ensino religioso

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Curso de Introdução ao Ensino Religioso Subsídios do 3.º Dia O bem que fizemos na véspera é o que nos traz a felicidade pela manhã. (Provérbio hindu) ÍNDICE ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS NO ENSINO RELIGIOSO................................ 02 ETHOS......................................................................................................................... 02 HISTÓRIA E ESTRUTURA....................................................................................... ...04 TEXTOS SAGRADOS................................................................................................. 05 SUGESTÕES DE PLANEJAMENTOS PARA O ENSINO RELIGIOSO: 1.º ANO – ENSINAMENTOS PARA UMA VIDA FELIZ................................................ 07 2.º ANO – O QUE É O BUDISMO?............................................................................. 10 3.º ANO – A BUSCA DA FELICIDADE......................................................................... 13 4.º e 5.º ANOS – ZEN BUDISMO – uma religião de sensibilidade e beleza............... 17 ASSINTEC/SME de Curitiba – 2010

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Page 1: ENSINO RELIGIOSO

Curso de Introdução ao Ensino Religioso Subsídios do 3.º Dia

O bem que fizemos na véspera é o que nos traz a felicidade pela manhã. (Provérbio hindu)

ÍNDICE ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS NO ENSINO RELIGIOSO................................ 02 ETHOS......................................................................................................................... 02 HISTÓRIA E ESTRUTURA....................................................................................... ...04 TEXTOS SAGRADOS................................................................................................. 05 SUGESTÕES DE PLANEJAMENTOS PARA O ENSINO RELIGIOSO: 1.º ANO – ENSINAMENTOS PARA UMA VIDA FELIZ................................................ 07 2.º ANO – O QUE É O BUDISMO?............................................................................. 10 3.º ANO – A BUSCA DA FELICIDADE......................................................................... 13 4.º e 5.º ANOS – ZEN BUDISMO – uma religião de sensibilidade e beleza............... 17

ASSINTEC/SME de Curitiba – 2010

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ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS NO ENSINO RELIGIOSO

As diferentes manifestações do sagrado devem ser o referencial na seleção

e organização dos conteúdos do Ensino Religioso, os quais são trabalhados de forma contextualizada e inter-relacionada, buscando, assim, superar a fragmentação dos conhecimentos e saberes.

A realidade do aluno é o ponto de partida e o ponto de chegada no processo ensino-aprendizagem. Sendo assim, consideram-se as peculiaridades ou particularidades de cada comunidade na qual se insere a escola, para que o aluno chegue ao entendimento da diversidade das manifestações do sagrado e construa um referencial de respeito às diferenças.

O sagrado constitui o foco do fenômeno religioso, portanto, o estudo deste fenômeno tem a intenção de propiciar ao aluno a compreensão das diferentes manifestações do sagrado, ressaltando o respeito às opções das pessoas na busca da espiritualidade e no exercício do diálogo inter-religioso.

Segundo Otto (1993), “sagrado é uma categoria que abrange algo inefável. Possibilita uma avaliação daquilo que é exclusivamente religioso, e que ao seu tempo, escapa ao domínio racional” (apud BIRCK, 1993, p. 24).

O fenômeno religioso abrange as diferentes manifestações do sagrado, portanto, a organização dos conteúdos do Ensino Religioso tem como eixo organizador: o sagrado nas tradições religiosas e místico-filosóficas. Este eixo integra um amplo conjunto de conteúdos, dentre os quais, alguns são explicitados a seguir:

ETHOS – Palavra de origem grega que significa caráter. É parte da filosofia que trata do comportamento humano. “É a forma interior da moral humana em que se realiza o próprio sentido do ser” (PCNs – ENSINO RELIGIOSO, 1997, p. 37). São os costumes e maneiras de viver e conviver das pessoas. A ética religiosa se relaciona ao sagrado e se constitui num conjunto de princípios, padrões de conduta, prescrições, mandamentos e máximas que os fiéis ou adeptos devem assimilar e cumprir.

Alguns desses preceitos se repetem em quase todas as religiões do mundo, como, por exemplo: não matar, não roubar, não praticar imoralidades, socorrer os necessitados, amparar os aflitos, amar o semelhante, promover a paz, entre outros.

Cabe ao Ensino Religioso favorecer aos alunos a percepção de que, mesmo nas diferenças, é possível uma convivência harmoniosa. É importante ressaltar os pontos comuns das tradições religiosas e místico-filosóficas, mostrando ao aluno que, apesar das diferenças, em sua maioria, elas buscam organizar e estabelecer regras para a vida em sociedade, fundamentadas em valores comuns.

A alteridade é um dos conceitos importantes a serem enfocados nesse processo de reflexão sobre a diversidade, não só religiosa, mas também pessoal, étnica e cultural.

Alteridade é o estado ou qualidade daquilo que é “outro” ou diferente. Alteridade significa reconhecer o “outro”. De acordo com o Dicionário de Filosofia (1970), “alteridade é o ser outro, o colocar-se ou constituir-se como outro. A alteridade é um conceito mais restrito do que diversidade e mais extenso do que diferença.”

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Vivenciar a alteridade requer valorização e aceitação das pessoas com as suas singularidades. Conviver numa sociedade multiculturalista pressupõe o reconhecimento do direito à diferença, aceitação do outro com naturalidade e respeito.

É possível conviver de modo harmonioso com pessoas de diferentes culturas, religiões, filosofias de vida e mentalidades quando se compreende o sentido dos valores básicos que devem existir nas relações humanas, como a alteridade, o respeito e a abertura ao diálogo.

Cada ser humano precisa compreender-se como um ser em relação com o todo sistêmico, com todos os seres da natureza e entender que a riqueza dos seres humanos e demais seres da natureza consiste nas diferenças. Sendo assim, é importante aprender a ver o outro como ele é e deixar de querer transformá-lo ou convertê-lo em aquilo que achamos ser o único padrão correto.

A consciência de pertença no coletivo se constrói com base no respeito às diferenças, numa atitude de acolhida à diversidade. O respeito ao outro é valor básico para a construção da paz, do diálogo e do entendimento.

HISTÓRIA E ESTRUTURA – Esse conteúdo aborda as diferentes tradições, analisando o seu papel, sua origem histórica, mudanças evolutivas no decorrer dos tempos, estrutura hierárquica, questões de gênero, ação social, modo de ser, pensar e agir das pessoas, bem como a possibilidade de diálogo inter-religioso. Aborda também o que é cultura religiosa, como se estabelecem as relações na convivência entre pessoas de diferentes crenças, permitindo assim, a compreensão do fenômeno religioso.

As religiões influenciam as diferentes formas de compreender e representar a natureza e o destino dos seres humanos. São fontes inspiradoras da arquitetura, da música, da dança, do teatro, da pintura, da poesia, entre outras. “Todas as religiões mudaram com o tempo, algumas mais relutantemente do que outras. A religião não vai desaparecer. Somos basicamente religiosos; somos preparados para a religião desde o berço, como somos preparados para inúmeros outros comportamentos básicos” (BOWKER, 1997, p.10).

Rudolf Otto define religião como sendo “... o encontro do homem com o sagrado” (apud BIRCK, 1993, p. 19), sendo o sentimento numinoso3, uma característica exclusiva da dimensão religiosa.

“Religião significa a relação entre o homem e o poder sobre-humano no qual ele acredita ou do qual se sente dependente. Essa relação se expressa em emoções especiais

(confiança, medo), conceitos (crenças) e ações (culto e ética)” (C. P. Tiele In HELLERN, NOTAKER e GAARDER, 2000, p.17).

A partir dos conceitos anteriores, pode-se concluir que religião é a forma concreta, visível e social de relacionamento pessoal e comunitário do ser humano consigo mesmo, com o outro e com o sagrado. Ou ainda, religião é um fenômeno que as sociedades humanas têm produzido em diferentes contextos geográficos, históricos e culturais para dar respostas às questões fundamentais da vida.

3 Sentimento numinoso conforme Birck (1993, p. 31) é um estado afetivo não derivado de outros

elementos emocionais, mas produzido pela presença do objeto numinoso.” O objeto numinoso se

relaciona ao sagrado.

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As tradições religiosas ou religiões como sistemas organizados a partir de uma estrutura hierárquica, conjunto de doutrinas, textos sagrados, ritos, símbolos e normas éticas, podem ser dogmáticas, mas também podem ser abertas e flexíveis. Sua função básica, pelo menos no plano ideal, é contribuir para com o processo civilizador da humanidade, orientar as pessoas em sua busca e relação com o sagrado, dar respostas às questões existenciais e sustentação à existência da comunidade por meio de seus preceitos éticos. Exemplos de algumas tradições religiosas: Religiões Indígenas, Religiões Afro-Brasileiras, Hinduísmo, Jainismo, Sikhismo, Taoísmo, Confucionismo, Xintoísmo, Zoroastrismo, Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, Fé Bahá’í...

Segundo as tradições místicas e filosóficas, estas não se caracterizam como religiões, mas filosofias de vida e escolas de pensamento, embora algumas possuam aspectos similares aos sistemas religiosos, como rituais, símbolos, práticas espirituais, espaços destinados às reuniões, entre outros. Em sua maioria, essas tradições têm como finalidade, ensinar e capacitar as pessoas a viver em harmonia com as leis cósmicas e naturais. AMORC – Antiga Mística Ordem Rosacruz, Gnosticismo, Maçonaria, Teosofia, Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento, Sociedade Brasileira de Eubiose, são alguns exemplos.

Partindo das experiências dos alunos, da descoberta de si mesmos como seres religiosos que participam ou não de uma determinada religião ou filosofia de vida, neste conteúdo busca-se analisar e compreender as diferentes tradições presentes na realidade local e global.

TEXTOS SAGRADOS – Para que os ensinamentos de uma religião se perpetuem se faz necessário que estes sejam transmitidos às novas gerações. Esses ensinamentos são transmitidos na forma oral, escrita, pictórica, entre outros modos.

Os textos sagrados em algumas tradições são considerados revelados, em que a vontade divina se faz

conhecer aos seres humanos. Cada tradição religiosa os tem, e seus ensinamentos são referenciais de fé e

fundamento das normas de conduta para os seus seguidores. Vedas ou Escrituras Védicas são textos sagrados do

Hinduísmo, o Sutra de Lótus e Pali Tripitaka do Budismo, o Tanach do Judaísmo, a Bíblia do Cristianismo, o Corão do Islamismo, o Kitáb-I-Aqdas da Fé Bahá’i. Estes são alguns exemplos de textos sagrados.

Há tradições de texto escrito, em que o seu processo de produção ocorreu ao longo da história, em diferentes contextos culturais e geográficos. Inicialmente, alguns destes textos eram transmitidos oralmente e, depois de um tempo mais ou menos longo, foram escritos e elegidos, passando a constituir o cânon ou o conjunto das escrituras sagradas. Segundo os PCNs para o Ensino Religioso “...esta elaboração (dos textos sagrados.) se dá num processo de tempo-histórico, num determinado contexto, como fruto próprio da caminhada religiosa de um povo, observando e respeitando a experiência religiosa de seus ancestrais, exigindo a posteriori uma interpretação e uma exegese (PCNs – ENSINO RELIGIOSO, p. 34).

Os textos sagrados expressam mensagens e eles podem ser escritos, desenhados, pintados, falados, dançados, enfim, podem ser transmitidos por meio de várias formas comunicantes do significado religioso. Conhecer as diferentes

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linguagens simbólicas que constituem as culturas religiosas e suas tradições possibilita a (re)leitura dos textos sagrados e seus mitos.

A linguagem mítico-simbólica encontra-se nos textos sagrados de diversas tradições. Por meio desta linguagem metafórica, busca-se explicar realidades além da categoria racional. “Um mito é uma história que geralmente acompanha um rito. O rito com freqUência reitera um ato em que o mito se baseia. Assim, o mito religioso tem um significado mais profundo do que a lenda e os contos folclóricos. O mito procura explicar alguma coisa. É resposta metafórica para as questões fundamentais: de onde viemos e para onde vamos? Por que estamos vivos e por que morremos? Como foi que a humanidade e o mundo passaram a existir? Quais são as forças que controlam o desenvolvimento do mundo? Muitas vezes, os mitos elucidam algo que aconteceu no princípio dos tempos, quando o mundo ainda era jovem. Por exemplo, a maioria das religiões tem seus mitos de criação, que explicam como o mundo surgiu. O objetivo principal deles não é revelar fatos históricos. A essência do mito é oferecer às pessoas uma explicação geral da existência” (HELLERN, NOTAKER E GAARDER, 2000, p. 19).

Segundo Mircea Eliade (1992), todo rito, todo mito, toda crença ou figura divina reflete a experiência do sagrado. O sagrado é um elemento presente na estrutura da consciência humana. Sendo assim, o texto sagrado, para algumas tradições religiosas, possui geralmente um grande valor e significado espiritual, sendo considerado como a palavra divina revelada e não apenas um simples livro histórico, por isso, digno de respeito e veneração.

SUGESTÕES DE PLANEJAMENTO PARA O ENSINO RELIGIOSO

ENSINAMENTOS PARA UMA VIDA FELIZ

Objetivo: Conhecer os ensinamentos éticos de algumas tradições

religiosas, ressaltando a importância deles para um viver mais equilibrado e harmonioso.

Atividades de sensibilização: Professor(a), convide os alunos a se sentarem, adotando uma postura confortável com a coluna reta. Peça que fechem os olhos, desliguem sua atenção dos barulhos externos e atentamente ouçam a leitura que você fará. Então leia pausadamente o texto que segue. As reticências indicam que você deve fazer uma pequena pausa. Você pode colocar como fundo uma música calma se quiser. Fique calmo, tranquilo e em paz! ... Juntos, vamos fazer três respirações calmas e profundas. Vamos começar?... Muito bem! Agora solte as pernas... Solte os braços... E relaxe... Relaxe a barriga... Relaxe o peito... Continue de olhos fechados...

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Relaxe... Relaxe... Relaxe mais ainda... Relaxe os ombros... Solte-os totalmente... Deixe a cabeça bem solta! E relaxe a cabeça e o pescoço. Gire a cabeça, primeiro da direita para a esquerda... E agora da esquerda para a direita... Fique calmo e em perfeita paz com você mesmo... Relaxe o seu rosto... Relaxe... Relaxe... Continue assim: Sinta-se leve... Leve... Você está totalmente relaxado e feliz! Perceba como uma maravilhosa paz enche o seu corpo de bem-estar e de felicidade... Você está feliz, calmo e tranquilo... Repita comigo duas vezes: Eu sou feliz! Eu sou feliz! Parabéns! Abra os olhos... Faça respirações calmas e profundas! Fique em pé e se espreguice... Alongue seu corpo esticando os braços e bocejando. Dê as mãos a um colega e diga-lhe: Você é feliz! Então, troque com ele ou ela um afetuoso abraço. (Borres Guilouski)

Atividades de construção e socialização do conhecimento: 1) Professor(a), se possível, apresente aos alunos imagens de algumas

religiões como o Hinduísmo, Budismo, Taoísmo, Seicho-No-Ie, Judaísmo e Cristianismo. Essas imagens podem ser apresentadas diretamente de livros ou extraídas da internet. Comente onde surgiram essas religiões, explique que elas passam ensinamentos importantes para as pessoas conquistarem a felicidade. Esses ensinamentos são considerados sagrados pelos seguidores das diversas religiões. Por exemplo:

• O Hinduísmo ensina que o respeito para com todas as formas de vida é uma atitude que traz felicidade para as pessoas.

• O Budismo ensina a ter compaixão por todos os seres, incluindo as pessoas, os animais e as plantas. Quem pratica a compaixão é uma pessoa feliz.

• O Taoísmo ensina que devemos viver em harmonia com todos os seres, e assim, desfrutaremos de uma grande felicidade.

• Na Seicho-No-Ie as pessoas são orientadas a demonstrarem gratidão por tudo o que recebem dos outros, da vida e da natureza.Ser compade-cido torna a pessoa feliz.

• O Judaísmo ensina que a felicidade na vida das pessoas depende delas seguirem as leis de Deus e de serem justas umas com aos outras.

• O Cristianismo ensina que amar todas as pessoas e a Deus é o caminho para ser feliz.

2) Em cartolinas ou pedaços de papel-bobina, escreva o nome da religião e

o seu respectivo ensinamento ético, por exemplo: Hinduísmo – respeitar a vida de todos os seres. Budismo – ter compaixão pelas pessoas, animais e plantas. Taoísmo – viver em harmonia com a natureza.

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Seicho-No-Ie – demonstrar gratidão pela vida e por tudo o que temos. Judaísmo – seguir as leis de Deus e ser justo. Cristianismo – amar a si mesmo, a Deus e as pessoas.

3) Organize equipes, distribua giz de cera e peça que os alunos ilustrem

com desenhos esses cartazes e, se já dominam a escrita, oriente-os a escreverem frases ou legendas sobre os desenhos. Ao invés de desenhar, os alunos poderão também ilustrar esses ensinamentos com recortes de gravuras de revistas. Depois, organize um varal didático com os trabalhos deles para socializá-los com outras turmas.

Síntese e proposição ética: 1) Professor(a), apresente para os alunos o

desenho ou pintura de uma mandala. Mostre, se for possível, algumas flores que possuem essa forma, ou corte pela metade uma laranja ou outra fruta, cujo interior tem uma forma mandálica.

Então, explique que nas tradições culturais religiosas do oriente, principalmente no Budismo, é comum o uso de mandalas na prática da meditação, na harmonização de ambientes, entre outras finalidades. Acredita-se que as mandalas podem transmitir energia de harmonia, paz, cura e bem-estar para as pessoas.

A mandala é um desenho circular, composto com cores, desenhos e formas geométricas a partir de um centro, dando a ideia de expansão. A mandala representa a expansão da consciência, do amor incondicional, da unidade, da integração, da totalidade, etc.

A palavra mandala no idioma sânscrito significa círculo e é considerada como um sagrado círculo que pode irradiar energias positivas de harmonia, paz e bem-estar.

Na natureza, é fácil perceber as formas mandálicas nas flores, árvores, frutas, plumagem de algumas aves, no sol, lua, planetas, sistema solar, galáxias e em muitos outros elementos da natureza.

As mandalas podem ser desenhadas ou pintadas por qualquer pessoa, representando por meio delas estados de ser, sentimentos, esperanças, expectativas, intenções e aspirações que temos na vida. Assim, pode-se pintar a mandala da paz, do amor, da amizade, da espiritualidade, da riqueza, da alegria, da prosperidade, da solidariedade, da caridade, da cura, da felicidade, etc.

Ao lado, você pode ver a pintura de uma mandala da prosperidade, os tons de cores são amarelos e alaranjados.

2) Relembre aos alunos os ensinamentos sagrados de algumas tradições

religiosas. Escreva-os no quadro de giz, oriente uma leitura coletiva deles e comente o significado e valor destes ensinamentos na nossa vida.

Exemplo: RESPEITO , VIDA, COMPAIXÃO, HARMONIA, GRATIDÃO,

JUSTIÇA, AMOR . Peça que os alunos acrescentem outras palavras, como AMIZADE,

FELICIDADE, PAZ, COMPANHEIRISMO, ALEGRIA, CARIDADE, etc.

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3) Distribua pedaços de papel-bobina ou de cartolina e com um prato ou

outro objeto circular cada aluno poderá traçar um círculo. Então, escolherá uma palavra e, a partir do seu significado, criará uma mandala, que poderá ser pintada com giz de cera, usando diversas cores. Embaixo escreverá em destaque a palavra que escolheu e seu nome. Assim vai ter a mandala do amor, da felicidade, da amizade, da vida, da paz, etc. Professor(a), faça uma exposição dos trabalhos dos alunos na escola.

Elaboração: Borres Guilousk

O QUE É O BUDISMO?

Objetivo: Conhecer a história de Buda e alguns de seus ensinamentos.

Atividade de sensibilização: Buda é apenas um título, significa “O iluminado” e agora vamos ouvir a história de um homem que um dia se tornou Buda.

O ILUMINADO

Emerli Schögl

Conta uma antiga história nascida lá no oriente, onde as pessoas tem na pele a beleza da cor do cobre e no sorriso a beleza das estrelas da noite, que um rei e uma rainha tiveram um filho, uma criança tão linda assim como todas as criaturas do mundo quando nascem. Este menino se chamou Sidharta Gautama e era a joia preciosa de seus pais.

Esses pais o amaram tanto, porém este amor tinha muito medo,

muito medo mesmo! O rei e a rainha achavam o mundo muito cruel, sofriam por pensar na existência da morte, da doença e da velhice. O sofrimento que estas coisas lhes traziam era tanto que resolveram esconder de seu filho tudo isto. A partir deste dia, o menino ficaria sempre dentro dos muros do palácio e só veria alegrias, vida e juventude. Assim o menininho cresceu. Iludido sobre as coisas da vida, sem nunca conhecer o sofrimento. Mas, como vocês já sabem por experiência própria, tudo na vida tem movimento, nada fica muito tempo como está. E, por conta da curiosidade do jovem, um dia ele fugiu do palácio, queria ver o que existia para além dos muros da alegria. Sua curiosidade o levou para conhecer a cidade, tudo era tão agitado, tão interessante... Mas, o que era aquilo ali num canto? E ele se aproximou para ver

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melhor, e o que ele viu foi uma pessoa bem doente e triste por causa das dores que sentia.

O jovem Sidharta ficou branco, pensou que iria desmaiar, saiu dali o mais rápido que pode e na fuga o sofrimento não o deixava em paz. Correndo muito quase tropeçou em um cadáver e ele que nunca havia visto um morto e nem sabia que a morte chegava para todos, sentiu um grande choque.

Quis ficar ali chorando para sempre, mas algo dentro dele, talvez aquela voz interior que nos ajuda sempre a continuar nossa jornada quando estamos exaustos e tristes, deu-lhe novas forças e um sentido para sua vida. Ele tinha que descobrir o que é a vida e a causa dos sofrimentos. Foi então que o príncipe voltou ao castelo, pegou suas coisas e partiu no silêncio da noite sem dizer uma palavra sequer. Ninguém o viu partir. O rapaz não estava fugindo do sofrimento desta vez, estava indo ao seu encontro, queria conhecer a essência de todo o sofrimento humano e descobrir a saída. Depois de seis anos de muita meditação, muita busca, erros e acertos ele atingiu o seu objetivo. Sentado embaixo de uma imensa árvore, ele compreendeu a essência da vida e da morte, compreendeu o sofrimento e tudo o mais. Eles se tornou então um iluminado e a partir deste dia ficou conhecido como Buda, que significa “aquele que está acordado”, que despertou do mundo ilusório para a verdade. O resto da vida de Buda foi vivida em completa serenidade e destinada a ensinar aos outros como chegar à iluminação e como se libertar de todo o sofrimento. Entre tantas coisas que Buda ensinou está a ideia de que “o que somos hoje e o que seremos amanhã depende de nossos pensamentos. Se procedo mal, sofro as consequências; se procedo bem, eu mesmo me purifico”.

Atividades de construção e socialização do conhecimento: 1) Os alunos podem ilustrar os seguintes ensinamentos de Buda:

• “Aquele que vive em paz é feliz, pois não sonha nem com a vitória nem com a derrota”.

• “O louco que reconhece sua loucura possui algo de prudente; porém, o

louco que se presume sábio, esse está totalmente louco”.

• “Antes de dar o coração se alegra; durante o ato de dar ele se purifica; e depois de dar ele se sente satisfeito”.

• “Não corras atrás do passado, não busques o futuro, o passado passou. O futuro ainda não chegou. Vê claramente, diante de ti, o Agora”.

• “Faça de ti mesmo teu próprio suporte, teu próprio refúgio”.

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2) Os alunos transformam seus trabalhos em pequenos cartões ilustrados, que poderão ser entregues no intervalo para os seus amigos.

Síntese e proposição ética: Professor(a), compreenda o que é uma mandala e explique aos seus alunos

ao seu modo. A mandala é um dos símbolos do Budismo. Mas é também uma criação universal. Mandala é uma palavra que tem origem no sânscrito (idioma antigo da Índia), significa "círculo" e em geral designa toda figura organizada ao redor de um centro.

As mandalas do Budismo Tibetano geralmente são constituídas por uma série de círculos concêntricos, cercados por um quadrado que, por sua vez, é cercado por outro círculo.

O quadrado possui um portão no centro de cada lado, o principal voltado para o leste, com outras três entradas em cada ponto cardeal. Eles representam entradas para o palácio da divindade principal e são baseados no desenho do templo indiano clássico de quatro lados.

Os índios peles vermelhas construíram seus acampamentos redondos. Seguem as palavras de um chefe Sioux: "O poder do mundo manifesta-se sempre em um círculo e todo objeto tende a ser redondo: o sol e a lua nascem e se põem descrevendo um círculo; até as estações fazem um círculo voltando dali de onde vêm. A vida do homem é um círculo." (...)

Convide os alunos a construírem suas mandalas, lembrando que é preciso ter um

ponto central, que simboliza o mais importante, o seu eu profundo, e, então, em torno deste centro, os outros elementos que simbolizarão diferentes aspectos de suas vidas.

A construção pode ser simbólica, como na ilustração. Uma flor simbolizando o aluno e os outros elementos simbolizando suas atitudes no mundo, tais como: respeito, bondade, honestidade, justiça, perdão, ternura, equilíbrio, paz, compaixão,etc.

Elaboração: Emerli Schlögl

A BUSCA DA FELICIDADE

Objetivo: Refletir sobre a busca da felicidade conforme a proposição

ética de algumas tradições religiosas.

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Atividade de sensibilização: Professor(a), se for possível, disponha os alunos em um círculo e converse com eles sobre a importância de demonstrarmos respeito e amizade uns pelos outros.

Explique que eles vão realizar uma atividade para vivenciarem o respeito e o companheirismo para com os colegas e, assim, poderão sentir-se mais amigos e mais dispostos para as atividades da aula deste dia.

Antes de realizar a vivência, ensine os alunos a cantarem a canção ou a recitarem a sua letra.

Peça que os alunos coloquem com respeito as mãos nos ombros dos colegas e, à medida que cantam a canção sugerida, eles podem massagear os ombros e as costas.

Professor(a), você pode também, ao invés de cantar a canção recitá-la à medida que acontece a massagem. Também pode ser cantada outra canção adequada para esta vivência.

PAZ, LUZ, AMOR E NAMASTÊ Borres Guilouski

Muita paz, muita luz, muito amor Eu quero te dar Muita paz, muita luz, muito amor Namastê, namastê, namastê, namastê, namastê Namastê, namastê, Namastê... Obs.: Explique aos alunos que a palavra “Namastê” é uma palavra de

um idioma falado na Índia, país que fica na Ásia. Namastê é uma saudação e significa: O divino em mim saúda o divino em você. Ou ainda, o Deus que mora em mim saúda o Deus que mora em você.

Atividades de construção e socialização do conhecimento: 1) Conduza leituras coletivas, em forma de jogral e individuais do texto

que segue, depois oriente uma reflexão sobre ele.

A FELICIDADE

As diversas tradições religiosas do mundo apresentam ensinamentos sagrados sobre a busca da felicidade. Esses ensinamentos indicam como as pessoas devem viver para conquistarem uma vida feliz.

Vamos conhecer o que ensinam algumas tradições religiosas sobre este assunto, que é do interesse de todos.

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HINDUÍSMO: A verdadeira felicidade vem de Deus e é uma recompensa pela bondade. Somente as pessoas que buscam a bondade tornan-se sábias e alcançam a verdadeira felicidade.

BUDISMO: A pessoa sábia e bondosa será feliz neste mundo e no outro. A felicidade é encontrada como resultado natural da prática das boas ações.

XINTOÍSMO: A virtude anda de mãos dadas com a felicidade. TAOÍSMO: A felicidade na vida de uma pessoa acontece quando ela

vive em perfeita harmonia consigo mesma, com seus semelhantes e com a natureza.

CONFUCIONISMO: Mesmo nas situações mais pobres, uma pessoa que vive corretamente será feliz. Coisas mal adquiridas nunca trarão felicidade. À pessoa bondosa, o Céu garante felicidade.

JUDAÍSMO: A felicidade é resultado de boas obras. Se as pessoas seguirem a Lei de Deus, elas serão felizes.

CRISTIANSIMO: Tudo o que uma pessoa semear isto ela colherá. Quem faz o bem será feliz e sua recompensa será grande no Céu.

ISLAMISMO: A felicidade virá para quem se voltar para Deus e se unir a Ele. Quem é bom será amplamente recompensado por suas obras e será muito feliz.

FÉ BAHÁ’I: Feliz é a pessoa que se apegou à verdade. Fonte consultada: O. P. Ghai. Unidade na Diversidade – Coleção Herança Espiritual, Petrópolis:

Vozes, 1990. 2) Organize equipes. Cada equipe deverá copiar em uma cartolina um

dos ensinamentos sagrados e depois ilustrá-los criativamente. Faça uma exposição dos cartazes na escola.

3) Oriente a produção de um texto sobre o tema felicidade. Dê oportunidade para cada aluno ler o seu texto aos colegas.

Síntese e preposição ética: 1) Professor(a), escreva no quadro a questão: O QUE SIGNIFICA PARA

VOCÊ SER FELIZ? À medida que cada aluno diz a sua opinião, anote-as no quadro de giz e os alunos as copiam em seus cadernos.

2) Ler a história a seguir e refletir sobre ela.

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Que felicidade!! Que felicidade!! (Bhaddiya Kaligodha Sutta – Udana II.10)

Em certa ocasião, o Abençoado (Mestre) estava em Anupiya no Manguezal. Agora, naquela ocasião, o Venerável Bhaddiya Kaligodha, ao ir para a floresta, para o pé de uma árvore ou para uma cabana vazia, repetidamente exclamava “Que felicidade! Que felicidade!”

Um grande número de monges ouviu-o repetidamente exclamar, “Que felicidade! Que felicidade!” e, ao ouvi-lo, um pensamento lhes ocorreu, “Não há dúvida de que o Venerável Bhaddiya Kaligodha não sente prazer com a vida santa, pois quando ele era um rei, ele conhecia a felicidade da realeza, e, agora, ao se recordar daquilo, ele repetidamente exclama “Que felicidade! Que felicidade!“

Eles foram até o Abençoado (Mestre) e, depois de cumprimentá-lo, sentaram ao lado e relataram o ocorrido. Então, o Mestre disse para um certo monge, “Venha, monge. Em meu nome, chame Bhaddiya, dizendo, “O Mestre o chama, meu amigo.’”

“Sim, senhor,” o monge respondeu e tendo ido até o Venerável Bhaddiya, ele disse:

“O Mestre o chama, meu amigo.” “Sim, amigo,” o Venerável Bhaddiya respondeu.

Então, ele foi até o Abençoado (Mestre) e depois de cumprimentá-lo sentou-se ao lado e o Abençoado lhe disse:

“É verdade, Bhaddiya, que indo para a floresta, para o pé de uma árvore ou para uma cabana vazia, você repetidamente exclama ‘Que felicidade! Que felicidade!?”

“Sim, senhor.” “O que você tem em mente quando repetidamente exclama “Que

felicidade! Que felicidade!?” “Antes, quando eu era um rei, eu tinha guardas postados dentro

e fora dos aposentos, dentro e fora da cidade, dentro e fora da área

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rural. Mas, mesmo estando guardado dessa forma, protegido dessa forma, eu vivia com medo – agitado, desconfiado e amedrontado. Porém, agora, indo sozinho para a floresta, para o pé de uma árvore ou uma cabana vazia, eu permaneço sem medo, sem agitação, confiante e destemido–despreocupado, calmo, minhas necessidades satisfeitas, com a minha mente como um gamo selvagem. Isso é o que tenho em mente quando repetidamente exclamo “Que felicidade! Que felicidade!”

Então, dando-se conta do significado disso, o Abençoado (Mestre) exclamou:

Para quem a agitação não existe, e para quem ser/existir e não ser/existir estão superados, ele é alguém–que está além do medo, feliz, sem angústia.

As Mais Belas Histórias Budistas – http://www.vertex.com.br/users/san e-mail: [email protected]

Elaboração: Borris Guilouski

ZEN BUDISMO – UMA RELIGIÃO DE SENSIBILIDADE E BELEZA

Objetivo: Conhecer um pouco da filosofia difundida pelo Zen Budismo,

bem como localizar no mapa a região geográfica que deu origem a esta religião.

Atividade de sensibilização: 1) Como atividade de sensibilização, o(a) professor(a) pode contar esta

pequena história Zen para seus alunos.

A LUA NÃO PODE SER ROUBADA

Ryokan, um mestre zen, vivia o tipo mais simples possível

de vida em uma pequena cabana, no sopé de uma montanha. Uma noite, um ladrão visitou a cabana e surpreendeu-se ao

descobrir que não havia nada nela para ser roubado. Ryokan voltou e o pegou. “Você provavelmente veio de longe para me

visitar”, disse ele ao gatuno – “E você não deve voltar com as mãos vazias. Por favor, tome minhas roupas como um presente”.

O ladrão ficou completamente desnorteado. Ele pegou as roupas e escapuliu.

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Ryokan sentou-se nu, observando a Lua. “Pobre rapaz”, ele pensou, – “Eu gostaria de poder ter dado a ele essa bela Lua.”

2) Após a história, pode-se cantar a seguinte melodia ou outra música que fale sobre a lua.

RESPIRA A LUA

Respira a lua de mansos cordeiros Que bailam inteiros na sua figura (SCHLÖGL, Emerli. Expansão Criativa: Por uma Pedagogia da Autodescoberta. Petrópolis: Vozes, 2000.)

Atividade de construção e socialização do

conhecimento: 1) Mostrar no mapa-múndi a localização do Japão e

algumas imagens que mostrem um pouco da cultura japonesa.

Contar para os alunos que o Japão (em japonês, Nippon ou Nihon, literalmente "origem do sol" ou "terra do sol nascente"), é um país do Extremo Oriente, formado por um arquipélago, situando-se ao largo da costa leste da Ásia, inteiramente dentro da zona temperada.

Sua área territorial é de 377.815 km² e a densidade média da população (aproximadamente 328 hab./km²) se faz mais impressionante quando se sabe que mais de 70% da superfície do país é constituída de montanhas inabitáveis.

Compreende as quatro grandes ilhas de Honshu, Shikoku, Kyushu e Hokkaido, além de mais de três mil ilhas menores nas adjacências, localizadas entre o Mar de Okhotsk a norte, o Oceano Pacífico a oeste e ao sul e o Mar da China Oriental e o Mar do Japão a oeste.

A capital é Tóquio, a maior concentração urbana do mundo.

2) Que tal pedir que os alunos desenhem a bandeira do Japão, entendendo o seu significado?

A bandeira do Japão é formada por um sol significando o sol nascente.

Como o Japão fica no extremo leste (se você estiver olhando para um mapa do mundo), ele é o primeiro país onde o sol nasce, já que o sol nasce no leste. Por isso, ele é chamado de "Terra do Sol Nascente" e sua bandeira representa o Sol nascente.

3) Novamente, com o auxílio do mapa, identificar onde fica o Japão. Neste

momento, o(a) professor(a) pode levar uma música japonesa e deixar soando como fundo.

Professor(a), conte aos alunos que o Budismo que nasceu na Índia foi levado para outros países, entre eles o Japão. Lá ficou conhecido como Budismo Zen. Seus seguidores acreditam que todas as pessoas possuem uma natureza búdica

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(iluminada), e que para chegar até ela é preciso descobri-la por meio da prática constante da meditação.

O Zen Budismo não se baseia em crenças, dogmas ou fé, mas sim na experiência interna e direta da “iluminação”, que significa uma experiência de totalidade, altamente transformadora.

Conta a história que o Zen começou na Índia quando Buda Shakyamuni, em palestra no alto da montanha, sorrindo elevou o braço segurando apenas uma flor dourada, todos ficaram extremamente quietos, ninguém se arriscava a dizer nada até que um discípulo conhecido por Mahakashyapa, que era famoso por sua cara fechada, devolveu-lhe um sorriso. Buda então anunciou que a verdade havia sido compreendida por ele.

Depois disto, durante muitas gerações, esta experiência do Budismo centrada na compreensão imediata e transformadora foi sendo levada para outros países e chegou ao Japão durante o período Kamakura, por volta de 1185-1333, ficando então conhecida como Zen Budismo.

No Brasil, o Zen Budismo chegou na década de trinta, trazido pelos primeiros imigrantes chineses, japoneses e coreanos.

A prática principal do Zen Budismo consiste em sentar e silenciar, ficar um tempo consigo mesmo. Esta meditação não tem objetivos, não há vontade de controlar nada, apenas perceber-se profundamente, estar consigo plenamente. É importante sentir tudo!

Percebe-se então que a mente não para quieta, produzindo constantemente imagens e pensamentos. Então, praticar esta meditação, conhecida como Zazen, é não pensar.

Síntese e proposição ética:

Alguns seguidores do Zen Budismo possuem o sentimento de que ninguém no mundo existe por si só, que todos estão conectados e por isso pensam que ninguém pode viver inteiramente sozinho, até a natureza é uma companhia.

Desenvolvem, portanto uma profunda gratidão aos pais, mestres, amigos, água, animais, lua, sol, estrelas, árvores, pedras, mares, montanhas, amigos, conhecidos, desconhecidos, pois sabem que todos estão juntos e vivem em companhia.

Cantar novamente a música “RESPIRA A LUA” e pedir que os alunos escrevam (em casa) um breve poema após terem contemplado a lua em uma noite bonita. Na data marcada, os poemas serão expostos em forma de cartazes para a leitura de todos.

Antes de uma pessoa estudar "Zen", os montes são montes e as águas são águas; após o primeiro vislumbre da verdade do Zen, os montes deixam de ser montes e as águas deixam de ser águas; depois da iluminação, os montes voltam a ser montes e as águas voltam a ser águas.

Ditado Zen

Obs.: Professor(a), você precisará no mínimo de três ou mais aulas para desenvolver estes planejamentos. Elaboração: Emerli Schlögl Revisão: Diná Raquel Daudt da Costa

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