entrevista para a revista de inovação da fgv

3
<span style="font-weight:bold;">Entrevista dada para a revista de inovação da FGV Out/2010. </span> <span style="font-weight:bold;">Você poderia explicar a proposta do Design Thinking e sua origem?</span> O Design Thinking é uma abordagem para enfrentar problemas complicados baseada em 3 pilares, sendo esses: Empatia, Colaboração e Experimentação. O primeiro visa proporcionar logo cedo um vinculo empático entre a equipe de projeto e os futuros usuários e stakeholders do produto ou serviço resultante.O seguindo pilar, ou colaboração, permite co-criarmos as soluções com esses usuários finais e stakeholders para eliminarmos barreiras e aumentarmos a aceitabilidade e com isso as chances de serem catapultadas ao patamar de inovação. A ultima mas não menos importante, experimentação, trata da habilidade de testar idéias cedo, ainda na fase de desenvolvimento dessas idéias, e melhorar a precisão dessas idéias a cada iteração, O termo Design Thinking apareceu pela primeira vez na década de 90, em artigo acadêmico desenvolvido por Richard Buchanan (wicked Problems in Design Thinking- 1992), e foi posteriormente utilizado em projetos comerciais e de inovação social pela Ideo, consultoria americana de Inovação através do Design. <span style="font-weight:bold;">Como essa proposta se une ao conceito de sustentabilidade?</span> O Design Thinking visa a criação de soluções que devem ser ao mesmo tempo, desejáveis e adequadas para as pessoas e sociedade, estrategicamente possíveis e financeiramente saudáveis para os negócios. Esse pensamento esta entrelaçado com o pensamento do triple bottomline da sustentabilidade, que afirma que devemos sempre projetar de maneira equilibrada com o ambiental, o social e o econômico.

Upload: tenny-pinheiro

Post on 13-Jan-2017

279 views

Category:

Business


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: Entrevista para a revista de inovação da FGV

<span style="font-weight:bold;">Entrevista dada para a revista de inovação da FGV Out/2010. </span>

<span style="font-weight:bold;">Você poderia explicar a proposta do Design Thinking e sua origem?</span>

O Design Thinking é uma abordagem para enfrentar problemas complicados baseada em 3 pilares, sendo esses: Empatia, Colaboração e Experimentação. O primeiro visa proporcionar logo cedo um vinculo empático entre a equipe de projeto e os futuros usuários e stakeholders do produto ou serviço resultante.O seguindo pilar, ou colaboração, permite co-criarmos as soluções com esses usuários finais e stakeholders para eliminarmos barreiras e aumentarmos a aceitabilidade e com isso as chances de serem catapultadas ao patamar de inovação. A ultima mas não menos importante, experimentação, trata da habilidade de testar idéias cedo, ainda na fase de desenvolvimento dessas idéias, e melhorar a precisão dessas idéias a cada iteração, 

O termo Design Thinking apareceu pela primeira vez na década de 90, em artigo acadêmico desenvolvido por Richard Buchanan (wicked Problems in Design Thinking-1992),  e foi posteriormente utilizado em projetos comerciais e de inovação social pela Ideo, consultoria americana de Inovação através do Design.

 

<span style="font-weight:bold;">Como essa proposta se une ao conceito de sustentabilidade?</span>

O Design Thinking visa a criação de soluções que devem ser ao mesmo tempo, desejáveis e adequadas para as pessoas e sociedade, estrategicamente possíveis e financeiramente saudáveis para os negócios. Esse pensamento esta entrelaçado com o pensamento do triple bottomline da sustentabilidade, que afirma que devemos sempre projetar de maneira equilibrada com o ambiental, o social e o econômico. 

<span style="font-weight:bold;">Você acredita que estamos vivendo um contexto cultural e social que favorece propostas como do Design Thinking? Por quê? </span>

Não apenas favorece mas também carece de propostas como essa. No Brasil uma nova massa social de consumo esta sendo configurada, ao mesmo tempo temos um pais com uma economia estável e crescente.Os mais diversos setores da industria nos próximos anos terão dificuldades de lidar com essa nova classe consumidora utilizando apenas as velhas táticas de marketing e isso se materializara de forma ainda mais latente no setor de serviços.  

 

Page 2: Entrevista para a revista de inovação da FGV

<span style="font-weight:bold;">Como você vê participação/atuação da chamada Geração Y (mais antenada com as tecnologias e nascida até meados de 1990) neste novo contexto? </span>

Do ponto de vista gerencial essa é a única forma - empatia,colaboração e experimentação - de alavancar e extrair o maximo potencial dessa geração que já nasce questionando premissas, co-criando alternativas e testando idéias.

A idéia de criar um produto e contratar um agencia de publicidade para criar o desejo, é por demais anos 80, e não vai funcionar com essa geração. É necessário embarcar no mundo deles e compreender desejos e necessidades que não estão na superfície, coisas que se endereçadas ajudarão essas pessoas a viverem e trabalharem melhor. 

 

<span style="font-weight:bold;">Você acredita que esta Geração está mais preparada para consumir e produzir conceitos como este?</span>

Acredito mais no Design Thinking como uma abordagem. E sendo assim a resposta é sim, essa abordagem por si já é fruto dos questionamentos e inquietudes da geração Y. 

<span style="font-weight:bold;">O que esta geração traz de diferente das outras?</span>

Como todas as outras gerações a Y possui suas peculiriades. Ha quem diga que a geração Y é igualzinha a X só que em fast-forward e com a auto estima bombada de esteróides. Mas uma coisa que me chama a atenção e que, na minha opinião, explica muitos de seus comportamentos é a facilidade que eles tem, por conta da conectividade, de encontrar grupos de afinidade e se conectar a esses grupos da forma como nenhuma outra geração jamais teve a oportunidade de fazer. Com isso encontra bastante valor em questionar, pois tem a oportunidade e conforto de rapidamente perceber que não esta