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Entenda o que é o ensino híbrido e como colocá-lo em prática

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Education


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Entenda o que é o ensino híbrido e como

colocá-lo em prática

Método busca a personalização do ensino a

o alternar momentos em que o aluno estuda

sozinho, em ambientes virtuais, e em grupo

O que é: também chamado de blended learning, o método alterna

momentos em que o aluno estuda sozinho - em geral em ambiente

virtual - e em grupo, quando interage com seus colegas e o

professor. "O cerne é a personalização do ensino. Buscamos

diferentes ferramentas - não somente as tecnológicas - para suprir

as necessidades do aluno contemporâneo", explica Adolfo Tanzi

Neto, consultor pedagógico e de pesquisas da Fundação Lemann.

Método busca a personalização do ensino ao alternar momentos em que o

uno estuda sozinho, em ambientes virtuais, e em grupo

Como fazer: há diversas maneiras de adotar o ensino híbrido. Um recurso

que vem sendo bastante usado é a rotação. O professor divide a sala de

aula em várias estações com atividades diferentes, mas que se

complementam. Pelo menos uma delas propõe o uso de plataforma digital.

O aluno deve passar por todas as estações ao longo da aprendizagem de

determinado conteúdo. "Ele deve ser protagonista e buscar o

conhecimento segundo seus próprios interesses", explica Ailton Luiz

Camargo, professor de história do Colégio Objetivo Sorocaba e da rede

municipal de Iperó (SP). Nesse sentido, o professor também deve assumir

um novo papel. "Ele deixa de ser a primeira fonte de informação e

conhecimento e passa a ser o mentor que guia a aprendizagem dos

alunos", diz Mario Junior Mangabeira, coordenador da gerência de

formação do projeto Educopédia.

Dificuldades: para quem começa a trabalhar com o ensino híbrido, há

dois grandes desafios: a falta de ferramentas tecnológicas educacionais

adaptativas em português - a maior parte está disponível apenas em

inglês - e a limitação de escolas conectadas à internet. De acordo com o

Censo Escolar, apenas 50% delas têm acesso à internet. Para Adolfo, no

entanto, esse não deve ser um impedimento, já que o ensino híbrido vai

muito além da tecnologia. "Podemos começar a mudar os espaços dentro

da sala de aula, o papel do professor e incentivar a autonomia para uma

aprendizagem mais personalizada do aluno, sem tecnologias digitais."

Mario lembra também que o sucesso da aplicação do ensino híbrido

envolve a mudança nos currículos e referenciais, na organização do

tempo e do espaço escolar e nos equipamentos disponíveis na sala de

aula.

Na prática: o Colégio Dante Alighieri, em São Paulo (SP), é uma das

escolas participantes do projeto Ensino Híbrido, realizado pela Fundação

Lemann. O Dante utiliza o aplicativo Mindjet, cuja proposta dos

professores em utilizá-lo para incentivar os alunos a trabalhar, dentro e

fora de sala de aula, com mapas mentais resultou na obtenção do título

Apple Distinguished Education (ADE). O pensamento é organizado a partir

de palavras-chave e recursos como imagens e vídeos. A base do projeto é

o conceito de sala de aula invertida (que integra o conceito de ensino

híbrido), em que o aluno é estimulado a ter um conhecimento prévio do

assunto antes da explicação do professor. O resultado do projeto da

Fundação Lemann deve ser divulgado em 2015 em uma plataforma

gratuita onde será possível acessar dicas práticas e fundamentações

teóricas.