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Yamaha LS9

Miguel Sámiguel@backstage.com.br

A Yamaha investe na ampliação da linha de consoles digitais com a LS9.Os alvos são os profissionais que trabalham com mesas de pequenoporte mas não abrem mão de recursos amplos. São dois os modelos: aLS9 32, com 32 canais, e a LS9 16, com 16 vias.

D

Consoles Digitais

esde meados da década de 90 que a Yamaha lança con-

soles digitais, antes mais voltadas para estúdio. Há cerca

de seis anos, a empresa começou a investir mais mesas

digitais também para som ao vivo. Se antes as grandes consoles

agitavam o mercado, provando que o som de grandes eventos

poderiam ser feitos com mesas digitais, hoje os lançamentos mais

badalados são os mixers de menor porte (e preço), talvez porque

a tecnologia digital esteja definitivamente difundida por todos

os segmentos do mercado. Inclusive aquele que consome os

pequenos mixers, como igrejas e pequenos locais de shows. O

fato é que a Yamaha não deixa de prestar atenção nesses movi-

mentos do mercado e, pelo tamanho da empresa, muitas vezes

ela é responsável por eles.

O equipamento

A LS9 32 é projetada para grandes espetáculos de som ao

vivo, com bastante recursos de entrada e saída, com 33 faders

controlando 32 entradas e uma saída estéreo. A LS9 16 tem 16

entradas para microfone e linha e 32 canais controlados por 17

faders em um equipamento leve e fácil de operar projetado para

ser usado em eventos menores. Os layers que alternam os canais

dos faders permitem controle dos canais 1 a 32 e 33 a 64 na LS9

32, e 1 a 16 e 17 a 32 na LS9 16. A maior tem 19,4 kg e a menor

tem 12 kg. A chave de Layer permite a troca instantânea entre

eles. Ambas as consoles têm quatro entradas estéreo.

A interface permite que técnicos mais habituados com mesas

analógicas não encontrem dificuldades para operar as funções

mais primárias da mesa. As mais complexas ficam no display,

que mostra o canal selecionado. Ele pretende permitir acesso

rápido e intuitivo com a ajuda de encoders. Apertando a tecla

Home, o operador traz, imediatamente, a tela inicial ao visor.

Recursos

Os recursos de mandadas são fartos. São 16 mix busses e oito

matrix , além de busses mono e estéreo com modo LCR. Os 16

mix busses podem funcionar tanto em modo Aux (Variável) ou

Group (fixo). Quando o modo Aux está selecionado, a manda-

da pode ser habilitada como pré-equalização, pré-fader ou pós-

fader. As saídas busses têm funções muito semelhantes às dos

canais de entrada, incluindo equalizadores paramétricos de

quatro bandas e processamento dinâmico, o que dá bastante

conforto para o técnico de som trabalhar. As oito mandadas de

matrix são para side fill ou mandadas de gravação. A LS9 32 e a

LS9 16 têm ainda, respectivamente, 16 e oito saídas analógicas

XLR no painel traseiro. Ambas as mesas têm card slots Mini-

YGDAI (a de 32 tem dois e a de 16 tem um).

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Para saber mais

www.yamaha.com ou www.yamahamusical.com.br

Uma das vantagens do digital é que as fontes sonoras podem

ser livremente patcheadas em qualquer canal. Uma única fonte

pode ser endereçada para dois canais, o que pode ser interessan-

te quando a mesma mesa é usada para P.A. e monitor. Nos ca-

nais, as consoles LS9 têm várias funções necessárias como chave

de fase, phantom power, filtro passa-altas, equalização

paramétrica e pan com LCR. Ainda é possível escolher entre

dois tipos de equalização, e cada canal tem dois processamentos

dinâmicos que podem ser usados para gate, compressão, expan-

são e d-esser.

Características

LS9 32 com 19,4 kg e LS9 16 com 12 kg

LS9 32 com 64 canais e 33 faders; LS9 16 com 32 canais e 17 faders

Quatro unidades de processadores de efeito

Gravação e reprodução por meio de memória USB

Software para edição de parâmetros on line e off line

Equalizadores gráficos de 31 bandas mono e 15 bandas estéreo

16 mix busses e oito mandadas matrix

Pan com LCR

Facilidades

digitais

Agora vem a parte na

qual as mesas digitais tra-

zem alguns de seus recur-

sos mais interessantes: o

processamento de efeitos

e a automação. As mesas

têm um rack virtual res-

peitável, eliminando a

necessidade de um rack

de periféricos externo.

São quatro processadores

de multiefeitos que podem

ser usados simultaneamen-

te. A livraria de efeitos das

mesas tem 48 presets dife-

rentes, incluindo os reverbs Rev-X. Além das unidades de

equalizadores gráficos de um canal com 31 bandas, também há os

de dois canais e 15 bandas, e eles podem ser usados simultanea-

mente, com ajustes feitos por meio dos faders da mesa.

Na parte de recall, todos os parâmetros podem ser armazena-

dos e chamados, inclusive o ganho do amplificador de entrada.

A função Recall Safe pode ser usada para excluir canais especí-

ficos do recall. A função Recall Focus permite selecionar o gru-

po de função que será afetado pelo recall: ganho de entrada,

rack virtual, patch de entrada, patch de saída e as entradas e

saídas de canal.

As mesas têm um software livre compatível com sistemas

Windows para edição de parâmetros da mesa, inclusive off line.

No caso de um festival, por exemplo, os técnicos podem trazer os

ajustes de parâmetros que usam normalmente nos shows e bai-

xar eles nas mesas via USB, o que pode facilitar muito na hora

da correria.

E nada como uma bela memória USB. As consoles LS9 têm

memória USB de dois canais para gravar e tocar os trabalhos

feitos com a mesa ou não. Isto elimina a necessidade de equipa-

mentos de reprodução de música de fundo ou efeitos sonoros e

torna fácil a gravação de uma apresentação a partir da mesa. A

memória USB é compatível com os formatos MP3, AAC e

WMA a 96, 128 ou 196 kbps.

E assim a Yamaha amplia a linha de equipamentos digitais

abarcando os mercados pequenos, médios e grandes com os

mais diversos modelos de mesas.

Na parte de recall, todos osparâmetros podem ser armazenados e

chamados, inclusive o ganho doamplificador de entrada. A funçãoRecall Safe pode ser usada para

excluir canais específicos do recall