ergonomia e produtividade profª paula garcia iamonde terapeuta ocupacional - ergonomista

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ERGONOMIA E PRODUTIVIDADE Profª Paula Garcia Iamonde Terapeuta Ocupacional - Ergonomista

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ERGONOMIA E

PRODUTIVIDADE

Profª Paula Garcia IamondeTerapeuta Ocupacional - Ergonomista

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Filme “Liderar pelo exemplo”

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CONTEÚDO DA DISCIPLINA O mundo do trabalho e suas transformações; O processo saúde-trabalho-doença; Fatores de risco no ambiente de trabalho; Legislação trabalhista: Normas Regulamentadoras (NR); Legislação previdenciária: conceito de acidente de

trabalho e Comunicação de Acidente de Trabalho- CAT; O papel das instituições: Previdência social, SRT, DEAT,

SUS.

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CONTEÚDO DA DISCIPLINA

Ergonomia: conceito, objetivos, classificação Ergonomia e biomecânica: postura (trabalho em pé e

sentado), peso, mobiliário; Ergonomia e organização do trabalho: ritmo,

repetitividade, conteúdo da tarefa, pressões, processos de trabalho, fluxos de produção, trabalho noturno e em turno.

Apresentação e discussão de casos de análises ergonômicas em unidades de nutrição e dietética.

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1 – O que é trabalho?

2 – Quais as mudanças percebidas no mundo do trabalho?

Mais estável? Mais valorizado? Exigências quanto ao perfil e qualificação.

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Termo em latim que dá origem a palavra trabalho, cujo significado é:

“ Instrumento de tortura utilizado para punir criminosos que ao perderem a liberdade, eram submetidos ao trabalho forçado” (Bom Sucesso, 1997)”

sofrimento Pouco valor

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Cristianismo:

O trabalho era associado a possibilidade de enriquecimento e atrelado à noção de castigo, penosidade e sofrimento por promover um “distanciamento de Deus”.

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Reforma Protestante: Martim Lutero e Calvino

Para os seguidores de calvino, a riqueza representava os sinais exteriores da graça divina, e o sucesso, um sinal de predestinação;

Valorização do trabalho;

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Trabalho como vocação

Todos devem ter a vontade de trabalhar e

de produzir (no sentido capitalista da palavra)

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Modo de produção capitalista

Caracterizado pela existência do mercado, em que a força de trabalho é vendida como uma mercadoria por um determinado valor.

No capitalismo cria-se o sobretrabalho

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É trabalho realizado e não pago;

É a porção de trabalho que é doada ao empregador.

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A fábrica é pensada a partir da máquina e não a partir do homem, levando uma cisão entre concepção e execução, processo este alienante para o trabalhador.

Trouxe novas implicações sociais, políticas e econômicas:

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Jornadas de trabalho intensas; Locais insalubres; Danos graves à saúde (acidentes graves e mutilantes)

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A maquinaria torna a força muscular dispensável. Por isso, o trabalho de mulheres e de crianças foi a primeira palavra de ordem da aplicação capitalista da maquinaria.

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Trabalho infantil (crianças de 05 a 07 anos); Mulheres.

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Ausência ao trabalho, rotatividade no emprego, entre outros, como forma de contestar as normas e sanções impostas ;

Conselhos de fábrica e delegados de pessoal; Quebra de máquinas pelos trabalhadores; Aumento de sindicatos; Greves.

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REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA

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TAYLORISMO

- Frederick Taylor ( século XIX);

- Tinha como principal objetivo ampliar o controle sobre o trabalho, o ritmo e sobre a produção.

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1º - A gerência controla o conhecimento e a disciplina do trabalhador: Separação entre os que trabalham e os que planejam

2º - Seleção e treinamento: Consiste em escolher o indivíduo que executa a tarefa de acordo com o que a gerência planejou.

3º - Foco na na “tarefa” ou na “ordem de produção”: na tarefa é especificado o que deve ser feito, como fazer e o tempo exato destinado para a execução.

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CONTROLE DO PROCESSO: TEMPO, RÍTMO, PRODUÇÃO.

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A organização do trabalho no modelo taylorista buscava se relacionar de forma individual com os trabalhadores, procurando dividi-los e fragmentá-los.

-A competição e quebra de solidariedade entre os trabalhadores foram incentivadas;

- Salário diferencial;

- Prêmios de produção.

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Incapacidades temporárias;

Aumento dos acidentes nas linhas de montagem;

Aumento na proporção de produtos defeituosos e no tempo dedicado ao controle da qualidade.

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A acumulação flexível ou modelo japonês ou Toyotismo forma de organização que nasce a partir da fábrica Toyota, no Japão.

Associa avanços tecnológicos com novas formas de gestão da força de trabalho na produção.

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Adequação à lógica do mercado: produzir produtos diferenciados e de acordo com a demanda;

Perfil dos trabalhadores: competentes e competitivos, trabalhadores multifuncionais, polivalentes.

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TOYOTISMO

Pressupõe a participação do trabalhador no

processo de maneira global, no sentido do

trabalho manual e intelectual.

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Estruturas enxutas Desemprego Políticas de RH Qualidade total,

aumento da produtividade Novos conceitos: colaborador, associado,

parceiro Polifunção Flexibilidade - flexibilidade de tempo

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Competitividade x Individualismo Eficiência e Excelência Trabalho em equipe (maiores exigências

entre os pares. Se adoece é discriminado por colegas)

Inovação tecnológica Novas formas de contratação Empregabilidade.

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Terceirização: Forma de contratação de serviços por

meio de uma empresa intermediária entre o tomador de serviços e a mão-de-obra, mediante um contrato de prestação de serviços.

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O contratante deve estar ciente da co-responsabilidade legal ou responsabilidade solidária que assume perante a contratada.

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Os trabalhadores compartilham os perfis de adoecimento e morte da população em geral. Além disso, os trabalhadores podem adoecer

ou morrer por causas relacionadas ao trabalho, como conseqüência da profissão que

exercem ou exerceram, ou pelas condições adversas em que seu trabalho é ou foi

realizado

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O trabalho começa com o homem

Quando começa a associação das doenças relacionadas ao trabalho

com as atividades e/ou

ambiente de trabalho?

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Doenças descritas desde a antiguidade (antes de cristo), sem relacioná-las ao trabalho.

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Bernardino Ramazzini publica, na Itália, o primeiro texto que descreve doenças do trabalho, em mais de 50 ocupações.

- 1700 - livro De morbis Artificum Diatriba (As Doenças do Trabalhadores).

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MÉDICO ITALIANOPAI DA MEDICINA DOTRABALHO

“De Morbis ArtificumDiatriba”

QUE ARTE EXERCE?QUAL A SUAOCUPAÇÃO?

Autor da frase: È mais importante prevenir do que curar

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A relação trabalho e saúde só tornou-se preocupante quando passou a interferir na produção. Os níveis de mortalidade e morbidade pareciam ameaçar o próprio processo de acumulação do capital

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Filme “História da Segurança do Trabalho”

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FATORES DE RISCO

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“É uma condição ou conjunto de circunstâncias que tem o potencial de causar um efeito adverso, que pode ser: morte, lesões , doenças ou danos á saúde, à propriedade ou ao meio ambiente”

(TRIVELATO, 1998)

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GRUPO 1GRUPO 1VERDEVERDE

GRUPO 2GRUPO 2VERMELHOVERMELHO

GRUPO 3GRUPO 3MARROMMARROM

GRUPO 4GRUPO 4AMARELOAMARELO

GRUPO 5GRUPO 5AZULAZUL

RISCOSRISCOSFÍSICOSFÍSICOS

RISCOSRISCOSQUÍMICOSQUÍMICOS

RISCOSRISCOSBIOLÓGICOSBIOLÓGICOS

RISCOSRISCOSERGONÔMICOSERGONÔMICOS

RISCOS DE ACIDENTESRISCOS DE ACIDENTES

RUÍDORUÍDO POEIRAPOEIRA VÍRUSVÍRUS ESFORÇO FÍSICO ESFORÇO FÍSICO INTENSOINTENSO

ARRANJO FÍSICO ARRANJO FÍSICO INADEQUADOINADEQUADO

VIBRAÇÕESVIBRAÇÕES FUMOS METÁLICOSFUMOS METÁLICOS BACTÉRIASBACTÉRIAS TRANSPORTE MANUAL TRANSPORTE MANUAL DE PESODE PESO

MÁQUINA E MÁQUINA E EQUIPAMENTO SEM EQUIPAMENTO SEM

PROTEÇÃOPROTEÇÃO

RADIAÇÃO RADIAÇÃO IONIZANTEIONIZANTE

NÉVOASNÉVOAS PROTOZOÁRIOSPROTOZOÁRIOS EXIGÊNCIA DE EXIGÊNCIA DE POSTURA POSTURA

INADEQUADAINADEQUADA

FERRAMENTAS FERRAMENTAS INADEQUADAS OU INADEQUADAS OU

DEFEITUOSASDEFEITUOSAS

RADIAÇÃO NÃO RADIAÇÃO NÃO IONIZANTEIONIZANTE

NEBLINASNEBLINAS FUNGOSFUNGOS CONTROLE RÍGIDO DE CONTROLE RÍGIDO DE PRODUTIVIDADEPRODUTIVIDADE

ILUMINAÇÃO ILUMINAÇÃO INADEQUADAINADEQUADA

FRIOFRIO GASESGASES PARASITASPARASITAS IMPOSIÇÃO DE RÍTMOS IMPOSIÇÃO DE RÍTMOS EXCESSIVOSEXCESSIVOS

ELETRICIDADEELETRICIDADE

CALORCALOR VAPORESVAPORES BACILOSBACILOS TRABALHO EM TURNO TRABALHO EM TURNO E NOTURNOE NOTURNO

PROBABILIDADE DE PROBABILIDADE DE INCÊNDIO OU EXPLOSÃOINCÊNDIO OU EXPLOSÃO

PRESSÕES PRESSÕES ANORMAISANORMAIS

SUBSTÂNCIAS SUBSTÂNCIAS COMPOSTAS OU COMPOSTAS OU

PRODUTOS PRODUTOS QUÍMICOS EM QUÍMICOS EM

GERALGERAL

JORNADA DE JORNADA DE TRABALHO TRABALHO

PROLONGADASPROLONGADAS

ARMAZENAMENTO ARMAZENAMENTO INADEQUADOINADEQUADO

UMIDADEUMIDADE MONOTONIA E MONOTONIA E REPETITIVIDADEREPETITIVIDADE

ANIMAIS PEÇONHENTOSANIMAIS PEÇONHENTOS

OUTRAS SITUAÇÕES OUTRAS SITUAÇÕES CAUSADORAS DE CAUSADORAS DE STRESS FÍSICO OU STRESS FÍSICO OU

PSÍQUICOPSÍQUICO

OUTRAS SITUAÇÕES DE OUTRAS SITUAÇÕES DE RISCO QUE PODERÃO RISCO QUE PODERÃO CONTRIBUIR PARA A CONTRIBUIR PARA A

OCORRÊNCIA DE OCORRÊNCIA DE ACIDENTESACIDENTES

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Sempre que possível o risco deve ser eliminado. Caso contrário a exposição do trabalhador deve ser minimizada.

A cadeia de transmissão deve ser quebrada o mais precocemente possível

-Na fonte-Na trajetória

- No trabalhador

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1- Organizacionais: Pausas, diminuição de ritmo.

2- Coletivas: Equipamentos de proteção coletiva, ventilação, exaustão-EPC.

3- Individuais: Equipamentos de proteção individuais- EPI.

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DESGASTE: É o resultado dos

processos adaptativos que ocorrem no trabalhador, constituindo-se da perda da capacidade potencial e/ou efetiva corporal e psíquica.

CARGA DE TRABALHO x DESGASTE

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O artigo 19 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 conceitua como acidente do trabalho:

“aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.

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Doença profissional, ou seja, aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante de relação elaborada pelo MPAS;

Doença do trabalho, ou seja, aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante de relação do MPAS;

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Equiparam-se também ao acidente do trabalho, segundo a Lei nº 8213/91:

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

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II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;

b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;

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III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;

IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;

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b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado

d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

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Acidente de trabalho

Típico

Trajeto

Doença Ocupacional

Obrigatoriedade de registro, mesmo sem

afastamento

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O REGISTRO DE ACIDENTES DE TRABALHO DOS EMPREGADOS CELESTISTAS = CAT- COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO

O REGISTRO DE ACIDENTES DE TRABALHO DOS EMPREGADOS ESTATUTÁRIOS = FORMULÁRIOS PRÓPRIOS.

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COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO - CAT

É o meio adequado para informar ao INSS os casos de lesões ou doenças adquiridas por funcionários no exercício de suas funções.

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COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO - CAT

A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão.

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O que é a CAT?

A comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um formulário que deve ser preenchido para:

1 - Que o acidente seja legalmente reconhecido pelo INSS;

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2- Que o trabalhador receba o auxílio-acidente, se for o caso, bem como os benefícios que gerarem este acidente.

3- Que os serviços de saúde tenham informações sobre os acidentes e doenças, e possam direcionar ações para a redução de acidentes de trabalho e doenças profissionais ou do trabalho.

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4 - O conhecimento dos serviços de fiscalização que vão desencadear uma ação de investigação para que acidentes semelhantes ou nas mesmas condições não se repitam.

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Em todos os casos de acidentes de trabalho (mesmo com menos de 15 dias de afastamento, sem afastamento do trabalho e nos acidentes de trajeto).

Em todos os casos de doença ocupacional profissional ou do trabalho.

Quando deve ser preenchida a CAT?

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Quem deve preencher a CAT?

O departamento de recursos humanos da empresa é o responsável pelo preenchimento da CAT.

Na falta de comunicação por parte da empresa, ela poderá ser preenchida pelo próprio acidentado, seus dependentes, pela entidade sindical competente, pelo médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo, nestes casos, os prazos previstos em lei.

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A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho, ocorrido com seu empregado, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o teto máximo do salário-de-contribuição.

COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO - CAT

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No caso de doença profissional ou do trabalho, a CAT deverá ser emitida após a conclusão do diagnóstico.

COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO - CAT

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A comunicação será feita ao INSS por intermédio do formulário CAT, preenchido em seis vias, com a seguinte destinação:

1ª via – ao INSS;2ª via – à empresa;3ª via – ao segurado ou dependente;4ª via – ao sindicato de classe do

trabalhador;5ª via – ao Sistema Único de Saúde – SUS;6ª via – à Delegacia Regional do Trabalho.

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ATRIBUIÇÕES

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Responsável pela perícia médica, reabilitação profissional e pagamento de benefícios

Registro da CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho

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ATRIBUIÇÕES

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Inspeção e fiscalização das condições e dos ambientes de trabalho

Ação Estadual: Superintendência Regional do Trabalho – SRT

Bases legais : CLT (capítulo V) - Condições de Segurança e Medicina do Trabalho – Lei 6514.

Portaria 3214/78 - Normas Regulamentadoras -(34 NR´s);

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NORMAS REGULAMENTADORAS

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Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho

Norma Regulamentadora Nº 01 -   Disposições Gerais Norma Regulamentadora Nº 02 -  Inspeção Prévia Norma Regulamentadora Nº 03 -  Embargo ou Interdição Norma Regulamentadora Nº 04 -   Serviços

Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

Norma Regulamentadora Nº 05 -   Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

Page 82: ERGONOMIA E PRODUTIVIDADE Profª Paula Garcia Iamonde Terapeuta Ocupacional - Ergonomista

Norma Regulamentadora Nº 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI

Norma Regulamentadora Nº 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional 

Norma Regulamentadora Nº 08 -   Edificações Norma Regulamentadora Nº 09 - Programas de

Prevenção de Riscos Ambientais Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em

Instalações e Serviços em Eletricidade Norma Regulamentadora Nº 11 - Transporte,

Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

Page 83: ERGONOMIA E PRODUTIVIDADE Profª Paula Garcia Iamonde Terapeuta Ocupacional - Ergonomista

Norma Regulamentadora Nº 11 Anexo I, - Regulamento Técnico de Procedimentos para Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Chapas de Mármore, Granito e outras Rochas

Norma Regulamentadora Nº 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

Norma Regulamentadora Nº 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão

Norma Regulamentadora Nº 14 - Fornos Norma Regulamentadora Nº 15 - Atividades e

Operações Insalubres Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e

Operações Perigosas Norma Regulamentadora Nº 17 - Ergonomia

Page 84: ERGONOMIA E PRODUTIVIDADE Profª Paula Garcia Iamonde Terapeuta Ocupacional - Ergonomista

Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

Norma Regulamentadora Nº 19 - Explosivos Norma Regulamentadora Nº 20 - Segurança e

Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis.

Norma Regulamentadora Nº 21 - Trabalho a Céu Aberto

Norma Regulamentadora Nº 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração

Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra Incêndios

Norma Regulamentadora Nº 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

Page 85: ERGONOMIA E PRODUTIVIDADE Profª Paula Garcia Iamonde Terapeuta Ocupacional - Ergonomista

Norma Regulamentadora Nº 25 - Resíduos Industriais

Norma Regulamentadora Nº 26 - Sinalização de Segurança

Norma Regulamentadora Nº 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB

Norma Regulamentadora Nº 28 - Fiscalização e Penalidades

Norma Regulamentadora Nº 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

Norma Regulamentadora Nº 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

Page 86: ERGONOMIA E PRODUTIVIDADE Profª Paula Garcia Iamonde Terapeuta Ocupacional - Ergonomista

Norma Regulamentadora Nº 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura

Norma Regulamentadora Nº 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde

Norma Regulamentadora Nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados

Norma Regulamentadora Nº 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval.

Norma Regulamentadora Nº 35 - Trabalho em Altura. Norma Regulamentadora n.º 36  - Segurança e Saúde no

Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados.

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Compete ao empregador:- Cumprir e fazer cumprir as disposições legais

sobre Segurança e Medicina do Trabalho;

- Elaborar ordem de serviços dando ciência aos empregados;

- Informar aos trabalhadores sobre riscos, medidas preventivas , resultados de exames e avaliações.

Page 88: ERGONOMIA E PRODUTIVIDADE Profª Paula Garcia Iamonde Terapeuta Ocupacional - Ergonomista

Cabe ao empregado:

- Cumprir as disposições legais e regulamentares e inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;

- Usar EPI fornecido pelo empregador;

- Realizar exames médicos ocupacionais;

- Colaborar com a Empresa na aplicação das NR´s

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Consequências ao descumprimento das Normas:

- Empregado: Constitui ato faltoso a recusa Injustificada do empregado no cumprimento das normas.

- Empregador: Aplicação de penalidades previstas na legislação.

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FILME LÍDER“Liderança e Sapateado”

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OBRIGADA!!

[email protected]