ensinar e aprender no mundo digital fasciculo 2 arte e cultura o audiovisual

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 \\ \ \  Ensinar e Aprender | 1 |  Arte e Cultura o audiovisual 2 NO MUNDO DIGITAL Ensinar e Aprender NO MUNDO DIGITAL  Arte e Cultura: o audiovisual 2

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    Ensinar e Aprender | 1 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    Ensinar e Aprender no mundo digital

    Arte e Cultura: o audiovisual 2

  • Esta obra foi licenciada com a Licena Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil. Para ver uma cpia desta licena, visite http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ ou envie um pedido por carta para Creative Commons, 444 Castro Street, Suite 900, Mountain View, California, 94041, USA.

    AutoresFundamentos para a prtica pedaggica na cultura digital Anna Helena Altenfelder; Claudemir Viana, Elosa De Blsis; Regina Ins Villas Bas Estima; Sonia BertocchiArte e Cultura: o audiovisual Marcia Coutinho R. JimenezSujeitos, espao e meio ambiente: redes sociais Claudemir Viana Resoluo de problemas: interpretao de dados Heloisa Amaral Lnguas e linguagens: blogs Sonia Bertocchi

    Leitura crticaAdriana VieiraAnna Helena AltenfelderEdna AokiEloisa De Blasis

    Heloisa AmaralMilada Tonarelli GonalvesPriscila GonsalesRegina Ins Villas Bas Estima

    ConsultoriaMaria da Graa Moreira SilvaMaria Aparecida Jos Basso

    Editorao Adriana VieiraIvana Boal

    ColaboraoJos Carlos AntonioMariana Ludggeri Gusmo

    Edio de textoDenise Lotito

    RevisoCristina Fernandes de SouzaFernanda de Andrade Santos

    Projeto GrficoAlba CerdeiraGuilherme Santos de Oliveira

    IniciativaCenpec Centro de Estudos e Pesquisas em Educao, Cultura e Ao Comunitria

    Diretora PresidenteMaria Alice Setubal

    SuperintendenteAnna Helena Altenfelder

    Coordenao TcnicaMaria Amabile Mansutti

    Gerncia de Projetos LocaisClaudia Petri

    CoordenaoRegina Ins Villas Bas Estima

    Organizao Eloisa De BlasisRegina Ins Villas Bas Estima

    AgradecimentosAo Grupo de Discusso sobre Tecnologia da Informao e Comunicao do CENPEC

  • Cenpec, So Paulo, 2011

    Ensinar e Aprender no mundo digital

    Arte e Cultura: o audiovisual 2

  • Sumrio

    APRESENTAO ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________6

    A ESTRUTURA DO FASCCULO _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________7

    PARA ENTENDER ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________8

    A linguagem do cinema __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________8

    Cinema, TV e vdeos ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________9

    De receptor passivo a produtor de contedo audiovisual ____________________________________________________________________________________________________11

    NA PRTICA _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________14

    Prepare-se ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________16

    Conversa sobre gneros audiovisuais _____________________________________________________________________________________________________________________17

    Publicao na internet __________________________________________________________________________________________________________________________________________________18

    Escolha sua atividade ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________22

    1. Vdeo interativo Lendas ________________________________________________________________________________________________________________________________________23

    2. Videoclipe Nosso olhar _________________________________________________________________________________________________________________________________________31

    3. Documentrio O teatro na escola ______________________________________________________________________________________________________________________37

    REFERNCIAS __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________43

    Bibliografia ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________43

    Sites ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________44

    GLOSSRIO _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________45

  • APRESENTAO

    Os fascculos Ensinar e Aprender no Mundo Digital, especificamente voltados para a insero das Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC) na prtica pedaggica, passam, em 2011, a integrar a Coleo Ensinar e Aprender do Programa Acelerao da Aprendizagem (6o. ao 9o. ano), desenvolvida pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educao, Cultura e Ao Comunitria (CENPEC).

    As propostas didticas contidas nos fascculos buscam incorporar as tecnologias digitais a uma abordagem interdisciplinar a fim de:

    aproximar a cultura digital e o currculo escolar, tendo como interlocutores e parceiros os gestores, os professores e os alunos;

    contextualizar a cultura digital contempornea; fomentar aes e reflexes entre os educadores acerca do que estas tecnologias digitais representam no

    cotidiano de todos, educadores e alunos;

    refletir sobre a necessidade e as possibilidades de uma efetiva presena das TIC no universo da escola e suas implicaes para o currculo escolar, considerando-as nas esferas social, humana e conceitual.

    Os fascculos esto organizados em quatro eixos temticos - Arte e Cultura; Sujeitos, Espaos e Meio Ambiente; Lnguas e Linguagens; e Resoluo de Problemas - que se apresentam metodologicamente alinhados entre si e trabalham com o conjunto de habilidades bsicas necessrias para ensinar e aprender na internet: pesquisar, comunicar-se, publicar e trabalhar utilizando a internet como instrumento e suporte.

    Arte e Cultura: o audiovisual o segundo fascculo e apresenta propostas para que os professores trabalhem com seus alunos a produo audiovisual na escola. O objetivo que, ao vivenciar como autor a produo de um vdeo para internet, com tecnologias acessveis, de forma colaborativa, o jovem aprenda no s a tcnica, mas perceba os valores, as atitudes e as condutas ticas necessrios para exercit-la em diferentes situaes.

    Espera-se, com essa iniciativa, ampliar as possibilidades de atuao dos educadores frente s demandas da sociedade contempornea e contribuir para a efetiva aprendizagem de seus alunos.

    Boa leitura!

    \\Apresentao \

    Ensinar e Aprender | 6 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • A ESTRUTURA DO FASCCULO

    Esta publicao est organizada em duas partes: Para Entender, com informaes sobre os conceitos, as noes e os temas tratados; e Na Prtica, com as propostas de atividades. Ao longo do texto, h termos e conceitos cuja definio julgamos necessrio destacar. Esses termos esto reunidos ao final do fascculo, no Glossrio. Tambm ao final encontra-se a seo Referncias, organizada em bibliografia, sites vdeos e podcast. Os links citados foram acessados em agosto de 2011. H tambm referncias seo Recursos digitais, do Portal Cenpec, que traz indicaes atualizadas de tutoriais, softwares, sites, acessvel atravs do link http://cenpec.org.br/tic-e-educacao.

    Uma vez que o fascculo est disponvel na internet, alm de poder ser lido linearmente como uma publicao

    impressa, ele dispe de alguns recursos de leitura interativa; tais como:

    Sumrio interativo: clique no nmero da pgina e v direto ao contedo;

    Para voltar ao Sumrio interativo, clique no cone no cabealho;

    Nas setas localizadas no rodap, possvel navegar para a pgina anterior ou para a prxima;

    No alto das pginas, encontra-se a migalha (do ingls breadcrumb trails, caminho de migalha de po), na qual voc pode navegar pela estrutura dos captulos.

    \\A estrutura do fascculo\

    Ensinar e Aprender | 7 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • Primeiro filme Lumire http://www.youtube.com/watch?v=4nj0vEO4Q6s

    PARA ENTENDER

    A linguagem do cinema

    O cinema surge em 1895, em Paris, com uma tecnologia

    inventada pelos irmos Louis e Auguste Lumire, o

    cinematgrafo. Esta mquina projetava imagens em uma tela

    grande, com uma velocidade de 16 quadros por segundo. Os

    primeiros filmes eram registros do cotidiano: um trem chegando

    estao, trabalhadores saindo de uma fbrica etc. A cmera

    ficava posicionada em frente cena e o enquadramento

    geralmente era um plano geral.

    Aos poucos o cinema ultrapassou os aspectos tcnicos e

    tornou-se uma linguagem para a expresso artstica, ganhando

    status (ou condio) de arte. A arte, at o incio do sculo XX, era o conjunto formado pela msica, dana, pintura,

    escultura, literatura e teatro. Quando o cinematgrafo passou a ser usado como tecnologia para a expresso

    artstica, o cinema passou a fazer parte desse grupo e a ser chamado de stima arte.

    Vis

    o hu

    man

    a O cinematgrafo e a persistncia retiniana Graas a uma caracterstica do olho humano, a persistncia retiniana, ns, seres humanos, vemos as imagens em movimento quando sua projeo tem uma velocidade acima de 12 quadros por segundo. A nossa retina retm a imagem por alguns segundos e, quando vemos outra imagem em seguida, temos a sensao do movimento. Antes do cinematgrafo j existiam mquinas que brincavam com a ideia de projeo de vrias imagens em sequncia, numa velocidade que dava a iluso de movimento.

    Ensinar e Aprender | 8 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Para entender\ A linguagem do cinema\Cenpec, So Paulo, 2011

  • Na sala escura do cinema, cuja tela iluminada no disputa a nossa ateno com

    nenhuma outra fonte de luz, vemos imagens captadas em diferentes ngulos,

    com diversos movimentos de cmera, em ritmos cuidadosamente alternados pela

    edio; ouvimos dos personagens narrativas envolventes, sonorizadas com rudos

    e msicas; vemos atores encenando, com iluminao adequada ao cenrio e ao

    figurino, alm dos textos escritos em geradores de caracteres. Assim, a linguagem

    cinematogrfica utiliza-se de vrios signos das outras linguagens artsticas,

    portanto, suas formas e movimentos tm intenes, representam pensamentos e

    sentimentos. A arte do cinema trabalha a sensibilidade do espectador, ou seja, a

    organizao expressiva da linguagem audiovisual explora todos os sentidos do

    ser humano, privilegiando a audio e a viso, mas estimulando paladar, olfato e

    tato. No toa que uma propaganda de chocolate, por exemplo, nos provoca a

    sensao do gosto e do cheiro deste alimento.

    Cinema, TV e vdeos

    Com o surgimento da TV e do videoteipe, a produo e a circulao da arte

    cinematogrfica passaram por mudanas. Assistir a um filme na TV, vdeo ou DVD

    pressupe uma srie de alteraes: o tamanho da tela menor; a imagem no to

    ntida, em funo de a tela ser constituda por linhas de pontos luminosos; a recepo

    fragmentada, ou seja, assistimos a uma pea audiovisual na TV com intervalos

    comerciais. No vdeo e no DVD, podemos retroceder as imagens, rever captulos, enfim,

    todas essas alteraes nos fazem perceber que no s a imagem que muda, mas sim

    as tecnologias de produo e o contexto da circulao das peas audiovisuais.

    Ensinar e Aprender | 9 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Para entender\ Cinema, TV e vdeos \Cenpec, So Paulo, 2011

    Figuras em movimento Para que os alunos

    compreendam o conceito de persistncia retiniana, solicite que olhem para a luz da sala de aula por um segundo e em seguida fechem os olhos. Pergunte o que eles veem, mesmo com os olhos fechados. Reflita com eles sobre o fato de retermos por alguns segundos uma imagem vista.

    Solicite ainda que faam, no canto das pginas do caderno, um desenho simples, e que este seja desenhado novamente na pgina seguinte, na mesma posio, porm, com pequenas modificaes. Eles devem desenhar por 15 pginas seguidas o mesmo desenho com pequenas modificaes (ex: um martelo batendo em um prego). Pea ento que os alunos segurem a ponta das folhas, folheando-as de forma a parecer que as figuras esto em movimento.

  • A tecnologia do vdeo, por ser mais barata e acessvel, proporcionou

    experimentaes, desenvolvidas principalmente pela videoarte, com

    estratgias e perspectivas prprias, que potencializaram a linguagem

    cinematogrfica. Muito se discutiu sobre as diferenas entre produes

    audiovisuais cinematogrficas e de vdeos, por conta das tecnologias

    particulares empregadas em umas e outras. Essas discusses perderam

    fora com a transio do analgico para o digital, pois o cinema e o vdeo

    tornaram-se digitais e suas linguagens, hbridas.

    Antes, as peas audiovisuais eram produzidas em rolos de pelculas de filme (35

    mm, 16 mm e 8 mm), depois em fitas magnticas (VHS, BETA, UMATIC etc.) e hoje

    transformaram-se em bits, que circulam pelas tecnologias digitais, provocando novas

    formas de representao da realidade. Essas novas formas de representao fazem

    parte do que se conhece como cultura digital.

    O dilogo com o vdeo foi um momento decisivo, de embate,

    crise, reao e deriva no campo do cinema. Transformaes,

    virtualizao e desterritorializao das imagens culminaram na

    constituio de um novo campo: o do audiovisual, ou seja, os territrios particulares

    das diferentes artes visuais, antes bem definidos, passaram a confundir-se pelo uso

    comum da tecnologia digital, compondo o que se conhece por audiovisual.

    Jesus Martin-Barbero afirma que a cultura menos a

    paisagem que vemos do que o olhar com que a vemos;

    portanto, as formas de representaes se modificam

    com o contexto social e tecnolgico.

    Cultura Digital Refere-se

    cultura decorrente dos usos da internet e outros aparatos digitais que intermedeiam as relaes e as produes humanas, favorecendo trocas e interaes entre as pessoas e novos modelos de aprendizagem e meios de expresso.

    Uma nova maneira de ver televiso,

    Arlindo Machado.

    Ensinar e Aprender | 10 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Para entender\ Cinema, TV e vdeos \Cenpec, So Paulo, 2011

  • As novas formas de produzir e perceber as produes audiovisuais modificaram o modo como as diferentes artes

    visuais so vistas e compreendidas. Isso acontece no s com as produes digitalizadas, mas tambm quando

    vemos filmes antigos, por exemplo. Eles so vistos de modo diferente porque os vemos com outros olhos, o olhar

    orientado pela presena das tecnologias de informao e comunicao. Esta diluio das fronteiras nas artes

    visuais se reflete na educao. Em muitas universidades no existe mais um curso de cinema e outro de TV, tudo

    audiovisual (digital). O importante aqui compreendermos que a linguagem audiovisual uma forma de expresso,

    que tem uma gramtica e que nela h uma organizao de signos.

    De receptor passivo a produtor de contedo audiovisual

    Gne

    ros d

    e fil

    mes

    e v

    deo

    s

    Os grandes gneros cinematogrficos, fico e documentrios, se subdividem. Por exemplo, os filmes que se enquadram no gnero fico so narrativos, isto , sua finalidade apresentar histrias inventadas que podem ser comdias, dramas, policiais, de terror, romnticos, de guerra, musicais etc. Os documentrios saem do campo da fico para buscar o que se convencionou chamar de cinema verdade, ou seja, um modo de filmar que retrata a realidade. Atualmente, essa diviso pretendida entre fico e realidade questionada por estudiosos do assunto, que concluram que tanto o modo de ver do diretor quanto respostas dadas por entrevistados, por exemplo, apresentam, no mximo, um ngulo da realidade e no sua expresso completa.

    Um diretor de documentrio, ao procurar retratar a verdade, no planeja detalhadamente as cenas, procura aproxim-las ao mximo da naturalidade com que ocorrem. Mesmo assim, ter que considerar a posio da cmera, a posio das pessoas no cenrio natural (uma rua, uma casa, por exemplo), a luz do ambiente. Caso esses elementos no contribuam para definir os aspectos que o diretor quer mostrar, certamente haver modificaes na luz, no enquadramento, na posio das pessoas etc., transformando o cenrio original.

    Ensinar e Aprender | 11 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Para entender\ De receptor passivo a produtor de contedo audiovisual\Cenpec, So Paulo, 2011

  • Muitas vezes, a escola utiliza o vdeo em atividades de sala de aula, s vezes at realiza uma leitura crtica, o que

    fundamental para a compreenso das obras audiovisuais com maior profundidade. Contudo, para que o jovem

    compreenda a linguagem e se torne um criador de vdeos e filmes, preciso criar condies de transform-lo em

    sujeito capaz de se expressar por meio de peas audiovisuais digitais.

    No preciso ter equipamento de ltima gerao para se expressar por meio da tecnologia digital, cada vez mais

    acessvel. Hoje muitos alunos possuem celulares e acessam a internet em lan houses, na escola ou em casa. A

    facilidade de acesso a essas tecnologias democratizou o planejamento, a produo e a circulao dos produtos

    audiovisuais. Hoje, o cidado comum pode produzir e publicar contedos culturais com essa tecnologia e assim

    contribuir com as representaes simblicas de seu grupo social.

    Quando oferecemos ao aluno a prtica da produo audiovisual na escola,

    ampliamos suas possibilidades de se expressar nesta linguagem em diferentes

    mbitos, seja para projetos pessoais, seja para realizar intervenes em aes

    comunitrias. Ao criar as condies para que o jovem vivencie uma produo

    audiovisual como autor, com tecnologias acessveis, de forma colaborativa,

    ele aprender no s a tcnica, mas perceber os valores, as atitudes e as

    condutas ticas necessrios para exercit-la em diferentes situaes. A expresso audiovisual permite ao aluno ser

    um agente criador de novas formas culturais e, em ltima instncia, de exercer sua cidadania.

    Durante muito tempo, os pesquisadores em comunicao entendiam que os meios eram os responsveis pelo

    comportamento dos receptores, isto , diziam que as pessoas no dialogavam com os meios de forma ativa. Pensavam

    que elas eram passivas, atuando como recipientes (ou seja, espcie de vasilhas onde se acumulavam mensagens

    sem oposio de resistncia). Os tericos acreditavam que as mensagens dos meios provocavam o efeito esperado

    se estivessem em sintonia com os processos psicolgicos do receptor e com os grupos sociais em que ele estivesse

    Hoje, o cidado comum pode produzir e publicar contedos culturais com essa tecnologia

    e assim contribuir com as representaes simblicas de

    seu grupo social.

    Ensinar e Aprender | 12 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Para entender\ De receptor passivo a produtor de contedo audiovisual\Cenpec, So Paulo, 2011

  • inserido. Por outro lado, havia estudiosos que acreditavam que os meios de comunicao veiculavam ideologias das

    classes dominantes e alienavam a populao. Em decorrncia dessas crticas, muitas atividades com vdeos na escola

    se relacionam com a leitura crtica dos meios, na inteno de ampliar a percepo dos alunos sobre a compreenso das

    ideologias contidas na obra.

    Entretanto, as recentes pesquisas em comunicao acreditam que o pblico (ou receptor, na linguagem da Teoria

    da Comunicao) ativo no processo comunicacional. ele quem troca significados sobre as mensagens em

    suas prticas cotidianas. Em ltima instncia, so os receptores que atribuem diferentes sentidos para o contedo

    veiculado pela mdia. Como as trocas simblicas acontecem em diferentes mbitos, inclusive na escola, o professor

    exerce um importante papel de mediador dessas trocas, isto , interpreta a linguagem simblica presente nas

    produes audiovisuais e cria espaos para que a troca de sentidos entre todos acontea. Por isso, seu papel de

    fundamental importncia na formao crtica dos alunos.

    Ensinar e Aprender | 13 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Para entender\ De receptor passivo a produtor de contedo audiovisual\Cenpec, So Paulo, 2011

  • NA PRTICA

    A produo de uma pea audiovisual sempre um trabalho em equipe (direo, cmera,

    roteiro, produo etc.), entretanto, para que tenha xito como atividade pedaggica,

    sugerimos que seja realizada de forma colaborativa, o que no significa cada aluno

    fazendo a sua parte para juntar tudo ao final.

    importante que cada integrante sinta a importncia do seu tra-

    balho para o sucesso da obra. Quando a expresso por meio do

    audiovisual vivida como resultado de um trabalho colaborativo,

    os alunos compreendem a importncia da participao de cada

    um: o posicionamento da cmera, o cuidado com o som como elemento da narrativa, a

    edio, a luz. Eles se apropriam da organizao colaborativa como forma privilegiada de

    conhecer e expressar-se por meio dos signos e da gramtica desta linguagem.

    A linguagem audiovisual um fenmeno cultural que est muito presente na vida dos jo-

    vens. Eles possuem uma relao ntima com programas, filmes e vdeos que circulam na

    TV e na internet, com os quais se identificam. A busca pelo novo e as relaes afetivas,

    de prazer e de pertencimento a grupos etrios so determinantes na escolha das produ-

    es a que assistem. O resultado da interao com esses diversos meios de comunica-

    o se estende a conversas com familiares, amigos e ambiente escolar. Os alunos usam

    em seu cotidiano o vocabulrio, expresses, gestos e msicas que permeiam seus hbi-

    tos culturais de consumo miditico.

    Produo colaborativa:

    formas de trabalho em que os alunos constroem coletivamente o conhecimento atravs da troca de informaes, pontos de vista, questionamentos e solues.

    A importncia do udio

    Projete uma pea audiovisual abaixando o som completamente. Discuta com seus alunos a importncia do udio para a organizao expressiva da linguagem audiovisual.

    Trocando a trilha sonora Apresente as imagens de um videoclipe com outra msica. Discuta a importncia das imagens e da msica neste gnero.

    Ensinar e Aprender | 14 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Na prtica\ De receptor passivo a produtor de contedo audiovisual\Cenpec, So Paulo, 2011

  • Por que no aproveitar este material cultural e dar-lhe novos sentidos e significados? Entre as

    aprendizagens possveis com esse tipo de trabalho, destacamos as seguintes:

    Entender o audiovisual como linguagem;

    Apreciar criticamente peas audiovisuais compreendendo a organizao de seus signos.

    Narrar uma histria por meio de imagens;

    Perceber a diferena entre gneros audiovisuais (animao, fico, documentrio etc.) e seu hibridismo no contexto digital;

    Utilizar adequadamente alguns signos presentes na linguagem audiovisual (luz, enquadramento, som, movimento de cmera etc.), explorando seu potencial expressivo;

    Perceber a importncia do roteiro para a organizao e planejamento da obra;

    Perceber que o contexto de desenvolvimento tecnolgico se reflete na criao, produo, circulao e recepo da obra audiovisual;

    Captar imagens digitais com cmeras de vdeo, celular ou mquinas fotogrficas;

    Editar udio e vdeo por meio de softwares;

    Publicar vdeos na internet e organiz-los de forma hipertextual;

    Compreender condutas ticas, valores e atitudes que envolvem a captao e a publicao de imagens alheias;

    Interagir com usurios e compreender diferentes valores simblicos nas interpretaes das obras;

    Perceber as diferentes formas de representao humana no contexto digital;

    Compreender as diferenas entre a linguagem audiovisual e a linguagem do teatro.

    Interdisciplinaridade Embora a

    realizao de peas audiovisuais esteja prevista nas aulas de Arte, este um trabalho interdisciplinar. O professor de Lngua Portuguesa, por exemplo, pode colaborar orientando a produo escrita do roteiro que ser solicitado. O professor de Histria pode contextualizar os momentos de produo original das lendas que sero trabalhadas etc.

    Hipertexto: Texto em formato

    digital que remete a outras pginas na internet, baseado em associaes de ideias (links). A diferena entre o hipertexto e o texto linear, feita nos suportes impressos, a possibilidade de diferentes escolhas para leituras e interferncias online. Ele pode articular textos de linguagens diferentes: fala, escrita, desenho, foto, grficos, som, msica etc.

    Ensinar e Aprender | 15 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Na prtica\ De receptor passivo a produtor de contedo audiovisual\Cenpec, So Paulo, 2011

  • Prepare-se

    O professor deve identificar os hbitos de consumo audiovisual dos alunos, valorizar as preferncias e evitar

    atitudes de julgamento ou condenao esttica sobre esse universo cultural.

    importante conversar sobre as diferenas entre as produes audiovisuais e seus diferentes espaos de

    circulao (cinema, TV, internet etc.). Vale tambm apresentar alguns gneros do cinema: filme de animao, fico

    e documentrio.

    Algumas perguntas podem orientar uma discusso que trar elementos importantes para o trabalho com o audiovisual:

    O que um documentrio?

    No documentrio geralmente existe ator?

    Em que gnero audiovisual h maior planejamento do conjunto dos elementos das cenas e dos posicionamentos de cmeras: em uma pea de fico ou em um documentrio?

    Como voc concluiu isso?

    Como se faz um filme de animao?

    Qual a diferena entre um filme de animao e os outros gneros?

    Ensinar e Aprender | 16 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Na prtica\ Prepare-se\Cenpec, So Paulo, 2011

  • Conversa sobre gneros audiovisuais

    importante realizar uma conversa com os alunos sobre gneros televisivos para que percebam diferenas entre eles.

    Telenovela

    Discuta, para iniciar, os elementos de uma pea ficcional como a telenovela: como os atores representam seus

    papis, quais so os enredos tpicos desse gnero televisivo, como sua estrutura

    narrativa. Comparem o desempenho dos mesmos atores em uma novela e em um filme

    para o cinema: h diferenas? Por qu? Depois de mostrar algumas diferenas, como,

    por exemplo, processos mais demorados de filmagem no cinema do que nas novelas, a

    diviso em captulos destas ltimas, atente para os tipos de pblico que veem um e outro

    desses gneros audiovisuais. Observe, tambm, que em alguns casos, a transposio

    para o cinema de sries televisivas aproxima o modo de produzir sries e filmes, o que

    interfere na sua formatao final, deixando ambos parecidos.

    Peas publicitrias

    Explore as diferenas entre as estratgias usadas em novelas, videoclipes e peas

    publicitrias. Observe que estas ltimas, em trinta segundos de durao, devem

    transmitir uma mensagem atrativa de consumo. Para obter os resultados esperados junto

    ao pblico, os diretores tomam grande cuidado com a qualidade das imagens, a luz, o

    uso de elipses e metforas, posicionamento da cmera etc.

    Elipses e metforas: Figuras de

    linguagem muito usadas em peas publicitrias. A elipse ocorre quando uma palavra suprimida e pode ser entendida pelo contexto. A metfora acontece quando palavras so substitudas por expresses de sentido figurado. Um exemplo comum de metfora na publicidade utilizar mulheres loiras, para representar a cerveja.

    Ensinar e Aprender | 17 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Na prtica\ Prepare-se\Conversa sobre gneros audiovisuais

  • Videoclipe

    Proponha que os alunos observem o ritmo das imagens e sua relao com o ritmo da msica. Pea que observem

    especialmente se h fragmentao da narrativa, ou seja, personagens que entram e saem aleatoriamente da trama,

    ou imagens que se mesclam, s vezes, em ritmo alucinante.

    Publicao na internet

    A publicao na internet envolve uma srie de valores que merecem ser discutidos. A

    possibilidade de publicar o trabalho dos alunos para que qualquer pessoa possa acessar

    uma forma de democratizar o acesso produo e favorecer a circulao artstica.

    Por outro lado, tornar pblico um trabalho implica algumas

    responsabilidades, como direitos autorais e direito de imagem.

    interessante aproveitar o momento para conversar sobre a

    exposio das pessoas na internet.

    Para publicar o vdeo dos alunos na internet, preciso

    escolher um site de hospedagem de vdeos. Geralmente os

    sites de publicao de vdeos solicitam que o usurio faa um

    cadastro, com login e senha. Voc pode fazer um cadastro s para

    a classe toda, porm, importante que todos participem para

    que aprendam a se cadastrar quando quiserem.

    Ver Portal Cenpec, seo Recursos

    digitais, Uso responsvel da internet.

    Ver no fascculo Sujeitos,

    Espao e Meio Ambiente: Redes Sociais, Atividade 2, Preenchimento de formulrios.

    Bens artsticos acessveis

    Converse com seus alunos sobre como era a circulao de bens artsticos antes da existncia da internet, quando as produes culturais ficavam restritas s grandes mdias. Hoje, o nmero de pessoas que consegue publicar suas produes muito maior. Discuta a importncia deste momento para a histria da comunicao e as implicaes sociais decorrentes deste fenmeno.

    Ensinar e Aprender | 18 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Na prtica\ Prepare-se\Publicao na internet

  • A escolha do site de hospedagem dever levar em conta:

    O tamanho do arquivo: alguns sites recebem vdeos com tamanhos que variam de 1 a 100 MB;

    O tempo: alguns sites no aceitam vdeos com um tempo maior que cinco a dez minutos por vdeo;

    A extenso: alguns sites aceitam apenas alguns tipos de extenso, sendo preciso checar para salvar o vdeo na extenso certa.

    Para publicar o filme produzido, preciso escolher o formato, ou extenso, em que ele ser transformado. S

    depois de o filme finalizado que ser gravado com a extenso desejada. Existem vrias extenses. Geralmente as

    opes de extenso esto disponveis no item Mais opes do software de gravao. A escolha da extenso vai

    depender das necessidades de tamanho final do arquivo e da qualidade da imagem a

    ser gravada.

    Defina com os alunos se o vdeo poder ser compartilhado por todos os internautas.

    Conversem sobre a possibilidade de o trabalho poder ser visto mundialmente e a

    responsabilidade que isto traz.

    Na hora de publicar o vdeo, no se esquea de definir um ttulo esclarecedor, uma

    descrio detalhada do seu contedo e, principalmente, definir as tags.

    Conh

    ea

    as e

    xten

    ses

    m

    ais

    usad

    as .avi Audio Vdeo Interleave File o formato mais utilizado. Pode vir associado com vrios tipos de codecs (dispositivo que codifica/decodifica sinais de udio e imagem), como o DivX e o XviD.

    .mov Apple Quick Time Movie arquivo Quick Time, um programa da Apple. Ultimamente, um dos padres mais utilizados para vdeos em alta resoluo.

    .wmv Windows Media Video com boa qualidade, roda no Windows Media Player. Apareceram novas verses do formato, em alta resoluo.

    Tag: Palavra-chave,

    que sintetiza os principais temas abordados pelo material. por ela que seu vdeo, texto, foto ou qualquer publicao na internet ser localizada pelos internautas.

    Ensinar e Aprender | 19 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Na prtica\ Prepare-se\Publicao na internet

  • Captao de imagens

    Antes de iniciar o processo de captao de imagens, bom fazer um treino prvio com alunos

    com a cmera. Para isso, sugerimos alguns cuidados simples que podem ajudar muito.

    Novos ngulos: o Plano Detalhe um bom recurso de captao em que no preciso a

    autorizao da pessoa. Sugira que seus alunos procurem novos

    ngulos e que fujam dos planos tradicionais.

    Posicionamentos de cmera: mostre alguns exemplos de

    imagens cuja cmera est acima do nvel do olho humano, ou

    abaixo. Converse sobre os diferentes enquadramentos. Solicite

    que pesquisem alguns vdeos e desconstruam as imagens

    percebendo os diferentes planos.

    Luz: explique que a imagem a ser captada precisa estar iluminada e que um dos problemas

    mais comuns gravar uma imagem com uma janela iluminada ao fundo. A cmera faz um

    balano da quantidade de luz que est entrando e fecha rapidamente o obturador. A imagem

    que est em primeiro plano acaba saindo escura interfirindo na qualidade.

    Autorizao de imagem: oriente seus alunos para que no captem ou publiquem imagens de sem

    autorizao por escrito em que conste o nome, nmero do RG e assinatura do fotografado. Se o

    fotografado for menor de idade, preciso que o pai ou responsvel assine o termo autorizando

    a publicao na internet. Para criar um formulrio de autorizao, pesquise na internet modelos

    disponveis de autorizao para uso de imagem.

    Obturador: um dispositivo

    mecnico que abre e fecha, controlando o tempo de exposio do filme (ou do sensor das cmeras digitais) luz em uma cmera fotogrfica. Quanto mais tempo aberto, mais luz entra.

    Vdeo para celular e internet

    Solicite que os alunos pesquisem vdeos na internet ou produzidos com o celular e que observem as criaes prprias para esses meios. Como so as personagens, a luz, a trilha sonora, as cores, o enquadramento da cmera? Os detalhes aparecem com nitidez ou ficam insignificantes quando assistidos em telas pequenas? Observaram o uso de metforas e elipses? Quando isso ocorreu e como?

    Ensinar e Aprender | 20 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Na prtica\ Prepare-se\Publicao na internet

  • Cmera firme: na hora de filmar, deve-se segurar firme a cmera, mesmo que esta seja um celular. Se for preciso

    ter mais firmeza e tremer menos, sugira aos alunos que segurem a cmera com as duas mos. Se os alunos forem

    gravar cenas em movimento, devem estar atentos para fazer movimentos suaves, a no ser que haja outra inteno.

    Quando possvel, usem trip para fixar a cmera e evitar que as imagens fiquem tremidas.

    Mobilidade e conectividade digital: com o universo da mobilidade e da conectividade digital, ser muito mais fcil o

    registro e o armazenamento das informaes que sero usadas no produto final.

    Facilitando a edio: deixe alguns segundos a mais no incio e final das tomadas para facilitar o processo de

    edio. Para cada minuto final, poderemos ter at dez vezes mais minutos de material bruto.

    Tipo

    s de

    enq

    uadr

    amen

    to Plano o enquadramento do objeto filmado, com a dimenso humana como referncia.

    Plano Geral (PG) abrange uma vasta e distante poro de espao, como uma paisagem. Os personagens, quando presentes no PG, no podem ser identificados.

    Plano de Conjunto (PC) um pouco mais prximo que o PG. Pode mostrar um grupo de personagens, j reconhecveis, e o ambiente em que se encontram.

    Plano Mdio (PM) enquadra os personagens por inteiro quando esto de p, deixando pequenas margens acima e abaixo.

    Plano Americano (PA) um pouco mais prximo que o PM, corta os personagens na altura da cintura ou das coxas.

    Primeiro Plano (PP) enquadra o busto dos personagens.

    Plano Detalhe (close-up) enquadra e destaca partes do corpo (um olho, uma mo) ou objetos (uma caneta sobre a mesa).

    Fonte: Site Memria e Cinema - www.mnemocine.com.br

    Ensinar e Aprender | 21 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Na prtica\ Prepare-se\Publicao na internet

  • Escolha sua atividade

    1. Video Interativo Lendas

    Noes e conceitos

    interatividadestop motion (tipo de animao)roteiro

    Habilidadesproduo de imagens para animar edio de imagens publicao em site de hospedagem

    Recursos digitais

    celularcmera fotogrficacomputadorsoftware para edio de vdeo

    2. Videoclipe Nosso olhar

    Noes e conceitos

    videoclipe produo colaborativa

    Habilidades

    captao de imagensedio de vdeoedio de sompublicao em site de hospedagem

    Recursos digitais

    cmera fotogrficacmera de vdeocelularcomputadorsoftware de edio de udiosoftware de edio de vdeo

    3. Documentrio O teatro na escola

    Noes e conceitos

    documentrioedioroteiro

    Habilidadescaptao de imagens com somedio de vdeopublicao em site de hospedagem

    Recursos digitais:

    celularcmera filmadoracomputadorsoftware para edio de vdeo

    Para trabalhar a produo audiovisual com os alunos, so propostas trs atividades. A seguir apresentamos

    um quadro-sntese de cada uma delas. A ideia que o professor realize as trs, mas possvel desenvolv-las

    separadamente. Clique sobre o ttulo da atividade para acess-la.

    Ensinar e Aprender | 22 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Na prtica\

  • 1. Vdeo interativo Lendas

    Tendo em vista que a produo audiovisual no contexto da cultura digital deixa, cada vez mais, de ser contemplativa para

    ser interativa, sugerimos o seguinte projeto: a produo de um vdeo de animao interativo. Em um vdeo interativo, o

    espectador poder escolher um final clicando em um link.

    A proposta que os alunos produzam uma pea audiovisual interativa, a partir de alguma lenda que aprenderam

    com os pais, avs ou pessoas mais idosas. importante salientar que esta atividade poder ser realizada durante um

    semestre inteiro ou durante algumas aulas, o que vai depender do desenvolvimento cognitivo da classe e dos recursos

    disponveis.

    Primeiro momento: Roteiro

    Rena a classe e faa a proposta da produo de um

    filme de animao interativo a partir de alguma lenda aprendida. Explique o que um filme de animao interativo e que ele

    pode ser feito por diversas tcnicas: a sugesto aqui a

    realizao por stop motion.

    Apresente para a classe um exemplo de filme de animao

    e de filme interativo. Conduza a escolha da lenda de forma

    democrtica e certifique-se de que todos conheam a

    histria detalhadamente. Se for possvel, solicite a presena

    de algum que possa contar a lenda.

    Stop motion: Montagem de uma

    srie de imagens que retratam diferentes momentos de um movimento, a partir de fotos de uma srie de desenhos da figura a ser animada ou de bonecos feitos de massa de modelar ou papel mach.

    Filme interativo: Existem vrios tipos

    de interatividade com audiovisual. O termo est sendo usado neste exerccio para definir um tipo de filme que se assemelha a um hipertexto, ou seja, que permite ao espectador assistir/navegar de forma no linear. O vdeo vai sendo apresentado conforme as escolhas do espectador, que clica nos links do filme para escolher os caminhos.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\1. Vdeo interativo Lendas\Primeiro momento: Roteiro

    Ensinar e Aprender | 23 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • Divida a sala em grupos e proponha que cada grupo crie outro final para a lenda

    escolhida. Combine com a classe qual ser o ponto de virada, ou seja, at onde

    a lenda ter uma sequncia comum para todos os grupos e o ponto em que ser

    includa a escolha dos diferentes finais. Esclarea que, como em um vdeo de

    animao as imagens so construdas, eles podero criar elementos diversos. Podero, por exemplo, criar um final para o

    vdeo com elementos do Renascimento, ou podero finaliz-lo com elementos futuristas. Enfim, permita que eles tenham

    tempo para pesquisar materiais, como ilustraes, desenhos, fotos e documentos, e, a partir desse material, construir o

    enredo do final da histria. importante nesse momento que os alunos anotem suas ideias e organizem a narrativa em um

    roteiro, que deve ser dividido em planos (veja um exemplo de roteiro no link www.bit.ly/exemploroteiro).

    Os roteiros devem ter a histria descrita de forma bem detalhada. Quanto mais

    informaes presentes, melhor. Eles podem ser feitos de diversas formas, porm,

    geralmente, so divididos em duas colunas: uma onde se

    registra as anotaes referentes imagem, e outra com as

    anotaes referentes ao som. Na coluna da imagem, em

    cada plano, deve haver a descrio das personagens (suas expresses e sentimentos,

    suas roupas etc.), do cenrio, se a ao se desenvolve de dia ou noite, enfim, tudo o

    que envolve o visual. Os dilogos e as msicas ficam na coluna do som. preciso que

    o grupo todo participe e que esteja em sintonia quanto ao resultado da criao coletiva.

    Quanto mais detalhado for o roteiro, mais eficiente ser o processo da produo.

    Sobre a animao, ver O cinematgrafo

    e a persistncia retiniana.

    Quanto mais detalhado for o roteiro, mais eficiente ser o

    processo da produo.

    Cultura local A valorizao

    da cultura local fortalece a autoestima do aluno. Se a regio da escola possui lendas locais, pea que os alunos escolham uma delas para o trabalho.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\1. Vdeo interativo Lendas\Primeiro momento: Roteiro

    Ensinar e Aprender | 24 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • Segundo momento: criao de imagens para animao

    A animao poder ser feita em stop motion, por

    exemplo. Para os elementos das cenas, proponha

    que usem areia, barbantes, embalagens etc. As

    imagens so fotografadas em vrias posies,

    dando sequncia a um movimento. Para um boneco

    movimentar a mo, por exemplo, mexe-se a mo dele

    um pouquinho e tira-se uma foto. Mexe-se a mo

    mais um pouquinho e tira-se outra foto, e assim sucessivamente. Porm, as imagens

    precisaro ser digitalizadas para entrar no vdeo, caso a mquina no seja digital.

    Para isso, preciso escanear todas as fotos ou as imagens, no caso de os alunos

    resolverem desenhar as cenas com os personagens.

    Lembre-se de que, nesse momento, estamos pensando na produo das imagens,

    porque a animao mesmo ser feita depois que as imagens estiverem produzidas

    e digitalizadas. Deixe claro para a classe que voc tambm est aprendendo e que

    todas as descobertas devem ser socializadas.

    Reserve vrias aulas para que os grupos possam fotografar suas imagens de acordo

    com o roteiro prvio. Para que uma imagem seja animada e aparente movimento,

    so necessrias mais de 13 imagens por segundo. Imaginem quantas fotos seriam

    necessrias para finalizar o trabalho?

    Como fazer stop motion

    Se desejar aprofundar o conhecimento de seus alunos sobre o assunto, antes de comear a produo, pesquise em algum site de busca, como o Google ou Altavista, Como fazer animao em Stop Motion ou Tutorial Stop Motion, e veja as diferentes formas de produo e apresente para a turma. Escolha com a classe a forma que melhor se adaptar disponibilidade de equipamento e tempo para a realizao do projeto (massinhas, barbante, areia, giz na lousa etc.).

    Para que uma imagem seja animada e aparente

    movimento, so necessrias mais de 13 imagens por

    segundo. Imaginem quantas fotos seriam necessrias para

    finalizar o trabalho?

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\1. Vdeo interativo Lendas\Segundo momento: criao de imagens para animao

    Ensinar e Aprender | 25 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • Neste primeiro exerccio, no se preocupe muito com a quantidade de imagens para animar. Parece contraditrio,

    mas o vdeo poder conter imagens estticas, ou seja, o grupo poder criar somente uma imagem para cada cena,

    dependendo do desempenho da turma. O importante que a narrativa tenha lgica e fluidez, e que haja ligao entre

    as vrias cenas. Contar uma histria por meio de imagens j um grande exerccio e exige diferentes competncias.

    Recorde com os alunos os elementos presentes em um filme: cenrio, figurino, personagens etc. Recupere os

    roteiros produzidos e incentive a elaborao das imagens conforme as decises do grupo. Os alunos iro produzir

    as imagens, fotograf-las e salv-las de forma cuidadosa para que seja fcil recuper-las posteriormente. Depois

    que cada grupo criou as imagens que ilustram os diversos finais da histria, hora de transform-las em vdeo, em

    um software de edio.

    Terceiro momento: animao e edio de imagens

    Nessa fase preciso salvar fotos, desenhos ou imagens produzidas digitalizadas em uma pasta no computador,

    num CD ou pen drive, para serem usados no vdeo. Certifique-se de que os alunos salvem as

    imagens com nomes/nmeros sequenciais para facilitar a montagem. Para apoiar o trabalho dos

    alunos, voc pode pesquisar softwares de edio na internet. Atualmente existem vrias cmeras de

    vdeo e at modelos mais modernos de celular que vm com programa de edio.

    O software Windows Movie Maker, que acompanha o Windows, pode ser utilizado e encontrado na internet.

    simples e possui basicamente trs funes: importar imagens, editar imagens e salvar vdeos. Pesquise um

    tutorial na internet (para isso digite em algum site de busca Tutorial Movie Maker). Apresente o tutorial com as

    explicaes aos alunos, em formato de vdeo ou texto. Explique que eles montaro a sequncia das imagens e

    incluiro udio e legendas, conforme a deciso do grupo registrada no roteiro.

    Ver Portal do Cenpec, seo

    Recursos digitais, Edio de vdeo.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\1. Vdeo interativo Lendas\Terceiro momento: animao e edio de imagens

    Ensinar e Aprender | 26 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • Os alunos iro:

    Importar as fotos ou desenhos escaneados, conforme planejado no roteiro.

    Inserir efeitos entre as imagens.

    Gravar o udio e importar uma msica de fundo. Certifique-se de que os sons de cada cena estejam sincronizados com as imagens. Cuidado para no utilizar materiais sem autorizao do autor. Na internet, existem acervos de imagens e udios de uso gratuito com direitos autorais flexiveis, disponveis gratuitamente.

    Incluir legendas. Lembre-se de que preciso editar o vdeo levando em considerao o tempo de leitura dos textos. muito importante que o espectador consiga ler as informaes das legendas. Tenha cuidado com a sincronia entre a cena e o texto da legenda.

    Colocar os crditos, ou seja, incluir o nome de toda a equipe que trabalhou e suas funes.

    Lembre-se que, enquanto o vdeo no estiver finalizado, voc dever salvar o trabalho na opo salvar projeto e

    s depois de o filme finalizado que ser gravado com a extenso desejada.

    Solicite a participao de todo o grupo para discutir a organizao do vdeo. Ele dever ser publicado em um site

    de hospedagem de vdeos que permita lincar vdeos (Youtube, por exemplo). O internauta que estiver assistindo

    poder escolher um final do filme. Os finais sero lincados com uma pequena legenda criativa que estimule o

    internauta a escolher aquele caminho.

    Outros softwares Existem outros

    softwares gratuitos na internet que fazem a animao em Stop Motion como, por exemplo, o Animator DV.

    Ver Portal Cenpec seo Recursos

    Digitais, Materiais digitais abertos.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\1. Vdeo interativo Lendas\Terceiro momento: animao e edio de imagens

    Ensinar e Aprender | 27 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • O incio do vdeo pode lembrar a esttica de um documentrio, ou seja, a entrevista em vdeo, ou fotos do contador

    com udio autntico. Portanto, a histria original inicialmente contada com a fala do entrevistado, com seu

    linguajar, suas marcas gestuais, enfim, com o registro histrico necessrio. A ideia que a histria seja interrompida

    antes do final e o internauta possa escolher entre as opes (uma original, e outras criadas pelos grupos). Portanto,

    decidam como sero as legendas dos links dos finais produzidos, a ordem de apresentao. Decididos esses

    pontos fundamentais, hora de os grupos montarem seus vdeos. Depois de pronto, hora de decidir em que site

    ser publicado na internet.

    Quarto momento: publicao do vdeo na internet e construo dos links

    Escolhido o site de hospedagem de vdeo, pesquise um tutorial (para isso digite em um

    site de busca, por exemplo, Como publicar vdeos no Youtube?).

    Geralmente, depois que o usurio fez seu login, basta clicar no boto enviar vdeo,

    indicar a pasta em que o seu vdeo est salvo no seu computador e fazer upload.

    Publique inicialmente todos os vdeos separadamente e depois linque os vdeos conforme

    o combinado com a classe. Para lincar os vdeos, o processo muito simples: pesquise

    um tutorial na internet (para isso digite em algum site de busca vdeo interativo) e apresente-o com as explicaes aos alunos.

    Entre no vdeo que contm a parte inicial da histria e, no ponto combinado, linque os

    vdeos com os finais. Existem algumas formas de construir estes links para que o vdeo

    seja interativo. Geralmente preciso clicar em anotaes > anotaes de pausa >

    descrever o nome da opo (ex: final da lenda 1). Depois, informar o time line inicial e

    Upload: Fazer upload

    significa enviar um arquivo, seja msica, vdeo, texto etc., de uma mquina para um site na internet. Upload o contrrio de download, quando se baixa um arquivo da internet para o computador.

    Ver Portal Cenpec, seo Recursos

    Digitais, Edio de vdeo.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\1. Vdeo interativo Lendas\Quarto momento: publicao do vdeo na internet e construo dos links

    Ensinar e Aprender | 28 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • final, ou seja, o tempo do filme onde ficar a pausa, informar o URL salvar e publicar.

    Faa isso com a participao de toda a classe e garanta que todos entendam o

    processo. O vdeo interativo estar pronto!

    Publique uma solicitao para que os internautas comentem as criaes e incentive-os a

    escrever outros finais possveis nos comentrios.

    URL: Os endereos

    que utilizamos para achar qualquer pgina na internet so chamados URL. Em portugus, a sigla URL (Uniform Resource Locator) significa localizador uniforme de recursos. O URL do Cenpec www.cenpec.org.br.

    Foca Rosa, animao interativa produzida por professores http://www.youtube.com/watch?v=VLm4sDpQsBc&annotation_id=annotation_544140&feature=iv

    La Linea Interactive, outro exemplo de vdeo interativo http://www.youtube.com/watch?v=RZzlezxLu7s

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\1. Vdeo interativo Lendas\Quarto momento: publicao do vdeo na internet e construo dos links

    Ensinar e Aprender | 29 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • Finalizando o projeto

    Faa uma divulgao da obra na escola reforando o nome do vdeo. Convide alunos de outras classes para irem

    ao laboratrio de informtica conhecer a obra.

    Por ltimo, converse com seus alunos sobre a diferena entre apreciar uma obra de arte de forma contemplativa

    e apreci-la de forma interativa. Converse sobre a possibilidade de organizar informaes, inclusive vdeos, de

    forma hipertextual e o que esta possibilidade altera no processo de criao e de recepo. Discuta os comentrios

    postados e a possibilidade de conhecer os sentimentos provocados por uma criao artstica. Estimule que eles

    reflitam sobre como foi o processo: o que aprenderam, quais as maiores dificuldades, quais as maiores conquistas.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\1. Vdeo interativo Lendas\Finalizando o projeto

    Ensinar e Aprender | 30 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • 2. Videoclipe Nosso olhar

    Esse projeto tem como estmulo gerador a representao da figura humana por meio da linguagem audiovisual

    em contexto digital. A proposta exercitar a representao humana no contexto digital, produzindo um videoclipe

    colaborativo.

    O objetivo aqui que os alunos dividam-se em grupos e criem uma nova verso de uma msica. Esta criao

    servir de base para um videoclipe, cujas imagens, sobre a representao do corpo humano, sero captadas por

    cmeras fotogrficas ou celulares.

    Primeiro momento: conversa sobre videoclipe

    Converse com seus alunos sobre o que um videoclipe, sua estrutura e a diferena entre a narrativa em vdeo de uma

    histria como uma lenda, com comeo, meio e fim, e a de um videoclipe. Solicite que eles descrevam ou, se possvel,

    que apresentem os videoclipes que eles mais gostam. Juntos, discutam a narrativa, os recursos e o hibridismo

    com diferentes gneros. Por exemplo, h videoclipes que so animaes (Segredos do Frejat), outros parecem um

    documentrio (Minha Alma, do Rappa), outros apresentam uma narrativa tradicional da fico (Amor I Love You, da Marisa

    Monte). Estimule a reflexo sobre a importncia da msica na construo audiovisual e seu protagonismo no gnero

    Vide

    oclip

    e O videoclipe uma forma de materializar a msica por meio da imagem e, no Brasil, se disseminou pela emissora MTV, que direcionada ao pblico jovem. A linguagem do videoclipe engloba a montagem, o ritmo, os efeitos especiais (visuais e sonoros), os grafismos, os movimentos de cmera, entre outros. Ela geralmente caracterizada por uma montagem fragmentada e acelerada, com narrativa no linear, imagens justapostas com forte carga emocional. Em geral os jovens gostam muito do gnero videoclipe, e trabalhar com este formato na escola aproxima os contedos curriculares do universo jovem.

    Fonte: Definio baseada na wikipdia ( www.wikipedia.org.br)

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\2. Videoclipe Nosso olhar\Primeiro momento: conversa sobre videoclipe

    Ensinar e Aprender | 31 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • videoclipe. Proponha perguntas como: em um videoclipe as imagens ilustram a letra da msica? Servem para fazer

    um antagonismo? Instigue-os a pensar sobre os diferentes processos criativos, sobre a liberdade de expresso desse

    gnero, lembrando que a linguagem audiovisual trabalha com os signos da msica e da imagem.

    Segundo momento: criao musical

    Divida a classe em grupos e explique aos alunos que a msica do videoclipe ser uma pardia de alguma msica

    que eles escolhero. Ou seja, os alunos iro escolher uma msica conhecida e faro uma nova verso da letra

    para a melodia. Essa letra far uma aluso ao nosso olhar sobre a representao do

    corpo humano. Permita que eles pesquisem na internet e que tenham tempo para compor.

    importante que os alunos se envolvam e usem seu repertrio para criar a letra. Esta

    criao no pode prescindir da percepo de que eles mesmos iro captar imagens

    para complementar a obra.

    Terceiro momento: captao de imagens

    hora de captar imagens para compor o videoclipe. Discuta com os alunos a importncia

    de produzir as imagens com recursos prprios (cmera de vdeo, mquina fotogrfica ou

    celular) e no aproveitar imagens disponveis na internet. Converse sobre a possibilidade

    de fazer o vdeo s com fotos, caso no tenham filmadora.

    Nesta atividade, as imagens sero captadas a partir da letra de uma msica criada. Os alunos devem produzir

    um roteiro em que relacionem a letra da msica imagem. Lembre que as imagens no precisam ser filmadas/

    fotografadas na sequncia da letra da msica, mas devem ser salvas em pastas organizadas, com nomes

    significativos das etapas para facilitar a edio.

    Ver Portal Cenpec, seo Recursos

    digitais, Sites de busca.

    Ver neste fascculo: Publicao na internet.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\2. Videoclipe Nosso olhar\Segundo momento: criao musical

    Ensinar e Aprender | 32 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • Discuta com os alunos estratgias para captao de imagens de representao do corpo humano, lembrando que

    a beleza delas est no olhar nico de quem est gravando.

    Cada aluno deve captar imagens para compor o videoclipe do grupo. Lembre seus alunos de que a criatividade

    no tem limite e relembre as diversas representaes do corpo humano ao longo da Histria da Arte. Se houver

    oportunidade, mencione as caractersticas mais marcantes de cada perodo e as diferentes representaes do

    corpo humanos nas obras artsticas.

    Quarto momento: gravao do udio

    Vamos cantar! o momento de gravao da msica.

    No laboratrio de informtica, organize uma pasta para cada videoclipe. Pesquise com seus

    alunos a melodia da msica escolhida e salve-a na pasta do grupo. Pesquise tambm na

    internet um software livre de edio de udio e um tutorial sobre ele na

    internet. Estes softwares so geralmente muito simples e possuem

    recursos necessrios para esta atividade.

    Apresente o videotutorial e depois o software para seus alunos.

    Deixe-os brincar livremente durante um bom tempo. Nesse momento, seria importante que

    houvesse um fone de ouvido com microfone para cada computador.

    Oriente-os para importar a melodia que est salva na pasta do grupo. Depois os

    alunos devem gravar o udio da letra que compuseram. Organize a turma para que cada grupo grave o udio

    Software livre: So programas

    de computador que podem ser usados, copiados, estudados, modificados e redistribudos sem restrio, embora resguardem os direitos autorais do programador. diferente de software em domnio pblico, que renuncia a qualquer forma de direito autoral.

    Ver Portal Cenpec, seo Recursos

    Digitais, Edio de udio.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\2. Videoclipe Nosso olhar\Quarto momento: gravao do udio

    Ensinar e Aprender | 33 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • separadamente, evitando assim rudos indesejveis. Ajuste a gravao da letra melodia

    com os recursos disponveis no software. Lembre-se de que, assim como no vdeo, durante

    o desenvolvimento da atividade preciso gravar sempre os trabalhos como projeto e, s ao

    final, quando a letra estiver sincronizada com a melodia, salv-los no formato MP3.

    Deixe claro para a classe que voc tambm est aprendendo e que todas as descobertas

    devem ser socializadas.

    Salve a gravao de cada grupo em sua respectiva pasta.

    Quinto momento: edio de imagens e udio

    Nessa fase, preciso selecionar as fotos e os vdeos captados. Este processo deve ser realizado necessariamente

    com todo o grupo. Os alunos podem ter captado imagens com celulares e ao salvar, preciso checar se a

    extenso pode ser importada no software de edio escolhido. Existem muitos softwares de converso de arquivo

    na internet (um exemplo http://vixy.net/). Certifique-se de que os alunos salvaram as imagens com nomes/nmeros

    para facilitar a montagem.

    A edio do vdeo poder ser feita com o software Movie Maker.

    Explique que eles incluiro o udio e montaro a sequncia das imagens conforme deciso do grupo.

    MP3: Formato de arquivo

    digital que permite armazenar udio (som) com boa qualidade usando pouca memria.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\2. Videoclipe Nosso olhar\Quinto momento: edio de imagens e udio

    Ensinar e Aprender | 34 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • Os alunos iro:

    Importar o udio finalizado de seu clipe, que j deve estar no formato MP3;

    Importar as imagens captadas (ao menos uma imagem produzida por aluno do grupo);

    Inserir efeitos entre as imagens (opcional) e sincroniz-las com a msica;

    Colocar os crditos, ou seja, incluir o nome de todos que foram fotografados ou filmados, da equipe que trabalhou e os agradecimentos necessrios.

    Sexto momento: publicao do videoclipe

    Publique todos os videoclipes na internet em um site de hospedagem, criando um canal exclusivo para estas

    atividades.

    Ao publicar o videoclipe, no se esquea de definir junto com os alunos ttulos esclarecedores, descrio detalhada

    do contedo dos vdeos e do processo colaborativo em que todos os alunos criaram a letra e captaram imagens.

    Defina tags significantes.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\2. Videoclipe Nosso olhar\Sexto momento: publicao do videoclipe

    Ensinar e Aprender | 35 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • Finalizando o projeto

    Faa uma apresentao dos videoclipes na escola e a divulgao dos nomes dos vdeos

    para localizao na internet.

    Discuta com os alunos como foi o processo e o que aprenderam.

    Por ltimo, converse com seus alunos sobre o processo de criao colaborativa. Explique

    que qualquer vdeo resultado de um trabalho de equipe, mas, geralmente, cada um

    tem uma funo especfica. Aqui todos contriburam em todas as fases e, principalmente,

    todos puderam expressar seu olhar sobre a representao do corpo humano. Discuta

    com os alunos os comentrios postados pelos internautas e a possibilidade de

    disponibilizar um e-mail para receber imagens, como colaborao de internautas.

    Animao x videoclipe

    Se o projeto de Vdeo Interativo tambm foi realizado, solicite que faam uma comparao entre eles. Pea para identificarem as diferenas entre os dois gneros audiovisuais trabalhados (animao e videoclipe) e as diferentes formas de produo. Tambm pea que registrem quais as maiores dificuldades e conquistas.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\2. Videoclipe Nosso olhar\Finalizando o projeto

    Ensinar e Aprender | 36 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • 3. Documentrio O teatro na escola

    Tendo em vista que o teatro uma arte efmera e que normalmente no guardamos registro do seu processo de

    construo e da apresentao teatral, a nossa proposta que os alunos possam realizar um documentrio sobre

    uma produo teatral feita na escola. A proposta desta criao audiovisual que o documentrio esteja interligado

    ao projeto de teatro para que sirva de registro e contribua para complementar as reflexes sobre a arte de criao e

    encenao.

    O documentrio um gnero cinematogrfico que se caracteriza pelo

    compromisso com a explorao da realidade. H uma grande polmica sobre

    a definio do que um documentrio, visto que os filmes de fico tambm

    podem se basear na realidade. preciso que os alunos entendam que um

    documentrio no representa a realidade tal como ela . O documentrio,

    assim como o cinema de fico, uma representao parcial da realidade. Ou seja, os alunos precisaro discutir

    os diferentes enfoques que pretendem dar obra.

    O exerccio criativo com gneros diferentes amplia as reflexes sobre os conceitos da linguagem audiovisual e

    potencializa o exerccio de expresso nesta linguagem.

    Primeiro momento: conversa sobre documentrio

    Em uma roda de conversa, reflita com os alunos: O que um documentrio? Descubra se eles j assistiram a uma

    pea audiovisual deste gnero e pea que deem exemplos. Pergunte: como acham que se cria um roteiro para

    documentrio? Como envolver o pblico? Como criar uma sequncia narrativa que tenha coeso dramtica, ou

    seja, como planejar a relao das cenas com toda a histria em um documentrio?

    H uma grande polmica sobre a definio do que um documentrio, visto que os filmes de fico tambm

    podem se basear na realidade.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\3. Documentrio O teatro na escola\Primeiro momento: conversa sobre documentrio

    Ensinar e Aprender | 37 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • Assista com eles ao vdeo A pessoa para o que nasce. Conte a eles que o documentrio

    de seis minutos (curta metragem) teve importante repercusso e acabou se tornando

    um longa-metragem sobre os mesmos personagens. Qual seria o motivo de tamanha

    aceitao? Qual a relao do ttulo com a obra? Como o tema Necessidades Especiais

    foi abordado? importante assistir uma vez, discutir, depois assistir novamente e

    aprofundar as reflexes. interessante tambm assistir a outras obras disponveis na

    internet e perceber que no existe uma estrutura predefinida para um documentrio.

    Segundo momento: roteiro de um documentrio

    Aps as reflexes, hora de pensar no roteiro e na equipe que ir trabalhar. Diferentemente

    do roteiro para a fico, em que preciso pensar nos cenrios, personagens, dilogos etc.,

    no documentrio preciso planejar as intenes de gravao, as abordagens na captao

    e os materiais necessrios. O roteiro do documentrio deve descrever uma srie de cenas

    que possam ser filmadas, inclusive com planejamento de materiais como fotografias, udios

    etc.. importante registrar as intenes em texto.

    A classe pode ser dividida em cinco grupos e cada um ficar responsvel por um tpico da filmagem da pea

    teatral: ensaios, personagens, recursos (cenrios e figurinos), encenaes e aprendizagens (estes tpicos so

    sugestes, mas podero ser totalmente distintos). O grupo dever pensar na abordagem a ser adotada, ou seja, o

    que se pretende mostrar sobre os ensaios, por exemplo: as improvisaes, as brigas, os erros, as inseguranas, as

    risadas, os lanchinhos - enfim, qual o olhar que ser usado. No documentrio A pessoa para o que nasce, apesar

    de contar a histria de trs irms cegas (o que poderia ser um melodrama), a abordagem teve um tom otimista.

    A pessoa para o que nasce de

    Roberto Berliner, est disponvel no site www.portacurtas.com.br.

    Sobre roteiro de fico,

    ver atividade Vdeo interativo Lendas, apresentada anteriormente.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\3. Documentrio O teatro na escola\Segundo momento: roteiro de um documentrio

    Ensinar e Aprender | 38 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • lgico que esta abordagem poder sofrer alteraes no decorrer da captao, porque em um documentrio

    nunca sabemos exatamente o que vai acontecer. Deixe que os alunos conversem longamente e decidam em

    grupos o foco narrativo, se ter ou no um narrador ou uma voz em off (quando a pessoa no aparece) etc. Pensem

    tambm em um ttulo para a obra. Combine com eles o tamanho do documentrio em termos de tempo. Um vdeo

    para a internet deve ser conciso e o ideal que no ultrapasse 10 minutos; desse modo, se a classe foi dividida

    em 5 grupos, cada grupo ter 2 minutos para criar seu registro (micrometragem). Parece pouco, mas possvel

    produzir coisas maravilhosas com esse tempo de filmagem. Decidam se haver apenas uma equipe de captao

    de imagens ou se todos os alunos podero participar.

    Terceiro momento: captao de imagens

    O documentarista que capta imagens precisa estar atento, porque s vezes uma cena s acontece uma vez, e

    no se pode perd-la. Ou seja, imagine uma cena em que os alunos esto em um ensaio e, de repente, uma aluna

    conta para o grupo sobre a emoo de estar vencendo o medo de falar em pblico. O cmera no ter outra

    oportunidade de gravar o frescor e a emoo desta conversa. possvel at solicitar uma entrevista em particular,

    mas a imagem mais importante o momento da revelao. Portanto, converse com os alunos sobre a importncia

    do cuidado que a gravao exige, por exemplo, com o udio. O ambiente escolar barulhento e a acstica ,

    muitas vezes, comprometida; assim, cuidado com rudos no momento da gravao. Conversas no corredor, o

    sinal entre as aulas, barulho na quadra, enfim, qualquer rudo pode atrapalhar seriamente a captao de udio,

    principalmente se a cmera for de um celular ou mquina fotogrfica. Tente conseguir um microfone da escola.

    Com um microfone externo, haver mais chances de gravar os dilogos com nitidez. Se no conseguir, aproxime a

    cmera do personagem a ser gravado.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\3. Documentrio O teatro na escola\Terceiro momento: captao de imagens

    Ensinar e Aprender | 39 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • Lembre-se de que, quando assistimos ao teatro, a cena acontece na nossa frente e ns escolhemos em que vamos

    prestar ateno. Em um filme, a cmera que nos mostra onde devemos olhar. Portanto, as imagens contribuem

    para aumentar a identificao do espectador com a obra.

    Na captao de imagens, preciso obter registros visuais que daro apoio

    ao argumento apresentado no documentrio, ou seja, todos os alunos que

    iro captar imagens precisam ter claro o foco narrativo a ser explorado.

    preciso que fique claro tambm para os alunos que nesse gnero, apesar

    de o documentrio registrar uma realidade que no pode ser controlada

    previamente por um roteiro, h uma grande preocupao com os elementos

    da linguagem audiovisual (planos, enquadramento, udio, ritmo/edio etc.).

    O ambiente escolar barulhento e a acstica ,

    muitas vezes, comprometida; assim, cuidado com rudos no

    momento da gravao.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\3. Documentrio O teatro na escola\Terceiro momento: captao de imagens

    Ensinar e Aprender | 40 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • Quarto momento: edio de um documentrio

    Cada grupo vai trazer o material captado sobre o seu tpico (fotos, imagens, udios,

    vdeos) e a edio ser coletiva, pois preciso que haja sequncia narrativa e coeso

    dramtica mediante o que foi planejado. Como o documentrio da classe toda,

    importante que todos os alunos opinem sobre este processo, mas preciso eleger uns

    dois alunos responsveis para coordenar a tarefa de edio. Crie um clima de confiana

    e exercite a argumentao. Permita que os alunos discutam a sequncia narrativa

    levando em considerao suas aprendizagens nas atividades anteriores.

    Na edio que vamos determinar o ritmo do documentrio. No existe uma frmula. preciso montar uma estratgia

    para manter o pblico interessado do incio ao fim da obra; no incio, geralmente preciso levantar a expectativa do

    pblico, apresentar o tema. Depois, possvel introduzir um conflito dramtico ou explorar algum impasse, e assim

    deixar expectativa de como ser o fim. Ao final, pode-se amarrar os pontos soltos e encaminhar o tema. Criar um final

    surpreendente deixar o trabalho mais interessante.

    na edio que vamos descartar o que no iremos usar. A seleo do

    material vai depender da qualidade de udio e imagem e da importncia para

    a narrativa. possvel montar e desmontar a ordem das imagens, testando

    as melhores possibilidades e o melhor ritmo para a sequncia narrativa

    escolhida e dentro do tempo combinado. O importante que o documentrio fique interessante e o pblico tenha

    prazer em descobrir o final. Inclua msicas de fundo e equalize o som, ou seja, no deixe a msica de fundo

    impedir o entendimento das falas. Deixe o vdeo todo com um nvel de udio homogneo.

    Criar um final surpreendente deixar o trabalho mais

    interessante.

    Ver no Portal Cenpec, seo

    Recursos digitais, Edio de vdeo.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\3. Documentrio O teatro na escola\Quarto momento: edio de um documentrio

    Ensinar e Aprender | 41 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • Quinto momento: publicao dos documentrios

    Publique o documentrio em um site de hospedagem definindo ttulo, descrio e as tags.

    Finalizando o projeto

    Faa uma apresentao do documentrio na escola e divulgue o nome do vdeo para possvel localizao na

    internet.

    Discuta com seus alunos como foi o processo e o que aprenderam. Pensem sobre quais foram as maiores

    dificuldades e as maiores conquistas.

    \\Na prtica\ Escolha sua atividade\3. Documentrio O teatro na escola\Quinto momento: publicao dos documentrios

    Ensinar e Aprender | 42 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • REFERNCIAS

    Bibliografia

    BENTES, Ivana. Vdeo e Cinema: rupturas, reaes e hibridismo. In: MACHADO, Arlindo (orgs.). Made in Brasil.

    Trs dcadas do vdeo brasileiro. So Paulo: Ita Cultural, 2003.

    BERNARDET, Jean Claude. O que cinema. 11 Ed. So Paulo: Brasiliense, 1991.

    CANCLINI, Nestor Garcia. Leitores, espectadores e internautas. Coleo Observatrio Ita Cultural. So Paulo:

    Iluminuras, 2008.

    LIPOVETSKY, Gilles & SERROY, Jean. A tela global: mdias culturais e cinema na era hipermoderna. Porto Alegre:

    Sulina, 2009.

    MACHADO, Arlindo. Uma nova maneira de ver televiso. In: FIGUEREDO, Vera Lucia F.(org.). Mdia e Educao.

    Rio de Janeiro: Gryphus, 1999.

    MARTIN, Marcel. A Linguagem Cinematogrfica. Trad. Paulo Neves. So Paulo: Brasiliense, 2003.

    MARTIN-BARBERO, Jess e REY, Germn. Os exerccios do ver: hegemonia audiovisual e fico televisiva. So

    Paulo: Editora Senac So Paulo, 2001.

    RAMOS, Ferno Pessoa. Mas afinal...o que mesmo um documentrio? So Paulo: Editora Senac So Paulo, 2008.

    Ensinar e Aprender | 43 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Referncias \

  • Sites

    Academia de Animao e Artes Digitais - www.academiadeanimacao.com.br

    Associao Brasileira de Cinema e Animao - www.abca.org.br

    Cinemateca Brasileira - www.cinemateca.com.br

    Claro Curtas - www.clarocurtas.com.br

    Festival Anima Mundi - www.animamundi.com.br

    Festival do Minuto - www.festivaldominuto.com.br

    Memria e Cinema - www.nemocine.com.br

    Porta Curtas da Petrobrs - www.portacurtas.com.br

    Videolog - www.videolog.tv

    Vdeos

    Amor I Love You, Marisa Monte - http://www.youtube.com/watch?v=5TdTacizYdA

    A pessoa para o que nasce - http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=1010

    Minha Alma, Rappa - http://www.youtube.com/watch?v=vF1Ad3hrdzY

    Primeiro filme de Lumire - http://www.youtube.com/watch?v=4nj0vEO4Q6s

    Segredos, Frejat - http://www.youtube.com/watch?v=DrXa82roFS0

    Ensinar e Aprender | 44 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    \\Referncias \

  • GLOSSRIOCultura digital ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________2, 4, 9, 23, 45

    Trata-se de um conceito em constituio, relacionado aos conceitos de sociedade da informao, cibercultura e era digital. Refere-

    se cultura da poca ps-internet, em que as relaes humanas so fortemente mediadas por tecnologias e comunicaes digitais,

    favorecendo trocas e interaes entre as pessoas e novos modelos de aprendizagem e meios de expresso. Essa forma de cultura

    acarreta mudanas de sensibilidades traduzidas em novas formas de ler, escrever, expressar e sentir.

    Elipses e metforas ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________16, 45

    Figuras de linguagem muito usadas em peas publicitrias. A elipse ocorre quando uma palavra suprimida e pode ser entendida pelo

    contexto. A metfora acontece quando palavras so substitudas por expresses de sentido figurado. Um exemplo comum de metfora na

    publicidade utilizar mulheres loiras para representar a cerveja. Dependendo do tipo de metfora ou elipse, o diretor do filme conseguir

    provocar no pblico efeitos de humor, de ironia, de compaixo, de solidariedade e outros. Algumas vezes esses recursos podem

    configurar-se como formas mais ou menos veladas de preconceito.

    Filme interativo _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________23, 45

    Existem vrios tipos de interatividade com audiovisual. O termo est sendo usado aqui para definir um tipo de filme que se assemelha

    a um hipertexto, ou seja, que permite ao espectador assistir/navegar de forma no linear. O vdeo vai sendo apresentado conforme as

    escolhas do espectador, que clica nos links do filme para escolher os caminhos.

    Hipertexto _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________45

    Texto em formato digital que remete a outras pginas na internet, baseado em associaes de ideias (links). A diferena entre o hipertexto

    e o texto linear, feita nos suportes impressos, a possibilidade de diferentes escolhas para leituras e interferncias online. Ele pode

    articular textos de linguagens diferentes: fala, escrita, desenho, foto, grficos, som, msica etc.

    \\Glossrio\

    Ensinar e Aprender | 45 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • MP3 ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ pp.34-35

    Formato de arquivo digital que permite armazenar udio (som) com boa qualidade usando pouca memria.

    Obturador___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ p.19

    um dispositivo mecnico que abre e fecha, controlando o tempo de exposio do filme (ou do sensor das cmeras digitais)

    luz em uma cmera fotogrfica. Quanto mais tempo aberto, mais luz entra.

    Produo colaborativa___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ p.21

    Processo em que todos os participantes discutem, opinam e trabalham de forma complementar, de maneira que todos

    aprendem sobre todos os aspectos do tema.

    Site de busca _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ pp.26, 28

    So softwares que servem para auxiliar os internautas a encontrarem as informaes que desejam na internet a partir de

    palavras-chave. Exemplo: www.google.com.br; www.altavista.com

    Software livre ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ p. 33

    So programas de computador que podem ser usados, copiados, estudados, modificados e redistribudos sem restrio,

    embora resguardem os direitos autorais do programador. diferente de software em domnio pblico, que renuncia a qualquer

    forma de direito autoral.

    Stop motion ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ pp.23, 25

    Montagem de uma srie de imagens que retratam diferentes momentos de um movimento, a partir de fotos de desenhos da

    figura a ser animada ou de bonecos feitos de massa de modelar ou papel mach.

    \\Glossrio\

    Ensinar e Aprender | 46 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

  • Tag _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ pp.16, 33, 40

    Palavra-chave. por ela que um vdeo, texto, foto ou qualquer publicao na internet ser localizada pelos internautas.

    Upload ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ p.26

    Fazer upload significa enviar um arquivo, seja msica, vdeo, texto etc., de uma mquina para um site na internet. Upload

    o contrrio de download, quando se baixa um arquivo da internet para o computador.

    URL _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ p.27

    Os endereos que utilizamos para achar qualquer pgina na internet so chamados URL. Em portugus, a sigla URL (Uniform

    Resource Locator) significa localizador uniforme de recursos. O URL do Cenpec www.cenpec.org.br.

    \\Glossrio\

    Ensinar e Aprender | 47 | Arte e Cultura o audiovisual 2no mundo digital

    ApresentaoA estrutura do fascculoPARA ENTENDERA linguagem do cinemaCinema, TV e vdeos De receptor passivo a produtor de contedo audiovisual

    NA PRTICAPrepare-seConversa sobre gneros audiovisuaisPublicao na internet

    Escolha sua atividade1. Vdeo interativo Lendas2. Videoclipe Nosso olhar3. Documentrio O teatro na escola

    RefernciaS BibliografiaSites

    Glossrio

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