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EPIDEMIOLOGIA

SAUDE E DOENÇA

PROF. PAULINA A.M. PEREIRA

PEREIRA.P.A.M 1

AULA 3

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• Conceitos de saúde e de doença

• Saúde – pode ser definida como “ausência de

doença”

• “Saúde é um completo estado de bem-estar

físico, mental e social, e não meramente ausência

de doença.” (OMS, 1948)

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Em lugar de considerar saúde e doença como sistema

binário, devemos concebê-lo como um processo que o

ser humano passa por multiplas situações que exigem

de seu meio interno um trabalho de compensações e

adaptações sucessivas.

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• O curso das doenças não é igual, apresenta variações de um caso para outro.

• Alguns padrões de variação:• A) evolução aguda –rapidamente fatal.Ex. a raiva.• B) evolução aguda- clinicamente evidente e com rápida

recuperação na maioria dos casos. Ex. viroses respiratórias.• C) evolução sem alcançar o limiar clinico - individuo não saberá

que teve o problema .Ex .hepatite anictérica.• D) evolução crônica- que se exterioriza e progride após longo

período (letal).Ex. afecções cardiovasculares de cunho degenerativo.

• E) evolução crônica – com períodos assintomáticos entremeados com exacerbações clinicas. Ex. afecções psiquiátricas e dermatológicas.

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SAÚDE E DOENÇASAÚDE E DOENÇA

História Natural da DoençaHistória Natural da Doença

Padrões de evolução das doençasPadrões de evolução das doenças

TempoTempoRecuperaçãoRecuperação

da saúdeda saúde

ÓbitoÓbitoEvolução Evolução clínicaclínica

Evolução Evolução subclínicasubclínica

InvalidezInvalidez

CronicidadeCronicidadeLimiar clínicoLimiar clínico

Inte

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nsi

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a)a) evolução aguda (rapidam/e fatal)evolução aguda (rapidam/e fatal)

b) evolução agudab) evolução aguda

c) evolução s/ limiar clínicoc) evolução s/ limiar clínico

d) evolução crônica d) evolução crônica † †

e) evolução crônicae) evolução crônica

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Duas concepções de história natural da doença  As características de determinada doença podem ser

facilmente analisadas durante a evolução do processo. Tal referencial convencionou-se chamar “história natural”, sendo que é considerada natural por não haver intervenção do homem.

Normalmente, são utilizadas duas óticas para estudo da história natural de determinada doença:

A partir dos serviços e a partir da comunidade.

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1- Visão da doença, a partir dos serviços Comumente “história natural” é empregada como

“investigações clínicas” que se presta a promover informações sobre a evolução de determinando evento, ou seja descrevem o “curso clinico”.

Tais pesquisas que, normalmente ocorrem com a demanda de assistência médica especializada, consistem no acompanhamento de um determinando número de pacientes diagnosticados com a mesma doença, como ocorreu no caso da febre reumática em que mil pacientes foram observados durante 20 anos.

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2- Visão da doença, a partir da comunidade Neste caso a busca por paciente não é exclusivamente sob

demanda , é feita uma busca ativa de paciente na comunidade. Desta maneira é possível esclarecer a etapa patológica como

objetivo principal deste estudo populacional-territorial, uma vez que é capaz de analisar a fase “pré-patologica” evidenciando diversos graus de risco e uma variedade de estado que teve inicio muito antes no qual podem ser identificados fatores hereditarios,comportamentais).Ex.Infarto agudo Miocárdio

Outros pontos a serem destacados são as taxas de morbidade e mortalidade geradas com bastante precisão.

 

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- Fase inicial (ou de suscetibilidade)- Fase patológica pré-clínica- Fase Clínica- Fase de incapacidade residual

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1- Fase inicial (ou suscetibilidade) Na fase inicial ainda não há doença propriamente dita.

No entanto, já se constatam condições que favorecem o aparecimento em decorrência dos fatores de riscos ou de proteção.

Como exemplo de prevenção nesta fase, destaca-se a eliminação dos fatores de risco ou alteração da sua intensidade.

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2- Fase patológica pré-clinica Este momento, inicia-se como processo patológico e vai até o

aparecimento de sintomas ou sinais da doença, podendo evoluir para a cura ou progredir para a fase da doença.

O exemplo apresentado diz respeito à prevenção na fase pré-clinica, ou seja, rastreando triagem.. Neste caso há um rastreamento de indivíduos enfermos ou em risco na população sadia e, através de testes, reduz-se gradativamente a quantidade de indivíduos efetivamente doentes, proporcionando maior cobertura populacional de serviços de saúde, protegendo o maior número de pessoas, com menor esforço.

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3- Fase clínica Aqui a doença já está em estado adiantado. No entanto, há

diferentes graus de acometimento do organismo, podendo variar desde leve até aguda ou crônica.

Nesta fase uma pequena porcentagem dos afetados procura o sistema formal de atendimento impossibilitando a formação de estatísticas realistas.

  A atuação pode ser curativa ou preventiva como, por exemplo, no

caso do infarto agudo do miocárdio que são utilizados recursos terapêuticos com intuito de limitar a área enfartada e, por outro lado, tornam-se medidas para prevenir a ocorrência de novos infartos.

 

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4- Fase de incapacidade residual No caso de seqüelas é necessária a reabilitação de

cunho físico, psicológico ou social visando à capacidade residual da pessoa afetada após a estabilização clínica.

 

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1- Etiologia  Etiologia na fase patológica Nesta fase, encontram-se os processos que ocorrem em época

ainda anterior à resposta biológica inicial do organismo.  Etiologia na fase patológica Nesta fase, encontram-se os processos que ocorrem no interior do

corpo humano e que e sucedem a partir da resposta orgânica inicial. 2- Prevenção A prevenção também se apresenta em duas etapas: primárias e

secundária. Levando-se em consideração que o problema pode ser de natureza

coletiva ou individual, o tratamento deve der diferenciado em função das fases de saúde ou de doença.

 

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São consideradas “medidas preventivas” todas aquelas utilizadas para evitar doenças ou suas conseqüências, bem como as que destinam, a interromper o processo da doença que já se instalou no organismo humano.

As seguintes classificações de medidas preventivas são adotadas:

Medidas inespecíficas e específicas

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As medidas inespecíficas - São medidas gerais, com o objetivo de promover o bem-estar das pessoas.

As medidas específicas – são medidas restritas, incluem as técnicas próprias para lidar com cada dano em particular.Ex. Doença de Chagas, Dengue (luta anti vetoriais, transfusão de sangue)

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1- Prevenção primáriaAs ações primárias são ampliadas em fase anterior ao

inicio biológico da doença, trata-se da “prevenção da ocorrência”. É o caso, por exemplo, de educação para a saúde,saneamento ambiental.

2- Prevenção secundária“Ações ocorrem no período patológico da doença,

visando a ‘prevenção da evolução” na tentativa de fazê-lo regredir, não afastando do seu caráter curativo.Ex. Uso de antibióticos nas doenças infecciosas,Aspirina nos pacientes com infarto,agudo do miocárdio. 

3- Prevenção terciáriaO objetivo da prevenção terciária é atenuar a invalidez e

promover o ajustamento a condições intermediáveis diante das seqüelas. Trata-se da reabilitação.

Ex. Sequela de AVC  

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• 1. Promoção da Saúde – ações destinadas para manter o bem-estar, sem visar nenhuma doença.

• Educação sanitária

• Alimentação e nutrição adequadas

• Habitação adequada

• Emprego e salários adequados

• Condições para a satisfação das necessidades básicas para o indivíduo.

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2 - Proteção específicas – inclui medidas para impedir o aparecimento de uma determinada doença

• Imunização• Exame pré-natal• Quimiprofilaxia• Fluorretação da água• Eliminação de exposição a agentes

carcinogênicos• Saúde Ocupacional

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3- Diagnóstico e tratamento precoce: Rastreamento Exame periódico de saúde Procura de casos entre contatos Auto exame Intervenção médica ou cirúrgica precoce

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4 - Limitação do dano: Acesso facilitado a serviço de saúde Tratamento médico ou cirúrgico adequado Hospitalização em função das

necessidades

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• 5- Reabilitação (impedir a incapacidade total) • Fisioterapia • Terapia ocupacional • Emprego para o reabilitado • Melhores condições de trabalho para o deficiente• Educação para o público para aceitação dos

deficientes• próteses e órteses

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MEDIDAS UNIVERSAIS, SELETIVAS E INDIVIDUALIZADAS

MEDIDAS UNIVERSAIS: são recomendações para todas as pessoas, são aplicadas com ou sem assistência profissional.Ex. dieta balanceada,exercicios regulares,etc

MEDIDAS SELETIVAS: recomendadas somente para subgrupos da população, que estão em alto risco de adoecer, identificadas por sexo, idade, ocupação ou outra característica marcante. Ex.uso de EPIs, abstinência de álcool e fumo na gravidez

MEDIDAS INDIVIDUALIZADAS: aplicadas a um indivíduo que está em alto risco para desenvolvimento futuro da doença.Ex.Hipertensão, colesterol elevado.

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•Referências bibliográficas 

•MINAYO M.C.S. Saúde – doença: uma concepção popular da etiologia. Cadernos de Saúde Pública, RJ. 4(4):363-381, 1988. •PEREIRA, M. G. Epidemiologia: teoria e prática. Ed. Guanabara Koogan. 1995. Capítulo 3: Saúde e Doença. •ROUQUAYROL, M.Z. Epidemiologia e Saúde. 6º edição. MEDSI, Rio de Janeiro, 2003, Capítulo 2: Epidemiologia, História Natural e Prevenção de Doenças. •KNAUTH D.R; de OLIVEIRA F.A. Capítulo 15 - Antropologia e atenção Primária à Saúde. Em: Medicina Ambulatorial. Fundamentos e Práticas em Atenção Primária à Saúde.

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OBRIGADA!!!!

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