escola estadual anunciaÇÃo ensino fundamental … · vezes não se tendo apropriado do processo...
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ESCOLA ESTADUAL ANUNCIAÇÃO
ENSINO FUNDAMENTAL
SANTA IZABEL DO OESTE
NRE: FRANCISCO BELTRÃO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2008
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 03
CARACTERIZAÇÃO..................................................................................... 04
OBJETIVOS ................................................................................................ 06
MARCO SITUACIONAL........................................................................................ 07
MARCO CONCEITUAL................................................................................ 16
MARCO OPERACIONAL.............................................................................. 23
REFERÊNCIAS............................................................................................. 31
ANEXOS....................................................................................................... 32
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APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Anunciação – Ensino
Fundamental aqui sistematizado traduz o compromisso coletivo da comunidade escolar
sendo elaborada por um grupo de profissionais deste estabelecimento de ensino, tendo
como base, reuniões com pais, alunos, professores e funcionários, questionários e grupos
de estudos, além de documentos oficiais e da LDB 9394/96 em seus princípios legais,
filosóficos, éticos e pedagógicos.
Este documento reúne a caracterização deste espaço escolar em sua estrutura
física, organizacional e pedagógica, onde foram retratadas as necessidades e as
expectativas da comunidade escolar analisadas sob o referencial teórico da pedagogia
histórico-crítica que postula a educação como um instrumento para a inclusão social
promovendo desta forma, a superação da marginalidade, através de acesso à cultura
universal.
Assim sendo, o Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Anunciação
apontará aos profissionais da educação e aos educandos o caminho a percorrer no
sentido de estabelecer relações no espaço em que vive, onde o conhecimento empírico
se apresente como base para o acesso ao conhecimento historicamente elaborado,
fundamentando assim, a forma de vida do sujeito na sociedade e, conseqüentemente, sua
contribuição para a melhoria da qualidade de vida, bem como visando a universalização
do ensino e, através do resgate da função social dos conteúdos, e do respeito à
diversidade contemplar as especificidades desta comunidade do campo.
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CARACTERIZAÇÃO
A Escola Estadual Anunciação – Ensino Fundamental código 00202 está
localizada na Linha Anunciação, no Distrito de Anunciação na Zona Rural do município de
Santa Izabel do Oeste – Pr, código 2400, telefone (46) 3542-1352 distante
aproximadamente 10 km da cidade.
Pertence ao Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão, código 12, de
dependência administrativa estadual e mantida pelo Governo do Estado do Paraná. Foi
criada pela Resolução Nº 216/84, de 07 de fevereiro de 1984 e reconhecida pela
Resolução Nº 2.164/88 de 19 de agosto de 1988, devido a necessidade de oportunizar
aos filhos de agricultores e pecuaristas condições para que continuassem seus estudos,
sem se deslocar para a cidade. Têm seu ato de renovação do reconhecimento do curso
através da Resolução Nº 1.084/03 de 23/05/03 e seu parecer de aprovação do regimento
escolar sob o número 404/20001 de 17/12/2001. A escola encontra-se aproximadamente
a 80 Km do Núcleo Regional de Educação.
O espaço físico escolar é composto por 05 salas de aula, 01 biblioteca, 01
secretaria, 01 banheiro para professores, 02 banheiros para alunos, sendo 01 masculino e
01 feminino, 01 sala com gabinete dentário, 01 cozinha, depósito de merenda e depósito
de materiais de limpeza, 01 quadra de esporte onde se realizam as aulas de Educação
Física e atividades recreativas; a horta escolar que é cuidada pelos alunos orientados
pelos professores. No período da tarde o espaço escolar é utilizado pela Escola Rural
Municipal Santa Terezinha – Pré Escolar a 4ª série, mantida pela Prefeitura Municipal.
A biblioteca escolar oferece em seu acervo bibliográfico livros didáticos para
alunos e professores, livros de apoio pedagógico para o planejamento de conteúdos e
para a formação pessoal do professor, coleções de literatura para os professores e
literatura infanto-juvenil, além de Atlas, dicionários de Língua Inglesa e Língua
Portuguesa. Possui também fitas que abrangem conteúdos disciplinares, atualidades,
formação pessoal e filmes educativos.
A escola mantém a assinatura do jornal Gazeta do Povo, das revistas Mundo
Jovem e Globo Rural apresentando grande diversidade de leituras atualizadas para os
alunos e profissionais da escola.
No que se refere a equipamentos tecnológicos, a escola possui de 04 televisores,
03 vídeos cassete, 01retroprojetor, 02aparelhos de som, não possui computador, pois
foram roubados, 01 antena parabólica e 01 receptor e 01 mimeógrafo.
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Esta Escola oferta ensino fundamental de 5ª à 8ª série no período matutino e
atualmente (2006) possui 04 turmas de alunos regularmente matriculados na 5ª, 6ª, 7ª e
8ª séries totalizando aproximadamente 90 alunos na faixa etária de 10 a 17 anos.
Devido à sua localização, a Escola Estadual Anunciação recebe alunos
provenientes das comunidades de Linha Anunciação, Linha São Paulo, Linha São
Marcos, Linha Volta Alegre, Linha Laranja Azeda, Linha Pesseti, Linha Assunção, Linha
Araújo, Linha Parpinelli, Linha Rio da Prata, as quais se distanciam até 15 Km deste
núcleo educacional, que é atendido pelo transporte escolar que está sob a
responsabilidade da Prefeitura Municipal.
Hierarquicamente organizada, a escola possui uma direção representada por um
professor escolhido por processo de eleição democrática para o período de dois anos de
exercício no cargo, no momento não temos professor pedagogo; o corpo docente é
composto por 08 professores especialistas, efetivos em sua maioria; 01 secretário efetivo
que possui Ensino Superior fora de sua área de atuação, 03 trabalhadores de serviços
gerais, com formação a nível de Ensino Médio, Ensino Fundamental completo,
contratados pelo PRED ( Paraná Educação ), PSS ( Processo Seletivo Simplificado), e
CLAD.O grupo desempenha com propriedade as atividades que o cargo lhes impõe.
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OBJETIVOS
Retratar a Escola Estadual Anunciação em suas características físicas,
estruturais, e pedagógicas e assim através da construção coletiva, delinear o caminho a
percorrer, salientando prioridade a serem enfocada para que esta instituição escolar atinja
seu propósito de formação básica do cidadão, como já estabelece a LDB (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional).
O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito
na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político,
da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em
vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e
valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Resgatar o conceito de escola como instituição educativa a serviço da formação
humana, pensada a partir de suas especificidades e articulada aos saberes e a cultura
universal.
Ressignificar a relação campo/cidade na construção do currículo escolar, para
que a interdependência e a importância destes espaços sejam ressaltadas em níveis de
paritariedade.
Propiciar condições igualitárias de acesso e permanência do aluno na escola
contribuindo com sua formação humana.
Organizar espaços coletivos de reflexão e análise contínua da prática pedagógica
social e escolar, com a participação democrática e contínua de todos os profissionais da
educação.
Priorizar boas relações de trabalho através de práticas coletivas que fortalecem o
grupo para enfrentar conflitos e contradições.
Fortalecer a relação escola/família e escola/comunidade proporcionando ao
educando a compreensão de seu papel de agente atuante no espaço em que vive.
Implantar o Programa “Agenda 21” na escola.
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MARCO SITUACIONAL
No contexto socioeconômico contemporâneo, romperam-se as fronteiras físicas e
a globalização está presente na realidade e no pensamento. O bombardeio multimídia
atinge mundialmente as pessoas, transformando seus hábitos, incutindo valores e
massificando a individualidade de todos.
Vivemos em uma sociedade capitalista, estratificado, com inúmeras
desigualdades sociais onde se privilegia o capital e se delega a formação ética e humana
a um plano de menor valor, espaço este, onde o poder público enfraquecido se retrai e, a
cada dia minimiza suas responsabilidades, transferindo-as para a iniciativa privada, não
assegurando ao cidadão os direitos mínimos que lhe são garantidos por lei.
Inserida neste contexto está a escola competindo desigualmente com os meios de
comunicação; lutando pela valorização dos direitos humanos, do trabalho coletivo, da
ética pessoal e profissional, enquanto a sociedade na grande maioria de suas
representações assume uma postura que cultiva a individualidade e a competição, cada
um tem como supremo objetivo seus interesses individuais.
A escola recebe os filhos desta sociedade que esta inserida na área rural, os pais
se dedicam quase exclusivamente a atividade agrícola, leiteira e avicultura, sendo que
apenas uma minoria das famílias revezam-se no ramo da suíno cultura, gado de corte,
horticultura, fruticultura e agroindústria, abrangendo também profissionais da educação
( professores) e assalariados. As propriedades em sua maioria são próprias, algumas
famílias são arrendatários ou ainda trabalham em sistema de parceria com avicultores
locais. Aproximadamente 50% dos pais de alunos possuem até 05 alqueires de
propriedade , 20% de 05 a 10 alqueires, 16% possuem mais de 10 alqueires e 14% não
possuem propriedade. Apenas uma família cadastrada não possui energia elétrica em
casa. A água provém de fonte natural ou poço; Os esgotos são canalizados para fossas
comuns; o lixo e enterrado, queimado ou entregue a coleta publica de acordo com
cronograma de recebimento divulgado nas comunidades. No referente a saúde 70% das
famílias declaram em sua grande maioria, que em caso de doença recorrem
primeiramente aos remédios caseiros , apenas 20% procuram o médico como primeira
alternativa; 45% declaram que em segunda opção procuram a farmácia e 20% procuram
o médico como segunda opção,em relação a doenças, 28% das famílias possuem casos
de hipertensão. Perguntando sobre benefícios envolvendo aposentadoria, beneficio por
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portador de deficiência, bolsa família , vale gás e programa do leite. Verificou-se que 87%
das famílias tem acesso a algum dos benefícios citados .
Em relação a religiosidade 96% das famílias se declaram pertencentes a Religião
Católica e 4% a Religião Evangélica. O nível de escolaridade das famílias mostrou-se
variado sendo que 17% dos pais e 14% das mães são analfabetas, 28% no nível
Fundamental e 47% das famílias possuem entre seus membros escolaridade a nível de
Ensino Médio e 8% para o nível Superior.
A instituição escolar se constrói em sua relação com a sociedade e reflete as
necessidades sócio-culturais de cada momento histórico. Desta forma observa-se a
existência de alunos que freqüentam a escola apenas para assegurar a permanência da
família nos programas assistenciais legitimados através da assiduidade escolar.
Neste contexto, envolta em conflitos e contradições, a instituição escolar almeja
resgatar sua especificidade como responsável pela apropriação do saber sistematizado
por parte das novas gerações. Ou ainda, contradições e conflitos sociais que se
manifestam em situações que se revelam através de problemas comportamentais, da
agressividade, do desrespeito, desinteresse com o estudo exigindo o resgate de valores
educacionais como o respeito mútuo, boas maneiras e cooperação, assim contribuindo
para a formação da auto-estima individual e coletiva de uma parcela significativa de
nossos alunos.
E, como conseqüência deste quadro em que, enquanto escola, estamos
inseridos, muitos de nossos alunos apresentam séria dificuldade de aprendizagem, muitas
vezes não se tendo apropriado do processo de leitura e escrita ou dos rudimentos do
sistema de numeração e dos cálculos que os habilite a formular um pensamento mais
elaborado ou desenvolver um raciocínio coerente com as informações que recebe.
No contraponto também trabalhamos com profissionais que frente ao quadro
atual, muitas vezes se encontram desesperançosos, desacreditando que a escola consiga
recuperar sua função essencialmente educativa, ou seja, um espaço estruturado em
função da socialização dos conhecimentos produzidos pela humanidade, ao longo das
gerações e não mais um instrumento de efetivação de programas assistenciais.
Os pais se dividem no pensamento sobre a escola, pois alguns almejam que a
escola dê educação aos filhos, tornando-os bem comportados socialmente; outros
desejam que a escola trabalhe conteúdos que ajudem seus filhos a se defender na vida; e
ainda há aqueles que querem que a escola prepare seus filhos para o vestibular, para os
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concursos, ou seja, que a escola oportunize aos filhos condições que eles não tiveram
para si em suas vidas.
Esta realidade constata-se através da fala dos profissionais da rede estadual de
ensino e caracteriza os anseios deste grupo em constatação à realidade que se faz
presente na grande maioria das instituições escolares, quando argumentam:
Para atingirmos a meta escola para todos torna-se necessário que a escola seja vista como elemento básico da vida social e da cultura... Com a participação coletiva de todos os segmentos escolares... Com a linguagem condizente com o Projeto Político Pedagógico... Valorizando a diversidade em suas diferentes manifestações... Promovendo a cidadania, retomando o valor da família, resgatando valores sociais e culturais... Privilegiando a socialização do conhecimento elaborado. Na realidade escolar percebemos avanços que se verificam através do processo de inclusão... No maior grau de criticidade dos alunos... Professores mais abertos, em contínuo aperfeiçoamento. (Relatório da Capacitação Continuada ‘Diretrizes Curriculares para o ensino fundamental realizada de 21/23 de julho de 2005).
A escola ao longo dos anos tornou-se uma entidade assistencialista... Formadora de significativo número de alunos com aprendizagem deficitária... Sucateada em sua estrutura física. Os alunos revelam no dia a dia escolar características heterogêneas fruto de diferenças sociais, culturais e econômicas...movidos pelo interesse em aprender, pelo interesse de se afastar de casa, pelo interesse em receber “bolsas”... Os professores se encontram angustiados, muitas vezes impotentes frente às freqüentes situações de indisciplina ou apatia reveladas no dia a dia por muitos alunos...Sobrecarregados em sua jornada de trabalho, conjugando família e escola em busca de melhorias em sua qualidade de vida pessoal e profissional... Os funcionários não se sentem reconhecidos pelos alunos em sua função educativa. (Relatório da capacitação continuada ‘ A construção da Proposta Político pedagógica).
Os profissionais da escola manifestam-se a respeito do processo inclusivo, pois
embora esta escola não tenha nenhum aluno com deficiência, os professores já
trabalharam ou trabalham com estes alunos em outros estabelecimentos de ensino .
As escolas estão recebendo os alunos portadores de deficiência, porém , estão proporcionando basicamente a inclusão social deste alunos, deixando muito a desejar no aspecto acadêmico . entendemos que o processo de inclusão ocorreu de forma contraditória, pois primeiramente foi levado o aluno para a sala de aula, quando deveria-se ter pensado na capacitação dos profissionais, preparando-os para o processo de inclusão; na estruturação dos espaços físicos, alem da organização da estrutura técnico pedagógica para dar sustentação ao processo inclusivo. (Estudos sobre Educação Especial julho de 2005).
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Após as reflexões o grupo sugere que para enfrentar o desafio da inclusão
educacional com a seriedade que os alunos merecem e necessário.
Capacitação continuada para os profissionais da educação ( professores e funcionários).Profissionais de apoio para a sustentação do processo inclusivo.Preparação previa do coletivo da escola para o recebimento dos alunos portadores de deficiência ( alunos, professores e funcionários). Adaptação dos espaços físicos.Avaliação diferenciada garantindo maior tempo para a efetivação do aprendizado.Estrutura técnico pedagógica (braile, libras...)Grupos de estudos sobre os aspectos legais referentes aos portadores de deficiências.
A escola possui turmas únicas de cada série sem possibilidade de
remanejamento. Não temos alunos com deficiências, porém a escola está aberta a
recebê-los, de acordo com a legislação vigente, considerando que as instalações físicas e
os recursos humanos sejam adequados.
A estrutura física da escola necessita de melhorias, os banheiros são
insuficientes, pois, há apenas um conjunto de sanitários feminino e
um masculino para os alunos e estão localizados próximos à cozinha; a quadra de
esporte necessita de reparos e iluminação, reforma nos mura e estruturação de
ambientes pedagógicos. A biblioteca requer funcionário específico para o atendimento de
alunos e professores, bem como a construção de uma cobertura (saguão) para a proteção
dos alunos nos dias chuvosos. Também é necessário cercar o terreno da escola para que
a mesma esteja protegida durante o período não letivo.
Para o melhor exercício das várias funções é necessário estruturar espaços para
direção, secretaria e equipe pedagógica de forma que cada profissional possa atender a
especificidade de sua função.
Considerando o avanço tecnológico faz-se necessário a ampliação de recursos
tecnológicos, pois a escola possui somente um computador emprestado pelo município
para a demanda administrativa, sendo que professores, alunos e equipe pedagógica não
tem acesso a este recurso. Verifica-se que as escolas da área rural deveriam se melhor
estruturadas com recursos como telefone, computadores e Internet, para que as
condições de trabalho se igualassem às escolas da cidade tendo acesso às informações
de forma mais rápida.
A forma de organização curricular adotada é por disciplina onde os conteúdos são
desenvolvidos através da organização de atividades e desenvolvimento de projetos
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coerentes com as problemáticas da atualidade e necessidades detectadas pelo coletivo
da escola.
Na avaliação escolar, verifica-se que o professor atribui valores à aprendizagem
dos alunos, valores que são transformados em médias bimestrais de cada disciplina,
sendo que esta média é resultante da média aritmética dos bimestres e não deverá ser
inferior a 60 para que o aluno seja aprovado. A média reflete o desempenho do aluno nas
diversas situações de aprendizagem proporcionadas pelo professor ao longo do ano
letivo, selecionadas de acordo com o conteúdo trabalhado e os objetivos definidos. Em
alguns momentos constatam-se as avaliações autoritárias, entendidas como instrumento
que premia ou castiga o aluno pela sua forma de agir no dia a dia escolar.
Algumas vezes a avaliação torna-se conflituosa, à medida que um mesmo aluno possui
“notas” extremamente opostas em disciplinas afins; nestes casos a avaliação não está
retratando o desenvolvimento acadêmico real do aluno, pois a média 60 deverá refletir a
aprendizagem dos conteúdos mínimos necessários para a aprovação do aluno para a
série subseqüente.
A escola não oferta progressão parcial, porém caso receba aluno advindo de
escola com esta opção, a equipe diretiva e pedagógica organizar-se-a para que esta
demanda seja cumprida através de trabalho extra classe, visto que o funcionamento da
escola é em turno único.
A aprovação do aluno é efetivada quando o mesmo demonstrar possuir o mínimo
de conhecimento que o torne apto à série seguinte, considerando também suas
individualidades história de vida e meio cultural no qual está inserido, além de avaliações
psicológicas e/ou psicopedagógicas quando for o caso.
A prova do SAEB constitui instrumento de avaliação para os alunos e para a
instituição, assim como a participação nas olimpíadas de Matemática e similares.
Muitos são os casos de alunos que ficam com o rendimento escolar abaixo da
média. Para a superação deste déficit de aprendizagem do aluno, a legislação corrente
propõe a realização de recuperação paralela de conteúdos, a qual não está cumprindo
com o propósito para que foi criada, pois, ao invés de recuperar conteúdo está
recuperando primordialmente, a nota. Os professores não estão conseguindo recuperar
em sala de aula todas as dificuldades individuais dos alunos o que se reflete na
porcentagem de 6% de alunos repetentes no ano de 2005. O trabalho pedagógico
muitas vezes restringe-se à retomada de conteúdos em sala de aula , estudos individuais
em casa e realização de nova prova ou trabalhos avaliativos. Observam-se também casos
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de alunos relapsos que não demonstram interesse de participar da recuperação e se
recusam a realizar trabalhos avaliativos.
O conselho de classe em sua efetivação prática tem se restringido de forma a
contemplar os problemas da turma com comentários destacando os alunos que estão
com problemas de notas e disciplinares. Não ocorre análise em relação aos conteúdos,
metodologias ou formas avaliativas adotadas e não se definem ações a serem adotadas
pelo grupo de docentes com a finalidade de ultrapassar as dificuldades expostas. Após o
conselho, o diretor repassa para cada turma os aspectos comentados bem como o
relatório avaliativo individual do bimestre.
O Conselho de Classe que deveria ser um momento dedicado a reflexões afim de
redimensionar a prática pedagógica e tomadas de decisão torna-se um momento de
desabafo dos professores em relação ao déficit de aprendizagem e problemas
disciplinares dos alunos.
No referente ao planejamento pedagógico, observa-se que no decorrer da
semana pedagógica os professores participam da capacitação continuada que muitas
vezes, em virtude da programação elaborada, se estende para o período destinado ao
planejamento. Isso acarreta em priorizar-se a discussão dos conteúdos, delegando a
discussão de metodologias mais adequadas às realidades diversas das turmas e formas
avaliativas adequadas para um segundo plano o que as tornam, muitas vezes,
superficiais. Observa-se ainda que alguns profissionais não demonstram a seriedade
necessária, deixando a desejar no aspecto participativo, ou ainda, pelo fato dos
professores trabalharem em diversas escolas e alguns com disciplinas diferentes dificulta
o encontro do todos os profissionais para o planejamento. Embora temos que considerar
que os profissionais em sua hora atividade podem complementar o trabalho realizado.
Conquista recente e de grande valor para os docentes. A hora atividade é a
ocasião em que o professor tem a oportunidade de aprimorar suas atividades com tempo
para pesquisar, informar-se, refletir sobre novas metodologias e formas avaliativas, tudo
isso em seu horário de trabalho, aliviando suas responsabilidades extra classe. Uma
dificuldade para as escolas pequenas é o fechamento do horário, onde os professores
precisam realizar suas horas atividades de forma a fechar seus horários de trabalho nas
várias escolas em que atuam, o que impossibilita a realização da hora atividade para
todos nos dias pré-estabelecidos, tornando esse momento coletivo da disciplina em
produção individual.
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Além de utilizar suas horas atividades para planejamento das atividades
relacionadas à sala de aula, o professor utiliza este momento para ler, informar-se e
refletir sobre sua ação pedagógica.
O grupo docente faz uso de metodologias variadas procurando adaptá-las ao
perfil de cada turma conforme as necessidades detectadas. É comum o uso da
problematização dos conteúdos, estimulando o aluno a participar, questionar e interferir
na prática pedagógica. Privilegia-se ainda o trabalho coletivo em suas muitas
possibilidades visando a cooperação e à solidariedade.
Os professores utilizam-se de recursos variados improvisando quando
necessário, sempre que possível levam os alunos à pesquisa de campo procurando,
desta forma dar praticidade aos conteúdos, ressaltando sua função social e auxiliando na
compreensão e resolução de situações da vida real.
A formação continuada é oportunizada aos profissionais que manifestaram
interesse em participar de seminários, cursos e simpósios, organizados pela SEED ou
outros eventos educativos apoiados pela direção escolar, sem prejuízo para os alunos.
A participação familiar deixa a desejar, devido a esta escola ser um Núcleo
Educacional, onde se reúnem alunos de várias comunidades, os pais somente vêm para a
escola sob convocação e para entrega de boletins. A participação dos pais na escola se
limita a um número reduzido. Em casos particulares, chama-se os pais para conversar
individualmente.
A gestão escolar realiza-se com a participação dos Órgãos Colegiados,
professores e funcionários, que participam das decisões procurando atender as
necessidades da escola, em seus aspectos administrativos, humanos e pedagógicos;
zelando pelo patrimônio da escola e ampliando-o na medida do possível, além de
promover o resgate do aluno para que ele permaneça na escola.
O Conselho escolar participa da escola apenas quando é convocado para tomar
decisões a respeito de alunos. A APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)
participa da vida escolar, basicamente com funções burocrática frente aos convênios
estaduais e para contribuir na organização de promoções com finalidade de arrecadar
fundos para ajudar na manutenção da escola. No momento a escola não possui Grêmio
Estudantil.
No aspecto acadêmico os alunos têm participado em atividades extra curriculares
como o Fera, Com Ciência, Olimpíadas de Matemática, Jogos Escolares, Feiras Municipal
e Escolar e projetos organizados pela escola demonstrando senso de responsabilidade e
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coerência em suas ações, representando condignamente a escola nestes eventos. Nos
projetos pedagógicos desenvolvidos na escola, cita-se:
* Sexualidade
* Drogas
* Paz
* Agenda 21
* Ortografia e Leitura
* Intercâmbio Cultural e Esportivo,
* Horta na Escola
* Independência
Os professores desenvolvem suas aulas adaptando metodologias às
características das turmas, geralmente iniciam as aulas com problematizações através
das quais o aluno traz para a sala de aula o conhecimento ( senso comum) que possui
sobre o assunto em pauta. A partir daí o professor conduz a aula em busca do
conhecimento elaborado .
Os recursos utilizados são variados, intercalando o uso do livro didático, com tv,
vídeos, dvds, jornais, revistas, visitas entre outros.
A organização do trabalho pedagógico envolve o tempo escolar o qual está
determinado no calendário escolar que prevê o início e término do ano letivo, férias,
recessos, feriados, capacitação e planejamento, totalizando 200 dias letivos. O horário
escolar fixa o número de aulas semanais de cada disciplina por série, de acordo com a
grade curricular. A escola procura organizar o horário escolar de forma a contemplar aulas
geminadas. Faz-se necessário garantir no calendário tempo para estudo e avaliação do
projeto político pedagógico.
No referente ao número de aulas obrigatório na grade curricular para cada
disciplina é de competência do professor que está com o número de aulas dadas inferior
ao número estabelecido, organizar-se junto aos outros professores que tiverem aulas em
excesso e proceder a troca de horários ou por ocasião de participação em cursos ou
afastamento por atestado médicos substituir o professor ausente regularizando assim o
número de aulas de sua disciplina.
A reposição de conteúdos atrasados em virtude de atestados médicos ou devido
a dias chuvosos( para alunos cujo transporte escolar não tem acesso nos dias chuvosos)
poderá ser feita mediante trabalhos complementares, desenvolvidos em horário extra
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escolar salientando que os mesmos deverão ser retomados em sala de aula com a
mediação do professor.
De acordo com os dados estáticos do período letivo de 2005 o índice de evasão
foi de 02%, sendo de um total de 103 alunos que iniciaram o ano letivo, concluíram 101
alunos. Observa-se que a evasão ocorreu na 7ª série e na 8ª série com alunos na faixa
etária entre 12 e 13 anos.
O motivo de evasão escolar é na grande maioria das vezes porque os filhos
ajudam aos pais nas atividades do campo, como produção de aves ou ainda na
agricultura e na suinocultura .
A escola notifica a desistência do aluno aos órgãos competentes através do
FICA, após esgotados as possibilidades de diálogos e verificando- se o não retorno do
aluno à escola.
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MARCO CONCEITUAL
Em face da realidade social e escolar retratada e analisada busca-se a partir do
compromisso coletivo delinear a especificidade do projeto político pedagógico da
educação escolar na perspectiva histórico crítica, buscando interagir na formação de uma
sociedade vista como fonte do trabalho educativo, onde seus membros conheçam e
respeitam as normas de conduta legais e morais estabelecidas e que atuem de acordo
com os direitos individuais e coletivos pautados na igualdade solidariedade,
responsabilidade e justiça para todos. Espaço social este onde o homem é determinado
pelas condições físicas, mentais, morais e socioculturais que fazem parte da sua
existência e também é determinante deste meio onde “deve deixar suas marcas de sujeito
e não pegadas de objeto”. (FREIRE, 1997, pág. 119).
Considerando a educação como prática social produzida historicamente pela
humanidade no processo de produção e reprodução material da vida humana, onde sua
especificidade se encontra no conjunto da produção humana não material, ou seja, a
produção de idéias, de conceitos, de valores, de hábitos, de atitudes e de habilidades.
Neste contexto destaca-se a função social da escola como instituição educacional
responsável pela democratização do conhecimento e a valorização e o respeito pela sua
cultura. “A escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento
espontâneo; ao saber sistematizado e não ao saber fragmentado; a cultura erudita e não
à cultura popular” (SAVIANI, 1984).
Escola esta que postula a igualdade de acesso ao conhecimento elaborado para
todos e a democracia como possibilidade no ponto de partida e como realidade no ponto
de chegada. Conhecimento construído através das relações que os homens
estabelecem com a natureza e com os próprios homens através dos tempos e acumulado
pela humanidade. ”É a existência social dos homens que gera o conhecimento”
(GASPARIN, 2003).
Assim sendo, o conhecimento transmitido pela escola é o conhecimento erudito
que não desconsidera o senso comum, pois é o ponto de partida da prática pedagógica e
também de chegada, pois culmina com um conceito mais elaborado e com a prática
transformadora.
A aprendizagem por sua vez, depende de fatores internos e externos, entendida
como processo em que o sujeito em interação com o meio incorpora as informações
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oferecidas de acordo com suas necessidades e interesses, interagindo nos dados obtidos
para melhor progredir, compreender e estruturar-se como ser humano.
Todo processo ensino-aprendizagem está ligado à avaliação, cuja função social
está intimamente vinculada a um projeto de vida para os homens, pois, educa-se para a
sociedade que se deseja ver transformada.
A avaliação em si mesma, como operação técnica, não tem sentido, nem
significado, pois coexiste na relação com os demais elementos do processo educativo.
Quando usada como recurso norteador da pratica pedagógica, a avaliação
permite melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem; é a manifestação de quanto
o aluno se aproximou dos objetivos estabelecidos quanto a determinados conteúdos,
tendo em vista o processo ensino-aprendizagem e o redimensionamento de sua prática
pedagógica.
A avaliação tem enquanto função técnica a responsabilidade de prover
informações úteis aos homens. A partir daí a avaliação deve ser um projeto social onde a
humanização seja garantida através do resgate da função social dos conteúdos
trabalhados.
Um educador que se preocupe com que sua prática educacional esteja voltada para a transformação, não poderá agir inconsciente e irrefletidamente. Cada passo de sua ação deverá estar marcado por uma decisão clara e explícita do que está fazendo e para onde possivelmente está encaminhando os resultados de sua ação. A avaliação, neste contexto, não poderá ser uma ação mecânica. Ao contrário, terá de ser uma atividade racionalmente definida, dentro de um encaminhamento político e decisório a favor da competência de todos para a participação democrática da vida social. (LUCKESI, Avaliação da Aprendizagem Escolar, p.46).
É através do processo avaliativo que o aluno recebera ao final do período letivo
sua promoção ou retenção. Para tal os critérios avaliativos devem ser coerentes
adequado ao perfil dos alunos, considerando os aspectos multiculturais presente nas
salas de aula.
O aluno que demonstra a apropriação dos conteúdos mínimos necessários à
aprovação legitimado pela média nº6,0 terá sua progressão para a série seguinte.
E, aqueles alunos que não conseguirem deverão cursar novamente a série no
ano seguinte, após esgotados todos os recursos pedagógicos disponibilizados através de
aulas diferenciadas, metodologia adaptada ao nível da turma e recuperação de
conteúdos.
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O processo de recuperação de conteúdo ocorre de forma paralela ao período
letivo de acordo com BOAS, que cita:
“A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- lei nº 9394/96 que estabelece em seu art.12, inciso v, que os estabelecimentos de ensino terão a incumbência de prover meios para recuperação dos alunos de menor rendimento” e no art.24, inciso v, define “obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo para os casos de baixo rendimento escolar...(2001, p 188)
A aprendizagem dos conteúdos por parte dos alunos significou por muito tempo
pré-requisito para uma boa nota, hoje a escola deve direcionar seus olhos para outra
finalidade, a finalidade social dos conteúdos que devem estar integrados e aplicados
teórica e praticamente no cotidiano do educando.“Nessa perspectiva, o novo indicador da
aprendizagem escolar consistirá na demonstração do modelo teórico do conteúdo e no
seu uso pelo aluno, em função das necessidades sociais a que deve responder”
(GASPARIM, 2003, p. 2).
Isso exige do professor um trabalho contextualizado dos conteúdos que privilegie
a contradição, a dúvida, o questionamento, que se interrogue as certezas e as incertezas,
despindo o conteúdo de sua forma, neutra, pronta e imutável.
Para tanto, a metodologia de trabalho do professor na escola pública, deve partir
da realidade social das massas populares, passando a teorização dessa prática social,
levando o educando a questioná-la com base num suporte teórico que explicite e explique
essa realidade, em todas suas dimensões: conceituais, científicas, históricas,
econômicas, ideológicas, políticas e culturais, para que este aluno retorne à prática social
posicionando-se de maneira diferente, conseqüentemente sua prática também não será
mais a mesma. “Seu pensar e agir podem passar a ter uma perspectiva transformadora
da realidade”, (GASPARIM, 2003, p. 8) pois o aluno retornará mais crítico e pensador de
sua realidade social.
Neste contexto o currículo escolar expressa as atividades nucleares da escola,
sendo um importante elemento da organização escolar, que implica a interação entre os
sujeitos mediante a opção do referencial teórico histórico crítico.
O currículo escolar define então, o conjunto das atividades nucleares da escola,
separando o fundamental do acessório (curriculares e extracurriculares) ficando claro que
a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e sua forma de produção,
transmissão e assimilação, fazem parte da construção coletiva do conhecimento.
19
Desta forma, o currículo não é um instrumento neutro, pois expressa a ideologia
que está posta pela classe dominante.
Precisa-se entender também que as várias visões do mundo, normas e os valores
dominantes são passados aos alunos não apenas pelos conteúdos escolares, mas
também pelo próprio ambiente escolar, material didático, ou seja, por intermédio do livro
didático mais especificamente, na relação pedagógica e nas rotinas escolares
representadas através de seus rituais. Sendo através deste currículo oculto na rotina
diária que, muitas vezes são estimuladas as convenções sociais e mantidas as
desigualdades socioeconômicas e culturais existentes.
Os avanços da sociedade requerem do professor uma nova forma de estudar,
preparar os conteúdos elaborar e executar suas aulas, de forma a direcionar seus
objetivos para a função social dos conteúdos que devem estar integrados na relação
teoria e prática considerando o fato dos alunos serem advindos da área rural.
O progresso e a modernidade também fazem exigências à instituição escolar que
necessita adequação e melhorias na estrutura física aumento na demanda de recursos
humanos, além de atualização e reposição constante nos materiais de apoio pedagógico.
Desta forma a escola pretende mostrar-se atraente aos alunos despertando a paixão de
aprender e a paixão de ensinar. Para tal a parceria com os órgãos competentes é
fundamental .
Esta realidade exige do professor a contextualização dos conteúdos, fazendo com
que aguce no aluno o desejo de saber, privilegiando a contradição, a dúvida, o
questionamento, dando novas dimensões aos conteúdos escolares, que
instrumentalizarão o aluno para tornar-se mais crítico e pensador de sua prática.
Toda a organização escolar necessita ser mediada pelo diálogo para garantir a
elaboração de objetivos comuns; explicitar as diferenças entre as posturas, clarear
conflitos e articular ações para que a diferença e a divergência se verifiquem como
riqueza no momento de reflexão coletiva. É necessário que todos sejam chamados a
pensar, avaliar e agir coletivamente diante das necessidades apontadas pelas relações
educativas, percorrendo um caminho que se estrutura com base no diagnostico das
dificuldades e necessidades, bem como do conhecimento das possibilidades do contexto,
construindo assim a identidade da escola no âmbito da gestão democrática, em suas
relações horizontais, respeitada a hierarquia estabelecida e as atribuições específicas dos
profissionais amparadas pelo regimento escolar.
20
A hora atividade é o tempo reservado ao professor em exercício de sala de aula
para estudos, avaliação e planejamento; tempo este é equivalente a 20% sobre o total de
horas- aulas assumida pelo professor.
O período de tempo de dedicado à hora atividade permite aos professores o
encontro com profissionais da área para discussão, troca de experiência e planejamento
de ações para enfrentamento de problemática apresentada na instituição. Favorece,
ainda, o atendimento aos pais e à comunidade escolar, bem como os alunos.
A gestão democrática não pode ignorar a função primeira da existência da escola
assumindo o enfrentamento das questões de exclusão, reprovação e da não permanência
do aluno na sala de aula, pois a razão da escola é a garantia do ingresso e permanência
do aluno assim como lhe oferecer educação de qualidade para que tenha melhores
condições de compreender e interagir na sociedade.
Sabe-se que, de acordo com a lei a escola fundamental é obrigatória e gratuita ,
para todos, independente de idade. O direito é legal porém não traduz-se em direito de
fator pois o problema da evasão escolar está presente e intimamente ligado ao problema
do fracasso escolar. Ambos problemas constituem evidências de que a escola que se
define aberta à todos e obrigatória não consegue manter uma parcela de seus alunos na
escola, revelando-se extremamente seletiva.
O funcionamento da escola e a qualidade de seus recursos materiais e humanos
estão relacionados com as condições sócio- econômicas de contexto em que a escola
está inserida.
Estudos apontam que, além do nível econômico das famílias a expectativa do
professor em relação ao aluno pobre e as deficiências do sistema escolar brasileiro com
uma jornada escolar diária reduzida falta de recurso materiais e humanos entre a vida
escolar e a vida familiar do aluno são determinantes da evasão e da repetência .
Consequência das elevadas taxas de repetência e do ingresso tardio na escola, a
distorção idade- série é apontada por pesquisas nacionais e internacionais como um dos
principais problemas da educação brasileira. As avaliações mostram que o estudante em
atraso escolar ( idade- série) tem desempenho inferior aos alunos em que série própria à
idade.( Brasil,2002 , p. 84)
De acordo com os princípios que norteiam a gestão escolar democrática, a escola
organiza-se de forma a garantir a igualdade de condições de acesso e permanência do
aluno na escola de forma que a desigualdade se verifique no ponto de partida, mas que
se converta em igualdade no ponto de chegada, ou seja, que todos tenham acesso ao
21
conhecimento historicamente elaborado. Para tal não basta ampliação de vagas requer
ampliação da oferta juntamente com a manutenção da qualidade, que não pode ser
privilégios de minorias, mas direito de todos, pois a permanência do aluno na escola
também implica em metas e/ou ações para se evitar todas as maneiras a repetência e a
evasão escolar que devem ser observadas ao longo do período letivo.
A formação continuada dos profissionais da educação reflete diretamente no
processo ensino-aprendizagem e na valorização do magistério, ressaltando que a
qualidade do ensino ministrado nas escolas relaciona-se além do trabalho em sala de
aula, à formação pessoal e profissional, às condições de trabalho, remuneração digna e
outros.
A formação continuada possibilita a progressão funcional, baseada na titulação,
na qualificação e na competência de seus profissionais e principalmente articula o
desenvolvimento profissional com os projetos das escolas, ultrapassando os programas
curriculares, visualizando a escola e sua relação com a sociedade. Esta modalidade de
formação é direito de todos os profissionais da educação na especificidade de sua função.
A comunidade escolar deve participar de todas as instâncias colegiadas da escola
pois nem todos os elementos da comunidade escolar podem participar de todas as
decisões. Por isso é importante e necessário buscar formas representativas que permitam
participar das tomadas de decisões.
Os órgãos colegiados como o Conselho de Classe, o Conselho Escolar, APMF e
Grêmio Estudantil são de grande importância na efetivação da gestão escolar
democrática.
O Conselho de Classe em sua essência é um órgão colegiado de natureza
consultiva e deliberatória em questões didático-pedagógicas, tendo como função a
avaliação do processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e professor-
turma, evidenciando os resultados da aprendizagem em relação com o desempenho da
turma, com a organização dos conteúdos e com o encaminhamento metodológico, bem
como assegurar a comparação com parâmetros de conteúdos necessários evitando que
ocorra comparação entre alunos.
O Conselho de Classe em suas atribuições deve propor medidas que viabilizem
melhor aproveitamento escolar, estabelecer planos de recuperação em consonância com
o plano curricular, decidir sobre uso de novas metodologias, técnicas e estratégias de
trabalho e decidir sobre a promoção ou retenção de alunos que após o resultado final não
22
tenham atingido a média 6,0 (seis vírgula zero), que é o mínimo estabelecido por este
estabelecimento de ensino.
O Grêmio Estudantil contribui na gestão democrática através do envolvimento dos
alunos em questionamentos e atividades que possam contribuir para o crescimento
contínuo da comunidade escolar, exercitando a formação política e o surgimento de
lideranças.
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberatória e
fiscal com a finalidade de promover a articulação entre os segmentos da comunidade
escolar e os setores da escola a fim de garantir a efetivação do Projeto Político
Pedagógico em suas dimensões políticas pedagógicas e administrativas.
A APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão de
representação que não tem caráter político partidário, religioso, racial, sem fins lucrativos
que tem como função discutir e enviar sugestões de acordo com a Proposta Político
Pedagógica para ações de assistência ao educando, aprimoramento do ensino,
integração família/escola/comunidade, para o Conselho Escolar e Equipe Pedagógica-
administrativa, além de prestar assistência ao educando, professores e funcionários
assegurando-lhes melhores condição de eficiência escolar e promover integração entre os
segmentos e colaborar com a manutenção do prédio escolar administrando
conjuntamente com o Conselho Escolar os recursos financeiros, com adequado registro
em ata.
A escola disponibiliza o livre acesso dos pais durante todo o período letivo, sendo
atendidos pela direção escolar e professores, mantendo relação de parceria e amizade.
Há reuniões com pais, no início do ano letivo para falar sobre o funcionamento da
escola, e bimestralmente sobre o rendimento escolar dos alunos. Como a escola é
centralizada, muitos pais possuem dificuldades em comparecer em dias específicos
devido a distância da casa até a escola.
A escola valoriza a diversidade presente nas salas de aulas e, embora não
possua alunos com deficiências, considera que várias são as particularidades trabalhadas
a partir do processo inclusivo, aplicando o respeito às diferenças, no que se refere aos
alunos com defasagem de aprendizagem, diferentes etnias, sujeitos do campo, entre
outros. Promovendo assim, adaptações curriculares de forma que o resgate de suas
identidades seja promovido na escola.
23
MARCO OPERACIONAL
Considerando a caracterização do estabelecimento de ensino em seus aspectos
administrativos, pedagógicos, físicos e humanos em face ao referencial teórico que
embasa a teoria histórico-crítica, a Escola Estadual Anunciação com seus problemas e
necessidades, angústias e sonhos, define linhas de ações comprometidas com a
realidade educacional e social na qual está inserida. Linhas de ações que em seu
conjunto convergem para a resolução e/ ou atenuação dos problemas detectados ao
longo da construção coletiva do Projeto Político Pedagógico, desta escola e que objetivam
a socialização do conhecimento historicamente elaborado ao longo das gerações. Desta
forma instrumentalizando nossos alunos para o exercício da cidadania.
O processo inclusivo respeita as potencialidades e limitações quaisquer forem as
necessidades especiais apresentadas pelo aluno. Para efetivação da gestão democrática,
abrir-se-ão espaços bimestrais destinados a reflexão coletiva para analisar, avaliar,
retomar ou sugerir ações em melhoria do bom andamento da escola; as quais reverter-se-
ão na realimentação do Projeto Político Pedagógico, onde através de estudos teóricos,
selecionados a partir das prioridades detectadas no dia a dia escolar os profissionais
retornem a sala de aula instrumentalizados com novos saberes.
O resgate da função primeira da escola como instituição responsável pela
democratização do conhecimento, promovendo a aprendizagem dos alunos, através de
metodologias e recursos adequados ao atendimento dos alunos, considerando sua
história de vida, sua potencialidades e limitações.
A organização do horário escolar, pela direção do estabelecimento, buscará
garantir ao maior número de docentes de cada área a realização de sua hora atividade
nos dias pré-definidos pelo Núcleo Regional de Educação, lembrando que a hora
atividade deve ser exercida em função do aluno, do professor e do estabelecimento de
ensino, contando com o apoio da equipe pedagógica, devendo ser realizada no espaço
escolar. Desta forma facilitará o encontro destes profissionais, sem prejuízo do aluno ou
da escola;
Far-se-a necessário a viabilização das condições necessárias (transporte apoio
técnico pedagógico, informações, horários alternativos) para que os alunos e professores
participem de atividades extra-escolares como: Fera, Com Ciência, Olimpíadas de
Matemática, Conferência, Jogos Escolares e outros. Reforçando o pressuposto que as
24
atividades extracurriculares tem a função de enriquecer o currículo, jamais substituí-lo ou
prejudicá-lo.
A direção escolar, mediante analise da estrutura física da escola, elaborará
projetos aos órgãos competentes, reinvidicando melhorias na estrutura física e ampliação
de recursos humanos necessários para a melhoria da qualidade de ensino. Como:
• Ampliação de funcionário para atendimento da biblioteca;
• Estruturação de ambientes pedagógicos;
• Construção de novos banheiros;
• Cobertura do saguão, para os dias chuvosos;
• Reparos, iluminação e cobertura da quadra de esportes;
• Cercar a escola para melhor segurança nos finais de semana e
período de férias.
A direção escolar providenciará materiais de apoio pedagógico, de acordo com as
possibilidades da escola e sugestões do grupo docente, para, desta forma melhorar a
qualidade do ensino. Organizará palestras, grupos de estudos, proporcionando um
ambiente de cooperação, favorecendo trocas de experiências, buscando um espaço de
crescimento integral.
A avaliação do aproveitamento escolar deverá ocorrer em diferentes situações de
aprendizagem, com produção individual, dupla ou em grupo, participação diária, provas
parciais, bimestrais, seminários, trabalhos orais e escritos, participação em conferências e
atividades extra-classe, realizando-se em relação ao conteúdo com a valorização da
compreensão dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes
com as concepções e finalidades educativas da escola. O resultado da avaliação deve
proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para
que a escola possa reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
O trabalho avaliativo deverá ser contínuo, permanente, cumulativo e formativo
incorporando ao resultado final, os resultados de todo ano letivo, além de considerar as
avaliações pedagógicas e psicopedagógicas às quais o aluno já se submetera, bem como
às suas individualidades. Os resultados das atividades avaliativas serão analisadas, pelo
aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o
estabelecimento de novas ações pedagógicas.
25
A aprovação do aluno será efetivada através da sistematização do processo
avaliativo que se reflete através da média 6,0 que deve representar a aquisição dos
conteúdos mínimos necessários para o ingresso do aluno na série posterior.
Para os alunos que não demonstraram aprendizagem satisfatória do conteúdo
trabalhado, a escola proporcionará a recuperação paralela. E, para que esta, se torne de
fato recuperação de conteúdos e não apenas de nota é necessário: a retomada de
conteúdos pelo professor da disciplina se efetive em sala de aula, com mudanças de
metodologia e utilização de recursos diversificados; realização de trabalho em grupo onde
se privilegie a discussão e apresentação do conteúdo pelos alunos com mediação do
professor, desenvolvendo a oralidade e argumentação.
Solicitaremos a implantação de sala de apoio e sala de recursos para o
atendimento dos alunos com defasagem ou dificuldades na aprendizagem.
Os alunos que, após todas as atividades realizadas visando a recuperação de
conteúdo não conseguiram a média 6,0 ou tiveram freqüência inferior a 75% , deverão
repetir a série.
Nos casos de alunos faltosos a direção escolar, através de diálogo com o aluno,
procurará promover a conscientização do mesmo, caso não tenha êxito convoca os pais
ou responsáveis para se fazer presente na escola e, em última estância, após três
ausências consecutivas ou cinco alternadas, preencherá o FICA e encaminhará aos
órgão competentes.
Conselho de Classe:
Considerar-se-a relevante para a realização do conselho de classe que este seja
precedido do pré-conselho conduzido pelo professor regente e aluno representante de
turma com registro de melhoria, problema e sugestões a serem levadas ao Conselho de
Classe pelo professor regente;
No momento do Conselho de Classe, analisar os resultados de aprendizagem da
turma em relação ao desempenho, organização dos conteúdos, metodologia e processo
avaliativo. E, a partir de então definir metas e linhas de ação coletiva em relação aos
aspectos de aprendizagem analisados, assim como em relação à freqüência escolar
(alunos faltosos) detectada.
A realização de Pós conselho de classe é de competência da direção ou
professor regente, retornando às turmas com o resultado do conselho de classe, que
deverá ser analisado e refletido com os alunos e registrado em ata .
Apoio Pedagógico:
26
O apoio pedagógico dar-se-a através da promoção de reuniões pedagógicas com
os professores de turmas que apresentarem maior dificuldade para definição de pontos
estratégicos e procedimentos a serem adotados por todos visando à diminuição da
evasão e da repetência escolar e, conseqüentemente, melhoria na qualidade do ensino,
assim como do planejamento pedagógico centrado nos alunos e efetivado a partir do nível
de aprendizagem revelado.
Desenvolver-se-a de temas interdisciplinares em Projetos Bimestrais, de acordo
com as necessidades constatadas pela direção e grupo docente e com definição de
responsáveis das áreas afins para a condução de cada projeto e/ou evento sendo que os
projetos deverão privilegiar o trabalho coletivo e estar relacionado aos conteúdos/temas
previsto no planejamento anual. Entre os projetos desenvolvidos para atender a
problemáticas atuais ou em face à necessidades apresentadas, temos:
• Agenda 21: Estudo dos textos em grupos, discussão,elaboração de metas,
representação em cartazes e apresentação à plenária.
• Projeto Escrevendo cada dia melhor: onde os alunos que apresentam
distorções gráficas na representação da escrita, bem como excesso de erros
ortográficos passam a ter acompanhamento em atividades realizadas no
período extra escolar, usando caderno de caligrafia.
• Intercâmbio Cultural e Esportivo: realizado em comemoração ao dia do
estudante, onde a Escola Anunciação e a Escola São Pedro tem um dia de
integração proporcionado através de atividades esportivas e culturais.
• Sexualidade: trabalho através de vídeo e confecção de cartazes, bem como
palestra sobre exploração sexual.
• Drogas: Palestra com profissional da área médica que elucida os efeitos no
organismo humano referente ao uso dos vários tipos de drogas.
• Paz: Confecção de cartazes, produção de textos, elaboração de poesias e
exposição dos trabalhos para a comunidade.
• Horta Escolar: Os alunos mantêm a horta escolar através de um cronograma
que especifica o trabalho prático de cada série que se reveza entre o preparo
da terra, confecção dos canteiros, semeadura, transplante de mudas, limpeza,
irrigação e outros cuidados para que a horta se revele como um valioso
recurso para o enriquecimento da merenda escolar e no cultivo de plantas
medicinais.
27
A organização de horários especiais possibilitará a participação dos profissionais
em encontros de formação e/ou capacitação continuada, sem prejuízo à escola ou ao
aluno, promovidos pela SEED ou por outras instituições educativas que primam pela
efetivação da qualidade educacional.
Continuará sendo de extrema importância, para esta escola, a análise e
discussões dos conteúdos a serem desenvolvidos pelos profissionais no sentido de
estabelecer significados e relações com a comunidade predominantemente rural de onde
os alunos são oriundos e, assim promover o resgate e o entendimento da identidade
cultural de seus membros.
A escola trabalha com respeito às diferenças e às limitações , valorizando as
potencialidades , fazendo adaptações nos conteúdos utilizando metodologia e recursos
adequados para o atendimento das especificidades apresentadas.
Para o caso da escola receber aluno aprovado em regime de progressão parcial,
o mesmo deverá regularizar sua permanência na série através da realização de trabalho
extra- classe tendo em vista que esta escola possui um único turno de funcionamento.
Formação Continuada:
Será solicitada a presença dos pais na escola para que os mesmos possam
participar de atividades extracurriculares, como palestras, gincanas, oficinas. Nestes
momentos também será discutida a atuação dos pais no contexto escolar de seus filhos.
Para fortalecer este vínculo
serão organizadas reuniões semestrais de formação (para os pais), com estudos sobre
regimento escolar, estatutos e assuntos pertinentes à escola e à família, realizando
acordos com o transporte escolar para que os pais possam se deslocar até a escola.
Promoção de grupos de estudo, visando a formação de lideranças envolvendo
representantes de turma, Conselho Escolar e APMF, realizados bimestralmente
objetivando o desenvolvimento pessoal, formação ética e cidadania.
Realização de estudos sobre a possibilidade de implantar o Grêmio Estudantil na
escola, após a conscientização sobre este órgão colegiado, bem como sua organização e
atribuições. Sendo que o Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos
estudantes do estabelecimento de ensino, com objetivo de defender os interesses
individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de
seus membros.
28
A APMF atuará promovendo o intercâmbio entre a família do aluno, professores,
direção e propondo medidas que visem o aproveitamento do ensino ministrado e
assistência geral ao corpo docente.
Envolvimento do Conselho Escolar, APMF e representantes de turmas nas
decisões da escola, tornando- os parceiros da escola.
AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O coletivo da Escola Estadual Anunciação-Ensino Fundamental decide que o
Projeto Político Pedagógico será avaliado anualmente com a participação de alunos
representantes de turmas, professores, funcionários, conselho escolar e APMF e
realimentado com sugestões de melhorias e levantamento de aspectos positivos e
negativos bimestralmente por ocasião dos conselhos de classe.
O processo avaliativo do Projeto Político Pedagógico está sob a responsabilidade
da direção escolar devendo ser devidamente registrado em ata, ressaltando aspectos
positivos, negativos e sugestões levantadas pelo grupo participante.
ESCOLA ESTADUAL ANUNCIAÇÃO – ENSINO FUNDAMENTAL
AÇÃO QUANDO RESPONSÁVEIS OBS:Projeto horta escolar:
1. Limpeza
2. Preparo dos
canteiros
3. Plantio
4. irrigação
Durante todo o
ano letivo de
2007
Direção, Equipe
Pedagógica,
professores, alunos e
funcionários
8ª série, prof. regente
e funcionários.
7ª série, prof. regente
e funcionários.
6ª série, prof. regente
e funcionários.
5ª série, prof. regente
e funcionários.
Durante o horário de
aula, os alunos irão
executar todas as
etapas de
preparação da horta,
em horários
estipulados
alternadamente por
turma, com um
cronograma
específico, onde
todos irão participar.
29
Elaboração de horário
especial para que os
profissionais possam
participar de
programas de
capacitação(SEED)
sem prejuízo para os
alunos.
Sempre que
necessário.
Direção, Equipe
Pedagógica
A direção e equipe
pedagógica orientará
a reposição de
conteúdo em sala de
aula e trabalhos
extracurriculares.
Providenciar
pequenos reparos
para manutenção do
estabelecimento
escolar, mantendo-o
em boas condições
físicas.
Sempre que
necessário
Direção
APMF
Consertos
como:fechaduras,
torneiras ,
vidros,ventiladores,tv
, computador
impressora entre
outros que surgirem.Transformar o
Conselho de Classe
em momento de
reflexão e
estabelecimento de
ações a serem
observadas por todos
os professores que
atuam na série.
Durante o
Conselho de
Classe ao final
de cada
Bimestre
Direção, Equipe
Pedagógica
Professores
Analisando o
desempenho do
aluno, para também
melhorar o processo
de ensino-
aprendizagem.
Continuidade do
projeto Ortografia
Avaliação dos avanços
apresentados.
Elaboração de novas
metas.
Quando
detectada a
necessidade
Direção, Equipe
Pedagógica
Professor
responsável, demais
professores e alunos.
Com atividades de
produção de texto
para análise da
ortografia, idéias,
coesão, pontuação...
Entrega dos resultados
finais aos pais e
avaliação do ano
escolar, juntamente
com apresentação dos
No último dia
letivo de 2007
Direção, Equipe
Pedagógica
Professores
APMF
Conselho Escolar
Em reunião para a
discussão dos
índices e análise do
ano escolar.
30
índices de evasão e
repetência..
Pais
Implantação e
planejamento para o
uso eficiente do
laboratório de
informática com
acesso
de professores, alunos
e funcionários.
Após o término
de sua
instalação
SEED
Direção, Equipe
Pedagógica
Professores
Funcionários
Com cursos de
preparação para
docentes e
funcionários, para o
acompanhamento
dos alunos no
laboratório.
31
REFERÊNCIAS
BOAS, B.M.F.V. Avaliação Formativa : em busca do desenvolvimento do
aluno , do professor . In Veiga . I.P.A Fonseca , As dimensões do Projeto Político
Pedagógico .
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Nacional. Brasília,1996.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais .
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FRIGOTTO, G. Fundamentos de um Projeto político pedagógico. In Demerval
Saviani e a educação brasileira: O simpósio de Marília, São Paulo, Cortez,1994
GASPARIN J. L. Uma Didática para Pedagogia Histórico Crítica, 2 ed.
Campinas, SP: Autores associados, 2003.
LUCKESI, C. C Avaliação da aprendizagem escolar,4ª ed., São Paulo: Cortez,
2000.
SAVIANI, D. Natureza e Sociedade,1984.
SAVIANI D. Pedagogia Histórico Crítica: primeiras aproximações, 8 edição.
Campinas, SP: Autores Associados, 2003.
VEIGA,I.P.A. Perspectivas para reflexão em torno do Projeto Político
Pedagógico Escolar: espaço do Projeto Político ,Veiga (org) . Campinas, SP:
Papirus,1998.
Desafios para escola. Campinas , SP: Papirus,2001