epistemologia - howard becker

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Trabalho de avaliação para epistemologia baseado em Howard Becker.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CINCIAS SOCIAIS E HUMANAS CCSH

Departamento de Cincias Sociais - DCS

PROGRAMA DE PS-GRADUAO STRICTO SENSU EM CINCIAS SOCIAIS

Avaliao I T. 2015 Maio de 2015

Disciplina: Epistemologia das Cincias SociaisProfessores: Francis Moraes de Almeida e Reginaldo Teixeira Perez

Nome do/a Mestrando/a: Flora Ardenghi Dutra

Questo

Passagem 1

Representaes trata de como pensamos sobre o que vamos estudar antes de realmente iniciarmos nossa pesquisa, e como so elaboradas nossas imagens sobre como essa parte do mundo social, e sobre como o trabalho da cincia social.

(...) [Espao intermedirio]

Passagem 2

Conceitos, (...) trata da feitura de nossas ideias. Como devemos reunir o que aprendemos a partir de nossas amostras na forma de ideias mais gerais? Como podemos usar a diversidade do mundo, que nossos esforos para aperfeioar nossas representaes e amostragem nos revelaram, de modo a criar maneiras melhores e mais teis de pensar sobre as coisas?

Essas duas passagens constam no captulo 1 da obra Segredos e Truques da Pesquisa, de Howard S. Becker (RJ: Jorge Zahar ed., 2007, p. 25).

luz dos significados que delas emergem (e tambm dos seus espaos intermedirios) manuseados exausto tambm nos demais livros/artigos trabalhados at o presente na disciplina , elabore uma dissertao projetando os termos do seu trabalho a ser desenvolvido neste PPGCS. A representao do telefone celular nas cincias sociaisInicio e apresento este exerccio da disciplina de Epistemologia com uma representao/observao de um fenmeno social/individual a partir das cincias sociais ressaltando a difuso com que os telefones celulares esto presentes no cotidiano de sete bilhes de pessoas, em diversos continentes e em diversas culturas s no pas so mais de 240 milhes de aparelhos. No Brasil, a penetrao da telefonia mvel aconteceu de forma lenta e com discursos que advinham da telefonia fixa. Questes de gnero e da narrativa puderam ser observadas desde a dcada de 1990 at 2010 pelas revistas Veja e Superinteressante desde o incio da minha pesquisa em 2011 no programa de Ps-graduao em Comunicao da UFSM. As primeiras representaes e significados atrelados ao celular foram ligados aos servios bancrios, viagens e reunies importantes. Em 1993 o telefone mvel j estava popularizado, artistas, msicos, polticos e empresrios faziam aparies pblicas com o celular como smbolo de status. A difuso do uso do celular no pas, inicialmente, tornou-se um habitus incorporado elite (BOURIDEU, 2007). Muitos pesquisadores de diversas reas (marketing, administrao, informtica, psicologia, comunicao, engenharia) tm se proposto a estudar o celular tanto no Brasil (SILVA, 2012; PAVESI, 2014; DUTRA, 2014) quando no exterior (CASTELLS, 2007; FORTUNATI, 2002; MILLER, 2006; LASEN, 2005; LING, 2004; WINOCUR, 2009). Apenas duas teses na Antropologia Social, das pesquisadoras Sandra Rubia da Silva (UFSC, 2010) e Patrcia Pavanesi (UFF, 2014) buscaram compreender atravs da etnografia em bairros de camadas populares como era a apropriao do telefone pelos moradores e o que ele significava. Conflitos e resistncia entre geraes, afirmao da masculinidade/feminilidade, o celular como tecnologia afetiva e religiosa, etc. foram algumas das representaes obtidas pelas pesquisadoras.

Atrelado ao telefone est o hbito de despertar e medir o tempo, noes da construo identitria juvenil tambm so observveis na personalizao/aparncia, assim como contedos prprios gerados para o compartilhamento na internet. O significado do que pblico e privado tambm ressignificado nas redes sociais online e contedos ntimos, muitas vezes, so expostos. Mas como classificar, descrever e observar o artefato de maior difuso histrica em to curto espao de tempo (CASTELLS, 2007) luz das cincias sociais? Este desafio o que me proponho realizar agora. Em um primeiro momento, seguindo Becker (2008, p. 30), constato as representaes substantivas do prprio objeto: quantos jovens usam celular no Brasil, como esto divididos por operadoras de telefonia mvel, se h acesso internet em todos eles, quais so os modelos mais populares, que aplicativos esto sendo mais utilizado, qual o nvel econmico dos jovens que usam smartphones, etc. Desta maneira, abandono os resultados obtidos em minha dissertao Usos e apropriaes do celular por jovens de classe popular (DUTRA, 2014) ao demonstrar como o celular pode ser um objeto de mediao da cultura, de ritualidades, sociabilidades e afetividades e como sua representao remete luta de campos simblicos. Estas e outras formulaes so dadas pelos ltimos quatro anos em que pesquisei sobre o telefone celular. Busca-se, a partir da bibliografia utilizada em aula e autores complementares um novo olhar ou, porque no dizer, uma desconstruo das representaes substantivas j postas.

No segundo momento adentro em um terreno abstrato, como diria Becker (2008, p. 37), ao tratar das representaes cientficas do meu objeto de investigao: o celular. Tendo uma historicidade recente, cerca de 40 anos, entende-se que cautelosa aceitao por parte dos cientistas sociais ao dedicarem ateno a este pequeno artefato simblico presente em nosso estilo de vida moderno. No banco de teses da Capes e no acervo da ANPOCS no consta trabalhos referentes ao telefone celular na rea das cincias sociais. Ao contextualizarmos com o pensamento de Becker, podemos ressaltar que:Isto significa que a anlise cientificamente adequada de uma situao expor a variao total de coero em operao. Para chegar a essa variao total, precisamos conhecer, to bem quanto pudermos, a variao completa das possibilidades a partir das quais as escolhas que observamos foram feitas (BECKER, 2008, p. 45). So essas possibilidades que tentarei demonstrar agora, perpassando algumas outras representaes em que o objeto poderia ser tomado no mbito das cincias sociais e suas interpretaes, anlises e possibilidades improvveis. Conforme Becker no se deve desconsiderar as anlises improvveis por parecer um exame trabalhoso. Nesta prxima seo delimito-me a abordar o celular conforme certas perspectivas tericas presentes no campo de pesquisa aqui abordado.

Inicio com a seguinte questo: seria possvel discutir, descrever, observar e interpretar este objeto de estudo que tem sua evidncia em pleno sculo XXI luz da sociologia clssica? Alguns considerariam uma possibilidade improvvel justamente pelas questes que se colocam diante de tal desafio. O que poderia representar o aparelho de telefone celular pelo marxismo e quais conceitos poderiam ser aplicados? Proponho que se observe o celular a partir de agora como uma mercadoria, que distribuda e que circula em todos os continentes. Cada celular um conjunto de muitas propriedades e servir para mltiplos fins. Essa utilidade que o celular representa nos dias de hoje pode ser medida pelo valor de uso, porque a prpria mercadoria determina as qualidades inerentes a ela, por isso que o celular um bem material e um bem simblico. Desta forma, o valor de uso do celular s se realiza com a utilizao ou com o consumo dos sete bilhes de pessoas que os possui atualmente, independente da classe social e do fator geracional. Na aquisio do aparelho, na loja fsica ou compra online, desaparece o trabalho humano, desfragmenta-se as diferentes formas de trabalho concreto reduzindo assim a produo global do telefone celular em um trabalho humano abstrato. Marx acreditava que o fenmeno da mercadoria o elemento mais visvel do sistema capitalista com quais as pessoas convivem. No seria oportuno analisar a venda, troca, produo, distribuio do celular enquanto fenmeno explcito da sociedade capitalista como valor de troca e valor de uso, ou ainda, como fetiche da mercadoria, ou a mais alta forma do equivalente geral desdobrado? Creio que sim. Para analisar os conceitos de valor de uso e valor de troca apresento o seguinte exemplo: Um iPhone reflete apenas dois BlackBerrys. Um iPhone na mesma equao no reflete o seu prprio valor. Por isso, um iPhone depende para ser avaliado pelo valor de dois BlackBerrys, isso uma contradio (anttese) que origina o fetiche pela mercadoria na dialtica materialista. O valor de uso passa a ser avaliado como valor de troca, pois a quantidade de trabalho simples, concreto que tem dentro do iPhone precisa ser abstrada, vira apenas tempo de trabalho. As pessoas no reconhecem nas coisas que elas fazem o seu prprio trabalho, elas s reconhecem o valor de troca, ou seja, o dinheiro ou quanto custa tanto o iPhone quanto o BlackBerry. Ao observar a aquisio de um celular atravs da corrente marxista, possvel analisarmos como as pessoas entram em contato com a mercadoria e como essa relao se d de forma alienada, uma forma de estranhamento, que, portanto, gera um fetiche, pois reificada. Poderia seguir meu esforo em outros exemplos dentro desta corrente terica, mas creio ter ficado exposta a possibilidade de investigao deste objeto dentro das cincias sociais e da sociologia clssica. Na etapa inicial das apresentaes do objeto de estudo em aula, atrelei ao uso e apropriao do celular classe social. Percebi ento que a categorizao de classe social , ainda, controversa em diferentes discursos e interpretaes. Em um esforo por mapear as memrias de classe, Bauman (2011, p. 51) resgata os diversos contextos e as apropriaes do termo. Em um primeiro momento histrico, classe serviu para designar classificaes em diferentes variaes de um grupo, sem intenes morais ou polticas. A partir do sculo XIX, a apropriao da classe em si era entendida em um novo vocabulrio para designar, ento, grupos sociais: classe trabalhadora, classe produtiva, etc.

No que se refere aos Estudos Culturais, o conceito de classe social vem perdendo fora como incubadora de transformaes e anlises polticas. A partir do sculo XXI, as identidades e o consumo so mais requeridos para entender como os atores comportam-se frente s modificaes sociais. No Brasil, a grande problemtica que cerceava a discusso sobre as classes sociais datada desde o surgimento da sociologia no pas. Para o socilogo Antnio Srgio Guimares (2002), os estudos compreendiam a formao do empresariado nacional; das elites dirigentes; das classes mdias; do operariado industrial e do proletariado rural. Em uma primeira reflexo para a formulao da futura pesquisa abandonar-se- as representaes de classe social enquanto categoria de anlise.Ainda no exerccio de relacionar o objeto de estudo em suas representaes e conceitos, Sartori (1979) nos evidencia que o instrumento lingustico poder partir da linguagem ordinria e da linguagem especializada. Ora, quando um interlocutor nos revela que minha me pede pra eu largar o celular se no vou ficar que nem ela, limpando a casa dos outros (Alex, 18 anos, 2014), ele est usando claramente a linguagem ordinria. Ao buscar desenvolver esta revelao em uma linguagem especializada a representao social de carter ativo pelo celular passa a indicar projees e juzo de valor sobre determinados significados como liberdade e distanciamento da origem familiar. Assim, as relaes de interconhecimento e de inter-reconhecimento mtuos se vinculam a um grupo, como o conjunto de agentes que no somente so dotados de propriedades comuns, mas que tambm que so unidos por ligaes permanentes (BOURDIEU, 2004, p. 67). Contudo, o capital social e simblico dos jovens, reconstitudo atravs das relaes sociais a partir do uso do celular, no esttico e imvel, pois esto em constante manuteno e transformao como prtica social operando na manuteno dos estilos de vida da cultura juvenil. Notadamente, como o celular ainda no tem campo de estudo consolidado no Brasil e ainda embrionrio em outros pases, este objeto de estudo aparece associado ao silncio dos cientistas sociais brasileiros como relatado em nosso estado da arte. Assim, a estrutura cognitiva que contm meu conhecimento e expectativa de certa forma determina meu julgamento e avaliao e est intrinsecamente ligada s representaes sociais, ou neste caso, a falta delas no campo de pesquisa em que estou inserida, pois o vazio, o silncio, a indiferena e a ausncia tambm so significados e querem dizer alguma coisa quando constato que o telefone celular ainda no foi investigado pelas cincias sociais brasileiras. Ento, como iniciar este processo de construo?

Em seu livro Writing for social scientists How to start and finish your thesis, book or article, Howard Becker (2007) descreve que cientistas sociais enquanto escritores usam rotineiramente expresses sem sentido para encobrir dois tipos de problemas e que ambos refletem srios dilemas da teoria sociolgica. O primeiro est relacionado sentena de quem constri o argumento, assim, muitos socilogos deixam em aberto teorias, no respondendo claramente o que esto fazendo, com quem e nem o porqu. Para Becker (2007), em muitos casos, as teorias sociolgicas simplesmente acontecem sem que haja algum para faz-las ou constru-las. O outro ponto levantado, a partir desta primeira reflexo, que o uso habitual de construes passivas e abstratas gera uma incapacidade ou falta de vontade para fazer declaraes causais ocasionando por vezes uma escrita ruim, confusa. Seria este um possvel fator variante para a escassez de pesquisa nas cincias sociais relacionada ao celular? Uma ausncia de linguagens especiais ou das linguagens crticas que coloca Sartori? evidente, e cabe aqui ressaltar, um campo de estudo frtil para a constituio desta dissertao, seria a construo das trs etapas que Sartori coloca para as linguagens especiais ligadas ao nosso objeto de estudo e que ainda inexistente na rea pesquisada: a) a preciso e definio dos significados das palavras relacionada ao celular; b) a estipulao de regras precisas de sintaxe lgica; c) a criao de novas palavras e novos conceitos para o campo pesquisado (SARTORI, 1979, p. 20). Nesta pesquisa, a procura pela cincia como a heterogeneidade contnua da realidade e a busca de sua homogeneidade nas relaes causais um processo que invariavelmente um reflete o outro. Por um lado, Hammserley (1989), ao tratar da distino entre os aspectos funcionais da lgica na cincia e os aspectos tcnicos que variam entre as cincias nos apresenta a funo de transformar a experincia. J Blumer (1954) argumenta que, ao identificarmos as relaes instrumentais entre fenmenos que facilitem o controle, a cincia simplificaria a realidade atravs do isolamento das relaes causais sem que permitam excees. O que proponho um rompimento do isolamento da realidade que cerca a populao do globo relacionado aos estudos de celular de modo que possamos partir de um ponto relevante, a descoberta de uma exceo aos estudos em cincias sociais como processo de investigao, sendo um estmulo para a reconstruo do universal incorporar essa exceo. Para Hammserley (1989, p. 139) estas incorporaes tem lugar atravs do desenvolvimento de hipteses que explicam as excees, bem como dados originais e meus futuros testes exploratrios pela experincia emprica.

Conceber a realidade social entre a unio do celular e a intimidade dos jovens se apresenta como um novo caminho em minha trajetria de estudo no campo das Cincias Sociais. Traz para a histria recente a afirmao de uma nova pesquisa e um novo olhar a ser contextualizado. Partindo destes pressupostos aqui apresentados, espero que minha pesquisa e a construo dela possam vir a contribuir para o campo no apenas dos estudos sobre o celular e suas prticas, mas das cincias sociais enquanto campo de conhecimento cientfico.Referncias Bibliogrficas

BAUMAN, Zygmunt. Memorias de clase. La prehistoria y la sobrevida de las clases. Buenos Aires: Nueva Visin, 2011.BECKER, Howard. Writing for social scientists How to start and finish your thesis, book or article. USA, The University of Chicago Press, 2007.

___. Segredos e Truques de Pesquisa. SP, Zahar, 2008.

BLUMER, Herbert. What is wrong with social theory? Journal of the American Sociological Society. University of California. Vol. 19 n 01, 1954.

BOURDIEU, Pierre. A distino: crtica social do julgamento. Porto Alegre: Editora Zouk, 2007.

___. A Economia das Trocas Simblicas. So Paulo: Perspectiva, 2004.

CASTELLS, Manuel. Comunicacin Mvil y Sociedad. Una perspectiva global. Espanha, 2007.

DUTRA, Flora. Usos e apropriaes do celular por jovens de classe popular. Dissertao (Comunicao) Universidade Federal de Santa Maria, 2014.

FORTUNATI, Leopoldina. Italy: stereotypes, true and false. In: KATZ, James E.; AAKHUS, Mark (eds.). Perpetual Contact: Mobile Communication, Private Talk, Public Performance. Cambridge: Cambridge University Press, 2002, p. 42-63.GUIMARES, Antnio Srgio Alfredo. Classes, Raas e Democracia. So Paulo: Editora 34, 2002.HAMMERSLEY, Martyn. The dilemma of qualitative method: Herbert Blumer and the Chicago tradition. New York, Routledge, 1989.

HORST, Heather; MILLER, Daniel. The Cell Phone: an Anthropology of Communication. Oxford; Berg, 2006.

LASEN, Amparo; HAMILL, Lynne. Mobile world: past, present, and future. New York, Springer, 2005.LING, Rich. The Mobile Connection: the cell phones impact on society. New York: Morgan Kaufman, 2004.

MARX, Karl. A Mercadoria. In: O Capital: crtica da economia poltica. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 2006.

PAVERSI, Patrcia. Oi, tem internet? Claro! No mundo Tim! Sem conexes no vivo: o consumo do acesso internet na grande terra vermelha. Tese (Antropologia) Universidade Federal Fluminense. Niteri, 2014.

SARTORI, Giovanni. A poltica: lgica e mtodo nas Cincias Socais. Braslia: Ed. UNB, 1979.

SILVA, Sandra Rbia. Estar no Tempo, estar no mundo: a vida social dos telefones celulares em um grupo popular. Tese (Antropologia) Universidade Federal de Santa Catarina. Florianpolis, 2010.

WINOCUR, Rosala. Robinson Crusoe ya tiene celular : la conexin como espacio de control de la incertidumbre. Mxico: Siglo XXI, 2009.

Mestre em Comunicao pela UFSM e mestranda no Programa de Ps-graduao em Cincias Sociais pela mesma Universidade. Membro do grupo de pesquisa Usos Sociais das Mdias e do Ncleo de Estudos sobre Emoes e Realidades Digitais.

Esclarece-se que o termo no original ingls imagery, cujos significados traduzidos para o portugus esto mais associados /a imaginao, fantasia, quimeras, aparncias, imagens, pinturas, esttuas, figuras de retrica do que representao (consideradas as suas diversas acepes).

Portal Teleco. Estatsticas de celulares no Brasil. Disponvel em < http://www.teleco.com.br/ncel.asp>.

Alex (nome fictcio) um dos interlocutores da minha pesquisa Usos e apropriaes do celular por jovens de classe popular realizada entre 08/2011 a 03/2014 no programa de ps-graduao em Comunicao da UFSM.

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