erva de santa maria (chenopodium ambrosioides l 7 (13) - 3 - erva de...colapso e óbito9, 27, 28....

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JBCA Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2014 7 (13): 464 499. 464 Erva de Santa Maria (Chenopodium ambrosioides L.): Aplicações clínicas e formas tóxicas Revisão de literatura Herb Santa Maria (Chenopodium ambrosioides L.): Clinical applications and toxic forms A review Hierba de Santa Maria (Chenopodium ambrosioides L.): Aplicaciones clínicas y formas tóxicas Revisión de literatura Láyla Silva Soares de Oliveira 1 *, Felipp Silveira Ferreira 2 e André Mauricio Barroso 3 Resumo Chenopodium ambrosioides é uma planta herbácea conhecida popularmente como erva de Santa Maria. Na medicina popular brasileira é usada no tratamento de problemas digestivos e afecções respiratórias. Com potenciais agentes analgésicos, é anti-inflamatória, antimicrobiana, antipirética, antirreumática, fungicida e age principalmente no combate a verminoses. Possui vasta utilização na medicina veterinária como anti- helmíntico, tendo também propriedades antissépticas, digestivas, antioxidantes, antifúngicas, antibacterianas, anti-inflamatórias, sedativas, tônicas, cicatrizantes, esquistossomicidas, molusquicidas, antimaláricas, leishmanicidas, antiacetilcolinesterásicas e atividade repelente. Este trabalho objetiva fazer uma revisão de literatura para aclarar as principais aplicações da C. ambrosioides na medicina veterinária, seus efeitos clínicos e tóxicos. A literatura aponta que esta planta está amplamente difundida, com aplicabilidade terapêutica para o manejo de diversas enfermidades e com alto potencial frente às endoparasitoses e ectoparasitoses. Porém necessita de mais estudos para o estabelecimento de doses espécie- específicas e redução de sua toxidade. Palavras-chave: fitoterapia, planta medicinal, efeito tóxico. 1 Médica Veterinária. Laboratório de Sanidade Animal (LSA). Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). *E-mail: [email protected] 2 DSc. Pesquisador colaborador. Laboratório de Clínica e Cirurgia Animal (LCCA)/UENF. 3 MSc. Doutorando em Ciência Animal. LSA/UENF.

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Page 1: ERVA DE SANTA MARIA (Chenopodium ambrosioides L 7 (13) - 3 - Erva de...colapso e óbito9, 27, 28. Utilização popular humana A erva de Santa Maria é utilizada na medicina popular

JBCA – Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2014 7 (13): 464 – 499.

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Erva de Santa Maria (Chenopodium ambrosioides L.):

Aplicações clínicas e formas tóxicas – Revisão de literatura

Herb Santa Maria (Chenopodium ambrosioides L.): Clinical

applications and toxic forms – A review

Hierba de Santa Maria (Chenopodium ambrosioides L.):

Aplicaciones clínicas y formas tóxicas – Revisión de literatura

Láyla Silva Soares de Oliveira1*, Felipp Silveira Ferreira2 e

André Mauricio Barroso3

Resumo

Chenopodium ambrosioides é uma planta herbácea conhecida

popularmente como erva de Santa Maria. Na medicina popular brasileira é

usada no tratamento de problemas digestivos e afecções respiratórias. Com

potenciais agentes analgésicos, é anti-inflamatória, antimicrobiana,

antipirética, antirreumática, fungicida e age principalmente no combate a

verminoses. Possui vasta utilização na medicina veterinária como anti-

helmíntico, tendo também propriedades antissépticas, digestivas,

antioxidantes, antifúngicas, antibacterianas, anti-inflamatórias, sedativas,

tônicas, cicatrizantes, esquistossomicidas, molusquicidas, antimaláricas,

leishmanicidas, antiacetilcolinesterásicas e atividade repelente. Este

trabalho objetiva fazer uma revisão de literatura para aclarar as principais

aplicações da C. ambrosioides na medicina veterinária, seus efeitos clínicos

e tóxicos. A literatura aponta que esta planta está amplamente difundida,

com aplicabilidade terapêutica para o manejo de diversas enfermidades e

com alto potencial frente às endoparasitoses e ectoparasitoses. Porém

necessita de mais estudos para o estabelecimento de doses espécie-

específicas e redução de sua toxidade.

Palavras-chave: fitoterapia, planta medicinal, efeito tóxico.

1Médica Veterinária. Laboratório de Sanidade Animal (LSA). Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF).

*E-mail: [email protected] 2 DSc. Pesquisador colaborador. Laboratório de Clínica e Cirurgia Animal (LCCA)/UENF. 3 MSc. Doutorando em Ciência Animal. LSA/UENF.

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Abstract

Chenopodium ambrosioides is an herbaceous plant, popularly known as

Yerba Santa Maria. In Brazilian folk medicine is used to treat digestive

problems and respiratory diseases. It has potential uses as an analgesic,

anti-inflammatory, antimicrobial, antipyretic, antirheumatic, fungicide and

especially in combating worms. It has wide use in veterinary medicine as an

anthelmintic, as well as having antiseptic, digestive, antioxidant, antifungal,

antibacterial, anti-inflammatory, sedative, tonic, cicatrizing properties, and

has schistosomicide, molusquicid, antimalaric, antileishmanial, anti-

acetylcholinesterase and repellent activities. This paper aims to review the

literature in order to clarify the main applications of C. ambrosioides in

veterinary medicine’s clinical effects such as toxicity. The literature suggests

that this plant is widespread, with therapeutic applications for managing

various diseases with a high potential of endoparasites and ectoparasites.

But there is need for further study to establish species-specific doses to

reduce their toxicity.

Keywords: Phytotherapy, medicinal plant, toxic effect.

Resumen

Chenopodium ambrosioides es una planta herbácea, conocida

popularmente como hierba de Santa Maria. En la medicina popular brasileira

es usada en el tratamiento de problemas digestivos e infecciones

respiratorias. Es potencial agente analgésico, antiinflamatorio,

antimicrobiano, antipirético, antireumático, fungicida y principalmente en el

combate de las verminosis. Es ampliamente utilizado en la medicina

veterinaria como anti-helmíntico, teniendo también propiedades

antisépticas, digestivas, antioxidantes, antifúngicas, antibacterianas, anti-

inflamatorias, sedativas, tónicas, cicatrizantes, esquistosomicida,

molusquicida, antipalúdicos, antileishmania, antiacetilcolinesterásica y

actividad repelente. El objetivo del presente trabajo fue realizar una revisión

de literatura para aclarar las principales aplicaciones da C. ambrosioides en

la medicina veterinaria, sean los efectos clínicos como los tóxicos. La

literatura apunta que esta planta es ampliamente difundida, con aplicaciones

terapéuticas para el manejo de diversas enfermedades, con alto potencial

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frente a endoparasitosis y ectoparasitosis. Sin embargo necesita de más

estudios para el establecimiento de dosis especie-especificas, y reducción

de su toxicidad.

Palabras clave: fitoterapia, planta medicinal, efecto tóxico.

Introdução

O homem busca na

natureza recursos para

melhorar a qualidade de vida

desde os primórdios da

civilização. Dentre estes

recursos, destaca-se a

utilização das plantas como

medicamentos, prática que

surgiu há séculos, no entanto

empregada de forma empírica1,

2. Neste sentido, o uso

tradicional de plantas pela

população no tratamento de

doenças despertou o interesse

de pesquisadores, que

buscaram avaliar a eficiência

terapêutica e os riscos de sua

utilização3.

No Brasil, a base do uso

de plantas medicinais está

relacionada com a colaboração

dos indígenas, africanos e

europeus. Os índios utilizavam

ervas em seus rituais de cura

para tratamento de

enfermidades antes da

colonização e transmitiam seus

conhecimentos por varias

gerações1,4.

Além da utilização das

plantas medicinais como

fitoterápicos, inúmeras

pesquisas realizadas são

baseadas no conhecimento

etnobotânico das mesmas, o

que propicia a descoberta de

novos compostos bioativos, ou

seja, medicamentos

fitoterápicos que, quando bem

estudados, expressam

possibilidades reais no

combate de doenças, inclusive

as parasitoses3, 5.

A espécie Chenopodium

ambrosioides L. é uma planta

da família Amaranthaceae,

nativa da América, originária do

México, porém pode ser

encontrada em todos os países

de clima temperado e tropical.

No Brasil encontra-se

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vastamente distribuída em

quase todo o território nacional,

onde recebe vários nomes

populares como mastruz,

mentruço, erva de Santa Maria

e mentruz 6,7,8.

A C. ambrosoides é uma

planta herbácea de pequeno

porte, possui propriedades

aromáticas fortemente notáveis

e características peculiares,

sendo seu princípio ativo

encontrado no óleo de suas

sementes. Esta planta possui

propriedades de grande

potencial antiparasitário, sendo

considerada tóxica quando

administrada em altas doses,

independentemente da via de

administração. Sua toxicidade

pode estar diretamente

relacionada à espécie animal à

qual é administrada9,10.

Sua util ização na

medicina veterinária

demonstrou, na maioria das

vezes, baixa toxicidade e

muitas ações benéficas são

citadas em relação à sua

utilização, como, por exemplo,

no tratamento de doenças

causadas por protozoários,

além de suas propriedades

analgésicas, digestivas,

antimicrobianas, atividades

antioxidantes, sedativas,

tônicas, anti-inflamatórias,

antissépticas, antifúngicas e

cicatrizantes11,12,13,14.

Observam-se citações a

respeito de suas propriedades

como agentes carminativos nos

tratamentos de problemas de

ordem respiratória, referentes

ao sistema nervoso, sistema

circulatório e digestório, além

da ação parasiticida,

antirreumática e estomáquica.

No entanto, esta planta pode

expressar características

mutagênicas6,15.

De acordo com a

Organização Mundial de Saúde

(OMS) a erva de Santa Maria é

um dos fitoterápicos mais

utilizados no mundo inteiro,

inclusive como forma de

controle tradicional no

tratamento de parasitoses.

Também é muito pesquisada

como alternativa à

problemática da resistência

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parasitária em relação às

drogas ou aos fármacos

alopáticos16. Desta forma

constata-se a necessidade da

busca constante por

alternativas terapêuticas, e as

plantas medicinais têm

demonstrado uma perspectiva

bastante promissora,

elencando uma série de

possibilidades e aplicações

clínicas. Desta maneira, a

presente revisão busca

apresentar a C. ambrosioides

em suas formas e indicações

clínicas e tóxicas em humanos

e animais domésticos.

Revisão de literatura

Chenopodium ambrosioides

A C. ambrosioides

(Figura 1) pertence à família

Amaranthaceae, que

compreende cerca de 2.360

espécies. No Brasil são

encontradas 145 delas com o

gênero Chenopodium, formado

por cerca de 100 espécies17.

Esta planta apresenta variadas

denominações, tais como erva

de Santa Maria, erva de bicho,

mastruço, menstruço,

ambrosina, mastruz, mentruz,

erva-do-formigueiro, erva-

vomiqueira, Maria, chá do

México, lombrigueira, erva-

mata-pulga, quenopódio,

dentre outros7,10,18,19.

É uma espécie nativa da

América Tropical, sugerindo-se

o México como o principal local

de origem6,7,19. Existem relatos

que esta erva distribui-se por

todos os continentes de clima

temperado e tropical, sendo

encontrada tanto na forma

silvestre quanto cultivada20. No

Brasil apresenta-se de forma

amplamente distribuída, sendo

considerada uma planta

daninha6.

A C. ambrosioides é

uma planta herbácea, anual ou

perene, muito ramificada.

Reproduz-se através de

sementes, tem uma produção

muito intensa, possui odor

desagradável e sua altura pode

variar de 0,4 m a 1,5 m6,9.

Esta planta produz

diversos metabólitos

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secundários responsáveis

por suas atividades

farmacológicas, tais como

compostos fenólicos,

catequinas, esteroides,

flavononas, taninos,

triterpenóides e óleo

essencial, sendo

considerados os princípios

ativos responsáveis por

suas propriedades

terapêuticas1,21.

Composição química e

fitoquímica

A literatura descreve que

a composição química da erva

de Santa Maria revela, em

média, 60% de (Z)-

ascaridol,18% de (E)-ascaridol

e 3% de carvacrol como

principais constituintes do óleo

essencial desta planta20,22,23.

A literatura cita22,23

outros componentes presentes

no óleo essencial da planta

como o α-terpineno, p-cimeno,

piperitone, p-cimen-8-ol,

acetato de (Z)-carvil, acetato de

(E)piperitrol, álcool benzílico, α-

terpineol, ρ-cresol e ρ-mentha-

1,3,8-trieno, todos em menores

concentrações.

Além dos constituintes

comumente encontrados pelos

autores anteriormente citados,

o isoascaridol e o limoneno

também foram identificados em

menores quantidades. De

acordo com a literatura a

composição química do óleo

essencial de C. ambrosioides

diverge com relação à

percentagem relativa dos

compostos devido à

localização geográfica e a

forma de extração23,24,25.

Ao analisar

fitoquimicamente o extrato

etanólico das folhas e dos

caules da C. ambrosioides

alguns autores12 observaram o

ascaridol e o 1,2,3,4-tetrahidro-

p-mentano. Um grupo de

pesquisadores7 em sua

abordagem fitoquímica

verificou a presença de

flavonoides e óleo essencial na

C. ambrosioides. Já outros

pesquisadores21 encontraram

resultados diferentes na

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prospecção fitoquímica das

partes aéreas da planta, como

triterpenóides, esteroides,

catequinas, flavononas,

compostos fenólicos, taninos e

saponinas.

Ao avaliar a

concentração de minerais

disponíveis na C.

ambrosioides, um grupo de

pesquisa26 constatou que a

planta tem na sua composição

Na, K, Ca, Mg, Fe, Al, Mn e Zn,

sendo dentre as dez ervas

estudadas por estes

pesquisadores a erva de Santa

Maria a que apresentou a maior

disponibilidade de Na, K, Mg e

Zn. Diante disto, os autores

sugerem estudos voltados à

aplicabilidade desta erva como

suprimento auxiliar em dietas.

o Ascaridol

O ascaridol é o

componente predominante do

óleo essencial encontrado em

todas as partes da planta,

porém o óleo essencial

extraído das sementes possui a

maior concentração desta

substância. Sua ação

antiparasitária está associada

ao efeito inibitório dos parasitas

intestinais gerado pela perda

de aderência nos tecidos. Este

princípio ativo está ausente no

extrato aquoso26, 27.

O ascaridol possui em

sua composição um grupo

funcional peróxido, que o

enquadra a classe dos

monoterpenos bicíclicos. Altas

doses causam irritação de pele

e mucosas, cefaleia,

taquicardia, parada

respiratória, danos renais e

hepáticos podendo chegar ao

colapso e óbito9, 27, 28.

Utilização popular humana

A erva de Santa Maria é

utilizada na medicina popular

brasileira no combate a problemas

digestivos, reumáticos e

verminoses. Também é bastante

utilizada em misturas das

folhas com leite no tratamento

de afecções respiratórias e

como fortificantes em casos de

tuberculose. Ainda é

empregada na forma de

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compressas para redução dos

processos inflamatórios em

contusões6,18, 20.

A literatura10 descreve

que os potenciais analgésicos,

anti-inflamatórios e vermicidas

podem ser atribuídos a todas

as partes que compõem esta

planta. Estas características,

segundo estes autores,

favorecem sua aplicação

popular na forma tópica, como

em casos de hemorroidas,

desintoxicante de picadas de

animais peçonhentos ou sobre

feridas preestabelecidas.

Popularmente o óleo

essencial denominado “óleo-

de-quenopódio”, oriundo dessa

planta, foi por muito tempo

utilizado para eliminação de

vermes, principalmente,

Ascaris lumbricoides,

juntamente com o laxante

“óleo-de-rícino”10.

Ademais, é frequentemente

utilizada na medicina popular como

cicatrizante, fungicida, antipirético,

antirreumático, antimicrobiano, no

tratamento de úlceras e contra

queda de cabelo8,29.

Diversas linhas de pesquisa

estão voltadas para o emprego da

C. ambrosioides frente às diversas

enfermidades de cunho

parasitário, com potencial atividade

antimalárica, leishmanicida,

esquistossomicida e

antiacetilcolinesterásica30,31,32,33.

o Atividade antimalárica

Um grupo de autores

analisou31 os efeitos do óleo de

C. ambrosioides em

camundongos não infectados e

infectados com Plasmodium

berghei, um dos agentes

causadores da malária.

Utilizaram o óleo essencial em

diferentes doses 12,5; 25; 50 e

100 ml/ kg. Os resultados

obtidos sugeriram a

potencialidade do óleo

essencial desta erva como um

possível componente a ser

estudado para o combate da

malária.

o Atividade leishmanicida

Ao avaliarem a eficácia

leishmanicida de diversas

ervas na forma de pó,

estudiosos observaram um

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efeito leishmanicida regular

para C. ambrosioides. Estes

pesquisadores adotaram como

parâmetros para a avaliação da

atividade leishmanicida a

inibição de crescimento de

formas promastigotas e a

contagem do número total de

promastigotas vivas,

considerando-se aspectos

como mobilidade flagelar. O

extrato aquoso de erva de

Santa Maria apresentou

eficácia moderada nos

parâmetros acima

mencionados, assim como sua

forma em pó30.

A aplicabilidade do óleo

essencial também foi

avaliada34 contra as formas

promastigota e amastigotada

da Leishmania donavani. Nesta

pesquisa constatou-se o efeito

inibitório no crescimento de

forma irreversível nas

doses 4,45 μg/ml

(promastigota) e 5,1μg/ml

(amastigota).

o Atividade esquistossomicida

Considerando os

problemas de saúde pública

que a esquistossomose

acarreta mundialmente e a

ampla utilização terapêutica da

planta, um grupo de

pesquisadores35 realizou testes

biológicos com o óleo essencial

nas concentrações de 10, 20,

40, 60, 80 e 100 ppm nos

intervalos de duas, quatro, seis,

doze e vinte e quatro horas

para avaliar o índice de

mortalidade dos caramujos por

meio da retração do corpo do

animal para dentro da concha

ou extravasamento da

hemolinfa. A dose letal foi

observada em seis horas na

concentração de 80 e 100 ppm.

Nas concentrações de 40 e 60

ppm o tempo para atingir a

dose letal aumentou para doze

horas, já em concentrações

menores de 10 e 20 ppm

precisou de um tempo superior

a vinte e quatro horas para

causar a morte dos caramujos.

Pesquisadores continuaram

com a análise da eficiência da

C. ambrosioides no combate a

180 caramujos do gênero

Biomphalaria glabrata

utilizando o mesmo método de

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avaliação. O estudo verificou a

alta eficácia da C.

ambrosioides como

molusquicida, com os valores

de CL50 e CL90 em

concentrações de 2,40 e 8,75

μg/ml, respectivamente36.

o Atividade

antiaceti lcolinesterásica

Um grupo de autores37

examinou in vitro a atividade

antiacetilcolinesterásica no

extrato etanólico em plantas

para elucidar alternativas

terapêuticas para doença de

Alzheimer devido à importância

da ação no tratamento dos

sintomas. Desta forma,

extratos etanólicos foram

testados nas concentrações de

0,05 mg/mL, 0,0625 mg/mL,

0,1 mg/mL, 0,25 mg/mL, 0,5,

mg/mL no sangue e no plasma

humano.

Valores do hemograma

de uma pessoa saudável foram

utilizados para fornecer o

hematócrito, que é essencial

para o cálculo da atividade

anticolinesterásica eritrocitária.

Empregou-se como controle

positivo Solanum tuberosum,

que contém ação

antiacetilcolinesterásica

comprovada, mas obtiveram

apenas uma discreta ação do

extrato de C. ambrosioides37.

o Utilização em animais

domésticos e de

laboratório

A fitoterapia é um ramo

do conhecimento de práticas

populares e tradicionais usadas

na prevenção, no controle e no

tratamento de doenças que

acometem os animais38.

Em medicina veterinária

esta prática é de fácil acesso,

preparo e administração, não é

dispendiosa, visto que pode

ser encontrada na

propriedade, ou para aquisição

sob baixo custo38, 39.

Um grupo de

pesquisadores39 observou que

a maioria dos médicos

veterinários tem conhecimento

dos fitoterápicos, mas poucos

os utilizam. Dentre 24 plantas

citadas, a C. ambrosioides foi a

mais utilizada em distúrbios de

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cicatrização, endoparasitoses,

traumatismo, infecções,

inflamações e pneumonia. As

formas mais utilizadas de uso

de plantas neste levantamento

são o sumo e a maceração.

Um estudo40 que teve

como objetivo citar os

principais medicamentos

fitoterápicos e plantas

medicinais utilizadas no

tratamento de animais em uma

população de João Pessoa

(PB) observou que as

indicações de tratamento de

doenças dos animais

coincidem com o uso pelo

homem, tendo resultados

positivos nos tratamento.

Práticas populares

utilizadas há séculos, sobre o

efeito terapêutico da C.

ambrosioides foram verificadas

e validadas cientificamente

através de pesquisas que

buscaram analisar os efeitos in

vitro e in vivo de extratos

provenientes de diversas

partes deste vegetal, tais como

as folhas, as sementes ou a

planta inteira. O uso sobre

lesões ulcerativas da

Leishmania30 ou de seu extrato

aquoso como anti-

helmíntico39,4 tornam a C.

ambrosioides protagonista de

inúmeras pesquisas científicas.

Existem relatos de testes

avaliando sua ação

carrapaticida em diferentes

concentrações42, eficácia da

bioatividade contra insetos

tanto na forma de extrato

aquoso como pela

apresentação em pó29,43,44.

Além dos testes voltados

para a análise do potencial anti-

helmíntico20, linhas de

pesquisas também direcionam

estudos voltados para a análise

dos efeitos analgésicos e

cicatrizante12,

antibacterianos45,

antifúngicos23, dentre outros

usos.

o Atividade antimicrobiana

ou antibacteriana

Um grupo de autores45

avaliou a ação da erva de

Santa Maria em culturas de

Staphylococcus aureus e

Escherichia coli (Figura 2). O

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extrato foi confeccionado com

25g do pó de folhas diluídas em

500 mL de água destilada,

sendo submetido a testes para

verificar a ausência de

microrganismos. Neste estudo

o crescimento de S. aureus e E.

coli não foi inibido pelo extrato

de erva de Santa Maria

empregado.

Pesquisadores20 utilizaram

as seguintes bactérias :

Staphylococcus aureus,

Escherichia coli, Proteus

vulgaris, Streptococcus β

haemolyt icus e Shigella

f lexineri . A análise foi feita

em triplicada nas

concentrações de 0,3; 0,6;

1,25; 2,5; 5 e 10% e

acompanhado de tetraciclina

como controle positivo. Apenas

linhagens de S. Aureus e S.

Flexineri tiveram resultados

positivos.

Pesquisadores descreveram

ensaios in vitro que avaliaram a

atividade antimicrobiana da

planta13 frente a S. aureus,

Pseudomonas aeruginosa,

Escherichia coli, Salmonela

enteridis, Candida albicans,

Sthaphylococcus epidermidis,

Sacharomices cereviseae,

Micrococcus luteus. As

amostras foram incubadas por

24 horas e demostraram efeito

antimicrobiano apenas ao

Micrococcus luteus.

o Atividade antifúngica

A literatura23 descreve

ainda a atividade antifúngica do

óleo essencial e a composição

da C. ambrosioides. Diferentes

concentrações foram testadas:

0,1; 0,2 e 0,3% do extrato

hexânico bruto, e 0,03; 0,05;

0,075 e 0,1% de fração ativa do

extrato hexânico. Após seis

dias de incubação observou-se

a inibição no crescimento

micelial dos fungos Aspergillus

flavus, Aspergillus glaucus,

Aspergillus niger, Aspergillus

onchraceus, Colletotrichum

gloesporioides, Colletotrichum

musae, Fusarium oxysporum e

Fusarium semitectum. Notou-

se que a 0,3% não inibiu

apenas as espécies C.

gloesporioides e C. Musae. A

0,2% inibiu totalmente os

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fungos A. glaucus, A. niger, F.

semitectum e os outros tiveram

a inibição superior a 65%. Já a

0,1% a inibição total ocorreu

apenas para A. Niger e para os

outros fungos a inibição foi

superior a 60%.

o Atividade analgésica e

cicatricial

Pesquisadores

avaliaram46 a ação do extrato

hidroalcólico da C.

ambrosioides (EHCA) contra a

dor em fêmeas de

camundongos na concentração

de 50mg/kg. Três grupos foram

utilizados: o grupo controle

positivo usou indometacina, o

controle negativo recebeu água

destilada e o grupo teste fez

uso de (EHCA) via oral.

No modelo de dor aguda

por contorção abdominal, a

dose utilizada diminui

significativamente o número de

contorções abdominais. O

grupo tratado com (EHCA)

aumentou o número de

neutrófilos, não apresentou

toxicidade subcrônica e óbito

na dose terapêutica de

50mg/kg, no entanto o EHCA

gerou alterações renais46. O

tratamento com a planta gerou

uma resposta de

imunomodulação a estímulos

nociceptivos e inflamatórios ao

ácido acético (veículo

empregado para estimulo da

dor). Os animais tratados com

a erva tiveram uma proteção à

resposta nociceptiva e

inflamatória exagerada. Diante

disto os autores sugerem uma

ação analgésica

imunologicamente associada,

que precisa ser melhor estuda

para sua compreensão.

A literatura cita12 um

trabalho sobre a avaliação da

ação cicatrizante e do processo

doloroso. A atividade cicatricial

foi avaliada em ratos através da

pomada de polietilenoglicol

(PEG) associada ao extrato

bruto da C. ambrosioides

nas concentrações de 1, 3 e

5%. Este ensaio demonstrou

que a melhor evolução e

rapidez no processo cicatricial

ocorreram no grupo tratado

com (PEG) associado ao

extrato bruto da C.

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JBCA – Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2014 7 (13): 464 – 499.

477

ambrosioides. A nocicepção foi

induzida por formalina,

bradicinina (BK) e capsaicina

(CAP). No primeiro teste foi

feita a indução com a formalina

nas doses de 150, 300 e 500

mg/kg do EEB e a dor foi

reduzida intensamente. O

modelo de nocicepção induzida

por BK apresentou apenas

efeito inibitório na maior dose

testada (500 mg/Kg), enquanto

no teste com CAP a resposta

álgica foi reduzida nas doses

de 300 e 500 mg/kg.

Pesquisadores realizaram47

a avaliação cicatricial da ferida

no 3º, 7º e 14º dias em três

grupos: grupo I - animais

tratados com solução salina

0,9%; grupo II - animais

tratados com erva de Santa

Maria; e grupo III – animais

tratados com erva de Santa

Maria e curativo na

concentração de 13mg para

cada 1ml do extrato aquoso. No

quarto dia todos os grupos

estudados apresentaram

crostas espessas em

praticamente toda área da

lesão. Neste período verificou-

se maior contração das feridas

e deposição de colágeno no

grupo II. Entre os períodos de

quatro a sete dias todos os

grupos tiveram intenso

infiltrado anti-inflamatório, o

que evidencia a ausência da

ação anti-inflamatória do

mastruz. Por outro lado os

autores alegam que a não

diferença verificada poderia ser

pela troca de curativo no grupo

III, o que gerou agressão

tecidual e, desta forma

concluindo que, na fase inicial

as feridas, tratadas com

mastruz sem cobertura de gaze

estéril tiveram uma resposta

mais eficaz47.

O efeito cicatricial da C.

ambrosioides em feridas

cutâneas foi reafirmado em

outros estudos48 que avaliaram

a eficácia em feridas induzidas

no dorso de ratos. As feridas

foram mensuradas nos tempos

0, 1, 3, 7 e 12 dias após o início

do tratamento realizado

diariamente, sem curativos,

com 0,2 ml do sumo da planta.

Até o terceiro dia não houve

diferença significativa nos

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478

grupos, no entanto, no décimo

segundo dia ocorreu uma maior

contração das feridas no grupo

tratado. Evidenciou-se, então,

uma enorme diferença na

eficácia, em comparação com o

grupo controle. Houve

migração de neutrófilos e

macrófagos para a região

afetada para fagocitar as

bactérias, o que não ocorreu no

grupo tratado por C.

ambrosioides, tal fato

demonstra a ação anti-

inflamatória, antimicrobiana

vista em estudos anteriores.

o Atividade leishmanicida

Na L. Amazonensis o

óleo essencial da erva de

Santa Maria demonstrou ser

ativo na forma promastigota e

amastigota nas doses de 3,7

μg/ml e 4,6 μg/ml,

respectivamente. O teste foi

realizado in vivo com

murganhos BALB infectados

por L. Amazonensis, tratados

por via oral, intraperitonial e

intralesional. O tratamento oral

retardou a infecção

comparando-se ao grupo não

tratado, bloqueando o

desenvolvimento da lesão. A

administração por via

intralesional teve resultado

negativo, entretanto na

administração intraperitoneal o

tratamento impediu o

desenvolvimento do parasito e

da lesão, na dose de 30 mg/kg.

Em suma o tratamento oral, em

conjunto com o intraperitoneal,

na dose de 30 mg/kg obteve

melhor resultado em

comparação com a anfotericina

B, que é o fármaco de eleição

para o tratamento. No entanto,

o óleo essencial apresentou

toxicidade por via

intraperitoneal nesta dose34.

o Atividade

esquistossomicida

Ensaios em

camundongos infectados

experimentalmente por

Schistosoma mansoni foram

realizados33. O ensaio foi

realizado investigando-se o

efeito de três plantas

diferentes: C. ambrosioides,

Conyza dioscorides e Sebania

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479

sesban. Estas foram utilizadas

após sete semanas de

infecção. No primeiro teste o

tratamento ocorreu durante

dois dias consecutivos e a dose

utilizada da C. ambrosioides foi

de 1250 mg/kg/dia. Em relação

às outras duas plantas utilizou-

se a dose de 1000 mg/kg/dia.

No segundo teste a dose de

cada planta foi usada em

tratamentos sucessivos, ou

seja, o extrato da planta I (C.

ambrosioides), seguido pelo

extrato da planta II (Conyza

dioscorides) e o extrato da

planta III (Sebania sesban),

com uma hora de intervalo

entre os diferentes extratos. Foi

encontrada como DL100 de

3000 mg/kg. Dentre as plantas

estudadas a C. ambrosioides

foi a que melhor reduziu a

carga de protozoários,

apresentando 54,3% de

redução. No tratamento com as

três plantas sucessivamente, a

carga parasitária foi reduzida

em 66,3%. Nos animais

submetidos ao tratamento

sucessivo os parâmetros

bioquímicos e parasitológicos,

alcançaram níveis melhores

em comparação com os

animais não tratados33.

o Atividade anti-

helmíntica

Pesquisadores testaram49 a

eficácia da C. ambrosioides

nas infestações naturais por

trichostrongilídeos em

ruminantes, relatando a não

existência de manifestações

comportamentais ou desordens

fisiológicas dos ruminantes que

receberam a erva de Santa

Maria. Em relação ao efeito

antiparasitário esperado por

estes pesquisadores na

redução da contagem de ovos

por grama de fezes (OPG), não

foi possível afirmar a eficácia

da C. ambrosioides devido aos

aumentos nas contagens de

ovos seguidos de reduções não

significativas no teste em

bovinos, quando se utilizou a

dose de 200 ml preparada a

partir de 90g das partes aéreas

da planta adicionada a 1500 ml

de água. Nos ovinos houve

uma redução a partir do quinto

dia de uso, com a mesma

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480

proporção de planta em relação

à água. Portanto, os autores

não confirmam se há ou não

efetividade desta erva sobre as

endoparasitas de ruminantes.

A literatura cita também

a avaliação da ação de três

plantas: Allium sativum L.,

C.ambrosioides e Polygonum

punctatum no controle de

endoparasitas em ovinos

jovens50. Os animais foram

distribuídos em seis grupos que

continham oito animais em

cada e a avaliação anti-

helmíntica ocorreu através de

OPG, coproculturas e

necropsia. No grupo de animais

que receberam C.

ambrosioides foi misturada a

erva à ração em dose única. Na

OPG observou-se que após o

tratamento ocorreu redução de

47,5 a 52,97% dos ovos de

helmintos da superfamilia

Trichostrongyloidea e do

gênero Strongyloides. Na

coprocultura foi sugerida uma

redução de helmintos do

gênero Cooperia, que foi

comprovada pelo teste

controlado. Houve também a

redução de helmintos adultos

do gênero Haemonchus,

Ostertagia, Cooperia,

Trichostrongylus e

Strongyloides.

Dados de necropsia

demonstraram a eficácia de

27,69% e 36,11% nos gêneros

Haemonchus e Ostertagia,

respectivamente, no abomaso

de ovinos. Já no intestino

delgado observou-se eficácia

de 93,94%, 73,82% e 57,40%

sobre os gêneros

Strongyloides, Cooperia e

Trichostrongylus,

respectivamente50.

O efeito do extrato

aquoso (EA) da C.

ambrosioides foi avaliado em

trinta caprinos naturalmente

infectados com nematóides

gastrointestinais, através da

OPG, coproculturas e

necropsia. Os animais foram

divididos de acordo com o OPG

em três grupos: um grupo sob

uso diário de EA na dose de

700 mg/kg/dia, durante oito

dias; o segundo grupo sob

dose única de fármaco

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481

tradicional; e o terceiro grupo,

controle negativo, não

tratado51. Este autor observou

que no grupo tratado com

fármaco tradicional ocorreu

redução do OPG. Em oposição,

os tratados com C.

ambrosioides não apresentou

redução. Na coprocultura o

número de L3 reduziu

consideravelmente (83,89%),

dentre estas houve redução

superior a 90% para o gênero

Oesphagostomum e cerca de

80% para o gênero

Haemonchus, com ressalva

para as L3 do gênero

Trichostrongylus que não foi

observada redução. Os

achados clínicos não

apresentaram alterações dos

parâmetros de normalidade.

Foram encontradas no grupo

tratado com a planta alterações

hematológicas e bioquímicas,

como monocitose, aumento de

neutrófilos segmentados e

elevação sérica de GGT, estes

parâmetros não caracterizam

toxicidade sistêmica51.

Um grupo de autores

avaliou a C. ambrosioides no

controle de helmintos em

suínos52. Os animais foram

distribuídos em dois grupos:

grupo I, tratado com a tintura da

erva de Santa Maria, com 1

ml/kg, por via oral, durante três

dias contínuos; o grupo II não

teve tratamento (controle). Os

animais foram analisados

durante sete dias para verificar

indícios da toxicidade. Exames

de fezes antes do tratamento

identificaram ovos de Ascaris

suum em ambos os grupos.

Dados da necropsia verificaram

a eficácia de 100% da C.

ambrosioides no controle de

helmintos, porém os autores

advertiram que são

necessários estudos mais

específicos para a

padronização da dosagem e

testes de toxicidade para a

espécie estudada.

Em um trabalho foi

analisada a atividade anti-

helmíntica da Artemisia

absinthium, Carapa guianensis,

C. ambrosioides e Mentha

piperita pelo método

controlado, em um total de cem

frangos das linhagens Rubro

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482

Negra e Hubbard53. O grupo

tratado com C. ambrosioides,

composto por dez animais que

receberam 100 g da planta

triturada e misturada com 900 g

de ração, durante cinco dias, foi

confrontado com o grupo

controle composto por dez

frangos que receberam apenas

ração. Nos achados de

necropsia constatou-se uma

atividade anti-helmíntica sobre

Ascaris galli de 90,45%, no

entanto, frente a outros

endoparasitos como Heterakis

gallinarum e Raillietina sp., a C.

ambrosioides não mostrou

efeito algum53.

Seguindo a mesma linha

de trabalho, a sensibilidade dos

parasitas gastrointestinais a C.

ambrosioides em frangos foi

avaliada11. Foram distribuídos

três grupos: os animais

tratados com 0,1 ml/ave; o

controle positivo com

medicamento comercial e o

controle negativo com água,

durante trinta dias. Antes do

início do experimento

identificou-se ovos de Ascaris

sp., Heterakis gallinarum,

Trichostrongylus tenius e

coccídeos. Os resultados

demonstraram eficiência na

redução de ovos de

nematóides, diferente do

resultado encontrado

anteriormente por outro autor.

Os experimentos demostraram

eficiência sobre Heterakis

gallinarum, Trichostrongylus

tenius, porém não se

comprovou a eficácia para

coccídeos do gênero Eimeria11.

O potencial anti-

helmíntico do óleo essencial de

C. ambrosioides foi estudado

em infecções mistas,

comparando o OPG de ovinos

e caprinos tratados e não

tratados. Os animais foram

divididos: seis animais

utilizados como grupo controle,

não tratados, e sete foram

tratados com 0,2 mL/kg do óleo

essencial. O OPG não

apresentou diferença

significativa entre os dois

grupos testados. No segundo

teste a ação da C.

ambrosioides em infecção

experimental de H. Contortus,

em dose única de 0,1; 0,2 e 0,4

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483

mL/kg obtiveram uma redução

no número de vermes adultos e

da OPG, mas nas

concentrações de 0,2 e 0,4

mL/kg foram observadas

reações adversas. No terceiro

ensaio os animais foram

tratados durante cinco dias

com material vegetal fresco, o

qual mostrou-se ineficaz pela

administração em um curto

prazo. A planta na forma fresca

ou o óleo essencial, porém,

pode ser administrada como

suplemento na alimentação de

animais para ajudar no controle

de larvas infectantes no pasto e

atuar na redução nos níveis de

infecção54.

Pesquisadores buscaram

avaliar a eficácia do suco e do

infuso de C. ambrosioide nas

concentrações de 5, 10% e

20%. As duas apresentações

da planta (infuso e suco) não

foram eficazes para a

eliminação das formas

endoparasitárias de oxiurídeos

Syphacia obvelata e

Aspiculuris tetraptera em

camundongos naturalmente

infectados. Constatou-se,

portanto, que a erva de Santa

Maria tem efeito ineficaz na

forma de suco ou infusão,

sugerindo-se a necessidade de

mais estudos voltados às

bases terapêuticas da planta,

objetivando sua aplicação

como vermicidas para

endoparasitas41.

o Atividade repelente

Devido à problemática

dos produtos sintéticos, a

procura por plantas com

propriedades inseticidas e

repelentes aumentou

significativamente. Pesquisas

acerca do uso dos compostos

químicos no controle de insetos

e acarídeos evidenciaram

danos ao ambiente com a

contaminação e deposição de

resíduos, gerando efeitos

prejudiciais ao ambiente e à

qualidade dos alimentos devido

ao seu uso indiscriminado44,55.

A atividade repelente de

produtos de origem vegetal foi

testada sobre ninfas de

Amblyomma cajennense. Dois

testes de repelência foram

utilizados: o bioensaio de ponta

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484

de dedo e o bioensaio do papel

filtro. No caso da C.

ambrosioides, o extrato

etanólico foi utilizado nas

concentrações 0,275, 0,550,

1,100 e 2,200 mg/cm², e

apenas a menor concentração

não apresentou repelência. As

maiores doses usadas tiveram

efeitos semelhantes à N, N-

Diethyl-M-Toluamide (DEET).

No bioensaio do papel filtro, a

C. ambrosioides também

apresentou eficácia na

repelência. Em estudos

continuados acerca da ação

repelente dos derivados de

plantas contra ninfas de A.

cajennense utilizando-se o

bioensaio de ponta de dedo

mencionado anteriormente55,

C. ambrosioides obteve

repelência total nas duas

maiores concentrações (1,1 e

2,2 mg/m2) após 10 minutos de

exposição, mas a percentagem

de repelência decresce com o

passar do tempo, devido à

evaporação do extrato56. Já

testes in vitro avaliaram ação

do extrato alcoólico de

sementes da erva de Santa

Maria no Rhipicephalus

(Boophilus) microplus57. O

experimento ocorreu em

triplicata. As teleóginas foram

testadas em diferentes

concentrações (0, 5, 10, 25, 50

e 100%), com exposição por

cinco minutos. Os resultados

demonstraram ineficácia no

controle de carrapatos.

Seguindo a mesma linha de

pesquisa, analisou-se a

eficácia do extrato aquoso da

erva C. ambrosioides no

controle de larvas de

Rhipicephalus (Boophilus)

microplus42. As formas larvais

do carrapato foram submetidas

a diferentes doses do extrato

da planta, observando-se

eficácia antiparasitária

diretamente proporcional à

quantidade de substrato

vegetal, onde a mortalidade

demonstrou que a relação

dose-resposta foi positiva para

esta espécie de ixodídeo.

Em um trabalho com

intuito de avaliar a

inf luência do pó e do

extrato aquoso de C.

ambrosioides sobre o

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485

coleóptero Sitophilus

zeamais Mot.43, observou-

se uma grande atração de

insetos para o recipiente

que continha tr igo e o pó

da planta inteira. Nos

recipientes contendo

apenas o material vegetal

em pó não houve atividade

repelente. A dose de

300mg do pó da planta

inteira gerou mortalidade

de 95% dos insetos

adultos. O pó dos frutos

junto com o trigo gerou

efeito tóxico aos insetos

adultos com percentual de

mortalidade igual a 98,31.

No entanto o pó de C.

ambrosioides apresenta

um efeito residual de

apenas cinco dias, com um

baixo poder inseticida.

Também o uso do extrato

aquoso da planta inteira e

de estruturas

separadamente não gerou

efeito inseticida.

Pesquisadores analisaram o

efeito repelente do pó obtido

das diferentes partes que

compõem a C. ambrosioides no

controle do gorgulho-do-milho,

S. zeamais44. A atividade

repelente eficaz para insetos

adultos foi demonstrada,

entretanto, no que se refere ao

efeito inseticida, a eficácia do

pó foi de aproximadamente

80% para insetos adultos.

Estes mesmos pesquisadores

observaram efeito altamente

tóxico ao gorgulho-do-milho

quando utilizaram o pó de

frutos que atuaram na redução

do surgimento de espécies

adultas. Outros autores

avaliaram a eficácia do extrato

aquoso de C. ambrosioides no

controle do pulgão dos citros,

Toxoptera citricida58. Utilizou-

se o extrato aquoso da planta

nas concentrações de 0%,

40%, 60%, 50%, 70%, 80% e

90%. Os autores observaram

eficácia inseticida do extrato de

erva de Santa Maria a partir da

utilização de concentrações de

40 g/ml, não sendo notado

efeito inseticida nesta

concentração com a

mortalidade de T. citricida

ocorrendo após transcorridas

24 horas do início de exposição

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486

ao extrato, observando-se

significância na mortalidade de

forma crescente à

concentração utilizada58.

Toxicidade

Diversos fatores podem

gerar a ação tóxica da planta,

tais como as formas de

preparo, utilização de

diferentes partes das plantas,

quantidades excessivas

ingeridas, além do uso

contínuo e cumulativo. Todos

estes fatores podem gerar

alterações fisiológicas1.

Em um ensaio

toxicológico crônico, em que se

utilizou a tintura da erva de

Santa Maria em diferentes

concentrações por um período

de vinte e oito dias, todos os

camundongos apresentaram

prurido onde foi aplicada a

tintura, no entanto, estas

alterações observadas foram

justificadas pelo uso de álcool

etílico na solução. Exames

histopatológicos confirmaram

degeneração renal, hepática e

dermatite crônica inespecífica,

sugerindo intoxicação, porém

estes resultados também foram

vistos no grupo controle, não

sendo confirmado o efeito

tóxico da tintura a 5% e 10%48.

Em tratamento sub

crônico constatou-se59 que, em

ensaio com extrato

hidroalcoólico da folha da C.

ambrosioides, por via oral, em

camundongos, durante quinze

dias, nas doses de 5, 50 e 500

mg/kg não houve óbito,

nenhuma alteração no peso

corporal e nem no consumo de

alimentos e de água pelos

animais. Houve alteração no

peso de alguns órgãos, fato

que não foi observado em

todas as doses testadas.

Também ocorreu aumento nos

níveis de uréia e no peso dos

rins em grupos testados com

doses elevadas, sugerindo

assim ação nefrotóxica. Neste

mesmo trabalho células

peritoneais no grupo tratado

diminuíram, em comparação

com o grupo controle. Nos

grupos tratados a quantidade

de células da medula óssea foi

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487

maior, indicando que a planta é

um potente estimulador das

células hematopoiéticas.

Ocorreu o aumento de células

na linfa em apenas dois grupos

testados. Não houve alteração

no aspartato aminotransferase,

o que indica ausência de

hepatotoxicidade. O equilíbrio

lipídico não foi alterado, visto

que o VLDL e os triglicerídeos

permaneceram baixos, em

altas doses. Este estudo

evidenciou que na dose

terapêutica de 5mg/kg, descrita

por outro grupo de autores60, é

seguro sua utilização como

extrato hidroetanólico nas

diversas terapias indicadas59.

Considerando os testes já

realizados, o teste in vitro de

viabilidade celular foi utilizado

para a avaliação da viabilidade

celular de células não tumorais

L929 frente a diferentes

concentrações do extrato

etanólico bruto (EEB) da planta

em estudo12. Os resultados

obtidos demostraram que o

EEB não reduziu a viabilidade

celular em nenhuma das

concentrações avaliadas,

quando comparadas ao

controle negativo,

apresentando CI50 (>100

mg/ml).

O mesmo autor avaliou

também os efeitos tóxicos do

EBB de C. ambrosioides que

pudessem inviabilizar o uso

terapêutico da planta, e este

não gerou hipotermia e

alterações motoras nos

camundongos e ratos testados

nas concentrações 150, 300 e

500 mg/kg por via oral do EBB

desta erva12.

Uma avaliação in vitro

do efeito genotóxico mostrou

que a C. ambrosioides gera

danos genéticos15. Estes

pesquisadores observaram

aberrações cromossômicas do

tipo cromatídeo, troca de

cromátides irmãs e diminuição

do índice mitótico. Para este

estudo a planta foi utilizada

através da decocção e infusão

em diferentes concentrações.

Continuando os estudos,

pesquisadores28 verificaram a

ação genotóxica e citotóxica da

C. ambrosioides e

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488

Chenopodium album. Neste

trabalho, C. album não gerou

toxicidade às células, o que é

justificado pela não produção

do óleo essencial, diferente da

C.ambrosioides, atribuindo-se

desta forma o efeito tóxico da

planta ao óleo essencial.

Um estudo de

enfermidades causadas por

plantas tóxicas de interesse

pecuário no país e que causam

intoxicações acidentais foi utilizado

o teste de hemólise in vitro para

fazer uma análise preliminar da

toxicidade de várias plantas,

incluindo a C. ambrosioides61.

Apesar de esta ser uma técnica

de validação de produtos

químicos e não de plantas

tóxicas, os resultados não

demonstraram lise de

eritrócitos em nenhuma das

amostras de plantas testadas,

incluindo a erva de Santa

Maria. Desta forma, os autores

sugeriram a realização de teste

in vivo.

Um grupo de autores

descreveu como componentes

ativos do óleo essencial de C.

ambrosioides o ascaridol, o

carvacol e o óxido cariofileno62,

que bloquearam o crescimento

de macrófagos, provenientes

da cavidade peritoneal de

camundongos. Também foi

estudada, pelos mesmos

autores, a ação citotóxica do

óleo essencial, no qual o óxido

de cariofileno foi o principal

componente, inibindo a cadeia

de transportes de elétrons, ou

seja, a função respiratória

celular. Apesar de o ascaridol

possuir ação antiparasitária, o

óleo essencial apresenta

toxicidade muito baixa na

cadeia respiratória.

Considerações Finais

Atualmente a fitoterapia

está amplamente difundida e

aceita na medicina humana e

veterinária. Neste sentido, a C.

ambrosioides é uma das

plantas que apresenta ampla

aplicabilidade terapêutica para

o manejo de diversas situações

e enfermidades, com alto

potencial frente a

endoparasitoses e

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ectoparasitoses, sobretudo na

medicina veterinária.

A empregabilidade desta

planta na etnoveterinária vem

impulsionando diversas

pesquisas in vitro e in vivo

como fitoterápico. No entanto

mais estudos necessitam ser

realizados para verificar melhor

a relação dos constituintes

químicos com a ação

farmacológica gerada e

determinar as formas de

utilização da planta para atingir

o efeito parasitológico

desejado, além de visar reduzir

seus efeitos tóxicos potenciais.

Por fim, ainda há a

necessidade de estudos

voltados ao estabelecimento

preciso de doses para as

diferentes espécies animais, o

que representa, ainda, uma

lacuna a ser preenchida com

novas pesquisas com a erva de

Santa Maria, seja na utilização

de seus extratos ou na

utilização in natura.

Figura 1: Chenopodium ambrosioides. Adaptado de Grassi, 2011.

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Figura 2: Cultura e antibiograma de Staphylococus aureus. Em (G) Gentamicina, (O) Oxacilina e (M) Chenopodium ambrosioides. Adaptado de Brito et al., 2007.

Figura 3: Fotomicrografia de ferida cutânea em rato. Em A: lesão tratada com extrato de Chenopodium ambrosioides. Em B: lesão controle, tratada com solução salina 0,9%. Aumento 40x, HE. Adaptado de Sérvio, 2011.

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Aceito em: Janeiro de 2014

Publicado em: Julho de 2014