epizootia
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INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
OBJETIVOS
RESULTADOS
INVESTIGAÇÃO ECOEPIDEMIOLÓGICA EM PRIMATAS NÃO HUMANOS EM MUNICÍPIOS DO
SUDESTE DO ESTADO DO PARÁ
A ausência de investigações de epizootias e de análise entomológica em áreas de foco de Febre Amarela (FA) no Pará cria dificuldades para a análise do comportamento deste agravo de grande importância para a saúde humana e animal. Desta forma, em 2008, foram investigados casos de mortalidade em primatas não humanos na zona rural em municípios do Sudeste do Pará (Eldorado dos Carajás, Marabá, Novo Repartimento e Parauapebas).
As avaliações ecoepidemiológicas tiveram como objetivo a identificação das espécies de primatas envolvidos, idade, número de indivíduos, mapeamento das ocorrências e a condição de posse de animais silvestres em cativeiro. O principal fator deflagrador desta identificação foi a ocorrência de dois óbitos humanos, comprovados sorologicamente, que ocorreram em Parauapebas e Novo Repartimento, bem como do relato da existência de óbitos de primatas em alguns dos municípios.
A investigação consistia na obtenção dos pontos geográficos por meio de GPS onde ocorreram óbitos de humanos e primatas, coleta de partes ósseas que identificassem as espécies de animais envolvidos e identificação de macacos em cativeiro.
1, 2 3Neuder Wesley França da Silva ; Fernanda Martins-Hatano1 – Programa de Pós-Graduação em Saúde e Produção Animal na Amazônia da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). [email protected];
2- Médico Veterinário do Setor de Zoonoses - 11 Centro Regional de Saúde (SESPA). [email protected]; 3 – Prof. Adjunta da Universidade Federal Rural da Amazônia
Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA
Figura 7: Primeira ossada identificada de Guariba em Eldorado dos Carajás.
Figura 1: Imagens de crânios obtidos durante as investigações. A) Crânio de Macaco-prego, B)Guaribas de idades e sexos distintos, C) Sagui e D) Aparelho Hioide de Guariba adulto.
A
B
C D
BB
B
BB
Figura 3: Reserva em área de pastagem bovina.
Figura 4: Comunidade em área de garimpo com mata primária adjacente.
Figura 2: Reserva em Área de cultivo de milho com mata primária adjacente.
Figura 5: Área de pasto, com reserva central, mata primária adjacente e cultivo de milho.
F igura 6 : Segunda ossada de Guariba em Eldorado dos Carajás.
Observação: As imagens de Macaco-da-noite e Macaco-prego utilizados no topo desta apresentação, são de espécies em cativeiro, encontradas durante a investigação em Parauapebas.
SESPA
-Divisa de Parauapebas e Marabá (Figura 2): detectadas duas das seis ossadas de macacos informadas pelo município, sendo uma carcaça da espécie Callithrix penicillata (sagui/filhote) e Cebus apella (macaco-prego/jovem) e um macaco-prego em cativeiro;- Eldorado dos Carajás (Figuras 1 e 3): seis ossadas pertencentes ao gênero Alouatta (guaribas/adultos/machos) localizadas em duas pequenas reservas rurais;- Parauapebas (Figura 4): Por ocasião de vasta mata primária, não foram encontradas ossadas. A 5km de distância em linha reta encontrou-se sob cativeiro um sagui (jovem), dois macacos-prego (macho e fêmea/adultos) e um macaco-da-noite (Aotus nigriceps);- Em Novo Repartimento: presença das espécies Callithrix penicillata (sagui) e Cebus apella (macaco-prego) tendo acesso ao cultivo de milho adjacente à reserva da fazenda do foco de FA (Figura 5);- Vocalização de Alouatta ao inicio da tarde nas áreas investigadas e;- Apesar da confirmação da epizootia em dois municípios, sem relação entre as mesmas, o considerado tempo decorrido entre relato e investigações (Figura 6 e 7) e ausência de avaliação entomológica ainda implicam na detecção do agente etiológico e seu envolvimento nos óbitos de primatas e sua relação entre espécies distintas, sendo relativamente hábito local a criação de macacos sob cativeiro, o que representa fator preocupante em área endêmica para Febre Amarela.