ensaio sobre aliança no antigo testamento

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ENSAIO SOBRE ALIANÇA NO ANTIGO TESTAMENTO 1 INTRODUÇÃO......................................................2 2 CONCEITO........................................................2 3 ALIANÇA DA REDENÇÃO.............................................4 3.1 EMBASAMENTO BÍBLICO.............................................5 3.2 O PAPEL DO FILHO...............................................5 3.3 OS REQUISITOS E AS PROMESSAS.....................................6 4 ALIANÇA DAS OBRAS............................................... 8 5 ALIANÇA DA GRAÇA................................................ 9 5.1 RELAÇÃO DA ALIANÇA DA REDENÇÃO COM A ALIANÇA DA GRAÇA..............10 6 CONCLUSÃO......................................................10 7 Bibliografia...................................................11 Acesse: http://eucreioanimaamin.blogspot.com Página 1 de 15

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Tratá-se de um simples ensaio sobre a Aliança no Antigo Testamento. O importante é notar que Deus, apesar de todo-poderoso e soberano é um Deus relacional, que se importa com sua criatura.

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Page 1: Ensaio Sobre Aliança no Antigo Testamento

ENSAIO SOBRE ALIANÇA NO ANTIGO TESTAMENTO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................2

2 CONCEITO.......................................................................................................................2

3 ALIANÇA DA REDENÇÃO..............................................................................................4

3.1 EMBASAMENTO BÍBLICO..............................................................................................5

3.2 O PAPEL DO FILHO......................................................................................................5

3.3 OS REQUISITOS E AS PROMESSAS...............................................................................6

4 ALIANÇA DAS OBRAS....................................................................................................8

5 ALIANÇA DA GRAÇA......................................................................................................9

5.1 RELAÇÃO DA ALIANÇA DA REDENÇÃO COM A ALIANÇA DA GRAÇA.............................10

6 CONCLUSÃO.................................................................................................................10

7 Bibliografia....................................................................................................................11

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Page 2: Ensaio Sobre Aliança no Antigo Testamento

1 Introdução

A aliança no Antigo Testamento é um assunto que nos desafia e ao mesmo tempo nos

empolga, principalmente porque estaremos, no fundo, tratando de um relacionamento com

Deus, soberano. Para que ocorra uma aliança, no mínimo, são necessárias duas partes que se

relacionam de alguma forma, com deveres, obrigações e consequentes bençãos e maldições

conforme o cumprimento ou não de suas condições. As duas partes podem ser entre homem e

homem, como entre Deus e o homem, mas não entre o homem e Deus.

No presente ensaio, falaremos da aliança entre Deus e o homem. Destarte, de um lado, temos

Deus, o criador, o sustentador e administrador dos céus e da terra, soberano Senhor, um Deus

de propósitos, de planos, inteligente e relacional. De outro lado, o homem, sua criação, obra-

prima de suas mãos, criado à sua imagem e semelhança e, portanto, capaz de amar, de se

relacionar e de cumprir planos e propósitos estabelecidos.

Abordaremos, assim, sucintamente, o conceito de aliança no Antigo Testamento, as alianças

da redenção, das obras e da graça, com destaque às diferenças entre umas e outras e suas

principais características e, finalmente, apresentaremos uma conclusão e as referências

bibliográficas usadas para o desenvolvimento deste.

2 Conceito

Aliança é uma idéia que está presente no homem desde os seus primórdios, na verdade desde

o Éden. Ela estabelece uma relação entre duas partes com obrigações e deveres, bençãos e

maldições. Ela não nasceu do homem, mas de Deus que foi desenvolvendo no homem esse

conceito.

Deus ordenou a vida do homem de modo que a idéia da aliança nela se

desenvolvesse como uma das colunas da vida social e, depois de desenvolvida,

Ele introduziu formalmente como expressão da relação existente entre Ele e o

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Page 3: Ensaio Sobre Aliança no Antigo Testamento

homem. A relação pactual entre Deus e o homem existe desde o princípio mesmo

e, portanto, já existia muito antes do estabelecimento formal da aliança com

Abraão.1

A palavra utilizada no hebraico para aliança é berith. Berkhof, muito sabiamente, não busca

uma dependência do sentido exato da palavra no sentido etimológico, nem se preocupa com o

desenvolvimento histórico desse conceito, mas sim com as partes envolvidas. Nesse sentido,

berith, então, vem a ser sinônimo de choq (estatuto ou ordenança determinada) pois uma das

partes é inferior, subordinada, e a outra, superior, divina. Destaca ainda que o uso da palavra

berith embora muito utilizado entre homem e homem, sempre inclui uma idéia religiosa e, em

seguida, apresenta uma definição para aliança:

Uma aliança é um pacto ou acordo entre duas partes ou mais. Pode ser, e entre os

homens geralmente o é, um acordo a que as partes, que podem encontrar um

terreno básico de igualdade, chegam voluntariamente, depois de uma cuidadosa

estipulação de seus deveres e privilégios mútuos; mas também pode ser da

natureza de uma disposição ou de um arranjo imposto por uma parte superior à

outra, que lhe é inferior, sendo aceito por esta.2

Wayne Grudem, em sua Teologia Sistemática, oferece-nos a seguinte definição:

Con respecto a los pactos entre Dios y el hombre que encontramos en las

Escrituras, podemos ofrecer la siguiente definición: Un pacto es un acuerdo legal,

inalterable y divinamente impuesto entre Dios y el hombre que estipula las

condiciones de sus relaciones.3

No Cristo dos Pactos, de O. Palmer Robertson, após uma breve divagação sobre a

complexidade de se definir este termo de forma que seu conceito seja aceito e satisfaça a

todos, ele diz e, em seguida, explica que:

Aliança é um pacto de sangue soberanamente administrado.4

1 TEOLOGIA SISTEMÁTICA. Louis Berkhof. Pg. 2602 TEOLOGIA SISTEMÁTICA. Louis Berkhof. Pg. 260.3 TEOLOGIA SISTEMÁTICA. Wayne Gruden. Cap. 25. Pg. 5404 O CRISTO DOS PACTOS. O. Palmer Robertson. Ed. Cultura Cristã.

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Page 4: Ensaio Sobre Aliança no Antigo Testamento

Embora, aparentemente simples, esse conceito é profundamento analizado e defendido em

todo o livro, mas neste ensaio, vamos ficar apenas com esse conceito de que aliança se trata

de um pacto de sangue soberanamente administrado.

Em Criação e Consumação de Gerard Van Groningen, volume 1, encontramos outra definição

de aliança, ou pacto, como sendo um vínculo de vida e amor.

Podemos concluir, portanto, declarando que o termo “pacto” se refere ao vínculo

de vida e amor que Deus estabeleceu entre si mesmo e Adão e Eva.5

Das definições apresentadas acima, podemos verificar que estão presentes nas mesmas: um

Deus criador, soberano, sábio, amoroso e relacional; um homem criado, feito à imagem e à

semelhança de seu criador, capaz de se relacionar; um ou vários mandatos; promessas de

bênçãos e de ameaças de maldições pelo cumprimento ou descumprimento, respectivamente

e a figura de uma vítima ou de um subistituto. Diante disso, ousamos conceituar aliança como

um acordo estabelecido divinamente por um Deus gracioso, soberano, sábio e amoroso, com o

homem, sua criação, como seu vice-gerente, para o cumprimento de mandatos de vida e de

amor que reperticurão na glória de Deus e no benefício do próprio homem e de toda a criação.

3 Aliança da Redenção

Embora haja diferentes posições em relação à distinção entre a aliança da redenção e a da

graça, a questão chave sobre elas é se são ou não distintas, separadas e independentes, em

oposição à das obras ou se são elas, a da graça e da redenção, duas fases da única aliança

evangélica, conforme Russel Shedd, aliança evangélica da misericórdia.

Como numa aliança entre partes iguais, a aliança da redenção é aquela que foi feita pela

Trindade, entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Onde cada um tem diante de si papéis a

desempenhar objetivando à redenção do homem.

5 CRIAÇÃO E CONSUMAÇÃO – Vol. 1. Gerard Von Groningen. Pg. 90.

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Page 5: Ensaio Sobre Aliança no Antigo Testamento

3.1 Embasamento Bíblico

Podemos afirmar, conforme Berkhof, com sólidos embasamentos bíblicos que:

a) o plano da redenção estava incluído no decreto ou no conselho eterno de Deus, Ef 1.4

em diante; 3.11; 2 Ts 2.13; 2 Tm 1.9; Tg 2.5; 1 Pe 1.2 etc;

b) o plano divino da salvação dos pecadores é eterno, Ef 1.4; 3.9,11 e da natureza de uma

aliança. ver Jo 5.30, 43; 6.38-40; 17.4-12. E em Rm 5.12-21 e 1 Co 15.22;

c) os elementos essenciais de uma aliança, a saber, partes contratantes, promessas e

condição ou condições, estão presentes em diversos trechos da bíblia: Sl 2.7-9; At 13.33;

Hb 1.5; 5.5; Sl 40.7-9; Hb 10.5-7; Jo 6.38, 39; 10.18; 17.4; Jo 17.5; Jo 17.6, 9, 24; Fp 2.9-

11;

d) também no velho testamento há passagens que ligam diretamente a idéia da aliança ao

Messias, Sl 89.3, 2 Sm 7.12-14 Hb 1.5 Is 42.6, Sl 22.1, 2 e 30.8, 4.

3.2 O Papel do Filho

Tanto ele, o filho, é o penhor e o fiador (Hb 7.22) como também ele é ou se fez o ultimo

Adão e, portanto, o cabeça da aliança, aquele que representa todos quantos o Pai Lhe deu,

pois cumpriu plenamente as exigências da aliança das obras.

Num certo sentido, Cristo mesmo é objeto da eleição, mas no conselho de redenção Ele é

uma das partes contratantes. O Pai trata o filho como Fiador do Seu povo. Logicamente, a

eleição precede ao conselho de redenção, porquanto a obra realizada por Cristo na

qualidade de Fiador, como a Sua obra expiatória, é particular.

Cristo cumpriu todos os requisitos da lei, ele fez uso dos sacramentos do Velho Testamento.

Na aliança da redenção, Cristo se incumbiu de satisfazer as exigências da lei. Os

sacramentos faziam parte desta lei e, portanto, Cristo teve que sujeitar-se a eles, Mt 3.15.

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Page 6: Ensaio Sobre Aliança no Antigo Testamento

Ao mesmo tempo, eles puderam servir de selos das promessas que o Pai fizera ao filho. Ele

foi feito pecado por Seu povo, 2 Co 5.21, levando sobre Si o peso da sua culpa; e,

conseqüentemente, os sacramentos podiam simbolizar a remoção deste peso, de acordo

com a promessa do Pai, depois que Ele completasse a Sua obra expiatória. E os

sacramentos podiam servir de sinais e selos para fortalecer esta fé, naquilo que era

concernente à Sua natureza humana.

3.3 Os Requisitos e as Promessas

Foi exigência do Pai que o Filho cumprisse toda a lei e como Adão o primeiro falhou, o

segundo Adão, não falhou e por não falhar, herdou as promessas e as bênçãos da aliança

podendo assim garantir a vida eterna aos seus que o Pai lhe dera.

Foram requisitos exigidos, conforme Berkhof:

a) assumir a forma humana nascendo de uma mulher, mas não de um homem;

b) ser submisso à lei, embora fosse superior a ela, como Filho de Deus a fim de pagar a

penalidade pelo pecado e merecesse a vida eterna para os eleitos, Sl 40.8; Mt 5.17, 18;

Jo 8.28, 29; Gl 4.4; Fp 2.6-8;

c) o perdão completo e a renovação das suas vidas pela poderosa operação do Espírito

Santo. Fazendo isto, Ele tornaria absolutamente certo e seguro que os crentes

consagrariam as suas vidas a Deus, Jo 10.16; 16.14, 15; 17.12, 19-22; Hb 2.10-13; 7.25.

Foram promessas correspondentes aos requisitos exigidos para a realização da sua

maravilhosa tarefa:

a) Que Ele prepararia um corpo para o Filho, corpo que seria um

tabernáculo próprio para Ele; um corpo em parte preparado pela ação

imediata de Deus e não contaminado pelo pecado, Lc 1.35; Hb 10.5.

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Page 7: Ensaio Sobre Aliança no Antigo Testamento

b) Que Ele O dotaria dos necessários dons e graças para a realização da

Sua tarefa, e particularmente O ungiria para os ofícios messiânicos,

dando-lhe o Espírito sem medida – promessa cumprida especialmente

no Seu batismo, Is 42.1, 2; 61.1; Jo 3.31.

c) Que Ele O apoiaria na realização da Sua obra, livrá-Lo-ia do poder da

morte habilitando-o, assim, a destruir os domínios de Satanás e a

estabelecer o reino de Deus, Is 42.1-7; 49.8; Sl 16.8-11; At 2.25-28.

d) Que Ele O capacitaria, como recompensa por Sua obra consumada, a

enviar o Espírito Santo para a formação do Seu corpo espiritual, e

para a instrução, direção e proteção da igreja, Jo 14.26; 15.26; 16.13,

14; At 2.33.

e) Que Ele Lhe daria numerosa semente em recompensa por Sua obra

consumada, uma tão numerosa semente que seria uma incontável

multidão, de modo que, finalmente, o reino do Messias abarcaria o

povo de todas as nações e línguas, Sl 22.27; 72.17.

f) Que Ele O comissionaria, delegando-lhe todo o poder, no céu e na

terra, para o governo do mundo e de Sua igreja, Mt 28.18; Ef 1.20-22;

Fp 2.9-11; Hb 2.5-9; e finalmente O recompensaria, como Mediador,

com a glória que, como Filho de Deus, tinha com o Pai antes de existir

o mundo, Jo 17.5.6

4 Aliança das Obras

6 TEOLOGIA SISTEMÁTICA. Louis Berkhof. Pg. 265, 266.

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Page 8: Ensaio Sobre Aliança no Antigo Testamento

Embora não encontremos no relato inicial de Genêsis a palavra BeriIth podemos depreender

pela análise da narrativa que houve ali uma relação pactual de aliança de Deus com o homem,

seu vice-gerente.

Estão presentes todos os aspectos de uma aliança, mas não a palavra correspondente à

aliança como também não encontramos a palavra trindade na Bíblia, mas ela é bíblica e

verdadeira.

Encontramos assim, as partes Deus, o criador e soberano Senhor, o homem, sua criatura,

colocado no Éden para administrar todas as coisas, os mandatos cultural, social e da

comunhão, as promessas de bênçãos e maldições pelo cumprimento e/ou descumprimento,

respectivamente. Assim, embora não haja de forma explícita o uso da palavra aliança ou pacto,

vemos que o mesmo estava presente devido a essas características.

Como em todos os pactos feitos por Deus com o homem estão presentes a imposição de

cláusulas que o homem está obrigado a cumpri-las sem qualquer negociação, pois Deus as

impõe soberanamente.

Não há motivos para dizermos que os mandatos ao homem em Gênesis não devam ser mais

respeitados. Ao homem cumpre o dever de cuidar, de administrar, de conduzir o mundo de

forma justa, desenvolvendo-se nas artes, na escola, no trabalho. O homem é responsável pela

natureza, pelo cuidado com a terra, com as florestas, com os animais e de todas elas dará

contas a Deus.

Embora seja dever do homem cumprir os seus mandatos, o seu cumprimento não ganhará de

Deus o seu favor, como se fosse possível negociar com Deus a justiça, invalidando assim a

obra da redenção. Cristo morreu pelo pecador e se tornou a sua justiça, portanto o homem não

se justificará diante de Deus pelo cumprimento delas, mas por sua fé em Cristo.

5 Aliança da Graça

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Page 9: Ensaio Sobre Aliança no Antigo Testamento

O homem falhou! Por não cumprir as obras, a lei, ficou dominado pelo pecado e seu escravo.

Recebeu em si mesmo a punição pelo seu descumprimento, a morte. Imediatamente, Deus

pos em ação seu plano para salvar o homem. É do relato da queda do homem em Gênesis 3

em diante que Deus começa expor, progressivamente, seu plano de salvação.

Já no relato da queda quando Deus pune a serpente, o homem e a mulher, ele faz a promessa

de que o descendente da mulher esmagaria a cabeça da serpente, já anunciando que viria o

Messias cujo principal papel seria o de resgatar o homem livrando-o do pecado e da morte.

Assim, uma vez mais, Deus claramente define as condições da aliança que especificariam as

relações entre ele, Deus, e os que seriam redimidos.

As partes nessa aliança da graça são Deus e o povo que ele resgatará. É aqui que Cristo entra

como mediador (Hb 8.6; 9.15; 12.24) e como aquele que cumpre as condições da aliança e

deste modo nos reconcilia com Deus, pois este papel de mediador não estava presente na

aliança de obras.

As condições agora que o home deve cumprir não é qualquer obra ou feito ou requisito

extraordinário, mas a fé na obra que o Messias realizou. É somente por meio dessa fé que o

pecador pode alcançar a graça divina e assim cumprir as condições exigidas na aliança da

graça. Nossas obras de justiças não nos fazem aceitáveis diante de Deus, mas por sermos

aceitáveis pela fé diante de Deus, nós passamos a executar tais obras, para a glória de Deus.

Nossa fé é a porta de entrada, a garantia de que estamos cumprindo a nossa parte, mas as

obras, os mandamentos de Deus e seus mandatos estão ainda todos válidos, mas não para

serem cumpridos com o fim de negociar com Deus seu favor, benevolência, méritos, mas por

ser evidência de que andamos por fé e não por vista.

5.1 Relação da Aliança da Redenção com a Aliança da Graça.

Cabe nesse momento, ainda citando Berkhof, fazermos uma comparação da relação entre as duas

alianças a da redenção e a da graça, lembrando que ambas, como disse Shedd, são duas fases da

única aliança evangélica da misericórdia.

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Page 10: Ensaio Sobre Aliança no Antigo Testamento

1. O conselho de redenção é o eterno protótipo da aliança histórica da graça.

Isto explica o fato de muitos combinarem as duas numa só aliança. Aquela é

eterna, isto é, é oriunda da eternidade, e esta é temporal, no sentido de que se

concretiza no tempo. Aquela consiste num pacto entre o Pai e o Filho, como o

Fiador e o Chefe dos eleitos, enquanto que esta consiste num pacto entre o

Deus triúno e o pecador eleito no Fiador.

2. O conselho de redenção é o firme e eterno fundamento da aliança da graça.

Se não tivesse havido nenhum conselho de paz entre o Pai e o Filho, não

poderia ter havido nenhum acordo entre o Deus triúno e os homens pecadores.

O conselho de redenção torna possível a aliança da graça.

3. Conseqüentemente, o conselho de redenção também dá eficácia à aliança da

graça, pois naquele são providenciados os meios para o estabelecimento e a

execução desta. É somente pela fé que o pecador pode obter as bênçãos da

aliança, e no conselho de redenção abre-se o caminho da fé. O Espírito Santo,

que produz a fé no coração do pecador, foi prometido a Cristo pelo Pai, e a

aceitação do caminho da vida pela fé foi garantida por Cristo. Pode-se definir a

aliança da redenção como o acordo entre o Pai, dando o Filho como o Chefe e

Redentor dos eleitos, e o Filho, tomando voluntariamente o lugar dos que Lhe

foram dados pelo Pai.7

6 Conclusão

Aprendi com isso que temos um Deus maravilhoso, relacional, que se importa conosco, que

estabeleceu alianças para nosso bem e sua glória. Somos seus vice-gerentes, responsáveis

pela terra que ele nos deu, pela família, pela cultura e pela preservação dos valores e da nossa

história. Por um lado, é magnifico sabermos disso, por outro nasce um peso, o da

responsabilidade. Apesar de Deus ser soberano, nós somos responsáveis e a Deus daremos

contas de todas as nossas ações.

7 TEOLOGIA SISTEMÁTICA. Louis Berkhoff. Pg. 266, 267.

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Page 11: Ensaio Sobre Aliança no Antigo Testamento

Também notei que há muito o que aprender. Quanto mais dedicarmos nosso tempo para

buscarmos o esclarecimento e o aprendizado correto desenvolvendo o hábito da boa leitura de

bons livros, o da pesquisa buscando sempre a verdade e a edificação, o resultado será um

aprendizado eficaz e útil para si mesmo e para a igreja.

Vimos o quão interessante e desafiador é conhecermos o tema da aliança no antigo

testamento. O domínio e o aprofundamento no estudo das Escrituras é fundamental para não

cairmos em erros grosseiros. Estudar o conceito, fazer a exegese, pesquisar a história e

analisar o que foi produzido ao longo dos tempos também nos ajudarão a não repetirmos os

mesmos erros no presente.

7 Bibliografia

I. TEOLOGIA SISTEMÁTICA. Louis Berkhoff.

II. TEOLOGIA SISTEMÁCIA. Wayne Gruden.

III. CRIAÇÃO E CONSUMAÇÃO. Gerard Von Groningen. Vol 1. ed. Cultura Cristã.

IV. O CRISTO DOS PACTOS. O. Palmer Robertson. Ed. Cultura Cristã.

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