episódio inês de castro

7/24/2019 Episdio Ins de Castro

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Ins de CastroEste episdio integra-se no Plano da Histria de Portugal:

Vasco da Gama conta ao Rei de Melinde alguns factosimportantes da nossa Histria, entre os uais a morte deIns! Este momento da narrati"a # tam$#m um dos maisl%ricos de toda a o$ra!&epois da 'atal(a do )alado, &! *fonso IV regressa ao reinopara go+ar lograr a pa+ com tanta glria uanta tin(aalcan.ado na guerra! *conteceu ent/o o caso triste e dignoda memria ue 0do sepulcro os (omens desenterra1porue as a.2es dos en"ol"idos ser/o para semprerecordadas, protagoni+ado por auela miser3"el uedepois de ser morta foi tornada Rain(a!

Estrofe 445


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Ins de Castro6 Poeta dirige-se ao *mor, ue, com a sua for.a cruel

crua, o$riga os cora.2es 7a fa+er coisas ue n/o de"iam8!9oi esse mesmo *mor ue deu causa morte dauela uetin(a sido referida antes, como se ela fosse a sua p#r;dainimiga no tempo de Cam2es, utili+a"a-se o ad


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Ins de CastroCome.a a (istria de Ins: ela esta"a, sossegadamente,

nos campos do Mondego em Coim$ra onde c(ora"a asaudade saudosos e ensina"a aos montes e s er"in(as onome ue esta"a escrito no seu cora./o! Ela ia 0col(endo odoce fruito1 apro"eitando os $ons tempos da sua


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Ins de Castro>aueles lugares respondiam-l(e as lem$ran.as do seu

Pr%ncipe &! Pedro I ue nunca a esuecia sempre ueesta"a longe 0Buando dos teus fermosos 7ol(os8 seaparta"am1! noite, nos son(os ue mentiam, e durante odia, nos pensamentos ue "oa"am, em tudo em uepensa"a ou "ia l(e tra+iam 0memrias de alegria1!

Estrofe 4@4


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Ins de Castro6 Pr%ncipe re


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Ins de Castrodetermina 0tirar Ins ao mundo1, para 0l(e tirar o ;l(o ue

tem preso1, acreditando ue com o sangue de uma morteindigna conseguiria e=tinguir o fogo aceso pelo 0;rmeamor1!6 Poeta interroga-se ue fDria pode ter passado pela mentedo Rei para ue este, com a mesma espada fnaue usoupara suster os e=#rcitos Mouros a pudesse tam$#m erguer0contra a fraca dama delicada1!

Estrofe 4@F


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Ins de Castro6s terr%"eis carrascos 0(orr%;cos algo+es1 tra+iam Ins

perante o Rei, estando este o entanto, o po"o, com ra+2esfalsas e cru#is, persuade o Rei 0 morte crua1 de Ins! Ela,com argumentos vozes tristes e piedosos, $aseados nam3goa e na saudade ue sentia do seu Pr%ncipe e ;l(os ueassim dei=a"a e isso magoa"a-a mais do ue a prpriamorte,

Estrofe 4@


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Ins de Castrole"anta os ol(os ue implora"am piedade apenas os ol(os,

porue as m/os esta"am a ser atadas por um doscarrascos para o c#u estrelado cristalino! &epois, ol(andopara os seus ;l(os mininos t/o ueridos e t/o $emcriados, temendo pela sua orfandade, di+ia assim para oseu a" cruel: note-se ue o Poeta su$lin(a o facto docrime se desen"ol"er no seio de uma fam%lia, o ue tornaainda mais (orr%"el esse ato,

Estrofe 4@


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Ins de Castro>ota: in%cio do discurso argumentati"o de Ins!

)e at# com as feras ue a >ature+a fe+ nascer dotadas deum esp%rito mente cruel e a"es sel"agens agrestes


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Ins de CastroKu, ue tens o rosto e o cora./o (umano isto se for uma

atitude (umana matar uma don+ela fraca e sem for.a sporue su$meteu sujeitou o cora./o a uem sou$e "enc-la, tem, pelo menos, respeito a estas criancin(as,


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Ins de CastroE se lutando contra os Mouros era capa+ de matar 0com

fogo e ferro1, tam$#m de"eria conseguir de dar a vidapoup3-la com clemnciamisericrdia a uem n/o erroupara a perder! >o entanto, se esta inocncia te merecercastigo, p2e-me no desterro, na )i$#ria ou na %$ia nasne"es eternas ou no calor do >orte de Nfrica 0onde eml3grimas "i"a eternamente1 para o resto da min(a "ida!

>ota: no passado, o desterro era muitas "e+es umaalternati"a pena de morte!

Estrofe 4@5


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Ins de CastroP2e-me onde a ferocidade se


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Ins de Castro

6 Rei $ene"olente ueria perdoar-l(e, como"ido pelaspala"ras ue o magoa"am, mas o po"o ine=%"el pertinaze o destino ue entretanto


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Ins de CastroKal como Pirro se prepara"a se aparelha para matar

PolQcena segundo a lenda, PolQcena, ue era noi"a de*uiles, uando este morreu em com$ate pouco tempoantes de casarem, en"iou o seu fantasma O a sombra O aPirro, seu ;l(o, ordenando-l(e ue sacri;casse PolQcena emcima do seu tDmulo, e ela, PolQcena, paciente como umamansa ovelha, com os ol(os ue serena"am o ar postos nasua miser3"el m/e, louca de dor, 0ao duro sacrif%cio se

oferece1,

Estrofe 4F4


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Ins de Castrotam$#m assim contra Ins, os 0$rutos matadores1 se

encarni.a"am rai"osamente e sem pensarem 0n/ocuidosos1 no 0futuro castigo1, "/o $an(ando as espadas no0colo de ala$astro1 num pesco.o $ranco como a mais$ranca m3rmore ue sustin(a o rosto as obras com ue o0*mor matou de amores *uele ue despois a fe+ rain(a7&! Pedro81 e 0as $rancas ores1, ou se


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Ins de Castro6 Poeta recrimina o )ol por n/o se ter escondido nauele

dia como o fe+ uando *treu deu a comer a Kiestes os ;l(osdeste Dltimo, uma "e+ ue se trata"a de uma cenaigualmente (orrenda! 6s prprios "ales puderam ou"ir oeco das Dltimas pala"ras 0"o+ e=trema1 da sua $oca friaporue esta"a a morrer durante muito tempo 0por muitogrande espa.o1!

Estrofe 4FF


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Ins de CastroH3 agora a compara./o da Ins morta com uma $onina

margarida: da mesma maneira ue uma $onina ue foi$ranca cndida e $ela perde o c(eiro e tem a cor murc(auando # cortada antes do tempo e maltratada pelas m/ostra"essas lacivas de uma menina ue a transporta numagrinalda capela, tam$#m est3 morta e p3lida estadon+ela, com as rosas da face secas e a cor $ranca e "i"atam$#m se perderam


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Ins de Castro*s ninfas do Mondego ou as mul(eres da regi/o de

Coim$ra lem$raram, c(orando, esta morte terr%"elescura, e para 0memria eterna1 deste episdiotransformaram 0as l3grimas c(oradas1 numa 0fonte pura1!&eram-l(e o nome de 9onte dos *mores de Ins, ue ainda(o

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