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VITÓRIA, ES | QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2013 ESPECIAL Informe publicitário Vitória, uma cidade mais acessível para todos Com uma frota de veículos que já representa quase metade de sua população, Vitória investe em projetos para melhorar o trânsito e incentivar meios de transporte mais sustentáveis. Calçadas mais seguras para os pedestres > 3 Faixas elevadas para garantir segurança > 4 Mais 2.999 vagas de rotativo em 3 bairros > 11

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Page 1: ES P EC I A L - ijsn.es.gov.br · VITÓRIA, ES, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2013 ATRIBUNA 3 Es p e c i a l Calçadas ainda mais acessíveis para todos Projeto visa garantir formas

V I T Ó R I A , E S | Q U A R T A - F E I R A , 3 0 D E O U T U B R O D E 2 0 1 3

ES P EC I A LInforme publicitário

Vitória, uma cidade maisacessível para todosCom uma frota de veículos que já representa quase metade de sua população, Vitória investeem projetos para melhorar o trânsito e incentivar meios de transporte mais su s t e n táve i s .

Calçadasmais seguraspara ospedestres > 3

Fa i x a se l eva d a spara garantirsegurança > 4

Mais 2.999vagas derotativo em3 bairros > 11

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2 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2013

Es p e c i a l

Mais de 180 mil carros em VitóriaNa capital, são cercade 183 mil veículos,quase a metade dapopulação que,segundo o IBGE,é de 348 mil pessoas

Há pouco mais de um século,Henri Ford deu início à fa-bricação em série dos auto-

móveis, uma revolução nos meiosde transporte que mudou o cená-rio urbano e o modo de vida daépoca. O Ford-T, o primeiro mode-lo lançado no mercado em 1908,em duas décadas vendeu 1,6 mi-lhão de unidades.

Hoje a frota mundial supera 1 bi-lhão de veículos, um para cada 7habitantes do planeta. Em Vitóriaessa proporção é ainda menor. Deacordo com dados do Denatran,são cerca de 183 mil veículos nomunicípio, quase a metade da po-pulação que, segundo o IBGE, é de348 mil pessoas.

Sem contar o tráfego flutuante deveículos de toda a Região Metropo-litana que circulam pela capital.

O trânsito excessivo e seustranstornos são alguns dos custos

ADRIANO HORTA - 16/08/2013

O TRÂNSITO DE ÔNIBUS e carros no centro de Vitória

ADRIANO HORTA - 16/08/2013

NA RETA DAPENHA, UMAdas avenidasmaism ov i m e n ta d a sda cidade, otráfego deveículos éintenso. Ai m p l a n ta ç ã odos corredoresexclusivos paraônibus é umadas medidaspara melhorar otrânsito nomunicípio

S E TO P

ESTAÇÃO DOBRT, QUE SERÁintegrado ae s ta c i o n a m e n t o se bicicletários

Mudança contra engarrafamentosMuita gente ainda lembra do

tempo que os bondes circulavamno centro de Vitória, uma épocaque o termo veículo de passeio,significava literalmente a finalida-de dos automóveis, que era o lazerda família. A cidade era cortadaapenas pelo eixo central, AvenidaVitoria, César Hilal, Reta da Penhae a malha viária era muito menordo que hoje.

Em poucas décadas muita coisamudou. A vida das pessoas estámais corrida, repleta de compro-missos, afazeres, e o tempo, cadavez mais escasso e precioso que jápoderia até ser medido em unida-des monetárias. E o que ninguémquer é desperdiçá-lo em congestio-namentos e na lentidão do trânsito.

Muitos capixabas também deci-diram mudar. Abandonaram ve-lhos hábitos e com uma nova roti-na ganharam mais tempo e quali-dade de vida. A auxiliar adminis-trativa Jádila Sthefenon negocioucom o patrão um novo horário det ra b a l h o.

“Eu entrava às 8 horas, saía às 18horas e passava muito tempo noônibus. Agora entro às 9 e saio às19 horas e depois que todos saemeu arrumo e limpo o escritório”,conta a jovem, que economiza cer-ca de uma hora nos trajetos de idae volta.

A professora aposentada EuniceMaria Ramos deixou o carro nagaragem depois de sofrer um aci-dente que, mesmo sem conse-quências graves, deixou um trau-ma. Hoje faz compras, vai ao ban-co, ao médico, sempre a pé.

A mudança no estilo de vida me-lhorou a saúde e ainda rendeu unsquilos a menos. “Agora eu só dirijoquando vou para Guarapari, massempre bem cedo, quando aindanão tem muito trânsito”, conta.

O estudante Ramires Guizzarditambém passou a caminhar, mas omotivo foi financeiro. Como paroude trabalhar para se dedicar à con-

Plano a favor da mobilidadeOrganizar a circulação de pes-

soas e cargas em uma cidade comoVitória não é tarefa fácil, mas a ad-ministração municipal tem muitosprojetos que visam melhorar o flu-xo no trânsito, promover a acessibi-lidade dos moradores, incentivar osmodais sustentáveis, entre outros.

Todos esses projetos estarão noPlano Municipal Diretor de Mobi-lidade Urbana (PDMob), que estásendo elaborado em um trabalhoconjunto entre técnicos das secre-tarias de Transportes, Trânsito eInfraestrutura Urbana (Setran) ede Desenvolvimento da Cidade(Sedec), que têm realizado muitosestudos nessa área.

A Prefeitura de Vitória tem mo-bilizado todos os segmentos paraparticiparem das discussões, apre-sentado demandas e propostas.

O Plano Municipal Diretor deMobilidade Urbana é uma exigên-cia da Lei Federal 12.587, publicadaem janeiro deste ano. Pela lei, osmunicípios brasileiros com maisde 20 mil habitantes devem con-cluir seu PDMob até março de2 0 1 5.

Entre as prioridades estão o in-centivo ao transporte público co-letivo e aos meios de transportenão motorizados, a integração en-tre os diferentes modais e o incen-tivo a modelos sustentáveis.

O principal projeto nesse âmbitoé a implantação dos corredoresexclusivos para ônibus, conhecidocomo BRT (do inglês Bus RapidTransit). O BRT será formado porveículos de alta capacidade comtecnologia limpa e será integrado aestacionamentos e bicicletários.

do incontestável progresso geradopelo setor automotivo e, assim co-mo todos os outros centros urba-nos, a capital capixaba tem de ar-car com essa conta.

O secretário municipal deTransportes, Max da Mata, apontaoutros fatores responsáveis por es-sa situação preocupante, como ocrescimento habitacional desorde-nado em determinados períodos.

A advogada aposentada Maria

Teresa Malheiros Matos, morado-ra do Parque Moscoso, lembra quetrês ou quatro décadas atrás era di-fícil prever todo esse crescimento.

“Garagem era considerada umsupérfluo, porque todo mundodeixava o carro na rua. Hoje, meufilho paga mensalmente por umavaga para ter mais segurança.”

Vitória vive um momento degrande desenvolvimento econô-mico, atraindo investimentos, no-

vos negócios, profissionais de fora.“A capital é também o destino demuitos moradores da Região Me-tropolitana e do interior, seja paratrabalhar, estudar, se divertir, oque movimenta a economia, masaumenta o fluxo de veículos circu-lando”, avalia o prefeito de Vitória,Luciano Rezende.

Todas as alternativas são avalia-das, mas a prioridade da adminis-tração municipal é preservar a vida,

a integridade física, a capacidadeprodutiva e de interação e outrascondições desperdiçadas em aci-dentes que poderiam ser evitados.

O secretário de Segurança Urba-na, Cel. Welington da Costa Ribei-ro, afirma que mudar essa realida-de e tornar o trânsito mais huma-no é uma tarefa que depende tam-bém da comunidade e acrescentaque as campanhas educativas in-centivam mudanças de posturas.

clusão do curso de Engenharia deProdução, vai todos os dias a pé daMata da Praia à faculdade, que ficana avenida Fernando Ferrari. “Es -tou até com mais disposição parafazer o projeto de graduação.”

E são muitos os exemplos de no-vas posturas pela capital. Executi-vos de terno e gravata pedalandoaté o trabalho. Funcionários deempresas organizando caronas so-lidárias, mães se revezando paralevar e buscar os filhos e muitomais. É esse tipo de atitude que aprefeitura busca incentivar, gestossimples, mas que fazem a diferen-ça e toda a sociedade agradece.

VEÍCULOS EM VITÓRIAJ U L / 2 0 03 JUL/2013

Total da frota 9 9. 8 1 8 182.7 73Au t o m ó ve l 74.7 20 121.306Caminhão 2.580 3.902Caminhonete 3.645 14.465Mo t o c i c l e ta 6.7 29 1 9. 5 0 0

FO N T E : D E N AT R A N .

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VITÓRIA, ES, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2013 ATRIBUNA 3

Es p e c i a l

Calçadas ainda maisacessíveis para todosProjeto visa garantirformas seguraspara os pedestrestrafegarem, sobretudo,gestantes, idosos epessoas deficientes

Quem circula pelos princi-pais bairros da cidade, bastaolhar que são muitas as cal-

çadas em obras. Isso porque os ca-pixabas estão cada vez mais ade-quando suas edificações ao Calça-da Cidadã, um projeto da adminis-tração municipal para garantiracessibilidade aos pedestres.

Os números confirmam a infor-mação. Até julho de 2013 foram243 notificações de obras em cal-çadas. Durante todo o ano de 2011foram ao todo 302. As infrações, aocontrário, caíram. No primeiro se-mestre deste ano 81 e em 2011 fo-ram 205.

O Calçada Cidadã visa garantirformas seguras para os pedestrestrafegarem com segurança, sobre-tudo as pessoas com deficiência,gestantes e idosos. Ele prevê a pa-dronização das calçadas, confor-me determina a legislação federale municipal.

Mãe de Pietro de um ano e cin-co meses, Tatiana Miranda, mo-radora da Praia do Canto, circulapelo bairro sempre acompanha-da do carrinho de bebê e gostariaque todos os trechos já estives-sem adequados, mas já nota quemuitos prédios e comércios es-tão fazendo as alterações neces-sárias. “Um problema é a falta derespeito de alguns motoristasque param em frente às rampasde acesso, o que dificulta subir

LEONE IGLESIAS - 18/09/2013

R OTATÓ R I A na rua das Palmeiras: redução de velocidade e menos colisões

S EC O M / P M V

A CALÇADA CIDADÃ deve ter faixa de percurso plana, sem degraus

ANA PAULA HERXOG

Mais rotatórias nos bairrosPresentes em muitos bairros de

Vitória, as rotatórias reduzem em95 % os acidentes, como as coli-sões nos cruzamentos. A sua fun-ção é fazer os motoristas reduzi-rem a velocidade em 40% por umtrecho de 100 metros.

Hoje são 75 rotatórias em Vitó-ria nos bairros da Praia do Canto,Jardim Camburi, Bento Ferreira,Bairro de Lurdes e outros, mas aadministração municipal avalia apossibilidade de implantação emoutros bairros.

De acordo com o engenheiro detráfego da Secretaria de Desenvol-vimento da Cidade, LeonardoSchulte, são muitas as solicitaçõesde moradores por rotatórias, e to-dos os casos são analisados.

Entretanto, é preciso observar as

condições necessárias, como umfluxo máximo de 1,2 mil por dia,que seja equilibrado entre as vias,com no máximo de 3 a 5% de ôni-bus. Também é preciso um míni-mo de 50 metros de visibilidade.

O diâmetro das rotatórias va-ria conforme o caso, mas é proi-bida a circulação de pessoas nointerior do círculo. Em algumasrotatórias de Vitória, o interior éaproveitado para paisagismo eviram jardins.

Quanto aos procedimentos indi-cados para circular nesses cruza-mentos, conforme determina oCódigo de Trânsito, a preferênciaé de quem já está circulando, mascomo em todos os casos que envol-vem o trânsito, o bom senso é umótimo conselheiro.

S EC O M / P M V

DONOS DOS IMÓVEIS têm obrigação de construir e manter as calçadas

SAIBA MAIS

Calçada Cidadã> TELEFONE: (27) 3325-2615> HORÁRIO de atendimento: de segun-

da a sexta-feira, das 8h às 17 horas.> ONDE FICA o Protocolo do Ciac: rua

Vitório Nunes da Motta, 220, térreo,Enseada do Suá

> ATENDIMENTO: de segunda a sexta-feira, das 8h às 17 horas

Prefeitura orienta os proprietáriosComo as calçadas são de respon-

sabilidade dos proprietários dosimóveis, a Prefeitura de Vitóriatrabalha com a conscientizaçãodos moradores sobre a importân-cia de construir, recuperar e man-tê -las.

A administração é responsávelpor executar e manter em bom es-tado as calçadas em orlas, praças ecanteiros centrais de avenidas.

O Plano Diretor Urbano (PDU)também determina que todos osnovos empreendimentos aprova-dos na cidade sejam construídosnos moldes da calçada cidadã.

O R I E N TAÇ Õ ESPara a construção da calçada em

locais com declive ou topografiadifícil, o morador pode solicitar asorientações de um técnico que vaiao local identificar as condições.

Se para atender à legislação fo-rem necessários serviços prelimi-nares, como a poda de raízes dasárvores, atividade executada pelaSecretaria Municipal de Serviços(Semse), a fiscalização encaminha

pedido aos setores responsáveis.Caso o proprietário do imóvel

necessite interditar a calçada parafazer a reforma, além de comuni-car a obra à Secretaria de Desen-

na calçada com o carrinho”, co-menta a mãe.

Dados da prefeitura mostramque a maioria dos deslocamen-tos na cidade - mais de 177 milviagens - é feita a pé. E são mui-tos os relatos de acidentes nes-sas idas e vindas. É o caso da por-teira Eunice Souza Barros, quecaiu ao passar em uma calçadamuito escorregadia em um diade chuva. Ela sofreu apenas pe-quenos arranhões, mas poderiater acontecido algo pior se otombo acabasse na rua.

Para atenderem às exigências daprefeitura, as calçadas devem ter afaixa de percurso seguro, ou seja,plana, sem degraus, sem obstácu-los e não escorregadia, e a de servi-ço, na qual se concentra todo omobiliário urbano (árvores, pos-tes, orelhões, etc). A faixa de servi-ço é marcada com piso podotátil,diferenciado para identificar áreanão segura para caminhar, princi-palmente para as pessoas com de-ficiência visual.

Para Luiz Fernando Zaneti, ascalçadas cidadãs são ainda maisimportantes. “A locomoção commuletas é complicada e em algunslocais com ressaltos fica impossí-vel. É preciso pedir ajuda para po-der subir”, lamenta o morador daPraia do Suá.

“A locomoçãocom muletas é

complicada e em algunslocais com ressaltos ficaimpossível. É precisopedir ajuda para podersubir ”Luiz Fernando Zaneti, morador

volvimento da Cidade, deve pedira autorização para a interdiçãoparcial ou total da calçada à Secre-taria de Transportes, Trânsito eInfraestrutura Urbana (Setran).

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4 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2013

Es p e c i a l

Faixas para reduzir velocidadeEm Vitória serãoadotadas faixaselevadas nos acessosàs escolas. Esse tipode sinalização induz ocondutor a desacelerar

Os centros urbanos já atingi-ram os seus limites de ex-pansão territorial, mas con-

tinuam a crescer na vertical e o nú-mero de veículos e pessoas transi-tando cresce em progressão geo-métrica.

Organizar a circulação de pe-destres e veículos em uma mesmaárea exige muito preparo e com-petência porque a prioridade é ga-rantir a segurança, responsabilida-de ainda maior quando envolvecrianças e adolescentes.

Em Vitória serão adotadas faixaselevadas nos acessos às escolas.Com altura nivelada com o meiofio, induzem os condutores a redu-zir a velocidade, assim como lom-badas e quebra-molas, mas têmuma plataforma com largura míni-ma de cinco metros com faixa depedestres para facilitar a travessia.

As obras de implantação come-çaram no final de outubro e, deacordo com o secretário de Trans-portes, Max da Mata, cerca de 100escolas da rede municipal serãobeneficiadas. O projeto também seestenderá às instituições de ensinop a r t i c u l a re s.

A execução das obras ficará acargo das regionais, um investi-mento de orçado entre R$ 10 e R$15 mil, que inclui ainda um novomodelo de sinalização, que seráreforçada nas regiões onde é gran-de a circulação de estudantes.

“Vamos colocar tachão nas fai-xas divisórias de pistas para nãofazerem ultrapassagens, fortalecer

FÁBIO NUNES

RUA DEVITÓRIA COMFA I XAELEVADA :sinalizaçãoinduz osmotoristas areduzirem avelocidade eisso dá maissegurança aospedestres nahora deatravessar a via

Medida diminui acidentesAs medidas adotadas pela admi-

nistração municipal seguem o mo-delo chamado “trafic calming”,desenvolvido no final dos anos 60na Holanda e muito adotado emcidades europeias que convivemcom o caos no trânsito muito antesdas brasileiras.

Em Vitória, essas estratégias fa-zem parte de uma política para hu-manizar o trânsito. A faixa elevada,onde a velocidade dos veículos ficaentre 5 a 20 km/hora, tem exem-plos comprovados de redução deacidentes graves na capital. A ruaDr. Antônio Basílio, uma pacata viaem Jardim da Penha, já registrouacidentes graves e até fatais.

Depois da implantação da faixaelevada em frente ao Bar dos Co-roas, ponto tradicional do bairro,os frequentadores e funcionáriossão testemunhas da redução dasocorrências. “Essa faixa resolveu oproblema dos acidentes que eram

muito comuns aqui”, comenta oproprietário do bar, Luiz CarlosTo l ó.

Moradores lembram que muitos

S EC O M / P M V

RUA DOUTOR Antônio Basílio, Jardim da Penha: faixas elevadas

S EC O M / P M V

S EG U N D OLUIZ CARLOS,os acidentesd i m i n u í ra mdepois quec o l o c a ra mfaixas elevadasem frente aoseu barlocalizado emJardim daPe n h a

S EC O M / P M V

EDUCAÇÃO para assegurar um trânsito mais humano no futuro

Respeito com as criançasAs faixas elevadas e a sinalização

mais robusta na área das escolasvêm atender uma reivindicaçãodos conselhos escolares e de toda acomunidade. É o que explica a se-cretária de Educação de Vitória,Adriana Sperândio.

“Nós participamos da elabora-ção de todo o projeto junto com aSecretaria de Transportes (Setran)e a Guarda Municipal e sei que iráatender às necessidades de quemtransita nessas áreas,” avalia a se-c re t á r i a .

Para Adriana Sperandio alémdos benefícios em termos de segu-rança e mobilidade, o projeto tratatambém de cidadania e respeito àcriança, sobretudo às que estão es-t u d a n d o.

“Tenho certeza que essas medi-das serão muito bem acolhidas pe-la comunidade e vão acarretarmudanças de comportamentos ede atitudes para os motoristas queinsistem em infringir a lei e des-respeitar o próximo”, destaca.

Assim como as palestras que se-rão ministradas pela Guarda Mu-nicipal, a rede municipal vai inves-tir em educação para o trânsito pa-ra assegurar um trânsito mais hu-mano no futuro. A secretária deEducação também elogiou o au-mento do efetivo do grupamentoescolar e explica que a atuação dosguardas juntos aos colégios já éeducativa e não repressiva, comfoco na orientação e conscientiza-ção das pessoas.

a sinalização vertical inclusivecom pórticos que são placas maio-res para chamar a atenção que ali éuma região escolar”, comenta o se-cretário que acrescenta que os di-zeres “devagar; escola” serão in-cluídos na sinalização horizontal.

A dona de casa Marielly AlvinMisse leva e busca a filha de 5 anose o sobrinho de 9 todos os dias no

colégio, que fica em Santa Lúcia, ediz que é notória a impaciência demotoristas com a movimentaçãode pedestres e vans de transporte.

“Eu sei que é um transtorno,principalmente no horário da saí-da quando muitos estão retornan-do do trabalho, mas eu fico muitopreocupada porque alguns têm atéuma postura agressiva. Evito pedir

ao meu marido para buscar ascrianças com receio de que ele sedesentenda com alguém”, afirma.

Além da segurança, a acessibili-dade é outra vantagem das faixaselevadas, que por não terem res-saltos em relação às calçadas, nãorepresentam obstáculos paraquem tem dificuldades de loco-m o ç ã o.

motoristas excediam o limite develocidade, mesmo estando emuma área residencial. Elvira Bue-no, que reside em Jardim da Penhahá mais de 30 anos, diz que é notó-ria a diferença. “Muitos não res-peitavam nem a presença de ido-sos, crianças, mães com carrinhosde bebê e foram forçados a mudarde postura ou de trajeto”, conta.

Em Camburi, a areia e o mar sãoespaços mais do que democráti-cos, mas quem está motorizado oua pé também tem que comparti-lhar os acessos à praia. Em algunsbolsões de estacionamento da orlaas faixas elevadas foram implanta-das para garantir uma melhor cir-culação também na hora do lazer.

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VITÓRIA, ES, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2013 ATRIBUNA 5

Es p e c i a l

Mais 47agentesem VitóriaCom os novoscontratados, quecomeçam a trabalharem novembro, a cidadeterá 253 agentesatuando 24 horas

O trânsito na capital contacom mais 47 agentes quecomeçam a atuar em no-

vembro. Com as novas contrata-ções são, ao todo, 253 agentes tra-balhando 24 horas no municípiopara garantir mais agilidade e se-gurança para motoristas, ciclistase pedestres do município.

Os recém-contratados serão de-signados para uma função muitoimportante, que é orientar o trân-sito nas escolas e tornar mais segu-ra a circulação de alunos, pais, res-ponsáveis e profissionais da Edu-cação. O secretário municipal deSegurança Urbana, Coronel We-lington da Costa Ribeiro, explicaque esse reforço na segurança éuma prioridade da administração.

“Também vamos intensificar aatuação nos principais corredoresdo município, principalmente noshorários de pico para dar maisfluidez ao trânsito”, comenta o co-

ronel. Para atingir esse objetivo, aestratégia da Guarda Municipal é ap reve n ç ã o.

O gerente de trânsito MarceloSilva Perozini afirma que é impor-tante antecipar e prever certosproblemas, como algum conges-tionamento em um cruzamento ealguns desvios caso haja necessi-dade. “Ações preventivas têm sidoeficazes para o trânsito fluir me-lhor ”, assegura Perozini.

E pensando em prevenção, a Se-cretaria Municipal de Segurançaaposta nas futuras gerações e pre-tende formar os pequenos paraeles lidarem com mais facilidadecom um trânsito certamente maisdifícil que o de hoje. Em 2014 se-rão lançados dois programas edu-cativos, sobre trânsito e violência.

“Os agentes farão palestras nasescolas com informações e orien-tações sobre esses dois temas. Du-

FOTOS: SECOM/PMV

AGENTES ATUANDO NA CAPITAL: além de atuar no trânsito, os profissionais farão campanhas educativas

ANA PAULA HERZOG

A GUARDA MUNICIPAL Teresa afirma que sinalização ajuda os condutores

S EC O M / P M V

MEDIDA não vai comprometer a travessia de pedestres, que é prioridade

Sinalização horizontal ampliadaem diversos pontos da cidade

Quando se fala em melhorias notrânsito logo se pensa em grandesobras e muito investimento, masmuitas vezes são ações cotidianase simples que possibilitam admi-nistrar e encontrar soluções paraos gargalos dos centros urbanos.

São medidas que, mais do que derecursos, dependem de estudos,análises, capacidade profissional eempenho da administração. Umexemplo é a sinalização horizontalem Vitória, que em 2013 foi amplia-da e restaurada em diversas áreas.

Quilômetros de pintura de fai-xas de pedestres, faixas da vida, li-nhas de bordo, canalizações, faixasde retenção, que indicam a posiçãolimite para os veículos nos semá-foros, e outros, beneficiando tan-tos as vias de maior fluxo como asadjacentes em todos os bairros dacapital.

E VO LU ÇÃOHá 7 anos na Guarda Municipal,

Teresa Maria da Silva comenta queacompanhou muitas evoluções nosistema de tráfego, mas a atual si-nalização horizontal, em boas con-dições e com muita visibilidade,favorece bastante os condutores e

Redução de semáforospara melhorar o trânsito

Vilões quando estão vermelhos ealiados quando ficam verdes, ossemáforos são indispensáveis parao controle do tráfego nos locaismais movimentados.

Em Vitória, que tem cerca de 210cruzamentos semaforizados, exis-te a possibilidade de redução de al-guns desses sinais para desafogar otrânsito em algumas regiões.

A alternativa ainda depende daanálise de profissionais da Secre-taria de Trânsito. Se aprovada, serácontratada uma empresa para rea-lizar um estudo de todo o temposemafórico de Vitória para avaliara eliminação de semáforos que fa-zem parte de conglomerados de li-gações de vias, mas que nem todastêm um grande fluxo.

Qualquer medida a ser adotada,esclarece o subsecretário de Trân-sito, Leonardo Galazzi Zanotelli,não pode comprometer a travessiade pedestre, que é uma prioridade.

Enquanto especialistas debatem

as soluções futuras, no presentemuita coisa evolui.

Os semáforos com temporiza-dor para veículos e pedestres, im-plantados em vários corredoresviários da cidade, agradaram osc a p i xa b a s.

O administrador de empresasEduardo Silveira, que transita comfrequência pela Reta da Penha, dizque os motoristas ficam mais aten-tos e não se distraem, assim as tra-vessias acontecem mais rápido.

Mais segurança para os cidadãose mais economia nas contas públi-cas. A substituição da iluminaçãotradicional dos semáforos porlâmpadas LED já reduziu pela me-tade o gasto com energia nesse se-tor, que baixou de R$ 40 mil paraR$ 20 mil mensais.

A intenção até o final da atualgestão é adotar a tecnologia LEDem todo o sistema semafórico, oque representará uma economiade 90% com a conta de energia.

rante o ano de 2014, o objetivo éatender toda rede de ensino fun-damental do município”, informaWelington da Costa Ribeiro.

Esse é investimento não é só pa-ra o futuro, mas também para opresente porque crianças e adoles-centes exercem grande influênciasobre os pais. Para o gerente detrânsito Marcelo Silva Perozini,uma das primeiras lições que ospequenos deveriam ensinar aosadultos é como proceder na horade deixá-los e buscá-los na escola.

“O ideal é antecipar um pouco ohorário para ter tempo de procu-rar um local adequado para esta-cionamento, ao invés de parar emfila dupla, que além de infração, éum dos principais problemas dacirculação na frente das escolas”,adverte o gerente.

evitam muitos transtornos.O subsecretário de Trânsito, Leo-

nardo Galazzi Zanotelli, explicaque a tinta utilizada na pintura dasinalização horizontal recebe umacamada de microesfera de vidro,

que à noite reflete a luz dos faróis.“O trabalho de manutenção é

constante e monitoramos todo omunicípio para identificar e recu-perar alguns desgastes”, explicaL e o n a rd o.

“Vamos intensificara atuação nos

principais corredoresdo município,principalmente noshorários de pico ”Coronel Welington da Costa Ribeiro

ExpedienteP R O D U ÇÃO : Dinâmica deCo m u n i c a ç ã oC O N TATO S : 3232- 5931i m o ve i s @ r e d e t r i b u n a . c o m . b rJORNALISTA RESPONSÁVEL:Fabiana Pizzani

EDIÇÃO E REVISÃO: A l e ss a n d raTonini, Fabiana Pizzani e FláviaMar tinsREPORTAGEM: Ana Paula HerzogD I AG R A M AÇÃO : Amauri PloteixaTRATAMENTO DE IMAGENS:Leyson Mattos e Renan Martinelli

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6 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2013

Es p e c i a l

Transporte saudável e sustentávelVitória tem 25 km deciclovias e vai ampliarpara 60 km, com oobjetivo de incentivaro uso de bicicletaem toda a cidade

Nas infâncias não muito dis-tantes, as bicicletas eram osprincipais pedidos das car-

tinhas para o Papai Noel. Na Ásia,os riquixás, também conhecidoscomo ecotáxis, são utilizados parao transporte de passageiros. Emmuitas cidades da Europa, as bici-cletas mudaram estilos de vida e acena urbana.

No Brasil, elas representam algoque depois que se aprende nuncamais esquece. Diz o ditado popu-lar: “É como andar de bicicleta”.Muitos capixabas tiraram as lem-branças da memória e estão peda-lando mais.

Na administração municipal,profissionais estão trabalhando emprojetos para incentivar e garantirmais mobilidade e segurança paraessa modalidade de transportesaudável e sustentável.

Se depender do empenho daequipe, Vitória estará cada vezmais sobre duas rodas. Em muitasáreas do município, a malha ciclo-viária, hoje com cerca de 29 km,está sendo ampliada e restaurada.O objetivo é chegar aos 60 km até ofinal da gestão municipal.

A meta já começa com a interli-gação de ciclovias existentes, co-

MARCOS SALLES/PMV

A ESTUDANTEBRUNA NUNESF E R N A N D ESaproveita osdomingos parapedalar da Ilhado Frade aofinal docalçadão deCamburi: “Ess eé um momentode lazer ede praticarexe rc í c i o”, diz

FOTOS: SECOM/PMV

CICLOFAIXA em Camburi é uma dasações para incentivar o transporte sobreduas rodas com mais segurança

MARCOS SALLES/PMV

THAÍS TOVAR aprovou a ciclofaixa

Ciclofaixa para apreciar a paisagemO lazer de domingo na capital fi-

cou ainda melhor com a nova ci-clofaixa que liga a Praça dos Na-morados, na Praia do Canto, à Ruade Lazer, em Camburi, um espaçopara circular com segurança e cur-tir as belas paisagens do local.

A via temporária para os ciclis-tas fica na faixa mais à direita daavenida Saturnino de Brito, queserá interditada com cones das 7 às13 horas, aos domingos e feriadosn a c i o n a i s.

Estudante de Medicina, BrunaNunes Fernandes, que todos osdomingos percorre o trecho daIlha do Frade, onde mora, até o fi-nal do calçadão de Camburi, apro-vou a iniciativa. Segundo ela, opercurso interditado era o que ofe-recia mais riscos.

“Para mim esse é um momentode lazer e de praticar exercício, o

que fica muito melhor com maissegurança e mobilidade”, opina.

“Nosso maior problema comociclista que quer sair da área conti-nental e ir para a Praia do Canto éatravessar a ponte do canal deCamburi. Eu, particularmente,gosto de sair da Mata da Praia debicicleta e ir até a Ilha do Boi paraum mergulho na praia”, disse abióloga Thaís Tristão Tovar.

“Mas o trajeto é complicado porcausa do trânsito na via e do nú-mero de pessoas no calçadão. Fi-quei até surpresa com essa ciclo-faixa. E muito satisfeita também.Achei bem bacana”, acrescentou.

Além das bicicletas, são muitosos skates circulando por Vitória.

OS NÚMEROS

Uso para trabalhar ou estudar29 km de ciclovias implantadas

16 km de ciclovias em projeto

29 km de tratamento cicloviário adefinir (vias que vão receber o equipamento, masque ainda não foi definido se será na modalidadeciclovia ou ciclofaixa)

20,8 km de vias com potencial dei m pl a n t a ç ã o

Para não haver conflito entre ospraticantes dessas modalidades, osecretário de Esportes, Walace Va-lente, tem se reunido com repre-sentantes dos skatistas para discu-tir soluções com bom senso.

“É importante analisar alternati-vas. Vamos criar espaços para essaprática com segurança em locaiscomo as praças dos Namorados edos Desejos, em praças de bairrospróximos à orla, e isolar um bolsãode estacionamento da orla deCamburi”, informa o secretário.

Ele mencionou também o Par-que Zé da Bola, que terá infraes-trutura urbanística e lazer e par-que de skate com área de manobra,pista e rampas.

mo a implantação da ciclovia emJardim Camburi, na avenida Mu-nir Hilal. Serão 600 metros de viaexclusiva para ciclistas, ligando aavenida Dante Michelini até a ruaOtaviano de Carvalho.

O município vai criar a ciclovia,de 825 metros, ao longo do Portode Vitória, no centro, e outros 2,8km na avenida Leitão da Silva, com

as obras do Programa de Mobili-dade Urbana. Também está pre-vista a criação faixa exclusiva paraciclistas aos domingos, ligando oTancredão a Jardim Camburi.

A advogada Lucimar VitorinoGomes diz que o ciclismo para elaé uma terapia, mas só se sente se-gura nos locais com ciclofaixas.Ela espera ansiosa a ampliação da

malha para realizar o sonho depercorrer toda a ilha de bicicleta.

Uma das novidades previstas noprojeto é o compartilhamento. Se-rão adquiridas, inicialmente, 250bicicletas, que serão distribuídasem 25 pontos da cidade. Os ciclis-tas vão retirar uma bicicleta e de-volvê-la no mesmo local de origemou em outra estação.

Essa solução já foi implantadaem algumas capitais do Brasil e fa-cilita o deslocamento nos centrosurbanos em pequenos percursos.

Os ciclistas também contarãocom paraciclos, suportes onde asbicicletas são presas, em prédiospúblicos, como unidades de saúde,escolas, parques e prédios admi-nistrativos da prefeitura e outros.

Principais vias e locais com ciclovia ou ciclofaixa> AVENIDA Se ra f i m

Derenzi> AV E N I DA Ma r e c h a l

Mascarenhas deMo ra e s

> AV E N I DA Américo

Buaiz> E N S E A DA do Suá> PONTE Ayrton Senna> AV E N I DA Da n t e

Michelini> AVENIDA Norte Sul

> AV E N I DA Fe r n a n d oFe r ra r i

> AV E N I DA Pr o f e ss o rDuarte Rabelo

> CA LÇA DÃO daavenida Beira-Mar

VIAGENS EMVITÓRIA DEBICICLETA :

2 2 . 8 35/d i aMOTIVO PRINCIPAL

DAS VIAGENS:

Trabalho ee st u d o

C I C L I STAtransita emuma ciclofaixa,área que éresevada emuma das pistasde avenidade format e m p o rá r i a ,para quemcircula deb i c i c l e ta

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VITÓRIA, ES, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2013 ATRIBUNA 7

Es p e c i a l

Aventura nacidade sobreduas rodasEnquanto algunsusam a bicicletapara passear, outrosjá pensam em irpedalando para olocal de trabalho

Com mais opções de locaisadequados, os capixabas es-tão se preparando para se

movimentar e curtir a capital sobduas rodas. Para muitos o horáriode verão é um incentivo para sairde casa e praticar esportes e o ci-clismo é uma boa opção.

Hilton Gomes Neto adquiriu re-centemente uma bicicleta incenti-vado pelos amigos da empresa, quemontaram um grupo para pedalardepois de trabalho, e está muitoanimado. O assessor jurídico moraem Jardim da Penha e trabalha naEnseada do Suá e já pensa em ir depedalando para o escritório.

“Por enquanto, eu deixo a bikena garagem do prédio da empresa.Como vamos até o final de Cam-buri na volta, quando passo emfrente à minha rua, dá vontade deir para casa de bicicleta mesmo.Qualquer dia, vou fazer isso e, nodia seguinte, ir para o trabalho deb i ke ”, afirma.

Quem está começando tem deficar atento aos equipamentos desegurança. Capacete, joelheiras,cotoveleiras e luvas são muito im-portantes, segundo especialistasno esporte.

São muitas as lojas especializadasno mercado capixaba e os preçosvariam bastante. O ideal é optar porprodutos de qualidade, mas princi-palmente adequados ao tipo físico eàs necessidades de cada um.

Quem não tem o hábito de prati-car exercícios e quer começar a pe-dalar pode procurar um dos mó-dulos do Serviço de Orientação aoExercício (SOE) da Prefeitura deVitória que estão espalhados por

KADIDJA FERNANDES 13/01/2013

CICLISTA: função do personal é orientar quem deseja praticar o esporte

LINO vai para o trabalho de bicicleta

S EC O M / P M V

PASS E I O na ciclofaixa: atividade saudável e sustentável

S EC O M / P M V

CICLISTA PEDALANDO em via pública: equipamentos de segurança como capacete e luvas são muito impor tantes

Personal biker ajuda iniciantesPara Lino Gouvêa, a bicicleta é

quase uma extensão do seu corpo.O mineiro que mora há 11 anos noEstado é um personal biker, maisuma alternativa profissional quesurge no mercado com a crescenteprocura pelo ciclismo.

A função do personal biker éorientar quem quer praticar esseesporte desde a compra da bicicle-ta e dos equipamentos e acompa-nhar todo o desempenho de seusassessorados, propondo as melho-res alternativas para cada caso.

Todos ao dias Lino vai de casa,no bairro Valparaíso na Serra, até otrabalho na Reta da Penha de bici-cleta, um percurso de cerca de 13km, passando por algumas áreas

com ciclovias, como a Norte Sul, ea orla de Camburi. O carro só sai dagaragem para passeios com a espo-sa e filha nos finais de semana.

O amor pelas “magre las”, comosão chamadas na intimidade, co-meçou com o esporte. “Eu come-cei praticando o ciclismo em 1994e participei de muitas competi-ções profissionais, mas incorporeia bike em todos os outros segmen-tos da minha vida, inclusive comoforma de sustento”, comenta Lino,que também trabalha como mecâ-nico de bicicletas.

Lino já pedalou por várias cida-des do País e do mundo e acha queVitória tem condições ótimas parao ciclismo. “Imagina o que é paraum mineiro ir para o trabalho con-templando um lindo visual de

D I CAS

Economia e menos poluiçãoSa ú d e> O CICLISMO é um exercício que mo-

vimenta e tonifica uma série de gru-pos musculares. A hidratação é fun-damental e, durante o percurso, é re-comendado levar um recipiente comágua e beber a cada 3 ou 5 km.

Ec o n o m i a> O CONSUMO de litro de gasolina em

horários de pico, quando trânsito fi-ca lento, chega a ser, no caso dosmotores 1.0, de 6 a 7 km por litro.Considerando o preço dos combus-tíveis, a economia no final do mês po-de bem representativa.

Agilidade> UM CICLISTA em boa forma pode pe-

dalar cerca de 20 km/h, o que nos en-garrafamentos e congestionamentospode deixar as bicicletas em vanta-gem.

S u s t e n ta b i l i d a d e> QUEM está preocupado com a pre-

servação do planeta tem um motivo amais para trocar o transporte moto-rizado, que emite gases poluentes naatmosfera pelas bikes que não pu-lem nada.

Fonte: Especialistas entrevistados.

toda a capital, com a presença deprofissionais de Educação Física.

A dona de casa Renata Gonçal-ves comprou todos os equipamen-tos para ela e para o filho Rafael de3 anos, que anda na cadeirinhaadaptada. Ela garante que o pe-queno tem curtido muito a expe-

riência. Renata anda com o filhona Praça dos Desejos e Curva daJurema, mas no trajeto até a suacasa, na Praia do Suá, passa pormuitos cruzamentos e nem sem-pre os condutores respeitam.

Assim como a dona de casa,muita gente tem dúvidas sobre es-

sa difícil relação entre pedestres eciclistas. Por isso, a prefeitura pre-tende implantar no município aEscola do Ciclista, para orientarsobre os direitos e deveres dequem anda de bicicleta e os proce-dimentos adequados para garantira segurança na locomoção.

p ra i a ”, comenta.Antes do trabalho ele costuma ir

com um grupo de amigos pedalarna Rodovia Serafim Derenzi que,na sua opinião, é um dos melhorestrechos. Mas só até a Usina de Lixoporque depois muitos carros ficamestacionados por lá. “Quando esseproblema acabar o percurso vai fi-car muito bom”, disse.

Como personal biker Lino afir-ma que 70% das pessoas que pro-curam os seus serviços queremusar a bike como meio de trans-porte, ele oferece até workshopssó para atender a esse propósito.

“Trocar o carro pela bicicleta já émuito comum em outras cidadescom Rio de Janeiro e Florianópo-lis, mas em Vitória essa tendênciaestá vindo para ficar”, analisa.

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8 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2013

Es p e c i a l

Mais segurança para ciclistasA ciclofaixa darodovia SerafimDerenzi recebeu novasinalização, oferecendomelhores condiçõespara o ciclista trafegar

Por mais visionário que fosseconsiderado, o construtoritaliano Luiz Serafim De-

renzi ficaria surpreso se pudessecircular hoje pela rodovia que aajudou a edificar e foi batizada emsua homenagem.

A mais extensa de Vitória, commais de 12 km de extensão, a Sera-fim Derenzi é uma das mais im-portantes vias da capital.

Desde o final da década de 30,quando foi construída, a rodovia éindutora de desenvolvimento, ge-rando nos 15 bairros que atravessauma grande concentração resi-dencial, comercial e de serviços.Na rota de ligação entre avenidaMaruípe e o centro da cidade cir-culam milhares de pessoas todosos dias, muitas delas de bicicleta.

As condições adequadas paraesse modal de transporte impor-tante na região, além de uma polí-tica prioritária da administraçãomunicipal, são uma demanda dacomunidade onde muitos cida-dãos garantem o direito de ir e virp e d a l a n d o.

Este ano, a ciclofaixa da SerafimDerenzi recebeu investimentospara atender às exigências da le-gislação de trânsito – resolução nº160/2004 do Conselho Nacionalde Trânsito (Contran).

A ciclofaixa antiga, que era de-marcada com faixas amarelas e ta-chões, foi substituída pela faixa

FOTOS: SECOM/PMV

MORADORES DE NOVA PALESTINA, Luciene Favacho e o marido, Fábio, usam a bicicleta para levar o filho à creche e também para passear aos domingos

S EC O M / P M V

CICLISTA: guardas de trânsito vão orientar sobre o uso correto na via

Moradores discutem mudançasdurante audiências públicas

A escassez de vagas de estacio-namento é um problema comumem todas as grandes cidades, mas aciclofaixa da Serafim Derenzi ge-rou um descontentamento de al-guns comerciantes.

A Prefeitura de Vitória lida comesse conflito de interesses com umdiálogo aberto, ouvindo todos osrepresentantes das comunidadesenvolvidas em audiências públicase reuniões.

“A prefeitura está analisando to-dos os questionamentos e propos-tas dos comerciantes e moradorese estudando as alternativas maisv i áve i s ”, afirma o subsecretário detrânsito, Leonardo Galazzi Zano- O BARBEIRO VALDÍVIO defende o debate: “Solução depende de consenso”

Campanha educativaA Secretaria de Trânsito de Vitó-

ria e a Guarda Municipal apostamna conscientização para garantir ouso adequado da ciclofaixa da Se-rafim Derenzi e promovem, du-rante o mês de novembro, umacampanha educativa entre os mo-ra d o re s.

“É importante que todos saibama importância dessa ciclofaixa. Osguardas de trânsito vão orientarsobre o uso correto da via”, avalia osecretário de Segurança Urbana,Cel. Welington da Costa Ribeiro.

Nesse período também serão

concluídos os detalhes finais da si-nalização. Depois de um tempopara adaptação às novas ciclofai-xas, apenas as bicicletas poderãopassar pelo local.

A partir de dezembro, os agentesde trânsito começarão a fiscalizare autuar os motoristas que insisti-rem em estacionar em cima da ci-clofaixa, com a multa prevista peloCódigo de Trânsito Brasileiro(CTB) para este tipo de infração,que é de R$ 127,69 e cinco pontosna carteira nacional de habilitação(CNH).

contínua vermelha e borda branca.Por causar maior contraste, ela au-menta a segurança dos ciclistas, co-mo explica o subsecretário deTrânsito, Leonardo Galazzi Zano-telli. O trecho exclusivo para os ci-clistas é de mais de 6 km.

Moradora de Nova Palestina,

Luciene Favacho leva o filho à cre-che de bicicleta, faz compras, pa-gamentos e outras tarefas cotidia-nas e até mesmo a diversão aos do-mingos com o marido, Fábio deSousa Lacerda, é sobre duas rodas.

“Tudo por aqui é bem perto, debicicleta dá para ir rápido”, co-

menta a dona de casa. Mas ela con-fessa que fica preocupada com asegurança nos horários de pico.

Na Casa do Ciclista, que fica àmargem da Serafim Derenzi, égrande a demanda por reparos econsertos de danos provocadospor quedas e colisões.

“Muitas pessoas dependem des-se transporte, por isso encaram osriscos”, comenta José Pereira Cos-ta, proprietário da oficina. Os ris-cos a que se refere são os carros es-tacionados ao longo da ciclofaixaque obrigam os ciclistas a desviarpela pista de rolagem.

telli. A conversão de algumas viasadjacentes em mão única paraaproveitar uma faixa para estacio-namento é uma das opções em es-tudo, segundo Galazzi.

O barbeiro Valdívio José dosSantos entende a importância daciclofaixa, mas afirma que o co-mércio também precisa de condi-ções para atender à demanda. Se-

gundo ele, o crescimento econô-mico da região atrai empresáriosde outros bairros, que já ocupammuitas das vagas.

“A origem problema é antiga,porque muitos construíam sem sepreocupar com vagas de estacio-namento. Mas a solução dependede consenso”, pondera o empre-e n d e d o r.

“A origem doproblema é

antiga porque muitosconstruíam sem sepreocupar com vagas deestacionamento ”Valdívio José dos Santos, barbeiro

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VITÓRIA, ES, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2013 ATRIBUNA 9

Es p e c i a l

Novos abrigosnos pontosde ônibusSerão instalados 78novos abrigos nosbairros de Vitória paradar mais segurança econforto aos usuáriosde transporte coletivo

Segurança e acomodaçõesadequadas são fundamen-tais para o deslocamento

diário, seja para o trabalho, lazerou outros compromissos. Masquando o modal de transporte es-colhido é o ônibus, esses fatores jásão importantes mesmo antes deembarcar no coletivo.

Em Vitória serão implantados78 novos abrigos, um investimentode R$ 755 mil para atender osusuários do sistema de transportecoletivo. O processo de contrata-ção da empresa ganhadora da lici-tação para a execução do projetoestá em fase de conclusão e asobras devem começar ainda estea n o.

O destino de algumas dessas in-fraestruturas serão locais que nãopossuem pontos de ônibus. Deacordo com o subsecretário detransportes, José Eduardo de Sou-

sa Oliveira, a prioridade são asprincipais avenidas da cidade poronde circulam o maior número delinhas de ônibus.

As outras vão substituir abrigosantigos em estado ruim que, mes-mo desgastados pelo tempo, aindaestão longe da aposentadoria.

“Essas unidades passarão pormanutenção e ajustes e serãoaproveitadas em locais de menorf l uxo ” informa o subsecretário.Atualmente, a cidade de Vitóriaconta com 1.088 paradas de ônibuse 509 delas possuem abrigos.

Depois de restauradas elas po-derão atender às demandas dascomunidades por mais um abrigono bairro ou em uma via secundá-ria, desde que atendam a critériostécnicos, como a largura mínimada calçada.

A dermoesteticista Marluze Fio-roti Campos, moradora da Gurigi-ca, faz drenagem linfática na casadas clientes em vários bairros dacapital. “Eu poderia utilizar o carrodo meu marido, mas prefiro o ôni-bus que sai mais barato e é rápido.Mas deixo de atender nos horáriosmais tarde com medo de ficar empontos que são escuros e isolados.”

Marluze lembra ainda que já pe-gou ônibus errado por não encon-

LEONARDO SILVEIRA/PMV

PONTO DE ÔNIBUS NA SERAFIM DERENZI: novos abrigos vão ter painéis com informações sobre as linhas

S EC O M / P M V

PASSAG E I R O Sesperam ônibusem frente àA ss e m b l e i aL e g i s l at i va :Vitória temuma frota de330 veículosoperando eum total de56 linhasmunicipais

S E TO P

ESTAÇÃO dos corredores exclusivos que será construída em Vitória

Mais viagens garantem menostempo de espera para passageiros

Mesmo com mais e melhoresabrigos, a Secretaria de Transpor-tes trabalha para que as pessoaspassem cada vez menos tempo ne-les esperando pelos coletivos.

Profissionais da Setran têm ado-tado ajustes operacionais para am-pliar a oferta de viagens sem au-mentar o número de ônibus circu-lando, que hoje totaliza uma frotade 330 veículos operando e 56 li-

nhas municipais.Um exemplo recente envolve as

linhas 171, que liga o bairro JoanaD’arc à Rodoviária e a 175, que fazo trajeto de Resistência tambématé a Rodoviária.

“Como são bairros próximos, nósincorporamos a frota da 171 à 175,que ganhou mais agilidade e efi-ciência e passou a atender tambémo bairro Santa Marta”, esclarece o

SAIBA MAIS

Transporte coletivo em Vítória> SÃO 56 LINHAS DE ÔNIBUS, ao todo,

distribuídas em 342 veículos, quepossuem idade média de 4,5 anos etransportam, por dia, aproximada-mente 120 mil passageiros.

> EMPRESAS permissionárias: GrandeVitória, Tabuazeiro e Unimar.

> TARIFA DESDE JUNHO: R$ 2,40. Otransporte seletivo custa R$ 2,55. Atarifa é definida pela Câmara Temá-tica de Transporte Público de Passa-geiros, vinculada ao Conselho Muni-cipal de Transporte e Trânsito (Co-muttran-Vitória). Desde agosto, aplanilha de composição dos custos

está disponível no site da PMV.> TODOS OS ÔNIBUS são monitorados

por meio da tecnologia GPS. Implan-tado em 2009, é possível observarem tempo real a posição e a localiza-ção dos ônibus no mapa da cidade, avelocidade em que eles estão trafe-gando e o tempo de viagem de cadalinha.

> P O N T O V I T Ó R I A : S i t e v i t o-ria.es.gov.br/pontovitoria informa aprevisão dos horários em que os ôni-bus irão passar nos pontos de para-da. Acesso para computadores, ta-blets ou smartphones.

BRT irá agilizar as viagensUma parceria entre os governos

municipal e estadual vai represen-tar um grande avanço no sistemade transporte urbano da capital,que a partir da implantação do BusRapid Transit (BRT) será interli-gado à rede municipal.

Com a implantação, os morado-res de Vitória, dos bairros ondenão circulam os ônibus do Trans-col, poderão se deslocar para ou-tros municípios da Região Metro-politana pagando apenas uma tari-fa, como já acontece em outrosmunicípios, incluindo as linhasdas alimentadoras da cidade.

Será implantado na capital umcorredor exclusivo, que passarápelas vias mais congestionadas,

começando na Fernando Ferrari,passando pela Reta de Penha, Cé-sar Hilal, Desembargador SantosNeves, Avenida Vitória e PrincesaIsabel, onde há o maior número deviagens de ônibus por dia.

De acordo com o subsecretáriode Transportes de Vitória, JoséEduardo de Sousa Oliveira, a faixaexclusiva para os ônibus vai agili-zar o deslocamento das viagens,principalmente nos horários dep i c o.

Nesse trajeto serão construídasas estações onde os passageirosirão trocar de linha quando neces-sário. Está em estudo também a in-tegração do sistema com o novoa q u av i á r i o.

trar ninguém para dar informa-ç õ e s.

Mais um problema com os diascontados. Os abrigos do municípiovão receber painéis com informa-ções sobre itinerários, linhas quepercorrem o local, horários, ori-gens e destinos e um mapa da re-gião localizando o ponto.

O projeto, mais um reforço navocação da cidade para o turismo,está em processo de abertura de li-citação e deverá começar a serexecutado até o final do ano.

subsecretário de transportes.De acordo com os levantamen-

tos da Setran, o tempo de esperados usuários da linha caiu de cercade 21 minutos para 13, chegando a11 minutos em alguns horários.

A equipe técnica da Secretariaestá monitorando o desempenhode todas as rotas do transporte ur-bano municipal e avaliando outraspossíveis mudanças.

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10 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2013

Es p e c i a l

Viagensa d a p ta d a snos ônibusAté o final de 2014, todaa frota municipal deônibus será adaptadapara os passageiroscom dificuldadesde locomoção

Ir e vir é um direito do cidadão eem Vitória é possível observarque pessoas com deficiência,

idosos e outras que têm dificulda-de de locomoção estão cada vezmais inseridas no mercado de tra-balho ou em outras atividades, co-mo as de lazer por exemplo.

Para garantir a acessibilidadedesses cidadãos no sistema detransporte coletivo, 73% da frotade Vitória já está adaptada complataforma elevatória, espaço paracão-guia e um banco com dimen-sões diferenciadas.

Todos os novos veículos já aten-dem à legislação federal e até o fi-nal de 2014 toda a frota municipalde ônibus estará adaptada.

Ao todo, há 209 ônibus adapta-dos. No caso dos seletivos, todos osveículos cumprem às exigênciaspara atender cadeirantes. Alémdisso, dos 39 acentos, quatro sãoreservados para idosos, gestantes epessoas com deficiência.

Aos 78 anos, Sarila Vaz Gonçal-ves utiliza cadeira de rodas porconta de uma fratura no fêmur etrês vezes por semana faz sessõesde fisioterapia. “Quando meu filho

não pode me levar eu vou de ôni-bus com a minha acompanhante.Aproveito para e elogiar o motoris-ta que é muito paciente e gentil”.

O transporte é outra vantagempara pessoas acima de 65 anos epessoas com deficiência. Para soli-citar o Cartão de Gratuidade doIdoso basta ir ao Sindicato dasEmpresas de Transporte de Passa-geiros do Espírito Santo (Setpes)que fica na rua Constante Sodré,265, Santa Lúcia. O telefone é2125 -7602.

O subsecretário de Transportes,José Eduardo de Sousa Oliveira,explica que para atender o maiornúmero de pessoas a administra-ção municipal procura distribuiros ônibus adaptados entre da me-lhor forma entre as 56 linhas dacapital.

TAXI ACESSÍVEL: a capital tem, ao todo, 10 veículos adaptados desse tipo

FOTOS: SECOM/PMV

VAGAS PREFERENCIAIS: está mais fácil obter a credencial para idosos ou deficientes ou para quem os transpor ta

ÔNIBUS circulando em Vitória: idosos e deficientes têm gratuidade

Soluções eficientes para ir e virNo município de Vitória, pes-

soas com deficiência severa de lo-comoção, contam com o Trans-porte Porta a Porta, serviço geren-ciado pela Setran e executado pe-las três empresas permissionáriasque atuam no sistema municipalde transporte coletivo.

SAIBA MAIS

Todos os dias da semanaCartão de gratuidade> PESSOAS ACIMA DE 65 ANOS e pes-

soas com deficiência têm direito atransporte público gratuito.

> PARA SOLICITAR o Cartão de Gratui-dade do Idoso, basta ir ao Sindicatodas Empresas de Transporte de Pas-sageiros do Espírito Santo (Setpes)

> E ND E R EÇ O : Rua Constante Sodré,265, Santa Lúcia

> T E L E FO N E : 2125 -7602O> SÃO 219 ÔNIBUS adaptados, ou seja,

73% da frota municipal já conta comelevador e lugar para cadeirantes.

> TODOS OS 15 SELETIVOS são acessí-ve i s .

Porta a Porta> PESSOAS COM DEFICIÊNCIA s evera

de locomoção contam com o Trans-porte Porta a Porta, serviço gratuitogerenciado pela Setran.

> O PORTA A PORTA busca o cadeiran-te no local previamente estabeleci-do, encaminha-o ao seu destino e re-torna com o mesmo ao ponto de par-tida, seguindo a prioridade no aten-dimento: saúde, trabalho, educaçãoe lazer.

> CERCA DE 280 CADEIRANTES s ãoatendidos atualmente por 10 veícu-los 100% acessíveis, mas a prefeitu-ra estuda ampliar em breve a frota

desse serviço.> O TRANSPORTE, que é gratuito, ope-

ra todos os dias da semana, inclusivenos feriados e pontos facultativos,das 4h30 às 24 horas.

> PARA UTILIZAR O SERVIÇO, o usuáriodeve ser cadastrado pela Setran, queemite uma credencial

> O AGENDAMENTO das viagens doPorta a Porta deve ser feito por meiodo telefone 156 (Fala Vitória), quefunciona de segunda a domingo, das6 horas à meia-noite, incluindo feria-dos.

> AS SOLICITAÇÕES de transporte de-vem ser feitas com antecedência mí-nima de três dias para que os roteirospossam ser previamente programa-dos.

Onde fica a Setran> CENTRO INTEGRADO de Atendimen-

to ao Cidadão (Ciac)> ENDEREÇO: Rua Vitório Nunes da

Motta, 220, 1º andar, Enseada doSuá

> HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: desegunda a sexta-feira, das 8h às 17h o ra s

> MAIS INFORMAÇÕES: ligue para oFala Vitória 156, de segunda a do-mingo, das 6 horas à meia-noite, in-cluindo feriados.

E agora na Prefeitura de Vitóriaestá mais rápido tirar a credencialpara utilizar as vagas preferenciaispara idosos ou deficientes, sejamos próprios ou quem os transpor-tam. Basta levar toda a documen-tação, inclusive laudo médico nocaso dos portadores de deficiên-cia, a credencial é entregue nomesmo dia.

O percentual de vagas para defi-cientes é de 2% e para idoso é de3% , e administração tem trabalha-do para atingir esse total. Nas viase áreas públicas que estão sendorecuperadas ou sinalizadas, os es-tacionamentos prioritários estãosendo incluídos e nos empreendi-mentos particulares em constru-ção no município, essa é uma exi-gência do PDU.

O Porta a Porta busca o cadei-rante no local previamente estabe-lecido, encaminha-o ao seu desti-no e retorna com o mesmo ao pon-to de partida, seguindo a priorida-de no atendimento: saúde, traba-lho, educação e lazer.

Atualmente são cerca de 280 ca-

deirantes atendidos por 10 veícu-los, mas a prefeitura estuda am-pliar a frota desse serviço.

O transporte, que é gratuito,opera todos os dias da semana, in-clusive nos feriados e pontos fa-cultativos, das 4h30 às 24 horas.

Para utilizar o serviço, o usuáriodeve ser cadastrado pela Setran,que emite uma credencial, com aqual é feito o agendamendo dasviagens por meio do telefone 156.

Outra opção é o serviço de TáxiAcessível. Ao todo 10 veículos emVitória fazem o transporte de pas-sageiros com mobilidade reduzidaque utilizam a sua própria cadeirade rodas, como pessoas com defi-ciência, idosos e obesos.

Os veículos adaptados possuemponto livre na cidade e o serviçopode ser solicitado por telefone eaceita pedidos de agendamento.

Embora a prioridade no atendi-mento seja para pessoas com mo-bilidade reduzida, o serviço não éexclusivo para esse público, po-dendo atender ao chamado dequalquer pessoa, se estiver livre.

OS NÚMEROS

7 3%da frota de Vitória está adaptada

Em 2014todos os ônibus serão adaptados

209 ônibusadaptados, ao todo. Todos osseletivos cumprem as exigênciaspara atender cadeirantes.

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VITÓRIA, ES, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2013 ATRIBUNA 11

Es p e c i a l

Novo rotativo vai ter 2.999 vagasPraia do Canto, SantaLúcia e Centro vão terum sistema moderno,com parquímetro, paraorganizar e facilitaro estacionamento

A falta de vagas nas áreas maismovimentadas da cidade éuma queixa frequente de

motoristas. O sistema de estacio-namento rotativo será implantadoaté o final do ano na Praia do Can-to, no Centro e em Santa Lúcia, pa-ra minimizar esse problema e comuma grande novidade que repre-sentará um reforço a mais na segu-rança desses bairros.

A empresa contratada terá deinstalar câmeras de viodemonito-ramento nas áreas do rotativo,uma inovação da Prefeitura de Vi-tória no processo licitatório, queestá em andamento.

Serão 1.849 vagas na Praia doCanto, 800 no Centro e 350 emSanta Lúcia, totalizando 2.999.

O sistema de estacionamentorotativo terá ainda outras novida-des. O controle do uso das vagasserá eletrônico, feito por meio deparquímetros. A forma de paga-mento será diversificada: moedas,cartões recarregáveis e smartpho-n e s.

O rotativo é uma antiga deman-da, principalmente dos comer-ciantes, que acreditam que, alémde democratizar o uso do espaçopúblico, o sistema vai impulsionaras vendas e serviços nas regiões.

Régis Carneiro Júnior, proprie-tário de uma loja de suplementosalimentares na Praia do Canto, co-menta que alguns clientes deixamde comprar lá pela dificuldade deacesso. “Tem gente optando porcomprar em lojas em seus bairros,mesmo que os preços sejam maisc a ro s ”, lamenta.

A contrapartida da empresavencedora será uma remuneração

ao município de mínimo de 8% dareceita obtida na atividade, recur-sos que serão aplicados em melho-rias no trânsito e na segurança pú-blica, conforme a legislação muni-cipal.

A empresa concessionária ficaráresponsável pela sinalização hori-zontal (implantação e recupera-ção) nas áreas do rotativo.

O valor cobrado será de R$ 1 (30minutos na vaga), R$ 1,50 (umahora), R$ 2 (duas horas) e R$ 3(três horas), das 8 às 18 horas.

Os moradores que não tiverem

PMV

ANTIGO ROTATIVO no centro de Vitória: região vai receber 800 vagas no novo sistema, que começa a funcionar até o final do ano

ANA PAULA HERZOG

O TAXISTA Reinaldo Gonzaga aprova o sistema de pontos rotativos

PMV

RUA NA PRAIA DO CANTO: projeto Vaga Legal está em estudo no bairro

Pontos rotativos para táxisOs pontos rotativos para táxis

beneficiam os profissionais do se-tor e também quem depende dessamodalidade de transporte. Elesfuncionam em determinados lo-cais em horários diferenciados, ge-ralmente à noite. Nos outros pe-ríodos permanecem como estacio-namentos normais.

Vitória tem hoje 462 taxistas,sendo 10 veículos adaptados, e to-dos podem parar e pegar passagei-ros nos pontos rotativos.

O subsecretário de Transportes,José Eduardo de Sousa Oliveira,explica além de criar mais opçõespara os taxistas e usuários, os rota-tivos ajudam a combater a concor-rência com táxis de outros municí-pios que atuam irregularmente emVi t ó r i a .

Um exemplo de sucesso é o pon-to rotativo em frente à Boate SãoFirmino, na Reta da Penha, quefunciona das 20 horas às 5 horas.

“Antes no local era grande aatuação de táxis clandestinos, oque melhorou muito depois da im-plantação do sistema”, contou Jo-sé Eduardo.

A Setran estuda agora novos lo-cais para implantação dos rotati-vos de táxis e a prioridade, deacordo com o subsecretário, sãoáreas próximas a bares e boates,onde é grande a concentração depessoas, além de ser um incentivoa mais para respeitar a Lei Seca, jáque há muito consumo de bebidasalcoólicas nessas regiões.

O taxista Reinaldo Gonzaga deOliveira aprova o modelo e diz quea categoria espera que seja amplia-da em várias regiões da capital, co-mo a Rua da Lama e o Triângulodas Bermudas. “Para nós é umagrande vantagem e, com certeza,vai representar mais corridas emenos concorrência com os clan-d e st i n o s ”, avalia Reinaldo.

Estacionamento bem mais flexívelCom a flexibilização de vagas de

estacionamento em alguns locais,a prefeitura está conseguindo au-mentar as opções para os motoris-tas em determinados horários e

também priorizar a fluidez notrânsito em outros.

É o projeto Vaga Legal, que estu-da alternativas para áreas onde es-tacionar não é permitido.

De acordo com o secretário deTransportes de Vitória, Max daMata, em algumas dessas vias oestacionamento está sendo libe-rado nos períodos quando é me-nor o fluxo de veículos.

Na rua Construtor David Teixei-ra, na Mata Praia, já existe o VagaLegal, que tem agradado a comu-nidade e quem circula no local.

Como é uma via arterial daavenida Dante Micheline, agorasó é proibido estacionar os car-ros entre 17 horas e 19 horas,quando é grande o fluxo de aces-so à orla de Camburi.

O secretário explica que muitosoutros locais estão sendo avalia-dos, em especial na Praia do Cantoe Santa Lúcia, onde há uma grandedemanda.

“A prioridade é liberar as vagasem horários noturnos próximo aigrejas por exemplo, e outros ondehaja grande concentração de pes-soas”, informa Max da Mata.

vagas de garagem poderão solici-tar isenção da taxa na SecretariaMunicipal de Transportes, Trânsi-to e Infraestrutura Urbana.

A comerciante Maria Hilda Re-gianni espera que o sistema sirvaainda para diminuir o número decarros circulando nesses locais, oque melhorará o trânsito.

“Como será cobrado por hora,quem trabalha ou mora na região edeixa o carro por horas na rua teráde repensar, porque vai ter um im-pacto no bolso. Andar de ônibustalvez seja uma boa alternativa”.

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12 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, QUARTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2013

Es p e c i a l

Mão única em favor da mobilidadeO sistema binário éuma das medidasimplantadas em JardimCamburi para garantirmais mobilidade amotoristas e pedestres

Em Jardim Camburi, o maiore mais populoso bairro deVitória, além dos imóveis re-

sidenciais, cresce o número de co-mércios, serviços, negócios e dediversas opções de lazer.

O trânsito do bairro, cada vezmais intenso, já está passando portransformações para garantir maissegurança e mobilidade para moto-ristas e pedestres. Muita coisa jámudou com a implantação da pri-meira etapa do Sistema Binário.

A principal característica do sis-tema é a conversão de vias de mãodupla em sentido único, um gran-de reforço na segurança por evitaras colisões frontais entre veículos.Pedestres e ciclistas também cir-

S EC O M / P M V

SISTEMA BINÁRIO JARDIM CAMBURI: medida organiza melhor o fluxo de carros e a travessia dos pedestres

S EC O M / P M V

RETA DA PENHA: alternativa desaída de carros em Barro Vermelho

Mudanças na Praia do CantoA Praia do Canto é outro bairro

da cidade onde sistema binário se-rá implantado pela prefeitura paradar mais fluidez ao trânsito, alémde possibilitar a criação de ciclo-faixas na região. Moradores e co-merciantes estão sendo ouvidossobre a adoção do sistema.

Para o secretário Max da Mata, obinário organiza melhor o fluxo decarros, evita o choque frontal entreveículos, aumenta a segurança natravessia dos pedestres e auxilia nodesempenho dos ônibus, mas aimplantação sempre causa impac-tos, por isso, assim como em Jar-dim Camburi, é muito importanteo diálogo com a comunidade .

Max lembra que moradores deBarro Vermelho, por exemplo, sótêm duas alternativas de saída que

é a Reta da Penha ou a Praia doCanto. Algumas intervenções jáestão previstas nas ruas Desem-bargador Sampaio, Madeira deFreitas e algumas outras.

Medidas para o trânsito fluirUma intervenção viária vai ga-

rantir aos moradores de Mata daPraia e Bairro República um trân-sito mais seguro para pedestres epara condutores. Ela prevê a reti-rada de um semáforo de três tem-pos do cruzamento entre as ruasDemerval Lyrio e a Carlos Gomesde Sá, reduzindo os engarrafa-mentos e melhorando o fluxo.

A subsecretária de Desenvolvi-mento da Cidade, Lúcia Vilarinho,explica que o projeto contempla aconstrução de ilhas de pedestres,uma rotatória e dois semáforos,além de sinalização horizontal eve r t i c a l .

“A obra será realizada pelo Su-permercados Perim, exigência domunicípio como medida compen-

culam de forma mais segura com aatenção voltada apenas para umsentido do fluxo.

Outra vantagem é o aproveita-mento de algumas vias como esta-c i o n a m e n t o.

A iniciativa integra o projetoTrânsito Livre e promete desafo-gar o trânsito na região, promoven-do a qualidade de vida para os mo-radores do bairro, como NatanhaelVilaça, que há nove anos mora emJardim Camburi.

“Acho que as medidas serão po-sitivas, mas falta informação”, co-menta o gerente comercial.

Até o momento, 13 vias já foramconvertidas. A segunda e a terceiraetapas incluem outras conversões,implantações de semáforos, sinali-zação e muito mais.

A prefeitura, através de umaequipe de Educação no Trânsitoda Secretaria de Trânsito (Setran)tem realizado campanhas comdistribuição de panfletos paraorientar a comunidade. A segundaetapa está prevista para começarem janeiro.

satória, conforme o termo de com-promisso assinado entre o empre-endedor e a Prefeitura de Vitória, ea execução deverá ser iniciada nospróximos dias” .

Serão feitas modificações no en-torno para transformar em mão

única a última quadra da Demer-val Lyrio, sentido Jardim da Penha-Goiabeiras, bem como o tre-cho da Carlos Gomes de Sá, quecompreende o cruzamento da De-merval Lyrio e com rua Ricardo deFreitas Salles.

JUSSARA MARTINS - 12/08/2013

MATA DAPRAIA :inter vençãoviária prevê aretirada de umsemáforo detrês tempos docruzamentoentre duas ruasdo bairro

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