ergonomia em ambiente hospitalar

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(5*2120,$ (0 $0%,(17( +263,7$/$5 KWWSILVLRWHUDSLDUHVLGHQFLDOEORJVSRWFRPEUHUJRQRPLDHPDPELHQWHKRVSLWDODUKWPO WK 0D\ ,1752'8d2 >KWWSESEORJVSRWFRPN5 2]8.-V8D;D0K8U5V,$$$$$$$$$(4<7\-KY\KOGJVLPDJHP- 3*@ >KWWSESEORJVSRWFRP I44%P-2'\,8D;D3\GUE6,$$$$$$$$$(<U$L1E4:T(VLPDJH P-3*@ (VWD SHVTXLVD WHYH FRPR SURSyVLWR GLVFXWLU FRPR D HUJRQRPLD SRGH HODERUDU HVWUDWpJLDV SDUD UHGX]LU SUREOHPDV P~VFXORHVTXHOpWLFRV QD HQIHUPDJHP Mi TXH R DPELHQWH KRVSLWDODU WUD] XPD VpULH GH (5*2120,$ (0 $0%,(17( +263,7$/$5

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Page 1: Ergonomia Em Ambiente Hospitalar

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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29th May 2013

1 INTRODUCcedilAtildeO

[http3bpblogspotcom-kR-Oz4UKJ6sUaXaMhUrRsIAAAAAAAAAEQYTyJhvyhldgs1600imagem+5J

PG]

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Esta pesquisa teve como propoacutesito discutir como a ergonomia

pode elaborar estrateacutegias para reduzir problemas muacutesculoesqueleacuteticos

na enfermagem jaacute que o ambiente hospitalar traz uma seacuterie de

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problemas ergonocircmicos afetando a sauacutede do trabalhador deste meio

como refere Alexandre (1998)

ldquoAs transformaccedilotildees ocorridas nas uacuteltimas deacutecadas no mundo

do trabalho tem repercutido na sauacutede dos indiviacuteduos e do coletivo de

trabalhadores de forma intensivardquo (ELIAS NAVARRO 2006)

Para a reduccedilatildeo de problemas ergonocircmicos conveacutem salientar

que eacute necessaacuterio trabalhar a ergonomia ldquoPara a ergonomia as

condiccedilotildees de trabalho satildeo representadas por um conjunto de fatores

interdependentes que atuam direta ou indiretamente na qualidade de

vida das pessoas e nos resultados do proacuteprio trabalhordquo (MARZIALE

ROBAZZI 2000)

A enfermagem de forma geral estaacute exposta a condiccedilotildees de

trabalho que potencializa as possibilidades de adoecimento Soacute eacute

possiacutevel cuidar do outro a partir do momento que o profissional estaacute

bem mentalmente e fisicamente

Diante do exposto eacute de real importacircncia a aplicaccedilatildeo dos

princiacutepios ergonocircmicos para a enfermagem em virtude do

desenvolvimento profissional

2 OBJETIVOS

21 Objetivo geral

Esclarecer como a ergonomia favorece a reduccedilatildeo de problemas

muacutesculoesqueleacuteticos para a enfermagem

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22 Objetivos Especiacuteficos

221Levantar os fatores que desencadeiam os problemas

muacutesculoesqueleacuteticos para a enfermagem

222 Identificar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

223Enunciar as medidas preventivas para reduccedilatildeo dos problemas

muacutesculoesqueleacuteticos

3 JUSTIFICATIVA

A pesquisa sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos na enfermagem se justifica pelo fato de que

desde a deacutecada de 40 a Organizaccedilatildeo Internacional do Trabalho (OIT)

tem referido agraves condiccedilotildees inadequadas de trabalho nos hospitais e

recomendado a higiene e a seguranccedila com intuito de adequar as

condiccedilotildees de trabalho a estes trabalhadores como refere Marziale

Robazzi (2000)

A condiccedilatildeo de trabalho hospitalar como inadequada ao

trabalhador eacute palco de muitas discussotildees e publicaccedilotildees poreacutem pouco

se faz na praacutetica e na rotina hospitalar no que diz respeito agrave

ergonomia como refere Barboza Soler (2003)O hospital de maneira geral eacute reconhecido como um

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ambiente insalubre penoso e perigoso para os que alitrabalham Aleacutem dos riscos de acidentes e doenccedilas deordem fiacutesica aos quais os trabalhadores hospitalaresestatildeo expostos (ELIAS NAVARRO 2006)

ldquoOs trabalhadores de enfermagem satildeo um dos grupos

ocupacionais mais afetados por algias e lesotildees dorsais ocupacionaisrdquo

(GUO et al 1995 LAGERSTROM HANSSONT HAGBBERG

1998 apud PARADA ALEXANDRE BENATTI 2002)

Conveacutem salientar que a ergonomia eacute a medida de maior

importacircncia para reduzir problemas que originam de trabalho e que

leva a doenccedilas muacutesculoesqueleacutetico Para que tal fato natildeo ocorra em

grande proporccedilatildeo eacute necessaacuterio que seja difundido em maior escala os

quanto os aspectos ergonocircmicos satildeo importantes para o ambiente de

trabalho

_____________GUO HR et al Back pain among workers in the United States national estimatesand works at high risk Am J Ind Med 1995 28(5) 591 ndash 602LAGERSTROM M HANSSONT HAGBBERG M Work related low backproblems in nursing Second J Works Environ Health 1998 24(6) 449 ndash 64

4 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa de revisatildeo bibliograacutefica com busca

no site cientiacutefico da Bireme Os textos cientiacuteficos encontrados datam

do periacuteodo de 1998 a 2008

A pesquisa bibliograacutefica ndash elemento imprescindiacutevelpara a revisatildeo e virtual expansatildeo do conhecimento -deve ser entendida como aquela baseada nos livros edemais impressos disponiacuteveis inclusive documentosmanuscritos (agraves vezes denominada de pesquisadocumental) e outras fontes pertinentes onde se buscaencontrar resposta aos problemas formulados restandosaber como se organizam e como podem serorganizadas as informaccedilotildees acessadas (CERVOBERVIAN 1983 apud SILVA 2002)

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_______________CERVO AL BERVIAN PA Metodologia cientiacutefica para uso dos estudantesuniversitaacuterios 3ed Satildeo Paulo Mc Graw ndash Hill 1983

5 ERGONOMIAUMA ESTRATEacuteGIA PARAREDUCcedilAtildeO DE PROBLEMAS

MUacuteSCULOESQUELEacuteTICOS NA ENFERMAGEM

51 Relaccedilatildeo histoacuterica entre o trabalho e os efeitos sobre a sauacutede

Faz parte da vida e da cultura da humanidade as relaccedilotildees entreo trabalho e o adoecer A Biacuteblia em Deuteronocircmio XXII 8 fala daprevenccedilatildeo de acidentes de trabalho No final do seacuteculo XVII e iniacuteciodo seacuteculo XVIII jaacute se falava de doenccedilas ocupacionais de formas deprevenir e tratar enfermidades No seacuteculo XIX eacute que de fato surgiramagrave prevenccedilatildeo de agressotildees contra a sauacutede associadas ao trabalho ereconhecendo que este eacute um dos aspectos importantes das condiccedilotildeesde vida como refere Santana (2006) As diversas mudanccedilas ocorridas na organizaccedilatildeo nas condiccedilotildees

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e nas relaccedilotildees de trabalho principalmente nos paiacuteses capitalistasavanccedilados ou tardios vem repercutindo na sauacutede dos trabalhadoresque empenham grande parte de suas energias fiacutesicas e espirituais emfunccedilatildeo do trabalho segundo Elias Navarro (2006) No Brasil os registros de problemas relacionados agrave sauacutede dotrabalhador datam do seacuteculo XIX poreacutem a incorporaccedilatildeo da praacuteticaocorreu bem tarde nas escolas meacutedicas de acordo com Santana(2006) No Brasil a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 determinou areduccedilatildeo da jornada de trabalho em turno ldquoininterruptos derevezamentordquo com reduccedilatildeo diaacuteria da jornada de trabalho a 6 horas ounegociaccedilatildeo coletiva (BRASIL 1988 apud MORENO FISCHERROTENBERG 2003)

De acordo com Mauro (2007) na era industrial nasceu uma

teacutecnica que hoje se transformou em uma ciecircncia As adaptaccedilotildees dos

instrumentos como as caracteriacutesticas da ergonomia visam agrave reduccedilatildeo

de fadiga e acidentes

_______________BRASIL Constituiccedilatildeo Federal do Brasil Brasiacutelia Senado Federal 1988

Com a capacitaccedilatildeo os novos equipamentos exigiam dos

operaacuterios mais habilidades em condiccedilotildees ambientais desfavoraacuteveis e

tensas Na ergonomia claacutessica centrado na adaptaccedilatildeo da maacutequina ao

homem o tratamento ergonocircmico e mensuraccedilatildeo de ambiente

antropomeacutetrico mediccedilotildees que estudam a adaptaccedilatildeo do trabalho ao

trabalhador em relaccedilatildeo agrave ambientes equipamentos e roupas

ldquoUma transformaccedilatildeo saudaacutevel no processo de trabalho

certamente teraacute repercussotildees positivas para a sauacutede do trabalhador

estabelecendo um novo paradigmardquo (MAURO 2007)

52 Sauacutede do trabalhador

ldquoCada trabalhador apresenta diferenccedilas com relaccedilatildeo agrave estatura

peso resistecircncia agrave fadiga capacidade auditiva e visual memoacuteria

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habilidade motora e personalidades e que devem ser considerados no

ambiente de trabalhordquo (IIDA 1990 apud MARZIALE CARVALHO

1998)

Diante deste fato as relaccedilotildees entre sauacutede-doenccedila-trabalho tecircm

ganhado destaque na aacuterea de sauacutede ocupacional destacando-seComo prejuiacutezos agrave sauacutede fiacutesica e mental dostrabalhadores prolongadas jornadas de trabalho ritmoacelerado de produccedilatildeo por excesso de tarefasautomaccedilatildeo por realizaccedilatildeo de accedilotildees repetitivas comparcelamento de tarefas e remuneraccedilatildeo baixa emrelaccedilatildeo agrave responsabilidade e complexidade das tarefasexecutadas (BARBOZA SOLER 2003)

Fatores fiacutesicos quiacutemicos psicossociais e ergonocircmicos devem

ser analisados para que se possam caracterizar as condiccedilotildees de

trabalho hospitalar em cada instituiccedilatildeo de acordo com Marziale

Carvalho (1998)

______________IIDA I Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher 1990 465 p

Entende-se por acidente tiacutepico aquele que ldquoocorre peloexerciacutecio do trabalho a serviccedilo da empresardquo ()ldquoProvocando lesatildeo corporal ou perturbaccedilatildeo funcionalque causa a morte ou a perda ou reduccedilatildeo permanente outemporaacuteria da capacidade para o trabalhordquo(OLIVEIRA1992 apud PARADA ALEXANDRE BENATTI2002)

ldquoO trabalhador tem por sua vez consciecircncia de sua capacidade

teacutecnica e sabe que para exercitaacute-la precisa ter sauacutederdquo (ABRAMIDES

CABRAL 2003 apud AGUIAR et al 2009)

O adoecer na sociedade capitalista eacute vergonhoso pois atrapalha

a produccedilatildeo devendo ser negado para Elias Navarro (2006)O trabalho da enfermagem eacute intenso desgastante Se asauacutede estaacute ligada agrave liberdade o trabalho no hospitalonde priva a liberdade conduzindo o trabalhador agravedoenccedila Restaurar o direito agrave sauacutede dos profissionais de

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enfermagem eacute uma necessidade e o processo pode seiniciar por desnaturalizar o cuidado com o outroatribuindo-lhe um novo estatuto (ELIASNAVARRO 2006)

Siqueira Siqueira Gonccedilalves 2006 apud AGUIAR 2009

salienta que para se ter qualidade de vida natildeo eacute necessaacuterio soacute sauacutede eacute

necessaacuterio tambeacutem um envolvimento com o trabalho famiacutelia amigos

e outros Desta forma eacute necessaacuterio que o trabalhador de enfermagem

reuacutena todos esses elementos citados acima para que possa adquirir

plenas condiccedilotildees de trabalho e de vida

53 Ergonomia

Atualmente a ergonomia configura como uma estrateacutegia

importante para evitar e reduzir problemas diante de situaccedilotildees de

trabalho que levam as doenccedilas como diz Alexandre (1998)

ldquoErgordquo significa ldquotrabalhordquo ldquonomosrdquo quer dizer ldquoregras

determinadas para determinados trabalhosrdquo (MAURO 2007)_____________OLIVEIRA J Consolidaccedilatildeo das leis do trabalho Satildeo Paulo (SP) Saraiva 1992ABRAMIDES MBC CABRAL MSR Regime de acumulaccedilatildeo flexiacutevel e sauacutede dotrabalhador Satildeo Paulo em Perspectiva [perioacutedico na internet] 2003 [acesso em 5de maio de 2008] 17(1) 3 ndash 10 Disponiacutevel em httpwwwscielobrSIQUEIRAACJ SIQUEIRA FPC GONCcedilALVES BGO O trabalho noturno e a qualidade devida dos profissionais de enfermagem REME REV Min Enferm [perioacutedico nainternet] 2006 [acesso em 25 de abril de 2008] 10(1) 41 ndash 5 Disponiacutevel emhttpwwwscielobr

A ergonomia eacute o estudo cientiacutefico da relaccedilatildeo entre ohomem e seu ambiente de trabalho Nesse sentido otermo ambiente abrange natildeo apenas o meiopropriamente dito em que o homem trabalha mastambeacutem os instrumentos os meacutetodos e a organizaccedilatildeodeste trabalho (ALEXANDRE 1998)

ldquoA ergonomia analisa as situaccedilotildees de trabalho desde o ponto

de vista proacuteprio e tem uma metodologia proacutepria procurando a

harmonizaccedilatildeo do homem e do ambiente fiacutesico que o rodeiardquo

(MAURO 2007)

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ldquoA ergonomia interessa para que possamos estudar o que estaacute

afetando a sauacutede do trabalhador o que estaacute levando agrave exposiccedilatildeo a

fatores de risco para agirmos ergonomicamente na intervenccedilatildeo das

situaccedilotildees em questatildeordquo (MAURO 2007)

Sluchak 1992 apud Marziale Carvalho 1998 refere que para

executar a atividade de trabalho satildeo considerados componentes

essenciais como as normas legais regulamentos situaccedilotildees eacuteticas

ruiacutedos iluminaccedilatildeo e temperatura

A ergonomia eacute apresentada atraveacutes de 3 modalidades da

concepccedilatildeo da correccedilatildeo e da conscientizaccedilatildeo No que se trata de

concepccedilatildeo eacute o estudo dos instrumentos ergonocircmicos no ambiente de

trabalho antes da sua reconstruccedilatildeo Na modalidade de correccedilatildeo

procura-se melhorar as condiccedilotildees de trabalho jaacute existentes A

modalidade de conscientizaccedilatildeo preocupa-se conscientizar os

trabalhadores a trabalharem de forma segura reconhecendo os fatores

de risco existentes no ambiente de trabalho para Iida 1990 apud

Marziale carvalho 1998

A aplicaccedilatildeo dos princiacutepios da ergonomia acarreta melhorias

entre os objetos que o trabalhador maneja com o ambiente onde eacute

trabalhado melhorando a produtividade reduzindo os custos laborais

que se manifestam atraveacutes do absteiacutesmo conflitos desinteresse e

rotatividade para Couto 1995 apud Marziale Robozzi 2000____________IIDA I Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher 1990 465pSLUCHAK TJ Ergonomics origins focus and implementation considerationsAAOHNJ v40 n3 p105 ndash 112 Mar 1992COUTO HA Ergonomia aplicadaao trabalho Manual teacutecnico da maacutequina humana Belo Horizonte Ergo 1995 v1353p

Mauro (2007) cita os 7 objetivos da ergonomia harmonia entre

o homem e o meio que o rodeia conforto e a eficaacutecia produtiva

melhora a seguranccedila e o ambiente fiacutesico no trabalho diminui cargos

fiacutesicos e nervosos reduz as contra indicaccedilotildees do trabalho repetitivo

cria posto de trabalho com mais status e melhora a qualidade do

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produto como consequumlecircncia do trabalho

54 Fatores de risco e os problemas muacutesculoesqueleacuteticos que afetam otrabalho da enfermagem

A enfermagem dentro do hospital eacute a ldquomaior forccedila detrabalho e suas atividades satildeo frequentementemarcadas por divisatildeo fragmentadas de tarefas riacutegidaestrutura hieraacuterquica para o cumprimento de rotinasnormas e regulamentos dimensionamento qualitativo equantitativo insuficiente de pessoal situaccedilatildeo deexerciacutecio profissional que tem repercutido em elevadoabsteiacutesmo e afastamento por doenccedilasrdquo (BARBOZASOLAR 2003)

As profissionais de enfermagem que atuam emhospitais estatildeo expostas a condiccedilotildees de trabalhoprecaacuterias que aliadas agraves suas condiccedilotildees de vidapotencializam as possibilidades de adoecimento Se asauacutede soacute eacute possiacutevel a partir da possibilidade real decuidar de si e de usufruir a vida esse fato parece difiacutecilde ser alcanccedilado por quem trabalha no hospital(ELIAS NAVARRO 2006)

Os fatores de risco relacionados com atividades de

enfermagem satildeo o transporte e movimentaccedilatildeo de pacientes posturas

inadequadas movimentos constantes de flexatildeo e torccedilatildeo da coluna

vertebral fatores ergonocircmicos inadequados de mobiliaacuterios e

equipamentos utilizados nas atividades de enfermagem

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral em trabalhadores

de enfermagem estatildeo relacionados a fatores ergonocircmicos inadequados

de mobiliaacuterios posto de trabalho e equipamentos utilizados e que as

dores musculares satildeo causadas por traumas crocircnicos repetitivos

Existem algumas situaccedilotildees em ambiente hospitalar que

favorecem os problemas muacutesculoesqueleacuteticos armaacuterios de soro muito

alto pias e bancadas baixas suporte de monitor alto berccedilos camas e

macas baixas banheiro com espaccedilo fiacutesico restrito falta de

equipamentos especiais para transportar pacientes e materiais e

relaccedilatildeo inadequada entre computadores mesa e cadeiras como cita

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Alexandre (1998)Os fatores ergonocircmicos satildeo aqueles que incidem nocomportamento do trabalhador Eacute ele o desenho dosequipamentos do posto de trabalho a maneira que aatividade eacute executada Comunicaccedilatildeo o meio ambiente(grau de insalubridade iluminaccedilatildeo temperatura etc)(CAVASSA 1997 apud MARZIALI ROBAZZI2000)

Elias Navarro (2006) refere que natildeo foi encontrado nenhuma

tecnologia que substitua o cuidado humano Natildeo haacute maacutequinas que

banhem os pacientes ou troquem as roupas de camas Os

equipamentos que existem como monitores necessitam de pessoas

para instalaacute-los e monitoraacute-los A ciecircncia e a tecnologia natildeo podem

substituir o trabalho vivo Na maioria dos casos satildeo as mulheres que

executam o trabalho no cuidado aos pacientes poreacutem natildeo eacute apenas o

trabalho hospitalar que estas realizam somente muitas mulheres em

sua maioria realizam trabalhos natildeo pagos e natildeo reconhecido como o

trabalho domeacutestico o cuidado aos filhos e o cuidado aos familiares

doentes trazendo consequumlecircncias importantes para a sauacutedeAs profissionais de enfermagem satildeo expostas aambientes de trabalho intensamente insalubres tantono sentido material quanto subjetivo e por estaremsubmetidas a condiccedilotildees de trabalho precarizadas e agravebaixa qualidade de vida satildeo expostas a situaccedilotildees nasquais a manutenccedilatildeo da sauacutede estaacute prejudicada (ELIASNAVARRO 2006)

_____________CAVASSA CR Ergonomia produtividad Balderos Linsa Noruega 1997 415p

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ldquoAs atividades dos profissionais de sauacutede satildeo fortemente

tensioacutegenos devido agraves prolongadas jornadas de trabalho ao nuacutemero

limitado de profissionais e ao desgaste psicoemocional nas tarefas

realizadas em ambientes hospitalaresrdquo (GUIMARAtildeES GRUBITS

1999 apud ELIAS NAVARRO 2006)

De acordo com Gurgueira Alexandre Correcirca Filho (2003) em

um estudo realizado com trabalhadores de enfermagem que atuavam

com pacientes de alto grau de dependecircncia fiacutesica nos uacuteltimos 12

meses as aacutereas anatocircmicas mais afetadas foram regiatildeo lombar (59)

ombros (40) joelhos (333) regiatildeo cervical (28 6)

ldquoA algia vertebral representa a forma mais comum de

distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos relacionados ao trabalho resultando

em custos substanciais para a sociedaderdquo (MARRAS 2000 apud

RADOVANOVIC ALEXANDRE 2002)

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral estatildeo associadas

a inadequaccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos usados pela

enfermagem e a maacute postura corporal

Cerca de 89 dos trabalhadores de enfermagem apresentam

algum tipo de algia sendo a regiatildeo lombar a mais acometida como

cita Marziale Robazzi (2000)

A dor lombar eacute a queixa mais frequumlente entre os trabalhadores

de enfermagem justificando as ausecircncias no trabalho e procura de

auxiacutelio meacutedico As dores nos joelhos e ombros tambeacutem fazem parte

frequumlente das queixas dos trabalhadores

A dor em punhos e matildeos pode ser justificada por uma carga

horaacuteria prolongada como refere Gurgueira Alexandre Correcirca Filho

(2003)

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____________GUIMARAtildeES LAM GRUBITS S organizadores Sauacutede mental e trabalho SatildeoPaulo (SP) Casa do Psicoacutelogo 1999MARRAS WS Ocupational low back disorder causation and control Ergonomics2000 43880 - 902

Rodovanovic Alexandre (2002) refere que os trabalhadores de

enfermagem apresentam elevada ocorrecircncia de dor lombar se

comparados a outros profissionais devido a alguns fatores trabalho

repetitivo movimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes espaccedilo de

trabalho restrito falta de treinamento para uso de equipamentos

teacutecnicas e praacuteticas de levantamento improacuteprios posturas inadequadas

uniforme incorretos inaptidatildeo fiacutesica insatisfaccedilatildeo no trabalho e

esforccedilo fiacutesico As afecccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticos satildeo causadas porinuacutemeros fatores individuais fiacutesicos e psicossociais A dor lombar eacute causada principalmente com amovimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes(GURGUEIRA ALEXANDRE CORREcircA FILHO2003)

55 Medidas preventivas para reduccedilatildeo dos problemasmuacutesculoesqueleacutetico na enfermagem

Algumas medidas preventivas devem ser adotadas no ambiente

hospitalar a fim de evitar problemas fiacutesicos Deve-se considerar o

espaccedilo de trabalho superfiacutecie de trabalho limites de alcance e

equipamentos

No ambiente hospitalar o espaccedilo de trabalho deve utilizar-se de

ldquoum enfoque ergonocircmico deve-se levar em conta fatores tais como o

tipo de atividade manual a ser executada posturas adotadas dados

antropomeacutetricos dos operadores equipamentos e mobiliaacuterios

envolvidos entre outrosrdquo (ALEXANDRE 1998)

O dimensionamento adequado do ambiente de trabalho da

enfermagem eacute de grande importacircncia levando em consideraccedilatildeo que a

restriccedilatildeo de movimentos durante a atividade laboral eacute prejudicial

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Alexandre Rogante (2000) cita que eacute necessaacuterio um espaccedilo

fiacutesico adequado para natildeo restringir os movimentos como examinar o

local e remover obstaacuteculos observar a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio obter

condiccedilotildees seguras em relaccedilatildeo ao piso colocar suporte de soro ao lado

da cama para ficar no mesmo niacutevel da maca travar as rodas da cama

macas e cadeira de rodas adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao

tipo de procedimento que seraacute realizado

ldquoColocar pacientes que necessitam de auxilio ou que usam

cadeiras de rodas em banheiros estreitos eacute um procedimento penoso

para a equipe de enfermagemrdquo (ALEXANDRE 1998)Grande parte das atividades realizadas satildeo efetuadasnas enfermarias pois eacute o local de permanecircncia dopaciente durante a internaccedilatildeo Dentre as atividadesexecutadas os trabalhadores de enfermagemconsideram mais desgastantes fisicamente asatividades de banho no chuveiro em pacientes quenecessitam serem transportados atraveacutes de cadeira debanho arrumaccedilatildeo de cama com paciente acamadomudanccedila de decuacutebito do paciente (MARZIALECARVALHO 1998)

A enfermagem necessita de no miacutenimo 55 cm de espaccedilo para

realizar as atividades Os leitos devem estar a 115 cm de distacircncia uns

dos outros para manobras com macas Sendo que a maior parte destas

atividades satildeo realizadas em peacute com postura inclinada A temperatura

do ambiente de trabalho deve ser confortaacutevel para o profissional em

torno de 20 a 24 ordmC A superfiacutecie de trabalho da enfermagem tambeacutem

deve ser considerada na questatildeo de evitar problemas

muacutesculoesqueleacuteticos Normalmente os hospitais tecircm pias e bancadas

muito baixas o que impotildeem o trabalhador a ficar em uma postura

inadequada O ideal eacute que a altura da pia e bancada seja do tamanho

do trabalhador e o tipo de trabalho executado O correto eacute que a

superfiacutecie da bancada deve ficar de 5 cm a 10 cm abaixo da altura dos

cotovelos para o indiviacuteduo que trabalha em peacute Como nem sempre eacute

seguido esses paracircmetros no ambiente hospitalar pode-se amenizar

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colocando os peacutes alternadamente em um banquinho como cita

Alexandre (1998)Para uma pessoa que eacute obrigada a ficar em posiccedilatildeoparcialmente inclinada durante muitas horas por diahaveraacute menos fadiga se as costas ficarem retas e ocentro de gravidade for mantido sobre os quadris e ospeacutes Fletir um quadril ajudaraacute a assumir a postura dascostas plana pois eliminaraacute a traccedilatildeo do flexor doquadril sobre a coluna lombar Portanto colocando umpeacute sobre um banquinho com o quadril e o joelhofletidos permitiraacute uma posiccedilatildeo vertical com umalordose lombar menor (CALLIE 1979 apudALEXANDRE 1998)

_______________CALLIE R Siacutendromes dolorosas lombalgias Satildeo Paulo Manole 1979

Foi verificado como refere Marziale Carvalho (1998) que

90 das trabalhadoras femininas possuem altura entre 154 m e 171

m e peso entre 418 kg e 95 kg A altura em peacute dos trabalhadores varia

entre 154 m e 176 m sendo que no sexo feminino eacute de 162 m A

altura do cotovelo verificada em peacute varia entre 92 cm a 107 cm no

sexo feminino

ldquoDiante da falta de atenccedilatildeo aos valores antropomeacutetricos em

muitos hospitais compete ao trabalhador adaptar essa situaccedilatildeo natildeo

planejada e tal adaptaccedilatildeo possa a ser entendida como esticar curvar

entortar contundir o corpo agraves exigecircncias do trabalhordquo (BULHOtildeES

1994 apud MARZIALE CARVALHO 1998)

Os limites de alcance eacute um fator importante pois a maioria dos

profissionais de enfermagem necessita levantar ou retirar objetos

acima do ombro o que pode levar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

ldquoNestes procedimentos natildeo soacute a fadiga muscular eacute um fator

importante como tambeacutem o fato da pessoa torna-se mais instaacutevel com

riscos adicionaisrdquo (CHAFFIN 1987 apud ALEXANDRE 1998)

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ldquoO estiramento da coluna eacute muito utilizado ao se colocar ou

retirar objetos de partes altas de estantesrdquo (ALEXANDRE 1998)

Haacute conselhos ergonocircmicos para resolver esta questatildeo como ldquoos

objetos pesados devem ser guardados dentro de uma amplitude de

alturas proacuteximas a cintura e que objetos leves podem ser armazenados

a qualquer altura situada entre o joelho e o ombrordquo (PALMMER

1976 apud ALEXANDRE 1998)

______________BULHOtildeES I Riscos do trabalho de enfermagem Rio de Janeiro Folha Carioca1994 221pCHAFFIN DB Manual materials handling and the biomechanical basis forprevention of low-back pain in industry Am Ind Hyg Assoc J v 48 n12 p989-96 1987PALMMER C Ergonomia Rio de Janeiro Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas1976

Durante a execuccedilatildeo de suas atividades ocupacionais ostrabalhadores de enfermagem frequentemente tecircm quepor ou retirar objetos (soros roupas monitores caixa deinstrumental etc) de alturas elevadas Para evitar esseproblema eacute aconselhaacutevel a realizaccedilatildeo de umplanejamento para o armazenamento de materiais emarmaacuterios e a utilizaccedilatildeo de uma escadinha(ALEXANDRE 1993 GIRLING BIRN BAUM1998 MARZIALE 1995 apud ALEXANDRE 1998)

Tambeacutem natildeo eacute aconselhaacutevel abaixar desnecessariamente o

ideal eacute que ao abaixar os joelhos fiquem fletidos e que os objetos

pesados devem ser armazenados em uma altura proacutexima a cintura

Um dos pontos mais criacuteticos no ambiente hospitalar eacute a falta de

equipamentos auxiliares que facilitariam o manuseio de materiais e a

manipulaccedilatildeo de pacientes A realidade eacute a utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterios

improvisados e inadequados como camas pesadas com rodas

estragadas manivelas de cama de difiacutecil movimentaccedilatildeo como refere

Alexandre (1998)

A enfermagem deve usar alguns princiacutepios baacutesicos da

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1723

mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1823

auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

Aguiar ADF et al Sauacutede do trabalhador de enfermagem queatua em centro de sauacutede Rev Inst Cienc Sauacutede n27 (2) p103-8 2009 Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr]gt acesso em 25 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC Aspectos ergonocircmicos relacionadoscom o ambiente e equipamentos hospitalares Rev Latino-Am Enfermagem [online] 1998 vol6 n4 pp 103-109Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em14 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC ROGANTE MM Movimentaccedilatildeo e

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2123

ELIAS MA NAVARRO VL A relaccedilatildeo entre o trabalho a sauacutede eas condiccedilotildees de vida negatividade e positividadeno trabalho dasprofissionais de enfermagem de um hospital escola Rev Latino-amEnfermagem 2007 julhoagosto14(4) Ribeiratildeo Preto517-25Disponiacutevel em wwwscielobrgt acesso[httpwwwscielobr3e20acesso] em25 de abril de 2010

transferecircncia de pacientes aspectos posturais eergonocircmicos Rev esc enferm USP [online] 2000 vol34n2 pp 165-173 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

BARBOZA DB SOLER ZASG Afastamentos do trabalho naenfermagem ocorrecircncias com trabalhadores de umhospital de ensino Rev Latino-Am Enfermagem [online]2003 vol11 n2 pp 177-183 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

MARZIALE MHP ROBAZZI MLCC O trabalho deenfermagem e a ergonomia Rev Latino-AmEnfermagem vol8 no 6 Ribeiratildeo Preto Dec 2008 Disponiacutevelem wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abrilde 2010

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2223

SANTANA VS Sauacutede do trabalhador no Brasil pesquisa na poacutes-graduaccedilatildeo Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 pp 101-111Disponiacutevel em wwwscielobr gt Acesso em 14 abril 2010

MAURO MYCWorkshop ndash A ergonomia e o gerenciamentode resiacuteduos na enfermagem do trabalho Rev EnfermagemAtual n40 ano julago 2007

MORENO CRC FISCHER FM ROTENBERG L A sauacutede dotrabalhador na sociedade 24 horas Satildeo Paulo Perspec[online] 2003 vol17 n1 pp 34-46 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

PARADA Elisandra de Oliveira ALEXANDRE Neusa MariaCosta and BENATTI Maria Ceciacutelia Cardoso Lesotildeesocupacionais afetando a coluna vertebral em trabalhadoresde enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem [online] 2002vol10 n1 pp 64-69 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abril de 2010

RADOVANOVIC CAT ALEXANDRE NMC Desenvolvimentode um instrumento para avaliar a movimentaccedilatildeo etransferecircncia de clientes um enfoque ergonocircmico Revesc enferm USP [online] 2002 vol36 n3 pp 231-239Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em25 de abril de 2010

REINHART EL FISCHER FM Barreiras agraves intervenccedilotildeesrelacionadas agrave sauacutede do trabalhador do setor sauacutede noBrasil Rev Panam SaludPublica vol25 no5 Washington May 2009

SILVA MA Normas para elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo detrabalhos acadecircmicos na UCG modalidades formataccedilatildeo ereferencias Goiacircnia Edda UCG 2002

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2323

Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

Postado haacute 29th May 2013 por fisioterapia

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Page 2: Ergonomia Em Ambiente Hospitalar

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 223

problemas ergonocircmicos afetando a sauacutede do trabalhador deste meio

como refere Alexandre (1998)

ldquoAs transformaccedilotildees ocorridas nas uacuteltimas deacutecadas no mundo

do trabalho tem repercutido na sauacutede dos indiviacuteduos e do coletivo de

trabalhadores de forma intensivardquo (ELIAS NAVARRO 2006)

Para a reduccedilatildeo de problemas ergonocircmicos conveacutem salientar

que eacute necessaacuterio trabalhar a ergonomia ldquoPara a ergonomia as

condiccedilotildees de trabalho satildeo representadas por um conjunto de fatores

interdependentes que atuam direta ou indiretamente na qualidade de

vida das pessoas e nos resultados do proacuteprio trabalhordquo (MARZIALE

ROBAZZI 2000)

A enfermagem de forma geral estaacute exposta a condiccedilotildees de

trabalho que potencializa as possibilidades de adoecimento Soacute eacute

possiacutevel cuidar do outro a partir do momento que o profissional estaacute

bem mentalmente e fisicamente

Diante do exposto eacute de real importacircncia a aplicaccedilatildeo dos

princiacutepios ergonocircmicos para a enfermagem em virtude do

desenvolvimento profissional

2 OBJETIVOS

21 Objetivo geral

Esclarecer como a ergonomia favorece a reduccedilatildeo de problemas

muacutesculoesqueleacuteticos para a enfermagem

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 323

22 Objetivos Especiacuteficos

221Levantar os fatores que desencadeiam os problemas

muacutesculoesqueleacuteticos para a enfermagem

222 Identificar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

223Enunciar as medidas preventivas para reduccedilatildeo dos problemas

muacutesculoesqueleacuteticos

3 JUSTIFICATIVA

A pesquisa sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos na enfermagem se justifica pelo fato de que

desde a deacutecada de 40 a Organizaccedilatildeo Internacional do Trabalho (OIT)

tem referido agraves condiccedilotildees inadequadas de trabalho nos hospitais e

recomendado a higiene e a seguranccedila com intuito de adequar as

condiccedilotildees de trabalho a estes trabalhadores como refere Marziale

Robazzi (2000)

A condiccedilatildeo de trabalho hospitalar como inadequada ao

trabalhador eacute palco de muitas discussotildees e publicaccedilotildees poreacutem pouco

se faz na praacutetica e na rotina hospitalar no que diz respeito agrave

ergonomia como refere Barboza Soler (2003)O hospital de maneira geral eacute reconhecido como um

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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ambiente insalubre penoso e perigoso para os que alitrabalham Aleacutem dos riscos de acidentes e doenccedilas deordem fiacutesica aos quais os trabalhadores hospitalaresestatildeo expostos (ELIAS NAVARRO 2006)

ldquoOs trabalhadores de enfermagem satildeo um dos grupos

ocupacionais mais afetados por algias e lesotildees dorsais ocupacionaisrdquo

(GUO et al 1995 LAGERSTROM HANSSONT HAGBBERG

1998 apud PARADA ALEXANDRE BENATTI 2002)

Conveacutem salientar que a ergonomia eacute a medida de maior

importacircncia para reduzir problemas que originam de trabalho e que

leva a doenccedilas muacutesculoesqueleacutetico Para que tal fato natildeo ocorra em

grande proporccedilatildeo eacute necessaacuterio que seja difundido em maior escala os

quanto os aspectos ergonocircmicos satildeo importantes para o ambiente de

trabalho

_____________GUO HR et al Back pain among workers in the United States national estimatesand works at high risk Am J Ind Med 1995 28(5) 591 ndash 602LAGERSTROM M HANSSONT HAGBBERG M Work related low backproblems in nursing Second J Works Environ Health 1998 24(6) 449 ndash 64

4 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa de revisatildeo bibliograacutefica com busca

no site cientiacutefico da Bireme Os textos cientiacuteficos encontrados datam

do periacuteodo de 1998 a 2008

A pesquisa bibliograacutefica ndash elemento imprescindiacutevelpara a revisatildeo e virtual expansatildeo do conhecimento -deve ser entendida como aquela baseada nos livros edemais impressos disponiacuteveis inclusive documentosmanuscritos (agraves vezes denominada de pesquisadocumental) e outras fontes pertinentes onde se buscaencontrar resposta aos problemas formulados restandosaber como se organizam e como podem serorganizadas as informaccedilotildees acessadas (CERVOBERVIAN 1983 apud SILVA 2002)

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_______________CERVO AL BERVIAN PA Metodologia cientiacutefica para uso dos estudantesuniversitaacuterios 3ed Satildeo Paulo Mc Graw ndash Hill 1983

5 ERGONOMIAUMA ESTRATEacuteGIA PARAREDUCcedilAtildeO DE PROBLEMAS

MUacuteSCULOESQUELEacuteTICOS NA ENFERMAGEM

51 Relaccedilatildeo histoacuterica entre o trabalho e os efeitos sobre a sauacutede

Faz parte da vida e da cultura da humanidade as relaccedilotildees entreo trabalho e o adoecer A Biacuteblia em Deuteronocircmio XXII 8 fala daprevenccedilatildeo de acidentes de trabalho No final do seacuteculo XVII e iniacuteciodo seacuteculo XVIII jaacute se falava de doenccedilas ocupacionais de formas deprevenir e tratar enfermidades No seacuteculo XIX eacute que de fato surgiramagrave prevenccedilatildeo de agressotildees contra a sauacutede associadas ao trabalho ereconhecendo que este eacute um dos aspectos importantes das condiccedilotildeesde vida como refere Santana (2006) As diversas mudanccedilas ocorridas na organizaccedilatildeo nas condiccedilotildees

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 623

e nas relaccedilotildees de trabalho principalmente nos paiacuteses capitalistasavanccedilados ou tardios vem repercutindo na sauacutede dos trabalhadoresque empenham grande parte de suas energias fiacutesicas e espirituais emfunccedilatildeo do trabalho segundo Elias Navarro (2006) No Brasil os registros de problemas relacionados agrave sauacutede dotrabalhador datam do seacuteculo XIX poreacutem a incorporaccedilatildeo da praacuteticaocorreu bem tarde nas escolas meacutedicas de acordo com Santana(2006) No Brasil a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 determinou areduccedilatildeo da jornada de trabalho em turno ldquoininterruptos derevezamentordquo com reduccedilatildeo diaacuteria da jornada de trabalho a 6 horas ounegociaccedilatildeo coletiva (BRASIL 1988 apud MORENO FISCHERROTENBERG 2003)

De acordo com Mauro (2007) na era industrial nasceu uma

teacutecnica que hoje se transformou em uma ciecircncia As adaptaccedilotildees dos

instrumentos como as caracteriacutesticas da ergonomia visam agrave reduccedilatildeo

de fadiga e acidentes

_______________BRASIL Constituiccedilatildeo Federal do Brasil Brasiacutelia Senado Federal 1988

Com a capacitaccedilatildeo os novos equipamentos exigiam dos

operaacuterios mais habilidades em condiccedilotildees ambientais desfavoraacuteveis e

tensas Na ergonomia claacutessica centrado na adaptaccedilatildeo da maacutequina ao

homem o tratamento ergonocircmico e mensuraccedilatildeo de ambiente

antropomeacutetrico mediccedilotildees que estudam a adaptaccedilatildeo do trabalho ao

trabalhador em relaccedilatildeo agrave ambientes equipamentos e roupas

ldquoUma transformaccedilatildeo saudaacutevel no processo de trabalho

certamente teraacute repercussotildees positivas para a sauacutede do trabalhador

estabelecendo um novo paradigmardquo (MAURO 2007)

52 Sauacutede do trabalhador

ldquoCada trabalhador apresenta diferenccedilas com relaccedilatildeo agrave estatura

peso resistecircncia agrave fadiga capacidade auditiva e visual memoacuteria

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 723

habilidade motora e personalidades e que devem ser considerados no

ambiente de trabalhordquo (IIDA 1990 apud MARZIALE CARVALHO

1998)

Diante deste fato as relaccedilotildees entre sauacutede-doenccedila-trabalho tecircm

ganhado destaque na aacuterea de sauacutede ocupacional destacando-seComo prejuiacutezos agrave sauacutede fiacutesica e mental dostrabalhadores prolongadas jornadas de trabalho ritmoacelerado de produccedilatildeo por excesso de tarefasautomaccedilatildeo por realizaccedilatildeo de accedilotildees repetitivas comparcelamento de tarefas e remuneraccedilatildeo baixa emrelaccedilatildeo agrave responsabilidade e complexidade das tarefasexecutadas (BARBOZA SOLER 2003)

Fatores fiacutesicos quiacutemicos psicossociais e ergonocircmicos devem

ser analisados para que se possam caracterizar as condiccedilotildees de

trabalho hospitalar em cada instituiccedilatildeo de acordo com Marziale

Carvalho (1998)

______________IIDA I Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher 1990 465 p

Entende-se por acidente tiacutepico aquele que ldquoocorre peloexerciacutecio do trabalho a serviccedilo da empresardquo ()ldquoProvocando lesatildeo corporal ou perturbaccedilatildeo funcionalque causa a morte ou a perda ou reduccedilatildeo permanente outemporaacuteria da capacidade para o trabalhordquo(OLIVEIRA1992 apud PARADA ALEXANDRE BENATTI2002)

ldquoO trabalhador tem por sua vez consciecircncia de sua capacidade

teacutecnica e sabe que para exercitaacute-la precisa ter sauacutederdquo (ABRAMIDES

CABRAL 2003 apud AGUIAR et al 2009)

O adoecer na sociedade capitalista eacute vergonhoso pois atrapalha

a produccedilatildeo devendo ser negado para Elias Navarro (2006)O trabalho da enfermagem eacute intenso desgastante Se asauacutede estaacute ligada agrave liberdade o trabalho no hospitalonde priva a liberdade conduzindo o trabalhador agravedoenccedila Restaurar o direito agrave sauacutede dos profissionais de

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enfermagem eacute uma necessidade e o processo pode seiniciar por desnaturalizar o cuidado com o outroatribuindo-lhe um novo estatuto (ELIASNAVARRO 2006)

Siqueira Siqueira Gonccedilalves 2006 apud AGUIAR 2009

salienta que para se ter qualidade de vida natildeo eacute necessaacuterio soacute sauacutede eacute

necessaacuterio tambeacutem um envolvimento com o trabalho famiacutelia amigos

e outros Desta forma eacute necessaacuterio que o trabalhador de enfermagem

reuacutena todos esses elementos citados acima para que possa adquirir

plenas condiccedilotildees de trabalho e de vida

53 Ergonomia

Atualmente a ergonomia configura como uma estrateacutegia

importante para evitar e reduzir problemas diante de situaccedilotildees de

trabalho que levam as doenccedilas como diz Alexandre (1998)

ldquoErgordquo significa ldquotrabalhordquo ldquonomosrdquo quer dizer ldquoregras

determinadas para determinados trabalhosrdquo (MAURO 2007)_____________OLIVEIRA J Consolidaccedilatildeo das leis do trabalho Satildeo Paulo (SP) Saraiva 1992ABRAMIDES MBC CABRAL MSR Regime de acumulaccedilatildeo flexiacutevel e sauacutede dotrabalhador Satildeo Paulo em Perspectiva [perioacutedico na internet] 2003 [acesso em 5de maio de 2008] 17(1) 3 ndash 10 Disponiacutevel em httpwwwscielobrSIQUEIRAACJ SIQUEIRA FPC GONCcedilALVES BGO O trabalho noturno e a qualidade devida dos profissionais de enfermagem REME REV Min Enferm [perioacutedico nainternet] 2006 [acesso em 25 de abril de 2008] 10(1) 41 ndash 5 Disponiacutevel emhttpwwwscielobr

A ergonomia eacute o estudo cientiacutefico da relaccedilatildeo entre ohomem e seu ambiente de trabalho Nesse sentido otermo ambiente abrange natildeo apenas o meiopropriamente dito em que o homem trabalha mastambeacutem os instrumentos os meacutetodos e a organizaccedilatildeodeste trabalho (ALEXANDRE 1998)

ldquoA ergonomia analisa as situaccedilotildees de trabalho desde o ponto

de vista proacuteprio e tem uma metodologia proacutepria procurando a

harmonizaccedilatildeo do homem e do ambiente fiacutesico que o rodeiardquo

(MAURO 2007)

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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ldquoA ergonomia interessa para que possamos estudar o que estaacute

afetando a sauacutede do trabalhador o que estaacute levando agrave exposiccedilatildeo a

fatores de risco para agirmos ergonomicamente na intervenccedilatildeo das

situaccedilotildees em questatildeordquo (MAURO 2007)

Sluchak 1992 apud Marziale Carvalho 1998 refere que para

executar a atividade de trabalho satildeo considerados componentes

essenciais como as normas legais regulamentos situaccedilotildees eacuteticas

ruiacutedos iluminaccedilatildeo e temperatura

A ergonomia eacute apresentada atraveacutes de 3 modalidades da

concepccedilatildeo da correccedilatildeo e da conscientizaccedilatildeo No que se trata de

concepccedilatildeo eacute o estudo dos instrumentos ergonocircmicos no ambiente de

trabalho antes da sua reconstruccedilatildeo Na modalidade de correccedilatildeo

procura-se melhorar as condiccedilotildees de trabalho jaacute existentes A

modalidade de conscientizaccedilatildeo preocupa-se conscientizar os

trabalhadores a trabalharem de forma segura reconhecendo os fatores

de risco existentes no ambiente de trabalho para Iida 1990 apud

Marziale carvalho 1998

A aplicaccedilatildeo dos princiacutepios da ergonomia acarreta melhorias

entre os objetos que o trabalhador maneja com o ambiente onde eacute

trabalhado melhorando a produtividade reduzindo os custos laborais

que se manifestam atraveacutes do absteiacutesmo conflitos desinteresse e

rotatividade para Couto 1995 apud Marziale Robozzi 2000____________IIDA I Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher 1990 465pSLUCHAK TJ Ergonomics origins focus and implementation considerationsAAOHNJ v40 n3 p105 ndash 112 Mar 1992COUTO HA Ergonomia aplicadaao trabalho Manual teacutecnico da maacutequina humana Belo Horizonte Ergo 1995 v1353p

Mauro (2007) cita os 7 objetivos da ergonomia harmonia entre

o homem e o meio que o rodeia conforto e a eficaacutecia produtiva

melhora a seguranccedila e o ambiente fiacutesico no trabalho diminui cargos

fiacutesicos e nervosos reduz as contra indicaccedilotildees do trabalho repetitivo

cria posto de trabalho com mais status e melhora a qualidade do

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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produto como consequumlecircncia do trabalho

54 Fatores de risco e os problemas muacutesculoesqueleacuteticos que afetam otrabalho da enfermagem

A enfermagem dentro do hospital eacute a ldquomaior forccedila detrabalho e suas atividades satildeo frequentementemarcadas por divisatildeo fragmentadas de tarefas riacutegidaestrutura hieraacuterquica para o cumprimento de rotinasnormas e regulamentos dimensionamento qualitativo equantitativo insuficiente de pessoal situaccedilatildeo deexerciacutecio profissional que tem repercutido em elevadoabsteiacutesmo e afastamento por doenccedilasrdquo (BARBOZASOLAR 2003)

As profissionais de enfermagem que atuam emhospitais estatildeo expostas a condiccedilotildees de trabalhoprecaacuterias que aliadas agraves suas condiccedilotildees de vidapotencializam as possibilidades de adoecimento Se asauacutede soacute eacute possiacutevel a partir da possibilidade real decuidar de si e de usufruir a vida esse fato parece difiacutecilde ser alcanccedilado por quem trabalha no hospital(ELIAS NAVARRO 2006)

Os fatores de risco relacionados com atividades de

enfermagem satildeo o transporte e movimentaccedilatildeo de pacientes posturas

inadequadas movimentos constantes de flexatildeo e torccedilatildeo da coluna

vertebral fatores ergonocircmicos inadequados de mobiliaacuterios e

equipamentos utilizados nas atividades de enfermagem

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral em trabalhadores

de enfermagem estatildeo relacionados a fatores ergonocircmicos inadequados

de mobiliaacuterios posto de trabalho e equipamentos utilizados e que as

dores musculares satildeo causadas por traumas crocircnicos repetitivos

Existem algumas situaccedilotildees em ambiente hospitalar que

favorecem os problemas muacutesculoesqueleacuteticos armaacuterios de soro muito

alto pias e bancadas baixas suporte de monitor alto berccedilos camas e

macas baixas banheiro com espaccedilo fiacutesico restrito falta de

equipamentos especiais para transportar pacientes e materiais e

relaccedilatildeo inadequada entre computadores mesa e cadeiras como cita

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Alexandre (1998)Os fatores ergonocircmicos satildeo aqueles que incidem nocomportamento do trabalhador Eacute ele o desenho dosequipamentos do posto de trabalho a maneira que aatividade eacute executada Comunicaccedilatildeo o meio ambiente(grau de insalubridade iluminaccedilatildeo temperatura etc)(CAVASSA 1997 apud MARZIALI ROBAZZI2000)

Elias Navarro (2006) refere que natildeo foi encontrado nenhuma

tecnologia que substitua o cuidado humano Natildeo haacute maacutequinas que

banhem os pacientes ou troquem as roupas de camas Os

equipamentos que existem como monitores necessitam de pessoas

para instalaacute-los e monitoraacute-los A ciecircncia e a tecnologia natildeo podem

substituir o trabalho vivo Na maioria dos casos satildeo as mulheres que

executam o trabalho no cuidado aos pacientes poreacutem natildeo eacute apenas o

trabalho hospitalar que estas realizam somente muitas mulheres em

sua maioria realizam trabalhos natildeo pagos e natildeo reconhecido como o

trabalho domeacutestico o cuidado aos filhos e o cuidado aos familiares

doentes trazendo consequumlecircncias importantes para a sauacutedeAs profissionais de enfermagem satildeo expostas aambientes de trabalho intensamente insalubres tantono sentido material quanto subjetivo e por estaremsubmetidas a condiccedilotildees de trabalho precarizadas e agravebaixa qualidade de vida satildeo expostas a situaccedilotildees nasquais a manutenccedilatildeo da sauacutede estaacute prejudicada (ELIASNAVARRO 2006)

_____________CAVASSA CR Ergonomia produtividad Balderos Linsa Noruega 1997 415p

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ldquoAs atividades dos profissionais de sauacutede satildeo fortemente

tensioacutegenos devido agraves prolongadas jornadas de trabalho ao nuacutemero

limitado de profissionais e ao desgaste psicoemocional nas tarefas

realizadas em ambientes hospitalaresrdquo (GUIMARAtildeES GRUBITS

1999 apud ELIAS NAVARRO 2006)

De acordo com Gurgueira Alexandre Correcirca Filho (2003) em

um estudo realizado com trabalhadores de enfermagem que atuavam

com pacientes de alto grau de dependecircncia fiacutesica nos uacuteltimos 12

meses as aacutereas anatocircmicas mais afetadas foram regiatildeo lombar (59)

ombros (40) joelhos (333) regiatildeo cervical (28 6)

ldquoA algia vertebral representa a forma mais comum de

distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos relacionados ao trabalho resultando

em custos substanciais para a sociedaderdquo (MARRAS 2000 apud

RADOVANOVIC ALEXANDRE 2002)

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral estatildeo associadas

a inadequaccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos usados pela

enfermagem e a maacute postura corporal

Cerca de 89 dos trabalhadores de enfermagem apresentam

algum tipo de algia sendo a regiatildeo lombar a mais acometida como

cita Marziale Robazzi (2000)

A dor lombar eacute a queixa mais frequumlente entre os trabalhadores

de enfermagem justificando as ausecircncias no trabalho e procura de

auxiacutelio meacutedico As dores nos joelhos e ombros tambeacutem fazem parte

frequumlente das queixas dos trabalhadores

A dor em punhos e matildeos pode ser justificada por uma carga

horaacuteria prolongada como refere Gurgueira Alexandre Correcirca Filho

(2003)

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____________GUIMARAtildeES LAM GRUBITS S organizadores Sauacutede mental e trabalho SatildeoPaulo (SP) Casa do Psicoacutelogo 1999MARRAS WS Ocupational low back disorder causation and control Ergonomics2000 43880 - 902

Rodovanovic Alexandre (2002) refere que os trabalhadores de

enfermagem apresentam elevada ocorrecircncia de dor lombar se

comparados a outros profissionais devido a alguns fatores trabalho

repetitivo movimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes espaccedilo de

trabalho restrito falta de treinamento para uso de equipamentos

teacutecnicas e praacuteticas de levantamento improacuteprios posturas inadequadas

uniforme incorretos inaptidatildeo fiacutesica insatisfaccedilatildeo no trabalho e

esforccedilo fiacutesico As afecccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticos satildeo causadas porinuacutemeros fatores individuais fiacutesicos e psicossociais A dor lombar eacute causada principalmente com amovimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes(GURGUEIRA ALEXANDRE CORREcircA FILHO2003)

55 Medidas preventivas para reduccedilatildeo dos problemasmuacutesculoesqueleacutetico na enfermagem

Algumas medidas preventivas devem ser adotadas no ambiente

hospitalar a fim de evitar problemas fiacutesicos Deve-se considerar o

espaccedilo de trabalho superfiacutecie de trabalho limites de alcance e

equipamentos

No ambiente hospitalar o espaccedilo de trabalho deve utilizar-se de

ldquoum enfoque ergonocircmico deve-se levar em conta fatores tais como o

tipo de atividade manual a ser executada posturas adotadas dados

antropomeacutetricos dos operadores equipamentos e mobiliaacuterios

envolvidos entre outrosrdquo (ALEXANDRE 1998)

O dimensionamento adequado do ambiente de trabalho da

enfermagem eacute de grande importacircncia levando em consideraccedilatildeo que a

restriccedilatildeo de movimentos durante a atividade laboral eacute prejudicial

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Alexandre Rogante (2000) cita que eacute necessaacuterio um espaccedilo

fiacutesico adequado para natildeo restringir os movimentos como examinar o

local e remover obstaacuteculos observar a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio obter

condiccedilotildees seguras em relaccedilatildeo ao piso colocar suporte de soro ao lado

da cama para ficar no mesmo niacutevel da maca travar as rodas da cama

macas e cadeira de rodas adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao

tipo de procedimento que seraacute realizado

ldquoColocar pacientes que necessitam de auxilio ou que usam

cadeiras de rodas em banheiros estreitos eacute um procedimento penoso

para a equipe de enfermagemrdquo (ALEXANDRE 1998)Grande parte das atividades realizadas satildeo efetuadasnas enfermarias pois eacute o local de permanecircncia dopaciente durante a internaccedilatildeo Dentre as atividadesexecutadas os trabalhadores de enfermagemconsideram mais desgastantes fisicamente asatividades de banho no chuveiro em pacientes quenecessitam serem transportados atraveacutes de cadeira debanho arrumaccedilatildeo de cama com paciente acamadomudanccedila de decuacutebito do paciente (MARZIALECARVALHO 1998)

A enfermagem necessita de no miacutenimo 55 cm de espaccedilo para

realizar as atividades Os leitos devem estar a 115 cm de distacircncia uns

dos outros para manobras com macas Sendo que a maior parte destas

atividades satildeo realizadas em peacute com postura inclinada A temperatura

do ambiente de trabalho deve ser confortaacutevel para o profissional em

torno de 20 a 24 ordmC A superfiacutecie de trabalho da enfermagem tambeacutem

deve ser considerada na questatildeo de evitar problemas

muacutesculoesqueleacuteticos Normalmente os hospitais tecircm pias e bancadas

muito baixas o que impotildeem o trabalhador a ficar em uma postura

inadequada O ideal eacute que a altura da pia e bancada seja do tamanho

do trabalhador e o tipo de trabalho executado O correto eacute que a

superfiacutecie da bancada deve ficar de 5 cm a 10 cm abaixo da altura dos

cotovelos para o indiviacuteduo que trabalha em peacute Como nem sempre eacute

seguido esses paracircmetros no ambiente hospitalar pode-se amenizar

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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colocando os peacutes alternadamente em um banquinho como cita

Alexandre (1998)Para uma pessoa que eacute obrigada a ficar em posiccedilatildeoparcialmente inclinada durante muitas horas por diahaveraacute menos fadiga se as costas ficarem retas e ocentro de gravidade for mantido sobre os quadris e ospeacutes Fletir um quadril ajudaraacute a assumir a postura dascostas plana pois eliminaraacute a traccedilatildeo do flexor doquadril sobre a coluna lombar Portanto colocando umpeacute sobre um banquinho com o quadril e o joelhofletidos permitiraacute uma posiccedilatildeo vertical com umalordose lombar menor (CALLIE 1979 apudALEXANDRE 1998)

_______________CALLIE R Siacutendromes dolorosas lombalgias Satildeo Paulo Manole 1979

Foi verificado como refere Marziale Carvalho (1998) que

90 das trabalhadoras femininas possuem altura entre 154 m e 171

m e peso entre 418 kg e 95 kg A altura em peacute dos trabalhadores varia

entre 154 m e 176 m sendo que no sexo feminino eacute de 162 m A

altura do cotovelo verificada em peacute varia entre 92 cm a 107 cm no

sexo feminino

ldquoDiante da falta de atenccedilatildeo aos valores antropomeacutetricos em

muitos hospitais compete ao trabalhador adaptar essa situaccedilatildeo natildeo

planejada e tal adaptaccedilatildeo possa a ser entendida como esticar curvar

entortar contundir o corpo agraves exigecircncias do trabalhordquo (BULHOtildeES

1994 apud MARZIALE CARVALHO 1998)

Os limites de alcance eacute um fator importante pois a maioria dos

profissionais de enfermagem necessita levantar ou retirar objetos

acima do ombro o que pode levar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

ldquoNestes procedimentos natildeo soacute a fadiga muscular eacute um fator

importante como tambeacutem o fato da pessoa torna-se mais instaacutevel com

riscos adicionaisrdquo (CHAFFIN 1987 apud ALEXANDRE 1998)

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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ldquoO estiramento da coluna eacute muito utilizado ao se colocar ou

retirar objetos de partes altas de estantesrdquo (ALEXANDRE 1998)

Haacute conselhos ergonocircmicos para resolver esta questatildeo como ldquoos

objetos pesados devem ser guardados dentro de uma amplitude de

alturas proacuteximas a cintura e que objetos leves podem ser armazenados

a qualquer altura situada entre o joelho e o ombrordquo (PALMMER

1976 apud ALEXANDRE 1998)

______________BULHOtildeES I Riscos do trabalho de enfermagem Rio de Janeiro Folha Carioca1994 221pCHAFFIN DB Manual materials handling and the biomechanical basis forprevention of low-back pain in industry Am Ind Hyg Assoc J v 48 n12 p989-96 1987PALMMER C Ergonomia Rio de Janeiro Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas1976

Durante a execuccedilatildeo de suas atividades ocupacionais ostrabalhadores de enfermagem frequentemente tecircm quepor ou retirar objetos (soros roupas monitores caixa deinstrumental etc) de alturas elevadas Para evitar esseproblema eacute aconselhaacutevel a realizaccedilatildeo de umplanejamento para o armazenamento de materiais emarmaacuterios e a utilizaccedilatildeo de uma escadinha(ALEXANDRE 1993 GIRLING BIRN BAUM1998 MARZIALE 1995 apud ALEXANDRE 1998)

Tambeacutem natildeo eacute aconselhaacutevel abaixar desnecessariamente o

ideal eacute que ao abaixar os joelhos fiquem fletidos e que os objetos

pesados devem ser armazenados em uma altura proacutexima a cintura

Um dos pontos mais criacuteticos no ambiente hospitalar eacute a falta de

equipamentos auxiliares que facilitariam o manuseio de materiais e a

manipulaccedilatildeo de pacientes A realidade eacute a utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterios

improvisados e inadequados como camas pesadas com rodas

estragadas manivelas de cama de difiacutecil movimentaccedilatildeo como refere

Alexandre (1998)

A enfermagem deve usar alguns princiacutepios baacutesicos da

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

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FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

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as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

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09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

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httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2323

Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

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Page 3: Ergonomia Em Ambiente Hospitalar

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22 Objetivos Especiacuteficos

221Levantar os fatores que desencadeiam os problemas

muacutesculoesqueleacuteticos para a enfermagem

222 Identificar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

223Enunciar as medidas preventivas para reduccedilatildeo dos problemas

muacutesculoesqueleacuteticos

3 JUSTIFICATIVA

A pesquisa sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos na enfermagem se justifica pelo fato de que

desde a deacutecada de 40 a Organizaccedilatildeo Internacional do Trabalho (OIT)

tem referido agraves condiccedilotildees inadequadas de trabalho nos hospitais e

recomendado a higiene e a seguranccedila com intuito de adequar as

condiccedilotildees de trabalho a estes trabalhadores como refere Marziale

Robazzi (2000)

A condiccedilatildeo de trabalho hospitalar como inadequada ao

trabalhador eacute palco de muitas discussotildees e publicaccedilotildees poreacutem pouco

se faz na praacutetica e na rotina hospitalar no que diz respeito agrave

ergonomia como refere Barboza Soler (2003)O hospital de maneira geral eacute reconhecido como um

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ambiente insalubre penoso e perigoso para os que alitrabalham Aleacutem dos riscos de acidentes e doenccedilas deordem fiacutesica aos quais os trabalhadores hospitalaresestatildeo expostos (ELIAS NAVARRO 2006)

ldquoOs trabalhadores de enfermagem satildeo um dos grupos

ocupacionais mais afetados por algias e lesotildees dorsais ocupacionaisrdquo

(GUO et al 1995 LAGERSTROM HANSSONT HAGBBERG

1998 apud PARADA ALEXANDRE BENATTI 2002)

Conveacutem salientar que a ergonomia eacute a medida de maior

importacircncia para reduzir problemas que originam de trabalho e que

leva a doenccedilas muacutesculoesqueleacutetico Para que tal fato natildeo ocorra em

grande proporccedilatildeo eacute necessaacuterio que seja difundido em maior escala os

quanto os aspectos ergonocircmicos satildeo importantes para o ambiente de

trabalho

_____________GUO HR et al Back pain among workers in the United States national estimatesand works at high risk Am J Ind Med 1995 28(5) 591 ndash 602LAGERSTROM M HANSSONT HAGBBERG M Work related low backproblems in nursing Second J Works Environ Health 1998 24(6) 449 ndash 64

4 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa de revisatildeo bibliograacutefica com busca

no site cientiacutefico da Bireme Os textos cientiacuteficos encontrados datam

do periacuteodo de 1998 a 2008

A pesquisa bibliograacutefica ndash elemento imprescindiacutevelpara a revisatildeo e virtual expansatildeo do conhecimento -deve ser entendida como aquela baseada nos livros edemais impressos disponiacuteveis inclusive documentosmanuscritos (agraves vezes denominada de pesquisadocumental) e outras fontes pertinentes onde se buscaencontrar resposta aos problemas formulados restandosaber como se organizam e como podem serorganizadas as informaccedilotildees acessadas (CERVOBERVIAN 1983 apud SILVA 2002)

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_______________CERVO AL BERVIAN PA Metodologia cientiacutefica para uso dos estudantesuniversitaacuterios 3ed Satildeo Paulo Mc Graw ndash Hill 1983

5 ERGONOMIAUMA ESTRATEacuteGIA PARAREDUCcedilAtildeO DE PROBLEMAS

MUacuteSCULOESQUELEacuteTICOS NA ENFERMAGEM

51 Relaccedilatildeo histoacuterica entre o trabalho e os efeitos sobre a sauacutede

Faz parte da vida e da cultura da humanidade as relaccedilotildees entreo trabalho e o adoecer A Biacuteblia em Deuteronocircmio XXII 8 fala daprevenccedilatildeo de acidentes de trabalho No final do seacuteculo XVII e iniacuteciodo seacuteculo XVIII jaacute se falava de doenccedilas ocupacionais de formas deprevenir e tratar enfermidades No seacuteculo XIX eacute que de fato surgiramagrave prevenccedilatildeo de agressotildees contra a sauacutede associadas ao trabalho ereconhecendo que este eacute um dos aspectos importantes das condiccedilotildeesde vida como refere Santana (2006) As diversas mudanccedilas ocorridas na organizaccedilatildeo nas condiccedilotildees

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e nas relaccedilotildees de trabalho principalmente nos paiacuteses capitalistasavanccedilados ou tardios vem repercutindo na sauacutede dos trabalhadoresque empenham grande parte de suas energias fiacutesicas e espirituais emfunccedilatildeo do trabalho segundo Elias Navarro (2006) No Brasil os registros de problemas relacionados agrave sauacutede dotrabalhador datam do seacuteculo XIX poreacutem a incorporaccedilatildeo da praacuteticaocorreu bem tarde nas escolas meacutedicas de acordo com Santana(2006) No Brasil a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 determinou areduccedilatildeo da jornada de trabalho em turno ldquoininterruptos derevezamentordquo com reduccedilatildeo diaacuteria da jornada de trabalho a 6 horas ounegociaccedilatildeo coletiva (BRASIL 1988 apud MORENO FISCHERROTENBERG 2003)

De acordo com Mauro (2007) na era industrial nasceu uma

teacutecnica que hoje se transformou em uma ciecircncia As adaptaccedilotildees dos

instrumentos como as caracteriacutesticas da ergonomia visam agrave reduccedilatildeo

de fadiga e acidentes

_______________BRASIL Constituiccedilatildeo Federal do Brasil Brasiacutelia Senado Federal 1988

Com a capacitaccedilatildeo os novos equipamentos exigiam dos

operaacuterios mais habilidades em condiccedilotildees ambientais desfavoraacuteveis e

tensas Na ergonomia claacutessica centrado na adaptaccedilatildeo da maacutequina ao

homem o tratamento ergonocircmico e mensuraccedilatildeo de ambiente

antropomeacutetrico mediccedilotildees que estudam a adaptaccedilatildeo do trabalho ao

trabalhador em relaccedilatildeo agrave ambientes equipamentos e roupas

ldquoUma transformaccedilatildeo saudaacutevel no processo de trabalho

certamente teraacute repercussotildees positivas para a sauacutede do trabalhador

estabelecendo um novo paradigmardquo (MAURO 2007)

52 Sauacutede do trabalhador

ldquoCada trabalhador apresenta diferenccedilas com relaccedilatildeo agrave estatura

peso resistecircncia agrave fadiga capacidade auditiva e visual memoacuteria

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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habilidade motora e personalidades e que devem ser considerados no

ambiente de trabalhordquo (IIDA 1990 apud MARZIALE CARVALHO

1998)

Diante deste fato as relaccedilotildees entre sauacutede-doenccedila-trabalho tecircm

ganhado destaque na aacuterea de sauacutede ocupacional destacando-seComo prejuiacutezos agrave sauacutede fiacutesica e mental dostrabalhadores prolongadas jornadas de trabalho ritmoacelerado de produccedilatildeo por excesso de tarefasautomaccedilatildeo por realizaccedilatildeo de accedilotildees repetitivas comparcelamento de tarefas e remuneraccedilatildeo baixa emrelaccedilatildeo agrave responsabilidade e complexidade das tarefasexecutadas (BARBOZA SOLER 2003)

Fatores fiacutesicos quiacutemicos psicossociais e ergonocircmicos devem

ser analisados para que se possam caracterizar as condiccedilotildees de

trabalho hospitalar em cada instituiccedilatildeo de acordo com Marziale

Carvalho (1998)

______________IIDA I Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher 1990 465 p

Entende-se por acidente tiacutepico aquele que ldquoocorre peloexerciacutecio do trabalho a serviccedilo da empresardquo ()ldquoProvocando lesatildeo corporal ou perturbaccedilatildeo funcionalque causa a morte ou a perda ou reduccedilatildeo permanente outemporaacuteria da capacidade para o trabalhordquo(OLIVEIRA1992 apud PARADA ALEXANDRE BENATTI2002)

ldquoO trabalhador tem por sua vez consciecircncia de sua capacidade

teacutecnica e sabe que para exercitaacute-la precisa ter sauacutederdquo (ABRAMIDES

CABRAL 2003 apud AGUIAR et al 2009)

O adoecer na sociedade capitalista eacute vergonhoso pois atrapalha

a produccedilatildeo devendo ser negado para Elias Navarro (2006)O trabalho da enfermagem eacute intenso desgastante Se asauacutede estaacute ligada agrave liberdade o trabalho no hospitalonde priva a liberdade conduzindo o trabalhador agravedoenccedila Restaurar o direito agrave sauacutede dos profissionais de

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enfermagem eacute uma necessidade e o processo pode seiniciar por desnaturalizar o cuidado com o outroatribuindo-lhe um novo estatuto (ELIASNAVARRO 2006)

Siqueira Siqueira Gonccedilalves 2006 apud AGUIAR 2009

salienta que para se ter qualidade de vida natildeo eacute necessaacuterio soacute sauacutede eacute

necessaacuterio tambeacutem um envolvimento com o trabalho famiacutelia amigos

e outros Desta forma eacute necessaacuterio que o trabalhador de enfermagem

reuacutena todos esses elementos citados acima para que possa adquirir

plenas condiccedilotildees de trabalho e de vida

53 Ergonomia

Atualmente a ergonomia configura como uma estrateacutegia

importante para evitar e reduzir problemas diante de situaccedilotildees de

trabalho que levam as doenccedilas como diz Alexandre (1998)

ldquoErgordquo significa ldquotrabalhordquo ldquonomosrdquo quer dizer ldquoregras

determinadas para determinados trabalhosrdquo (MAURO 2007)_____________OLIVEIRA J Consolidaccedilatildeo das leis do trabalho Satildeo Paulo (SP) Saraiva 1992ABRAMIDES MBC CABRAL MSR Regime de acumulaccedilatildeo flexiacutevel e sauacutede dotrabalhador Satildeo Paulo em Perspectiva [perioacutedico na internet] 2003 [acesso em 5de maio de 2008] 17(1) 3 ndash 10 Disponiacutevel em httpwwwscielobrSIQUEIRAACJ SIQUEIRA FPC GONCcedilALVES BGO O trabalho noturno e a qualidade devida dos profissionais de enfermagem REME REV Min Enferm [perioacutedico nainternet] 2006 [acesso em 25 de abril de 2008] 10(1) 41 ndash 5 Disponiacutevel emhttpwwwscielobr

A ergonomia eacute o estudo cientiacutefico da relaccedilatildeo entre ohomem e seu ambiente de trabalho Nesse sentido otermo ambiente abrange natildeo apenas o meiopropriamente dito em que o homem trabalha mastambeacutem os instrumentos os meacutetodos e a organizaccedilatildeodeste trabalho (ALEXANDRE 1998)

ldquoA ergonomia analisa as situaccedilotildees de trabalho desde o ponto

de vista proacuteprio e tem uma metodologia proacutepria procurando a

harmonizaccedilatildeo do homem e do ambiente fiacutesico que o rodeiardquo

(MAURO 2007)

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ldquoA ergonomia interessa para que possamos estudar o que estaacute

afetando a sauacutede do trabalhador o que estaacute levando agrave exposiccedilatildeo a

fatores de risco para agirmos ergonomicamente na intervenccedilatildeo das

situaccedilotildees em questatildeordquo (MAURO 2007)

Sluchak 1992 apud Marziale Carvalho 1998 refere que para

executar a atividade de trabalho satildeo considerados componentes

essenciais como as normas legais regulamentos situaccedilotildees eacuteticas

ruiacutedos iluminaccedilatildeo e temperatura

A ergonomia eacute apresentada atraveacutes de 3 modalidades da

concepccedilatildeo da correccedilatildeo e da conscientizaccedilatildeo No que se trata de

concepccedilatildeo eacute o estudo dos instrumentos ergonocircmicos no ambiente de

trabalho antes da sua reconstruccedilatildeo Na modalidade de correccedilatildeo

procura-se melhorar as condiccedilotildees de trabalho jaacute existentes A

modalidade de conscientizaccedilatildeo preocupa-se conscientizar os

trabalhadores a trabalharem de forma segura reconhecendo os fatores

de risco existentes no ambiente de trabalho para Iida 1990 apud

Marziale carvalho 1998

A aplicaccedilatildeo dos princiacutepios da ergonomia acarreta melhorias

entre os objetos que o trabalhador maneja com o ambiente onde eacute

trabalhado melhorando a produtividade reduzindo os custos laborais

que se manifestam atraveacutes do absteiacutesmo conflitos desinteresse e

rotatividade para Couto 1995 apud Marziale Robozzi 2000____________IIDA I Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher 1990 465pSLUCHAK TJ Ergonomics origins focus and implementation considerationsAAOHNJ v40 n3 p105 ndash 112 Mar 1992COUTO HA Ergonomia aplicadaao trabalho Manual teacutecnico da maacutequina humana Belo Horizonte Ergo 1995 v1353p

Mauro (2007) cita os 7 objetivos da ergonomia harmonia entre

o homem e o meio que o rodeia conforto e a eficaacutecia produtiva

melhora a seguranccedila e o ambiente fiacutesico no trabalho diminui cargos

fiacutesicos e nervosos reduz as contra indicaccedilotildees do trabalho repetitivo

cria posto de trabalho com mais status e melhora a qualidade do

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produto como consequumlecircncia do trabalho

54 Fatores de risco e os problemas muacutesculoesqueleacuteticos que afetam otrabalho da enfermagem

A enfermagem dentro do hospital eacute a ldquomaior forccedila detrabalho e suas atividades satildeo frequentementemarcadas por divisatildeo fragmentadas de tarefas riacutegidaestrutura hieraacuterquica para o cumprimento de rotinasnormas e regulamentos dimensionamento qualitativo equantitativo insuficiente de pessoal situaccedilatildeo deexerciacutecio profissional que tem repercutido em elevadoabsteiacutesmo e afastamento por doenccedilasrdquo (BARBOZASOLAR 2003)

As profissionais de enfermagem que atuam emhospitais estatildeo expostas a condiccedilotildees de trabalhoprecaacuterias que aliadas agraves suas condiccedilotildees de vidapotencializam as possibilidades de adoecimento Se asauacutede soacute eacute possiacutevel a partir da possibilidade real decuidar de si e de usufruir a vida esse fato parece difiacutecilde ser alcanccedilado por quem trabalha no hospital(ELIAS NAVARRO 2006)

Os fatores de risco relacionados com atividades de

enfermagem satildeo o transporte e movimentaccedilatildeo de pacientes posturas

inadequadas movimentos constantes de flexatildeo e torccedilatildeo da coluna

vertebral fatores ergonocircmicos inadequados de mobiliaacuterios e

equipamentos utilizados nas atividades de enfermagem

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral em trabalhadores

de enfermagem estatildeo relacionados a fatores ergonocircmicos inadequados

de mobiliaacuterios posto de trabalho e equipamentos utilizados e que as

dores musculares satildeo causadas por traumas crocircnicos repetitivos

Existem algumas situaccedilotildees em ambiente hospitalar que

favorecem os problemas muacutesculoesqueleacuteticos armaacuterios de soro muito

alto pias e bancadas baixas suporte de monitor alto berccedilos camas e

macas baixas banheiro com espaccedilo fiacutesico restrito falta de

equipamentos especiais para transportar pacientes e materiais e

relaccedilatildeo inadequada entre computadores mesa e cadeiras como cita

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Alexandre (1998)Os fatores ergonocircmicos satildeo aqueles que incidem nocomportamento do trabalhador Eacute ele o desenho dosequipamentos do posto de trabalho a maneira que aatividade eacute executada Comunicaccedilatildeo o meio ambiente(grau de insalubridade iluminaccedilatildeo temperatura etc)(CAVASSA 1997 apud MARZIALI ROBAZZI2000)

Elias Navarro (2006) refere que natildeo foi encontrado nenhuma

tecnologia que substitua o cuidado humano Natildeo haacute maacutequinas que

banhem os pacientes ou troquem as roupas de camas Os

equipamentos que existem como monitores necessitam de pessoas

para instalaacute-los e monitoraacute-los A ciecircncia e a tecnologia natildeo podem

substituir o trabalho vivo Na maioria dos casos satildeo as mulheres que

executam o trabalho no cuidado aos pacientes poreacutem natildeo eacute apenas o

trabalho hospitalar que estas realizam somente muitas mulheres em

sua maioria realizam trabalhos natildeo pagos e natildeo reconhecido como o

trabalho domeacutestico o cuidado aos filhos e o cuidado aos familiares

doentes trazendo consequumlecircncias importantes para a sauacutedeAs profissionais de enfermagem satildeo expostas aambientes de trabalho intensamente insalubres tantono sentido material quanto subjetivo e por estaremsubmetidas a condiccedilotildees de trabalho precarizadas e agravebaixa qualidade de vida satildeo expostas a situaccedilotildees nasquais a manutenccedilatildeo da sauacutede estaacute prejudicada (ELIASNAVARRO 2006)

_____________CAVASSA CR Ergonomia produtividad Balderos Linsa Noruega 1997 415p

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ldquoAs atividades dos profissionais de sauacutede satildeo fortemente

tensioacutegenos devido agraves prolongadas jornadas de trabalho ao nuacutemero

limitado de profissionais e ao desgaste psicoemocional nas tarefas

realizadas em ambientes hospitalaresrdquo (GUIMARAtildeES GRUBITS

1999 apud ELIAS NAVARRO 2006)

De acordo com Gurgueira Alexandre Correcirca Filho (2003) em

um estudo realizado com trabalhadores de enfermagem que atuavam

com pacientes de alto grau de dependecircncia fiacutesica nos uacuteltimos 12

meses as aacutereas anatocircmicas mais afetadas foram regiatildeo lombar (59)

ombros (40) joelhos (333) regiatildeo cervical (28 6)

ldquoA algia vertebral representa a forma mais comum de

distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos relacionados ao trabalho resultando

em custos substanciais para a sociedaderdquo (MARRAS 2000 apud

RADOVANOVIC ALEXANDRE 2002)

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral estatildeo associadas

a inadequaccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos usados pela

enfermagem e a maacute postura corporal

Cerca de 89 dos trabalhadores de enfermagem apresentam

algum tipo de algia sendo a regiatildeo lombar a mais acometida como

cita Marziale Robazzi (2000)

A dor lombar eacute a queixa mais frequumlente entre os trabalhadores

de enfermagem justificando as ausecircncias no trabalho e procura de

auxiacutelio meacutedico As dores nos joelhos e ombros tambeacutem fazem parte

frequumlente das queixas dos trabalhadores

A dor em punhos e matildeos pode ser justificada por uma carga

horaacuteria prolongada como refere Gurgueira Alexandre Correcirca Filho

(2003)

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____________GUIMARAtildeES LAM GRUBITS S organizadores Sauacutede mental e trabalho SatildeoPaulo (SP) Casa do Psicoacutelogo 1999MARRAS WS Ocupational low back disorder causation and control Ergonomics2000 43880 - 902

Rodovanovic Alexandre (2002) refere que os trabalhadores de

enfermagem apresentam elevada ocorrecircncia de dor lombar se

comparados a outros profissionais devido a alguns fatores trabalho

repetitivo movimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes espaccedilo de

trabalho restrito falta de treinamento para uso de equipamentos

teacutecnicas e praacuteticas de levantamento improacuteprios posturas inadequadas

uniforme incorretos inaptidatildeo fiacutesica insatisfaccedilatildeo no trabalho e

esforccedilo fiacutesico As afecccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticos satildeo causadas porinuacutemeros fatores individuais fiacutesicos e psicossociais A dor lombar eacute causada principalmente com amovimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes(GURGUEIRA ALEXANDRE CORREcircA FILHO2003)

55 Medidas preventivas para reduccedilatildeo dos problemasmuacutesculoesqueleacutetico na enfermagem

Algumas medidas preventivas devem ser adotadas no ambiente

hospitalar a fim de evitar problemas fiacutesicos Deve-se considerar o

espaccedilo de trabalho superfiacutecie de trabalho limites de alcance e

equipamentos

No ambiente hospitalar o espaccedilo de trabalho deve utilizar-se de

ldquoum enfoque ergonocircmico deve-se levar em conta fatores tais como o

tipo de atividade manual a ser executada posturas adotadas dados

antropomeacutetricos dos operadores equipamentos e mobiliaacuterios

envolvidos entre outrosrdquo (ALEXANDRE 1998)

O dimensionamento adequado do ambiente de trabalho da

enfermagem eacute de grande importacircncia levando em consideraccedilatildeo que a

restriccedilatildeo de movimentos durante a atividade laboral eacute prejudicial

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Alexandre Rogante (2000) cita que eacute necessaacuterio um espaccedilo

fiacutesico adequado para natildeo restringir os movimentos como examinar o

local e remover obstaacuteculos observar a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio obter

condiccedilotildees seguras em relaccedilatildeo ao piso colocar suporte de soro ao lado

da cama para ficar no mesmo niacutevel da maca travar as rodas da cama

macas e cadeira de rodas adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao

tipo de procedimento que seraacute realizado

ldquoColocar pacientes que necessitam de auxilio ou que usam

cadeiras de rodas em banheiros estreitos eacute um procedimento penoso

para a equipe de enfermagemrdquo (ALEXANDRE 1998)Grande parte das atividades realizadas satildeo efetuadasnas enfermarias pois eacute o local de permanecircncia dopaciente durante a internaccedilatildeo Dentre as atividadesexecutadas os trabalhadores de enfermagemconsideram mais desgastantes fisicamente asatividades de banho no chuveiro em pacientes quenecessitam serem transportados atraveacutes de cadeira debanho arrumaccedilatildeo de cama com paciente acamadomudanccedila de decuacutebito do paciente (MARZIALECARVALHO 1998)

A enfermagem necessita de no miacutenimo 55 cm de espaccedilo para

realizar as atividades Os leitos devem estar a 115 cm de distacircncia uns

dos outros para manobras com macas Sendo que a maior parte destas

atividades satildeo realizadas em peacute com postura inclinada A temperatura

do ambiente de trabalho deve ser confortaacutevel para o profissional em

torno de 20 a 24 ordmC A superfiacutecie de trabalho da enfermagem tambeacutem

deve ser considerada na questatildeo de evitar problemas

muacutesculoesqueleacuteticos Normalmente os hospitais tecircm pias e bancadas

muito baixas o que impotildeem o trabalhador a ficar em uma postura

inadequada O ideal eacute que a altura da pia e bancada seja do tamanho

do trabalhador e o tipo de trabalho executado O correto eacute que a

superfiacutecie da bancada deve ficar de 5 cm a 10 cm abaixo da altura dos

cotovelos para o indiviacuteduo que trabalha em peacute Como nem sempre eacute

seguido esses paracircmetros no ambiente hospitalar pode-se amenizar

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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colocando os peacutes alternadamente em um banquinho como cita

Alexandre (1998)Para uma pessoa que eacute obrigada a ficar em posiccedilatildeoparcialmente inclinada durante muitas horas por diahaveraacute menos fadiga se as costas ficarem retas e ocentro de gravidade for mantido sobre os quadris e ospeacutes Fletir um quadril ajudaraacute a assumir a postura dascostas plana pois eliminaraacute a traccedilatildeo do flexor doquadril sobre a coluna lombar Portanto colocando umpeacute sobre um banquinho com o quadril e o joelhofletidos permitiraacute uma posiccedilatildeo vertical com umalordose lombar menor (CALLIE 1979 apudALEXANDRE 1998)

_______________CALLIE R Siacutendromes dolorosas lombalgias Satildeo Paulo Manole 1979

Foi verificado como refere Marziale Carvalho (1998) que

90 das trabalhadoras femininas possuem altura entre 154 m e 171

m e peso entre 418 kg e 95 kg A altura em peacute dos trabalhadores varia

entre 154 m e 176 m sendo que no sexo feminino eacute de 162 m A

altura do cotovelo verificada em peacute varia entre 92 cm a 107 cm no

sexo feminino

ldquoDiante da falta de atenccedilatildeo aos valores antropomeacutetricos em

muitos hospitais compete ao trabalhador adaptar essa situaccedilatildeo natildeo

planejada e tal adaptaccedilatildeo possa a ser entendida como esticar curvar

entortar contundir o corpo agraves exigecircncias do trabalhordquo (BULHOtildeES

1994 apud MARZIALE CARVALHO 1998)

Os limites de alcance eacute um fator importante pois a maioria dos

profissionais de enfermagem necessita levantar ou retirar objetos

acima do ombro o que pode levar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

ldquoNestes procedimentos natildeo soacute a fadiga muscular eacute um fator

importante como tambeacutem o fato da pessoa torna-se mais instaacutevel com

riscos adicionaisrdquo (CHAFFIN 1987 apud ALEXANDRE 1998)

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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ldquoO estiramento da coluna eacute muito utilizado ao se colocar ou

retirar objetos de partes altas de estantesrdquo (ALEXANDRE 1998)

Haacute conselhos ergonocircmicos para resolver esta questatildeo como ldquoos

objetos pesados devem ser guardados dentro de uma amplitude de

alturas proacuteximas a cintura e que objetos leves podem ser armazenados

a qualquer altura situada entre o joelho e o ombrordquo (PALMMER

1976 apud ALEXANDRE 1998)

______________BULHOtildeES I Riscos do trabalho de enfermagem Rio de Janeiro Folha Carioca1994 221pCHAFFIN DB Manual materials handling and the biomechanical basis forprevention of low-back pain in industry Am Ind Hyg Assoc J v 48 n12 p989-96 1987PALMMER C Ergonomia Rio de Janeiro Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas1976

Durante a execuccedilatildeo de suas atividades ocupacionais ostrabalhadores de enfermagem frequentemente tecircm quepor ou retirar objetos (soros roupas monitores caixa deinstrumental etc) de alturas elevadas Para evitar esseproblema eacute aconselhaacutevel a realizaccedilatildeo de umplanejamento para o armazenamento de materiais emarmaacuterios e a utilizaccedilatildeo de uma escadinha(ALEXANDRE 1993 GIRLING BIRN BAUM1998 MARZIALE 1995 apud ALEXANDRE 1998)

Tambeacutem natildeo eacute aconselhaacutevel abaixar desnecessariamente o

ideal eacute que ao abaixar os joelhos fiquem fletidos e que os objetos

pesados devem ser armazenados em uma altura proacutexima a cintura

Um dos pontos mais criacuteticos no ambiente hospitalar eacute a falta de

equipamentos auxiliares que facilitariam o manuseio de materiais e a

manipulaccedilatildeo de pacientes A realidade eacute a utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterios

improvisados e inadequados como camas pesadas com rodas

estragadas manivelas de cama de difiacutecil movimentaccedilatildeo como refere

Alexandre (1998)

A enfermagem deve usar alguns princiacutepios baacutesicos da

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mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

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auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

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FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

Aguiar ADF et al Sauacutede do trabalhador de enfermagem queatua em centro de sauacutede Rev Inst Cienc Sauacutede n27 (2) p103-8 2009 Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr]gt acesso em 25 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC Aspectos ergonocircmicos relacionadoscom o ambiente e equipamentos hospitalares Rev Latino-Am Enfermagem [online] 1998 vol6 n4 pp 103-109Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em14 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC ROGANTE MM Movimentaccedilatildeo e

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GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

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PARADA Elisandra de Oliveira ALEXANDRE Neusa MariaCosta and BENATTI Maria Ceciacutelia Cardoso Lesotildeesocupacionais afetando a coluna vertebral em trabalhadoresde enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem [online] 2002vol10 n1 pp 64-69 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abril de 2010

RADOVANOVIC CAT ALEXANDRE NMC Desenvolvimentode um instrumento para avaliar a movimentaccedilatildeo etransferecircncia de clientes um enfoque ergonocircmico Revesc enferm USP [online] 2002 vol36 n3 pp 231-239Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em25 de abril de 2010

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SILVA MA Normas para elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo detrabalhos acadecircmicos na UCG modalidades formataccedilatildeo ereferencias Goiacircnia Edda UCG 2002

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Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

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Page 4: Ergonomia Em Ambiente Hospitalar

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ambiente insalubre penoso e perigoso para os que alitrabalham Aleacutem dos riscos de acidentes e doenccedilas deordem fiacutesica aos quais os trabalhadores hospitalaresestatildeo expostos (ELIAS NAVARRO 2006)

ldquoOs trabalhadores de enfermagem satildeo um dos grupos

ocupacionais mais afetados por algias e lesotildees dorsais ocupacionaisrdquo

(GUO et al 1995 LAGERSTROM HANSSONT HAGBBERG

1998 apud PARADA ALEXANDRE BENATTI 2002)

Conveacutem salientar que a ergonomia eacute a medida de maior

importacircncia para reduzir problemas que originam de trabalho e que

leva a doenccedilas muacutesculoesqueleacutetico Para que tal fato natildeo ocorra em

grande proporccedilatildeo eacute necessaacuterio que seja difundido em maior escala os

quanto os aspectos ergonocircmicos satildeo importantes para o ambiente de

trabalho

_____________GUO HR et al Back pain among workers in the United States national estimatesand works at high risk Am J Ind Med 1995 28(5) 591 ndash 602LAGERSTROM M HANSSONT HAGBBERG M Work related low backproblems in nursing Second J Works Environ Health 1998 24(6) 449 ndash 64

4 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa de revisatildeo bibliograacutefica com busca

no site cientiacutefico da Bireme Os textos cientiacuteficos encontrados datam

do periacuteodo de 1998 a 2008

A pesquisa bibliograacutefica ndash elemento imprescindiacutevelpara a revisatildeo e virtual expansatildeo do conhecimento -deve ser entendida como aquela baseada nos livros edemais impressos disponiacuteveis inclusive documentosmanuscritos (agraves vezes denominada de pesquisadocumental) e outras fontes pertinentes onde se buscaencontrar resposta aos problemas formulados restandosaber como se organizam e como podem serorganizadas as informaccedilotildees acessadas (CERVOBERVIAN 1983 apud SILVA 2002)

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_______________CERVO AL BERVIAN PA Metodologia cientiacutefica para uso dos estudantesuniversitaacuterios 3ed Satildeo Paulo Mc Graw ndash Hill 1983

5 ERGONOMIAUMA ESTRATEacuteGIA PARAREDUCcedilAtildeO DE PROBLEMAS

MUacuteSCULOESQUELEacuteTICOS NA ENFERMAGEM

51 Relaccedilatildeo histoacuterica entre o trabalho e os efeitos sobre a sauacutede

Faz parte da vida e da cultura da humanidade as relaccedilotildees entreo trabalho e o adoecer A Biacuteblia em Deuteronocircmio XXII 8 fala daprevenccedilatildeo de acidentes de trabalho No final do seacuteculo XVII e iniacuteciodo seacuteculo XVIII jaacute se falava de doenccedilas ocupacionais de formas deprevenir e tratar enfermidades No seacuteculo XIX eacute que de fato surgiramagrave prevenccedilatildeo de agressotildees contra a sauacutede associadas ao trabalho ereconhecendo que este eacute um dos aspectos importantes das condiccedilotildeesde vida como refere Santana (2006) As diversas mudanccedilas ocorridas na organizaccedilatildeo nas condiccedilotildees

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e nas relaccedilotildees de trabalho principalmente nos paiacuteses capitalistasavanccedilados ou tardios vem repercutindo na sauacutede dos trabalhadoresque empenham grande parte de suas energias fiacutesicas e espirituais emfunccedilatildeo do trabalho segundo Elias Navarro (2006) No Brasil os registros de problemas relacionados agrave sauacutede dotrabalhador datam do seacuteculo XIX poreacutem a incorporaccedilatildeo da praacuteticaocorreu bem tarde nas escolas meacutedicas de acordo com Santana(2006) No Brasil a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 determinou areduccedilatildeo da jornada de trabalho em turno ldquoininterruptos derevezamentordquo com reduccedilatildeo diaacuteria da jornada de trabalho a 6 horas ounegociaccedilatildeo coletiva (BRASIL 1988 apud MORENO FISCHERROTENBERG 2003)

De acordo com Mauro (2007) na era industrial nasceu uma

teacutecnica que hoje se transformou em uma ciecircncia As adaptaccedilotildees dos

instrumentos como as caracteriacutesticas da ergonomia visam agrave reduccedilatildeo

de fadiga e acidentes

_______________BRASIL Constituiccedilatildeo Federal do Brasil Brasiacutelia Senado Federal 1988

Com a capacitaccedilatildeo os novos equipamentos exigiam dos

operaacuterios mais habilidades em condiccedilotildees ambientais desfavoraacuteveis e

tensas Na ergonomia claacutessica centrado na adaptaccedilatildeo da maacutequina ao

homem o tratamento ergonocircmico e mensuraccedilatildeo de ambiente

antropomeacutetrico mediccedilotildees que estudam a adaptaccedilatildeo do trabalho ao

trabalhador em relaccedilatildeo agrave ambientes equipamentos e roupas

ldquoUma transformaccedilatildeo saudaacutevel no processo de trabalho

certamente teraacute repercussotildees positivas para a sauacutede do trabalhador

estabelecendo um novo paradigmardquo (MAURO 2007)

52 Sauacutede do trabalhador

ldquoCada trabalhador apresenta diferenccedilas com relaccedilatildeo agrave estatura

peso resistecircncia agrave fadiga capacidade auditiva e visual memoacuteria

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habilidade motora e personalidades e que devem ser considerados no

ambiente de trabalhordquo (IIDA 1990 apud MARZIALE CARVALHO

1998)

Diante deste fato as relaccedilotildees entre sauacutede-doenccedila-trabalho tecircm

ganhado destaque na aacuterea de sauacutede ocupacional destacando-seComo prejuiacutezos agrave sauacutede fiacutesica e mental dostrabalhadores prolongadas jornadas de trabalho ritmoacelerado de produccedilatildeo por excesso de tarefasautomaccedilatildeo por realizaccedilatildeo de accedilotildees repetitivas comparcelamento de tarefas e remuneraccedilatildeo baixa emrelaccedilatildeo agrave responsabilidade e complexidade das tarefasexecutadas (BARBOZA SOLER 2003)

Fatores fiacutesicos quiacutemicos psicossociais e ergonocircmicos devem

ser analisados para que se possam caracterizar as condiccedilotildees de

trabalho hospitalar em cada instituiccedilatildeo de acordo com Marziale

Carvalho (1998)

______________IIDA I Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher 1990 465 p

Entende-se por acidente tiacutepico aquele que ldquoocorre peloexerciacutecio do trabalho a serviccedilo da empresardquo ()ldquoProvocando lesatildeo corporal ou perturbaccedilatildeo funcionalque causa a morte ou a perda ou reduccedilatildeo permanente outemporaacuteria da capacidade para o trabalhordquo(OLIVEIRA1992 apud PARADA ALEXANDRE BENATTI2002)

ldquoO trabalhador tem por sua vez consciecircncia de sua capacidade

teacutecnica e sabe que para exercitaacute-la precisa ter sauacutederdquo (ABRAMIDES

CABRAL 2003 apud AGUIAR et al 2009)

O adoecer na sociedade capitalista eacute vergonhoso pois atrapalha

a produccedilatildeo devendo ser negado para Elias Navarro (2006)O trabalho da enfermagem eacute intenso desgastante Se asauacutede estaacute ligada agrave liberdade o trabalho no hospitalonde priva a liberdade conduzindo o trabalhador agravedoenccedila Restaurar o direito agrave sauacutede dos profissionais de

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enfermagem eacute uma necessidade e o processo pode seiniciar por desnaturalizar o cuidado com o outroatribuindo-lhe um novo estatuto (ELIASNAVARRO 2006)

Siqueira Siqueira Gonccedilalves 2006 apud AGUIAR 2009

salienta que para se ter qualidade de vida natildeo eacute necessaacuterio soacute sauacutede eacute

necessaacuterio tambeacutem um envolvimento com o trabalho famiacutelia amigos

e outros Desta forma eacute necessaacuterio que o trabalhador de enfermagem

reuacutena todos esses elementos citados acima para que possa adquirir

plenas condiccedilotildees de trabalho e de vida

53 Ergonomia

Atualmente a ergonomia configura como uma estrateacutegia

importante para evitar e reduzir problemas diante de situaccedilotildees de

trabalho que levam as doenccedilas como diz Alexandre (1998)

ldquoErgordquo significa ldquotrabalhordquo ldquonomosrdquo quer dizer ldquoregras

determinadas para determinados trabalhosrdquo (MAURO 2007)_____________OLIVEIRA J Consolidaccedilatildeo das leis do trabalho Satildeo Paulo (SP) Saraiva 1992ABRAMIDES MBC CABRAL MSR Regime de acumulaccedilatildeo flexiacutevel e sauacutede dotrabalhador Satildeo Paulo em Perspectiva [perioacutedico na internet] 2003 [acesso em 5de maio de 2008] 17(1) 3 ndash 10 Disponiacutevel em httpwwwscielobrSIQUEIRAACJ SIQUEIRA FPC GONCcedilALVES BGO O trabalho noturno e a qualidade devida dos profissionais de enfermagem REME REV Min Enferm [perioacutedico nainternet] 2006 [acesso em 25 de abril de 2008] 10(1) 41 ndash 5 Disponiacutevel emhttpwwwscielobr

A ergonomia eacute o estudo cientiacutefico da relaccedilatildeo entre ohomem e seu ambiente de trabalho Nesse sentido otermo ambiente abrange natildeo apenas o meiopropriamente dito em que o homem trabalha mastambeacutem os instrumentos os meacutetodos e a organizaccedilatildeodeste trabalho (ALEXANDRE 1998)

ldquoA ergonomia analisa as situaccedilotildees de trabalho desde o ponto

de vista proacuteprio e tem uma metodologia proacutepria procurando a

harmonizaccedilatildeo do homem e do ambiente fiacutesico que o rodeiardquo

(MAURO 2007)

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ldquoA ergonomia interessa para que possamos estudar o que estaacute

afetando a sauacutede do trabalhador o que estaacute levando agrave exposiccedilatildeo a

fatores de risco para agirmos ergonomicamente na intervenccedilatildeo das

situaccedilotildees em questatildeordquo (MAURO 2007)

Sluchak 1992 apud Marziale Carvalho 1998 refere que para

executar a atividade de trabalho satildeo considerados componentes

essenciais como as normas legais regulamentos situaccedilotildees eacuteticas

ruiacutedos iluminaccedilatildeo e temperatura

A ergonomia eacute apresentada atraveacutes de 3 modalidades da

concepccedilatildeo da correccedilatildeo e da conscientizaccedilatildeo No que se trata de

concepccedilatildeo eacute o estudo dos instrumentos ergonocircmicos no ambiente de

trabalho antes da sua reconstruccedilatildeo Na modalidade de correccedilatildeo

procura-se melhorar as condiccedilotildees de trabalho jaacute existentes A

modalidade de conscientizaccedilatildeo preocupa-se conscientizar os

trabalhadores a trabalharem de forma segura reconhecendo os fatores

de risco existentes no ambiente de trabalho para Iida 1990 apud

Marziale carvalho 1998

A aplicaccedilatildeo dos princiacutepios da ergonomia acarreta melhorias

entre os objetos que o trabalhador maneja com o ambiente onde eacute

trabalhado melhorando a produtividade reduzindo os custos laborais

que se manifestam atraveacutes do absteiacutesmo conflitos desinteresse e

rotatividade para Couto 1995 apud Marziale Robozzi 2000____________IIDA I Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher 1990 465pSLUCHAK TJ Ergonomics origins focus and implementation considerationsAAOHNJ v40 n3 p105 ndash 112 Mar 1992COUTO HA Ergonomia aplicadaao trabalho Manual teacutecnico da maacutequina humana Belo Horizonte Ergo 1995 v1353p

Mauro (2007) cita os 7 objetivos da ergonomia harmonia entre

o homem e o meio que o rodeia conforto e a eficaacutecia produtiva

melhora a seguranccedila e o ambiente fiacutesico no trabalho diminui cargos

fiacutesicos e nervosos reduz as contra indicaccedilotildees do trabalho repetitivo

cria posto de trabalho com mais status e melhora a qualidade do

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produto como consequumlecircncia do trabalho

54 Fatores de risco e os problemas muacutesculoesqueleacuteticos que afetam otrabalho da enfermagem

A enfermagem dentro do hospital eacute a ldquomaior forccedila detrabalho e suas atividades satildeo frequentementemarcadas por divisatildeo fragmentadas de tarefas riacutegidaestrutura hieraacuterquica para o cumprimento de rotinasnormas e regulamentos dimensionamento qualitativo equantitativo insuficiente de pessoal situaccedilatildeo deexerciacutecio profissional que tem repercutido em elevadoabsteiacutesmo e afastamento por doenccedilasrdquo (BARBOZASOLAR 2003)

As profissionais de enfermagem que atuam emhospitais estatildeo expostas a condiccedilotildees de trabalhoprecaacuterias que aliadas agraves suas condiccedilotildees de vidapotencializam as possibilidades de adoecimento Se asauacutede soacute eacute possiacutevel a partir da possibilidade real decuidar de si e de usufruir a vida esse fato parece difiacutecilde ser alcanccedilado por quem trabalha no hospital(ELIAS NAVARRO 2006)

Os fatores de risco relacionados com atividades de

enfermagem satildeo o transporte e movimentaccedilatildeo de pacientes posturas

inadequadas movimentos constantes de flexatildeo e torccedilatildeo da coluna

vertebral fatores ergonocircmicos inadequados de mobiliaacuterios e

equipamentos utilizados nas atividades de enfermagem

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral em trabalhadores

de enfermagem estatildeo relacionados a fatores ergonocircmicos inadequados

de mobiliaacuterios posto de trabalho e equipamentos utilizados e que as

dores musculares satildeo causadas por traumas crocircnicos repetitivos

Existem algumas situaccedilotildees em ambiente hospitalar que

favorecem os problemas muacutesculoesqueleacuteticos armaacuterios de soro muito

alto pias e bancadas baixas suporte de monitor alto berccedilos camas e

macas baixas banheiro com espaccedilo fiacutesico restrito falta de

equipamentos especiais para transportar pacientes e materiais e

relaccedilatildeo inadequada entre computadores mesa e cadeiras como cita

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Alexandre (1998)Os fatores ergonocircmicos satildeo aqueles que incidem nocomportamento do trabalhador Eacute ele o desenho dosequipamentos do posto de trabalho a maneira que aatividade eacute executada Comunicaccedilatildeo o meio ambiente(grau de insalubridade iluminaccedilatildeo temperatura etc)(CAVASSA 1997 apud MARZIALI ROBAZZI2000)

Elias Navarro (2006) refere que natildeo foi encontrado nenhuma

tecnologia que substitua o cuidado humano Natildeo haacute maacutequinas que

banhem os pacientes ou troquem as roupas de camas Os

equipamentos que existem como monitores necessitam de pessoas

para instalaacute-los e monitoraacute-los A ciecircncia e a tecnologia natildeo podem

substituir o trabalho vivo Na maioria dos casos satildeo as mulheres que

executam o trabalho no cuidado aos pacientes poreacutem natildeo eacute apenas o

trabalho hospitalar que estas realizam somente muitas mulheres em

sua maioria realizam trabalhos natildeo pagos e natildeo reconhecido como o

trabalho domeacutestico o cuidado aos filhos e o cuidado aos familiares

doentes trazendo consequumlecircncias importantes para a sauacutedeAs profissionais de enfermagem satildeo expostas aambientes de trabalho intensamente insalubres tantono sentido material quanto subjetivo e por estaremsubmetidas a condiccedilotildees de trabalho precarizadas e agravebaixa qualidade de vida satildeo expostas a situaccedilotildees nasquais a manutenccedilatildeo da sauacutede estaacute prejudicada (ELIASNAVARRO 2006)

_____________CAVASSA CR Ergonomia produtividad Balderos Linsa Noruega 1997 415p

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ldquoAs atividades dos profissionais de sauacutede satildeo fortemente

tensioacutegenos devido agraves prolongadas jornadas de trabalho ao nuacutemero

limitado de profissionais e ao desgaste psicoemocional nas tarefas

realizadas em ambientes hospitalaresrdquo (GUIMARAtildeES GRUBITS

1999 apud ELIAS NAVARRO 2006)

De acordo com Gurgueira Alexandre Correcirca Filho (2003) em

um estudo realizado com trabalhadores de enfermagem que atuavam

com pacientes de alto grau de dependecircncia fiacutesica nos uacuteltimos 12

meses as aacutereas anatocircmicas mais afetadas foram regiatildeo lombar (59)

ombros (40) joelhos (333) regiatildeo cervical (28 6)

ldquoA algia vertebral representa a forma mais comum de

distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos relacionados ao trabalho resultando

em custos substanciais para a sociedaderdquo (MARRAS 2000 apud

RADOVANOVIC ALEXANDRE 2002)

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral estatildeo associadas

a inadequaccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos usados pela

enfermagem e a maacute postura corporal

Cerca de 89 dos trabalhadores de enfermagem apresentam

algum tipo de algia sendo a regiatildeo lombar a mais acometida como

cita Marziale Robazzi (2000)

A dor lombar eacute a queixa mais frequumlente entre os trabalhadores

de enfermagem justificando as ausecircncias no trabalho e procura de

auxiacutelio meacutedico As dores nos joelhos e ombros tambeacutem fazem parte

frequumlente das queixas dos trabalhadores

A dor em punhos e matildeos pode ser justificada por uma carga

horaacuteria prolongada como refere Gurgueira Alexandre Correcirca Filho

(2003)

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____________GUIMARAtildeES LAM GRUBITS S organizadores Sauacutede mental e trabalho SatildeoPaulo (SP) Casa do Psicoacutelogo 1999MARRAS WS Ocupational low back disorder causation and control Ergonomics2000 43880 - 902

Rodovanovic Alexandre (2002) refere que os trabalhadores de

enfermagem apresentam elevada ocorrecircncia de dor lombar se

comparados a outros profissionais devido a alguns fatores trabalho

repetitivo movimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes espaccedilo de

trabalho restrito falta de treinamento para uso de equipamentos

teacutecnicas e praacuteticas de levantamento improacuteprios posturas inadequadas

uniforme incorretos inaptidatildeo fiacutesica insatisfaccedilatildeo no trabalho e

esforccedilo fiacutesico As afecccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticos satildeo causadas porinuacutemeros fatores individuais fiacutesicos e psicossociais A dor lombar eacute causada principalmente com amovimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes(GURGUEIRA ALEXANDRE CORREcircA FILHO2003)

55 Medidas preventivas para reduccedilatildeo dos problemasmuacutesculoesqueleacutetico na enfermagem

Algumas medidas preventivas devem ser adotadas no ambiente

hospitalar a fim de evitar problemas fiacutesicos Deve-se considerar o

espaccedilo de trabalho superfiacutecie de trabalho limites de alcance e

equipamentos

No ambiente hospitalar o espaccedilo de trabalho deve utilizar-se de

ldquoum enfoque ergonocircmico deve-se levar em conta fatores tais como o

tipo de atividade manual a ser executada posturas adotadas dados

antropomeacutetricos dos operadores equipamentos e mobiliaacuterios

envolvidos entre outrosrdquo (ALEXANDRE 1998)

O dimensionamento adequado do ambiente de trabalho da

enfermagem eacute de grande importacircncia levando em consideraccedilatildeo que a

restriccedilatildeo de movimentos durante a atividade laboral eacute prejudicial

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Alexandre Rogante (2000) cita que eacute necessaacuterio um espaccedilo

fiacutesico adequado para natildeo restringir os movimentos como examinar o

local e remover obstaacuteculos observar a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio obter

condiccedilotildees seguras em relaccedilatildeo ao piso colocar suporte de soro ao lado

da cama para ficar no mesmo niacutevel da maca travar as rodas da cama

macas e cadeira de rodas adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao

tipo de procedimento que seraacute realizado

ldquoColocar pacientes que necessitam de auxilio ou que usam

cadeiras de rodas em banheiros estreitos eacute um procedimento penoso

para a equipe de enfermagemrdquo (ALEXANDRE 1998)Grande parte das atividades realizadas satildeo efetuadasnas enfermarias pois eacute o local de permanecircncia dopaciente durante a internaccedilatildeo Dentre as atividadesexecutadas os trabalhadores de enfermagemconsideram mais desgastantes fisicamente asatividades de banho no chuveiro em pacientes quenecessitam serem transportados atraveacutes de cadeira debanho arrumaccedilatildeo de cama com paciente acamadomudanccedila de decuacutebito do paciente (MARZIALECARVALHO 1998)

A enfermagem necessita de no miacutenimo 55 cm de espaccedilo para

realizar as atividades Os leitos devem estar a 115 cm de distacircncia uns

dos outros para manobras com macas Sendo que a maior parte destas

atividades satildeo realizadas em peacute com postura inclinada A temperatura

do ambiente de trabalho deve ser confortaacutevel para o profissional em

torno de 20 a 24 ordmC A superfiacutecie de trabalho da enfermagem tambeacutem

deve ser considerada na questatildeo de evitar problemas

muacutesculoesqueleacuteticos Normalmente os hospitais tecircm pias e bancadas

muito baixas o que impotildeem o trabalhador a ficar em uma postura

inadequada O ideal eacute que a altura da pia e bancada seja do tamanho

do trabalhador e o tipo de trabalho executado O correto eacute que a

superfiacutecie da bancada deve ficar de 5 cm a 10 cm abaixo da altura dos

cotovelos para o indiviacuteduo que trabalha em peacute Como nem sempre eacute

seguido esses paracircmetros no ambiente hospitalar pode-se amenizar

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colocando os peacutes alternadamente em um banquinho como cita

Alexandre (1998)Para uma pessoa que eacute obrigada a ficar em posiccedilatildeoparcialmente inclinada durante muitas horas por diahaveraacute menos fadiga se as costas ficarem retas e ocentro de gravidade for mantido sobre os quadris e ospeacutes Fletir um quadril ajudaraacute a assumir a postura dascostas plana pois eliminaraacute a traccedilatildeo do flexor doquadril sobre a coluna lombar Portanto colocando umpeacute sobre um banquinho com o quadril e o joelhofletidos permitiraacute uma posiccedilatildeo vertical com umalordose lombar menor (CALLIE 1979 apudALEXANDRE 1998)

_______________CALLIE R Siacutendromes dolorosas lombalgias Satildeo Paulo Manole 1979

Foi verificado como refere Marziale Carvalho (1998) que

90 das trabalhadoras femininas possuem altura entre 154 m e 171

m e peso entre 418 kg e 95 kg A altura em peacute dos trabalhadores varia

entre 154 m e 176 m sendo que no sexo feminino eacute de 162 m A

altura do cotovelo verificada em peacute varia entre 92 cm a 107 cm no

sexo feminino

ldquoDiante da falta de atenccedilatildeo aos valores antropomeacutetricos em

muitos hospitais compete ao trabalhador adaptar essa situaccedilatildeo natildeo

planejada e tal adaptaccedilatildeo possa a ser entendida como esticar curvar

entortar contundir o corpo agraves exigecircncias do trabalhordquo (BULHOtildeES

1994 apud MARZIALE CARVALHO 1998)

Os limites de alcance eacute um fator importante pois a maioria dos

profissionais de enfermagem necessita levantar ou retirar objetos

acima do ombro o que pode levar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

ldquoNestes procedimentos natildeo soacute a fadiga muscular eacute um fator

importante como tambeacutem o fato da pessoa torna-se mais instaacutevel com

riscos adicionaisrdquo (CHAFFIN 1987 apud ALEXANDRE 1998)

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ldquoO estiramento da coluna eacute muito utilizado ao se colocar ou

retirar objetos de partes altas de estantesrdquo (ALEXANDRE 1998)

Haacute conselhos ergonocircmicos para resolver esta questatildeo como ldquoos

objetos pesados devem ser guardados dentro de uma amplitude de

alturas proacuteximas a cintura e que objetos leves podem ser armazenados

a qualquer altura situada entre o joelho e o ombrordquo (PALMMER

1976 apud ALEXANDRE 1998)

______________BULHOtildeES I Riscos do trabalho de enfermagem Rio de Janeiro Folha Carioca1994 221pCHAFFIN DB Manual materials handling and the biomechanical basis forprevention of low-back pain in industry Am Ind Hyg Assoc J v 48 n12 p989-96 1987PALMMER C Ergonomia Rio de Janeiro Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas1976

Durante a execuccedilatildeo de suas atividades ocupacionais ostrabalhadores de enfermagem frequentemente tecircm quepor ou retirar objetos (soros roupas monitores caixa deinstrumental etc) de alturas elevadas Para evitar esseproblema eacute aconselhaacutevel a realizaccedilatildeo de umplanejamento para o armazenamento de materiais emarmaacuterios e a utilizaccedilatildeo de uma escadinha(ALEXANDRE 1993 GIRLING BIRN BAUM1998 MARZIALE 1995 apud ALEXANDRE 1998)

Tambeacutem natildeo eacute aconselhaacutevel abaixar desnecessariamente o

ideal eacute que ao abaixar os joelhos fiquem fletidos e que os objetos

pesados devem ser armazenados em uma altura proacutexima a cintura

Um dos pontos mais criacuteticos no ambiente hospitalar eacute a falta de

equipamentos auxiliares que facilitariam o manuseio de materiais e a

manipulaccedilatildeo de pacientes A realidade eacute a utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterios

improvisados e inadequados como camas pesadas com rodas

estragadas manivelas de cama de difiacutecil movimentaccedilatildeo como refere

Alexandre (1998)

A enfermagem deve usar alguns princiacutepios baacutesicos da

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1723

mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

Aguiar ADF et al Sauacutede do trabalhador de enfermagem queatua em centro de sauacutede Rev Inst Cienc Sauacutede n27 (2) p103-8 2009 Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr]gt acesso em 25 de abril de 2010

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ALEXANDRE NMC ROGANTE MM Movimentaccedilatildeo e

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2123

ELIAS MA NAVARRO VL A relaccedilatildeo entre o trabalho a sauacutede eas condiccedilotildees de vida negatividade e positividadeno trabalho dasprofissionais de enfermagem de um hospital escola Rev Latino-amEnfermagem 2007 julhoagosto14(4) Ribeiratildeo Preto517-25Disponiacutevel em wwwscielobrgt acesso[httpwwwscielobr3e20acesso] em25 de abril de 2010

transferecircncia de pacientes aspectos posturais eergonocircmicos Rev esc enferm USP [online] 2000 vol34n2 pp 165-173 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

BARBOZA DB SOLER ZASG Afastamentos do trabalho naenfermagem ocorrecircncias com trabalhadores de umhospital de ensino Rev Latino-Am Enfermagem [online]2003 vol11 n2 pp 177-183 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

MARZIALE MHP ROBAZZI MLCC O trabalho deenfermagem e a ergonomia Rev Latino-AmEnfermagem vol8 no 6 Ribeiratildeo Preto Dec 2008 Disponiacutevelem wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abrilde 2010

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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SANTANA VS Sauacutede do trabalhador no Brasil pesquisa na poacutes-graduaccedilatildeo Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 pp 101-111Disponiacutevel em wwwscielobr gt Acesso em 14 abril 2010

MAURO MYCWorkshop ndash A ergonomia e o gerenciamentode resiacuteduos na enfermagem do trabalho Rev EnfermagemAtual n40 ano julago 2007

MORENO CRC FISCHER FM ROTENBERG L A sauacutede dotrabalhador na sociedade 24 horas Satildeo Paulo Perspec[online] 2003 vol17 n1 pp 34-46 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

PARADA Elisandra de Oliveira ALEXANDRE Neusa MariaCosta and BENATTI Maria Ceciacutelia Cardoso Lesotildeesocupacionais afetando a coluna vertebral em trabalhadoresde enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem [online] 2002vol10 n1 pp 64-69 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abril de 2010

RADOVANOVIC CAT ALEXANDRE NMC Desenvolvimentode um instrumento para avaliar a movimentaccedilatildeo etransferecircncia de clientes um enfoque ergonocircmico Revesc enferm USP [online] 2002 vol36 n3 pp 231-239Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em25 de abril de 2010

REINHART EL FISCHER FM Barreiras agraves intervenccedilotildeesrelacionadas agrave sauacutede do trabalhador do setor sauacutede noBrasil Rev Panam SaludPublica vol25 no5 Washington May 2009

SILVA MA Normas para elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo detrabalhos acadecircmicos na UCG modalidades formataccedilatildeo ereferencias Goiacircnia Edda UCG 2002

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2323

Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

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Page 5: Ergonomia Em Ambiente Hospitalar

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 523

_______________CERVO AL BERVIAN PA Metodologia cientiacutefica para uso dos estudantesuniversitaacuterios 3ed Satildeo Paulo Mc Graw ndash Hill 1983

5 ERGONOMIAUMA ESTRATEacuteGIA PARAREDUCcedilAtildeO DE PROBLEMAS

MUacuteSCULOESQUELEacuteTICOS NA ENFERMAGEM

51 Relaccedilatildeo histoacuterica entre o trabalho e os efeitos sobre a sauacutede

Faz parte da vida e da cultura da humanidade as relaccedilotildees entreo trabalho e o adoecer A Biacuteblia em Deuteronocircmio XXII 8 fala daprevenccedilatildeo de acidentes de trabalho No final do seacuteculo XVII e iniacuteciodo seacuteculo XVIII jaacute se falava de doenccedilas ocupacionais de formas deprevenir e tratar enfermidades No seacuteculo XIX eacute que de fato surgiramagrave prevenccedilatildeo de agressotildees contra a sauacutede associadas ao trabalho ereconhecendo que este eacute um dos aspectos importantes das condiccedilotildeesde vida como refere Santana (2006) As diversas mudanccedilas ocorridas na organizaccedilatildeo nas condiccedilotildees

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e nas relaccedilotildees de trabalho principalmente nos paiacuteses capitalistasavanccedilados ou tardios vem repercutindo na sauacutede dos trabalhadoresque empenham grande parte de suas energias fiacutesicas e espirituais emfunccedilatildeo do trabalho segundo Elias Navarro (2006) No Brasil os registros de problemas relacionados agrave sauacutede dotrabalhador datam do seacuteculo XIX poreacutem a incorporaccedilatildeo da praacuteticaocorreu bem tarde nas escolas meacutedicas de acordo com Santana(2006) No Brasil a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 determinou areduccedilatildeo da jornada de trabalho em turno ldquoininterruptos derevezamentordquo com reduccedilatildeo diaacuteria da jornada de trabalho a 6 horas ounegociaccedilatildeo coletiva (BRASIL 1988 apud MORENO FISCHERROTENBERG 2003)

De acordo com Mauro (2007) na era industrial nasceu uma

teacutecnica que hoje se transformou em uma ciecircncia As adaptaccedilotildees dos

instrumentos como as caracteriacutesticas da ergonomia visam agrave reduccedilatildeo

de fadiga e acidentes

_______________BRASIL Constituiccedilatildeo Federal do Brasil Brasiacutelia Senado Federal 1988

Com a capacitaccedilatildeo os novos equipamentos exigiam dos

operaacuterios mais habilidades em condiccedilotildees ambientais desfavoraacuteveis e

tensas Na ergonomia claacutessica centrado na adaptaccedilatildeo da maacutequina ao

homem o tratamento ergonocircmico e mensuraccedilatildeo de ambiente

antropomeacutetrico mediccedilotildees que estudam a adaptaccedilatildeo do trabalho ao

trabalhador em relaccedilatildeo agrave ambientes equipamentos e roupas

ldquoUma transformaccedilatildeo saudaacutevel no processo de trabalho

certamente teraacute repercussotildees positivas para a sauacutede do trabalhador

estabelecendo um novo paradigmardquo (MAURO 2007)

52 Sauacutede do trabalhador

ldquoCada trabalhador apresenta diferenccedilas com relaccedilatildeo agrave estatura

peso resistecircncia agrave fadiga capacidade auditiva e visual memoacuteria

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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habilidade motora e personalidades e que devem ser considerados no

ambiente de trabalhordquo (IIDA 1990 apud MARZIALE CARVALHO

1998)

Diante deste fato as relaccedilotildees entre sauacutede-doenccedila-trabalho tecircm

ganhado destaque na aacuterea de sauacutede ocupacional destacando-seComo prejuiacutezos agrave sauacutede fiacutesica e mental dostrabalhadores prolongadas jornadas de trabalho ritmoacelerado de produccedilatildeo por excesso de tarefasautomaccedilatildeo por realizaccedilatildeo de accedilotildees repetitivas comparcelamento de tarefas e remuneraccedilatildeo baixa emrelaccedilatildeo agrave responsabilidade e complexidade das tarefasexecutadas (BARBOZA SOLER 2003)

Fatores fiacutesicos quiacutemicos psicossociais e ergonocircmicos devem

ser analisados para que se possam caracterizar as condiccedilotildees de

trabalho hospitalar em cada instituiccedilatildeo de acordo com Marziale

Carvalho (1998)

______________IIDA I Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher 1990 465 p

Entende-se por acidente tiacutepico aquele que ldquoocorre peloexerciacutecio do trabalho a serviccedilo da empresardquo ()ldquoProvocando lesatildeo corporal ou perturbaccedilatildeo funcionalque causa a morte ou a perda ou reduccedilatildeo permanente outemporaacuteria da capacidade para o trabalhordquo(OLIVEIRA1992 apud PARADA ALEXANDRE BENATTI2002)

ldquoO trabalhador tem por sua vez consciecircncia de sua capacidade

teacutecnica e sabe que para exercitaacute-la precisa ter sauacutederdquo (ABRAMIDES

CABRAL 2003 apud AGUIAR et al 2009)

O adoecer na sociedade capitalista eacute vergonhoso pois atrapalha

a produccedilatildeo devendo ser negado para Elias Navarro (2006)O trabalho da enfermagem eacute intenso desgastante Se asauacutede estaacute ligada agrave liberdade o trabalho no hospitalonde priva a liberdade conduzindo o trabalhador agravedoenccedila Restaurar o direito agrave sauacutede dos profissionais de

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enfermagem eacute uma necessidade e o processo pode seiniciar por desnaturalizar o cuidado com o outroatribuindo-lhe um novo estatuto (ELIASNAVARRO 2006)

Siqueira Siqueira Gonccedilalves 2006 apud AGUIAR 2009

salienta que para se ter qualidade de vida natildeo eacute necessaacuterio soacute sauacutede eacute

necessaacuterio tambeacutem um envolvimento com o trabalho famiacutelia amigos

e outros Desta forma eacute necessaacuterio que o trabalhador de enfermagem

reuacutena todos esses elementos citados acima para que possa adquirir

plenas condiccedilotildees de trabalho e de vida

53 Ergonomia

Atualmente a ergonomia configura como uma estrateacutegia

importante para evitar e reduzir problemas diante de situaccedilotildees de

trabalho que levam as doenccedilas como diz Alexandre (1998)

ldquoErgordquo significa ldquotrabalhordquo ldquonomosrdquo quer dizer ldquoregras

determinadas para determinados trabalhosrdquo (MAURO 2007)_____________OLIVEIRA J Consolidaccedilatildeo das leis do trabalho Satildeo Paulo (SP) Saraiva 1992ABRAMIDES MBC CABRAL MSR Regime de acumulaccedilatildeo flexiacutevel e sauacutede dotrabalhador Satildeo Paulo em Perspectiva [perioacutedico na internet] 2003 [acesso em 5de maio de 2008] 17(1) 3 ndash 10 Disponiacutevel em httpwwwscielobrSIQUEIRAACJ SIQUEIRA FPC GONCcedilALVES BGO O trabalho noturno e a qualidade devida dos profissionais de enfermagem REME REV Min Enferm [perioacutedico nainternet] 2006 [acesso em 25 de abril de 2008] 10(1) 41 ndash 5 Disponiacutevel emhttpwwwscielobr

A ergonomia eacute o estudo cientiacutefico da relaccedilatildeo entre ohomem e seu ambiente de trabalho Nesse sentido otermo ambiente abrange natildeo apenas o meiopropriamente dito em que o homem trabalha mastambeacutem os instrumentos os meacutetodos e a organizaccedilatildeodeste trabalho (ALEXANDRE 1998)

ldquoA ergonomia analisa as situaccedilotildees de trabalho desde o ponto

de vista proacuteprio e tem uma metodologia proacutepria procurando a

harmonizaccedilatildeo do homem e do ambiente fiacutesico que o rodeiardquo

(MAURO 2007)

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ldquoA ergonomia interessa para que possamos estudar o que estaacute

afetando a sauacutede do trabalhador o que estaacute levando agrave exposiccedilatildeo a

fatores de risco para agirmos ergonomicamente na intervenccedilatildeo das

situaccedilotildees em questatildeordquo (MAURO 2007)

Sluchak 1992 apud Marziale Carvalho 1998 refere que para

executar a atividade de trabalho satildeo considerados componentes

essenciais como as normas legais regulamentos situaccedilotildees eacuteticas

ruiacutedos iluminaccedilatildeo e temperatura

A ergonomia eacute apresentada atraveacutes de 3 modalidades da

concepccedilatildeo da correccedilatildeo e da conscientizaccedilatildeo No que se trata de

concepccedilatildeo eacute o estudo dos instrumentos ergonocircmicos no ambiente de

trabalho antes da sua reconstruccedilatildeo Na modalidade de correccedilatildeo

procura-se melhorar as condiccedilotildees de trabalho jaacute existentes A

modalidade de conscientizaccedilatildeo preocupa-se conscientizar os

trabalhadores a trabalharem de forma segura reconhecendo os fatores

de risco existentes no ambiente de trabalho para Iida 1990 apud

Marziale carvalho 1998

A aplicaccedilatildeo dos princiacutepios da ergonomia acarreta melhorias

entre os objetos que o trabalhador maneja com o ambiente onde eacute

trabalhado melhorando a produtividade reduzindo os custos laborais

que se manifestam atraveacutes do absteiacutesmo conflitos desinteresse e

rotatividade para Couto 1995 apud Marziale Robozzi 2000____________IIDA I Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher 1990 465pSLUCHAK TJ Ergonomics origins focus and implementation considerationsAAOHNJ v40 n3 p105 ndash 112 Mar 1992COUTO HA Ergonomia aplicadaao trabalho Manual teacutecnico da maacutequina humana Belo Horizonte Ergo 1995 v1353p

Mauro (2007) cita os 7 objetivos da ergonomia harmonia entre

o homem e o meio que o rodeia conforto e a eficaacutecia produtiva

melhora a seguranccedila e o ambiente fiacutesico no trabalho diminui cargos

fiacutesicos e nervosos reduz as contra indicaccedilotildees do trabalho repetitivo

cria posto de trabalho com mais status e melhora a qualidade do

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produto como consequumlecircncia do trabalho

54 Fatores de risco e os problemas muacutesculoesqueleacuteticos que afetam otrabalho da enfermagem

A enfermagem dentro do hospital eacute a ldquomaior forccedila detrabalho e suas atividades satildeo frequentementemarcadas por divisatildeo fragmentadas de tarefas riacutegidaestrutura hieraacuterquica para o cumprimento de rotinasnormas e regulamentos dimensionamento qualitativo equantitativo insuficiente de pessoal situaccedilatildeo deexerciacutecio profissional que tem repercutido em elevadoabsteiacutesmo e afastamento por doenccedilasrdquo (BARBOZASOLAR 2003)

As profissionais de enfermagem que atuam emhospitais estatildeo expostas a condiccedilotildees de trabalhoprecaacuterias que aliadas agraves suas condiccedilotildees de vidapotencializam as possibilidades de adoecimento Se asauacutede soacute eacute possiacutevel a partir da possibilidade real decuidar de si e de usufruir a vida esse fato parece difiacutecilde ser alcanccedilado por quem trabalha no hospital(ELIAS NAVARRO 2006)

Os fatores de risco relacionados com atividades de

enfermagem satildeo o transporte e movimentaccedilatildeo de pacientes posturas

inadequadas movimentos constantes de flexatildeo e torccedilatildeo da coluna

vertebral fatores ergonocircmicos inadequados de mobiliaacuterios e

equipamentos utilizados nas atividades de enfermagem

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral em trabalhadores

de enfermagem estatildeo relacionados a fatores ergonocircmicos inadequados

de mobiliaacuterios posto de trabalho e equipamentos utilizados e que as

dores musculares satildeo causadas por traumas crocircnicos repetitivos

Existem algumas situaccedilotildees em ambiente hospitalar que

favorecem os problemas muacutesculoesqueleacuteticos armaacuterios de soro muito

alto pias e bancadas baixas suporte de monitor alto berccedilos camas e

macas baixas banheiro com espaccedilo fiacutesico restrito falta de

equipamentos especiais para transportar pacientes e materiais e

relaccedilatildeo inadequada entre computadores mesa e cadeiras como cita

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Alexandre (1998)Os fatores ergonocircmicos satildeo aqueles que incidem nocomportamento do trabalhador Eacute ele o desenho dosequipamentos do posto de trabalho a maneira que aatividade eacute executada Comunicaccedilatildeo o meio ambiente(grau de insalubridade iluminaccedilatildeo temperatura etc)(CAVASSA 1997 apud MARZIALI ROBAZZI2000)

Elias Navarro (2006) refere que natildeo foi encontrado nenhuma

tecnologia que substitua o cuidado humano Natildeo haacute maacutequinas que

banhem os pacientes ou troquem as roupas de camas Os

equipamentos que existem como monitores necessitam de pessoas

para instalaacute-los e monitoraacute-los A ciecircncia e a tecnologia natildeo podem

substituir o trabalho vivo Na maioria dos casos satildeo as mulheres que

executam o trabalho no cuidado aos pacientes poreacutem natildeo eacute apenas o

trabalho hospitalar que estas realizam somente muitas mulheres em

sua maioria realizam trabalhos natildeo pagos e natildeo reconhecido como o

trabalho domeacutestico o cuidado aos filhos e o cuidado aos familiares

doentes trazendo consequumlecircncias importantes para a sauacutedeAs profissionais de enfermagem satildeo expostas aambientes de trabalho intensamente insalubres tantono sentido material quanto subjetivo e por estaremsubmetidas a condiccedilotildees de trabalho precarizadas e agravebaixa qualidade de vida satildeo expostas a situaccedilotildees nasquais a manutenccedilatildeo da sauacutede estaacute prejudicada (ELIASNAVARRO 2006)

_____________CAVASSA CR Ergonomia produtividad Balderos Linsa Noruega 1997 415p

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ldquoAs atividades dos profissionais de sauacutede satildeo fortemente

tensioacutegenos devido agraves prolongadas jornadas de trabalho ao nuacutemero

limitado de profissionais e ao desgaste psicoemocional nas tarefas

realizadas em ambientes hospitalaresrdquo (GUIMARAtildeES GRUBITS

1999 apud ELIAS NAVARRO 2006)

De acordo com Gurgueira Alexandre Correcirca Filho (2003) em

um estudo realizado com trabalhadores de enfermagem que atuavam

com pacientes de alto grau de dependecircncia fiacutesica nos uacuteltimos 12

meses as aacutereas anatocircmicas mais afetadas foram regiatildeo lombar (59)

ombros (40) joelhos (333) regiatildeo cervical (28 6)

ldquoA algia vertebral representa a forma mais comum de

distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos relacionados ao trabalho resultando

em custos substanciais para a sociedaderdquo (MARRAS 2000 apud

RADOVANOVIC ALEXANDRE 2002)

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral estatildeo associadas

a inadequaccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos usados pela

enfermagem e a maacute postura corporal

Cerca de 89 dos trabalhadores de enfermagem apresentam

algum tipo de algia sendo a regiatildeo lombar a mais acometida como

cita Marziale Robazzi (2000)

A dor lombar eacute a queixa mais frequumlente entre os trabalhadores

de enfermagem justificando as ausecircncias no trabalho e procura de

auxiacutelio meacutedico As dores nos joelhos e ombros tambeacutem fazem parte

frequumlente das queixas dos trabalhadores

A dor em punhos e matildeos pode ser justificada por uma carga

horaacuteria prolongada como refere Gurgueira Alexandre Correcirca Filho

(2003)

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____________GUIMARAtildeES LAM GRUBITS S organizadores Sauacutede mental e trabalho SatildeoPaulo (SP) Casa do Psicoacutelogo 1999MARRAS WS Ocupational low back disorder causation and control Ergonomics2000 43880 - 902

Rodovanovic Alexandre (2002) refere que os trabalhadores de

enfermagem apresentam elevada ocorrecircncia de dor lombar se

comparados a outros profissionais devido a alguns fatores trabalho

repetitivo movimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes espaccedilo de

trabalho restrito falta de treinamento para uso de equipamentos

teacutecnicas e praacuteticas de levantamento improacuteprios posturas inadequadas

uniforme incorretos inaptidatildeo fiacutesica insatisfaccedilatildeo no trabalho e

esforccedilo fiacutesico As afecccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticos satildeo causadas porinuacutemeros fatores individuais fiacutesicos e psicossociais A dor lombar eacute causada principalmente com amovimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes(GURGUEIRA ALEXANDRE CORREcircA FILHO2003)

55 Medidas preventivas para reduccedilatildeo dos problemasmuacutesculoesqueleacutetico na enfermagem

Algumas medidas preventivas devem ser adotadas no ambiente

hospitalar a fim de evitar problemas fiacutesicos Deve-se considerar o

espaccedilo de trabalho superfiacutecie de trabalho limites de alcance e

equipamentos

No ambiente hospitalar o espaccedilo de trabalho deve utilizar-se de

ldquoum enfoque ergonocircmico deve-se levar em conta fatores tais como o

tipo de atividade manual a ser executada posturas adotadas dados

antropomeacutetricos dos operadores equipamentos e mobiliaacuterios

envolvidos entre outrosrdquo (ALEXANDRE 1998)

O dimensionamento adequado do ambiente de trabalho da

enfermagem eacute de grande importacircncia levando em consideraccedilatildeo que a

restriccedilatildeo de movimentos durante a atividade laboral eacute prejudicial

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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Alexandre Rogante (2000) cita que eacute necessaacuterio um espaccedilo

fiacutesico adequado para natildeo restringir os movimentos como examinar o

local e remover obstaacuteculos observar a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio obter

condiccedilotildees seguras em relaccedilatildeo ao piso colocar suporte de soro ao lado

da cama para ficar no mesmo niacutevel da maca travar as rodas da cama

macas e cadeira de rodas adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao

tipo de procedimento que seraacute realizado

ldquoColocar pacientes que necessitam de auxilio ou que usam

cadeiras de rodas em banheiros estreitos eacute um procedimento penoso

para a equipe de enfermagemrdquo (ALEXANDRE 1998)Grande parte das atividades realizadas satildeo efetuadasnas enfermarias pois eacute o local de permanecircncia dopaciente durante a internaccedilatildeo Dentre as atividadesexecutadas os trabalhadores de enfermagemconsideram mais desgastantes fisicamente asatividades de banho no chuveiro em pacientes quenecessitam serem transportados atraveacutes de cadeira debanho arrumaccedilatildeo de cama com paciente acamadomudanccedila de decuacutebito do paciente (MARZIALECARVALHO 1998)

A enfermagem necessita de no miacutenimo 55 cm de espaccedilo para

realizar as atividades Os leitos devem estar a 115 cm de distacircncia uns

dos outros para manobras com macas Sendo que a maior parte destas

atividades satildeo realizadas em peacute com postura inclinada A temperatura

do ambiente de trabalho deve ser confortaacutevel para o profissional em

torno de 20 a 24 ordmC A superfiacutecie de trabalho da enfermagem tambeacutem

deve ser considerada na questatildeo de evitar problemas

muacutesculoesqueleacuteticos Normalmente os hospitais tecircm pias e bancadas

muito baixas o que impotildeem o trabalhador a ficar em uma postura

inadequada O ideal eacute que a altura da pia e bancada seja do tamanho

do trabalhador e o tipo de trabalho executado O correto eacute que a

superfiacutecie da bancada deve ficar de 5 cm a 10 cm abaixo da altura dos

cotovelos para o indiviacuteduo que trabalha em peacute Como nem sempre eacute

seguido esses paracircmetros no ambiente hospitalar pode-se amenizar

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1523

colocando os peacutes alternadamente em um banquinho como cita

Alexandre (1998)Para uma pessoa que eacute obrigada a ficar em posiccedilatildeoparcialmente inclinada durante muitas horas por diahaveraacute menos fadiga se as costas ficarem retas e ocentro de gravidade for mantido sobre os quadris e ospeacutes Fletir um quadril ajudaraacute a assumir a postura dascostas plana pois eliminaraacute a traccedilatildeo do flexor doquadril sobre a coluna lombar Portanto colocando umpeacute sobre um banquinho com o quadril e o joelhofletidos permitiraacute uma posiccedilatildeo vertical com umalordose lombar menor (CALLIE 1979 apudALEXANDRE 1998)

_______________CALLIE R Siacutendromes dolorosas lombalgias Satildeo Paulo Manole 1979

Foi verificado como refere Marziale Carvalho (1998) que

90 das trabalhadoras femininas possuem altura entre 154 m e 171

m e peso entre 418 kg e 95 kg A altura em peacute dos trabalhadores varia

entre 154 m e 176 m sendo que no sexo feminino eacute de 162 m A

altura do cotovelo verificada em peacute varia entre 92 cm a 107 cm no

sexo feminino

ldquoDiante da falta de atenccedilatildeo aos valores antropomeacutetricos em

muitos hospitais compete ao trabalhador adaptar essa situaccedilatildeo natildeo

planejada e tal adaptaccedilatildeo possa a ser entendida como esticar curvar

entortar contundir o corpo agraves exigecircncias do trabalhordquo (BULHOtildeES

1994 apud MARZIALE CARVALHO 1998)

Os limites de alcance eacute um fator importante pois a maioria dos

profissionais de enfermagem necessita levantar ou retirar objetos

acima do ombro o que pode levar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

ldquoNestes procedimentos natildeo soacute a fadiga muscular eacute um fator

importante como tambeacutem o fato da pessoa torna-se mais instaacutevel com

riscos adicionaisrdquo (CHAFFIN 1987 apud ALEXANDRE 1998)

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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ldquoO estiramento da coluna eacute muito utilizado ao se colocar ou

retirar objetos de partes altas de estantesrdquo (ALEXANDRE 1998)

Haacute conselhos ergonocircmicos para resolver esta questatildeo como ldquoos

objetos pesados devem ser guardados dentro de uma amplitude de

alturas proacuteximas a cintura e que objetos leves podem ser armazenados

a qualquer altura situada entre o joelho e o ombrordquo (PALMMER

1976 apud ALEXANDRE 1998)

______________BULHOtildeES I Riscos do trabalho de enfermagem Rio de Janeiro Folha Carioca1994 221pCHAFFIN DB Manual materials handling and the biomechanical basis forprevention of low-back pain in industry Am Ind Hyg Assoc J v 48 n12 p989-96 1987PALMMER C Ergonomia Rio de Janeiro Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas1976

Durante a execuccedilatildeo de suas atividades ocupacionais ostrabalhadores de enfermagem frequentemente tecircm quepor ou retirar objetos (soros roupas monitores caixa deinstrumental etc) de alturas elevadas Para evitar esseproblema eacute aconselhaacutevel a realizaccedilatildeo de umplanejamento para o armazenamento de materiais emarmaacuterios e a utilizaccedilatildeo de uma escadinha(ALEXANDRE 1993 GIRLING BIRN BAUM1998 MARZIALE 1995 apud ALEXANDRE 1998)

Tambeacutem natildeo eacute aconselhaacutevel abaixar desnecessariamente o

ideal eacute que ao abaixar os joelhos fiquem fletidos e que os objetos

pesados devem ser armazenados em uma altura proacutexima a cintura

Um dos pontos mais criacuteticos no ambiente hospitalar eacute a falta de

equipamentos auxiliares que facilitariam o manuseio de materiais e a

manipulaccedilatildeo de pacientes A realidade eacute a utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterios

improvisados e inadequados como camas pesadas com rodas

estragadas manivelas de cama de difiacutecil movimentaccedilatildeo como refere

Alexandre (1998)

A enfermagem deve usar alguns princiacutepios baacutesicos da

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1823

auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

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FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

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as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

Aguiar ADF et al Sauacutede do trabalhador de enfermagem queatua em centro de sauacutede Rev Inst Cienc Sauacutede n27 (2) p103-8 2009 Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr]gt acesso em 25 de abril de 2010

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ALEXANDRE NMC ROGANTE MM Movimentaccedilatildeo e

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ELIAS MA NAVARRO VL A relaccedilatildeo entre o trabalho a sauacutede eas condiccedilotildees de vida negatividade e positividadeno trabalho dasprofissionais de enfermagem de um hospital escola Rev Latino-amEnfermagem 2007 julhoagosto14(4) Ribeiratildeo Preto517-25Disponiacutevel em wwwscielobrgt acesso[httpwwwscielobr3e20acesso] em25 de abril de 2010

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BARBOZA DB SOLER ZASG Afastamentos do trabalho naenfermagem ocorrecircncias com trabalhadores de umhospital de ensino Rev Latino-Am Enfermagem [online]2003 vol11 n2 pp 177-183 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

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PARADA Elisandra de Oliveira ALEXANDRE Neusa MariaCosta and BENATTI Maria Ceciacutelia Cardoso Lesotildeesocupacionais afetando a coluna vertebral em trabalhadoresde enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem [online] 2002vol10 n1 pp 64-69 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abril de 2010

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SILVA MA Normas para elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo detrabalhos acadecircmicos na UCG modalidades formataccedilatildeo ereferencias Goiacircnia Edda UCG 2002

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Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

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Page 6: Ergonomia Em Ambiente Hospitalar

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e nas relaccedilotildees de trabalho principalmente nos paiacuteses capitalistasavanccedilados ou tardios vem repercutindo na sauacutede dos trabalhadoresque empenham grande parte de suas energias fiacutesicas e espirituais emfunccedilatildeo do trabalho segundo Elias Navarro (2006) No Brasil os registros de problemas relacionados agrave sauacutede dotrabalhador datam do seacuteculo XIX poreacutem a incorporaccedilatildeo da praacuteticaocorreu bem tarde nas escolas meacutedicas de acordo com Santana(2006) No Brasil a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 determinou areduccedilatildeo da jornada de trabalho em turno ldquoininterruptos derevezamentordquo com reduccedilatildeo diaacuteria da jornada de trabalho a 6 horas ounegociaccedilatildeo coletiva (BRASIL 1988 apud MORENO FISCHERROTENBERG 2003)

De acordo com Mauro (2007) na era industrial nasceu uma

teacutecnica que hoje se transformou em uma ciecircncia As adaptaccedilotildees dos

instrumentos como as caracteriacutesticas da ergonomia visam agrave reduccedilatildeo

de fadiga e acidentes

_______________BRASIL Constituiccedilatildeo Federal do Brasil Brasiacutelia Senado Federal 1988

Com a capacitaccedilatildeo os novos equipamentos exigiam dos

operaacuterios mais habilidades em condiccedilotildees ambientais desfavoraacuteveis e

tensas Na ergonomia claacutessica centrado na adaptaccedilatildeo da maacutequina ao

homem o tratamento ergonocircmico e mensuraccedilatildeo de ambiente

antropomeacutetrico mediccedilotildees que estudam a adaptaccedilatildeo do trabalho ao

trabalhador em relaccedilatildeo agrave ambientes equipamentos e roupas

ldquoUma transformaccedilatildeo saudaacutevel no processo de trabalho

certamente teraacute repercussotildees positivas para a sauacutede do trabalhador

estabelecendo um novo paradigmardquo (MAURO 2007)

52 Sauacutede do trabalhador

ldquoCada trabalhador apresenta diferenccedilas com relaccedilatildeo agrave estatura

peso resistecircncia agrave fadiga capacidade auditiva e visual memoacuteria

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habilidade motora e personalidades e que devem ser considerados no

ambiente de trabalhordquo (IIDA 1990 apud MARZIALE CARVALHO

1998)

Diante deste fato as relaccedilotildees entre sauacutede-doenccedila-trabalho tecircm

ganhado destaque na aacuterea de sauacutede ocupacional destacando-seComo prejuiacutezos agrave sauacutede fiacutesica e mental dostrabalhadores prolongadas jornadas de trabalho ritmoacelerado de produccedilatildeo por excesso de tarefasautomaccedilatildeo por realizaccedilatildeo de accedilotildees repetitivas comparcelamento de tarefas e remuneraccedilatildeo baixa emrelaccedilatildeo agrave responsabilidade e complexidade das tarefasexecutadas (BARBOZA SOLER 2003)

Fatores fiacutesicos quiacutemicos psicossociais e ergonocircmicos devem

ser analisados para que se possam caracterizar as condiccedilotildees de

trabalho hospitalar em cada instituiccedilatildeo de acordo com Marziale

Carvalho (1998)

______________IIDA I Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher 1990 465 p

Entende-se por acidente tiacutepico aquele que ldquoocorre peloexerciacutecio do trabalho a serviccedilo da empresardquo ()ldquoProvocando lesatildeo corporal ou perturbaccedilatildeo funcionalque causa a morte ou a perda ou reduccedilatildeo permanente outemporaacuteria da capacidade para o trabalhordquo(OLIVEIRA1992 apud PARADA ALEXANDRE BENATTI2002)

ldquoO trabalhador tem por sua vez consciecircncia de sua capacidade

teacutecnica e sabe que para exercitaacute-la precisa ter sauacutederdquo (ABRAMIDES

CABRAL 2003 apud AGUIAR et al 2009)

O adoecer na sociedade capitalista eacute vergonhoso pois atrapalha

a produccedilatildeo devendo ser negado para Elias Navarro (2006)O trabalho da enfermagem eacute intenso desgastante Se asauacutede estaacute ligada agrave liberdade o trabalho no hospitalonde priva a liberdade conduzindo o trabalhador agravedoenccedila Restaurar o direito agrave sauacutede dos profissionais de

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enfermagem eacute uma necessidade e o processo pode seiniciar por desnaturalizar o cuidado com o outroatribuindo-lhe um novo estatuto (ELIASNAVARRO 2006)

Siqueira Siqueira Gonccedilalves 2006 apud AGUIAR 2009

salienta que para se ter qualidade de vida natildeo eacute necessaacuterio soacute sauacutede eacute

necessaacuterio tambeacutem um envolvimento com o trabalho famiacutelia amigos

e outros Desta forma eacute necessaacuterio que o trabalhador de enfermagem

reuacutena todos esses elementos citados acima para que possa adquirir

plenas condiccedilotildees de trabalho e de vida

53 Ergonomia

Atualmente a ergonomia configura como uma estrateacutegia

importante para evitar e reduzir problemas diante de situaccedilotildees de

trabalho que levam as doenccedilas como diz Alexandre (1998)

ldquoErgordquo significa ldquotrabalhordquo ldquonomosrdquo quer dizer ldquoregras

determinadas para determinados trabalhosrdquo (MAURO 2007)_____________OLIVEIRA J Consolidaccedilatildeo das leis do trabalho Satildeo Paulo (SP) Saraiva 1992ABRAMIDES MBC CABRAL MSR Regime de acumulaccedilatildeo flexiacutevel e sauacutede dotrabalhador Satildeo Paulo em Perspectiva [perioacutedico na internet] 2003 [acesso em 5de maio de 2008] 17(1) 3 ndash 10 Disponiacutevel em httpwwwscielobrSIQUEIRAACJ SIQUEIRA FPC GONCcedilALVES BGO O trabalho noturno e a qualidade devida dos profissionais de enfermagem REME REV Min Enferm [perioacutedico nainternet] 2006 [acesso em 25 de abril de 2008] 10(1) 41 ndash 5 Disponiacutevel emhttpwwwscielobr

A ergonomia eacute o estudo cientiacutefico da relaccedilatildeo entre ohomem e seu ambiente de trabalho Nesse sentido otermo ambiente abrange natildeo apenas o meiopropriamente dito em que o homem trabalha mastambeacutem os instrumentos os meacutetodos e a organizaccedilatildeodeste trabalho (ALEXANDRE 1998)

ldquoA ergonomia analisa as situaccedilotildees de trabalho desde o ponto

de vista proacuteprio e tem uma metodologia proacutepria procurando a

harmonizaccedilatildeo do homem e do ambiente fiacutesico que o rodeiardquo

(MAURO 2007)

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ldquoA ergonomia interessa para que possamos estudar o que estaacute

afetando a sauacutede do trabalhador o que estaacute levando agrave exposiccedilatildeo a

fatores de risco para agirmos ergonomicamente na intervenccedilatildeo das

situaccedilotildees em questatildeordquo (MAURO 2007)

Sluchak 1992 apud Marziale Carvalho 1998 refere que para

executar a atividade de trabalho satildeo considerados componentes

essenciais como as normas legais regulamentos situaccedilotildees eacuteticas

ruiacutedos iluminaccedilatildeo e temperatura

A ergonomia eacute apresentada atraveacutes de 3 modalidades da

concepccedilatildeo da correccedilatildeo e da conscientizaccedilatildeo No que se trata de

concepccedilatildeo eacute o estudo dos instrumentos ergonocircmicos no ambiente de

trabalho antes da sua reconstruccedilatildeo Na modalidade de correccedilatildeo

procura-se melhorar as condiccedilotildees de trabalho jaacute existentes A

modalidade de conscientizaccedilatildeo preocupa-se conscientizar os

trabalhadores a trabalharem de forma segura reconhecendo os fatores

de risco existentes no ambiente de trabalho para Iida 1990 apud

Marziale carvalho 1998

A aplicaccedilatildeo dos princiacutepios da ergonomia acarreta melhorias

entre os objetos que o trabalhador maneja com o ambiente onde eacute

trabalhado melhorando a produtividade reduzindo os custos laborais

que se manifestam atraveacutes do absteiacutesmo conflitos desinteresse e

rotatividade para Couto 1995 apud Marziale Robozzi 2000____________IIDA I Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher 1990 465pSLUCHAK TJ Ergonomics origins focus and implementation considerationsAAOHNJ v40 n3 p105 ndash 112 Mar 1992COUTO HA Ergonomia aplicadaao trabalho Manual teacutecnico da maacutequina humana Belo Horizonte Ergo 1995 v1353p

Mauro (2007) cita os 7 objetivos da ergonomia harmonia entre

o homem e o meio que o rodeia conforto e a eficaacutecia produtiva

melhora a seguranccedila e o ambiente fiacutesico no trabalho diminui cargos

fiacutesicos e nervosos reduz as contra indicaccedilotildees do trabalho repetitivo

cria posto de trabalho com mais status e melhora a qualidade do

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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produto como consequumlecircncia do trabalho

54 Fatores de risco e os problemas muacutesculoesqueleacuteticos que afetam otrabalho da enfermagem

A enfermagem dentro do hospital eacute a ldquomaior forccedila detrabalho e suas atividades satildeo frequentementemarcadas por divisatildeo fragmentadas de tarefas riacutegidaestrutura hieraacuterquica para o cumprimento de rotinasnormas e regulamentos dimensionamento qualitativo equantitativo insuficiente de pessoal situaccedilatildeo deexerciacutecio profissional que tem repercutido em elevadoabsteiacutesmo e afastamento por doenccedilasrdquo (BARBOZASOLAR 2003)

As profissionais de enfermagem que atuam emhospitais estatildeo expostas a condiccedilotildees de trabalhoprecaacuterias que aliadas agraves suas condiccedilotildees de vidapotencializam as possibilidades de adoecimento Se asauacutede soacute eacute possiacutevel a partir da possibilidade real decuidar de si e de usufruir a vida esse fato parece difiacutecilde ser alcanccedilado por quem trabalha no hospital(ELIAS NAVARRO 2006)

Os fatores de risco relacionados com atividades de

enfermagem satildeo o transporte e movimentaccedilatildeo de pacientes posturas

inadequadas movimentos constantes de flexatildeo e torccedilatildeo da coluna

vertebral fatores ergonocircmicos inadequados de mobiliaacuterios e

equipamentos utilizados nas atividades de enfermagem

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral em trabalhadores

de enfermagem estatildeo relacionados a fatores ergonocircmicos inadequados

de mobiliaacuterios posto de trabalho e equipamentos utilizados e que as

dores musculares satildeo causadas por traumas crocircnicos repetitivos

Existem algumas situaccedilotildees em ambiente hospitalar que

favorecem os problemas muacutesculoesqueleacuteticos armaacuterios de soro muito

alto pias e bancadas baixas suporte de monitor alto berccedilos camas e

macas baixas banheiro com espaccedilo fiacutesico restrito falta de

equipamentos especiais para transportar pacientes e materiais e

relaccedilatildeo inadequada entre computadores mesa e cadeiras como cita

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Alexandre (1998)Os fatores ergonocircmicos satildeo aqueles que incidem nocomportamento do trabalhador Eacute ele o desenho dosequipamentos do posto de trabalho a maneira que aatividade eacute executada Comunicaccedilatildeo o meio ambiente(grau de insalubridade iluminaccedilatildeo temperatura etc)(CAVASSA 1997 apud MARZIALI ROBAZZI2000)

Elias Navarro (2006) refere que natildeo foi encontrado nenhuma

tecnologia que substitua o cuidado humano Natildeo haacute maacutequinas que

banhem os pacientes ou troquem as roupas de camas Os

equipamentos que existem como monitores necessitam de pessoas

para instalaacute-los e monitoraacute-los A ciecircncia e a tecnologia natildeo podem

substituir o trabalho vivo Na maioria dos casos satildeo as mulheres que

executam o trabalho no cuidado aos pacientes poreacutem natildeo eacute apenas o

trabalho hospitalar que estas realizam somente muitas mulheres em

sua maioria realizam trabalhos natildeo pagos e natildeo reconhecido como o

trabalho domeacutestico o cuidado aos filhos e o cuidado aos familiares

doentes trazendo consequumlecircncias importantes para a sauacutedeAs profissionais de enfermagem satildeo expostas aambientes de trabalho intensamente insalubres tantono sentido material quanto subjetivo e por estaremsubmetidas a condiccedilotildees de trabalho precarizadas e agravebaixa qualidade de vida satildeo expostas a situaccedilotildees nasquais a manutenccedilatildeo da sauacutede estaacute prejudicada (ELIASNAVARRO 2006)

_____________CAVASSA CR Ergonomia produtividad Balderos Linsa Noruega 1997 415p

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ldquoAs atividades dos profissionais de sauacutede satildeo fortemente

tensioacutegenos devido agraves prolongadas jornadas de trabalho ao nuacutemero

limitado de profissionais e ao desgaste psicoemocional nas tarefas

realizadas em ambientes hospitalaresrdquo (GUIMARAtildeES GRUBITS

1999 apud ELIAS NAVARRO 2006)

De acordo com Gurgueira Alexandre Correcirca Filho (2003) em

um estudo realizado com trabalhadores de enfermagem que atuavam

com pacientes de alto grau de dependecircncia fiacutesica nos uacuteltimos 12

meses as aacutereas anatocircmicas mais afetadas foram regiatildeo lombar (59)

ombros (40) joelhos (333) regiatildeo cervical (28 6)

ldquoA algia vertebral representa a forma mais comum de

distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos relacionados ao trabalho resultando

em custos substanciais para a sociedaderdquo (MARRAS 2000 apud

RADOVANOVIC ALEXANDRE 2002)

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral estatildeo associadas

a inadequaccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos usados pela

enfermagem e a maacute postura corporal

Cerca de 89 dos trabalhadores de enfermagem apresentam

algum tipo de algia sendo a regiatildeo lombar a mais acometida como

cita Marziale Robazzi (2000)

A dor lombar eacute a queixa mais frequumlente entre os trabalhadores

de enfermagem justificando as ausecircncias no trabalho e procura de

auxiacutelio meacutedico As dores nos joelhos e ombros tambeacutem fazem parte

frequumlente das queixas dos trabalhadores

A dor em punhos e matildeos pode ser justificada por uma carga

horaacuteria prolongada como refere Gurgueira Alexandre Correcirca Filho

(2003)

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____________GUIMARAtildeES LAM GRUBITS S organizadores Sauacutede mental e trabalho SatildeoPaulo (SP) Casa do Psicoacutelogo 1999MARRAS WS Ocupational low back disorder causation and control Ergonomics2000 43880 - 902

Rodovanovic Alexandre (2002) refere que os trabalhadores de

enfermagem apresentam elevada ocorrecircncia de dor lombar se

comparados a outros profissionais devido a alguns fatores trabalho

repetitivo movimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes espaccedilo de

trabalho restrito falta de treinamento para uso de equipamentos

teacutecnicas e praacuteticas de levantamento improacuteprios posturas inadequadas

uniforme incorretos inaptidatildeo fiacutesica insatisfaccedilatildeo no trabalho e

esforccedilo fiacutesico As afecccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticos satildeo causadas porinuacutemeros fatores individuais fiacutesicos e psicossociais A dor lombar eacute causada principalmente com amovimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes(GURGUEIRA ALEXANDRE CORREcircA FILHO2003)

55 Medidas preventivas para reduccedilatildeo dos problemasmuacutesculoesqueleacutetico na enfermagem

Algumas medidas preventivas devem ser adotadas no ambiente

hospitalar a fim de evitar problemas fiacutesicos Deve-se considerar o

espaccedilo de trabalho superfiacutecie de trabalho limites de alcance e

equipamentos

No ambiente hospitalar o espaccedilo de trabalho deve utilizar-se de

ldquoum enfoque ergonocircmico deve-se levar em conta fatores tais como o

tipo de atividade manual a ser executada posturas adotadas dados

antropomeacutetricos dos operadores equipamentos e mobiliaacuterios

envolvidos entre outrosrdquo (ALEXANDRE 1998)

O dimensionamento adequado do ambiente de trabalho da

enfermagem eacute de grande importacircncia levando em consideraccedilatildeo que a

restriccedilatildeo de movimentos durante a atividade laboral eacute prejudicial

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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Alexandre Rogante (2000) cita que eacute necessaacuterio um espaccedilo

fiacutesico adequado para natildeo restringir os movimentos como examinar o

local e remover obstaacuteculos observar a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio obter

condiccedilotildees seguras em relaccedilatildeo ao piso colocar suporte de soro ao lado

da cama para ficar no mesmo niacutevel da maca travar as rodas da cama

macas e cadeira de rodas adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao

tipo de procedimento que seraacute realizado

ldquoColocar pacientes que necessitam de auxilio ou que usam

cadeiras de rodas em banheiros estreitos eacute um procedimento penoso

para a equipe de enfermagemrdquo (ALEXANDRE 1998)Grande parte das atividades realizadas satildeo efetuadasnas enfermarias pois eacute o local de permanecircncia dopaciente durante a internaccedilatildeo Dentre as atividadesexecutadas os trabalhadores de enfermagemconsideram mais desgastantes fisicamente asatividades de banho no chuveiro em pacientes quenecessitam serem transportados atraveacutes de cadeira debanho arrumaccedilatildeo de cama com paciente acamadomudanccedila de decuacutebito do paciente (MARZIALECARVALHO 1998)

A enfermagem necessita de no miacutenimo 55 cm de espaccedilo para

realizar as atividades Os leitos devem estar a 115 cm de distacircncia uns

dos outros para manobras com macas Sendo que a maior parte destas

atividades satildeo realizadas em peacute com postura inclinada A temperatura

do ambiente de trabalho deve ser confortaacutevel para o profissional em

torno de 20 a 24 ordmC A superfiacutecie de trabalho da enfermagem tambeacutem

deve ser considerada na questatildeo de evitar problemas

muacutesculoesqueleacuteticos Normalmente os hospitais tecircm pias e bancadas

muito baixas o que impotildeem o trabalhador a ficar em uma postura

inadequada O ideal eacute que a altura da pia e bancada seja do tamanho

do trabalhador e o tipo de trabalho executado O correto eacute que a

superfiacutecie da bancada deve ficar de 5 cm a 10 cm abaixo da altura dos

cotovelos para o indiviacuteduo que trabalha em peacute Como nem sempre eacute

seguido esses paracircmetros no ambiente hospitalar pode-se amenizar

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colocando os peacutes alternadamente em um banquinho como cita

Alexandre (1998)Para uma pessoa que eacute obrigada a ficar em posiccedilatildeoparcialmente inclinada durante muitas horas por diahaveraacute menos fadiga se as costas ficarem retas e ocentro de gravidade for mantido sobre os quadris e ospeacutes Fletir um quadril ajudaraacute a assumir a postura dascostas plana pois eliminaraacute a traccedilatildeo do flexor doquadril sobre a coluna lombar Portanto colocando umpeacute sobre um banquinho com o quadril e o joelhofletidos permitiraacute uma posiccedilatildeo vertical com umalordose lombar menor (CALLIE 1979 apudALEXANDRE 1998)

_______________CALLIE R Siacutendromes dolorosas lombalgias Satildeo Paulo Manole 1979

Foi verificado como refere Marziale Carvalho (1998) que

90 das trabalhadoras femininas possuem altura entre 154 m e 171

m e peso entre 418 kg e 95 kg A altura em peacute dos trabalhadores varia

entre 154 m e 176 m sendo que no sexo feminino eacute de 162 m A

altura do cotovelo verificada em peacute varia entre 92 cm a 107 cm no

sexo feminino

ldquoDiante da falta de atenccedilatildeo aos valores antropomeacutetricos em

muitos hospitais compete ao trabalhador adaptar essa situaccedilatildeo natildeo

planejada e tal adaptaccedilatildeo possa a ser entendida como esticar curvar

entortar contundir o corpo agraves exigecircncias do trabalhordquo (BULHOtildeES

1994 apud MARZIALE CARVALHO 1998)

Os limites de alcance eacute um fator importante pois a maioria dos

profissionais de enfermagem necessita levantar ou retirar objetos

acima do ombro o que pode levar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

ldquoNestes procedimentos natildeo soacute a fadiga muscular eacute um fator

importante como tambeacutem o fato da pessoa torna-se mais instaacutevel com

riscos adicionaisrdquo (CHAFFIN 1987 apud ALEXANDRE 1998)

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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ldquoO estiramento da coluna eacute muito utilizado ao se colocar ou

retirar objetos de partes altas de estantesrdquo (ALEXANDRE 1998)

Haacute conselhos ergonocircmicos para resolver esta questatildeo como ldquoos

objetos pesados devem ser guardados dentro de uma amplitude de

alturas proacuteximas a cintura e que objetos leves podem ser armazenados

a qualquer altura situada entre o joelho e o ombrordquo (PALMMER

1976 apud ALEXANDRE 1998)

______________BULHOtildeES I Riscos do trabalho de enfermagem Rio de Janeiro Folha Carioca1994 221pCHAFFIN DB Manual materials handling and the biomechanical basis forprevention of low-back pain in industry Am Ind Hyg Assoc J v 48 n12 p989-96 1987PALMMER C Ergonomia Rio de Janeiro Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas1976

Durante a execuccedilatildeo de suas atividades ocupacionais ostrabalhadores de enfermagem frequentemente tecircm quepor ou retirar objetos (soros roupas monitores caixa deinstrumental etc) de alturas elevadas Para evitar esseproblema eacute aconselhaacutevel a realizaccedilatildeo de umplanejamento para o armazenamento de materiais emarmaacuterios e a utilizaccedilatildeo de uma escadinha(ALEXANDRE 1993 GIRLING BIRN BAUM1998 MARZIALE 1995 apud ALEXANDRE 1998)

Tambeacutem natildeo eacute aconselhaacutevel abaixar desnecessariamente o

ideal eacute que ao abaixar os joelhos fiquem fletidos e que os objetos

pesados devem ser armazenados em uma altura proacutexima a cintura

Um dos pontos mais criacuteticos no ambiente hospitalar eacute a falta de

equipamentos auxiliares que facilitariam o manuseio de materiais e a

manipulaccedilatildeo de pacientes A realidade eacute a utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterios

improvisados e inadequados como camas pesadas com rodas

estragadas manivelas de cama de difiacutecil movimentaccedilatildeo como refere

Alexandre (1998)

A enfermagem deve usar alguns princiacutepios baacutesicos da

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

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httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1823

auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

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FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

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as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

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ALEXANDRE NMC ROGANTE MM Movimentaccedilatildeo e

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2323

Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

Postado haacute 29th May 2013 por fisioterapia

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Page 7: Ergonomia Em Ambiente Hospitalar

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habilidade motora e personalidades e que devem ser considerados no

ambiente de trabalhordquo (IIDA 1990 apud MARZIALE CARVALHO

1998)

Diante deste fato as relaccedilotildees entre sauacutede-doenccedila-trabalho tecircm

ganhado destaque na aacuterea de sauacutede ocupacional destacando-seComo prejuiacutezos agrave sauacutede fiacutesica e mental dostrabalhadores prolongadas jornadas de trabalho ritmoacelerado de produccedilatildeo por excesso de tarefasautomaccedilatildeo por realizaccedilatildeo de accedilotildees repetitivas comparcelamento de tarefas e remuneraccedilatildeo baixa emrelaccedilatildeo agrave responsabilidade e complexidade das tarefasexecutadas (BARBOZA SOLER 2003)

Fatores fiacutesicos quiacutemicos psicossociais e ergonocircmicos devem

ser analisados para que se possam caracterizar as condiccedilotildees de

trabalho hospitalar em cada instituiccedilatildeo de acordo com Marziale

Carvalho (1998)

______________IIDA I Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher 1990 465 p

Entende-se por acidente tiacutepico aquele que ldquoocorre peloexerciacutecio do trabalho a serviccedilo da empresardquo ()ldquoProvocando lesatildeo corporal ou perturbaccedilatildeo funcionalque causa a morte ou a perda ou reduccedilatildeo permanente outemporaacuteria da capacidade para o trabalhordquo(OLIVEIRA1992 apud PARADA ALEXANDRE BENATTI2002)

ldquoO trabalhador tem por sua vez consciecircncia de sua capacidade

teacutecnica e sabe que para exercitaacute-la precisa ter sauacutederdquo (ABRAMIDES

CABRAL 2003 apud AGUIAR et al 2009)

O adoecer na sociedade capitalista eacute vergonhoso pois atrapalha

a produccedilatildeo devendo ser negado para Elias Navarro (2006)O trabalho da enfermagem eacute intenso desgastante Se asauacutede estaacute ligada agrave liberdade o trabalho no hospitalonde priva a liberdade conduzindo o trabalhador agravedoenccedila Restaurar o direito agrave sauacutede dos profissionais de

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enfermagem eacute uma necessidade e o processo pode seiniciar por desnaturalizar o cuidado com o outroatribuindo-lhe um novo estatuto (ELIASNAVARRO 2006)

Siqueira Siqueira Gonccedilalves 2006 apud AGUIAR 2009

salienta que para se ter qualidade de vida natildeo eacute necessaacuterio soacute sauacutede eacute

necessaacuterio tambeacutem um envolvimento com o trabalho famiacutelia amigos

e outros Desta forma eacute necessaacuterio que o trabalhador de enfermagem

reuacutena todos esses elementos citados acima para que possa adquirir

plenas condiccedilotildees de trabalho e de vida

53 Ergonomia

Atualmente a ergonomia configura como uma estrateacutegia

importante para evitar e reduzir problemas diante de situaccedilotildees de

trabalho que levam as doenccedilas como diz Alexandre (1998)

ldquoErgordquo significa ldquotrabalhordquo ldquonomosrdquo quer dizer ldquoregras

determinadas para determinados trabalhosrdquo (MAURO 2007)_____________OLIVEIRA J Consolidaccedilatildeo das leis do trabalho Satildeo Paulo (SP) Saraiva 1992ABRAMIDES MBC CABRAL MSR Regime de acumulaccedilatildeo flexiacutevel e sauacutede dotrabalhador Satildeo Paulo em Perspectiva [perioacutedico na internet] 2003 [acesso em 5de maio de 2008] 17(1) 3 ndash 10 Disponiacutevel em httpwwwscielobrSIQUEIRAACJ SIQUEIRA FPC GONCcedilALVES BGO O trabalho noturno e a qualidade devida dos profissionais de enfermagem REME REV Min Enferm [perioacutedico nainternet] 2006 [acesso em 25 de abril de 2008] 10(1) 41 ndash 5 Disponiacutevel emhttpwwwscielobr

A ergonomia eacute o estudo cientiacutefico da relaccedilatildeo entre ohomem e seu ambiente de trabalho Nesse sentido otermo ambiente abrange natildeo apenas o meiopropriamente dito em que o homem trabalha mastambeacutem os instrumentos os meacutetodos e a organizaccedilatildeodeste trabalho (ALEXANDRE 1998)

ldquoA ergonomia analisa as situaccedilotildees de trabalho desde o ponto

de vista proacuteprio e tem uma metodologia proacutepria procurando a

harmonizaccedilatildeo do homem e do ambiente fiacutesico que o rodeiardquo

(MAURO 2007)

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ldquoA ergonomia interessa para que possamos estudar o que estaacute

afetando a sauacutede do trabalhador o que estaacute levando agrave exposiccedilatildeo a

fatores de risco para agirmos ergonomicamente na intervenccedilatildeo das

situaccedilotildees em questatildeordquo (MAURO 2007)

Sluchak 1992 apud Marziale Carvalho 1998 refere que para

executar a atividade de trabalho satildeo considerados componentes

essenciais como as normas legais regulamentos situaccedilotildees eacuteticas

ruiacutedos iluminaccedilatildeo e temperatura

A ergonomia eacute apresentada atraveacutes de 3 modalidades da

concepccedilatildeo da correccedilatildeo e da conscientizaccedilatildeo No que se trata de

concepccedilatildeo eacute o estudo dos instrumentos ergonocircmicos no ambiente de

trabalho antes da sua reconstruccedilatildeo Na modalidade de correccedilatildeo

procura-se melhorar as condiccedilotildees de trabalho jaacute existentes A

modalidade de conscientizaccedilatildeo preocupa-se conscientizar os

trabalhadores a trabalharem de forma segura reconhecendo os fatores

de risco existentes no ambiente de trabalho para Iida 1990 apud

Marziale carvalho 1998

A aplicaccedilatildeo dos princiacutepios da ergonomia acarreta melhorias

entre os objetos que o trabalhador maneja com o ambiente onde eacute

trabalhado melhorando a produtividade reduzindo os custos laborais

que se manifestam atraveacutes do absteiacutesmo conflitos desinteresse e

rotatividade para Couto 1995 apud Marziale Robozzi 2000____________IIDA I Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher 1990 465pSLUCHAK TJ Ergonomics origins focus and implementation considerationsAAOHNJ v40 n3 p105 ndash 112 Mar 1992COUTO HA Ergonomia aplicadaao trabalho Manual teacutecnico da maacutequina humana Belo Horizonte Ergo 1995 v1353p

Mauro (2007) cita os 7 objetivos da ergonomia harmonia entre

o homem e o meio que o rodeia conforto e a eficaacutecia produtiva

melhora a seguranccedila e o ambiente fiacutesico no trabalho diminui cargos

fiacutesicos e nervosos reduz as contra indicaccedilotildees do trabalho repetitivo

cria posto de trabalho com mais status e melhora a qualidade do

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produto como consequumlecircncia do trabalho

54 Fatores de risco e os problemas muacutesculoesqueleacuteticos que afetam otrabalho da enfermagem

A enfermagem dentro do hospital eacute a ldquomaior forccedila detrabalho e suas atividades satildeo frequentementemarcadas por divisatildeo fragmentadas de tarefas riacutegidaestrutura hieraacuterquica para o cumprimento de rotinasnormas e regulamentos dimensionamento qualitativo equantitativo insuficiente de pessoal situaccedilatildeo deexerciacutecio profissional que tem repercutido em elevadoabsteiacutesmo e afastamento por doenccedilasrdquo (BARBOZASOLAR 2003)

As profissionais de enfermagem que atuam emhospitais estatildeo expostas a condiccedilotildees de trabalhoprecaacuterias que aliadas agraves suas condiccedilotildees de vidapotencializam as possibilidades de adoecimento Se asauacutede soacute eacute possiacutevel a partir da possibilidade real decuidar de si e de usufruir a vida esse fato parece difiacutecilde ser alcanccedilado por quem trabalha no hospital(ELIAS NAVARRO 2006)

Os fatores de risco relacionados com atividades de

enfermagem satildeo o transporte e movimentaccedilatildeo de pacientes posturas

inadequadas movimentos constantes de flexatildeo e torccedilatildeo da coluna

vertebral fatores ergonocircmicos inadequados de mobiliaacuterios e

equipamentos utilizados nas atividades de enfermagem

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral em trabalhadores

de enfermagem estatildeo relacionados a fatores ergonocircmicos inadequados

de mobiliaacuterios posto de trabalho e equipamentos utilizados e que as

dores musculares satildeo causadas por traumas crocircnicos repetitivos

Existem algumas situaccedilotildees em ambiente hospitalar que

favorecem os problemas muacutesculoesqueleacuteticos armaacuterios de soro muito

alto pias e bancadas baixas suporte de monitor alto berccedilos camas e

macas baixas banheiro com espaccedilo fiacutesico restrito falta de

equipamentos especiais para transportar pacientes e materiais e

relaccedilatildeo inadequada entre computadores mesa e cadeiras como cita

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Alexandre (1998)Os fatores ergonocircmicos satildeo aqueles que incidem nocomportamento do trabalhador Eacute ele o desenho dosequipamentos do posto de trabalho a maneira que aatividade eacute executada Comunicaccedilatildeo o meio ambiente(grau de insalubridade iluminaccedilatildeo temperatura etc)(CAVASSA 1997 apud MARZIALI ROBAZZI2000)

Elias Navarro (2006) refere que natildeo foi encontrado nenhuma

tecnologia que substitua o cuidado humano Natildeo haacute maacutequinas que

banhem os pacientes ou troquem as roupas de camas Os

equipamentos que existem como monitores necessitam de pessoas

para instalaacute-los e monitoraacute-los A ciecircncia e a tecnologia natildeo podem

substituir o trabalho vivo Na maioria dos casos satildeo as mulheres que

executam o trabalho no cuidado aos pacientes poreacutem natildeo eacute apenas o

trabalho hospitalar que estas realizam somente muitas mulheres em

sua maioria realizam trabalhos natildeo pagos e natildeo reconhecido como o

trabalho domeacutestico o cuidado aos filhos e o cuidado aos familiares

doentes trazendo consequumlecircncias importantes para a sauacutedeAs profissionais de enfermagem satildeo expostas aambientes de trabalho intensamente insalubres tantono sentido material quanto subjetivo e por estaremsubmetidas a condiccedilotildees de trabalho precarizadas e agravebaixa qualidade de vida satildeo expostas a situaccedilotildees nasquais a manutenccedilatildeo da sauacutede estaacute prejudicada (ELIASNAVARRO 2006)

_____________CAVASSA CR Ergonomia produtividad Balderos Linsa Noruega 1997 415p

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ldquoAs atividades dos profissionais de sauacutede satildeo fortemente

tensioacutegenos devido agraves prolongadas jornadas de trabalho ao nuacutemero

limitado de profissionais e ao desgaste psicoemocional nas tarefas

realizadas em ambientes hospitalaresrdquo (GUIMARAtildeES GRUBITS

1999 apud ELIAS NAVARRO 2006)

De acordo com Gurgueira Alexandre Correcirca Filho (2003) em

um estudo realizado com trabalhadores de enfermagem que atuavam

com pacientes de alto grau de dependecircncia fiacutesica nos uacuteltimos 12

meses as aacutereas anatocircmicas mais afetadas foram regiatildeo lombar (59)

ombros (40) joelhos (333) regiatildeo cervical (28 6)

ldquoA algia vertebral representa a forma mais comum de

distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos relacionados ao trabalho resultando

em custos substanciais para a sociedaderdquo (MARRAS 2000 apud

RADOVANOVIC ALEXANDRE 2002)

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral estatildeo associadas

a inadequaccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos usados pela

enfermagem e a maacute postura corporal

Cerca de 89 dos trabalhadores de enfermagem apresentam

algum tipo de algia sendo a regiatildeo lombar a mais acometida como

cita Marziale Robazzi (2000)

A dor lombar eacute a queixa mais frequumlente entre os trabalhadores

de enfermagem justificando as ausecircncias no trabalho e procura de

auxiacutelio meacutedico As dores nos joelhos e ombros tambeacutem fazem parte

frequumlente das queixas dos trabalhadores

A dor em punhos e matildeos pode ser justificada por uma carga

horaacuteria prolongada como refere Gurgueira Alexandre Correcirca Filho

(2003)

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____________GUIMARAtildeES LAM GRUBITS S organizadores Sauacutede mental e trabalho SatildeoPaulo (SP) Casa do Psicoacutelogo 1999MARRAS WS Ocupational low back disorder causation and control Ergonomics2000 43880 - 902

Rodovanovic Alexandre (2002) refere que os trabalhadores de

enfermagem apresentam elevada ocorrecircncia de dor lombar se

comparados a outros profissionais devido a alguns fatores trabalho

repetitivo movimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes espaccedilo de

trabalho restrito falta de treinamento para uso de equipamentos

teacutecnicas e praacuteticas de levantamento improacuteprios posturas inadequadas

uniforme incorretos inaptidatildeo fiacutesica insatisfaccedilatildeo no trabalho e

esforccedilo fiacutesico As afecccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticos satildeo causadas porinuacutemeros fatores individuais fiacutesicos e psicossociais A dor lombar eacute causada principalmente com amovimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes(GURGUEIRA ALEXANDRE CORREcircA FILHO2003)

55 Medidas preventivas para reduccedilatildeo dos problemasmuacutesculoesqueleacutetico na enfermagem

Algumas medidas preventivas devem ser adotadas no ambiente

hospitalar a fim de evitar problemas fiacutesicos Deve-se considerar o

espaccedilo de trabalho superfiacutecie de trabalho limites de alcance e

equipamentos

No ambiente hospitalar o espaccedilo de trabalho deve utilizar-se de

ldquoum enfoque ergonocircmico deve-se levar em conta fatores tais como o

tipo de atividade manual a ser executada posturas adotadas dados

antropomeacutetricos dos operadores equipamentos e mobiliaacuterios

envolvidos entre outrosrdquo (ALEXANDRE 1998)

O dimensionamento adequado do ambiente de trabalho da

enfermagem eacute de grande importacircncia levando em consideraccedilatildeo que a

restriccedilatildeo de movimentos durante a atividade laboral eacute prejudicial

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Alexandre Rogante (2000) cita que eacute necessaacuterio um espaccedilo

fiacutesico adequado para natildeo restringir os movimentos como examinar o

local e remover obstaacuteculos observar a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio obter

condiccedilotildees seguras em relaccedilatildeo ao piso colocar suporte de soro ao lado

da cama para ficar no mesmo niacutevel da maca travar as rodas da cama

macas e cadeira de rodas adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao

tipo de procedimento que seraacute realizado

ldquoColocar pacientes que necessitam de auxilio ou que usam

cadeiras de rodas em banheiros estreitos eacute um procedimento penoso

para a equipe de enfermagemrdquo (ALEXANDRE 1998)Grande parte das atividades realizadas satildeo efetuadasnas enfermarias pois eacute o local de permanecircncia dopaciente durante a internaccedilatildeo Dentre as atividadesexecutadas os trabalhadores de enfermagemconsideram mais desgastantes fisicamente asatividades de banho no chuveiro em pacientes quenecessitam serem transportados atraveacutes de cadeira debanho arrumaccedilatildeo de cama com paciente acamadomudanccedila de decuacutebito do paciente (MARZIALECARVALHO 1998)

A enfermagem necessita de no miacutenimo 55 cm de espaccedilo para

realizar as atividades Os leitos devem estar a 115 cm de distacircncia uns

dos outros para manobras com macas Sendo que a maior parte destas

atividades satildeo realizadas em peacute com postura inclinada A temperatura

do ambiente de trabalho deve ser confortaacutevel para o profissional em

torno de 20 a 24 ordmC A superfiacutecie de trabalho da enfermagem tambeacutem

deve ser considerada na questatildeo de evitar problemas

muacutesculoesqueleacuteticos Normalmente os hospitais tecircm pias e bancadas

muito baixas o que impotildeem o trabalhador a ficar em uma postura

inadequada O ideal eacute que a altura da pia e bancada seja do tamanho

do trabalhador e o tipo de trabalho executado O correto eacute que a

superfiacutecie da bancada deve ficar de 5 cm a 10 cm abaixo da altura dos

cotovelos para o indiviacuteduo que trabalha em peacute Como nem sempre eacute

seguido esses paracircmetros no ambiente hospitalar pode-se amenizar

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colocando os peacutes alternadamente em um banquinho como cita

Alexandre (1998)Para uma pessoa que eacute obrigada a ficar em posiccedilatildeoparcialmente inclinada durante muitas horas por diahaveraacute menos fadiga se as costas ficarem retas e ocentro de gravidade for mantido sobre os quadris e ospeacutes Fletir um quadril ajudaraacute a assumir a postura dascostas plana pois eliminaraacute a traccedilatildeo do flexor doquadril sobre a coluna lombar Portanto colocando umpeacute sobre um banquinho com o quadril e o joelhofletidos permitiraacute uma posiccedilatildeo vertical com umalordose lombar menor (CALLIE 1979 apudALEXANDRE 1998)

_______________CALLIE R Siacutendromes dolorosas lombalgias Satildeo Paulo Manole 1979

Foi verificado como refere Marziale Carvalho (1998) que

90 das trabalhadoras femininas possuem altura entre 154 m e 171

m e peso entre 418 kg e 95 kg A altura em peacute dos trabalhadores varia

entre 154 m e 176 m sendo que no sexo feminino eacute de 162 m A

altura do cotovelo verificada em peacute varia entre 92 cm a 107 cm no

sexo feminino

ldquoDiante da falta de atenccedilatildeo aos valores antropomeacutetricos em

muitos hospitais compete ao trabalhador adaptar essa situaccedilatildeo natildeo

planejada e tal adaptaccedilatildeo possa a ser entendida como esticar curvar

entortar contundir o corpo agraves exigecircncias do trabalhordquo (BULHOtildeES

1994 apud MARZIALE CARVALHO 1998)

Os limites de alcance eacute um fator importante pois a maioria dos

profissionais de enfermagem necessita levantar ou retirar objetos

acima do ombro o que pode levar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

ldquoNestes procedimentos natildeo soacute a fadiga muscular eacute um fator

importante como tambeacutem o fato da pessoa torna-se mais instaacutevel com

riscos adicionaisrdquo (CHAFFIN 1987 apud ALEXANDRE 1998)

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ldquoO estiramento da coluna eacute muito utilizado ao se colocar ou

retirar objetos de partes altas de estantesrdquo (ALEXANDRE 1998)

Haacute conselhos ergonocircmicos para resolver esta questatildeo como ldquoos

objetos pesados devem ser guardados dentro de uma amplitude de

alturas proacuteximas a cintura e que objetos leves podem ser armazenados

a qualquer altura situada entre o joelho e o ombrordquo (PALMMER

1976 apud ALEXANDRE 1998)

______________BULHOtildeES I Riscos do trabalho de enfermagem Rio de Janeiro Folha Carioca1994 221pCHAFFIN DB Manual materials handling and the biomechanical basis forprevention of low-back pain in industry Am Ind Hyg Assoc J v 48 n12 p989-96 1987PALMMER C Ergonomia Rio de Janeiro Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas1976

Durante a execuccedilatildeo de suas atividades ocupacionais ostrabalhadores de enfermagem frequentemente tecircm quepor ou retirar objetos (soros roupas monitores caixa deinstrumental etc) de alturas elevadas Para evitar esseproblema eacute aconselhaacutevel a realizaccedilatildeo de umplanejamento para o armazenamento de materiais emarmaacuterios e a utilizaccedilatildeo de uma escadinha(ALEXANDRE 1993 GIRLING BIRN BAUM1998 MARZIALE 1995 apud ALEXANDRE 1998)

Tambeacutem natildeo eacute aconselhaacutevel abaixar desnecessariamente o

ideal eacute que ao abaixar os joelhos fiquem fletidos e que os objetos

pesados devem ser armazenados em uma altura proacutexima a cintura

Um dos pontos mais criacuteticos no ambiente hospitalar eacute a falta de

equipamentos auxiliares que facilitariam o manuseio de materiais e a

manipulaccedilatildeo de pacientes A realidade eacute a utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterios

improvisados e inadequados como camas pesadas com rodas

estragadas manivelas de cama de difiacutecil movimentaccedilatildeo como refere

Alexandre (1998)

A enfermagem deve usar alguns princiacutepios baacutesicos da

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mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

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auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

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FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

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as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

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httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2323

Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

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Page 8: Ergonomia Em Ambiente Hospitalar

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enfermagem eacute uma necessidade e o processo pode seiniciar por desnaturalizar o cuidado com o outroatribuindo-lhe um novo estatuto (ELIASNAVARRO 2006)

Siqueira Siqueira Gonccedilalves 2006 apud AGUIAR 2009

salienta que para se ter qualidade de vida natildeo eacute necessaacuterio soacute sauacutede eacute

necessaacuterio tambeacutem um envolvimento com o trabalho famiacutelia amigos

e outros Desta forma eacute necessaacuterio que o trabalhador de enfermagem

reuacutena todos esses elementos citados acima para que possa adquirir

plenas condiccedilotildees de trabalho e de vida

53 Ergonomia

Atualmente a ergonomia configura como uma estrateacutegia

importante para evitar e reduzir problemas diante de situaccedilotildees de

trabalho que levam as doenccedilas como diz Alexandre (1998)

ldquoErgordquo significa ldquotrabalhordquo ldquonomosrdquo quer dizer ldquoregras

determinadas para determinados trabalhosrdquo (MAURO 2007)_____________OLIVEIRA J Consolidaccedilatildeo das leis do trabalho Satildeo Paulo (SP) Saraiva 1992ABRAMIDES MBC CABRAL MSR Regime de acumulaccedilatildeo flexiacutevel e sauacutede dotrabalhador Satildeo Paulo em Perspectiva [perioacutedico na internet] 2003 [acesso em 5de maio de 2008] 17(1) 3 ndash 10 Disponiacutevel em httpwwwscielobrSIQUEIRAACJ SIQUEIRA FPC GONCcedilALVES BGO O trabalho noturno e a qualidade devida dos profissionais de enfermagem REME REV Min Enferm [perioacutedico nainternet] 2006 [acesso em 25 de abril de 2008] 10(1) 41 ndash 5 Disponiacutevel emhttpwwwscielobr

A ergonomia eacute o estudo cientiacutefico da relaccedilatildeo entre ohomem e seu ambiente de trabalho Nesse sentido otermo ambiente abrange natildeo apenas o meiopropriamente dito em que o homem trabalha mastambeacutem os instrumentos os meacutetodos e a organizaccedilatildeodeste trabalho (ALEXANDRE 1998)

ldquoA ergonomia analisa as situaccedilotildees de trabalho desde o ponto

de vista proacuteprio e tem uma metodologia proacutepria procurando a

harmonizaccedilatildeo do homem e do ambiente fiacutesico que o rodeiardquo

(MAURO 2007)

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ldquoA ergonomia interessa para que possamos estudar o que estaacute

afetando a sauacutede do trabalhador o que estaacute levando agrave exposiccedilatildeo a

fatores de risco para agirmos ergonomicamente na intervenccedilatildeo das

situaccedilotildees em questatildeordquo (MAURO 2007)

Sluchak 1992 apud Marziale Carvalho 1998 refere que para

executar a atividade de trabalho satildeo considerados componentes

essenciais como as normas legais regulamentos situaccedilotildees eacuteticas

ruiacutedos iluminaccedilatildeo e temperatura

A ergonomia eacute apresentada atraveacutes de 3 modalidades da

concepccedilatildeo da correccedilatildeo e da conscientizaccedilatildeo No que se trata de

concepccedilatildeo eacute o estudo dos instrumentos ergonocircmicos no ambiente de

trabalho antes da sua reconstruccedilatildeo Na modalidade de correccedilatildeo

procura-se melhorar as condiccedilotildees de trabalho jaacute existentes A

modalidade de conscientizaccedilatildeo preocupa-se conscientizar os

trabalhadores a trabalharem de forma segura reconhecendo os fatores

de risco existentes no ambiente de trabalho para Iida 1990 apud

Marziale carvalho 1998

A aplicaccedilatildeo dos princiacutepios da ergonomia acarreta melhorias

entre os objetos que o trabalhador maneja com o ambiente onde eacute

trabalhado melhorando a produtividade reduzindo os custos laborais

que se manifestam atraveacutes do absteiacutesmo conflitos desinteresse e

rotatividade para Couto 1995 apud Marziale Robozzi 2000____________IIDA I Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher 1990 465pSLUCHAK TJ Ergonomics origins focus and implementation considerationsAAOHNJ v40 n3 p105 ndash 112 Mar 1992COUTO HA Ergonomia aplicadaao trabalho Manual teacutecnico da maacutequina humana Belo Horizonte Ergo 1995 v1353p

Mauro (2007) cita os 7 objetivos da ergonomia harmonia entre

o homem e o meio que o rodeia conforto e a eficaacutecia produtiva

melhora a seguranccedila e o ambiente fiacutesico no trabalho diminui cargos

fiacutesicos e nervosos reduz as contra indicaccedilotildees do trabalho repetitivo

cria posto de trabalho com mais status e melhora a qualidade do

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1023

produto como consequumlecircncia do trabalho

54 Fatores de risco e os problemas muacutesculoesqueleacuteticos que afetam otrabalho da enfermagem

A enfermagem dentro do hospital eacute a ldquomaior forccedila detrabalho e suas atividades satildeo frequentementemarcadas por divisatildeo fragmentadas de tarefas riacutegidaestrutura hieraacuterquica para o cumprimento de rotinasnormas e regulamentos dimensionamento qualitativo equantitativo insuficiente de pessoal situaccedilatildeo deexerciacutecio profissional que tem repercutido em elevadoabsteiacutesmo e afastamento por doenccedilasrdquo (BARBOZASOLAR 2003)

As profissionais de enfermagem que atuam emhospitais estatildeo expostas a condiccedilotildees de trabalhoprecaacuterias que aliadas agraves suas condiccedilotildees de vidapotencializam as possibilidades de adoecimento Se asauacutede soacute eacute possiacutevel a partir da possibilidade real decuidar de si e de usufruir a vida esse fato parece difiacutecilde ser alcanccedilado por quem trabalha no hospital(ELIAS NAVARRO 2006)

Os fatores de risco relacionados com atividades de

enfermagem satildeo o transporte e movimentaccedilatildeo de pacientes posturas

inadequadas movimentos constantes de flexatildeo e torccedilatildeo da coluna

vertebral fatores ergonocircmicos inadequados de mobiliaacuterios e

equipamentos utilizados nas atividades de enfermagem

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral em trabalhadores

de enfermagem estatildeo relacionados a fatores ergonocircmicos inadequados

de mobiliaacuterios posto de trabalho e equipamentos utilizados e que as

dores musculares satildeo causadas por traumas crocircnicos repetitivos

Existem algumas situaccedilotildees em ambiente hospitalar que

favorecem os problemas muacutesculoesqueleacuteticos armaacuterios de soro muito

alto pias e bancadas baixas suporte de monitor alto berccedilos camas e

macas baixas banheiro com espaccedilo fiacutesico restrito falta de

equipamentos especiais para transportar pacientes e materiais e

relaccedilatildeo inadequada entre computadores mesa e cadeiras como cita

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Alexandre (1998)Os fatores ergonocircmicos satildeo aqueles que incidem nocomportamento do trabalhador Eacute ele o desenho dosequipamentos do posto de trabalho a maneira que aatividade eacute executada Comunicaccedilatildeo o meio ambiente(grau de insalubridade iluminaccedilatildeo temperatura etc)(CAVASSA 1997 apud MARZIALI ROBAZZI2000)

Elias Navarro (2006) refere que natildeo foi encontrado nenhuma

tecnologia que substitua o cuidado humano Natildeo haacute maacutequinas que

banhem os pacientes ou troquem as roupas de camas Os

equipamentos que existem como monitores necessitam de pessoas

para instalaacute-los e monitoraacute-los A ciecircncia e a tecnologia natildeo podem

substituir o trabalho vivo Na maioria dos casos satildeo as mulheres que

executam o trabalho no cuidado aos pacientes poreacutem natildeo eacute apenas o

trabalho hospitalar que estas realizam somente muitas mulheres em

sua maioria realizam trabalhos natildeo pagos e natildeo reconhecido como o

trabalho domeacutestico o cuidado aos filhos e o cuidado aos familiares

doentes trazendo consequumlecircncias importantes para a sauacutedeAs profissionais de enfermagem satildeo expostas aambientes de trabalho intensamente insalubres tantono sentido material quanto subjetivo e por estaremsubmetidas a condiccedilotildees de trabalho precarizadas e agravebaixa qualidade de vida satildeo expostas a situaccedilotildees nasquais a manutenccedilatildeo da sauacutede estaacute prejudicada (ELIASNAVARRO 2006)

_____________CAVASSA CR Ergonomia produtividad Balderos Linsa Noruega 1997 415p

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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ldquoAs atividades dos profissionais de sauacutede satildeo fortemente

tensioacutegenos devido agraves prolongadas jornadas de trabalho ao nuacutemero

limitado de profissionais e ao desgaste psicoemocional nas tarefas

realizadas em ambientes hospitalaresrdquo (GUIMARAtildeES GRUBITS

1999 apud ELIAS NAVARRO 2006)

De acordo com Gurgueira Alexandre Correcirca Filho (2003) em

um estudo realizado com trabalhadores de enfermagem que atuavam

com pacientes de alto grau de dependecircncia fiacutesica nos uacuteltimos 12

meses as aacutereas anatocircmicas mais afetadas foram regiatildeo lombar (59)

ombros (40) joelhos (333) regiatildeo cervical (28 6)

ldquoA algia vertebral representa a forma mais comum de

distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos relacionados ao trabalho resultando

em custos substanciais para a sociedaderdquo (MARRAS 2000 apud

RADOVANOVIC ALEXANDRE 2002)

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral estatildeo associadas

a inadequaccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos usados pela

enfermagem e a maacute postura corporal

Cerca de 89 dos trabalhadores de enfermagem apresentam

algum tipo de algia sendo a regiatildeo lombar a mais acometida como

cita Marziale Robazzi (2000)

A dor lombar eacute a queixa mais frequumlente entre os trabalhadores

de enfermagem justificando as ausecircncias no trabalho e procura de

auxiacutelio meacutedico As dores nos joelhos e ombros tambeacutem fazem parte

frequumlente das queixas dos trabalhadores

A dor em punhos e matildeos pode ser justificada por uma carga

horaacuteria prolongada como refere Gurgueira Alexandre Correcirca Filho

(2003)

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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____________GUIMARAtildeES LAM GRUBITS S organizadores Sauacutede mental e trabalho SatildeoPaulo (SP) Casa do Psicoacutelogo 1999MARRAS WS Ocupational low back disorder causation and control Ergonomics2000 43880 - 902

Rodovanovic Alexandre (2002) refere que os trabalhadores de

enfermagem apresentam elevada ocorrecircncia de dor lombar se

comparados a outros profissionais devido a alguns fatores trabalho

repetitivo movimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes espaccedilo de

trabalho restrito falta de treinamento para uso de equipamentos

teacutecnicas e praacuteticas de levantamento improacuteprios posturas inadequadas

uniforme incorretos inaptidatildeo fiacutesica insatisfaccedilatildeo no trabalho e

esforccedilo fiacutesico As afecccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticos satildeo causadas porinuacutemeros fatores individuais fiacutesicos e psicossociais A dor lombar eacute causada principalmente com amovimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes(GURGUEIRA ALEXANDRE CORREcircA FILHO2003)

55 Medidas preventivas para reduccedilatildeo dos problemasmuacutesculoesqueleacutetico na enfermagem

Algumas medidas preventivas devem ser adotadas no ambiente

hospitalar a fim de evitar problemas fiacutesicos Deve-se considerar o

espaccedilo de trabalho superfiacutecie de trabalho limites de alcance e

equipamentos

No ambiente hospitalar o espaccedilo de trabalho deve utilizar-se de

ldquoum enfoque ergonocircmico deve-se levar em conta fatores tais como o

tipo de atividade manual a ser executada posturas adotadas dados

antropomeacutetricos dos operadores equipamentos e mobiliaacuterios

envolvidos entre outrosrdquo (ALEXANDRE 1998)

O dimensionamento adequado do ambiente de trabalho da

enfermagem eacute de grande importacircncia levando em consideraccedilatildeo que a

restriccedilatildeo de movimentos durante a atividade laboral eacute prejudicial

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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Alexandre Rogante (2000) cita que eacute necessaacuterio um espaccedilo

fiacutesico adequado para natildeo restringir os movimentos como examinar o

local e remover obstaacuteculos observar a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio obter

condiccedilotildees seguras em relaccedilatildeo ao piso colocar suporte de soro ao lado

da cama para ficar no mesmo niacutevel da maca travar as rodas da cama

macas e cadeira de rodas adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao

tipo de procedimento que seraacute realizado

ldquoColocar pacientes que necessitam de auxilio ou que usam

cadeiras de rodas em banheiros estreitos eacute um procedimento penoso

para a equipe de enfermagemrdquo (ALEXANDRE 1998)Grande parte das atividades realizadas satildeo efetuadasnas enfermarias pois eacute o local de permanecircncia dopaciente durante a internaccedilatildeo Dentre as atividadesexecutadas os trabalhadores de enfermagemconsideram mais desgastantes fisicamente asatividades de banho no chuveiro em pacientes quenecessitam serem transportados atraveacutes de cadeira debanho arrumaccedilatildeo de cama com paciente acamadomudanccedila de decuacutebito do paciente (MARZIALECARVALHO 1998)

A enfermagem necessita de no miacutenimo 55 cm de espaccedilo para

realizar as atividades Os leitos devem estar a 115 cm de distacircncia uns

dos outros para manobras com macas Sendo que a maior parte destas

atividades satildeo realizadas em peacute com postura inclinada A temperatura

do ambiente de trabalho deve ser confortaacutevel para o profissional em

torno de 20 a 24 ordmC A superfiacutecie de trabalho da enfermagem tambeacutem

deve ser considerada na questatildeo de evitar problemas

muacutesculoesqueleacuteticos Normalmente os hospitais tecircm pias e bancadas

muito baixas o que impotildeem o trabalhador a ficar em uma postura

inadequada O ideal eacute que a altura da pia e bancada seja do tamanho

do trabalhador e o tipo de trabalho executado O correto eacute que a

superfiacutecie da bancada deve ficar de 5 cm a 10 cm abaixo da altura dos

cotovelos para o indiviacuteduo que trabalha em peacute Como nem sempre eacute

seguido esses paracircmetros no ambiente hospitalar pode-se amenizar

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1523

colocando os peacutes alternadamente em um banquinho como cita

Alexandre (1998)Para uma pessoa que eacute obrigada a ficar em posiccedilatildeoparcialmente inclinada durante muitas horas por diahaveraacute menos fadiga se as costas ficarem retas e ocentro de gravidade for mantido sobre os quadris e ospeacutes Fletir um quadril ajudaraacute a assumir a postura dascostas plana pois eliminaraacute a traccedilatildeo do flexor doquadril sobre a coluna lombar Portanto colocando umpeacute sobre um banquinho com o quadril e o joelhofletidos permitiraacute uma posiccedilatildeo vertical com umalordose lombar menor (CALLIE 1979 apudALEXANDRE 1998)

_______________CALLIE R Siacutendromes dolorosas lombalgias Satildeo Paulo Manole 1979

Foi verificado como refere Marziale Carvalho (1998) que

90 das trabalhadoras femininas possuem altura entre 154 m e 171

m e peso entre 418 kg e 95 kg A altura em peacute dos trabalhadores varia

entre 154 m e 176 m sendo que no sexo feminino eacute de 162 m A

altura do cotovelo verificada em peacute varia entre 92 cm a 107 cm no

sexo feminino

ldquoDiante da falta de atenccedilatildeo aos valores antropomeacutetricos em

muitos hospitais compete ao trabalhador adaptar essa situaccedilatildeo natildeo

planejada e tal adaptaccedilatildeo possa a ser entendida como esticar curvar

entortar contundir o corpo agraves exigecircncias do trabalhordquo (BULHOtildeES

1994 apud MARZIALE CARVALHO 1998)

Os limites de alcance eacute um fator importante pois a maioria dos

profissionais de enfermagem necessita levantar ou retirar objetos

acima do ombro o que pode levar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

ldquoNestes procedimentos natildeo soacute a fadiga muscular eacute um fator

importante como tambeacutem o fato da pessoa torna-se mais instaacutevel com

riscos adicionaisrdquo (CHAFFIN 1987 apud ALEXANDRE 1998)

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1623

ldquoO estiramento da coluna eacute muito utilizado ao se colocar ou

retirar objetos de partes altas de estantesrdquo (ALEXANDRE 1998)

Haacute conselhos ergonocircmicos para resolver esta questatildeo como ldquoos

objetos pesados devem ser guardados dentro de uma amplitude de

alturas proacuteximas a cintura e que objetos leves podem ser armazenados

a qualquer altura situada entre o joelho e o ombrordquo (PALMMER

1976 apud ALEXANDRE 1998)

______________BULHOtildeES I Riscos do trabalho de enfermagem Rio de Janeiro Folha Carioca1994 221pCHAFFIN DB Manual materials handling and the biomechanical basis forprevention of low-back pain in industry Am Ind Hyg Assoc J v 48 n12 p989-96 1987PALMMER C Ergonomia Rio de Janeiro Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas1976

Durante a execuccedilatildeo de suas atividades ocupacionais ostrabalhadores de enfermagem frequentemente tecircm quepor ou retirar objetos (soros roupas monitores caixa deinstrumental etc) de alturas elevadas Para evitar esseproblema eacute aconselhaacutevel a realizaccedilatildeo de umplanejamento para o armazenamento de materiais emarmaacuterios e a utilizaccedilatildeo de uma escadinha(ALEXANDRE 1993 GIRLING BIRN BAUM1998 MARZIALE 1995 apud ALEXANDRE 1998)

Tambeacutem natildeo eacute aconselhaacutevel abaixar desnecessariamente o

ideal eacute que ao abaixar os joelhos fiquem fletidos e que os objetos

pesados devem ser armazenados em uma altura proacutexima a cintura

Um dos pontos mais criacuteticos no ambiente hospitalar eacute a falta de

equipamentos auxiliares que facilitariam o manuseio de materiais e a

manipulaccedilatildeo de pacientes A realidade eacute a utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterios

improvisados e inadequados como camas pesadas com rodas

estragadas manivelas de cama de difiacutecil movimentaccedilatildeo como refere

Alexandre (1998)

A enfermagem deve usar alguns princiacutepios baacutesicos da

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1723

mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1823

auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

Aguiar ADF et al Sauacutede do trabalhador de enfermagem queatua em centro de sauacutede Rev Inst Cienc Sauacutede n27 (2) p103-8 2009 Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr]gt acesso em 25 de abril de 2010

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ALEXANDRE NMC ROGANTE MM Movimentaccedilatildeo e

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2123

ELIAS MA NAVARRO VL A relaccedilatildeo entre o trabalho a sauacutede eas condiccedilotildees de vida negatividade e positividadeno trabalho dasprofissionais de enfermagem de um hospital escola Rev Latino-amEnfermagem 2007 julhoagosto14(4) Ribeiratildeo Preto517-25Disponiacutevel em wwwscielobrgt acesso[httpwwwscielobr3e20acesso] em25 de abril de 2010

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GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

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09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2323

Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

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Page 9: Ergonomia Em Ambiente Hospitalar

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ldquoA ergonomia interessa para que possamos estudar o que estaacute

afetando a sauacutede do trabalhador o que estaacute levando agrave exposiccedilatildeo a

fatores de risco para agirmos ergonomicamente na intervenccedilatildeo das

situaccedilotildees em questatildeordquo (MAURO 2007)

Sluchak 1992 apud Marziale Carvalho 1998 refere que para

executar a atividade de trabalho satildeo considerados componentes

essenciais como as normas legais regulamentos situaccedilotildees eacuteticas

ruiacutedos iluminaccedilatildeo e temperatura

A ergonomia eacute apresentada atraveacutes de 3 modalidades da

concepccedilatildeo da correccedilatildeo e da conscientizaccedilatildeo No que se trata de

concepccedilatildeo eacute o estudo dos instrumentos ergonocircmicos no ambiente de

trabalho antes da sua reconstruccedilatildeo Na modalidade de correccedilatildeo

procura-se melhorar as condiccedilotildees de trabalho jaacute existentes A

modalidade de conscientizaccedilatildeo preocupa-se conscientizar os

trabalhadores a trabalharem de forma segura reconhecendo os fatores

de risco existentes no ambiente de trabalho para Iida 1990 apud

Marziale carvalho 1998

A aplicaccedilatildeo dos princiacutepios da ergonomia acarreta melhorias

entre os objetos que o trabalhador maneja com o ambiente onde eacute

trabalhado melhorando a produtividade reduzindo os custos laborais

que se manifestam atraveacutes do absteiacutesmo conflitos desinteresse e

rotatividade para Couto 1995 apud Marziale Robozzi 2000____________IIDA I Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher 1990 465pSLUCHAK TJ Ergonomics origins focus and implementation considerationsAAOHNJ v40 n3 p105 ndash 112 Mar 1992COUTO HA Ergonomia aplicadaao trabalho Manual teacutecnico da maacutequina humana Belo Horizonte Ergo 1995 v1353p

Mauro (2007) cita os 7 objetivos da ergonomia harmonia entre

o homem e o meio que o rodeia conforto e a eficaacutecia produtiva

melhora a seguranccedila e o ambiente fiacutesico no trabalho diminui cargos

fiacutesicos e nervosos reduz as contra indicaccedilotildees do trabalho repetitivo

cria posto de trabalho com mais status e melhora a qualidade do

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produto como consequumlecircncia do trabalho

54 Fatores de risco e os problemas muacutesculoesqueleacuteticos que afetam otrabalho da enfermagem

A enfermagem dentro do hospital eacute a ldquomaior forccedila detrabalho e suas atividades satildeo frequentementemarcadas por divisatildeo fragmentadas de tarefas riacutegidaestrutura hieraacuterquica para o cumprimento de rotinasnormas e regulamentos dimensionamento qualitativo equantitativo insuficiente de pessoal situaccedilatildeo deexerciacutecio profissional que tem repercutido em elevadoabsteiacutesmo e afastamento por doenccedilasrdquo (BARBOZASOLAR 2003)

As profissionais de enfermagem que atuam emhospitais estatildeo expostas a condiccedilotildees de trabalhoprecaacuterias que aliadas agraves suas condiccedilotildees de vidapotencializam as possibilidades de adoecimento Se asauacutede soacute eacute possiacutevel a partir da possibilidade real decuidar de si e de usufruir a vida esse fato parece difiacutecilde ser alcanccedilado por quem trabalha no hospital(ELIAS NAVARRO 2006)

Os fatores de risco relacionados com atividades de

enfermagem satildeo o transporte e movimentaccedilatildeo de pacientes posturas

inadequadas movimentos constantes de flexatildeo e torccedilatildeo da coluna

vertebral fatores ergonocircmicos inadequados de mobiliaacuterios e

equipamentos utilizados nas atividades de enfermagem

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral em trabalhadores

de enfermagem estatildeo relacionados a fatores ergonocircmicos inadequados

de mobiliaacuterios posto de trabalho e equipamentos utilizados e que as

dores musculares satildeo causadas por traumas crocircnicos repetitivos

Existem algumas situaccedilotildees em ambiente hospitalar que

favorecem os problemas muacutesculoesqueleacuteticos armaacuterios de soro muito

alto pias e bancadas baixas suporte de monitor alto berccedilos camas e

macas baixas banheiro com espaccedilo fiacutesico restrito falta de

equipamentos especiais para transportar pacientes e materiais e

relaccedilatildeo inadequada entre computadores mesa e cadeiras como cita

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Alexandre (1998)Os fatores ergonocircmicos satildeo aqueles que incidem nocomportamento do trabalhador Eacute ele o desenho dosequipamentos do posto de trabalho a maneira que aatividade eacute executada Comunicaccedilatildeo o meio ambiente(grau de insalubridade iluminaccedilatildeo temperatura etc)(CAVASSA 1997 apud MARZIALI ROBAZZI2000)

Elias Navarro (2006) refere que natildeo foi encontrado nenhuma

tecnologia que substitua o cuidado humano Natildeo haacute maacutequinas que

banhem os pacientes ou troquem as roupas de camas Os

equipamentos que existem como monitores necessitam de pessoas

para instalaacute-los e monitoraacute-los A ciecircncia e a tecnologia natildeo podem

substituir o trabalho vivo Na maioria dos casos satildeo as mulheres que

executam o trabalho no cuidado aos pacientes poreacutem natildeo eacute apenas o

trabalho hospitalar que estas realizam somente muitas mulheres em

sua maioria realizam trabalhos natildeo pagos e natildeo reconhecido como o

trabalho domeacutestico o cuidado aos filhos e o cuidado aos familiares

doentes trazendo consequumlecircncias importantes para a sauacutedeAs profissionais de enfermagem satildeo expostas aambientes de trabalho intensamente insalubres tantono sentido material quanto subjetivo e por estaremsubmetidas a condiccedilotildees de trabalho precarizadas e agravebaixa qualidade de vida satildeo expostas a situaccedilotildees nasquais a manutenccedilatildeo da sauacutede estaacute prejudicada (ELIASNAVARRO 2006)

_____________CAVASSA CR Ergonomia produtividad Balderos Linsa Noruega 1997 415p

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ldquoAs atividades dos profissionais de sauacutede satildeo fortemente

tensioacutegenos devido agraves prolongadas jornadas de trabalho ao nuacutemero

limitado de profissionais e ao desgaste psicoemocional nas tarefas

realizadas em ambientes hospitalaresrdquo (GUIMARAtildeES GRUBITS

1999 apud ELIAS NAVARRO 2006)

De acordo com Gurgueira Alexandre Correcirca Filho (2003) em

um estudo realizado com trabalhadores de enfermagem que atuavam

com pacientes de alto grau de dependecircncia fiacutesica nos uacuteltimos 12

meses as aacutereas anatocircmicas mais afetadas foram regiatildeo lombar (59)

ombros (40) joelhos (333) regiatildeo cervical (28 6)

ldquoA algia vertebral representa a forma mais comum de

distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos relacionados ao trabalho resultando

em custos substanciais para a sociedaderdquo (MARRAS 2000 apud

RADOVANOVIC ALEXANDRE 2002)

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral estatildeo associadas

a inadequaccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos usados pela

enfermagem e a maacute postura corporal

Cerca de 89 dos trabalhadores de enfermagem apresentam

algum tipo de algia sendo a regiatildeo lombar a mais acometida como

cita Marziale Robazzi (2000)

A dor lombar eacute a queixa mais frequumlente entre os trabalhadores

de enfermagem justificando as ausecircncias no trabalho e procura de

auxiacutelio meacutedico As dores nos joelhos e ombros tambeacutem fazem parte

frequumlente das queixas dos trabalhadores

A dor em punhos e matildeos pode ser justificada por uma carga

horaacuteria prolongada como refere Gurgueira Alexandre Correcirca Filho

(2003)

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____________GUIMARAtildeES LAM GRUBITS S organizadores Sauacutede mental e trabalho SatildeoPaulo (SP) Casa do Psicoacutelogo 1999MARRAS WS Ocupational low back disorder causation and control Ergonomics2000 43880 - 902

Rodovanovic Alexandre (2002) refere que os trabalhadores de

enfermagem apresentam elevada ocorrecircncia de dor lombar se

comparados a outros profissionais devido a alguns fatores trabalho

repetitivo movimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes espaccedilo de

trabalho restrito falta de treinamento para uso de equipamentos

teacutecnicas e praacuteticas de levantamento improacuteprios posturas inadequadas

uniforme incorretos inaptidatildeo fiacutesica insatisfaccedilatildeo no trabalho e

esforccedilo fiacutesico As afecccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticos satildeo causadas porinuacutemeros fatores individuais fiacutesicos e psicossociais A dor lombar eacute causada principalmente com amovimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes(GURGUEIRA ALEXANDRE CORREcircA FILHO2003)

55 Medidas preventivas para reduccedilatildeo dos problemasmuacutesculoesqueleacutetico na enfermagem

Algumas medidas preventivas devem ser adotadas no ambiente

hospitalar a fim de evitar problemas fiacutesicos Deve-se considerar o

espaccedilo de trabalho superfiacutecie de trabalho limites de alcance e

equipamentos

No ambiente hospitalar o espaccedilo de trabalho deve utilizar-se de

ldquoum enfoque ergonocircmico deve-se levar em conta fatores tais como o

tipo de atividade manual a ser executada posturas adotadas dados

antropomeacutetricos dos operadores equipamentos e mobiliaacuterios

envolvidos entre outrosrdquo (ALEXANDRE 1998)

O dimensionamento adequado do ambiente de trabalho da

enfermagem eacute de grande importacircncia levando em consideraccedilatildeo que a

restriccedilatildeo de movimentos durante a atividade laboral eacute prejudicial

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Alexandre Rogante (2000) cita que eacute necessaacuterio um espaccedilo

fiacutesico adequado para natildeo restringir os movimentos como examinar o

local e remover obstaacuteculos observar a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio obter

condiccedilotildees seguras em relaccedilatildeo ao piso colocar suporte de soro ao lado

da cama para ficar no mesmo niacutevel da maca travar as rodas da cama

macas e cadeira de rodas adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao

tipo de procedimento que seraacute realizado

ldquoColocar pacientes que necessitam de auxilio ou que usam

cadeiras de rodas em banheiros estreitos eacute um procedimento penoso

para a equipe de enfermagemrdquo (ALEXANDRE 1998)Grande parte das atividades realizadas satildeo efetuadasnas enfermarias pois eacute o local de permanecircncia dopaciente durante a internaccedilatildeo Dentre as atividadesexecutadas os trabalhadores de enfermagemconsideram mais desgastantes fisicamente asatividades de banho no chuveiro em pacientes quenecessitam serem transportados atraveacutes de cadeira debanho arrumaccedilatildeo de cama com paciente acamadomudanccedila de decuacutebito do paciente (MARZIALECARVALHO 1998)

A enfermagem necessita de no miacutenimo 55 cm de espaccedilo para

realizar as atividades Os leitos devem estar a 115 cm de distacircncia uns

dos outros para manobras com macas Sendo que a maior parte destas

atividades satildeo realizadas em peacute com postura inclinada A temperatura

do ambiente de trabalho deve ser confortaacutevel para o profissional em

torno de 20 a 24 ordmC A superfiacutecie de trabalho da enfermagem tambeacutem

deve ser considerada na questatildeo de evitar problemas

muacutesculoesqueleacuteticos Normalmente os hospitais tecircm pias e bancadas

muito baixas o que impotildeem o trabalhador a ficar em uma postura

inadequada O ideal eacute que a altura da pia e bancada seja do tamanho

do trabalhador e o tipo de trabalho executado O correto eacute que a

superfiacutecie da bancada deve ficar de 5 cm a 10 cm abaixo da altura dos

cotovelos para o indiviacuteduo que trabalha em peacute Como nem sempre eacute

seguido esses paracircmetros no ambiente hospitalar pode-se amenizar

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colocando os peacutes alternadamente em um banquinho como cita

Alexandre (1998)Para uma pessoa que eacute obrigada a ficar em posiccedilatildeoparcialmente inclinada durante muitas horas por diahaveraacute menos fadiga se as costas ficarem retas e ocentro de gravidade for mantido sobre os quadris e ospeacutes Fletir um quadril ajudaraacute a assumir a postura dascostas plana pois eliminaraacute a traccedilatildeo do flexor doquadril sobre a coluna lombar Portanto colocando umpeacute sobre um banquinho com o quadril e o joelhofletidos permitiraacute uma posiccedilatildeo vertical com umalordose lombar menor (CALLIE 1979 apudALEXANDRE 1998)

_______________CALLIE R Siacutendromes dolorosas lombalgias Satildeo Paulo Manole 1979

Foi verificado como refere Marziale Carvalho (1998) que

90 das trabalhadoras femininas possuem altura entre 154 m e 171

m e peso entre 418 kg e 95 kg A altura em peacute dos trabalhadores varia

entre 154 m e 176 m sendo que no sexo feminino eacute de 162 m A

altura do cotovelo verificada em peacute varia entre 92 cm a 107 cm no

sexo feminino

ldquoDiante da falta de atenccedilatildeo aos valores antropomeacutetricos em

muitos hospitais compete ao trabalhador adaptar essa situaccedilatildeo natildeo

planejada e tal adaptaccedilatildeo possa a ser entendida como esticar curvar

entortar contundir o corpo agraves exigecircncias do trabalhordquo (BULHOtildeES

1994 apud MARZIALE CARVALHO 1998)

Os limites de alcance eacute um fator importante pois a maioria dos

profissionais de enfermagem necessita levantar ou retirar objetos

acima do ombro o que pode levar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

ldquoNestes procedimentos natildeo soacute a fadiga muscular eacute um fator

importante como tambeacutem o fato da pessoa torna-se mais instaacutevel com

riscos adicionaisrdquo (CHAFFIN 1987 apud ALEXANDRE 1998)

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ldquoO estiramento da coluna eacute muito utilizado ao se colocar ou

retirar objetos de partes altas de estantesrdquo (ALEXANDRE 1998)

Haacute conselhos ergonocircmicos para resolver esta questatildeo como ldquoos

objetos pesados devem ser guardados dentro de uma amplitude de

alturas proacuteximas a cintura e que objetos leves podem ser armazenados

a qualquer altura situada entre o joelho e o ombrordquo (PALMMER

1976 apud ALEXANDRE 1998)

______________BULHOtildeES I Riscos do trabalho de enfermagem Rio de Janeiro Folha Carioca1994 221pCHAFFIN DB Manual materials handling and the biomechanical basis forprevention of low-back pain in industry Am Ind Hyg Assoc J v 48 n12 p989-96 1987PALMMER C Ergonomia Rio de Janeiro Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas1976

Durante a execuccedilatildeo de suas atividades ocupacionais ostrabalhadores de enfermagem frequentemente tecircm quepor ou retirar objetos (soros roupas monitores caixa deinstrumental etc) de alturas elevadas Para evitar esseproblema eacute aconselhaacutevel a realizaccedilatildeo de umplanejamento para o armazenamento de materiais emarmaacuterios e a utilizaccedilatildeo de uma escadinha(ALEXANDRE 1993 GIRLING BIRN BAUM1998 MARZIALE 1995 apud ALEXANDRE 1998)

Tambeacutem natildeo eacute aconselhaacutevel abaixar desnecessariamente o

ideal eacute que ao abaixar os joelhos fiquem fletidos e que os objetos

pesados devem ser armazenados em uma altura proacutexima a cintura

Um dos pontos mais criacuteticos no ambiente hospitalar eacute a falta de

equipamentos auxiliares que facilitariam o manuseio de materiais e a

manipulaccedilatildeo de pacientes A realidade eacute a utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterios

improvisados e inadequados como camas pesadas com rodas

estragadas manivelas de cama de difiacutecil movimentaccedilatildeo como refere

Alexandre (1998)

A enfermagem deve usar alguns princiacutepios baacutesicos da

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mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

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auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

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FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

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as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

Aguiar ADF et al Sauacutede do trabalhador de enfermagem queatua em centro de sauacutede Rev Inst Cienc Sauacutede n27 (2) p103-8 2009 Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr]gt acesso em 25 de abril de 2010

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ALEXANDRE NMC ROGANTE MM Movimentaccedilatildeo e

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ELIAS MA NAVARRO VL A relaccedilatildeo entre o trabalho a sauacutede eas condiccedilotildees de vida negatividade e positividadeno trabalho dasprofissionais de enfermagem de um hospital escola Rev Latino-amEnfermagem 2007 julhoagosto14(4) Ribeiratildeo Preto517-25Disponiacutevel em wwwscielobrgt acesso[httpwwwscielobr3e20acesso] em25 de abril de 2010

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GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

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RADOVANOVIC CAT ALEXANDRE NMC Desenvolvimentode um instrumento para avaliar a movimentaccedilatildeo etransferecircncia de clientes um enfoque ergonocircmico Revesc enferm USP [online] 2002 vol36 n3 pp 231-239Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em25 de abril de 2010

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SILVA MA Normas para elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo detrabalhos acadecircmicos na UCG modalidades formataccedilatildeo ereferencias Goiacircnia Edda UCG 2002

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Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

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Page 10: Ergonomia Em Ambiente Hospitalar

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produto como consequumlecircncia do trabalho

54 Fatores de risco e os problemas muacutesculoesqueleacuteticos que afetam otrabalho da enfermagem

A enfermagem dentro do hospital eacute a ldquomaior forccedila detrabalho e suas atividades satildeo frequentementemarcadas por divisatildeo fragmentadas de tarefas riacutegidaestrutura hieraacuterquica para o cumprimento de rotinasnormas e regulamentos dimensionamento qualitativo equantitativo insuficiente de pessoal situaccedilatildeo deexerciacutecio profissional que tem repercutido em elevadoabsteiacutesmo e afastamento por doenccedilasrdquo (BARBOZASOLAR 2003)

As profissionais de enfermagem que atuam emhospitais estatildeo expostas a condiccedilotildees de trabalhoprecaacuterias que aliadas agraves suas condiccedilotildees de vidapotencializam as possibilidades de adoecimento Se asauacutede soacute eacute possiacutevel a partir da possibilidade real decuidar de si e de usufruir a vida esse fato parece difiacutecilde ser alcanccedilado por quem trabalha no hospital(ELIAS NAVARRO 2006)

Os fatores de risco relacionados com atividades de

enfermagem satildeo o transporte e movimentaccedilatildeo de pacientes posturas

inadequadas movimentos constantes de flexatildeo e torccedilatildeo da coluna

vertebral fatores ergonocircmicos inadequados de mobiliaacuterios e

equipamentos utilizados nas atividades de enfermagem

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral em trabalhadores

de enfermagem estatildeo relacionados a fatores ergonocircmicos inadequados

de mobiliaacuterios posto de trabalho e equipamentos utilizados e que as

dores musculares satildeo causadas por traumas crocircnicos repetitivos

Existem algumas situaccedilotildees em ambiente hospitalar que

favorecem os problemas muacutesculoesqueleacuteticos armaacuterios de soro muito

alto pias e bancadas baixas suporte de monitor alto berccedilos camas e

macas baixas banheiro com espaccedilo fiacutesico restrito falta de

equipamentos especiais para transportar pacientes e materiais e

relaccedilatildeo inadequada entre computadores mesa e cadeiras como cita

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Alexandre (1998)Os fatores ergonocircmicos satildeo aqueles que incidem nocomportamento do trabalhador Eacute ele o desenho dosequipamentos do posto de trabalho a maneira que aatividade eacute executada Comunicaccedilatildeo o meio ambiente(grau de insalubridade iluminaccedilatildeo temperatura etc)(CAVASSA 1997 apud MARZIALI ROBAZZI2000)

Elias Navarro (2006) refere que natildeo foi encontrado nenhuma

tecnologia que substitua o cuidado humano Natildeo haacute maacutequinas que

banhem os pacientes ou troquem as roupas de camas Os

equipamentos que existem como monitores necessitam de pessoas

para instalaacute-los e monitoraacute-los A ciecircncia e a tecnologia natildeo podem

substituir o trabalho vivo Na maioria dos casos satildeo as mulheres que

executam o trabalho no cuidado aos pacientes poreacutem natildeo eacute apenas o

trabalho hospitalar que estas realizam somente muitas mulheres em

sua maioria realizam trabalhos natildeo pagos e natildeo reconhecido como o

trabalho domeacutestico o cuidado aos filhos e o cuidado aos familiares

doentes trazendo consequumlecircncias importantes para a sauacutedeAs profissionais de enfermagem satildeo expostas aambientes de trabalho intensamente insalubres tantono sentido material quanto subjetivo e por estaremsubmetidas a condiccedilotildees de trabalho precarizadas e agravebaixa qualidade de vida satildeo expostas a situaccedilotildees nasquais a manutenccedilatildeo da sauacutede estaacute prejudicada (ELIASNAVARRO 2006)

_____________CAVASSA CR Ergonomia produtividad Balderos Linsa Noruega 1997 415p

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ldquoAs atividades dos profissionais de sauacutede satildeo fortemente

tensioacutegenos devido agraves prolongadas jornadas de trabalho ao nuacutemero

limitado de profissionais e ao desgaste psicoemocional nas tarefas

realizadas em ambientes hospitalaresrdquo (GUIMARAtildeES GRUBITS

1999 apud ELIAS NAVARRO 2006)

De acordo com Gurgueira Alexandre Correcirca Filho (2003) em

um estudo realizado com trabalhadores de enfermagem que atuavam

com pacientes de alto grau de dependecircncia fiacutesica nos uacuteltimos 12

meses as aacutereas anatocircmicas mais afetadas foram regiatildeo lombar (59)

ombros (40) joelhos (333) regiatildeo cervical (28 6)

ldquoA algia vertebral representa a forma mais comum de

distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos relacionados ao trabalho resultando

em custos substanciais para a sociedaderdquo (MARRAS 2000 apud

RADOVANOVIC ALEXANDRE 2002)

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral estatildeo associadas

a inadequaccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos usados pela

enfermagem e a maacute postura corporal

Cerca de 89 dos trabalhadores de enfermagem apresentam

algum tipo de algia sendo a regiatildeo lombar a mais acometida como

cita Marziale Robazzi (2000)

A dor lombar eacute a queixa mais frequumlente entre os trabalhadores

de enfermagem justificando as ausecircncias no trabalho e procura de

auxiacutelio meacutedico As dores nos joelhos e ombros tambeacutem fazem parte

frequumlente das queixas dos trabalhadores

A dor em punhos e matildeos pode ser justificada por uma carga

horaacuteria prolongada como refere Gurgueira Alexandre Correcirca Filho

(2003)

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____________GUIMARAtildeES LAM GRUBITS S organizadores Sauacutede mental e trabalho SatildeoPaulo (SP) Casa do Psicoacutelogo 1999MARRAS WS Ocupational low back disorder causation and control Ergonomics2000 43880 - 902

Rodovanovic Alexandre (2002) refere que os trabalhadores de

enfermagem apresentam elevada ocorrecircncia de dor lombar se

comparados a outros profissionais devido a alguns fatores trabalho

repetitivo movimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes espaccedilo de

trabalho restrito falta de treinamento para uso de equipamentos

teacutecnicas e praacuteticas de levantamento improacuteprios posturas inadequadas

uniforme incorretos inaptidatildeo fiacutesica insatisfaccedilatildeo no trabalho e

esforccedilo fiacutesico As afecccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticos satildeo causadas porinuacutemeros fatores individuais fiacutesicos e psicossociais A dor lombar eacute causada principalmente com amovimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes(GURGUEIRA ALEXANDRE CORREcircA FILHO2003)

55 Medidas preventivas para reduccedilatildeo dos problemasmuacutesculoesqueleacutetico na enfermagem

Algumas medidas preventivas devem ser adotadas no ambiente

hospitalar a fim de evitar problemas fiacutesicos Deve-se considerar o

espaccedilo de trabalho superfiacutecie de trabalho limites de alcance e

equipamentos

No ambiente hospitalar o espaccedilo de trabalho deve utilizar-se de

ldquoum enfoque ergonocircmico deve-se levar em conta fatores tais como o

tipo de atividade manual a ser executada posturas adotadas dados

antropomeacutetricos dos operadores equipamentos e mobiliaacuterios

envolvidos entre outrosrdquo (ALEXANDRE 1998)

O dimensionamento adequado do ambiente de trabalho da

enfermagem eacute de grande importacircncia levando em consideraccedilatildeo que a

restriccedilatildeo de movimentos durante a atividade laboral eacute prejudicial

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Alexandre Rogante (2000) cita que eacute necessaacuterio um espaccedilo

fiacutesico adequado para natildeo restringir os movimentos como examinar o

local e remover obstaacuteculos observar a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio obter

condiccedilotildees seguras em relaccedilatildeo ao piso colocar suporte de soro ao lado

da cama para ficar no mesmo niacutevel da maca travar as rodas da cama

macas e cadeira de rodas adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao

tipo de procedimento que seraacute realizado

ldquoColocar pacientes que necessitam de auxilio ou que usam

cadeiras de rodas em banheiros estreitos eacute um procedimento penoso

para a equipe de enfermagemrdquo (ALEXANDRE 1998)Grande parte das atividades realizadas satildeo efetuadasnas enfermarias pois eacute o local de permanecircncia dopaciente durante a internaccedilatildeo Dentre as atividadesexecutadas os trabalhadores de enfermagemconsideram mais desgastantes fisicamente asatividades de banho no chuveiro em pacientes quenecessitam serem transportados atraveacutes de cadeira debanho arrumaccedilatildeo de cama com paciente acamadomudanccedila de decuacutebito do paciente (MARZIALECARVALHO 1998)

A enfermagem necessita de no miacutenimo 55 cm de espaccedilo para

realizar as atividades Os leitos devem estar a 115 cm de distacircncia uns

dos outros para manobras com macas Sendo que a maior parte destas

atividades satildeo realizadas em peacute com postura inclinada A temperatura

do ambiente de trabalho deve ser confortaacutevel para o profissional em

torno de 20 a 24 ordmC A superfiacutecie de trabalho da enfermagem tambeacutem

deve ser considerada na questatildeo de evitar problemas

muacutesculoesqueleacuteticos Normalmente os hospitais tecircm pias e bancadas

muito baixas o que impotildeem o trabalhador a ficar em uma postura

inadequada O ideal eacute que a altura da pia e bancada seja do tamanho

do trabalhador e o tipo de trabalho executado O correto eacute que a

superfiacutecie da bancada deve ficar de 5 cm a 10 cm abaixo da altura dos

cotovelos para o indiviacuteduo que trabalha em peacute Como nem sempre eacute

seguido esses paracircmetros no ambiente hospitalar pode-se amenizar

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colocando os peacutes alternadamente em um banquinho como cita

Alexandre (1998)Para uma pessoa que eacute obrigada a ficar em posiccedilatildeoparcialmente inclinada durante muitas horas por diahaveraacute menos fadiga se as costas ficarem retas e ocentro de gravidade for mantido sobre os quadris e ospeacutes Fletir um quadril ajudaraacute a assumir a postura dascostas plana pois eliminaraacute a traccedilatildeo do flexor doquadril sobre a coluna lombar Portanto colocando umpeacute sobre um banquinho com o quadril e o joelhofletidos permitiraacute uma posiccedilatildeo vertical com umalordose lombar menor (CALLIE 1979 apudALEXANDRE 1998)

_______________CALLIE R Siacutendromes dolorosas lombalgias Satildeo Paulo Manole 1979

Foi verificado como refere Marziale Carvalho (1998) que

90 das trabalhadoras femininas possuem altura entre 154 m e 171

m e peso entre 418 kg e 95 kg A altura em peacute dos trabalhadores varia

entre 154 m e 176 m sendo que no sexo feminino eacute de 162 m A

altura do cotovelo verificada em peacute varia entre 92 cm a 107 cm no

sexo feminino

ldquoDiante da falta de atenccedilatildeo aos valores antropomeacutetricos em

muitos hospitais compete ao trabalhador adaptar essa situaccedilatildeo natildeo

planejada e tal adaptaccedilatildeo possa a ser entendida como esticar curvar

entortar contundir o corpo agraves exigecircncias do trabalhordquo (BULHOtildeES

1994 apud MARZIALE CARVALHO 1998)

Os limites de alcance eacute um fator importante pois a maioria dos

profissionais de enfermagem necessita levantar ou retirar objetos

acima do ombro o que pode levar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

ldquoNestes procedimentos natildeo soacute a fadiga muscular eacute um fator

importante como tambeacutem o fato da pessoa torna-se mais instaacutevel com

riscos adicionaisrdquo (CHAFFIN 1987 apud ALEXANDRE 1998)

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ldquoO estiramento da coluna eacute muito utilizado ao se colocar ou

retirar objetos de partes altas de estantesrdquo (ALEXANDRE 1998)

Haacute conselhos ergonocircmicos para resolver esta questatildeo como ldquoos

objetos pesados devem ser guardados dentro de uma amplitude de

alturas proacuteximas a cintura e que objetos leves podem ser armazenados

a qualquer altura situada entre o joelho e o ombrordquo (PALMMER

1976 apud ALEXANDRE 1998)

______________BULHOtildeES I Riscos do trabalho de enfermagem Rio de Janeiro Folha Carioca1994 221pCHAFFIN DB Manual materials handling and the biomechanical basis forprevention of low-back pain in industry Am Ind Hyg Assoc J v 48 n12 p989-96 1987PALMMER C Ergonomia Rio de Janeiro Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas1976

Durante a execuccedilatildeo de suas atividades ocupacionais ostrabalhadores de enfermagem frequentemente tecircm quepor ou retirar objetos (soros roupas monitores caixa deinstrumental etc) de alturas elevadas Para evitar esseproblema eacute aconselhaacutevel a realizaccedilatildeo de umplanejamento para o armazenamento de materiais emarmaacuterios e a utilizaccedilatildeo de uma escadinha(ALEXANDRE 1993 GIRLING BIRN BAUM1998 MARZIALE 1995 apud ALEXANDRE 1998)

Tambeacutem natildeo eacute aconselhaacutevel abaixar desnecessariamente o

ideal eacute que ao abaixar os joelhos fiquem fletidos e que os objetos

pesados devem ser armazenados em uma altura proacutexima a cintura

Um dos pontos mais criacuteticos no ambiente hospitalar eacute a falta de

equipamentos auxiliares que facilitariam o manuseio de materiais e a

manipulaccedilatildeo de pacientes A realidade eacute a utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterios

improvisados e inadequados como camas pesadas com rodas

estragadas manivelas de cama de difiacutecil movimentaccedilatildeo como refere

Alexandre (1998)

A enfermagem deve usar alguns princiacutepios baacutesicos da

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mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

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auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

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FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

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as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

Aguiar ADF et al Sauacutede do trabalhador de enfermagem queatua em centro de sauacutede Rev Inst Cienc Sauacutede n27 (2) p103-8 2009 Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr]gt acesso em 25 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC Aspectos ergonocircmicos relacionadoscom o ambiente e equipamentos hospitalares Rev Latino-Am Enfermagem [online] 1998 vol6 n4 pp 103-109Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em14 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC ROGANTE MM Movimentaccedilatildeo e

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ELIAS MA NAVARRO VL A relaccedilatildeo entre o trabalho a sauacutede eas condiccedilotildees de vida negatividade e positividadeno trabalho dasprofissionais de enfermagem de um hospital escola Rev Latino-amEnfermagem 2007 julhoagosto14(4) Ribeiratildeo Preto517-25Disponiacutevel em wwwscielobrgt acesso[httpwwwscielobr3e20acesso] em25 de abril de 2010

transferecircncia de pacientes aspectos posturais eergonocircmicos Rev esc enferm USP [online] 2000 vol34n2 pp 165-173 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

BARBOZA DB SOLER ZASG Afastamentos do trabalho naenfermagem ocorrecircncias com trabalhadores de umhospital de ensino Rev Latino-Am Enfermagem [online]2003 vol11 n2 pp 177-183 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

MARZIALE MHP ROBAZZI MLCC O trabalho deenfermagem e a ergonomia Rev Latino-AmEnfermagem vol8 no 6 Ribeiratildeo Preto Dec 2008 Disponiacutevelem wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abrilde 2010

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SANTANA VS Sauacutede do trabalhador no Brasil pesquisa na poacutes-graduaccedilatildeo Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 pp 101-111Disponiacutevel em wwwscielobr gt Acesso em 14 abril 2010

MAURO MYCWorkshop ndash A ergonomia e o gerenciamentode resiacuteduos na enfermagem do trabalho Rev EnfermagemAtual n40 ano julago 2007

MORENO CRC FISCHER FM ROTENBERG L A sauacutede dotrabalhador na sociedade 24 horas Satildeo Paulo Perspec[online] 2003 vol17 n1 pp 34-46 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

PARADA Elisandra de Oliveira ALEXANDRE Neusa MariaCosta and BENATTI Maria Ceciacutelia Cardoso Lesotildeesocupacionais afetando a coluna vertebral em trabalhadoresde enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem [online] 2002vol10 n1 pp 64-69 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abril de 2010

RADOVANOVIC CAT ALEXANDRE NMC Desenvolvimentode um instrumento para avaliar a movimentaccedilatildeo etransferecircncia de clientes um enfoque ergonocircmico Revesc enferm USP [online] 2002 vol36 n3 pp 231-239Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em25 de abril de 2010

REINHART EL FISCHER FM Barreiras agraves intervenccedilotildeesrelacionadas agrave sauacutede do trabalhador do setor sauacutede noBrasil Rev Panam SaludPublica vol25 no5 Washington May 2009

SILVA MA Normas para elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo detrabalhos acadecircmicos na UCG modalidades formataccedilatildeo ereferencias Goiacircnia Edda UCG 2002

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Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

Postado haacute 29th May 2013 por fisioterapia

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Page 11: Ergonomia Em Ambiente Hospitalar

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Alexandre (1998)Os fatores ergonocircmicos satildeo aqueles que incidem nocomportamento do trabalhador Eacute ele o desenho dosequipamentos do posto de trabalho a maneira que aatividade eacute executada Comunicaccedilatildeo o meio ambiente(grau de insalubridade iluminaccedilatildeo temperatura etc)(CAVASSA 1997 apud MARZIALI ROBAZZI2000)

Elias Navarro (2006) refere que natildeo foi encontrado nenhuma

tecnologia que substitua o cuidado humano Natildeo haacute maacutequinas que

banhem os pacientes ou troquem as roupas de camas Os

equipamentos que existem como monitores necessitam de pessoas

para instalaacute-los e monitoraacute-los A ciecircncia e a tecnologia natildeo podem

substituir o trabalho vivo Na maioria dos casos satildeo as mulheres que

executam o trabalho no cuidado aos pacientes poreacutem natildeo eacute apenas o

trabalho hospitalar que estas realizam somente muitas mulheres em

sua maioria realizam trabalhos natildeo pagos e natildeo reconhecido como o

trabalho domeacutestico o cuidado aos filhos e o cuidado aos familiares

doentes trazendo consequumlecircncias importantes para a sauacutedeAs profissionais de enfermagem satildeo expostas aambientes de trabalho intensamente insalubres tantono sentido material quanto subjetivo e por estaremsubmetidas a condiccedilotildees de trabalho precarizadas e agravebaixa qualidade de vida satildeo expostas a situaccedilotildees nasquais a manutenccedilatildeo da sauacutede estaacute prejudicada (ELIASNAVARRO 2006)

_____________CAVASSA CR Ergonomia produtividad Balderos Linsa Noruega 1997 415p

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ldquoAs atividades dos profissionais de sauacutede satildeo fortemente

tensioacutegenos devido agraves prolongadas jornadas de trabalho ao nuacutemero

limitado de profissionais e ao desgaste psicoemocional nas tarefas

realizadas em ambientes hospitalaresrdquo (GUIMARAtildeES GRUBITS

1999 apud ELIAS NAVARRO 2006)

De acordo com Gurgueira Alexandre Correcirca Filho (2003) em

um estudo realizado com trabalhadores de enfermagem que atuavam

com pacientes de alto grau de dependecircncia fiacutesica nos uacuteltimos 12

meses as aacutereas anatocircmicas mais afetadas foram regiatildeo lombar (59)

ombros (40) joelhos (333) regiatildeo cervical (28 6)

ldquoA algia vertebral representa a forma mais comum de

distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos relacionados ao trabalho resultando

em custos substanciais para a sociedaderdquo (MARRAS 2000 apud

RADOVANOVIC ALEXANDRE 2002)

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral estatildeo associadas

a inadequaccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos usados pela

enfermagem e a maacute postura corporal

Cerca de 89 dos trabalhadores de enfermagem apresentam

algum tipo de algia sendo a regiatildeo lombar a mais acometida como

cita Marziale Robazzi (2000)

A dor lombar eacute a queixa mais frequumlente entre os trabalhadores

de enfermagem justificando as ausecircncias no trabalho e procura de

auxiacutelio meacutedico As dores nos joelhos e ombros tambeacutem fazem parte

frequumlente das queixas dos trabalhadores

A dor em punhos e matildeos pode ser justificada por uma carga

horaacuteria prolongada como refere Gurgueira Alexandre Correcirca Filho

(2003)

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____________GUIMARAtildeES LAM GRUBITS S organizadores Sauacutede mental e trabalho SatildeoPaulo (SP) Casa do Psicoacutelogo 1999MARRAS WS Ocupational low back disorder causation and control Ergonomics2000 43880 - 902

Rodovanovic Alexandre (2002) refere que os trabalhadores de

enfermagem apresentam elevada ocorrecircncia de dor lombar se

comparados a outros profissionais devido a alguns fatores trabalho

repetitivo movimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes espaccedilo de

trabalho restrito falta de treinamento para uso de equipamentos

teacutecnicas e praacuteticas de levantamento improacuteprios posturas inadequadas

uniforme incorretos inaptidatildeo fiacutesica insatisfaccedilatildeo no trabalho e

esforccedilo fiacutesico As afecccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticos satildeo causadas porinuacutemeros fatores individuais fiacutesicos e psicossociais A dor lombar eacute causada principalmente com amovimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes(GURGUEIRA ALEXANDRE CORREcircA FILHO2003)

55 Medidas preventivas para reduccedilatildeo dos problemasmuacutesculoesqueleacutetico na enfermagem

Algumas medidas preventivas devem ser adotadas no ambiente

hospitalar a fim de evitar problemas fiacutesicos Deve-se considerar o

espaccedilo de trabalho superfiacutecie de trabalho limites de alcance e

equipamentos

No ambiente hospitalar o espaccedilo de trabalho deve utilizar-se de

ldquoum enfoque ergonocircmico deve-se levar em conta fatores tais como o

tipo de atividade manual a ser executada posturas adotadas dados

antropomeacutetricos dos operadores equipamentos e mobiliaacuterios

envolvidos entre outrosrdquo (ALEXANDRE 1998)

O dimensionamento adequado do ambiente de trabalho da

enfermagem eacute de grande importacircncia levando em consideraccedilatildeo que a

restriccedilatildeo de movimentos durante a atividade laboral eacute prejudicial

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Alexandre Rogante (2000) cita que eacute necessaacuterio um espaccedilo

fiacutesico adequado para natildeo restringir os movimentos como examinar o

local e remover obstaacuteculos observar a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio obter

condiccedilotildees seguras em relaccedilatildeo ao piso colocar suporte de soro ao lado

da cama para ficar no mesmo niacutevel da maca travar as rodas da cama

macas e cadeira de rodas adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao

tipo de procedimento que seraacute realizado

ldquoColocar pacientes que necessitam de auxilio ou que usam

cadeiras de rodas em banheiros estreitos eacute um procedimento penoso

para a equipe de enfermagemrdquo (ALEXANDRE 1998)Grande parte das atividades realizadas satildeo efetuadasnas enfermarias pois eacute o local de permanecircncia dopaciente durante a internaccedilatildeo Dentre as atividadesexecutadas os trabalhadores de enfermagemconsideram mais desgastantes fisicamente asatividades de banho no chuveiro em pacientes quenecessitam serem transportados atraveacutes de cadeira debanho arrumaccedilatildeo de cama com paciente acamadomudanccedila de decuacutebito do paciente (MARZIALECARVALHO 1998)

A enfermagem necessita de no miacutenimo 55 cm de espaccedilo para

realizar as atividades Os leitos devem estar a 115 cm de distacircncia uns

dos outros para manobras com macas Sendo que a maior parte destas

atividades satildeo realizadas em peacute com postura inclinada A temperatura

do ambiente de trabalho deve ser confortaacutevel para o profissional em

torno de 20 a 24 ordmC A superfiacutecie de trabalho da enfermagem tambeacutem

deve ser considerada na questatildeo de evitar problemas

muacutesculoesqueleacuteticos Normalmente os hospitais tecircm pias e bancadas

muito baixas o que impotildeem o trabalhador a ficar em uma postura

inadequada O ideal eacute que a altura da pia e bancada seja do tamanho

do trabalhador e o tipo de trabalho executado O correto eacute que a

superfiacutecie da bancada deve ficar de 5 cm a 10 cm abaixo da altura dos

cotovelos para o indiviacuteduo que trabalha em peacute Como nem sempre eacute

seguido esses paracircmetros no ambiente hospitalar pode-se amenizar

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colocando os peacutes alternadamente em um banquinho como cita

Alexandre (1998)Para uma pessoa que eacute obrigada a ficar em posiccedilatildeoparcialmente inclinada durante muitas horas por diahaveraacute menos fadiga se as costas ficarem retas e ocentro de gravidade for mantido sobre os quadris e ospeacutes Fletir um quadril ajudaraacute a assumir a postura dascostas plana pois eliminaraacute a traccedilatildeo do flexor doquadril sobre a coluna lombar Portanto colocando umpeacute sobre um banquinho com o quadril e o joelhofletidos permitiraacute uma posiccedilatildeo vertical com umalordose lombar menor (CALLIE 1979 apudALEXANDRE 1998)

_______________CALLIE R Siacutendromes dolorosas lombalgias Satildeo Paulo Manole 1979

Foi verificado como refere Marziale Carvalho (1998) que

90 das trabalhadoras femininas possuem altura entre 154 m e 171

m e peso entre 418 kg e 95 kg A altura em peacute dos trabalhadores varia

entre 154 m e 176 m sendo que no sexo feminino eacute de 162 m A

altura do cotovelo verificada em peacute varia entre 92 cm a 107 cm no

sexo feminino

ldquoDiante da falta de atenccedilatildeo aos valores antropomeacutetricos em

muitos hospitais compete ao trabalhador adaptar essa situaccedilatildeo natildeo

planejada e tal adaptaccedilatildeo possa a ser entendida como esticar curvar

entortar contundir o corpo agraves exigecircncias do trabalhordquo (BULHOtildeES

1994 apud MARZIALE CARVALHO 1998)

Os limites de alcance eacute um fator importante pois a maioria dos

profissionais de enfermagem necessita levantar ou retirar objetos

acima do ombro o que pode levar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

ldquoNestes procedimentos natildeo soacute a fadiga muscular eacute um fator

importante como tambeacutem o fato da pessoa torna-se mais instaacutevel com

riscos adicionaisrdquo (CHAFFIN 1987 apud ALEXANDRE 1998)

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1623

ldquoO estiramento da coluna eacute muito utilizado ao se colocar ou

retirar objetos de partes altas de estantesrdquo (ALEXANDRE 1998)

Haacute conselhos ergonocircmicos para resolver esta questatildeo como ldquoos

objetos pesados devem ser guardados dentro de uma amplitude de

alturas proacuteximas a cintura e que objetos leves podem ser armazenados

a qualquer altura situada entre o joelho e o ombrordquo (PALMMER

1976 apud ALEXANDRE 1998)

______________BULHOtildeES I Riscos do trabalho de enfermagem Rio de Janeiro Folha Carioca1994 221pCHAFFIN DB Manual materials handling and the biomechanical basis forprevention of low-back pain in industry Am Ind Hyg Assoc J v 48 n12 p989-96 1987PALMMER C Ergonomia Rio de Janeiro Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas1976

Durante a execuccedilatildeo de suas atividades ocupacionais ostrabalhadores de enfermagem frequentemente tecircm quepor ou retirar objetos (soros roupas monitores caixa deinstrumental etc) de alturas elevadas Para evitar esseproblema eacute aconselhaacutevel a realizaccedilatildeo de umplanejamento para o armazenamento de materiais emarmaacuterios e a utilizaccedilatildeo de uma escadinha(ALEXANDRE 1993 GIRLING BIRN BAUM1998 MARZIALE 1995 apud ALEXANDRE 1998)

Tambeacutem natildeo eacute aconselhaacutevel abaixar desnecessariamente o

ideal eacute que ao abaixar os joelhos fiquem fletidos e que os objetos

pesados devem ser armazenados em uma altura proacutexima a cintura

Um dos pontos mais criacuteticos no ambiente hospitalar eacute a falta de

equipamentos auxiliares que facilitariam o manuseio de materiais e a

manipulaccedilatildeo de pacientes A realidade eacute a utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterios

improvisados e inadequados como camas pesadas com rodas

estragadas manivelas de cama de difiacutecil movimentaccedilatildeo como refere

Alexandre (1998)

A enfermagem deve usar alguns princiacutepios baacutesicos da

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1723

mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1823

auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

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FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

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as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

Aguiar ADF et al Sauacutede do trabalhador de enfermagem queatua em centro de sauacutede Rev Inst Cienc Sauacutede n27 (2) p103-8 2009 Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr]gt acesso em 25 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC Aspectos ergonocircmicos relacionadoscom o ambiente e equipamentos hospitalares Rev Latino-Am Enfermagem [online] 1998 vol6 n4 pp 103-109Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em14 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC ROGANTE MM Movimentaccedilatildeo e

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httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2123

ELIAS MA NAVARRO VL A relaccedilatildeo entre o trabalho a sauacutede eas condiccedilotildees de vida negatividade e positividadeno trabalho dasprofissionais de enfermagem de um hospital escola Rev Latino-amEnfermagem 2007 julhoagosto14(4) Ribeiratildeo Preto517-25Disponiacutevel em wwwscielobrgt acesso[httpwwwscielobr3e20acesso] em25 de abril de 2010

transferecircncia de pacientes aspectos posturais eergonocircmicos Rev esc enferm USP [online] 2000 vol34n2 pp 165-173 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

BARBOZA DB SOLER ZASG Afastamentos do trabalho naenfermagem ocorrecircncias com trabalhadores de umhospital de ensino Rev Latino-Am Enfermagem [online]2003 vol11 n2 pp 177-183 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

MARZIALE MHP ROBAZZI MLCC O trabalho deenfermagem e a ergonomia Rev Latino-AmEnfermagem vol8 no 6 Ribeiratildeo Preto Dec 2008 Disponiacutevelem wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abrilde 2010

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httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2223

SANTANA VS Sauacutede do trabalhador no Brasil pesquisa na poacutes-graduaccedilatildeo Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 pp 101-111Disponiacutevel em wwwscielobr gt Acesso em 14 abril 2010

MAURO MYCWorkshop ndash A ergonomia e o gerenciamentode resiacuteduos na enfermagem do trabalho Rev EnfermagemAtual n40 ano julago 2007

MORENO CRC FISCHER FM ROTENBERG L A sauacutede dotrabalhador na sociedade 24 horas Satildeo Paulo Perspec[online] 2003 vol17 n1 pp 34-46 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

PARADA Elisandra de Oliveira ALEXANDRE Neusa MariaCosta and BENATTI Maria Ceciacutelia Cardoso Lesotildeesocupacionais afetando a coluna vertebral em trabalhadoresde enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem [online] 2002vol10 n1 pp 64-69 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abril de 2010

RADOVANOVIC CAT ALEXANDRE NMC Desenvolvimentode um instrumento para avaliar a movimentaccedilatildeo etransferecircncia de clientes um enfoque ergonocircmico Revesc enferm USP [online] 2002 vol36 n3 pp 231-239Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em25 de abril de 2010

REINHART EL FISCHER FM Barreiras agraves intervenccedilotildeesrelacionadas agrave sauacutede do trabalhador do setor sauacutede noBrasil Rev Panam SaludPublica vol25 no5 Washington May 2009

SILVA MA Normas para elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo detrabalhos acadecircmicos na UCG modalidades formataccedilatildeo ereferencias Goiacircnia Edda UCG 2002

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Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

Postado haacute 29th May 2013 por fisioterapia

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Page 12: Ergonomia Em Ambiente Hospitalar

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ldquoAs atividades dos profissionais de sauacutede satildeo fortemente

tensioacutegenos devido agraves prolongadas jornadas de trabalho ao nuacutemero

limitado de profissionais e ao desgaste psicoemocional nas tarefas

realizadas em ambientes hospitalaresrdquo (GUIMARAtildeES GRUBITS

1999 apud ELIAS NAVARRO 2006)

De acordo com Gurgueira Alexandre Correcirca Filho (2003) em

um estudo realizado com trabalhadores de enfermagem que atuavam

com pacientes de alto grau de dependecircncia fiacutesica nos uacuteltimos 12

meses as aacutereas anatocircmicas mais afetadas foram regiatildeo lombar (59)

ombros (40) joelhos (333) regiatildeo cervical (28 6)

ldquoA algia vertebral representa a forma mais comum de

distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos relacionados ao trabalho resultando

em custos substanciais para a sociedaderdquo (MARRAS 2000 apud

RADOVANOVIC ALEXANDRE 2002)

Grande parte das agressotildees a coluna vertebral estatildeo associadas

a inadequaccedilatildeo de mobiliaacuterios e equipamentos usados pela

enfermagem e a maacute postura corporal

Cerca de 89 dos trabalhadores de enfermagem apresentam

algum tipo de algia sendo a regiatildeo lombar a mais acometida como

cita Marziale Robazzi (2000)

A dor lombar eacute a queixa mais frequumlente entre os trabalhadores

de enfermagem justificando as ausecircncias no trabalho e procura de

auxiacutelio meacutedico As dores nos joelhos e ombros tambeacutem fazem parte

frequumlente das queixas dos trabalhadores

A dor em punhos e matildeos pode ser justificada por uma carga

horaacuteria prolongada como refere Gurgueira Alexandre Correcirca Filho

(2003)

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____________GUIMARAtildeES LAM GRUBITS S organizadores Sauacutede mental e trabalho SatildeoPaulo (SP) Casa do Psicoacutelogo 1999MARRAS WS Ocupational low back disorder causation and control Ergonomics2000 43880 - 902

Rodovanovic Alexandre (2002) refere que os trabalhadores de

enfermagem apresentam elevada ocorrecircncia de dor lombar se

comparados a outros profissionais devido a alguns fatores trabalho

repetitivo movimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes espaccedilo de

trabalho restrito falta de treinamento para uso de equipamentos

teacutecnicas e praacuteticas de levantamento improacuteprios posturas inadequadas

uniforme incorretos inaptidatildeo fiacutesica insatisfaccedilatildeo no trabalho e

esforccedilo fiacutesico As afecccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticos satildeo causadas porinuacutemeros fatores individuais fiacutesicos e psicossociais A dor lombar eacute causada principalmente com amovimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes(GURGUEIRA ALEXANDRE CORREcircA FILHO2003)

55 Medidas preventivas para reduccedilatildeo dos problemasmuacutesculoesqueleacutetico na enfermagem

Algumas medidas preventivas devem ser adotadas no ambiente

hospitalar a fim de evitar problemas fiacutesicos Deve-se considerar o

espaccedilo de trabalho superfiacutecie de trabalho limites de alcance e

equipamentos

No ambiente hospitalar o espaccedilo de trabalho deve utilizar-se de

ldquoum enfoque ergonocircmico deve-se levar em conta fatores tais como o

tipo de atividade manual a ser executada posturas adotadas dados

antropomeacutetricos dos operadores equipamentos e mobiliaacuterios

envolvidos entre outrosrdquo (ALEXANDRE 1998)

O dimensionamento adequado do ambiente de trabalho da

enfermagem eacute de grande importacircncia levando em consideraccedilatildeo que a

restriccedilatildeo de movimentos durante a atividade laboral eacute prejudicial

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Alexandre Rogante (2000) cita que eacute necessaacuterio um espaccedilo

fiacutesico adequado para natildeo restringir os movimentos como examinar o

local e remover obstaacuteculos observar a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio obter

condiccedilotildees seguras em relaccedilatildeo ao piso colocar suporte de soro ao lado

da cama para ficar no mesmo niacutevel da maca travar as rodas da cama

macas e cadeira de rodas adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao

tipo de procedimento que seraacute realizado

ldquoColocar pacientes que necessitam de auxilio ou que usam

cadeiras de rodas em banheiros estreitos eacute um procedimento penoso

para a equipe de enfermagemrdquo (ALEXANDRE 1998)Grande parte das atividades realizadas satildeo efetuadasnas enfermarias pois eacute o local de permanecircncia dopaciente durante a internaccedilatildeo Dentre as atividadesexecutadas os trabalhadores de enfermagemconsideram mais desgastantes fisicamente asatividades de banho no chuveiro em pacientes quenecessitam serem transportados atraveacutes de cadeira debanho arrumaccedilatildeo de cama com paciente acamadomudanccedila de decuacutebito do paciente (MARZIALECARVALHO 1998)

A enfermagem necessita de no miacutenimo 55 cm de espaccedilo para

realizar as atividades Os leitos devem estar a 115 cm de distacircncia uns

dos outros para manobras com macas Sendo que a maior parte destas

atividades satildeo realizadas em peacute com postura inclinada A temperatura

do ambiente de trabalho deve ser confortaacutevel para o profissional em

torno de 20 a 24 ordmC A superfiacutecie de trabalho da enfermagem tambeacutem

deve ser considerada na questatildeo de evitar problemas

muacutesculoesqueleacuteticos Normalmente os hospitais tecircm pias e bancadas

muito baixas o que impotildeem o trabalhador a ficar em uma postura

inadequada O ideal eacute que a altura da pia e bancada seja do tamanho

do trabalhador e o tipo de trabalho executado O correto eacute que a

superfiacutecie da bancada deve ficar de 5 cm a 10 cm abaixo da altura dos

cotovelos para o indiviacuteduo que trabalha em peacute Como nem sempre eacute

seguido esses paracircmetros no ambiente hospitalar pode-se amenizar

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colocando os peacutes alternadamente em um banquinho como cita

Alexandre (1998)Para uma pessoa que eacute obrigada a ficar em posiccedilatildeoparcialmente inclinada durante muitas horas por diahaveraacute menos fadiga se as costas ficarem retas e ocentro de gravidade for mantido sobre os quadris e ospeacutes Fletir um quadril ajudaraacute a assumir a postura dascostas plana pois eliminaraacute a traccedilatildeo do flexor doquadril sobre a coluna lombar Portanto colocando umpeacute sobre um banquinho com o quadril e o joelhofletidos permitiraacute uma posiccedilatildeo vertical com umalordose lombar menor (CALLIE 1979 apudALEXANDRE 1998)

_______________CALLIE R Siacutendromes dolorosas lombalgias Satildeo Paulo Manole 1979

Foi verificado como refere Marziale Carvalho (1998) que

90 das trabalhadoras femininas possuem altura entre 154 m e 171

m e peso entre 418 kg e 95 kg A altura em peacute dos trabalhadores varia

entre 154 m e 176 m sendo que no sexo feminino eacute de 162 m A

altura do cotovelo verificada em peacute varia entre 92 cm a 107 cm no

sexo feminino

ldquoDiante da falta de atenccedilatildeo aos valores antropomeacutetricos em

muitos hospitais compete ao trabalhador adaptar essa situaccedilatildeo natildeo

planejada e tal adaptaccedilatildeo possa a ser entendida como esticar curvar

entortar contundir o corpo agraves exigecircncias do trabalhordquo (BULHOtildeES

1994 apud MARZIALE CARVALHO 1998)

Os limites de alcance eacute um fator importante pois a maioria dos

profissionais de enfermagem necessita levantar ou retirar objetos

acima do ombro o que pode levar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

ldquoNestes procedimentos natildeo soacute a fadiga muscular eacute um fator

importante como tambeacutem o fato da pessoa torna-se mais instaacutevel com

riscos adicionaisrdquo (CHAFFIN 1987 apud ALEXANDRE 1998)

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ldquoO estiramento da coluna eacute muito utilizado ao se colocar ou

retirar objetos de partes altas de estantesrdquo (ALEXANDRE 1998)

Haacute conselhos ergonocircmicos para resolver esta questatildeo como ldquoos

objetos pesados devem ser guardados dentro de uma amplitude de

alturas proacuteximas a cintura e que objetos leves podem ser armazenados

a qualquer altura situada entre o joelho e o ombrordquo (PALMMER

1976 apud ALEXANDRE 1998)

______________BULHOtildeES I Riscos do trabalho de enfermagem Rio de Janeiro Folha Carioca1994 221pCHAFFIN DB Manual materials handling and the biomechanical basis forprevention of low-back pain in industry Am Ind Hyg Assoc J v 48 n12 p989-96 1987PALMMER C Ergonomia Rio de Janeiro Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas1976

Durante a execuccedilatildeo de suas atividades ocupacionais ostrabalhadores de enfermagem frequentemente tecircm quepor ou retirar objetos (soros roupas monitores caixa deinstrumental etc) de alturas elevadas Para evitar esseproblema eacute aconselhaacutevel a realizaccedilatildeo de umplanejamento para o armazenamento de materiais emarmaacuterios e a utilizaccedilatildeo de uma escadinha(ALEXANDRE 1993 GIRLING BIRN BAUM1998 MARZIALE 1995 apud ALEXANDRE 1998)

Tambeacutem natildeo eacute aconselhaacutevel abaixar desnecessariamente o

ideal eacute que ao abaixar os joelhos fiquem fletidos e que os objetos

pesados devem ser armazenados em uma altura proacutexima a cintura

Um dos pontos mais criacuteticos no ambiente hospitalar eacute a falta de

equipamentos auxiliares que facilitariam o manuseio de materiais e a

manipulaccedilatildeo de pacientes A realidade eacute a utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterios

improvisados e inadequados como camas pesadas com rodas

estragadas manivelas de cama de difiacutecil movimentaccedilatildeo como refere

Alexandre (1998)

A enfermagem deve usar alguns princiacutepios baacutesicos da

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

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auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1923

FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2023

as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

Aguiar ADF et al Sauacutede do trabalhador de enfermagem queatua em centro de sauacutede Rev Inst Cienc Sauacutede n27 (2) p103-8 2009 Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr]gt acesso em 25 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC Aspectos ergonocircmicos relacionadoscom o ambiente e equipamentos hospitalares Rev Latino-Am Enfermagem [online] 1998 vol6 n4 pp 103-109Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em14 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC ROGANTE MM Movimentaccedilatildeo e

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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ELIAS MA NAVARRO VL A relaccedilatildeo entre o trabalho a sauacutede eas condiccedilotildees de vida negatividade e positividadeno trabalho dasprofissionais de enfermagem de um hospital escola Rev Latino-amEnfermagem 2007 julhoagosto14(4) Ribeiratildeo Preto517-25Disponiacutevel em wwwscielobrgt acesso[httpwwwscielobr3e20acesso] em25 de abril de 2010

transferecircncia de pacientes aspectos posturais eergonocircmicos Rev esc enferm USP [online] 2000 vol34n2 pp 165-173 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

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GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

MARZIALE MHP ROBAZZI MLCC O trabalho deenfermagem e a ergonomia Rev Latino-AmEnfermagem vol8 no 6 Ribeiratildeo Preto Dec 2008 Disponiacutevelem wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abrilde 2010

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2223

SANTANA VS Sauacutede do trabalhador no Brasil pesquisa na poacutes-graduaccedilatildeo Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 pp 101-111Disponiacutevel em wwwscielobr gt Acesso em 14 abril 2010

MAURO MYCWorkshop ndash A ergonomia e o gerenciamentode resiacuteduos na enfermagem do trabalho Rev EnfermagemAtual n40 ano julago 2007

MORENO CRC FISCHER FM ROTENBERG L A sauacutede dotrabalhador na sociedade 24 horas Satildeo Paulo Perspec[online] 2003 vol17 n1 pp 34-46 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

PARADA Elisandra de Oliveira ALEXANDRE Neusa MariaCosta and BENATTI Maria Ceciacutelia Cardoso Lesotildeesocupacionais afetando a coluna vertebral em trabalhadoresde enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem [online] 2002vol10 n1 pp 64-69 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abril de 2010

RADOVANOVIC CAT ALEXANDRE NMC Desenvolvimentode um instrumento para avaliar a movimentaccedilatildeo etransferecircncia de clientes um enfoque ergonocircmico Revesc enferm USP [online] 2002 vol36 n3 pp 231-239Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em25 de abril de 2010

REINHART EL FISCHER FM Barreiras agraves intervenccedilotildeesrelacionadas agrave sauacutede do trabalhador do setor sauacutede noBrasil Rev Panam SaludPublica vol25 no5 Washington May 2009

SILVA MA Normas para elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo detrabalhos acadecircmicos na UCG modalidades formataccedilatildeo ereferencias Goiacircnia Edda UCG 2002

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

Postado haacute 29th May 2013 por fisioterapia

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Page 13: Ergonomia Em Ambiente Hospitalar

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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____________GUIMARAtildeES LAM GRUBITS S organizadores Sauacutede mental e trabalho SatildeoPaulo (SP) Casa do Psicoacutelogo 1999MARRAS WS Ocupational low back disorder causation and control Ergonomics2000 43880 - 902

Rodovanovic Alexandre (2002) refere que os trabalhadores de

enfermagem apresentam elevada ocorrecircncia de dor lombar se

comparados a outros profissionais devido a alguns fatores trabalho

repetitivo movimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes espaccedilo de

trabalho restrito falta de treinamento para uso de equipamentos

teacutecnicas e praacuteticas de levantamento improacuteprios posturas inadequadas

uniforme incorretos inaptidatildeo fiacutesica insatisfaccedilatildeo no trabalho e

esforccedilo fiacutesico As afecccedilotildees muacutesculo-esqueleacuteticos satildeo causadas porinuacutemeros fatores individuais fiacutesicos e psicossociais A dor lombar eacute causada principalmente com amovimentaccedilatildeo e transferecircncia de pacientes(GURGUEIRA ALEXANDRE CORREcircA FILHO2003)

55 Medidas preventivas para reduccedilatildeo dos problemasmuacutesculoesqueleacutetico na enfermagem

Algumas medidas preventivas devem ser adotadas no ambiente

hospitalar a fim de evitar problemas fiacutesicos Deve-se considerar o

espaccedilo de trabalho superfiacutecie de trabalho limites de alcance e

equipamentos

No ambiente hospitalar o espaccedilo de trabalho deve utilizar-se de

ldquoum enfoque ergonocircmico deve-se levar em conta fatores tais como o

tipo de atividade manual a ser executada posturas adotadas dados

antropomeacutetricos dos operadores equipamentos e mobiliaacuterios

envolvidos entre outrosrdquo (ALEXANDRE 1998)

O dimensionamento adequado do ambiente de trabalho da

enfermagem eacute de grande importacircncia levando em consideraccedilatildeo que a

restriccedilatildeo de movimentos durante a atividade laboral eacute prejudicial

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httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1423

Alexandre Rogante (2000) cita que eacute necessaacuterio um espaccedilo

fiacutesico adequado para natildeo restringir os movimentos como examinar o

local e remover obstaacuteculos observar a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio obter

condiccedilotildees seguras em relaccedilatildeo ao piso colocar suporte de soro ao lado

da cama para ficar no mesmo niacutevel da maca travar as rodas da cama

macas e cadeira de rodas adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao

tipo de procedimento que seraacute realizado

ldquoColocar pacientes que necessitam de auxilio ou que usam

cadeiras de rodas em banheiros estreitos eacute um procedimento penoso

para a equipe de enfermagemrdquo (ALEXANDRE 1998)Grande parte das atividades realizadas satildeo efetuadasnas enfermarias pois eacute o local de permanecircncia dopaciente durante a internaccedilatildeo Dentre as atividadesexecutadas os trabalhadores de enfermagemconsideram mais desgastantes fisicamente asatividades de banho no chuveiro em pacientes quenecessitam serem transportados atraveacutes de cadeira debanho arrumaccedilatildeo de cama com paciente acamadomudanccedila de decuacutebito do paciente (MARZIALECARVALHO 1998)

A enfermagem necessita de no miacutenimo 55 cm de espaccedilo para

realizar as atividades Os leitos devem estar a 115 cm de distacircncia uns

dos outros para manobras com macas Sendo que a maior parte destas

atividades satildeo realizadas em peacute com postura inclinada A temperatura

do ambiente de trabalho deve ser confortaacutevel para o profissional em

torno de 20 a 24 ordmC A superfiacutecie de trabalho da enfermagem tambeacutem

deve ser considerada na questatildeo de evitar problemas

muacutesculoesqueleacuteticos Normalmente os hospitais tecircm pias e bancadas

muito baixas o que impotildeem o trabalhador a ficar em uma postura

inadequada O ideal eacute que a altura da pia e bancada seja do tamanho

do trabalhador e o tipo de trabalho executado O correto eacute que a

superfiacutecie da bancada deve ficar de 5 cm a 10 cm abaixo da altura dos

cotovelos para o indiviacuteduo que trabalha em peacute Como nem sempre eacute

seguido esses paracircmetros no ambiente hospitalar pode-se amenizar

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1523

colocando os peacutes alternadamente em um banquinho como cita

Alexandre (1998)Para uma pessoa que eacute obrigada a ficar em posiccedilatildeoparcialmente inclinada durante muitas horas por diahaveraacute menos fadiga se as costas ficarem retas e ocentro de gravidade for mantido sobre os quadris e ospeacutes Fletir um quadril ajudaraacute a assumir a postura dascostas plana pois eliminaraacute a traccedilatildeo do flexor doquadril sobre a coluna lombar Portanto colocando umpeacute sobre um banquinho com o quadril e o joelhofletidos permitiraacute uma posiccedilatildeo vertical com umalordose lombar menor (CALLIE 1979 apudALEXANDRE 1998)

_______________CALLIE R Siacutendromes dolorosas lombalgias Satildeo Paulo Manole 1979

Foi verificado como refere Marziale Carvalho (1998) que

90 das trabalhadoras femininas possuem altura entre 154 m e 171

m e peso entre 418 kg e 95 kg A altura em peacute dos trabalhadores varia

entre 154 m e 176 m sendo que no sexo feminino eacute de 162 m A

altura do cotovelo verificada em peacute varia entre 92 cm a 107 cm no

sexo feminino

ldquoDiante da falta de atenccedilatildeo aos valores antropomeacutetricos em

muitos hospitais compete ao trabalhador adaptar essa situaccedilatildeo natildeo

planejada e tal adaptaccedilatildeo possa a ser entendida como esticar curvar

entortar contundir o corpo agraves exigecircncias do trabalhordquo (BULHOtildeES

1994 apud MARZIALE CARVALHO 1998)

Os limites de alcance eacute um fator importante pois a maioria dos

profissionais de enfermagem necessita levantar ou retirar objetos

acima do ombro o que pode levar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

ldquoNestes procedimentos natildeo soacute a fadiga muscular eacute um fator

importante como tambeacutem o fato da pessoa torna-se mais instaacutevel com

riscos adicionaisrdquo (CHAFFIN 1987 apud ALEXANDRE 1998)

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1623

ldquoO estiramento da coluna eacute muito utilizado ao se colocar ou

retirar objetos de partes altas de estantesrdquo (ALEXANDRE 1998)

Haacute conselhos ergonocircmicos para resolver esta questatildeo como ldquoos

objetos pesados devem ser guardados dentro de uma amplitude de

alturas proacuteximas a cintura e que objetos leves podem ser armazenados

a qualquer altura situada entre o joelho e o ombrordquo (PALMMER

1976 apud ALEXANDRE 1998)

______________BULHOtildeES I Riscos do trabalho de enfermagem Rio de Janeiro Folha Carioca1994 221pCHAFFIN DB Manual materials handling and the biomechanical basis forprevention of low-back pain in industry Am Ind Hyg Assoc J v 48 n12 p989-96 1987PALMMER C Ergonomia Rio de Janeiro Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas1976

Durante a execuccedilatildeo de suas atividades ocupacionais ostrabalhadores de enfermagem frequentemente tecircm quepor ou retirar objetos (soros roupas monitores caixa deinstrumental etc) de alturas elevadas Para evitar esseproblema eacute aconselhaacutevel a realizaccedilatildeo de umplanejamento para o armazenamento de materiais emarmaacuterios e a utilizaccedilatildeo de uma escadinha(ALEXANDRE 1993 GIRLING BIRN BAUM1998 MARZIALE 1995 apud ALEXANDRE 1998)

Tambeacutem natildeo eacute aconselhaacutevel abaixar desnecessariamente o

ideal eacute que ao abaixar os joelhos fiquem fletidos e que os objetos

pesados devem ser armazenados em uma altura proacutexima a cintura

Um dos pontos mais criacuteticos no ambiente hospitalar eacute a falta de

equipamentos auxiliares que facilitariam o manuseio de materiais e a

manipulaccedilatildeo de pacientes A realidade eacute a utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterios

improvisados e inadequados como camas pesadas com rodas

estragadas manivelas de cama de difiacutecil movimentaccedilatildeo como refere

Alexandre (1998)

A enfermagem deve usar alguns princiacutepios baacutesicos da

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1723

mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1823

auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

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FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

Aguiar ADF et al Sauacutede do trabalhador de enfermagem queatua em centro de sauacutede Rev Inst Cienc Sauacutede n27 (2) p103-8 2009 Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr]gt acesso em 25 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC Aspectos ergonocircmicos relacionadoscom o ambiente e equipamentos hospitalares Rev Latino-Am Enfermagem [online] 1998 vol6 n4 pp 103-109Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em14 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC ROGANTE MM Movimentaccedilatildeo e

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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ELIAS MA NAVARRO VL A relaccedilatildeo entre o trabalho a sauacutede eas condiccedilotildees de vida negatividade e positividadeno trabalho dasprofissionais de enfermagem de um hospital escola Rev Latino-amEnfermagem 2007 julhoagosto14(4) Ribeiratildeo Preto517-25Disponiacutevel em wwwscielobrgt acesso[httpwwwscielobr3e20acesso] em25 de abril de 2010

transferecircncia de pacientes aspectos posturais eergonocircmicos Rev esc enferm USP [online] 2000 vol34n2 pp 165-173 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

BARBOZA DB SOLER ZASG Afastamentos do trabalho naenfermagem ocorrecircncias com trabalhadores de umhospital de ensino Rev Latino-Am Enfermagem [online]2003 vol11 n2 pp 177-183 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

MARZIALE MHP ROBAZZI MLCC O trabalho deenfermagem e a ergonomia Rev Latino-AmEnfermagem vol8 no 6 Ribeiratildeo Preto Dec 2008 Disponiacutevelem wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abrilde 2010

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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SANTANA VS Sauacutede do trabalhador no Brasil pesquisa na poacutes-graduaccedilatildeo Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 pp 101-111Disponiacutevel em wwwscielobr gt Acesso em 14 abril 2010

MAURO MYCWorkshop ndash A ergonomia e o gerenciamentode resiacuteduos na enfermagem do trabalho Rev EnfermagemAtual n40 ano julago 2007

MORENO CRC FISCHER FM ROTENBERG L A sauacutede dotrabalhador na sociedade 24 horas Satildeo Paulo Perspec[online] 2003 vol17 n1 pp 34-46 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

PARADA Elisandra de Oliveira ALEXANDRE Neusa MariaCosta and BENATTI Maria Ceciacutelia Cardoso Lesotildeesocupacionais afetando a coluna vertebral em trabalhadoresde enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem [online] 2002vol10 n1 pp 64-69 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abril de 2010

RADOVANOVIC CAT ALEXANDRE NMC Desenvolvimentode um instrumento para avaliar a movimentaccedilatildeo etransferecircncia de clientes um enfoque ergonocircmico Revesc enferm USP [online] 2002 vol36 n3 pp 231-239Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em25 de abril de 2010

REINHART EL FISCHER FM Barreiras agraves intervenccedilotildeesrelacionadas agrave sauacutede do trabalhador do setor sauacutede noBrasil Rev Panam SaludPublica vol25 no5 Washington May 2009

SILVA MA Normas para elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo detrabalhos acadecircmicos na UCG modalidades formataccedilatildeo ereferencias Goiacircnia Edda UCG 2002

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

Postado haacute 29th May 2013 por fisioterapia

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Page 14: Ergonomia Em Ambiente Hospitalar

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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Alexandre Rogante (2000) cita que eacute necessaacuterio um espaccedilo

fiacutesico adequado para natildeo restringir os movimentos como examinar o

local e remover obstaacuteculos observar a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio obter

condiccedilotildees seguras em relaccedilatildeo ao piso colocar suporte de soro ao lado

da cama para ficar no mesmo niacutevel da maca travar as rodas da cama

macas e cadeira de rodas adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao

tipo de procedimento que seraacute realizado

ldquoColocar pacientes que necessitam de auxilio ou que usam

cadeiras de rodas em banheiros estreitos eacute um procedimento penoso

para a equipe de enfermagemrdquo (ALEXANDRE 1998)Grande parte das atividades realizadas satildeo efetuadasnas enfermarias pois eacute o local de permanecircncia dopaciente durante a internaccedilatildeo Dentre as atividadesexecutadas os trabalhadores de enfermagemconsideram mais desgastantes fisicamente asatividades de banho no chuveiro em pacientes quenecessitam serem transportados atraveacutes de cadeira debanho arrumaccedilatildeo de cama com paciente acamadomudanccedila de decuacutebito do paciente (MARZIALECARVALHO 1998)

A enfermagem necessita de no miacutenimo 55 cm de espaccedilo para

realizar as atividades Os leitos devem estar a 115 cm de distacircncia uns

dos outros para manobras com macas Sendo que a maior parte destas

atividades satildeo realizadas em peacute com postura inclinada A temperatura

do ambiente de trabalho deve ser confortaacutevel para o profissional em

torno de 20 a 24 ordmC A superfiacutecie de trabalho da enfermagem tambeacutem

deve ser considerada na questatildeo de evitar problemas

muacutesculoesqueleacuteticos Normalmente os hospitais tecircm pias e bancadas

muito baixas o que impotildeem o trabalhador a ficar em uma postura

inadequada O ideal eacute que a altura da pia e bancada seja do tamanho

do trabalhador e o tipo de trabalho executado O correto eacute que a

superfiacutecie da bancada deve ficar de 5 cm a 10 cm abaixo da altura dos

cotovelos para o indiviacuteduo que trabalha em peacute Como nem sempre eacute

seguido esses paracircmetros no ambiente hospitalar pode-se amenizar

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1523

colocando os peacutes alternadamente em um banquinho como cita

Alexandre (1998)Para uma pessoa que eacute obrigada a ficar em posiccedilatildeoparcialmente inclinada durante muitas horas por diahaveraacute menos fadiga se as costas ficarem retas e ocentro de gravidade for mantido sobre os quadris e ospeacutes Fletir um quadril ajudaraacute a assumir a postura dascostas plana pois eliminaraacute a traccedilatildeo do flexor doquadril sobre a coluna lombar Portanto colocando umpeacute sobre um banquinho com o quadril e o joelhofletidos permitiraacute uma posiccedilatildeo vertical com umalordose lombar menor (CALLIE 1979 apudALEXANDRE 1998)

_______________CALLIE R Siacutendromes dolorosas lombalgias Satildeo Paulo Manole 1979

Foi verificado como refere Marziale Carvalho (1998) que

90 das trabalhadoras femininas possuem altura entre 154 m e 171

m e peso entre 418 kg e 95 kg A altura em peacute dos trabalhadores varia

entre 154 m e 176 m sendo que no sexo feminino eacute de 162 m A

altura do cotovelo verificada em peacute varia entre 92 cm a 107 cm no

sexo feminino

ldquoDiante da falta de atenccedilatildeo aos valores antropomeacutetricos em

muitos hospitais compete ao trabalhador adaptar essa situaccedilatildeo natildeo

planejada e tal adaptaccedilatildeo possa a ser entendida como esticar curvar

entortar contundir o corpo agraves exigecircncias do trabalhordquo (BULHOtildeES

1994 apud MARZIALE CARVALHO 1998)

Os limites de alcance eacute um fator importante pois a maioria dos

profissionais de enfermagem necessita levantar ou retirar objetos

acima do ombro o que pode levar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

ldquoNestes procedimentos natildeo soacute a fadiga muscular eacute um fator

importante como tambeacutem o fato da pessoa torna-se mais instaacutevel com

riscos adicionaisrdquo (CHAFFIN 1987 apud ALEXANDRE 1998)

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1623

ldquoO estiramento da coluna eacute muito utilizado ao se colocar ou

retirar objetos de partes altas de estantesrdquo (ALEXANDRE 1998)

Haacute conselhos ergonocircmicos para resolver esta questatildeo como ldquoos

objetos pesados devem ser guardados dentro de uma amplitude de

alturas proacuteximas a cintura e que objetos leves podem ser armazenados

a qualquer altura situada entre o joelho e o ombrordquo (PALMMER

1976 apud ALEXANDRE 1998)

______________BULHOtildeES I Riscos do trabalho de enfermagem Rio de Janeiro Folha Carioca1994 221pCHAFFIN DB Manual materials handling and the biomechanical basis forprevention of low-back pain in industry Am Ind Hyg Assoc J v 48 n12 p989-96 1987PALMMER C Ergonomia Rio de Janeiro Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas1976

Durante a execuccedilatildeo de suas atividades ocupacionais ostrabalhadores de enfermagem frequentemente tecircm quepor ou retirar objetos (soros roupas monitores caixa deinstrumental etc) de alturas elevadas Para evitar esseproblema eacute aconselhaacutevel a realizaccedilatildeo de umplanejamento para o armazenamento de materiais emarmaacuterios e a utilizaccedilatildeo de uma escadinha(ALEXANDRE 1993 GIRLING BIRN BAUM1998 MARZIALE 1995 apud ALEXANDRE 1998)

Tambeacutem natildeo eacute aconselhaacutevel abaixar desnecessariamente o

ideal eacute que ao abaixar os joelhos fiquem fletidos e que os objetos

pesados devem ser armazenados em uma altura proacutexima a cintura

Um dos pontos mais criacuteticos no ambiente hospitalar eacute a falta de

equipamentos auxiliares que facilitariam o manuseio de materiais e a

manipulaccedilatildeo de pacientes A realidade eacute a utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterios

improvisados e inadequados como camas pesadas com rodas

estragadas manivelas de cama de difiacutecil movimentaccedilatildeo como refere

Alexandre (1998)

A enfermagem deve usar alguns princiacutepios baacutesicos da

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1723

mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1823

auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1923

FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2023

as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

Aguiar ADF et al Sauacutede do trabalhador de enfermagem queatua em centro de sauacutede Rev Inst Cienc Sauacutede n27 (2) p103-8 2009 Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr]gt acesso em 25 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC Aspectos ergonocircmicos relacionadoscom o ambiente e equipamentos hospitalares Rev Latino-Am Enfermagem [online] 1998 vol6 n4 pp 103-109Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em14 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC ROGANTE MM Movimentaccedilatildeo e

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2123

ELIAS MA NAVARRO VL A relaccedilatildeo entre o trabalho a sauacutede eas condiccedilotildees de vida negatividade e positividadeno trabalho dasprofissionais de enfermagem de um hospital escola Rev Latino-amEnfermagem 2007 julhoagosto14(4) Ribeiratildeo Preto517-25Disponiacutevel em wwwscielobrgt acesso[httpwwwscielobr3e20acesso] em25 de abril de 2010

transferecircncia de pacientes aspectos posturais eergonocircmicos Rev esc enferm USP [online] 2000 vol34n2 pp 165-173 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

BARBOZA DB SOLER ZASG Afastamentos do trabalho naenfermagem ocorrecircncias com trabalhadores de umhospital de ensino Rev Latino-Am Enfermagem [online]2003 vol11 n2 pp 177-183 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

MARZIALE MHP ROBAZZI MLCC O trabalho deenfermagem e a ergonomia Rev Latino-AmEnfermagem vol8 no 6 Ribeiratildeo Preto Dec 2008 Disponiacutevelem wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abrilde 2010

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2223

SANTANA VS Sauacutede do trabalhador no Brasil pesquisa na poacutes-graduaccedilatildeo Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 pp 101-111Disponiacutevel em wwwscielobr gt Acesso em 14 abril 2010

MAURO MYCWorkshop ndash A ergonomia e o gerenciamentode resiacuteduos na enfermagem do trabalho Rev EnfermagemAtual n40 ano julago 2007

MORENO CRC FISCHER FM ROTENBERG L A sauacutede dotrabalhador na sociedade 24 horas Satildeo Paulo Perspec[online] 2003 vol17 n1 pp 34-46 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

PARADA Elisandra de Oliveira ALEXANDRE Neusa MariaCosta and BENATTI Maria Ceciacutelia Cardoso Lesotildeesocupacionais afetando a coluna vertebral em trabalhadoresde enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem [online] 2002vol10 n1 pp 64-69 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abril de 2010

RADOVANOVIC CAT ALEXANDRE NMC Desenvolvimentode um instrumento para avaliar a movimentaccedilatildeo etransferecircncia de clientes um enfoque ergonocircmico Revesc enferm USP [online] 2002 vol36 n3 pp 231-239Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em25 de abril de 2010

REINHART EL FISCHER FM Barreiras agraves intervenccedilotildeesrelacionadas agrave sauacutede do trabalhador do setor sauacutede noBrasil Rev Panam SaludPublica vol25 no5 Washington May 2009

SILVA MA Normas para elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo detrabalhos acadecircmicos na UCG modalidades formataccedilatildeo ereferencias Goiacircnia Edda UCG 2002

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httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2323

Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

Postado haacute 29th May 2013 por fisioterapia

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Page 15: Ergonomia Em Ambiente Hospitalar

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colocando os peacutes alternadamente em um banquinho como cita

Alexandre (1998)Para uma pessoa que eacute obrigada a ficar em posiccedilatildeoparcialmente inclinada durante muitas horas por diahaveraacute menos fadiga se as costas ficarem retas e ocentro de gravidade for mantido sobre os quadris e ospeacutes Fletir um quadril ajudaraacute a assumir a postura dascostas plana pois eliminaraacute a traccedilatildeo do flexor doquadril sobre a coluna lombar Portanto colocando umpeacute sobre um banquinho com o quadril e o joelhofletidos permitiraacute uma posiccedilatildeo vertical com umalordose lombar menor (CALLIE 1979 apudALEXANDRE 1998)

_______________CALLIE R Siacutendromes dolorosas lombalgias Satildeo Paulo Manole 1979

Foi verificado como refere Marziale Carvalho (1998) que

90 das trabalhadoras femininas possuem altura entre 154 m e 171

m e peso entre 418 kg e 95 kg A altura em peacute dos trabalhadores varia

entre 154 m e 176 m sendo que no sexo feminino eacute de 162 m A

altura do cotovelo verificada em peacute varia entre 92 cm a 107 cm no

sexo feminino

ldquoDiante da falta de atenccedilatildeo aos valores antropomeacutetricos em

muitos hospitais compete ao trabalhador adaptar essa situaccedilatildeo natildeo

planejada e tal adaptaccedilatildeo possa a ser entendida como esticar curvar

entortar contundir o corpo agraves exigecircncias do trabalhordquo (BULHOtildeES

1994 apud MARZIALE CARVALHO 1998)

Os limites de alcance eacute um fator importante pois a maioria dos

profissionais de enfermagem necessita levantar ou retirar objetos

acima do ombro o que pode levar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos

ldquoNestes procedimentos natildeo soacute a fadiga muscular eacute um fator

importante como tambeacutem o fato da pessoa torna-se mais instaacutevel com

riscos adicionaisrdquo (CHAFFIN 1987 apud ALEXANDRE 1998)

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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ldquoO estiramento da coluna eacute muito utilizado ao se colocar ou

retirar objetos de partes altas de estantesrdquo (ALEXANDRE 1998)

Haacute conselhos ergonocircmicos para resolver esta questatildeo como ldquoos

objetos pesados devem ser guardados dentro de uma amplitude de

alturas proacuteximas a cintura e que objetos leves podem ser armazenados

a qualquer altura situada entre o joelho e o ombrordquo (PALMMER

1976 apud ALEXANDRE 1998)

______________BULHOtildeES I Riscos do trabalho de enfermagem Rio de Janeiro Folha Carioca1994 221pCHAFFIN DB Manual materials handling and the biomechanical basis forprevention of low-back pain in industry Am Ind Hyg Assoc J v 48 n12 p989-96 1987PALMMER C Ergonomia Rio de Janeiro Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas1976

Durante a execuccedilatildeo de suas atividades ocupacionais ostrabalhadores de enfermagem frequentemente tecircm quepor ou retirar objetos (soros roupas monitores caixa deinstrumental etc) de alturas elevadas Para evitar esseproblema eacute aconselhaacutevel a realizaccedilatildeo de umplanejamento para o armazenamento de materiais emarmaacuterios e a utilizaccedilatildeo de uma escadinha(ALEXANDRE 1993 GIRLING BIRN BAUM1998 MARZIALE 1995 apud ALEXANDRE 1998)

Tambeacutem natildeo eacute aconselhaacutevel abaixar desnecessariamente o

ideal eacute que ao abaixar os joelhos fiquem fletidos e que os objetos

pesados devem ser armazenados em uma altura proacutexima a cintura

Um dos pontos mais criacuteticos no ambiente hospitalar eacute a falta de

equipamentos auxiliares que facilitariam o manuseio de materiais e a

manipulaccedilatildeo de pacientes A realidade eacute a utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterios

improvisados e inadequados como camas pesadas com rodas

estragadas manivelas de cama de difiacutecil movimentaccedilatildeo como refere

Alexandre (1998)

A enfermagem deve usar alguns princiacutepios baacutesicos da

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 1923

FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

Aguiar ADF et al Sauacutede do trabalhador de enfermagem queatua em centro de sauacutede Rev Inst Cienc Sauacutede n27 (2) p103-8 2009 Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr]gt acesso em 25 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC Aspectos ergonocircmicos relacionadoscom o ambiente e equipamentos hospitalares Rev Latino-Am Enfermagem [online] 1998 vol6 n4 pp 103-109Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em14 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC ROGANTE MM Movimentaccedilatildeo e

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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ELIAS MA NAVARRO VL A relaccedilatildeo entre o trabalho a sauacutede eas condiccedilotildees de vida negatividade e positividadeno trabalho dasprofissionais de enfermagem de um hospital escola Rev Latino-amEnfermagem 2007 julhoagosto14(4) Ribeiratildeo Preto517-25Disponiacutevel em wwwscielobrgt acesso[httpwwwscielobr3e20acesso] em25 de abril de 2010

transferecircncia de pacientes aspectos posturais eergonocircmicos Rev esc enferm USP [online] 2000 vol34n2 pp 165-173 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

BARBOZA DB SOLER ZASG Afastamentos do trabalho naenfermagem ocorrecircncias com trabalhadores de umhospital de ensino Rev Latino-Am Enfermagem [online]2003 vol11 n2 pp 177-183 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

MARZIALE MHP ROBAZZI MLCC O trabalho deenfermagem e a ergonomia Rev Latino-AmEnfermagem vol8 no 6 Ribeiratildeo Preto Dec 2008 Disponiacutevelem wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abrilde 2010

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2223

SANTANA VS Sauacutede do trabalhador no Brasil pesquisa na poacutes-graduaccedilatildeo Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 pp 101-111Disponiacutevel em wwwscielobr gt Acesso em 14 abril 2010

MAURO MYCWorkshop ndash A ergonomia e o gerenciamentode resiacuteduos na enfermagem do trabalho Rev EnfermagemAtual n40 ano julago 2007

MORENO CRC FISCHER FM ROTENBERG L A sauacutede dotrabalhador na sociedade 24 horas Satildeo Paulo Perspec[online] 2003 vol17 n1 pp 34-46 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

PARADA Elisandra de Oliveira ALEXANDRE Neusa MariaCosta and BENATTI Maria Ceciacutelia Cardoso Lesotildeesocupacionais afetando a coluna vertebral em trabalhadoresde enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem [online] 2002vol10 n1 pp 64-69 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abril de 2010

RADOVANOVIC CAT ALEXANDRE NMC Desenvolvimentode um instrumento para avaliar a movimentaccedilatildeo etransferecircncia de clientes um enfoque ergonocircmico Revesc enferm USP [online] 2002 vol36 n3 pp 231-239Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em25 de abril de 2010

REINHART EL FISCHER FM Barreiras agraves intervenccedilotildeesrelacionadas agrave sauacutede do trabalhador do setor sauacutede noBrasil Rev Panam SaludPublica vol25 no5 Washington May 2009

SILVA MA Normas para elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo detrabalhos acadecircmicos na UCG modalidades formataccedilatildeo ereferencias Goiacircnia Edda UCG 2002

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Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

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ldquoO estiramento da coluna eacute muito utilizado ao se colocar ou

retirar objetos de partes altas de estantesrdquo (ALEXANDRE 1998)

Haacute conselhos ergonocircmicos para resolver esta questatildeo como ldquoos

objetos pesados devem ser guardados dentro de uma amplitude de

alturas proacuteximas a cintura e que objetos leves podem ser armazenados

a qualquer altura situada entre o joelho e o ombrordquo (PALMMER

1976 apud ALEXANDRE 1998)

______________BULHOtildeES I Riscos do trabalho de enfermagem Rio de Janeiro Folha Carioca1994 221pCHAFFIN DB Manual materials handling and the biomechanical basis forprevention of low-back pain in industry Am Ind Hyg Assoc J v 48 n12 p989-96 1987PALMMER C Ergonomia Rio de Janeiro Fundaccedilatildeo Getuacutelio Vargas1976

Durante a execuccedilatildeo de suas atividades ocupacionais ostrabalhadores de enfermagem frequentemente tecircm quepor ou retirar objetos (soros roupas monitores caixa deinstrumental etc) de alturas elevadas Para evitar esseproblema eacute aconselhaacutevel a realizaccedilatildeo de umplanejamento para o armazenamento de materiais emarmaacuterios e a utilizaccedilatildeo de uma escadinha(ALEXANDRE 1993 GIRLING BIRN BAUM1998 MARZIALE 1995 apud ALEXANDRE 1998)

Tambeacutem natildeo eacute aconselhaacutevel abaixar desnecessariamente o

ideal eacute que ao abaixar os joelhos fiquem fletidos e que os objetos

pesados devem ser armazenados em uma altura proacutexima a cintura

Um dos pontos mais criacuteticos no ambiente hospitalar eacute a falta de

equipamentos auxiliares que facilitariam o manuseio de materiais e a

manipulaccedilatildeo de pacientes A realidade eacute a utilizaccedilatildeo de mobiliaacuterios

improvisados e inadequados como camas pesadas com rodas

estragadas manivelas de cama de difiacutecil movimentaccedilatildeo como refere

Alexandre (1998)

A enfermagem deve usar alguns princiacutepios baacutesicos da

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

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auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

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as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

Aguiar ADF et al Sauacutede do trabalhador de enfermagem queatua em centro de sauacutede Rev Inst Cienc Sauacutede n27 (2) p103-8 2009 Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr]gt acesso em 25 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC Aspectos ergonocircmicos relacionadoscom o ambiente e equipamentos hospitalares Rev Latino-Am Enfermagem [online] 1998 vol6 n4 pp 103-109Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em14 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC ROGANTE MM Movimentaccedilatildeo e

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httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2123

ELIAS MA NAVARRO VL A relaccedilatildeo entre o trabalho a sauacutede eas condiccedilotildees de vida negatividade e positividadeno trabalho dasprofissionais de enfermagem de um hospital escola Rev Latino-amEnfermagem 2007 julhoagosto14(4) Ribeiratildeo Preto517-25Disponiacutevel em wwwscielobrgt acesso[httpwwwscielobr3e20acesso] em25 de abril de 2010

transferecircncia de pacientes aspectos posturais eergonocircmicos Rev esc enferm USP [online] 2000 vol34n2 pp 165-173 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

BARBOZA DB SOLER ZASG Afastamentos do trabalho naenfermagem ocorrecircncias com trabalhadores de umhospital de ensino Rev Latino-Am Enfermagem [online]2003 vol11 n2 pp 177-183 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

MARZIALE MHP ROBAZZI MLCC O trabalho deenfermagem e a ergonomia Rev Latino-AmEnfermagem vol8 no 6 Ribeiratildeo Preto Dec 2008 Disponiacutevelem wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abrilde 2010

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SANTANA VS Sauacutede do trabalhador no Brasil pesquisa na poacutes-graduaccedilatildeo Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 pp 101-111Disponiacutevel em wwwscielobr gt Acesso em 14 abril 2010

MAURO MYCWorkshop ndash A ergonomia e o gerenciamentode resiacuteduos na enfermagem do trabalho Rev EnfermagemAtual n40 ano julago 2007

MORENO CRC FISCHER FM ROTENBERG L A sauacutede dotrabalhador na sociedade 24 horas Satildeo Paulo Perspec[online] 2003 vol17 n1 pp 34-46 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

PARADA Elisandra de Oliveira ALEXANDRE Neusa MariaCosta and BENATTI Maria Ceciacutelia Cardoso Lesotildeesocupacionais afetando a coluna vertebral em trabalhadoresde enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem [online] 2002vol10 n1 pp 64-69 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abril de 2010

RADOVANOVIC CAT ALEXANDRE NMC Desenvolvimentode um instrumento para avaliar a movimentaccedilatildeo etransferecircncia de clientes um enfoque ergonocircmico Revesc enferm USP [online] 2002 vol36 n3 pp 231-239Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em25 de abril de 2010

REINHART EL FISCHER FM Barreiras agraves intervenccedilotildeesrelacionadas agrave sauacutede do trabalhador do setor sauacutede noBrasil Rev Panam SaludPublica vol25 no5 Washington May 2009

SILVA MA Normas para elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo detrabalhos acadecircmicos na UCG modalidades formataccedilatildeo ereferencias Goiacircnia Edda UCG 2002

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Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

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mecacircnica corporal durante a manipulaccedilatildeo de pacientes segundo

Alexandre Rogante (2000) usar o peso corporal como um contra

peso ao do paciente abaixar a cabeceira da cama ao mover um

paciente para cima utilizar movimentos sincrocircnicos trabalhar o mais

proacuteximo possiacutevel do corpo do cliente realizar manipulaccedilatildeo de

pacientes com a ajuda de pelo menos duas pessoas

Ao trazer o paciente para um dos lados da cama eacute necessaacuterio

ter duas pessoas sendo que as duas devem ficar do mesmo lado da

cama de frente para o paciente permanecer com uma das pernas em

frente da outra joelhos e quadris fletidos trazendo os braccedilos ao niacutevel

da cama a primeira pessoa coloca um dos braccedilos sob a cabeccedila do

paciente e o outro braccedilo na regiatildeo lombar a segunda pessoa coloca

um dos braccedilos na regiatildeo lombar e o outro braccedilo na regiatildeo posterior da

coxa desta forma trazer o paciente para o lado da cama que desejarALEXANDRE NMCContribuiccedilatildeo ao estudo das cervicodorsolombalgias emprofissionais de enfermagem Ribeiratildeo Preto 1993 186p Tese (Doutorado) ndashEscola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de Satildeo PauloGIRLING B BIRN BAUM R An ergonomic approach to training for prevention ofmusculoskeletal stress at work Physiotherapy v74 n9 p479-83 1998MARZIALE MHP Condiccedilotildees ergonocircmicas da situaccedilatildeo de trabalho do pessoal deenfermagem em uma unidade de internaccedilatildeo hospitalar Ribeiratildeo Preto 1995 113pTese (Doutorado) Escola de Enfermagem de Ribeiratildeo Preto Universidade de SatildeoPaulo

Para colocar o cliente em decuacutebito lateral quando este natildeo eacute

obeso eacute necessaacuterio permanecer do lado para o qual for virar o cliente

cruzar seu braccedilo e sua perna no sentido em que ele vai ser virado

flexionado o joelho fazer o cliente virar a cabeccedila em sua direccedilatildeo e

rolar a pessoa utilizando seu ombro e joelho como alavancas

Ao movimentar o cliente em posiccedilatildeo supina para a cabeceira

da cama o ideal eacute deixar a cama em posiccedilatildeo horizontal colocar um

travesseiro na cabeceira da cama colocar um lenccedilol sob o corpo do

cliente duas pessoas permanecem uma de cada lado do leito

segurando firmemente o lenccedilol e movimenta o paciente

O transporte de pacientes deve ser realizado com elementos

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auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

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FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

Aguiar ADF et al Sauacutede do trabalhador de enfermagem queatua em centro de sauacutede Rev Inst Cienc Sauacutede n27 (2) p103-8 2009 Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr]gt acesso em 25 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC Aspectos ergonocircmicos relacionadoscom o ambiente e equipamentos hospitalares Rev Latino-Am Enfermagem [online] 1998 vol6 n4 pp 103-109Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em14 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC ROGANTE MM Movimentaccedilatildeo e

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ELIAS MA NAVARRO VL A relaccedilatildeo entre o trabalho a sauacutede eas condiccedilotildees de vida negatividade e positividadeno trabalho dasprofissionais de enfermagem de um hospital escola Rev Latino-amEnfermagem 2007 julhoagosto14(4) Ribeiratildeo Preto517-25Disponiacutevel em wwwscielobrgt acesso[httpwwwscielobr3e20acesso] em25 de abril de 2010

transferecircncia de pacientes aspectos posturais eergonocircmicos Rev esc enferm USP [online] 2000 vol34n2 pp 165-173 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

BARBOZA DB SOLER ZASG Afastamentos do trabalho naenfermagem ocorrecircncias com trabalhadores de umhospital de ensino Rev Latino-Am Enfermagem [online]2003 vol11 n2 pp 177-183 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

MARZIALE MHP ROBAZZI MLCC O trabalho deenfermagem e a ergonomia Rev Latino-AmEnfermagem vol8 no 6 Ribeiratildeo Preto Dec 2008 Disponiacutevelem wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abrilde 2010

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SANTANA VS Sauacutede do trabalhador no Brasil pesquisa na poacutes-graduaccedilatildeo Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 pp 101-111Disponiacutevel em wwwscielobr gt Acesso em 14 abril 2010

MAURO MYCWorkshop ndash A ergonomia e o gerenciamentode resiacuteduos na enfermagem do trabalho Rev EnfermagemAtual n40 ano julago 2007

MORENO CRC FISCHER FM ROTENBERG L A sauacutede dotrabalhador na sociedade 24 horas Satildeo Paulo Perspec[online] 2003 vol17 n1 pp 34-46 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

PARADA Elisandra de Oliveira ALEXANDRE Neusa MariaCosta and BENATTI Maria Ceciacutelia Cardoso Lesotildeesocupacionais afetando a coluna vertebral em trabalhadoresde enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem [online] 2002vol10 n1 pp 64-69 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abril de 2010

RADOVANOVIC CAT ALEXANDRE NMC Desenvolvimentode um instrumento para avaliar a movimentaccedilatildeo etransferecircncia de clientes um enfoque ergonocircmico Revesc enferm USP [online] 2002 vol36 n3 pp 231-239Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em25 de abril de 2010

REINHART EL FISCHER FM Barreiras agraves intervenccedilotildeesrelacionadas agrave sauacutede do trabalhador do setor sauacutede noBrasil Rev Panam SaludPublica vol25 no5 Washington May 2009

SILVA MA Normas para elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo detrabalhos acadecircmicos na UCG modalidades formataccedilatildeo ereferencias Goiacircnia Edda UCG 2002

09112015 ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

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Dr Alexandre fisioterapeuta em natal CREFITO-17221-LFT alexandrefisio1973gmailcom

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auxiliares como cintos e pranchas de transferecircncia discos giratoacuterios e

auxiacutelios mecacircnicos

Para auxiliar o cliente a levantar da cadeira eacute necessaacuterio usar o

cinto de transferecircncia colocar o cliente para frente da cadeira

puxando-o alternadamente pelo quadril e permanecer ao lado da

cadeira O cliente deve colocar uma matildeo no braccedilo mais distante da

cadeira e a outra eacute apoiada pela matildeo do trabalhador Com o outro

braccedilo o trabalhador circunda a cintura do paciente segurando no cinto

de transferecircncia Levantar de forma coordenada com movimentos de

balanccedilo

Para transferir o cliente do leito para a cadeira de rodas o ideal

eacute posicionar a cadeira proacutexima agrave cama Elas devem ter a mesma

altura Travar a cadeira e o leito remover o braccedilo da cadeira e elevar o

apoio dos peacutes Posicionar a taacutebua apoiada seguramente entre a cama e

a cadeira Outro modo eacute usar o cinto de transferecircncia e colocar a

cadeira ao lado da cama com as costas para o peacute da cama Travar as

rodas e levantar o apoio para os peacutes Salientar o cliente na beira da

cama Calccedilar o cliente com sapato Segurar o cliente pela cintura

auxiliando-o levantar virar-se e sentar-se na cadeira

Natildeo existe maneira segura para transferir o cliente do leito para

uma maca O ideal eacute usar pranchas ou plaacutesticos resistentes para a

transferecircncia O cliente deve ser virado para que se acomode o

material sob ele Volta-se o cliente para a posiccedilatildeo supina puxando-o

para a maca com a ajuda do material Deve participar desse

procedimento quantas pessoas forem necessaacuterias dependendo das

condiccedilotildees e do peso do cliente

Desta forma eacute importante rever a forma de como a enfermagem

executa as atividades laborais ldquoO ambiente de trabalho abrangendo

aspectos fiacutesicos psicossociais e organizacionais age tanto direta

quanto indiretamente sobre a sauacutede do trabalhadorrdquo (REINHAROT

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FISCHER 2009)

O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

saudaacutevel e para isto deve existir um programa de prevenccedilatildeo contra

acidentes e doenccedilas Os gestores das unidades hospitalares devem

criar condiccedilotildees para um ambiente seguro e natildeo soacute pensar que o

trabalhador deve somente produzir Eacute necessaacuterio tambeacutem modificar o

conhecimento o comportamento e as atividades individuais tanto dos

gestores quanto dos profissionais de enfermagem a fim de evitar ou

minimizar os problemas muacutesculoesqueleacuteticos por falta de teacutecnicas de

ergonomia

6 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

O trabalho sobre como a ergonomia pode reduzir problemas

muacutesculoesqueleacuteticos eacute de suma importacircncia para a categoria de

enfermagem pois esta realiza procedimentos de movimentaccedilatildeo e

transferecircncia a todo o momento como tambeacutem exerce atividades

laborais em um ambiente agraves vezes insalubre

A equipe de enfermagem eacute um grupo de risco em relaccedilatildeo ao

desenvolvimento de distuacuterbios muacutesculoesqueleacuteticos principalmente

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as lombalgias por executar atividades fortemente tensioacutegenas e por

falta de teacutecnicas ergonocircmicas

A equipe de enfermagem eacute a categoria de grande importacircncia

para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

proacutepria sauacutede e da unidade hospitalar

7 REFEREcircNCIAS

Aguiar ADF et al Sauacutede do trabalhador de enfermagem queatua em centro de sauacutede Rev Inst Cienc Sauacutede n27 (2) p103-8 2009 Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr]gt acesso em 25 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC Aspectos ergonocircmicos relacionadoscom o ambiente e equipamentos hospitalares Rev Latino-Am Enfermagem [online] 1998 vol6 n4 pp 103-109Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em14 de abril de 2010

ALEXANDRE NMC ROGANTE MM Movimentaccedilatildeo e

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httpfisioterapiaresidencialblogspotcombr201305ergonomia-em-ambiente-hospitalarhtml 2123

ELIAS MA NAVARRO VL A relaccedilatildeo entre o trabalho a sauacutede eas condiccedilotildees de vida negatividade e positividadeno trabalho dasprofissionais de enfermagem de um hospital escola Rev Latino-amEnfermagem 2007 julhoagosto14(4) Ribeiratildeo Preto517-25Disponiacutevel em wwwscielobrgt acesso[httpwwwscielobr3e20acesso] em25 de abril de 2010

transferecircncia de pacientes aspectos posturais eergonocircmicos Rev esc enferm USP [online] 2000 vol34n2 pp 165-173 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

BARBOZA DB SOLER ZASG Afastamentos do trabalho naenfermagem ocorrecircncias com trabalhadores de umhospital de ensino Rev Latino-Am Enfermagem [online]2003 vol11 n2 pp 177-183 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

MARZIALE MHP ROBAZZI MLCC O trabalho deenfermagem e a ergonomia Rev Latino-AmEnfermagem vol8 no 6 Ribeiratildeo Preto Dec 2008 Disponiacutevelem wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abrilde 2010

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SANTANA VS Sauacutede do trabalhador no Brasil pesquisa na poacutes-graduaccedilatildeo Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 pp 101-111Disponiacutevel em wwwscielobr gt Acesso em 14 abril 2010

MAURO MYCWorkshop ndash A ergonomia e o gerenciamentode resiacuteduos na enfermagem do trabalho Rev EnfermagemAtual n40 ano julago 2007

MORENO CRC FISCHER FM ROTENBERG L A sauacutede dotrabalhador na sociedade 24 horas Satildeo Paulo Perspec[online] 2003 vol17 n1 pp 34-46 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

PARADA Elisandra de Oliveira ALEXANDRE Neusa MariaCosta and BENATTI Maria Ceciacutelia Cardoso Lesotildeesocupacionais afetando a coluna vertebral em trabalhadoresde enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem [online] 2002vol10 n1 pp 64-69 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abril de 2010

RADOVANOVIC CAT ALEXANDRE NMC Desenvolvimentode um instrumento para avaliar a movimentaccedilatildeo etransferecircncia de clientes um enfoque ergonocircmico Revesc enferm USP [online] 2002 vol36 n3 pp 231-239Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em25 de abril de 2010

REINHART EL FISCHER FM Barreiras agraves intervenccedilotildeesrelacionadas agrave sauacutede do trabalhador do setor sauacutede noBrasil Rev Panam SaludPublica vol25 no5 Washington May 2009

SILVA MA Normas para elaboraccedilatildeo e apresentaccedilatildeo detrabalhos acadecircmicos na UCG modalidades formataccedilatildeo ereferencias Goiacircnia Edda UCG 2002

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O ambiente de trabalho da enfermagem deve ser seguro e

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ergonomia

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ALEXANDRE NMC Aspectos ergonocircmicos relacionadoscom o ambiente e equipamentos hospitalares Rev Latino-Am Enfermagem [online] 1998 vol6 n4 pp 103-109Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em14 de abril de 2010

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ELIAS MA NAVARRO VL A relaccedilatildeo entre o trabalho a sauacutede eas condiccedilotildees de vida negatividade e positividadeno trabalho dasprofissionais de enfermagem de um hospital escola Rev Latino-amEnfermagem 2007 julhoagosto14(4) Ribeiratildeo Preto517-25Disponiacutevel em wwwscielobrgt acesso[httpwwwscielobr3e20acesso] em25 de abril de 2010

transferecircncia de pacientes aspectos posturais eergonocircmicos Rev esc enferm USP [online] 2000 vol34n2 pp 165-173 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

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GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

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falta de teacutecnicas ergonocircmicas

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para o funcionamento de unidade hospitalar por isso devem existir

programas de prevenccedilatildeo contra acidentes e doenccedilas

muacutesculoesqueleacuteticos para que estes possam continuar desenvolvendo

suas atividades laborais de forma produtiva e sem prejuiacutezos a sua

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transferecircncia de pacientes aspectos posturais eergonocircmicos Rev esc enferm USP [online] 2000 vol34n2 pp 165-173 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de 2010

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GURGUEIRA GP ALEXANDRE NMC FILHO HRCPrevalecircncia de sintomas muacutesculo-esqueleacuteticos emtrabalhadoras de enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem[online] 2003 vol11 n5 pp 608-613 Disponiacutevel emwwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em 14 de abril de2010

MARZIALE MHP CARVALHO EC Condiccedilotildees ergonocircmicasdo trabalho da equipe de enfermagem em unidade deinternaccedilatildeo de cardiologia Rev Latino-Am Enfermagem[online] 1998 vol6 n1 pp 99-117

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PARADA Elisandra de Oliveira ALEXANDRE Neusa MariaCosta and BENATTI Maria Ceciacutelia Cardoso Lesotildeesocupacionais afetando a coluna vertebral em trabalhadoresde enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem [online] 2002vol10 n1 pp 64-69 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abril de 2010

RADOVANOVIC CAT ALEXANDRE NMC Desenvolvimentode um instrumento para avaliar a movimentaccedilatildeo etransferecircncia de clientes um enfoque ergonocircmico Revesc enferm USP [online] 2002 vol36 n3 pp 231-239Disponiacutevel em wwwscielobr [httpwwwscielobr] gt acesso em25 de abril de 2010

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PARADA Elisandra de Oliveira ALEXANDRE Neusa MariaCosta and BENATTI Maria Ceciacutelia Cardoso Lesotildeesocupacionais afetando a coluna vertebral em trabalhadoresde enfermagem Rev Latino-Am Enfermagem [online] 2002vol10 n1 pp 64-69 Disponiacutevel em wwwscielobr[httpwwwscielobr] gt acesso em 25 de abril de 2010

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