era vargas

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A Era Vargas é o nome que se dá aoperíodo em que Getúlio Vargas governouo Brasil por 15 anos ininterruptos(de 1930 a 1945). Essa época foi umdivisor de águas na história brasileira, porcausa das inúmeras alterações queVargas fez no país, tanto sociais quantoeconômicas.

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Foi o golpe de estado que aniquilou o grupo oligárquicodominado pela elite cafeeira paulista, trazendo para o poderuma junta militar, que passa o governo a Getúlio Vargas.

A partir de 1930, a sociedade brasileira viveu importantesmudanças. Acelerou-se o processo de urbanização e aburguesia começa a participar cada vez mais na vida política.Com o progresso da industrialização, a classe operáriacresceu muito. Vargas, com uma política de governo dirigidaaos trabalhadores urbanos, tentou atrair o apoio dessa classeque era fundamental para a economia, pois tinha em mãos onovo motor do Brasil: a indústria. A criação do Ministério doTrabalho, Indústria e Comércio, em 1930, resultou numa sériede leis trabalhistas. Parte delas visava ampliar direitos egarantias do trabalhador: lei de férias, regulamentação dotrabalho de mulheres e crianças.

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Todo esse processo de desenvolvimento, no Brasil,foi acompanhado por uma verdadeira revoluçãocultural e educacional que acabou garantindo osucesso de Vargas na sua tentativa de transformara sociedade.Além de haver um desenvolvimento educacional,

houve uma verdadeira revolução cultural emrelação à República Velha. O modernismo, tãocriticado antes de 1930, tornou-se o movimentoartístico principal a partir do golpe de Vargas. AAcademia de Letras, tão admirada antes, não tinhamais nenhum prestígio. A cultura predominanteera a popular que, com o rádio, desenvolveu-sepor todo o Brasil.

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Em linhas gerais, a Revolução Constitucionalista de 1932 écompreendida como uma reação imediata aos novos rumostomados pelo cenário político nacional sob o comando de Vargas.A visível perda de espaço político, sofrida pelos paulistas,impulsionou a organização de novos meios de se recolocar nessecenário político controlado pelo governo.

Além disso, podemos levantar outras questões que marcaram aformação deste movimento. No ano de 1931, a queda do preçodo café, em conseqüência da crise de 29, forçou o governoVargas a comprar as sacas de café produzidas. Essa política devalorização do café também ordenou a proibição da abertura denovas áreas de plantio, o que motivou o deslocamento daspopulações camponesas para os centro. Os problemas sociaiscausados pelo inchaço urbano agravaram um cenário já marcadopela crise econômica e as mudanças políticas. Talvez por isso,podemos levantar uma razão pela qual a revoluçãoconstitucionalista conseguiu mobilizar boa parte da populaçãopaulista. s urbanos de São Paulo. Os participantes destemovimento defendiam o estabelecimento de uma democraciaplena, onde o respeito às leis pudessem intermediar um jogopolítico já tão desgastado pelo desmando e os golpes políticos.

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Em maio de 1932, um grupo de jovens estudantes tentouinvadir a sede de um jornal favorável ao regime varguista.Durante o conflito – que já havia tomado as ruas da cidadede São Paulo – os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio eCamargo foram assassinados por um grupo de tenentistas.As iniciais dos envolvidos no fato trágico inspiraram aelaboração do M.M.D.C., que defendia a luta armadacontra Getúlio Vargas.

Os paulistas esperavam apoio de outros estados, como,por exemplo, do Rio Grande do Sul, mas o bloqueio navalda Marinha ao Porto de Santos impediu essa ajuda. Já nomês de setembro daquele ano, as forças do governofederal tinham tomado diversas cidades de São Paulo. Asuperioridade das tropas governamentais forçou a rendiçãodos revolucionários.

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Integralismo é uma Doutrina política ultra-conservadora, inspirada na Doutrina Social da IgrejaCatólica, que surgiu em Portugal nos inícios do séculoXX defendendo o princípio de que uma sociedade sópode funcionar com ordem e paz, no respeito dashierarquias sociais (em oposição às doutrinasigualitárias, como o socialismo, comunismo, etc).

O presidente Getúlio Vargas apoiou a organização domovimento integralista desde seu início. Com oaparecimento do documento do Plano Cohen, umatentativa bem-sucedida de Vargas de dar um golpede estado e manter-se no poder foi possível, dandoentão início ao Estado Novo.

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A constituição de 1937, que criou o "Estado Novo"getulista, tinha caráter centralizador e autoritário.Ela suprimiu a liberdade partidária, aindependência entre os três poderes e o própriofederalismo existente no país, Vargas fechou oCongresso Nacional e criou o Tribunal deSegurança Nacional. Os prefeitos passaram a sernomeados pelos governadores e esses, por suavez, pelo presidente. Foi criadoo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda),com o intuito de projetar Getúlio Vargas como o"Pai dos Pobres" e o "Salvador da Pátria".

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O comunismo pode ser definido como uma

doutrina ou ideologia (propostas sociais, políticas

e econômicas) que visa a criação de uma

sociedade sem classes sociais. De acordo com

esta ideologia, os meios de produção (fábricas,

fazendas, minas, etc) deixariam de ser privados,

tornando-se públicos. O integralismo defendia

uma Hierarquia que é a ordenação de elementos

em ordem de importância. Por isso o Governo

Vargas, que abraçou o integralismo, combatia o

comunismo.

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Vargas era um político hábil e, enquanto conseguiu manter o Brasil neutro na guerra, soube tirar proveito das vantagens de ter relações comerciais tanto com os Estados Unidos quanto com a Alemanha.

Há quem acredite que, por pouco, o Brasil não entrou na guerra ao lado dos alemães, o que é um exagero. Vargas jamais arriscaria uma aliança formal com eles, o que seria o mesmo que uma declaração de guerra ao "vizinho rico do norte", os Estados Unidos. Diante de tal acordo, os EUA não hesitariam em invadir o litoral do Nordeste brasileiro para ocupar portos e bases aéreas. Aliás, os militares norte-americanos tinham mesmo um plano (jamais executado) de tomar as bases aéreas e os portos brasileiros, caso as negociações diplomáticas falhassem. Nesse plano, o principal alvo era Natal.

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Mesmo nutrindo alguma simpatia pelos regimes fascistas, Vargas pretendia permanecer neutro na guerra, pois achava que o país não deveria entrar num conflito que, na opinião dele, não traria vantagem alguma ao seu governo.Se havia alguma incoerência no fato de a ditadura de Vargas entrar na guerra ao lado das democracias, haveria mais incoerência ainda numa aliança entre o Brasil e a Alemanha. Seria um absurdo um país multiétnico, de população miscigenada, aliando-se a uma ditadura que pregava a superioridade da raça ariana e a escravização e o extermínio das raças consideradas "inferiores".Outro fator que inviabilizava qualquer possibilidade de aliança entre o Brasil e a Alemanha era a aversão da opinião pública brasileira ao nazismo. O nazismo tentou fincar raízes no Brasil. Para isso, montou uma rede de propaganda: antes da entrada do Brasil na guerra, muitos jornais e revistas nazistas chegaram a circular entre a comunidade de imigrantes alemães nas regiões Sul e Sudeste.As pressões populares, aguçadas pelas ações hostis das embarcações alemãs em águas da costa brasileira, forçaram o Presidente a abandonar a neutralidade. Em agosto de 1942, Vargas declarou guerra às potências do Eixo. O Brasil equipou 25.000 homens da Força Expedicionária, que, juntamente com o 5º Exército Americano, combateu na Itália. O Brasil foi o único país latino-americano a enviar forças armadas para o campo de guerra europeu.

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O presidente norte-americano Franklin Roosvelt e GetúlioVargas no Rio de Janeiro em 1936

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O populismo é uma forma de governar em que o governante utiliza de vários recursos para obter apoio popular. O populista utiliza uma linguagem simples e popular, usa e abusa da propaganda pessoal, afirma não ser igual aos outros políticos, toma medidas autoritárias, não respeita os partidos políticos e instituições democráticas, diz que é capaz de resolver todos os problemas e possui um comportamento bem carismático. É muito comum encontrarmos governos populistas em países com grandes diferenças sociais e presença de pobreza e miséria.

Getúlio Vargas foi um presidente que seguiu o populismo.Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, adotou o populismo como uma das características de seu governo. Apelidado de "pai do pobres", promoveu seu governo com manifestações e discursos populares, principalmente no Dia do Trabalho (1º de maio). Não respeitou a liberdade de expressão e a democracia no país. Usou a propaganda para divulgar suas ações de governo.Ele se utilizava-se da maquina administrativa do governo para assegurar sua popularidade. É mais ou menos o que o presidente da Venezuela (Chaves) faz hoje, diz ao povo o que o povo quer ouvir, mesmo que não seja verdade!

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Ao declarar guerra a Alemanha e a Itália, Vargas criou pra si mesmo um grave problema. Por toda a parte começaram as manifestações pelo fim do regime do Estado Novo.

No dia 29 de outubro de 1945, Getúlio Vargas foi deposto por um golpe militar, sendo conduzido ao exílio na sua cidade natal, São Borja. No dia 2 de dezembro do mesmo ano, foram realizadas eleições livres para o parlamento e presidência, nas quais Getúlio seria eleito senador pela maior votação da época. Era o fim da Era Vargas, mas não o fim de Getúlio Vargas, que em 1951 retornaria à presidência pelo voto popular.

Na sucessão de Dutra, em 1950, Getúlio Vargas foi lançado como candidato à presidência, numa campanha popular empolgante e vitoriosa. Getúlio Vargas voltou ao poder, como se disse na época: "Nos braços do povo".

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As principais propostas de Getúlio Vargas foram: A criação da Eletrobrás, fundamental para o desenvolvimento industrial e a criação da Petrobrás. Mas havia um jornalista muito crítico chamado Carlos Lacerda, que acusava o presidente de estar em um "mar de lama", ou seja, de acumular privilégios e aliados. O chefe da guarda do presidente, Gregório Fortunato tramou um atentado para matar o jornalista, porém no momento da execução Carlos Lacerda estava acompanhado de um major da Aeronáutica.E quando ele estava acompanhado do oficial militar Rubens Vaz, o Fortunato matou o major. A crise ganhou dimensão e as Forças Armadas, após prenderem Gregório e os homens que haviam sido contratados para o atentado, pressionaram Vargas para que ele renunciasse novamente.

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Após ser muito pressionado, Getúlio Vargas não suportou e supostamente suicidou-se com um tiro no peito em 24 de agosto de 1954. Teria escrito uma carta-testamento onde dizia como sempre pertenceu ao povo e um dos últimos trechos, havia a frase: "… Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História”.

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