entusiasmo que contagia a cidade

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CADERNO ESPECIAL 26 O FESTIVAL DE DANçA DE JOINVILLE 16 DE JULHO DE 2008 A bailarina Maria Lúcia Ri- beiro de Azeredo, 21 anos, veio de Belém, capital do Pará, com uma missão grande. Adquirir conheci- mento e repassar para os demais amigos que não puderam vir a Joinville. Ela enfrentou 15 horas de viagem entre Belém e Joinville – parte do caminho, até o Rio de Janeiro, foi feita de avião; restante do caminho foi feito de ônibus. “Fi- quei quase sete horas esperando o ônibus do Rio até Joinville”, lembra a bailarina. Até o final do festival, a paraense vai participar dos cur- sos de balé clássico e dança contemporânea. De Belém a Joinville Ela está sozinha em Joinvil- le, mas engana-se quem pensa que isso tirou a animação da bailarina Nataly Beckert Takase, 19 anos. Pela manhã, ela vai participar do curso de balé clássico intermedi- ário, com o professor Ady Addor. Mas, à noite, já garantiu ingressos para todas as mostras competitivas. “Só não consegui ingresso para a noite dos campeões porque preciso ir embora”, lamenta a bailarina que enfrentou dez horas na estrada, de Maringá (PR) até Joinville. “É a minha sétima edição do festival. Cada ano é mais maravilhoso que o outro”, entusiasma-se. Centreventos todos os dias Entusiasmo que contagia a cidade B atom, secador, espelho, pente, escova, perfume e a indispensável chapinha. A mudança mal chegou aos alojamentos e o “kit de sobrevivência” das bailarinas Rosana Daher, 22 anos, Luana Prado, 19, Alessandra da Silva, 22, e Juliana Lima Barroso, 22, já estava a postos so- bre carteiras da sala de aula que vai servir de quarto para elas nos próximos dez dias. As bailarinas de Londrina, no Paraná, vieram para participar dos cursos do Festival de Dança e vão aproveitar para conferir as apresentações du- rante os dez dias. As meninas integrantes do grupo Jazz Ventre estão alojadas junto com outras 11 bailarinas na escola Pastor Hans Müller, no bairro Glória. Rosana, que além de baila- rina é estudante de jornalismo, conta que vai aproveitar o curso de crítica de dança para aperfeiçoar sua formação teórica sobre dança. “Viemos só para os cursos, porque o festival de Joinville é uma vitrine”, elogia a paranaense. Logo pela manhã, as serventes da escola Pastor Hans Müller ainda limpavam o pátio e as bailarinas de Londrina já haviam arrumado a cama e estavam produzidas para curtir o primeiro dia de festival. A es- cola, onde normalmente circulam 680 alunos em dois turnos, será exclusiva para os cerca de 110 bailarinos nestes próximos dez dias. Só na sala-quarto, onde as meninas vão ficar, está evidente a multirregionalidade do evento. Maringá, Londrina e Belém eram alguns dos endereços das alojadas. As bailarinas Juliana, Rosana, Luana e Alessandra, de Londrina, organizaram o kit de sobrevivência para os próximos dez dias no alojamento da escola Pastor Hans Müller Cleiton Bernardes H [email protected] IRAN CORREIA/ND

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Caderno especial do 26º Festival de Dança de Joinville. Data: 17 de julho de 2008.

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Page 1: Entusiasmo que contagia a cidade

C a d e r n o e s p e C i a l 2 6 o F e s t i v a l d e d a n ç a d e J o i n v i l l e 1 6 d e J u l h o d e 2 0 0 8

a bailarina Maria lúcia ri-beiro de azeredo, 21 anos, veio de Belém, capital do pará, com uma missão grande. adquirir conheci-mento e repassar para os demais amigos que não puderam vir a Joinville. ela enfrentou 15 horas de viagem entre Belém e Joinville – parte do caminho, até o rio de Janeiro, foi feita de avião; restante do caminho foi feito de ônibus. “Fi-quei quase sete horas esperando o ônibus do rio até Joinville”, lembra a bailarina. até o final do festival, a paraense vai participar dos cur-sos de balé clássico e dança contemporânea.

De Belém a Joinville

ela está sozinha em Joinvil-le, mas engana-se quem pensa que isso tirou a animação da bailarina nataly Beckert takase, 19 anos. pela manhã, ela vai participar do curso de balé clássico intermedi-ário, com o professor ady addor. Mas, à noite, já garantiu ingressos para todas as mostras competitivas. “só não consegui ingresso para a noite dos campeões porque preciso ir embora”, lamenta a bailarina que enfrentou dez horas na estrada, de Maringá (pr) até Joinville. “É a minha sétima edição do festival. Cada ano é mais maravilhoso que o outro”, entusiasma-se.

Centreventos todos os dias

Entusiasmo que contagia a cidade

Batom, secador, espelho, pente, escova, perfume e a indispensável chapinha. a mudança mal chegou aos alojamentos e o “kit de sobrevivência” das bailarinas

rosana daher, 22 anos, luana prado, 19, alessandra da silva, 22, e Juliana lima Barroso, 22, já estava a postos so-bre carteiras da sala de aula que vai servir de quarto para elas nos próximos dez dias. as bailarinas de londrina, no paraná, vieram para participar dos cursos do Festival de dança e vão aproveitar para conferir as apresentações du-rante os dez dias.

as meninas integrantes do grupo Jazz ventre estão alojadas junto com outras 11 bailarinas na escola pastor hans Müller, no bairro Glória. rosana, que além de baila-

rina é estudante de jornalismo, conta que vai aproveitar o curso de crítica de dança para aperfeiçoar sua formação teórica sobre dança. “viemos só para os cursos, porque o festival de Joinville é uma vitrine”, elogia a paranaense.

logo pela manhã, as serventes da escola pastor hans Müller ainda limpavam o pátio e as bailarinas de londrina já haviam arrumado a cama e estavam produzidas para curtir o primeiro dia de festival. a es-cola, onde normalmente circulam 680 alunos em dois turnos, será exclusiva para os cerca de 110 bailarinos nestes próximos dez dias. só na sala-quarto, onde as meninas vão ficar, está evidente a multirregionalidade do evento. Maringá, londrina e Belém eram alguns dos endereços das alojadas.

As bailarinas Juliana, Rosana, Luana e Alessandra, de Londrina, organizaram o kit de

sobrevivência para os próximos dez dias no alojamento da escola Pastor Hans Müller

Cleiton Bernardes H [email protected]

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E a cidade está preparada. O vazio que tomava conta dos palcos abertos no dia de ontem, será pre-enchido pelos bailarinos de todas as partes do País a partir de hoje, às 10 horas, até a sexta (25). Nes-se ano, 257 grupos se apresentarão nas praças, shoppings, hospitais, fábricas e nos bairros Vila Nova e Morro do Meio. Desse total, 102 equipes não se classificaram para as mostras competitivas e vieram apenas para os palcos abertos.

A novidade dessa edição é o retorno da dança ao shopping Americanas e a criação da rua da

dança, na Estação Ferroviária, que atenderão aos moradores da região sul. A montagem da estrutura da Americanas e dos shoppings Cidade das Flores e Mueller aconteceu na madrugadas de terça e quarta. Na praça Nereu Ramos, uma grande tenda branca protegerá os especta-dores, que poderão assistir aos es-petáculos sentados nas 150 cadeiras disponíveis.

O desenho do painel externo foi feito pelo artista plástico Ronaldo Diniz. Iraci Seefeldt, diretora execu-tiva do Festival de Dança, conferiu a montagem na praça e confirmou

o espetáculo de balé Dom Quixote, apresentado pela Companhia Brasi-leira de Ballet do Rio de Janeiro, no sábado (19), às 12 e às 17 horas.

Para os artistas que dança-rão na Nereu Ramos, haverá coxias e camarins para a preparação an-tes das exibições públicas. “A rua da dança, na Estação Ferroviária será montada na sexta e no sábado para ser realizada no domingo. Na sexta também montaremos a es-trutura do encontro das ruas, que acontece fim de semana na esco-la Germano Timm”, explica Iraci. (Rosana Rosar)

Ainda dá tempo • Estão aber-

tas as inscrições gratuitas para os cursos e debate do projeto Encontro das Ruas, voltado para os amantes do universo hip hop. Neste domin-go (20), das 10 às 12 horas, serão quatro aulas simultâneas: locking, poping, free style e b-boys. Todos os cursos têm 20 vagas disponíveis cada e ocorrem no Colégio Germano Timm. Na sala 9 do Centreventos Cau Hansen ocorre, no mesmo dia e ho-rário, um debate sobre grafite, com 150 vagas. Inscrições no site www.festivaldedanca.com.br ou mandar um e-mail para [email protected].

Agora é concentrar e dar o melhor de si. Após a exibição de “O Lago dos Cisnes”, com Cecília Kerche, Vi-tor Luiz, e os setenta bailarinos do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, ontem, na noite desta quinta começa a mostra competitiva que seguirá até a sexta-feira da próxima semana (25). Passarão, pelo palco do Centreventos Cau Hansen, 230 coreografias das 1.700 inscritas de todo o Brasil e exterior.

A partir das 19 horas haverá competição de dança contemporânea, na modalidade solo feminino e duo, na categoria avançada; e de balé clássico de repertório, na modalidade variação masculina e nas categorias sênior, conjunto e avan-çado. Os gêneros de balé clássico, dança de rua, danças populares, jazz e sapateado serão julgados pela banca de jurados nas noites posteriores. Nessa edição foram incluídos subgêneros na dança de rua, com solos, duos e trios.

Rosana Rosar H [email protected]

Caçula do festival • A pequena

Alice Roda chamou a atenção dos bailarinos na manhã de ontem nos guichês de credenciamento. Com apenas dois meses de idade, a filha dos bailarinos Alex Kiton e Adriana Roda, do Corpo de Baile de Valinhos (SP) foi o centro das atenções no Centreventos. Se puxar pelos pais, ela provavelmente também será bai-larina. Alex tem 14 edições do fes-tival no currículo e Adriana outras 15. Os pais de Alice vão participar da mostra competitiva, hoje à noite, no gênero dança contemporânea, mo-dalidade duo (avançada).

É só por o dedão • O sistema de credencia-mento no Festival de Dança deste ano parece coisa de filme, mas é, na prática um dos mais modernos da atualidade. Com auxílio de um sistema de biometria, os participantes do festival são cadastrados, in-clusive com captura da imagem, por meio de uma webcam e com a co-leta das informações da impressão digital. São cinco guichês conferin-do e coletando as informações dos participantes que recebem na hora o crachá, idêntico a um cartão de crédito. Desde o ano passado a im-pressão da 2a via do crachá só é for-necida depois do pagamento de uma taxa. A exigência do pagamento de um adicional de R$ 50,00 fez com que o número de perda de crachás tivesse uma redução considerável. Se algum bailarino perder o crachá, precisa comparecer à sala do Instituto Festival de Dança e pedir uma autorização para reimpressão.

Na Feira da Sapa-tilha, peças referentes à dança, como sapatilhas e colans são vendidas a preços inferiores àque-les que as jovens bailari-nas do Corpo de Baile do Colégio Militar de Brasília encontram no Distrito Federal. Assim que a feira foi aberta, às 10 horas, Thaís Oli-veira, 15 anos, e Kríssia Menezes, 13 anos, foram para um dos estan-des com as colegas e se surpreen-

deram com os preços. “Nossa, tá muito mais barato; meia ponta a 5 reais”, apontou uma delas.

Em Brasília, as garotas costumam pagar R$ 22,00 nas sa-patilhas meia ponta e R$ 50,00 na ponta. Aqui, os valores giram em torno de R$ 5,00 e R$ 15,00, res-

pectivamente. Também elogiaram a qualidade do produto. As 33 bai-larinas vieram dançar balé clássico nos palcos abertos e participar dos

workshops gratuitos oferecidos (uma das novidades dessa edi-ção). Lourdes Firmo, coordenado-ra da feira, conta que nesse ano o espaço do Expocentro Edmundo Doubrowa está dividido por seto-res como artesanato, alimentação

e vestuário. Além do palco aberto, ha-

verá o espaço alternativo, com apresentações rápidas de circo, dança de rua, tributo a Madonna, dentre outros. No espaço literário nomes como Cecília Kershe, Car-linhos de Jesus e o coreógrafo Fly serão atrações dos workshops. Palestras sobre maquiagem, lan-çamentos de CDs e experiência no mundo da dança também estão na programação. (Rosana Rosar)

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JOINVILLE, QUINTA-FEIRA, 17 DE JULHO DE 2008

Programação

E X P E D I E N T E Coordenação e edição: Lorení Franck. Reportagem: Cleiton Bernardes, Mariana Pereira, Sérgio Almeida e Rosana Rosar. Fotografia: Iran Correia, Joyce Reinert e Rogério Souza Jr. Revisão: Solange Silva. Diagramação: Marcelo Duarte.

MoSTRA CoMPETITIvAonde: Arena do CentreventosHorário: a partir das 19h

Dança contemporânea – Solo feminino (avançada)

H Pró-dança de Blumenau (SC) – O Encontro

H Soma3 Grupo de Dança (SP) – Carmen

H Grupo Finac (SP) – RastroH Grupo de Dança Fernando Lima

(SC) – Cidadão de PapelH Taipas Cia. de Dança (RN) – Em

SoloH Cia. de Dança do Teatro Alberto

Maranhão (RN) – Cartas para Ninguém

H Gabriela N (SP) – Femme

Dança contemporânea – Duo (avançada)

H Eliane Fetzer Centro de Dança (PR) – Entre as Veias

H Corpo de Baile da Casa da Cultura Vicente Musselli (SP) – Só o Tempo

H Segmento Porão (PR) – Sem Notícias de Ti, Mon Cher.

H Studio de Dança Luciana Junqueira (SP) – Doisum

H Domus Estúdio de Dança (RS) – A Dois Corpos de Um Só

H Phoccus Cia. de Dança (SP) – No Silêncio da Luz

H Grupo de Dança Univali (SC) – Peleja

H Cia. Art Luz de Dança e Teatro (RJ) – 2 Por 1

H Soma3 Grupo de Dança (PR) – Pulse

Balé clássico de repertório – Variação masculina (sênior)

H Conservatório Brasileiro de Dança (RJ) – Arlequinade

H Academia de Ballet Elisa (SP) – La Fille Russo

Balé clássico de repertório – Conjunto (avançada)

H Cia. de Ballet Adriana Assaf (SP) – Giselle (2o ato)

H Ballet Aracy Jair Moraes (SP) – O Despertar de Flora

H Equilibrium Companhia de Dança (SP) – “Fadas” – A Bela Adormecida

H Corpo de Baile do Mvsika! Centro de Estudos (GO) – Paquita

H Cia. do Conservatório (RJ) – La Sylphide

MoSTRA DE DANçA CoNTEMPoRâNEAonde: Teatro Juarez MachadoHorário: a partir das 22h

H Luis Arrieta – Carnaval dos Animais

H Riscas Cia. de Dança – Escape

PAlCoS AbERToSH Ancionato e Hospital Bethesda

– Pirabeiraba – 15 às 16hH Feira da Sapatilha – Expocentro

Edmundo Doubrawa - 11 às 12h; 13 às 13h30; 14 às 15h30; 16 às 17h30

H Praça Nereu Ramos – Centro – 12 às 13h; 13h30 às 14h30; 15 às 16h; 16h30 às 17h30

H Shopping Americanas – Anita Garibaldi – 13 às 14h; 17 às 18h

H Shopping Cidade das Flores – Centro – 15 às 16h; 16h30 às 17h30

H Shopping Mueller – Centro – 11h30 às 12h30; 15 às 16h; 17h30 às 18h30

H Supermercados Giassi – América – 17 às 18h

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Pratada casa

Bailariana Cristiane Pereira na coreografia Cidadão de Papel, que estará

no palco hoje com o Grupo de Dança

Fernando Lima

É só por o dedão • O sistema de credencia-mento no Festival de Dança deste ano parece coisa de filme, mas é, na prática um dos mais modernos da atualidade. Com auxílio de um sistema de biometria, os participantes do festival são cadastrados, in-clusive com captura da imagem, por meio de uma webcam e com a co-leta das informações da impressão digital. São cinco guichês conferin-do e coletando as informações dos participantes que recebem na hora o crachá, idêntico a um cartão de crédito. Desde o ano passado a im-pressão da 2a via do crachá só é for-necida depois do pagamento de uma taxa. A exigência do pagamento de um adicional de R$ 50,00 fez com que o número de perda de crachás tivesse uma redução considerável. Se algum bailarino perder o crachá, precisa comparecer à sala do Instituto Festival de Dança e pedir uma autorização para reimpressão.

Encontro de gerações • As 13 bailarinas do Ballet Vanessa Oliveira (de rosa), de Itapetininga, no interior paulista, viaja-ram dez horas para participar de cinco apresentações de balé clássico dos palcos abertos. É a primeira vez que as meninas vêm para Joinville. Já na chegada, encontraram o Grupo de Dança da Melhor Idade de São Vicente (de amarelo), da baixada santista, que viajou cerca de oito horas e também se apresentará nos palcos, com uma coreografia de dança de rua.

Na Feira da Sapa-tilha, peças referentes à dança, como sapatilhas e colans são vendidas a preços inferiores àque-les que as jovens bailari-nas do Corpo de Baile do Colégio Militar de Brasília encontram no Distrito Federal. Assim que a feira foi aberta, às 10 horas, Thaís Oli-veira, 15 anos, e Kríssia Menezes, 13 anos, foram para um dos estan-des com as colegas e se surpreen-

deram com os preços. “Nossa, tá muito mais barato; meia ponta a 5 reais”, apontou uma delas.

Em Brasília, as garotas costumam pagar R$ 22,00 nas sa-patilhas meia ponta e R$ 50,00 na ponta. Aqui, os valores giram em torno de R$ 5,00 e R$ 15,00, res-

pectivamente. Também elogiaram a qualidade do produto. As 33 bai-larinas vieram dançar balé clássico nos palcos abertos e participar dos

workshops gratuitos oferecidos (uma das novidades dessa edi-ção). Lourdes Firmo, coordenado-ra da feira, conta que nesse ano o espaço do Expocentro Edmundo Doubrowa está dividido por seto-res como artesanato, alimentação

e vestuário. Além do palco aberto, ha-

verá o espaço alternativo, com apresentações rápidas de circo, dança de rua, tributo a Madonna, dentre outros. No espaço literário nomes como Cecília Kershe, Car-linhos de Jesus e o coreógrafo Fly serão atrações dos workshops. Palestras sobre maquiagem, lan-çamentos de CDs e experiência no mundo da dança também estão na programação. (Rosana Rosar)

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JOINVILLE, QUINTA-FEIRA, 17 DE JULHO DE 20084

Haroldo Marinho

CoxiaDentre as várias histórias que rolam nos bastidores do Festival de Dança,

algumas marcam e nos remetem às lembranças dos tempos em que o evento era

realizado na vontade e determinação de inúmeros voluntários anônimos. São

essas pessoas que, doando seu tempo, ajudaram a conquistar a credibilidade tão

necessária ao festival. Do amadorismo e saudosismo dos anos 80 e 90, o Festival de

Dança de Joinville se transformou em uma das grandes vitrines da dança mundial.

O fotógrafo Nilson Bastian abriu ontem a exposição “Alma de Don Quixote!” no Shopping Mueller, com fotos da Escola Teatro Bolshoi do Brasil

Affonso Herbert e Bárbara Cardoso, durante ensaio de dança de salão, na Academia Andança

Concorrência Como sempre ocorre neste período, casas noturnas, restaurantes e

afins disputam quase que a tapas o público joinvilense, turistas e os poucos

bailarinos que podem aproveitar as baladas durante o Festival de Dança.

Nesta batalha, esse ano entra em cena a lei seca. Como tem muita gente de

férias – especialmente a galera que estuda fora – vamos ver como será o

comportamento na hora de retornar da folia noturna.

Em casaConhecido no meio, o

premiado bailarino, coreógrafo,

pesquisador e diretor artístico,

Luiz Arrieta, como inúmeros

coreógrafos e bailarinos tem

forte ligação com o festival.

Nesta edição, Arrieta, que não

dispensa seu estilo moderno

e irreverente, traz para o

Festival de Dança o espetáculo

“Carnaval dos Animais”,

que integra a programação

da Mostra de Dança

Contemporânea.

MecenasDas inúmeras pessoas e empresas que ajudaram na realização do festival naquela

época, merecem serem lembrados a Büschle & Lepper, a Rommel & Halpe – empresa

paulista do ramo de sapatilhas e confecções para dança – Revista Dançar, nossa Tubos

e Conexões Tigre e Nielson. Tinha também a Coca-Cola, que durante os intervalos

realizava aquelas brincadeiras com a platéia no Ivan Rodrigues.

CacosNo início dos anos 90, ainda

comandado por dona Albertina

Tuma, o festival passou por problemas

financeiros. Por pouco não foi

realizado. O empresário Ony Bogo,

sócio-majoritário do Rariah Privê Club

– na época uma das casas noturnas

mais sofisticadas do Sul – resolveu

patrocinar o evento. Como era DJ do

Rariah, ficava intrigado ao ver sacos

de lixo cheios de dinheiro sair da

bilheteria. Logo descobrimos, que no

dia seguinte, a grana ia direto para

cobrir as despesas do festival.

Inspirada, Debora Machado solta seu sorriso durante encontro regado à champa, bolo e velinhas na Joinvilândia

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