entre pontos 2

5
avenida vinte e três de maio rua da consolação avenida paulista avenida 9 de julho avenida radial leste elevado pr. costa e silva avenida rio branco avenida tiradentes avenida prestes maia avenida do estado avenida rangel pestana avenida alcântara machado avenida do estado praça da sé pátio do colégio parque D. Pedro traçado atual traçado até 1924 traçado até 1895 traçado até 1881 Através da articulação dos diferentes momentos do crescimento de São Paulo, fica visivel a evolução urbana do centro da cidade. Podemos ver, como a cidade foi ultrapassando seus limites topográficos, como a paisagem urbana muda em tão pouco tempo, e como o centro é o ponto de partida dessa espansão. Algumas radiais, hoje vias expressas e estrutura- doras da malha viária e do deslocamento rápido na cidade, aparecem já nos palnos de 1924, e ficam ainda mais definidas a partir de 1895, ratifi- cando os vetores de crescimento em direção aos novos loteamentos. Com essa análise são indentificados pontos que participam dessa evolução desde o começo, e que contêm essas diferentes camadas de tempo de memória da cidade de São Paulo e seu desen- volvimento. Pontos, estes, que hoje têm esse caráter de estru- turador e de história apagados em meio a toda essa infraestrutura viária e de transporte que o centro comporta. O trabalho, em vista disso, busca uma articulação entre as diferentes cama- das presentes em cada um, para assim marcar, e trazer á tona, essa história subjugada. ENTRE PONTOS intervenção no centro de sp MARINA DE HOLANDA SOUZA TGI I | IAU-USP | julho 2012 01|05 ARTICULAÇÃO planta são paulo 1810 planta são paulo 1881 planta são paulo 1895 planta são paulo 1924 planta são paulo 1953 pontos possíveis de intervenção vértices do triângulo histórico áreas livres

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entrega recuperação tgi

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Page 1: Entre Pontos 2

aven

ida

vint

e e

três

de

mai

o

rua da consolação

avenida paulista

avenida 9 de julho

avenida radial leste

elev

ado

pr. c

osta

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avenida rio branco

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avenida rangel pestana

avenida alcântara machado

avenida do estado

praça da sé

pátio docolégio

parque D. Pedro

traçado atual

traçado até 1924

traçado até 1895

traçado até 1881

Através da articulação dos diferentes momentos do crescimento de São Paulo, �ca visivel a evolução urbana do centro da cidade. Podemos ver, como a cidade foi ultrapassando seus limites topográ�cos, como a paisagem urbana muda em tão pouco tempo, e como o centro é o ponto de partida dessa espansão.Algumas radiais, hoje vias expressas e estrutura-doras da malha viária e do deslocamento rápido na cidade, aparecem já nos palnos de 1924, e �cam ainda mais de�nidas a partir de 1895, rati�-cando os vetores de crescimento em direção aos novos loteamentos.Com essa análise são indenti�cados pontos que participam dessa evolução desde o começo, e que contêm essas diferentes camadas de tempo de memória da cidade de São Paulo e seu desen-volvimento. Pontos, estes, que hoje têm esse caráter de estru-turador e de história apagados em meio a toda essa infraestrutura viária e de transporte que o centro comporta. O trabalho, em vista disso, busca uma articulação entre as diferentes cama-das presentes em cada um, para assim marcar, e trazer á tona, essa história subjugada.

ENTRE PONTOSintervenção no centro de spMARINA DE HOLANDA SOUZATGI I | IAU-USP | julho 2012

01|05ARTICULAÇÃO

planta são paulo 1810

largo do carmo

largo da Sé

largo do palacio

largo s franscisco

larg

o s b

ento

largo do riachuelo

largo da liberdade

RUA

DA L

IBER

DADE

RUA

DA

GLÓ

RIA

RUA DO BRÁS

RUA DO GAZÔMETRO

RUA

25

DE

MA

RÇO

RUA DA CONSOLAÇÃO

RUA

DE

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MA

RO

RUA DE SANTO ANTÔNIO

RUA DA CONSOLAÇÃO

RUA DO GAZÔMETRO

AVENIDA RAUL PESTANA

RUA SANTO ANTÔNIOlargo do carmo

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setem

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largo do palacio

largo s franscisco

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AVENIDA PAULISTA

RUA

VERG

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RUA

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JARDIM PÚBLICO

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AVENIDA PAULISTA

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DA

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largo do carmo

largo

7 de

setem

bro

largo

da Sé

largo do palacio

largo s franscisco

larg

o s b

ento

planta são paulo 1881

planta são paulo 1895

planta são paulo 1924

planta são paulo 1953

pontos possíveis de intervenção

vértices do triângulo histórico

áreas livres

Page 2: Entre Pontos 2

viaduto do chá, 1918praça do patriarca, 1927 praça do patriarca, 1927 viaduto do chá, �m do séc. XIX

largo sâo bento, 1900 e 1930ladeira sta e�gênia, 1827

largo são francisco, 1862 ladeira de são francisco, 1862 ladeira de são francisco, séc. XX

largo do carmo, 1860 e 1930

intervenção no centro de spMARINA DE HOLANDA SOUZATGI I | IAU-USP | julho 2012

02|04“INVENTÁRIO”

ENTRE PONTOS

LARGO DO CARMO | PRAÇA CLÓVIS BEVILACQUA

LARGO DA MEMÓRIA

terminal D. Pedro

Estação da Luz

vale

do

anha

ngab

parque da luz

praça da república

aven

ida

vint

e e

três

de

mai

o

avenida 9 de julho

rua da consolação

avenida paulista

avenida 9 de julho

avenida radial leste

elev

ado

pr. c

osta

e s

ilva

avenida rio branco

aven

ida

tirad

ente

s

aven

ida

pres

tes m

aia

aven

ida

do e

stad

o

avenida rangel pestana

avenida alcântara machado

avenida do estado

praça da sé

pátio docolégio

parque D. Pedro

LARGO SÃO BENTO

LARGO SÃO FRANCISCO

PRAÇA DO PATRIARCA

PATEO DO COLÉGIO

PRAÇA ANTÔNIO PRADO

largo da memória -1919| 1922| 1933

pateo do colégio, 1817 largo do palácio, 1900 largo do palácio, 1926

antigo largo do rosário - 1887| 1900|1930

Page 3: Entre Pontos 2

intervenção no centro de spMARINA DE HOLANDA SOUZATGI I | IAU-USP | julho 2012

03|04SITUAÇÃO ATUAL

ENTRE PONTOS

LARGO DO CARMO | PRAÇA CLÓVIS BEVILACQUA

LARGO DA MEMÓRIA

terminal D. Pedro

Estação da Luz

vale

do

anha

ngab

parque da luz

praça da república

aven

ida

vint

e e

três

de

mai

o

avenida 9 de julho

rua da consolação

avenida paulista

avenida 9 de julho

avenida radial leste

elev

ado

pr. c

osta

e s

ilva

avenida rio branco

aven

ida

tirad

ente

s

aven

ida

pres

tes m

aia

aven

ida

do e

stad

o

avenida rangel pestana

avenida alcântara machado

avenida do estado

praça da sé

pátio docolégio

parque D. Pedro

LARGO SÃO BENTO

LARGO SÃO FRANCISCO

PRAÇA DO PATRIARCA

PATEO DO COLÉGIO

PRAÇA ANTÔNIO PRADO

Page 4: Entre Pontos 2

intervenção no centro de spMARINA DE HOLANDA SOUZATGI I | IAU-USP | julho 2012

04|05ESTUDO DE CASO

ENTRE PONTOS

VIA

DU

TO B

OA

VIS

TA

RUA GEN

ERAL C

ARNEIRO

RUA

QU

INZE

DE

NO

VEM

BRO

RUA DIREITA

PRAÇA PADRE

MANOEL DE

NÓBREGA

PRAÇA FERNANDO COSTA

RUA DR. BITEN

COURT RO

DRIGUES

LARGO DO PATEODO COLÉGIO

MUSEU ANCHIETA

SECRETARIADA JUSTIÇA

CASA No. 1

SOLAR DA MARQUESA

732

734.

9

737.

8

740.

7

743.

6

744.

4

745.

3

746.

1

747

A

B

A

B

PATEO DO COLÉGIOAnalisando os pontos escolhidos, focamos como um estudo de caso no Pateo do Colégio, por sua importância na formação e memória da cidade, e também, por suas caracteristicas atuais, como por exemplo a grande enconsta, a ladeira da rua General Carneiro, o viaduto da Boa Vista, e um aspecto que chama muito a atenção o Beco do Pinto.

BECO DO PINTOConhecido também como Beco do Colégio, era uma passagem utilizada na São Paulo colonial para o trânsito de pessoas e animais, ligando o largo da Sé à várzea do rio Tamanduateí. Atualmente, juntamente com a Casa da Imagem, a Casa no. 1, e o Solar da Marquesa de Santos, constitui um signi�cativo conjunto arquitetônico, histórico e cultural.Seu nome relaciona-se ao sobrenome do proprietário da casa ao lado do logradouro, o Brigadeiro José Joaquim Pinto de Moraes Leme, e às suas desavenças com os vizinhos e a Municipalidade por ter fechado o acesso ao Beco em 1821. Em 1826, a passagem foi reaberta e recebeu da Câmara o nome o�cial de Beco do Colégio. No ano de 1834, a Marquesa de Santos, ao comprar este imóvel de um dos herdeiros do Brigadeiro Pinto, conseguiu, da Câmara, o fechamento da passagem. Após a abertura da ladeira do Carmo em 1912, atual Av. Rangel Pestana, o Beco perdeu sua função e foi de�nitivamente desativado.Após um longo trabalho de recuperação desse conjunto histórico, o Beco foi reaberto no segundo semestre de 2011, e desde então, ligado à programação da Casa da Imagem, vem sendo um espaço de abrigo à diferentes intervenções artísticas.Como por exemplo, a exposição da artista plástica Laura Vinci, No Ar. Ela sugere uma re�exão sobre a transformação e a passagem do tempo. A instalação de forma �uida, através de seu sistema de vapores e de suas variações sutis, transforma continuamente os espaços do Beco do Pinto, propondo um jogo em que os visitantes são estimulados a descobrir novas con�gurações na névoa.Buscando a ativação dessa memória através de uma intervenção sutil, que não se sobressaia ou tome o lugar do beco, propõe-se uma uma cobertura-patamar.Aumentando seu cárater de museu a céu aberto, visa-se explorar esse espaço como um local para diferentes expressões artísticas, então pensa-se a continuação de um dos patamares existentes da escada, abrindo o espaço para outras intervenções artistícas, como uma pequena apresentação de teatro, ou uma perfor-mance, ou simplesmente, para um momento de descanso. Esse patamar, como uma só peça, dobra-se na cobertura, que corre pelo resto da escadaria, criando uma outra expêriencia ao longo do beco. Essa peça única, vista de longe, marca a descendente da escadaria, abrindo a percepção dos transeuntes para essa memória tão escondida na cidade.

Page 5: Entre Pontos 2

intervenção no centro de spMARINA DE HOLANDA SOUZATGI I | IAU-USP | julho 2012

04|05ESTUDO DE CASO

ENTRE PONTOS

PATEO DO COLÉGIOBECO DO PINTO

0 10 20 50m