador em velocidade necessária para congelar os movimentos (1/90). Se a câmera estivesse no automático essas regulagens seriam bem diferentes e as fotos não seriam satisfatórias. No fim tudo e regulado para que uma mesma quantidade de luz passe pela lente, dependendo da situação temos que ter uma prioridade nas regulagens. Cabe ao fotografo e não a câmera decidir que velocidade, abertura e ISO utilizar. Curiosidades. - As lentes mais claras, com diafragma f/2,8 costumam ser as mais caras, justamente por permitir fotografias em ambientes mais escuros, utilizando ISOs mais baixos; - Geralmente as lentes de menor qualidade são mais nítidas no centro do que nas bordas. Ao usar um diafragma em f/16 e possível aproveitar só a area central da lente, o que aumenta a nitidez da mesma. - As cameras mais modernas (e consequentemente mais caras) estao melhorando muito a qualidade das imagens em ISOs mais altos. A Canon Eos 5D possui uma qualidade otima em ISO 1600. - A pouca profundidade de campo pode ser usada de modo muito criativo, principalmente em retratos, dando uma qualidade especial no desfoque no

FOTOGRAFIA

Uma sintética visita à história da fotografia de moda Analisada pelo ponto de vista da linguagem fotográfica, a Fotografia de Moda pode ser dividida em 3 grandes períodos : FOTOGRAFIA CLÁSSICA – AS ORIGENS DA MODA Cronologicamente vai desde o 1914 (considerada a data de nascimento da FdM) ate os 1950s. Socialmente trata-se de um período bastante homogêneo, onde a figura feminina e co-protagonista em uma sociedade burguesa e masculina. Este grande período abrange vários estilos como o pictorialismo do Baron Adolphe de Meyer, a teatralidade de Horst e Cecil Beaton, o construtivismo de George Hoyniguen Huene, o surrealismo de Man Ray e Erwin Blumenfeld, o fotojornalismo e a fotografia instantânea ao ar livre de Martin Munkacsi. Características de referencia visual de todo este período são a composição das imagens segundo o padrão clássico da arte figurativa (perspectiva real), e a utilização da postura corporal da modelo para induzir a sensação desejada no espectador. Principais fotógrafos deste período: Baron de Meyer, George Hoyningen Huene, Horst P Horst, Steichen, Cecil Beaton, Man Ray, George Platt Lynes, Martin Munkacsi.

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FOTOGRAFIA MODERNA: DE 1950 A 1980 -

GLAMOURIZAÇÃO DA MODA A 2a guerra mundial obrigou as mulheres a entrar ativamente na vida social, o que provocou grande emancipação da figura feminina. Nada nos papeis sociais masculinos e femininos foi mais igual ao período anterior a segunda guerra. Esta enorme mudança social influencia também a figura feminina na representação da fotografia de moda. A mulher não e mais um *elegante cabide*, um manequim que assume poses para representar a condição social que o rico marido pode oferecer, mas um ser pensante, individual com uma personalidade real, e profunda. Ela tem *atitude* e isso deve aparecer na representação fotográfica. O fotografo que mais representa esta mudança e Richard Avedon, considerado o precursor desta nova visão da mulher. O período MODERNO e muito rico e engloba momentos diferentes. Temos a época do New Look de Cristian Dior, os fotógrafos da Swinging London, o período da emancipação sexual da mulher, e finalmente a apoteose e completa glamorização do fenômeno da moda dos anos 1980. A composição fotográfica utiliza o padrão clássico da

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perspectiva com o objetivo de criar a tridimensionalidade na imagem. A modelo passa a adquir movimento e aparece em um mundo real, ela pensa, age e tem paixões. Os modelos são escolhidos pela personalidade e o fotografo procura a

expressão desta personalidade nas suas fotografias. A figura da mulher e glamourizada e

ressaltar a beleza e o objetivo principal do fotografo. Fotógrafos

deste período são: Richard Avedon, Irvin Penn, David Bailey, Guy Bourdin, Helmut Newton, William Klein, Debora Tuberville, Sara Moon, Herb Ritz, Bruce Weber, Peter Lindberg, Steven Meisel.

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FOTOGRAFIA PÓS MODERNA: DE 1980 até hoje – DESGLAMOURIZAÇÃO DA MODA. Acontece a segunda grande revolução juvenil, a partir de 1967, quando os jovens se rebelavam contra um sistema político e depois de 1977, quando os jovens se revoltam contra o mundo da imagem. No âmbito da fotografia de moda a grande indigestão de imagem, a extrema falsidade da imagem da modelo comparada com a realidade da vida de muitas delas, e o desejo de uma nova forma de expressão leva alguns fotógrafos a procurar um novo estilo fotográfico. Primeiro objetivo e quebrar com todos o paradigmas, as regras os padrões aplicados ate hoje. Os conceitos de composição, iluminação, atitude do modelo, padrão de beleza utilizados ate aquele momento são totalmente renegados. O objetivo da fotografia e revolta, provocação e choque. As ferramentas técnicas utilizadas são composição e iluminação que induzem a sensação de bi dimensionalidade, dominantes de cor que deixam o tom de pele desagradável, luz que cria sombras nos olhos, posturas corporais deselegantes, expressões de modelo sofridas ou falta de expressão. Paralelamente cores vividas e surreais, cenários oníricos, situações improváveis. Algumas imagens são emblemáticas desta época: a mais famosa

e uma imagem de Juergen Teller que mostra uma modelo famosa nua,recém acordada,

descabelada, fumando, em um apartamento nada glamouroso

. Outras imagem de Jurgen Teller são de um jovem se jogando do teto de um prédio, e um terno caríssimo segurado em um cabide queimando. Paralelamente David Lachapelle mostra um close de uma mulher chiquérrima fazendo o gesto de cheirar droga… só que no lugar do comum pó branco

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estava uma carreira de diamantes, ou a imagem varias vezes apresentada de uma cena medieval com castelo e cavalo mas com uns tons caricaturais e cores irreais. Esta época também traz vários outros estilos como punk, tecno-surrealismo, heroin chic, sexy-trash. Fotografos desta epoca são Corinne Day, Juergen Teller, David Lachapelle, Terry Richardson, Mario Sorrenti.

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SOM – TRILHA SONORA Uma trilha sonora , conhecida em ingles como soundtrack e, tecnicamente falando, "todo o conjunto sonoro de um filme, incluindo alem da musica, os efeitos sonoros e os diálogos." Isso também inclui pecas de um programa de televisão ou de jogos eletrônicos. Pode incluir musica original, criada de propósito para o filme, ou outras pecas musicais, canções e excertos de obras musicais anteriores ao filme. A definição de "trilha sonora" se expandiu na década de 1990, com coletâneas do tipo "Music Inspired By". Alguns exemplos bem sucedidos dessa tendência foram as trilhas de O Corvo (nos EUA) e Trainspotting (no Reino Unido). Um filme pode popularizar uma obra musical já existente, mas menos conhecida pelo grande publico. 2001 - Uma Odisséia no Espaço deu uma popularidade sem precedentes ao poema sinfônico Assim falou Zaratustra, de Richard Strauss. O filme Elvira Madigan, de Bo Widerberg, ao utilizar o concerto para piano n.o 21 de Wolfgang Amadeus Mozart, popularizou de tal forma esse tema musical que, apesar de já existir ha muito, passou a ser cognominado de Elvira Madigan. As edições das bandas sonoras em álbum tem sido lançadas de dois modos: ou se trata da edição da banda sonora de um filme ou são seleções de varias pecas de um certo autor criadas especificamente para alguns filmes - como, por exemplo, Bernard Herrmann, Ennio Morricone ou Nino Rota.

Historia

Desde a primeira e histórica projeção dos irmãos Lumiere, em 1895, as imagens da 7° arte já tinham um acompanhamento musical. Porem, o fundo musical era geralmente uma improvisação solo feita por pianistas ou organistas, e a musica raramente coincidia com as narrativas da tela. A partir de 1910 começaram a ser editadas partituras para piano e orquestra, que transmitiriam os "climas" apropriados para cenas especificas. No entanto, o problema de sincronização entre cena e trilha sonora ainda não tinha sido resolvido. Só na década seguinte se chegou a uma solução para este impasse, com a encomenda dos primeiros scores, ou seja: musica incidental feita exclusivamente para determinado filme.

Sonoplastia

Sonoplastia é a comunicação pelo som. Abrangendo todas as formas sonoras - musica, ruídos e fala, e recorrendo a manipulação de registros de som, a sonoplastia estabelece uma linguagem através de signos e significados. Sonoplastia (do Lat. sono, som + Gr. plastós, modelado) e um termo exclusivo da língua portuguesa que surge na década de 60 com o teatro radiofônico, como a reconstituição artificial dos efeitos sonoros que acompanham a ação. Esta definição e extensiva ao teatro, cinema, radio, televisão e web. Antes designada como composição radiofônica, tinha por função a recriação de sons da natureza, de animais e objetos, de ações e movimentos, elementos que em teatro radiofônico tem que ser ilustrados ou aludidos sonoramente. Incluía ainda a gravação e montagem de diálogos e a seleção, a gravação e alinhamento de musica com uma função dramatúrgica na ação ou narração. O sonorizador, auxiliado por um contra-regra que produzia efeitos sonoros em directo (foley effects / bruitage), tais como a abertura de uma porta a chave e o

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consequente fechamento, passos caminhando em pisos de diferentes

superfícies, ou o galope de um cavalo efetuado com casca de coco percutida,

ou ainda auxiliado por um operador de som que manipulava os discos de efeitos sonoros de 78 RPM, controlava a mistura dos vários elementos sonoros com a voz gravada. A sua posterior associação a televisão e ao cinema documental toma subtis variações e formas, recorrendo ai com maior incidência a seleção de musicas para o acompanhamento de seqüência de imagem, ou como musica de fundo de uma narração. Todo o som utilizado em uma construção sonora audiovisual tem o objetivo de ilustrar/destacar movimentos ou ações que ocorrem na seqüência de uma cena, dialogo, locução, etc. ´ A montagem do áudio na sonoplastia pode conter elementos que reforcem a naturalidade do que esta ocorrendo, ou fazer com que o receptor tenha uma percepção diferente do que seria o som natural daquela ação. Para a realização de criações sonoras, podemos classificar os efeitos sonoros em dois tipos: Efeitos editoriais - São eventos sonoros que não exigem grande complexidade de obtenção e manipulação, por exemplo: ruídos de computador, buzinas, assovios, etc. Efeitos principais - São eventos sonoros que necessitam um trabalho de produção e pesquisa mais elaborados. Muitas vezes a criação daquele som demanda um grande tempo para ser alcançada e demanda um grande esforço criativo do sonoplasta. Por exemlo: som de uma nave espacial que percorre velocidades enormes, sons de animais extintos, etc.

DJ (disc jockey)

DJ mixando composições.

Um disc jockey (DJ ou dee jay) e um artista profissional que seleciona e roda

as mais diferentes composições, previamente gravadas para um determinado publico alvo, trabalhando seu conteúdo e diversificando seu trabalho em radiodifusão em freqüência modulada (FM), pistas de dança de bailes, clubes,

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boates e danceterias. Etimologia do termo O termo disc jockey foi primeiramente (e ainda e) utilizado para descrever primeiramente a figura do locutor de radio que introduziam e tocavam discos de gramofone, posteriormente, o long play, mais tarde compact disc laser (CD) e

atualmente, empregam o uso do mp3. O nome foi logo encurtado para DJ.

Hoje, diante dos numerosos fatores envolvidos, incluindo a composição escolhida, o tipo de publico alvo, a lista de canções, o meio e o desenvolvimento da manipulação do som, ha diferentes tipos de DJs, sendo que nem todos usam na verdade discos, alguns podem tocar com CDs, outros com laptop (emulando com softwares), entre outros meios. Ha também aqueles que mixam sons e vídeos (VJs), mesclando seu conteúdo ao trabalho desenvolvido no momento da apresentação musical. Ha, no entanto, uma vasta gama de denominações para classificar o termo DJ.

Técnicas e estilos

No radio, os DJs contribuíram para a consolidação do movimento Rock and Roll a partir da segunda metade dos anos 50, como a maior manifestação cultural da juventude do século XX; nomes de artistas tão dispares como Elvis Presley e The Beatles, não teriam alcançado o estrelato não fosse o empenho dos DJs originais. Nessa mesma época começavam a surgir os DJs jamaicanos, conhecidos como seletores, que inicialmente tocavam principalmente discos estadunidenses de R&B nos sistemas de som, e faziam sucesso principalmente entre a população menos privilegiada que não tinha condições de ter radio ou toca-discos. Com o advento da discoteca em meados dos anos 70, os DJs também ganharam fama fora do radio e foram para as pistas de dança. Nas pistas, os DJs que atuaram ate o meio da década de 1990 utilizavam apenas discos de vinil em suas apresentações. Em que pese o fato de já existirem CDs antes disso, não haviam equipamentos que permitissem o sincronismo da musica entrante com a musica em execução (ajuste do pitch para posterior mixagem). A forma como esta ação de mixagem e realizada, alias, e o principal diferencial entre os profissionais desta área. Um DJ tem a percepção musical de saber quais composições possuem velocidades (mensuradas em batidas por minuto) próximas ou iguais, de forma que uma alteração em um ou dois por cento da velocidade permite com que o compasso das mesmas seja sincronizado e mixado, e o publico não consiga notar que uma faixa esta acabando e outra esta iniciando, pois as duas faixas estão no mesmo ritmo, métrica e velocidade. DJs das décadas de 1980 e 1990 sincronizavam a composição mixada (entrante) regulando a velocidade do prato do toca-discos, com o cuidado de fazer com que a agulha não escapasse do sulco do vinil (que na pratica faz com que a musica "pule") e também com que o timbre da voz da musica não ficasse, por demais, alterada com a velocidade muito alta ou muito baixa do prato. Esta alteração da velocidade era possível em toca-discos que possuem o botão chamado pitch. O toca-disco mais famoso, nesta época, era o Technics

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SL-1200 MK-2, que ate hoje e vendido e procurado por profissionais e amantes do vinil pela robustez e forca que o seu motor de tração direta apresenta. Apos a popularização do CD, fabricantes como Pioneer, Technics e Numark desenvolveram aparelhos do tipo CD player com recursos próprios para DJ. Conhecidos como CDJs, possuem botões especiais para alteração de pitch, de retorno da faixa, de marcação de ponto (efeito cue) e looping. O timbre da musica passou a ser controlado (opcionalmente) por um acionador especifico, normalmente conhecido como Master Tempo. Com este recurso, mesmo que a composição esteja extremamente acelerada (ou desacelerada), o timbre da voz, teclados, guitarras, etc. e mantido, driblando de certa forma a capacidade

de percepção do publico, em notar que determinado som esta tocando em

velocidade diferente da normal. Alem disso, não ha mais o risco de o disco pular, apesar de o cuidado em se limpar as mídias de CD ser o mesmo, pois uma mancha em uma mídia óptica pode prejudicar e ate interromper a canção em execução. Outra facilidade destes equipamentos e marcar o ponto de inicio da musica (designado cue point). Assim, um DJ com um simples toque no botão pode retornar ao ponto de partida poucos segundos antes de mixar a musica sobre a que esta sendo executada. Atente-se aqui para o fato de que, alem do talento musical obrigatório a um DJ em se conhecer aproximadamente o tempo das composições que ele pretende mixar durante sua apresentação, o mesmo também deve conhecer onde, quando e se uma composição ou determinada versão desta possui uma região (geralmente sem vocal, com batidas secas e pouco ou nenhum aparecimento de guitarras e teclados) popularmente conhecida como quebrada, onde e possível entrar a próxima composição sem que o resultado fique confuso (com dois vocais de canções diferentes "falando" ao mesmo tempo, por exemplo). Este capricho e obrigatório para profissionais que fazem mixagens ao vivo, tanto com vinil quanto com CDs. O DJ e, no fim das contas, um animador de eventos. Este deve conhecer canções o suficiente para saber como e quando mixá-las, deve sentir a vibração do publico que o esta ouvindo, e saber mudar um estilo na hora certa, para que a pista não esvazie. Deve ser o mais eclético possível, ou deixar bastante claro ao seu publico e ao seu contratante qual e seu estilo ou tendência. Existem DJ especializados em raves. Outros, que se dedicam a canções que já fizeram sucesso a oito, dez ou vinte anos atrás.

VITRINISMO O vitrinismo e considerado hoje uma área do chamado Visual Merchandising, ou seja, a técnica de mercado que se baseia em seduzir o cliente por meio do elo visual. E criar uma aparência que estimule, de forma consciente ou não, o consumidor a comprar. Estudiosos do vitrinismo dizem que uma exposição bem elaborada dos produtos pode ser responsável, de uma maneira geral, por algo

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entre 50% a 75% das vendas ( índice aumenta ou diminui de acordo com o segmento do varejo). Subestimar o poder das vitrines e um erro se levarmos em conta que elas são parte de uma nova forma de consumir: hoje, as pessoas buscam nas compras sensações diferentes, diversões, estímulos, e não apenas a satisfação de suas necessidades pessoais. Apesar disso, muitos lojistas não têm acesso a informações sobre a área e não sabem exatamente o que uma vitrine pode fazer na imagem de uma empresa. E por isso que nos preocupamos em preparar esse material especial para você. Boa leitura e ótimas vendas!

A Importância do Merchandising

Relembrando Só para relembrar, Kotler (o “pai” do assunto) diz que marketing e o conjunto de ações que engloba a identificação das necessidades do consumidor, o desenvolvimento de produtos (ou serviços) que atendam a essas necessidades, a definição dos preços cobrados nesses produtos (ou serviços), a sua adequada distribuição e, finalmente, a promoção desses produtos (ou serviços), de modo a tornar mais fácil a venda. Ou, falando mais resumidamente, o marketing consiste em: - identificar as necessidades do consumidor; - desenvolver produtos que atendam a essas necessidades; - calcular o preço; - planejar os pontos-de-venda; - promover o produto; Sempre com o intuito de facilitar a venda ao consumidor. Cada um dos tópicos acima se divide em outros, que devem ser cuidadosamente analisados pelo profissional de marketing. Nesse fascículo, nos vamos nos ater a um deles mais especificamente: a promoção do produto. A promoção pode ser feita de diversas formas, sendo a propaganda a mais conhecida. Mas também ha outros meios, como por exemplo a assessoria de imprensa e o merchandising. E é uma das ferramentas do merchandising que mas nos interessa agora: a vitrine. Duvidas? [email protected] 3 O que é merchandising O Merchandising e qualquer técnica, ação ou material promocional usado no Ponto de venda que proporcione informação e melhor visibilidade a produtos, marcas ou serviços, com o proposito de motivar e influenciar as decisões de compra dos consumidores. Ele e a ferramenta responsável pela apresentação

destacada de produtos na loja, criando espaço e visibilidade, de maneira tal que acelere sua rotatividade. Isso pode ser feito pela apresentação externa da loja (fachada e vitrines) e apresentação interna, com a disposição dos moveis e utilização de outros materiais de comunicação (pôsteres, adesivos de chão,

displays de chão e de balcão, faixas de gondola, etc.). Em resumo, o merchandising ajuda a

trabalhar o ponto-de-venda por meio da decoração para

ambientar os produtos e a comunicação na loja, de forma a induzir e motivar os clientes a compra.

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A Apresentação Externa da Loja

Os aspectos externos da apresentação da loja são extremamente importantes para atrair o consumidor, pois são responsáveis por causar a primeira impressão que ele tem sobre a qualidade e o tipo de loja. E importante lembrar que a imagem que o ambiente externo passa tem que ser compatível com que está dentro da loja. Por isso, e importante considerar aspectos como visibilidade, tamanho, estilo arquitetônico, material de acabamento, fachada, comunicação externa, vitrines e conservação da loja, que são o que projetam a sua imagem. Desses aspectos, um dos mais relevantes, e que agora veremos mais a fundo, são as vitrines.

A Apresentação Interna da Loja Assim como e importante usar estratégias para atrair o publico na área externa da loja também e necessário utilizar algumas técnicas para fazer com que o cliente, que já esta dentro dela, permaneça o maior tempo possível e realize as compras. A apresentação interna da loja faz com que o cliente seja envolvido, através do uso de vários elementos, como layout, temperatura, cores, aroma, iluminação e som. Como o consumidor e sensorial, portanto será atraído por esses estímulos. As vitrines internas da loja tem a função de encantar o cliente que já foi atraído pela vitrine externa, e assim mostrar a maior quantidade possível dos produtos que a loja oferece.

A Vitrine

A vitrine tem como principal função atrair o cliente para o interior da loja. Por isso, ela e considerada o cartão de visita. As vitrines externas da loja são uma oportunidade a mais de fazer com que o cliente que passa preste atenção a sua loja, portanto devem ser atraentes para estimular o cliente no momento decisivo da compra. Deve ser um espaço formador de imagem e uma área de exposição e demonstração para os novos lançamentos de mercadorias, usando cenários e temas que possuam correspondência a imagem de sua loja. Falando de outra forma, as vitrines procuram não só apresentar uma amostra representativa do tipo de produtos que a loja oferece, mas também estimular que os consumidores entrem na loja.

A Importância da Vitrine

A vitrine, aliada a uma boa comunicação visual, e uma poderosa ferramenta de marketing direto e pode fazer a diferença frente a concorrência. Especialistas em comunicação visual no varejo estimam que uma vitrine bem feita possa ser responsável por uma fatia entre 30% e 40% das vendas. A importância de saber como apresentar bem seu produto ao cliente e ainda maior para as pequenas e medias empresas. Isso porque, na maioria das vezes, elas não terão a mesma possibilidade das grandes redes varejistas de investir em outras formas mais caras de marketing, como propaganda. Por isso e tão importante apostar nessa ferramenta para alavancar as vendas e, sempre que possível, buscar informações e capacitação na área. Duvidas?

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[email protected]. Tipos de Vitrine

As vitrines podem ser classificadas de acordo com a sua forma e posição.

• Vitrine frontal: são aquelas que ficam na frente da loja, e que por isso tem maior exposição. São também conhecidas como vitrine de rua. • Vitrine de transito: essas vitrines são construídas ao longo da entrada e dentro da loja, sempre em áreas de grande movimento de consumidores. • Vitrine central: são as vitrines em relevo feitas para serem vistas de todos os lados. Justamente por isso, são localizadas em ponto estratégico no estabelecimento. Ou ainda pelo seu formato. • Vitrines fechadas: como sugere o nome, e parecida com um box. Ainda são comuns de se encontrar.

• Vitrines abertas: são as vitrines que não seguem o mesmo padrão das vitrines fecha das. Esse tipo de vitrine esta cada dia mais presente em shoppings, em lojas de tamanho reduzido e também as grandes lojas de departamento. As Partes de Uma vitrine Uma vitrine pode ser composta de três partes. O piso, que e simplesmente o piso da loja, ou um tablado que levanta e da destaque a ela. As laterais, que são os painéis que compõem as paredes laterais. O fundo, que e o plano de trás de uma vitrine. E, por fim, o teto, que limita a sua altura. Como Montar uma Vitrine Atrativa Pesquisas comprovam que os consumidores ficam em media de 5 a 10 segundos em frente de uma vitrine. E essencial, então, que ela seja o mais atrativa que puder, para tentar prolongar esse tempo. Para compor uma vitrine espetacular, e preciso estar atento a inúmeros macetes e dicas. Ela deve ser voltada para a área de maior visualização, a fim de maximizar o seu efeito, e deve priorizar a altura de 1,30 a 1,80m, que e o campo de visão médio das pessoas. Tenha especial atenção à disposição das formas, cores, conceitos e simbologias. Importante e ter bem definido o publico alvo da loja, o que possibilita investir em uma comunicação visual eficiente. Também e ideal que a vitrine sempre reforce o conceito comercial e agregue valor aos produtos. Leve em consideração ainda a luz, o apelo visual e o grau de objetividade de acordo com o publico. Para os homens, por exemplo, a composição pede um chamado mais racional, que leve em conta os preceitos de realização profissional e familiar. Para as mulheres, entretanto, o trabalho deve ser desenvolvido na base emocional, valorizando a organização de cores e formas. Especialistas recomendam que a campanha da vitrine seja reelaborada a cada mês e que os produtos sejam trocados toda a semana. Mas o tempo depende muito do que e mais adequado para cada loja.

Planejamento e público-alvo

O planejamento e fundamental na hora de compor uma boa vitrine. Antes de sair espalhando os produtos, e preciso avaliar o perfil do negocio e da clientela, definir os objetivos de vendas e o público-alvo. A localização do estabelecimento também influencia. Esta em um bairro operário? Num shopping? Na área central da cidade? A cidade e grande? Media, interiorana? Tudo isso conta na hora de decidir a decoração. Um perfil mais popular de

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consumidor, por exemplo, pode preferir vitrine com maior quantidade de produtos (sem poluir), pois isso representa mais preços e variedades que dirão a ele se são acessíveis ou não. Ao passo em que um público médio valoriza vitrines mais elaboradas, limpas e com programação visual distinta.

Iluminação

Ponto crucial, a iluminação requer atenção cuidadosa e criteriosa, para que contribua sempre para o realce do produto, e nunca para a confusão visual do consumidor. Dois tipos de iluminação são os mais usados: luz pontual, tipo “spot”, que pode ser concentrada em cada produto que se quer destacar (boa pedida para óculos); ou luz difusa, geralmente para compor o plano de fundo ou o ambiente por inteiro. Em geral, recomenda-se que a quantidade de luz na vitrine seja maior do que a luz externa.

Cores

As cores tem a peculiaridade de interferir no humor ou na emoção das pessoas, desanimar ou inspirar uma compra ou ativar um estado emocional (e a chamada psicodinâmica das cores). Muitas despertam impulsos de compra sem que o cliente sequer se de conta disso. São importantes. Na verdade, não existe uma regra ou receita para o uso de cores que não seja o bom senso. Mas uma boa dica e evitar trabalhar mais de três ou quatro cores diferentes, para não causar poluição visual. Importante também e harmonizar as cores dos produtos com as do ambiente. Recomenda-se evitar muito brilho (afinal, quem tem que brilhar na vitrine e o produto).

Loja de shopping X loja de rua

As vitrines nesses dois pontos de comercio tem a mesma importância, porem devem ser trabalhadas de forma diferente. Nas lojas de shopping, o consumidor geralmente tem mais tempo para parar, analisar, pensar, apreciar; ao contrario das lojas de rua, que precisam de uma comunicação ainda mais rápida com o consumidor que esta de passagem, apressado. Nesse segundo caso, o ideal e trabalhar o uso de displays e outras imagens que chamem a atenção do consumidor. Especialmente em lojas de rua, um problema nas vitrines e o reflexo causado pela luz do dia. Uma dica valiosa e buscar alguma inclinação no vidro para eliminar os efeitos indesejados.

Exposição dos produtos Vitrine não e estoque. Pode parecer obvio, mas e bom deixar claro: vitrine não e o estoque. Por isso, nada de aproveitar cada milímetro do espaço para colocar produtos. Dez em dez especialistas dizem que o excesso de produtos e o erro mais comum na vitrine. Produtos em demasia só criam poluição visual. E a percepção visual fica prejudicada quando muitos elementos se misturam. Portanto, siga uma regra básica na arquitetura: menos e mais. Se a intenção é expor um grande numero de produtos, o mais correto e dividi-los em pequenos grupos (nichos) e diminuir o tempo de exposição de cada grupo.

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[email protected] 6 Como selecionar os produtos Apenas os produtos mais estratégicos para a empresa devem ir para a vitrine. Os produtos devem ser selecionados levando-se em conta o perfil da loja, de seus clientes e público-alvo. Um erro comum, sobretudo em ótica, e usar a vitrine para expor toda uma coleção de determinada grife ou estilista. O mais indicado e escolher um ou dois modelos que mais se identificam com aquele estilista, com aquela marca. Isso ajuda no item anterior: evitar excesso.

Periodicidade

Assunto complexo, a vida útil da vitrine varia muito em função de tudo que a

envolve (localização, tipo visual, perfil da loja, tipo de cliente, etc.). Não ha uma regra, mas e preciso ter em mente que a exposição de um mesmo visual satura muito rapidamente o cliente. A segunda vez que ele olhar para a vitrine jamais causara o mesmo impacto que a primeira. Por isso, diz-se que as vitrines são “efêmeras”. Os especialistas recomendam que uma vitrine não fique mais de 15 a 30 dias sem alteração. Mesmo nesse intervalo, a recomendação e ir trocando produtos. Distribuição dos produtos – Os objetos mais percebidos pelos consumidores são aqueles colocados a 1,60m do piso da vitrine. O ideal e deixar os produtos ligeiramente abaixo da linha de visão do consumidor. Produtos no chão tendem a ser desvalorizados. Nas vitrines maiores, para evitar a continuidade de informação visual e interessante intercalar expositores de diferentes alturas.

Considerações finais - Vitrine sozinha não vende E importante lembrar que, apesar de essencial, a vitrine não pode jamais ser a única responsável por fisgar o cliente e faze-lo comprar. Não adianta entupir a vitrine de produtos e nem deixa-la magnifica achando que isso fara esgotar os estoques. A vitrine levanta a bola, fazendo com que o consumidor seja atraído e entre na loja. Mas a partir desse ponto, a bola esta com os vendedores, com o pessoal do atendimento. Atenção, simpatia, técnica, treinamento e muito profissionalismo serão os pontos essenciais para a concretização da venda. - Visual da loja influencia Além da vitrine, o ambiente interno e o layout da loja também precisam ser trabalhados para que as vendas se concretizem a partir da sedução exercida pela vitrine. Por isso, a vitrine deve ter uma identidade visual condizente com a identificação corporativa do restante da empresa e de seu publico. Você deve ficar atento a vários fatores, que vão desde a disposição física dos itens que compõem a planta da loja, a organização dos equipamentos, moveis, ate a facilidade na circulação dos clientes, pintura, paredes e pisos internos. Tudo isso conta. - Criatividade antes de tudo Em suma, o ideal mesmo e contratar um profissional especialista principalmente para os lojistas que não tem tempo de dedicar atenção especial as vitrines). No entanto, nem sempre ha recursos. Além disso, nem sempre também grandes investimentos representam boas ideias ou são garantia de sucesso. Muitas vezes, vitrines criativas são feitas com materiais de baixo custo. Portanto, o mais importante para uma boa vitrine – além de observar os

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critérios básicos – e o bom senso e a criatividade.

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BIBLIOGRAFIA

Noções gerais de design: historia e conceitos. O design de moda. O conceito

de cultura da moda. EMBACHER, Airton. Moda e Identidade: A construção de um estilo próprio.

São Paulo: Ed. Anhembi – Morumbi, 1999. COUTO, ita Maria. Formas do Design; por uma metodologia

interdisciplinar. Rio de Janeiro: 2AB, 1999. TAMBINI, Michael. O Design do Século. São Paulo: Atica, 1999. CALDAS, Dario. Universo da Moda. São Paulo: Ed. Anhembi-Morumbi, 1999.

ECO, Umberto. Psicologia do vestir.

LAVER, James. A Roupa e a Moda. MUNARI, Bruno. Das coisas nascem as coisas. São Paulo: Martins Fontes, 1981. BARTHES, Roland. Sistema da Moda. Lisboa, Ed. 70, s/d. FRANCINI, C. Segredos de Estilo (SP, Alegro). LIPOVETSKY, G. Império do Efêmero (SP, Companhia das Letras. MULLER, F. Arte e Moda (SP, Cosa & Naify) KUPER, Adam. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru, SP. Edusc, 2002. BAUDRILLSRD, J. O sistema dos objetos. São Paulo: Perspectiva, 1973. HOLLANDER, A. O sexo e as roupas: a evolução do traje moderno. Rio de Janeiro: Rocco, 1996. LURIE, Alison. A linguagem das roupas. Rio de Janeiro: Rocco, 1997. PALOMINO, Erika. Babado forte: moda musica e noite. São Paulo: Mandarim, 1999. REVISTAS: FASHION THEORY. A REVISTA DA MODA, CORPO E CULTURA. Edição Brasileira, São Paulo, Ed. Anhembi Morumbi, volume 1, n. 1., 2.,3., e 4., 2002.

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ANEXOS

Entenda como funciona o universo das Vitrines em entrevista com Rogério Wolf comentários6 Translate this page to English or Español

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Rogério Wolf é um curioso e aficionado pelo mundo das vitrines. Com 33 anos, nascido em Campinas, trabalha

com vitrines há oito anos e reside em São Paulo há cinco.

Rogério tem curso superior inconcluso em Publicidade, na PUC Campinas. Executou trabalhos em vitrinismo,

âmbito no qual se especializou, participando de inúmeros workshops que o respaldaram na constituição de seu

acervo profissional, cultural e crítico na área.

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Wolf concebeu diversos trabalhos nos setores de moda, joalheria e cosmética. Em seu blog, Vitrine RG , faz um

passeio pelo universo das vitrines, posta imagens do que está acontecendo no Visual Merchandising, dando

algumas dicas e escrevendo matérias sobre o assunto.

Nesta entrevista Rogério comenta sobre o mercado, dá dicas e fala sobre o processo por traz das vitrines.

Entrevista com Rogério Wolf

Vitrine Officio Jeans - Criação e desenvolvimento Agência Duo

O que o levou a se tornar um vitrinista?

Comecei nesta área quase que por acaso, por algum tempo trabalhei como vendedor e sempre prestava atenção e

ajudava em dias de montagem de vitrine. Em uma visita a São Paulo, conheci uma grande vitrinista que me

convidou para assumir a área comercial e administrativa de um ateliê de vitrinismo.

Dentro deste ateliê, aprendi todas as etapas necessárias para que uma vitrine “ganhe vida”. Passando pela coleta de

brifing, apresentação de projeto, orçamentos, montagem e manutenção.

Comecei a me envolver mais com o início do projeto, o processo criativo e foi então que me apaixonei pelo

assunto.

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A possibilidade de criar e concluir através de muito estudo me transformou em vitrinista.

Com que tipo de empresas você costuma trabalhar?

As empresas que mais nos procuram são as de moda, mas atendemos o setor de cosmética, tratamento e joalheria.

Qual a importância de se montar uma vitrine?

Hoje em dia uma vitrine é responsável por quase 70% das vendas. O cliente passou a comprar pela emoção e não

mais pela necessidade.

Aí reside a importância de se planejar e se montar a vitrine, uma vez que ela é uma estratégia de marketing

geradora de emoções para que produtos sejam vendidos.

Qual o processo de elaboração de uma vitrine?

Aqui na agência denominamos etapas e essencialmente configuram:

- Coleta de brifng

- Reunião e conclusão de pauta de criação

- Pesquisa

- Desenvolvimento de projeto em 3D dentro do espaço arquitetônico do cliente.

- Orçamento de projeto

- Apresentação

- Adaptação, quando requerido

- Compra e manipução de materiais

- Montagem

Leia entrevista completa no Fashion Bubbles.

Conheça o Vitrine RG

Como Rogério Wolf é um curioso e aficionado pelo mundo das vitrines, seu blog é riquíssimo de informações

sobre esse tema, com muitas dicas , vitrines temáticas e referências. Ele posta imagens do que está acontecendo no

Visual Merchandising.

Longe de ser um crítico e de fazer análises profundas, Rogério pretende levar a um passeio pelas ruas e cidades por

onde passa, dando algumas dicas e escrevendo matérias sobre o assunto.

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Vitrine Pusco (Criação e desenvolvimento Agência Duo)

Vitrine do Dia das Mães – Loja Samira Jóias (Criação e desenvolvimento Agência Duo)

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Hino do Estado do Ceará

Poesia de Thomaz LopesMúsica de Alberto NepomucenoTerra do sol, do amor, terra da luz!Soa o clarim que tua glória conta!Terra, o teu nome a fama aos céus remontaEm clarão que seduz!Nome que brilha esplêndido luzeiroNos fulvos braços de ouro do cruzeiro!

Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!Chuvas de prata rolem das estrelas...E despertando, deslumbrada, ao vê-lasRessoa a voz dos ninhos...Há de florar nas rosas e nos cravosRubros o sangue ardente dos escravos.Seja teu verbo a voz do coração,Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!Ruja teu peito em luta contra a morte,Acordando a amplidão.Peito que deu alívio a quem sofriaE foi o sol iluminando o dia!

Tua jangada afoita enfune o pano!Vento feliz conduza a vela ousada!Que importa que no seu barco seja um nadaNa vastidão do oceano,Se à proa vão heróis e marinheirosE vão no peito corações guerreiros?

Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!Porque esse chão que embebe a água dos riosHá de florar em meses, nos estiosE bosques, pelas águas!Selvas e rios, serras e florestasBrotem no solo em rumorosas festas!Abra-se ao vento o teu pendão natalSobre as revoltas águas dos teus mares!E desfraldado diga aos céus e aos maresA vitória imortal!Que foi de sangue, em guerras leais e francas,E foi na paz da cor das hóstias brancas!

Hino Nacional

Ouviram do Ipiranga as margens plácidasDe um povo heróico o brado retumbante,E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com braço forte,Em teu seio, ó liberdade,Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívidoDe amor e de esperança à terra desce,Se em teu formoso céu, risonho e límpido,A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,És belo, és forte, impávido colosso,E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!

Deitado eternamente em berço esplêndido,Ao som do mar e à luz do céu profundo,Fulguras, ó Brasil, florão da América,Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra, mais garrida,Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;"Nossos bosques têm mais vida","Nossa vida" no teu seio "mais amores."

Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símboloO lábaro que ostentas estrelado,E diga o verde-louro dessa flâmula- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,Verás que um filho teu não foge à luta,Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada, Brasil!

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