erros litúrgicos e o que fazer para coibí-los

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    Congregao para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.Instruo Inestimabile Donum, 10)

    Em sentido estrito, os ministros extraordinrios daComunho Eucarstica (MECEs) so fiis, quer leigos querreligiosos, que, depois de devida instruo, so institudos peloBispo atravs de um mandato para auxiliar o sacerdote a distribuir aSagrada Comunho, quando necessrio, e nas condies impostaspela lei litrgica. No devem estar no presbitrio junto com osacerdote, pois no so concelebrantes nem tm a funo de ajudarcomo aclitos ou servos, subindo ao altar somente se for preciso e nahora de distribuir a Comunho, i.e., depois dos ministroscomungarem.

    O termo, utilizado em seu sentido lato, aponta para todos osque no podem, ordinariamente, distribuir a Eucaristia, mas ofazem pelas necessidades, e observando as leis litrgicas: aclitos,servos, MECEs, demais fiis leigos ou religiosos (ministrosocasionais da Comunho Eucarstica).

    ... nas celebraes litrgicas, cada qual, ministro ou fiel, aodesempenhar a sua funo, faa tudo e s aquilo que, pela naturezada coisa ou pelas normas litrgicas lhe compete. (ConclioEcumnico Vaticano II, Constituio Sacrosanctum Concilium, 28)

    Os ministros extraordinrios, como seu prprio nome j faz

    entender, podem ser usados em situaes muito especiais apenas. Alei litrgica que disciplina essas situaes bastante clara:

    Artigo 8

    O ministro extraordinrio da Sagrada Comunho

    Os fiis no-ordenados, j h tempos, vm colaborando com osministros sagrados, em diversos mbitos da pastoral, para que o

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    dom inefvel da Eucaristia seja cada vez mais profundamenteconhecido e para que se participe da sua eficcia salvfica com umaintensidade cada vez maior.

    Trata-se de um servio litrgico que responde a necessidades

    objetivas dos fiis, destinado sobretudo aos enfermos e sassemblias litrgicas nas quais so particularmente numerosos os

    fiis que desejam receber a sagrada comunho.

    1. A disciplina cannica sobre o ministro extraordinrio dasagrada comunho deve, porm, ser corretamente aplicada para no

    gerar confuso. Ela estabelece que ministros ordinrios da sagrada

    comunho so o Bispo, o presbtero e o dicono, enquanto ministroextraordinrio o aclito institudo ou o fiel para tanto deputadoconforme a norma do cn. 230, 3.

    Um fiel no-ordenado, se o sugerirem motivos de real necessidade, pode ser deputado pelo Bispo diocesano, com o apropriado ritolitrgico de bno, na qualidade de ministro extraordinrio, para

    distribuir a Sagrada comunho tambm fora da celebraoeucarstica, ad actum vel ad tempus, ou de maneira estvel. Emcasos excepcionais e imprevistos, a autorizao pode ser concedidaad actum pelo sacerdote que preside a celebrao eucarstica.

    2. Para que o ministro extraordinrio, durante a celebraoeucarstica, possa distribuir a sagrada comunho, necessrio ou

    que no estejam presentes ministros ordinrios ou que estes, embora presentes, estejam realmente impedidos. Pode igualmentedesempenhar o mesmo encargo quando, por causa da participao

    particularmente numerosa dos fiis que desejam receber a SantaComunho, a celebrao eucarstica prolongar-se-ia excessivamente

    por causa da insuficincia de ministros ordinrios.

    Este encargo supletivo e extraordinrio e deve ser exercidosegundo a norma do direito. Para este fim oportuno que o Bispo

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    concelebrantes, e diconos que estejam servindo Missa. So essesos ministros ordinrios. Necessitando, alm desses, de maisministros para a distribuio da Comunho Eucarstica, ou nohavendo ministros ordinrios, chame o sacerdote celebranteministros extraordinrios: aclitos; servos; fiis leigos ou religiososinstitudos pelo Bispo MECEs (ministros extraordinrios daComunho Eucarstica) ; ou fiis leigos ou religiosos que, estandopresentes Missa, se destaquem por sua piedade e conhecimentoslitrgicos e doutrinrios, recebendo estes a bno prpria ministros ocasionais da Comunho Eucarstica.

    Se h muitas pessoas para comungar, mas esse o normal dacomunidade, no h necessidade de ajuda dos MECEs. No simplesmente o nmero extenso de comungantes que autoriza o usodo MECE, mas a extraordinariedade dos mesmos.

    Somente por verdadeira necessidade se recorra ao auxilio deministros extraordinrios, na celebrao da Liturgia. Porque istono est previsto para assegurar uma plena participao aos leigos,

    mas sim que, por sua natureza, ou suplementao e provisoriedade.(Sagrada Congregao para o Culto Divino e a Disciplina dosSacramentos, Instruo Redemptionis Sacramentum, 151)

    Se habitualmente h nmero suficiente de ministros sagradostambm para a distribuio da sagrada Comunho, no se podemdesignar ministros extraordinrios da sagrada Comunho. Em tais

    circunstncias, os que tm sido designados para este ministrio, noo exeram. Reprove-se o costume daqueles sacerdotes que, a pesar deestar presentes na celebrao, abstm-se de distribuir a Comunho,delegando esta tarefa a leigos. O ministro extraordinrio da sagradaComunho poder administrar a Comunho somente na ausncia dosacerdote ou dicono, quando o sacerdote est impedido porenfermidade, idade avanada, ou por outra verdadeira causa, ou

    quando to grande o nmero dos fiis que se renem Comunho,que a celebrao da Missa se prolongaria demasiado. (...) O Bispo

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    diocesano examine de novo a praxe nesta matria durante osltimos anos e, se for conveniente, corrija-a ou a determine commaior clareza. (Sagrada Congregao para o Culto Divino e aDisciplina dos Sacramentos, Instruo Redemptionis Sacramentum,157-158, 160)

    Devem os MECEs comungar das mos do sacerdote, receberas partculas dele, nem sequer abrir o tabernculo ou dele retirar

    Jesus Eucarstico. Sua funo distribuir a Eucaristia, e no auxiliaro sacerdote no altar. No participem, ento, da Missa, junto com opadre, e sim, com os fiis, fora do presbitrio. Esperem sua horaaps a comunho do sacerdote. No devem, outrossim, participar

    da procisso de entrada.

    Para auxiliar o padre, basta o dicono, o aclito ou outroservo.

    Os vasos sagrados so purificados pelo Sacerdote ou pelo Diconoou pelo aclito institudo depois da Comunho ou da Missa, na

    medida do possvel junto credncia. A purificao do clice feitacom gua, ou com gua e vinho, a serem consumidos por aquele que

    purifica o clice. A patena seja limpa normalmente com osanguinho. Cuide-se que o Sangue de Cristo que eventualmentesobrar aps a distribuio da Comunho seja tomado logointegralmente ao altar. (Instruo Geral do Missal Romano, 279)

    Exclui-se, vemos, a possibilidade, infelizmente disseminada,de que os ministros extraordinrios da Comunho Eucarsticapossam purificar os vasos usados na Missa.

    As leituras das passagens do Evangelho esto reservadas para oministro ordenado, nomeadamente o dicono ou o sacerdote.(Sagrada Congregao para o Culto Divino e a Disciplina dos

    Sacramentos. Instruo Inestimabile Donum, 2)

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    pronunciar as frmulas e oraes no idioma latino, dadoque as cerimnias so as mesmas.

    8. Organize-se um pequeno coro para que possa executar aomenos as peas mais simples do repertrio gregoriano.

    9. Mesmo nas Missas em vernculo, insira-se,eventualmente, uma ou outra orao em latim.

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    bancos, na nave da igreja, e s auxiliem na distribuio daEucaristia se houver real necessidade.

    5. Probam-se os MECEs de purificar os vasos e proclamar oEvangelho na Missa.

    6. Que sejam dadas outras funes aos MECEs que restarem:visitas a hospitais, levar a Eucaristia aos doentes quando osacerdote ou o dicono no puder etc, celebrar a Palavrana falta de ministro ordenado e distribuir a Comunhonesses locais. Na Missa, o primeiro seja o padre ou odicono; havendo necessidade, o aclito. S ento, chame-se o MECE (que estar no banco, no no presbitrio).Tenhamos ateno que esses casos de MECEs ajudando adistribuir a Comunho na Missa sero rarssimos, senomesmo inexistentes na maioria das parquias. Se onmero de comungantes for, ordinariamente, grande, no preciso chamar aclito, que dir MECE.

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    Ponto 17Latim na liturgia

    A lngua oficial para a celebrao da Santa Missa e de todosos atos litrgicos, no rito romano, em ambas as formas, tradicional(tridentina) e moderna (renovada), o latim. O Conclio Vaticano II,ao contrrio do que muitos pensam, no aboliu o uso do idiomalatino, antes o incentivou.

    Salvo o direito particular, seja conservado o uso da Lngua Latina

    nos Ritos latinos. (Conclio Ecumnico Vaticano II. ConstituioSacrosanctum Concilium, 36, 1)

    H, isso sim, uma permisso para que a Missa seja oferecidaem vernculo, i.e., nas lnguas nacionais dos vrios pases. Pode-se,alm disso, dizer determinadas partes da Missa em latim e outrasem vernculo.

    Portanto, a regra que a Santa Missa, em rito romano, devaser celebrada em latim, permitindo-se que seja oferecida emvernculo. Para tal, as conferncias episcopais devem traduzir ostextos litrgicos do latim ao idioma ptrio e submeter essas versespara aprovao da Santa S Romana. Interessante celebrarocasionalmente a Missa em latim. Falamos da Missa no rito novo

    mesmo, do rito romano moderno, reformado por Paulo VI e JooPaulo II, a chamada forma ordinria.

    Tambm a Missa no rito chamado tridentino, o rito romanotradicional ou clssico, anterior ao Vaticano II, dito formaextraordinria, para cuja celebrao o Papa Bento XVI deu indultomediante o Motu Proprio Summorum Pontificum, poderia ser

    oferecida, se conveniente e houver procura. Mas a Missa no ritonovo em latim j um grande bem.

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    Ponto 2Viso teolgica da Missa e conseqncias prticas

    Sobre a Missa, a lei da Igreja clara em defini-la:

    Cn. 897 Augustssimo sacramento a santssima Eucaristia, naqual se contm, se oferece e se recebe o prprio Cristo Senhor e pelaqual continuamente vive e cresce a Igreja. O sacrifcio eucarstico,memorial da morte e ressurreio do Senhor, em que se perpetua

    pelos sculos o Sacrifcio da cruz, o pice e a fonte de todo o culto e

    da vida crist, por ele significada e se realiza a unidade do povo deDeus, e se completa a construo do Corpo de Cristo. Os outrossacramentos e todas obras de apostolado da Igreja se relacionamintimamente com a santssima Eucaristia e a ela se ordenam.(Cdigo de Direito Cannico)

    Por ter o homem pecado em Ado e Eva, a conscincia doerro que o afastou de Deus foi passada de gerao a gerao portoda a humanidade. O homem sabe que, no fundo, est afastado dadivindade e que precisa fazer algo para suprir a lacuna entre eles. Aprpria Lei Natural, inscrita no corao de todas as pessoas, e queno foi afetada pelo pecado original praticado por nossos primeirospais, afirma a necessidade de ser construda uma ponte entre Deus eo homem. preciso, sabe o homem, um meio de unir o divino aohumano, de recuperar a amizade entre os dois!

    Nesse sentido, procurou o homem oferecer sacrifcios que ounisse novamente a Deus. Muitas vezes, cego pelo pecado que lheconfundiu a razo, ofereceu sacrifcios totalmente contrrios vontade do Criador, como holocaustos humanos. Entretanto, nopodemos deixar de ver nessa atitude ilcita e totalmente imoral umdesejo humano de reconciliar-se com Deus ou, ao menos, aplacar a(justa) ira divina em virtude de seus pecados.

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    Sua Morte e Ressurreio, como um holocausto permanente,conforme j previra o profeta Daniel (cf. Dn 8,11;9,27).

    Quando Cristo veio ao mundo, antes de oferecer-Se emsacrifcio na Sexta-feira Santa, celebrou uma ceia com Seus

    Apstolos, na noite anterior. Essa ceia foi uma antecipao mstica ereal do sacrifcio oferecido no dia seguinte.

    Na ltima Ceia, Jesus antecipou Seu sacrifcio, instituindo-ocomo perptuo atravs do oferecimento de Seu Corpo e Seu Sangue.O mesmo Corpo morto na Cruz e o mesmo Sangue derramadoforam distribudos aos Seus Apstolos, numa verdadeira

    antecipao do sacrifcio.

    Alm de antecipar o sacrifcio, vimos, Jesus Cristo tornou-operptuo, quando mandou: fazei isto em memria de mim. (Lc 22,19)

    Assim, os Apstolos e seus sucessores devem obedecer aomandamento de Jesus e fazer o que Ele ordenou: realizar o

    sacrifcio! Se o sacrifcio pde ser antecipado, pode tambm, por ter-se tornado perptuo, ser oferecido continuamente. No se trata deum novo sacrifcio, eis que o de Cristo foi definitivo e suficiente,mas do mesmo novamente tornado presente pelos Apstolos, seussucessores e os colaboradores destes.

    O sacrifcio de Jesus Cristo foi oferecido na Cruz, e tornado

    novamente presente em cada Missa celebrada. Missa, portanto, umdos nomes que ns damos ao sacrifcio da Cruz tornado novamentepresente diante de ns.

    A Santa Missa o mesmo, nico e suficiente sacrifcio deNosso Senhor Jesus Cristo, oferecido de uma vez por todas, ao Pai,na Cruz do Calvrio, pelo perdo de nossos pecados, tornado real e

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    estavam presentes a Santssima Virgem e o discpulo amado, SoJoo, o Apstolo e Evangelista, quando estamos assistindo o SantoSacrifcio devemos ter as mesmas atitudes de ambos. Certamente,no estavam Nossa Senhora nem So Joo batendo palmas: suaalegria pela salvao que se operava era interna, e se misturava com

    uma viva dor pelos pecados da humanidade, cometidos de tal formaque fizeram Deus sofrer e derramar Seu Sangue por ns. Imitandoos sentimentos e atitudes de So Joo e da Virgem Maria aos ps daCruz, estamos participando da Missa de um modo santo e salutar.

    Praticamente, isso consiste em ficar atento em cada detalhe,acompanhar as oraes do sacerdote com o corao ao menos pois

    que nem sempre, pela diferente cultura teolgica de cada um dopovo, podemos entender perfeitamente as precises litrgicas , ecumprir os ritos prescritos pela sabedoria multissecular da SantaIgreja. Mais do que tudo deve o fiel oferecer durante a Missa todo oseu ser para que, unido a Cristo, seja tambm ofertado ao Pai nahora do sacrifcio.

    So Leonardo de Porto Maurcio, ardoroso apstolo da SantaMissa, nos d seu ensino, ainda bastante atual:

    Eis o meio mais adequado para assistir com fruto a Santa Missa:consiste em irdes igreja como se fsseis ao Calvrio, e de voscomportardes diante do altar como o fareis diante do Trono deDeus, em companhia dos santos anjos. Vede, por conseguinte, que

    modstia, que respeito, que recolhimento so necessrios parareceber o fruto e as graas que Deus costuma conceder queles quehonram, com sua piedosa atitude, mistrios to santos. (SoLeonardo de Porto Maurcio. Tesouro Oculto)

    O sacerdote, antes de celebrar a Santa Missa, deve dizeralgumas oraes, como as previstas pela liturgia da Igreja. Elas

    ajudam-no a melhor se preparar para oferecer to augusto sacrifcio

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    a Deus, Nosso Senhor. Entre elas, contam-se aquela na qual ocelebrante pede a graa de bem celebrar e dispe-se a oferecer aMissa segundo o rito e a inteno da Santa Igreja. Outras, ajudam-noa dispor sua alma para penetrar no tremendo mistrio da SantaMissa.

    O fiel participante da Missa convidado a tambm rezaralgumas oraes, antes de comear a celebrao, preparando suaalma para receber os efeitos do sacrifcio e do sacramento.

    Cn. 898 Os fiis tenham na mxima honra a santssimaEucaristia, participando ativamento do augustssimo Sacrifcio,

    recebendo devotssima e freqentemente esse sacramento eprestando-lhe culto com suprema adorao (...). (Cdigo de DireitoCannico)

    Na prtica

    1. Institua-se, na parquia, uma Escola de Liturgia, na qualse estudaro os documentos da Igreja sobre o assunto, noa opinio de telogos modernistas e liturgistas que no sepreocupam com a tradio da Igreja.

    2. Promovam-se Semanas da Liturgia, com palestras depessoas preparadas, e afinadas com o Magistrio e aTradio, com respeito pelas normas.

    3. Nas aulas de catequese, e em todos os grupos, insista-seno carter sacrifical da Santa Missa. Assista-se, em grupo,ao filme A Paixo de Cristo, de Mel Gibson, fazendo aligao entre a Cruz e a Missa.

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    Na prtica

    1. O celebrante, se no usa, passe a usar a casula em todas asMissas. Adquira-se tal paramento nas lojas especializadas.

    2. Respeite-se a cor litrgica.3. Nas demais cerimnias, usem-se sempre os paramentos

    requeridos. Na Exposio do Santssimo, se for solene, nobasta o vu umeral, devendo o ministro portar a capapluvial.

    4. O sacerdote, ao assistir Missa em um lugar de destaque,esteja com sua veste coral adequada.

    5. Procure-se ter sempre os paramentos de todas as cores,estolas, casulas, dalmticas, cngulos, pluviais, para queno falte o necessrio a uma celebrao. Sejam de tecidosnobres e dignos para a liturgia. Eventualmente, no s deformato gtico, como tambm romano, para certasfestividades ou para diferenciar o celebrante principal dosdemais em uma concelebrao.

    6. Tenha-se sempre mais de uma casula de cada cor para asconcelebraes.

    7. Os aclitos vistam batina e sobrepeliz, ou alva comcngulo. O cerimonirio, como chefe dos aclitos, vistabatina e sobrepeliz sempre: sua batina ser preta, mas seos demais aclitos vestirem batina preta, este poder teruma batina violeta.

    8. Os coroinhas usem batina vermelha com sobrepeliz, ejamais alva.

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    Ponto 13Paramentos

    O Cnon 929 do Cdigo de Direito Cannico prescreve que seutilizem, obrigatoriamente, os paramentos descritos nas regraslitrgicas. Na Missa, os paramentos utilizados pelo padre, so aalva, o amito, a estola, o cngulo, a casula e o manpulo; o Bispo,alm desses, utiliza a cruz peitoral e a mitra, alm de ter nas mos obculo; o dicono usa alva, amito, estola, cngulo e dalmtica; oaclito, se estiver de batina, usa a sobrepeliz por cima, e, sem ela,

    apenas alva e cngulo. Os ministros ordenados coloquem a alva, queconsiste em uma veste branca que reveste o corpo inteiro, e, senecessrio, o amito, pano quadrado utilizado para cobrir as partesda roupa no-litrgica que estiver por baixo da alva. Depois, devemvestir a estola (ao longo do corpo para os sacerdotes; transversa paraos diconos), com a cor respectiva do tempo ou da festa. Segurandoa estola para mant-la junto ao corpo, deve estar o cngulo, a no ser

    que a forma da alva dite o contrrio quando, por exemplo, jhouver uma espcie de cngulo costurado quela. Por cima de tudo,deve estar a casula, com a cor correspondente, e que pode ser deduas formas, gtica e romana. O manpulo um pano que fica nopunho do sacerdote, e tem a cor da casula e da estola; umparamento optativo depois da reforma do Vaticano II. O dicono, aoinvs da casula, usa a dalmtica, que deve ter a cor do tempo ou da

    festa tambm.Ao contrrio do que pensam alguns, a casula obrigatria!

    No bastam alva e estola! A casula a veste prpria do sacerdote, esimboliza a Cruz, a dignidade prpria do padre! Quem a aboliu deseus cultos foram os protestantes mais exaltados, para negarem ocarter sacrifical da Missa. Se a Santa Missa a Cruz tornada

    presente, mesmo invisvel, a casula a torna visvel, por seusimbolismo. A casula remete ao sacrifcio!

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    Ponto 4Ato Penitencial

    Convidando os fiis a um ato de arrependimento, o sacerdote

    celebrante os introduz ao rito, com a frmula prevista no Missal.Aps uma breve pausa, utiliza uma das trs frmulas: a) o Confiteor;b) o Tende compaixo; c) o Kyrie. Conclui com uma absolvio,que, por ser desprovida de fora sacramental, no possui a eficciado Sacramento da Penitncia celebrado na confisso dos pecados aosacerdote.

    Podem ser cantadas msicas de Ato Penitencial, desde que a letrautilizada seja de alguma das formas prescritas. Quaisquer outroscantos, ainda que implorem o perdo de Deus e demonstremarrependimento dos pecados, esto excludos por no se encaixaremno ordinrio da Missa, do qual o Ato Penitencial integrante.

    O Ato Penitencial omitido quando se celebra, no incio da Missa, o

    rito do Asperges, e tambm quando a celebrao for imediatamenteprecedida de um ofcio da Liturgia das Horas com carterpenitencial. Nos demais casos, muito mais comuns, imprescindvel!

    Quando as invocaes do Kyrie, Senhor, tende piedade de ns..., noforem utilizadas no Ato Penitencial, devem ser proferidas aps a

    absolvio que se segue quele. Isso significa que sempre que o AtoPenitencial consistir no Confiteor (Confesso a Deus todo-poderoso...)ou no Tende compaixo, o Kyrie feito em um ato prprio.

    Depois do Ato Penitencial inicia-se sempre o Senhor, tende piedade, ano ser que j tenha sido rezado no prprio ato penitencial. Tratando-se deum canto em que os fiis aclamam o Senhor e imploram a sua misericrdia,

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    executado normalmente por todos, tomando parte nele o povo e o grupo decantores ou o cantor. (Instruo Geral do Missal Romano, 52)

    possvel que o Kyrie rezado seja substitudo por uma msica quetenha as invocaes na letra.

    Na prtica

    1. Esquea-se o folhetinho de Missa. Use-se o Missal. Umadas trs frmulas, e s.

    2. No se use msicas de perdo. Diz-se o texto do Missal,quer rezado quer cantado, mas s ele e nada mais.

    Querem msica? Cante-se o texto previsto no Missal, masno msicas de perdo.

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    Ponto 12Avisos

    H uma orao que, como o nome diz, no Orao depoisdos Avisos, mas Orao depois da Comunho. Deve, portanto,ser feita logo aps a Ao de Graas, momento no qual o fiel devedeleitar-se da presena de Cristo em sua alma.

    Os avisos e comunicaes, se necessrios, podem ser dados,pelo padre, durante a homilia, ou, por qualquer pessoa, aps a

    Orao depois da Comunho. Em algumas igrejas, os avisos sodados, erroneamente, antes dessa orao, o que est errado, vistoque seu nome Orao depois da Comunho, e no Oraodepois dos Avisos.

    Na prtica

    1. Corrija-se, imediatamente, as distores eventualmenteexistentes, e s se dem os avisos aps a Orao depois daComunho.

    d f d N h li i

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    cantadas como se fossem cantos de paz. No h, liturgicamentefalando, canto de paz, como no existe canto de glria.

    Na prtica

    1. O Rito da Paz s seja feito se oportuno. Quando a Missademorar muito ou houver muitas pessoas noacostumadas aos ritos catlicos, conveniente que se oevite, para que no haja disperso.

    2. No se execute msica durante o abrao da paz.3. O proco ou reitor forme seu povo para que seja sbrio

    nos cumprimentos. Os aclitos dem o exemplo ao

    transmitir a paz de modo solene e digno.4. No se altere o texto da orao.5. O celebrante advirta os fiis de que s ele deve rezar a

    orao disposta no Missal.6. Convide-se o povo ao abrao da paz pelas palavras do

    Missal, e no por outras, ainda que lcitas.

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    Ponto 5Glria ou Hino de Louvor

    O Glria deve cantado ou dito nos Domingos fora do Advento e da

    Quaresma, nas solenidades e nas festas. Seu texto antiqssimo nodeve ser substitudo por outro (cf. Instruo Geral do MissalRomano, 53). O costume, infelizmente disseminado em muitasparquias, de substituir tal hino por um simples canto de glriaencontra expressa proibio na Instruo Geral. Nem mesmo ofamoso canto de glria com letra de louvor Santssima Trindade,que alguns afirmam ser suficiente, serve para ser executado nesse

    momento. O hino do Glria faz parte do Ordinrio da Missa, e deveser cantado ou dito integralmente, como est no Missal!

    Na prtica

    1. Esquea-se o folhetinho de Missa. Use-se o Missal.2. No se use canto de Glria. Diz-se o texto do Missal,

    quer rezado quer cantado, mas s ele e nada mais.Querem msica? Cante-se o texto previsto no Missal, masno msicas de perdo.

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    Ponto 11Rito da Paz

    O Rito da Paz inicia-se logo aps o Embolismo do Pai Nosso.Tendo os fiis respondido Vosso o Reino..., o sacerdotecelebrante reza:

    Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apstolos: Eu vos deixo apaz, eu vos dou a minha paz. No olheis os nossos pecados, mas a fque anima a vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e aunidade. Vs, que sois Deus, com o Pai e o Esprito Santo. (MissalRomano; Ordinrio da Missa; Orao da Paz)

    Essa orao, ao contrrio do que acontece em algumasparquias, dita somente pelo padre. Os fiis permanecem emsilncio, anuindo ao desejo do sacerdote com seu Amm.

    Feita prece, o celebrante, se for conveniente por condiesde tempo, lugar e evento particularmente festejado , pode exortar atodos que se sadem transmitindo a paz do Senhor aos que estoparticipando da Missa. Usa, ento, alguma das frmulas deexortao ou alguma semelhante.

    Cuide-se que o Rito da Paz no se torne desorganizado, compessoas saindo de seus lugares e dando Santa Missa um aspectopouco piedoso. A balbrdia e a baguna no devem ser parte daCelebrao Eucarstica. Qualquer disperso pode perturbar a devidadevoo, que se requer para a frutuosa participao no sacramento areceber.

    por esse motivo que as rubricas no prescrevem nenhumcanto especfico para esse momento, nem prevem que possa serentoada uma msica, como essas costumeiras que vemos por a,

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    Na prtica

    1. O celebrante introduza ao Pai Nosso usando s asmonies previstas.

    2. Ensine seus aclitos fora da Missa de que s ele deverlevantar as mos durante o Pai Nosso. Poder formar osdemais fiis em momentos oportunos.

    3. Nunca diga aos fiis que dem as mos e procure corrigiressa distoro, se houver.

    4. Vigie o proco ou reitor de igreja para que a letra do PaiNosso, quando este for cantado, no seja alterada nem quea ela seja acrescentada qualquer coisa.

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    Ponto 6Posies do corpo

    As posies utilizadas na Missa refletem o estado que a almado fiel deve ter no momento em que ela utilizada. Mais do queatos externos e mecnicos, elas salientam a importncia dedeterminadas partes da Missa e apontam ao fiel como deve se portarinteriormente nelas.

    Assim, a posio em que mais tempo ficamos durante a Missa em p. Ficamos em p durante os Ritos Iniciais, na Seqncia, naAclamao ao Evangelho e em sua Proclamao, na Profisso de F,na Orao Universal, e desde logo antes do Orai, irmos... durante o Ofertrio at a Epclese ou a Consagrao conforme ocostume , desde a Aclamao que se segue ao Eis o Mistrio daF at a Comunho do Sacerdote, e da Orao depois daComunho at a Despedida. Ficamos sentados durante as leiturasda Liturgia da Palavra, durante a Homilia, e durante o Ofertrio.Podemos ficar sentados tambm enquanto outros fiis esto naprocisso para recepo da Comunho, ou aps comungarmos, naAo de Graas. Ficamos, por fim, ajoelhados, na Consagrao, e,onde for costume, tambm aps receber a Santa Comunho e no AtoPenitencial. costume, outrossim, que os que no podemcomungar, por qualquer motivo, ajoelhem-se para fazer um ato decomunho espiritual, que, todavia, pode ser feito de p ou mesmosentado, ainda que o recomendvel seja a primeira posio de

    joelhos.

    A genuflexo um ato que consiste em dobrar apenas o joelho direito, encostando-o no cho e no apenas fazendo umaespcie de meia genuflexo. O sacerdote faz tal gesto logo aps aConsagrao, uma vez depois de cada espcie (portanto, temos aduas genuflexes). Tambm deve o celebrante genufletir antes de

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    Ponto 7Modo de receber a Santa Comunho Eucarstica

    O fiel deve receber a Comunho com reverncia e piedade.Para isso, a prtica tradicional da Igreja a de distribuir a Eucaristiaaos fiis estando eles de joelhos, e diretamente na lngua. permitido que, apesar dessa prtica ser a normativa, o fiel receba aComunho de p, desde que, antes de o fazer, demonstre respeitopelo sacramento, inclinando-se diante da Eucaristia. Estando de p,e tendo se inclinado antes de receber a Comunho, pode comungardiretamente na lngua ou nas mos, fazendo, se esse optar por essemodo, das mos um trono. Nunca pode o fiel receber a Comunhonas mos em forma de pina!

    A Igreja sempre pediu dos fiis, respeito e reverncia pelaEucaristia no momento de receb-la. No que diz respeito maneirade ir para a Comunho, o fiel pode receb-la de ambos os modos:ajoelhando-se ou ficando de p, de acordo com as normasestabelecidas pela conferncia episcopal: Quando o fiel comungaajoelhado, nenhum outro sinal de reverncia pelo SantssimoSacramento requerido, uma vez que ajoelhar por si s um sinalde adorao. Quando se recebe a Comunho estando em p, rigidamente recomendado que, ao vir em procisso, faa-se um sinalde reverncia antes de receber o Sacramento. Isto pode ser feito noexato momento e lugar, de forma que a ordem das pessoas que vm e

    voltam da Comunho no fique interrompida. (SagradaCongregao para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.Instruo Inestimabile Donum, 11)

    A Comunho de joelhos e na lngua a forma tradicional dereceber a Sagrada Eucaristia. Por isso, nenhum sacerdote podeproibir o fiel de fazer uso desse direito. Tampouco pode proibir que

    o receba na lngua, se estiver de p, e haja indulto para que receba

    de p. Em casas de congregaes religiosas, capelas e circunscries 3. Cessem as respostas do povo Orao Eucarstica, uma

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    de p. Em casas de congregaes religiosas, capelas e circunscrieseclesisticas nas quais vige a disciplina sacramental do Missal de1962, pode o Ordinrio ou Superior determinar que a nica formade comungar seja a tradicional, de joelhos e na lngua; em todas asoutras, h liberdade para o fiel, no podendo o sacerdote negar-lhe a

    Comunho por este preferir ajoelhar-se ou receber na lngua.

    Jamais se obrigar algum fiel a adotar a prtica da comunho namo. (Sagrada Congregao para o Culto Divino e a Disciplina dosSacramentos. Notificao de 3 de abril de 1985)

    De qualquer maneira, o sacerdote ou outro ministro que

    distribua a Comunho Eucarstica, tenha o mximo cuidado de noperder nenhum dos fragmentos do Santssimo Corpo nem algumagota do Preciosssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo,conforme o sbio conselho dos Padres:

    Se algum fragmento vieres a perder, seja para ti como se estivesses perdendo um de teus membros. (So Cirilo de Jerusalm.

    Catequeses Mistaggicas, 5,21: PG 33,1126)

    Na prtica

    1. Coloque-se um genuflexrio mvel entre o ministro quedistribuir a Comunho e o fiel que a receber, para queele se sinta convidado a comungar de joelhos.

    2.

    Incentive-se a que a Comunho seja sempre distribuda naboca, e sobre tal procedimento sejam os fiis alertadosdurante a Missa, em reparao pelos pecados do mundointeiro e por tantas irreverncias para com a Eucaristia.

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    3. Cessem as respostas do povo Orao Eucarstica, umavez que tal s foram aprovadas ad experimentum, e, comoestamos sob a III Edio Tpica, tais autorizaes foramrevogadas.

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