Érias com e em deus e dos jovens que em nós procuram um testemunho de verdade e de coerência,...

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RENOVAMENTO CARISMÁTICO CATÓLICO DIOCESE DO P ORTO JULHO 2014 NEWSLETTER - EDIÇÃO 36 C AMINHANDO DESTAQUES Fazer Férias com e em Deus Homilia do Senhor D.António nas ordenações - Sé do Porto Centro de Cultura Católica do Porto São Tiago, Apóstolo Ecos da Assembleia de Junho O Saco de Carvão Cantinho do Leitor A Não Esquecer... F ÉRIAS COM E EM D EUS “(…) Que nestas férias cada um possa sentir-se bem por estar vivo, sentir-se útil e produtivo, com a consciência de que fez tudo o que podia e devia ter feito, sentir fazer parte de uma grande família e ser capaz de se entregar ao projeto de vida que Deus tem para cada um. (…)” (cont. pág. 2) HOMILIA DO SENHOR D. ANTÓNIO NAS ORDENAÇÕES - SÉ DO PORTO “(…) Nesta caminhada somos convidados a descobrir a beleza do dom da vida, a felicidade da graça da fé e a bênção do mistério da vocação. (…)” (cont. pág. 3)

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Page 1: ÉRIAS COM E EM DEUS e dos jovens que em nós procuram um testemunho de verdade e de coerência, capaz de consolidar a comunhão e de sus-citar a vocação para a vida sacerdotal;

RENOVAMENTO CARISMÁTICO CATÓLICO

D IOCESE DO PORTO

JULHO 2014 NEWSLETTER - EDIÇÃO 36

CAMINHANDO

DESTAQUES

Fazer Férias com e em Deus

Homilia do Senhor D.António nas ordenações - Sé do Porto

Centro de Cultura Católica do Porto

São Tiago, Apóstolo

Ecos da Assembleia de Junho

O Saco de Carvão

Cantinho do Leitor

A Não Esquecer...

FÉRIAS COM E EM DEUS

“(…) Que nestas férias cada um possa sentir-se bem por estar vivo, sentir-se útil e produtivo, com a consciência de que fez tudo o que podia e devia ter feito, sentir fazer parte de uma grande família e ser capaz de se entregar ao projeto de vida que Deus tem para cada um. (…)” (cont. pág. 2)

HOMILIA DO SENHOR D. ANTÓNIO NAS ORDENAÇÕES - SÉ DO PORTO

“(…) Nesta caminhada somos convidados a descobrir a beleza do dom da vida, a felicidade da graça da fé e a bênção do mistério da vocação. (…)” (cont. pág. 3)

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“Há um tempo para tudo na vida… Um tempo para traba-

lhar e um tempo para descansar”.

Depois de mais um ano de trabalho, eis que chega um mere-

cido tempo de férias.

No ciclo da vida as férias são fundamentais para o nosso equi-

líbrio bio-psíquico-social-espiritual. Ao longo de um ano de

trabalho, o stress do dia-a-dia, o acumular de tensões e des-

gaste físico, as coisas que nos dão prazer que ficam por fazer,

os amigos e pessoas de quem gostamos com quem não esta-

mos, por falta de tempo, tudo isto e muito mais vai deterio-

rando o equilíbrio dinâmico entre estas dimensões que tor-

nam o homem como um todo, único e diferente dos outros

homens.

Este tempo de repouso é fundamental para a nossa dimensão biológica que se refere aos aspetos físicos do corpo, de maneira

especial, aos sistemas muscular, digestivo, ósseo, hormonal e respiratório, uma alimentação saudável, o exercício físico,

passear e fazer caminhadas, andar descontraído e sem horas marcadas…

Já no que diz respeito à dimensão psicológica as férias são essenciais para o pensamento, a memória, as emoções, os desejos,

e para tal nada melhor do que fazer coisas que não podíamos fazer ou que foram sendo preteridas e ficando para trás: a praia

e/ou a piscina, cinema e/ou teatro, ler um livro e ouvir uma boa música. O purificar a memória das lembranças negativas

do passado, ter pensamentos positivos e até sonhar é fundamental para fortalecer a autoestima, a autoconfiança, a realização

e a felicidade.

As férias são momentos únicos para a nossa dimensão social, desligando, tanto quanto possível, das desgraças que nos asso-

lam, ao nível económico, político, guerras e calamidades, e aproveitar para estar com aqueles para quem não tivemos tem-

po, com aqueles com quem gostamos de estar, na conversa, nos passeios, nos divertimentos, no desporto e até em atividades

culturais.

As férias também são fundamentais para a dimensão espiritual. Embora

tenhamos chegado ao fim do ano pastoral e das respetivas atividades isso

não quer dizer que também vamos fazer férias de Deus. Este é um momen-

to propício para nos relacionarmos com Deus-Criador no contacto com a

natureza, no deslumbramento das cores, no desfrutar das fragâncias e sabo-

res; com Deus-Pai na simplicidade de filhos e na relação com os outros

nossos irmãos. É um tempo favorável para a escuta da Palavra de Deus,

para a oração pessoal, a meditação, a reflexão, o silêncio...numa palavra,

fazer férias com e em Deus.

Como diz Santo Agostinho, “não basta fazer coisas boas, é preciso fazê-las

bem”.

Que nestas férias cada um possa sentir-se bem por estar vivo, sentir-se útil

e produtivo, com a consciência de que fez tudo o que podia e devia ter

feito, sentir fazer parte de uma grande família e ser capaz de se entregar ao projeto de vida que Deus tem para cada um. Ter

razões para esperar, razões para confiar, razões para amar e viver a vida em plenitude.

(Dr. José Luis Oliveira)

Fazer Férias com e em Deus

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HOMILIA DO SENHOR D. ANTÓNIO NAS ORDENAÇÕES - SÉ DO PORTO

1. Hoje é um dia de alegria, de gratidão e de esperança para a Igreja do Porto. Vivemos esta hora como marco abençoado do longo e belo caminho da história multissecular da Igreja que somos e como anúncio feliz de tempos novos que aqui nascem. Nesta caminhada somos convidados a descobrir a beleza do dom da vida, a felicidade da graça da fé e a bênção do misté-rio da vocação. É no íntimo do coração humano, no seio da família e no espaço da comunidade que a oração se torna pre-sente, a esperança se fortalece e a voz de Deus se faz ouvir. Nos trilhos deste caminho encontramos a marca dos passos dados pelos diáconos Cláudio Silva, Paulo Godinho, Vítor Pacheco e David Mieiro, que hoje vão ser ordenados presbí-teros, e por Filipe Azevedo, João Emanuel, Mário Jorge, Prabesh Jacob e Gil Alfredo, que vão ser ordenados diáconos. Este dia começou no berço abençoado das famílias, passou por intensos momentos de oração confiante da Igreja e conta as horas vividas no Seminário e partilhadas pelas Escolas frequentadas por estes ordinandos, ao longo do seu percurso de forma-ção. Saúdo com afeto e gratidão as famílias, as comunidades de nascimento e de estágio pastoral, os catequistas, os professores, os párocos, os Seminários, a Faculdade de Teologia, os seus companheiros de caminho e tantos outros, que só Deus conhece. A todos afirmo a gratidão da nossa Diocese e a dedicação dos que a servem como bispos, presbíteros e diáconos. Para todos imploro a bênção de Deus. Saúdo igualmente o Provincial e os Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus (Padres Dehonianos), a cuja Congregação per-tencem os ordinandos David Mieiro e Gil Alfredo. O ministério ordenado é um dom que torna possível, presente e atuante na história da Igreja e na vida do Mundo os tesouros da graça divina e o mistério do amor misericordioso de Deus. Jesus escolheu e escolhe homens simples, puros de coração, misericordiosos, pacíficos, justos e construtores da paz, debru-çados sobre as redes ou vindos do coração da nossa cidade e do interior das nossas terras, de mãos habituadas ao trabalho e de coração livre e disponível para novos desígnios de missão. Mas humanos, com limitações e fragilidades que a graça de Deus e a correspondência pessoal hão-de superar (Mt 5, 1-12). Em nome destes irmãos que hoje avançam, firmes e felizes, serenos e confiantes, para a ordenação; em nome dos seminaris-tas e dos jovens que em nós procuram um testemunho de verdade e de coerência, capaz de consolidar a comunhão e de sus-citar a vocação para a vida sacerdotal; em nome de toda a nossa Diocese que é sustentada pelo nosso ministério ordenado, agradeço, caros sacerdotes, o vosso testemunho fraterno, a vossa comunhão afirmada e a vossa presença expressiva junto destes ordinandos. Que as pessoas sintam, como sentiam as multidões ao aproximarem-se de Jesus, que através de nós podem oferecer ao Se-nhor a sua vida quotidiana, tecida de trabalho e de fé. 2. Ouvimos a Palavra de Deus que ilumina a viagem da história da salvação da Humanidade e lança luz abundante sobre o acontecimento que aqui nos reúne. S. Paulo escreve à Comunidade de Roma, onde chegou depois de longo caminho, de viagens difíceis e de decidida peregrina-ção, por amor de Jesus e ao serviço do Evangelho. O exemplo da vida de Paulo tornou-se verdadeira semente de fé e de missão, que deu frutos em muitas comunidades cristãs por ele fundadas (Rom 8, 18-23). Jesus, no Evangelho de hoje, dá-nos um precioso ensinamento. Na bela parábola do evangelho encontramos o método, a pedagogia e o dinamismo a imprimir ritmo, alegria e confiança na missão: “Saiu o semeador a semear” ( Mat 13, 1-9). Cumprir-se-á, assim, pela semente do Evangelho, o que profetizava Isaías, como ouvimos na primeira leitura: “Assim como a chuva e a neve que descem do céu não voltam para lá sem terem regado a terra, sem a terem fecundado e feito produzir, para que dê a se-mente ao semeador e o pão para comer, assim a palavra que sai da minha boca, diz o Senhor, não volta sem ter produzido o seu efeito, sem ter cumprido a minha vontade, sem ter realizado a sua missão” ( Is 55, 10-11). Isaías fala-nos aqui do mistério onde lança raízes a sua missão de profeta: a terra regada e fecunda; o campo fértil onde a se-mente germina; o coração moldado pela palavra divina que o trabalha por dentro. Um profeta só é profeta porque o Senhor o chama e o envia, o guia e conduz, o trabalha com mãos de oleiro e o fascina com a verdade e o horizonte da missão. Anunciar a alegria do Evangelho e transmitir e celebrar a fé não é uma utopia ideológica ou uma opção pessoal. É um impe-rativo divino! É um ministério eclesial! Abre-nos caminho desta missão, recebida de Deus através do mandato da Igreja, a ousadia dos profetas, o testemunho dos apóstolos e o exemplo de Jesus. O Papa Francisco, num dos primeiros encontros que teve com o seu Clero, quando Arcebispo de Buenos Aires, afirmou

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que “os modos sacerdotais que Jesus tem de cuidar do seu Povo são a esperança que congrega na unidade. A esperança de que não falte ninguém. A esperança de que não se acabe a alegria. A esperança de que Deus vê com agrado os nossos gestos de amor mais escondidos. A esperança de que o perdão seja contagioso. A esperança de que o pão chegue a todos. A esperança de que a pequena luz contribui para o brilho da grande festa. A esperança de que o que mais agrada a Deus é que sejamos seus amigos, suas teste-munhas e seus mensageiros” (Buenos Aires, Missa Crismal de 2003). Faço minha para vós esta bela mensagem, marcada pela esperança firme, pela alegria renovada e pela comunhão fraterna que vos testemunho, caros ordinandos, os primeiros diáconos e presbíteros do meu ministério no Porto. 3. Vive esta hora, Igreja do Porto, como hora de esperança acrescida diante da missão, que Deus nos confia e agora parti-lhamos com estes novos diáconos e presbíteros! Que Maria, a Mãe de Jesus e nossa Mãe, a quem vos confio e consagro, caros ordinandos, vos ajude a ser diáconos e presbí-teros generosos, felizes e fiéis. Sois dom por Deus generosamente oferecido à Igreja e ao Mundo!

(Sé do Porto, 13 de julho de 2014 António, Bispo do Porto)

50 anos ao serviço da formação cristã na Diocese do Porto O Centro de Cultura Católica do Porto é um espaço de formação que a diocese do Porto proporciona àqueles que desejam alargar os horizontes dos seus conheci-mentos teológico-pastorais. Para tal desenvolve um conjunto de cursos, que tor-nam possível o contato com a verdade revelada em diálogo com os desafios do nosso tempo e fornecem as competências necessárias para o desempenho de vários ministérios e funções na comunidade cristã, nomeadamente no campo da evange-lização, da catequese e educação na fé, da liturgia e da pastoral da saúde e da cari-dade. Estas propostas querem responder, por um lado, às inquietações pessoais dos fiéis

na compreensão da fé e, por outro, às necessidades das paroquias, comunidades, secretariados e movimentos, que encontram no Centro o espaço para onde po-

dem enviar alguns dos seus membros, em ordem a uma formação mais cuidada, que acrescente aptidão à generosidade com que se lhes dedicam.

O Centro de Cultura Católica (CCC) do Porto este ano encontra-se marcado

pela celebração dos 50 anos, criado em 1964, no contexto entusiástico do Con-

cílio, como «um centro de irradiação da cultura católica, principalmente para o

laicado». Celebraremos este aniversário na sessão solene de abertura do

próximo ano letivo, em 25 de outubro, às 14.30 h., com a presença do nosso

Bispo e com uma conferência do Doutor Alfredo Leite Soares, subordinada ao

tema Do Concílio até hoje: o laicado nos documentos da Igreja.

O ano letivo 2014/2015, marcado pela celebração jubilar, será subordinado ao

lema Formar para uma Igreja “em saída”, inspirado na exortação apostóli-

ca Evangelii Gaudium do papa Francisco. Por isso, o CCC junta às propostas habi-

tuais o ciclo A Missão Evangelizadora da Igreja, a realizar de outubro a fevereiro, pensado em conjunto com o Secretariado

Diocesano das Missões e a Formação do Diaconado Permanente. Este ciclo contempla duas conferências e um documentá-

rio comentado.

As propostas habituais constam do Curso Básico de Teologia, do Curso Complementar de Formação de Catequistas e da Escola Diocesana de Ministérios Litúrgicos (Leitores, Acólitos, Salmistas e Músicos). Com o intuito de diversificar a proposta curricular e assinalar o cinquentenário do CCC, instituição pensada sobretudo para o laicado, foi pro-gramada para este ano uma nova disciplina de Espiritualidade Laical. Há também algumas disciplinas habituais no currícu-lo que serão lecionadas por novos professores. Em qualquer dos casos, é possível a inscrição por disciplina. Os folhetos em papel, já disponíveis no CCC, chegarão brevemente pelo correio às paróquias e demais endereços do Anuá-rio da Diocese do Porto. As inscrições nos Curso decorrem até 31 de julho e de 1 a 26 de setembro.

(retirado de: www.ccc.diocese-porto.pt)

Centro de Cultura Católica

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Tiago (Jacobus, Iago, Jacques) foi um dos primeiros seguidores de Jesus Cristo. «Caminhando ao longo do mar da Galileia (…) [Jesus] viu outros dois irmãos: Tiago e seu irmão João [Evangelista], os quais, com seu pai Zebedeu, compu-nham as redes dentro do barco. Chamou-os, e eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai seguiram-n’O.» (S. Mateus, 4, 18)

Depois da crucificação de Jesus, Tiago continuou a divulgar a palavra do seu Mestre e numa das suas viagens chegou à Galiza onde pregou durante alguns anos, ainda que sem grande sucesso.

Chamado por Cristo, S. Tiago, Apóstolo, viu concretizadas as promessas de Deus ao seu Povo, ao testemunhar o poder da Ressurreição de Cristo. A partir daí, fortalecido pelo Espírito Santo, S. Tiago assumiu a fé de forma destemida e aceitou testemunhá-la até às últimas consequências (Act 12,1-2). Sendo originá-rio da Galileia, S. Tiago terá aceitado o desafio de partilhar com outros povos o tesouro da fé: segundo a tradição, teria vindo até à Península Ibérica, para evan-gelizar, tendo desenvolvido atividade sobretudo na Galiza e na zona hoje corres-pondente a Aragão. Assim, S. Tiago foi um autêntico explorador, na medida em

que aceitou pôr-se a caminho, guiado pela «estrela» da fé que o animava e fortalecido pelo desejo insaciável de a dar a conhe-cer. Mesmo sem saber que dificuldades iria encontrar, S. Tiago partiu com o intuito de apontar, também aos outros, o cami-nho para a «Terra Prometida». O caminho para Deus.

De regresso a Jerusalém, em 44 d.C., Santiago foi mandado prender por Herodes Agripa, por idolatria, e condenado a morrer decapitado. O corpo de Tiago foi lançado às feras mas dois dos seus discípulos – Atanásio e Teodoro – anteciparam-se, reco-lheram-no e, de barco, viajaram em direção à Galiza com o intuito de aí o enterrarem. Conta a lenda que o pequeno barco não tinha leme nem velas mas que seguiu o seu rumo guiado por um anjo.

A receção na Galiza não foi calorosa. Quem governava era a rainha Lupa, que só concordou em acolher os restos de Santiago após a superação de uma prova: Atanásio e Teodoro tinham que matar o dragão e trazer os touros bravos que viviam em Pico Sacro. Eles conseguiram e, perante tal façanha, a rainha Lupa converteu-se ao cristianismo e deixou-os sepultar o apóstolo num lugar chamado Libredón. Aí foi erguida uma pequena capela e sob o altar ficaram as relíquias de Santiago.

Durante séculos o túmulo esteve abandonado até que um dia, no início do século IX, o eremita Pelayo foi testemunha de uma revelação divina e descobriu o sepulcro do apóstolo em Campus Stellae, atual Santiago de Compostela. Os rumores desta des-coberta chegaram até ao bispo de Iria Flavia, Teodomiro, que se tornou no grande responsável pelo invento, a difusão no mun-do cristão da descoberta do sepulcro de Santiago. A crença de Teodomiro era tanta que originou a intervenção do rei Afonso II, o Casto, que mandou edificar um templo em homenagem ao apóstolo.

A peregrinação a Santiago impulsionou o desenvolvimento de uma rede de caminhos a que se associou a construção de infra-estruturas básicas: hospitais, albergues, hospedarias. Durante a Idade Média, o Caminho de Santiago gerou grande diversidade de atividades e intercâmbio. Nas localidades por onde passava, os mercados eram famosos, autênticos palcos de troca entre produtos locais e de outras terras. Porém, com as Guerras Religiosas o Caminho quase caiu no esquecimento. Foi no último quartel do século passado que se redescobriu o Caminho de Santiago.

(retirado de: Revista ITINERANTE n.º 3) e (retirado do: site do Corpo Nacional de Escutas – www.cne-escutismo.pt)

São Tiago, Apóstolo

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A Igreja como Comunhão

Domingo de Pentecostes

A cada 2º Domingo o grupo de jovens reune já pela manhã e, com criatividade e empenho preparam a 1ª parte de cada encontro.

Mas este encontro era especial: celebrava-se o dia de Pentecostes.

Dia em que se cumpria a promessa de Jesus «vou para o Pai e Ele vos enviará o Espírito Santo».

Para fazermos memória desta realidade, foram colocados à vista de todos; as linguas de fogo e a pomba, simbolos que dão forma visivel à pessoa do Espírito Santo, que, como nos disse o Sr. Pe. Nuno na sua homilia, «o Espírito Santo não tem forma, porque está em todas as formas».

Mas nós precisamos de ver, de sentir e escutar, daí, a importância dos simbolos.

Foi através das linguas de fogo que nos foram apresentados os sete Dons do Espírito Santo.

Os jovens na sua simplicidade, apresentaram-nos cada Dom, como presente gratuíto de Deus para cada um de nós.

Dons preciosos, que Deus coloca nas nossas mãos e no nosso coração. Dons, que nunca é demais recordar:

Sapiência-Entendimento-Conselho-Fortaleza-Ciência-Piedade e Temor de Deus.

Depois de um curto intervalo, entramos no momento alto da tarde: a Eucaristía.

É na Eucaristía que nos alimentamos da Palavra de Deus.

É pela homilía que melhor a entendemos e, dizia-nos o Sr. Pe. Nuno: «A Palavra tem de nos provocar, tem de mexer connos-co...) (.. A experiência do Espírito Santo, faz-se sempre, em clima da vinda do Senhor.

Ele é aquele que unifica as nossas divisões.

Ele é o portador da paz. Quem possui o Espírito Santo é portador da paz.

O Espírito Santo na boca de Jesus, é perdão para ser oferecido, é misericórdia, é amor para ser comunicado.

Este é o caminho que permite ao outro, encontrar em nós a paz.Nós somos instrumentos do perdão de Jesus.-Somos detento-res do poder de perdoar, “a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-hão perdoados” temos de exercer este poder, para que o outro, possa ter a oportunidade de se sentir perdoado.

Este poder é para todos, porque todos somos agentes deste perdão.

Num mundo tão propício à vingança e à vaidade, precisamos ser motores deste perdão.

Precisamos ser luz que brilha nas trevas!...)

(..Estamos habituados a falar do Espírito consolador, do paráclito, a procurar sensações de consolo,de algum comodismo, de quietude, enfim, a ficarmos acomodados na consolação dos triztes.

Mas, este não é o espírito consolador que Deus nos dá! Não é este espírito consolador em que precisamos acreditar!

Não nos enganemos: Nós somos agentes da consolação, que Deus quer, por nós, fazer chegar aos irmãos!

Significa que somos agentes do Espírito de verdade, que nos desinstala, para construirmos a verdade e a justiça!

A nossa fonte é Jesus Cristo. A nossa inspiração é a Eucaristia.

Se temos a fonte de água viva, não andemos à busca de outras águas.

Não procuremos consolo por outros lugares que não não sejam o nosso grupo de oração, a nossa comunidade paroquial e o nosso pároco.

Sigamos somente a Jesus Cristo.

Ele sim, é o nosso lider!» (E.C)

ECOS DA ASSEMBLEIA DE JUNHO

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O pequeno Manuel entra em casa, batendo ruidosamente com os pés no chão. O pai, que se dirige para o quintal para cui-

dar da horta, ao ver aquilo, chama o menino para uma conversa. Manuel, de oito anos de idade, acompanha-o desconfiado. E antes que o pai diga alguma coisa, diz-lhe irritado:

- Pai, estou com muita raiva. O Ruben não devia ter feito aquilo comigo. Desejo-lhe tudo de mal, quero que ele morra.

O pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho, que continua a reclamar:

- O Ruben humilhou-me à frente dos meus amigos. Não aceito isso! Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.

O pai continua a ouvir tudo, calado, enquanto se dirige para um abrigo onde guarda um saco cheio de carvão. Pega nele e leva-o até ao fundo do quintal sempre acompanhado pelo filho, agora também calado.

Manuel vê o saco a ser aberto e, antes mesmo de poder fazer alguma pergunta, o pai propõe-lhe algo:

- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está a secar no estendal é o teu amigo Ruben, e que cada pedaço de cravão é um mau pensamento teu para com ele. Quero que atires todo o carvão do saco para a camisa, até ao último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.

O Rapaz achou que aquela seria uma brincadeira divertida, e pôs mãos à obra. O estendal com a camisa estava longe, por isso poucos pedaços acertavam no alvo. Uma hora depois termina a sua tarefa. O pai, que espiava tudo de longe, aproxima-se dele e pergunta-lhe:

- Filho, como te sentes agora?

- Estou cansado, mas contente porque consegui acertar muitos pedaços de carvão na camisa.

O pai olha para o rapaz, que não entendera a razão daquela brincadeira, e diz-lhe carinhosamente:

- Vem comigo até ao meu quarto, quero mostrar-te uma coisa.

O Manuel acompanha o pai até ao quarto e é colocado à frente de um grande espelho, onde se pode ver de corpo inteiro. Que susto! Só se consegue ver os dentes e os olhinhos.

O pai, então, diz-lhe ternamente:

- Filho, viste que a camisa quase não ficou suja, mas olha só para ti: estás todo sujo. O mal que desejamos aos outros é como isto que aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com os nossos pensamentos, a sujidade, os resíduos e a fuligem ficam sempre em nós mesmos.

Tenha cuidado com os pensamentos: eles transformam-se em palavras.

Tenha cuidado com as suas palavras: elas transformam-se em ações.

Tenha cuidado com as suas ações: elas transformam-se em hábitos.

Tenha cuidado com os seus hábitos: eles moldam o seu carácter.

Tenha cuidado com o seu carácter: ele decidirá o seu destino.

Para refletir:

* Só há uma maneira de vencer o mal: fazendo o bem.

* Está atento aos seus pensamentos, palavras e ações?

(Retirado de: Abrindo Caminhos; Parábolas e Reflexões)

O SACO DE CARVÃO

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CANTINHO DO LEITOR

Casa Diocesana de Vilar Rua Arcediago Van Zeller, 50

4050-621 - Porto

[email protected] http://www.rccporto.com

Organização

Grupo de Jovens RCC Porto

Diácono Fernando Alberto Alves Silva

N. 12-04-1949 * F. 16-06-2016

Queremos recordar um homem de fé que muito nos deu. Muitos de nós se devem recordar do Diácono Fernando, fez um ano que partiu para junto do nosso querido Pai do Céu.

O nosso irmão antes de partir, mesmo a sofrer muito nunca deixou de confiar a sua vida nas mãos daquele que O criou. Já na fase final da sua passagem pela terra escreveu uma oração que queremos partilhar com todos.

"Senhor, estou aqui para te escutar

"Eu sou precioso aos teus olhos"

Senhor preciso da tua ajuda para

te amar mais e não ter medo de dar testemunho de ti.

Senhor Jesus eu te dou graças pelas maravilhas

que vais realizando na minha vida.

Senhor te peço perdão pelas vezes que voltei as costas ao meu irmão que precisava de mim.

Senhor eu acredito em ti, mas aumenta a minha fé, para ter uma melhor relação contigo e com os meus irmãos.

Amor - amo-te

Meu Deus eu creio, mas aumenta a minha fé."

Diácono Fernando Silva

A NÃO ESQUECER . . .

Eucaristia Sábado

26 de Julho 2014,pelas 21.30hr, Igreja do Bonfim celebrada pelo Padre Nuno Antunes

Festival Jota

25 a 27 de Julho 2014, em Carvalhais, São Pedro do Sul.

XXXVII Assembleia Nacional do Renovamento Carismático 29 a 31 de Agosto

2014 no Centro Pastoral Paulo VI– Fátima

Tema: “Se tu conhecesses o dom de Deus...tu lhe pedirias e Ele te daria água viva” (Jo

4,10)

Aniversários:

IV Aniversário do Grupo de Jovens do Renovamento Carismático Católico

da Diocese do Porto

16 de Agosto 2014, Eucaristia celebrada pelas 10h00, Igreja dos Congregados celebrada

pelo Padre José Alberto Magalhães.