ens - carta mensal 498 - maio 2016

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Ano LVI • maio • 2016 • nº 498 Deus quis que a salvação viesse ao mundo pelos carinhos de uma mãe Igreja Católica Festa da Ascensão do Senhor 1950-2016 66 anos das Equipes no Brasil Maria Mãe de Cristo e da Igreja Retrato de Mãe

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    498

    Deus quis que a salvao viesse

    ao mundo pelos carinhos

    de uma me

    Deus quis que a salvao viesse

    Deus quis que a salvao viesse

    Deus quis que

    ao mundo a salvao viesse

    ao mundo a salvao viesse

    pelos carinhos de uma

    pelos carinhos de uma

    pelos carinhos

    me

    Igreja Catlica

    Festa da Ascenso do Senhor

    1950-201666 anos das Equipes

    no Brasil 66 anos das Equipes 66 anos das Equipes Maria

    Me de Cristo e da IgrejaRetrato de Me

  • N D I C E

    01 editorial

    super-regio02 Pentecostes: Festa da unidade03 xodo04 Sem temor diante da exigncia05 Santssima Trindade

    correio da ERI 07 Primavera de 201608 A devoo ao Sagrado Corao de Jesus

    Igreja Catlica10 Festa de ascenso do Senhor11 Dai-me o Esprito Santo12 Festa de Corpus Christi15 Babel ou Pentecostes16 Encontro mundial das famlias

    Maria18 Me de Cristo Me da Igreja19 Retrato de Me

    vida no movimento20 Provncia Norte21 Provncia Nordeste 24 Provncia Centro-Oeste25 Provncia Leste26 Provncia Sul I 27 Provncia Sul II28 Provncia Sul III

    Carta Mensal uma publicao peridica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro Lei de Imprensa N 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Regio Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flvio Cavalca - Membros: Regina e Srgio - Salma e Paulo - Patrcia e Clio - Jornalista Responsvel: Vanderlei Testa (mtb 17622)Edio e Produo: Nova Bandeira Produes Editoriais - R. Turiassu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - So Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1284 - email: [email protected] - Responsvel: Ivahy Barcellos - Fotos capa e pp: 36, 40, 41 Can Stock Photo - Diagramao, preparao e tratamento de imagem: Samuel Lincon Silvrio - Tiragem desta Edio: 25.600 exs. Cartas, colaboraes, notcias, testemunhos, ilustraes/imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - So Paulo - SP, ou atravs de email: [email protected] A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instru-es para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

    razes do movimento29 O Incio das Equipes no Brasil30 Grupos de Combate

    acervo literrio do Padre Caffarel32 A Espiritualidade Conjugal

    e o Padre Caffarel

    testemunho34 Os Desgnios de Nossa Senhora 35 O Tero das crianas 36 Eternamente sim! 37 Voc est consciente do seu testemunho de f?

    partilha e PCE38 Cinco valiosos motivos

    para rezar todos os dias40 Correo Fraterna um puro ato de amor!41 Dilogo. Leia-se: Dever de Sentar-se

    reflexo42 Imagem da Trindade43 No Temos Tempo!

    formao44 EEN - Encontro de Equipes Novas

    45 notcias

    48 dicas de leitura

    Equipes de Nossa Senhora

    Carta Mensalno 498 mai 2016

  • editorial

    Queridos irmos equipistas,No dia 13 de maio de 1950, seis casais se reuniram ao redor de uma mesa, presididos por um sacerdote. Iniciava-se ali a primeira reunio das Equipes de Nossa Senhora no Brasil. 66 anos depois, agradecemos a Deus pelas ENS, as graas derramadas em nossos casais, famlias, e por tudo que nos tem concedido na vivncia da Espiritualidade Conjugal. com esta bno que, aps as Solenidades Pascais, chegou a vez de vivenciarmos a Santssima Trindade, Pentecostes e Corpus Christi, alm de homenagearmos Maria, me de Cristo e me da Igreja. O mais sublime exemplo de f e de con ana em Jesus Cristo.Por meio do Correio da ERI, teremos a oportunidade de conhecer o Casal Ligao para a Eursia, Helena e Paul Mc Closkey, alm da mensagem do Pe. Jacinto.Na trilha da formao bsica do equipista, temos um artigo sobre o Encontro de Equipes Novas, to importantes para nalizar com chave de ouro a Pilotagem.Por fim, gostaramos de deixar para as mes, no ms em que so homenageadas, uma palavra de agradecimento e carinho.Ser me carregar no corpo o dom da criao, a ddiva da vida, e no corao um amor que no conhece limites pela vida toda. Ser me chamar a si a maior e mais divina responsabilidade. ter no colo o poder de acalmar; no sorriso o poder de confortar. Ser me ser estabilidade e fortaleza, mesmo na incerteza e no sofrimento. Ser me tudo isso e muito mais, mas acima de tudo ter a capacidade de amar incondicionalmente seus lhos.Feliz dia das Mes!A paz e alegria do Cristo ressuscitado.

    Fernanda e MartiniCR Carta Mensal

    CM 498 1

    Tema: Ousar o Evangelho - VIVER A MISSO COM ALEGRIA

  • super-regio

    2 CM 498

    ...veio do cu um rudo como o agitar-se de um vendaval impetuoso ...ento, lnguas como de fogo... pousaram sobre cada um deles...

    (At 2, 3-4)

    Pentecostes: Festa da Unidade

    Participei de um ca-samento certa vez em que os noivos c o n t r a t a r a m u m cantor bastante fa-moso (tinha at CD gravado!) . Quan-

    do ele comeou a cantar, no coro da igreja, todos os convida-dos viraram para trs e comearam a admir-lo e ningum mais prestou ateno na cerimnia. Acabando o casamento todos foram pedir au-tgrafos, tinha mais gente cum-primentando o cantor que os noi-vos. Perguntei a alguns amigos o que tinham achado da celebrao e a maioria dizia: Foi linda, como ele canta bem!, Que voz tem esse rapaz..., Que ritmo....

    A Festa de Pentecostes passa pelo mesmo problema desse ca-samento. Se ns achamos que o mais importante de tudo est em At 2, 2-3: vendaval, rudos, lnguas de fogo... corremos o risco de no compreendermos tudo o que como Igreja devemos celebrar nesta festa. Tomando o cuidado de ler e rezar o captulo dois do livro dos Atos dos Apstolos ns vamos perceber uma mensagem muito rica.

    No acontecimento de Atos dos Apstolos estavam presen-tes pessoas vindas de vrios locais do mundo, pessoas que possuam seus costumes, suas manias, e que falavam lnguas diferentes e com

    certeza no se entendiam. Quando acontece a vinda do Esprito Santo todas essas pessoas, partos, me-dos, elamitas, habitantes da Meso-potmia, da Judeia, da Capadcia, do Egito..., passam a entender um ao outro, a falar a mesma lngua, ser um s grupo, uma comunidade.

    No nosso mundo hoje, seria lindo ver americanos, rabes, bra-sileiros, russos, palestinos, habitan-tes do Afeganisto, da ndia, da Alemanha, da Inglaterra... falarem a mesma lngua. Isso possvel, a unidade possvel, ns temos o Esprito Santo no meio de ns que realiza isso! Isto um grande Dom de Deus, cabe a ns anunciar e tes-temunhar isso aos quatro cantos do mundo para cumprir a ordem de Je-sus: Como o Pai me enviou, assim tambm eu vos envio....

    Tomara que essas poucas linhas possam ajudar a descobrir a riqueza que a festa de Pentecostes e a no car s nos detalhes, que so impor-tantes imagine um casamento sem msica mas no so essenciais. Sem msica o casamento acontece e sem noivo e noiva? Pentecostes a mesma coisa em nossa vida, o modo como o esprito age bem menos importante do que Ele e ns agindo juntos.

    Vinde Esprito de Unidade e Paz!!

    Pe. Paulo Renato F. G. CamposSCE Super-Regio

  • CM 498 3

    xodoxodoxodo

    Passar da escrav ido do homem velho vida nova em Cristo a obra redentora que se realiza em ns por meio da f (Ef 4, 22-24).

    Esta passagem um verdadei-ro xodo: sada de ns mesmos, da nossa situao inicial, para nos libertar de todas as formas de es-cravido, nos arrancar da rotina, do comodismo e da indiferena, e nos projetar para a alegria da comunho com Deus e com os irmos.

    Esta sada no deve ser entendida como um desprezo da prpria vida, pelo contrrio, quem se pe a caminho no se-guimento de Cristo encontra vida em abundncia.

    Assim, ouvir e seguir a Sua voz, numa experincia de f, na qual nos deixamos atrair e conduzir por Ele, e consagrando-Lhe a pr-pria vida, signi ca permitir que o Esprito Santo nos introduza neste dinamismo missionrio, suscitan-do em ns o desejo e a coragem de oferecer nossa vida e gast-la pela causa do Reino.

    um chamado de amor que atrai e reenvia para alm de si mes-mo, descentraliza a pessoa, provo-ca um xodo permanente do eu fechado em si mesmo para a liber-tao no dom de si, e precisamen-te dessa forma, para o reencontro de si mesmo, mais ainda, para a descoberta de Deus (Bento XVI, Carta Enc. Deus Caritas est, 6).

    Ouvir e receber o chamado do

    Senhor no uma questo priva-da e intimista que se possa con-fundir com a emoo do momen-to: um compromisso concreto, real, que abraa a nossa existncia e a pe a servio de Deus na terra.

    Esta dinmica de xodo rumo a Deus e ao homem enche a vida de alegria e signi cado.

    s vezes as incgnitas, as preocupaes pelo futuro, as incertezas que afetam nosso dia a dia podem nos paralisar...

    Mas deixemos esses medos de lado, e deixemo-nos surpreender pelo Seu chamado, vamos acolher sua Palavra, pr os nossos passos nas suas pegadas, na adorao do mistrio divino e na generosa de-dicao aos outros! A vida tornar-se- cada dia mais rica e feliz!

    Sigamos o exemplo de Maria, que no teve medo de pronunciar o seu at, e com a generosa co-ragem da f cantou a alegria de sair de si mesma e con ar a Deus os seus planos de vida.

    Hermelinda e ArturoCR Super-Regio

  • Por que somos chamados a ser-vir? Por que ns e no eles?

    Deus, em sua in nita sabedoria, sabe acima de tudo a quem cha-mar. Busca atravs dos chamados uma resposta positiva: faa-se em mim segundo a tua palavra, e nunca nos pede algo alm das nos-sas capacidades.

    Tanto nas maiores quanto nas me-nores exigncias, Deus sempre chama os mais humildes, pessoas simples que, ao darem o seu sim, vo sendo capacitadas para que possam desen-volver bem a responsabilidade.

    Observemos os exemplos na hist-ria: Moiss, Joo Batista, Isabel, Paulo, Tiago, Maria, Madre Tereza, todos os santos e por que no? nossos pais.

    A f, possuda ou conquistada, tornou-os disponveis a Deus atravs da orao, essa intimidade com Ele os tornou fortes e abertos aos desa os, saram em busca de guas mais profundas. E ns, como reagimos diante de uma exigncia ou um cha-mado de Deus?

    A primeira re exo a ser feita se acreditamos que este chamado fei-to por Deus! Se sim, a nossa resposta ser muito mais consciente e segura: Senhor, fala que teu servo escuta.

    Por que no dizer, como Maria, um sim inteiro, total, sincero? No apenas nos grandes chamados, mas tambm nos pequenos, no cotidiano de nossas vidas, pois Deus sempre se manifesta primeiro nos mais insigni- cantes detalhes, num sorriso ou no choro de uma criana indefesa.

    Como ocorrem as transforma-es em nossas vidas? O que nos faz crescer em nossa f?

    No seremos julgados pelos nos-sos atos, mas sim pelo que somos ou deixamos de ser. Deus, atravs de Jesus Cristo, nos convida permanente-mente a estarmos com Ele, ningum chega ao Pai seno atravs de mim.

    Hoje em dia, somos constantemen-te incitados a pensar no nosso prprio bem-estar, a evitar o sofrimento ou a neg-lo a todo custo; o EU e os seus desejos impem-se. Ousemos ser di-ferentes, perguntar ao Senhor o que espera de ns e responder ao seu amor exigente. (tema-3O capitulo)

    Quem comea sem con ana, per-deu de antemo metade da batalha e enterra os seus talentos. Embora com a dolorosa conscincia das prprias fra-quezas, h que seguir em frente, sem se dar por vencido, e recordar o que disse o Senhor a So Paulo: Basta-te a minha graa, porque a fora manifes-ta-se na fraqueza (2 Cor 12, 9) (Papa Francisco, A alegria do Evangelho).

    Ser exigente com exigncia amo-rosa no consiste em enfurecer-se contra os defeitos de outrem (qual-quer educador o sabe bem), mas antes favorecer num corao, como quem atia uma chama, o crescimen-to da generosidade para com Deus e para com o prximo (Pe. Caffarel).

    Sandra e ValdirCR Provncia SUL I

    Sem temor Sem temor Sem temor

    4 CM 498

    diante da exignciadiante da exignciadiante da exigncia

    A experincia de servir a Deus com alegria

  • Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima Santssima TrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTrindadeTudo o que pertence ao Pai, tambm do Filho (Jo 16,15)

    CM 498 5

    Passadas as Solenidades Pascais, a Igreja nos oferece, todos os anos, a Solenidade da Santssima Trindade como modelo de comunidade: perfeita partilha do Amor, na relao, na comu-nicao-dilogo. Neste Ano da Misericrdia o dia desta grande Celebrao ser o 22 de Maio, 8 Domingo do Tempo Comum.

    As Leituras que acompanham o mistrio dessa Ao de Graas nos trazem a conscincia de que a Eucaristia cami-nho, processo para a a verdade completa do ser de Deus revelado em Jesus Cristo e continuamente atualizado no Es-prito da Verdade. Aprendemos, em cada Eucaristia, que pela f temos a capacidade necessria para carmos em p diante do sofrimento, sabendo que o sofrimento traz resistncia e a resistncia- delidade traz o ouvido atencioso de Deus sob nossa frgil condio: este infeliz gritou a Deus e foi ouvido (Sl 33, 7). A celebrao eucarstica, assim como vrios de nos-sos Encontros, comea e termina com a invocao da San-tssima Trindade, propondo-nos a cada instante uma parceria saudvel no vnculo das nossas relaes.

    O Evangelho proclama nos lbios de Jesus que tudo o que pertence ao Pai, tambm do Filho (Jo 16, 15). O Filho

    A Trindade, Jacopo R. Tintoretto (1518/1594) - Galleria Sabauna, Turim, Itlia

  • 6 CM 4986 CM 498

    e o Pai tm em comum a glria, o amor e o Esprito. O pr-prio Evangelista con rma logo no prlogo do seu Evangelho: captulo 1, 14 e ns contemplamos a sua glria: glria do Filho nico do Pai, e no versculo 32: cheio de amor e -delidade. Entre Jesus e o Pai h perfeita unio, comunho e partilha do ser e do agir a ponto de Jesus a rmar O Pai e Eu somos um (Jo 10,30). O Esprito Santo nos ajuda a com-preender esta perfeita harmonia: pois Ele no falar por si mesmo, mas falar tudo o que ouviu... Ele vai receber daquilo que de Jesus e anunciar e nos conduzir verdade plena (Jo 16, 12-15). O Esprito Santo interpreta a Plena Verdade: o Amor Trinitrio, Amor-Famlia. Assim como os poucos ver-sculos deste Evangelho (Jo 16, 12-15), no procuramos dis-cursar e sim viver este mistrio.

    Como partes do Movimento Cristolgico das Equipes de Nossa Senhora, recebemos na pessoa do Pe. Henri Caffarel o dom precioso, este carisma que ns hoje vivemos. Somos chamados e desa ados a cada instante a sermos perfeitos no amor conjugal maneira que a Santssima Trindade nos inspira. Portanto: a relao que nos une a este mistrio no uma constatao e sim uma convico: Deus famlia, comunho, relao de iguais no respeito natureza de cada um. Acreditemos que podemos, sim, e somos capazes de viver este Carisma.

    Como Equipistas temos o dever de contemplar este mis-trio dentro de nossos lares e solidi car nossa convico na Famlia Humana: re exo trinitrio de amor e relao saudvel, partilha e delidade.

    A mstica do Movimento permeia cada ao realizada se as-sumimos o compromisso criativo da santi cao conjugal, no como uma obrigao ou um dever e sim como a mais perfeita consequncia da naturalidade do amor. Amar e Santi car so temperos absolutos que a Trindade Santa nos oferece para que sejamos na Igreja um Dom de Amor para o Mundo.

    Pe. Octavio del Lujn Moscoso fdccSCE Provncia SUL I

  • Que belo exemplo de f cris-t temos no Papa Francisco! Ele vive, tanto quando possvel, uma vida simples em sintonia com a vida das pessoas comuns, e comunica a mensagem de Deus usando uma linguagem corrente que qualquer um, cristo ou no, pode entender. Nos trs breves anos desde que foi eleito, tem vi-sitado catlicos por esse mundo afora e tem se dirigido com con- ana a todos os cristos e povos de outras religies.

    Como equipistas, devamos aspirar a imitar o maravi-lhoso exemplo mission-rio do Papa. O Padre Caffa-rel (fazendo-se eco da consti-tuio do Vaticano II Gaudium et Spes) encoraja-nos a dis-cernir os sinais dos tempos, que neste momento nos do to pouco que nos alegre o cora-o. Podemos sentir que pouco podemos fazer como indivduos, mas podemos usar a prtica dos Pontos Concretos de Esforo, em particular a orao e a regra de vida, para chegar queles que no entendem as bnos da es-piritualidade conjugal ou que no tm esperana, dado o atual esta-do do mundo.

    A Carta pede-nos que seja-mos missionrios de Cristo em toda a parte. Esta indicao foi reforada pelo Papa Francisco no seu discurso aos casais regionais em Roma em 2015 ao dizer: Na verdade, gostaria de insistir neste

    papel missionrio das Equipes de Nossa Senhora. Todos podemos aspirar a faz-lo em nossas casas, nos nossos locais de trabalho e com todos aqueles com quem cruzamos. No entanto, pode-mos agora chegar mais longe. Os meios de comunicao moder-nos permitem-nos contactar com pessoas de outros pases e de outros continentes para lhes dar-mos apoio e conselho e para nos unirmos sua orao. Como Ca-

    sal Ligao para a Zona Eursia, contamos muitssimo com o correio eletrnico, com o Facebook e com o Skype para nos mantermos em contato com os equipistas da nossa Zona. Podemos rezar pelo regresso s condies climticas normais no Malawi, alegrar-nos com as cele-braes do carnaval em Trinidad e dar conselho e nimo aos nossos equipistas da ndia que se deparam com di culdades por serem uma minoria religiosa no pas.

    Enquanto missionrios de Cris-to, a nossa Zona est trabalhando

    correio da ERI

    PRIMAVERA DE 2016

    CM 498 7

    Como equipistas, devamos aspirar a imitar o maravi-

    rel (fazendo-se eco da consti-Vaticano II Gaudium

    ) encoraja-nos a dis-cernir os sinais dos tempos, que neste momento nos do to pouco que nos alegre o cora-o. Podemos sentir que pouco podemos fazer como indivduos, podemos fazer como indivduos,

    Como equipistas, devamos aspirar a imitar o maravi-

    Vaticano II Gaudium ) encoraja-nos a dis-

    cernir os sinais dos tempos, que neste momento nos do to pouco que nos alegre o cora-o. Podemos sentir que pouco podemos fazer como indivduos,

  • no sentido de levar as Equipes de Nossa Senhora a dois pases distantes que ainda no fazem parte do nosso Movimento. No momento em que escreve-mos estas linhas, estamos pla-nejando expandir para Gana e para o Timor Leste. Robert e Mary Jones e o seu conselhei-ro espiritual, que vivem na In-glaterra, tm trabalhado com um mosteiro em Gana antes de viajarem at l para levar a boa nova das Equipes de Nossa Se-nhora a parquias vizinhas. Na Austrlia, Bren e Sue Milsom tra-balham com uma comunidade de expatriados timorenses em Darwin, o que lhes servir de trampolim para uma visita a Ti-mor Leste. As outras Zonas tero os seus prprios projetos missio-nrios. Todos estes projetos so

    financiados atravs da contri-buio anual dos equipistas em todo o mundo. Desta forma, cada um de vs missionrio para Cristo e para as Equipes de Nossa Senhora. Agradecemos a vossa generosidade e pedimos que rezem pelo sucesso destes projetos e pelos equipistas que se fazem ao largo (Lc 5,4) imi-tando o Papa Francisco.

    Helena e Paul McCloskeyERI Casal Ligao Zona Eursia

    A Devoo ao Sagrado Corao de Jesus

    8 CM 498

    Estamos vivendo em pleno Ano Santo da Misericrdia que, em boa hora, o Papa Francisco teve a inspirao de propor a toda a Igreja.

    Como sabeis, no a primeira vez na histria que a Igreja recor-da aos seus lhos a misericrdia de Deus. Nos nais do sculo XVII foi Santa Margarida Maria Alacoque que recebeu a revelao do Cora-o de Jesus, cheio de bondade e misericrdia para com o pecador, apelando reparao, ou seja, a reconhecer que existimos, porque um amor nos precede. A teve

    origem a devoo ao Corao de Jesus, com a prtica das primeiras sextas-feiras (con sso sacramen-tal, comunho reparadora e ado-rao eucarstica, durante meia hora, nas primeiras sextas-feiras durante 9 meses seguidos), que imprimiu um ritmo intenso de re-novao, que marcou a Igreja at o conclio Vaticano II. A meados do sculo XX foi Santa Faustina Kowalska que transmitiu Igreja a espiritualidade da misericrdia, que retoma a devoo ao Corao de Jesus, mas agora na forma do Senhor Ressuscitado. Trata-se de

  • uma espiritualidade simples, como simples a devoo ao Sagrado Corao de Jesus, agora com o tero da misericrdia s 15h, em memria da Paixo do Senhor, e a celebrao do dia da misericrdia, o segundo domingo da Pscoa, que S. Joo Paulo II instituiu.

    Atento aos tempos difceis que ento se vivia, S. Joo Paulo II publicou a sua grande enccli-ca trinitria Rico em Miseri-crdia (30.11.1980) , na qual recorda ao mundo cristo que a misericrdia um atributo divino: Deus compadece-se, comove-se, enche-se de compaixo perante o estado do homem que se sen-te infeliz, miservel e desprezvel. Mesmo nesta condio, Deus no desiste do homem, criado Sua imagem e semelhana, pelo qual enviou o Seu Filho, que o amou/ama, at a ltima gota de san-gue: Ningum tem maior amor do que aquele que d a vida pe-los seus amigos (Jo 15,13).

    O Papa Francisco tem feito da misericrdia o lema do seu pon-ti cado e no se cansa de insistir nesta nota divina: Deus no desis-te do homem, do homem peca-dor, tantas vezes mergulhado em sentimentos de infelicidade, de misria (material, moral, espiritual) que faz com que se sinta desprez-vel, indigno de ser amado.

    Mas tudo isto precisa ser traduzido na vida. No basta refletir; necessrio viver e ce-lebrar. Por isso que, no pensa-mento dos papas mais recentes, preciso revitalizar nos cristos

    a frequncia da confisso sacra-mental: necessrio escutar a palavra eficaz do perdo, que muito mais do que desculpa-bilizao. O perdo o sinal do amor que no desiste daque-le que amado; querer bem ao outro por aquilo que ele e no por aquilo que pode dar, es-pecialmente quando pensa que no vale nada, j no se sente digno de ser chamado lho, como na bela parbola do filho prdi-go (Lc 15).

    Pois o meu desejo que todos vs, tanto no Dever de Sentar-se como na orao pessoal e conju-gal, cultiveis este sentido da mise-ricrdia, amando-vos mutuamen-te com aquele amor que quer o bem do outro por aquilo que ele , e no por aquilo que lhe pode dar. E, correspondendo ao apelo da Igreja pela voz do Papa Francis-co, no vosso retiro anual ou noutra ocasio, celebrai o sacramento da con sso, escutai aquela palavra do perdo, que cura verdadeira-mente todas as feridas da alma e do corao e no deixa cicatrizes.

    Que o Senhor a todos vos abenoe e proteja.

    Com muita amizade,

    P. Jos Jacinto F. de Farias, scjSCE da ERI

    CM 498 9

  • 10 CM 498

    Papa Francisco falou da Ascen-so de Jesus ao Cu, festa celebra-da pela Igreja. O Santo Padre se concentrou sobre o mandato de Jesus aos discpulos nesta ocasio: partir para anunciar o Evangelho a todos os povos. Segundo Fran-cisco, partir se torna a palavra-chave da festa de hoje.

    ntegra da refl exo do Santo Padre

    Jesus vai para o cu, mas isso no signifi ca uma separao, ex-plicou o Papa. Esse episdio da Ascenso mostra ao homem que a meta do seu caminho o Pai e que Jesus permanece sempre prximo. Mesmo se ns no O vemos, Ele est ali! Acompanha-nos, guia-nos, toma-nos pela mo e nos levanta quando camos.

    Francisco destacou que, quan-do Jesus vai para o cu, ele leva ao Pai um presente: as suas chagas. Ele conservou suas chagas para lembrar ao Pai que elas foram o preo do perdo que Ele d. Quando o Pai olha para as cha-gas de Jesus, perdoa-nos sempre, no porque somos bons, mas por-que Jesus pagou por ns. Olhan-do para as chagas de Jesus, o Pai

    se torna mais misericordioso. Este o grande trabalho de Jesus hoje no cu: fazer ver ao Pai o preo do perdo, as suas chagas.

    Esse mandato de Jesus aos seus discpulos Ide e fazei discpulos todos os povos (Mt 28, 19) , segundo o Pontfi ce, um mandato preciso, no facultativo. A comu-nidade crist uma comunidade em sada, em partida. Mais que isso, a Igreja nasceu em sada.

    Por fi m, o Santo Padre lem-brou que Jesus, antes de partir, garantiu que estaria com os disc-pulos todos os dias at o fi m do mundo. Ento, no se pode fazer nada sem Jesus. Nas obras apost-licas, disse o Papa, os esforos hu-manos so necessrios, mas no bastam.

    Sem a presena do Senhor e a fora do seu Esprito, o nosso trabalho, mesmo que bem orga-nizado, resulta inefi caz. E assim vamos aos povos dizer quem Jesus. Eu no gostaria que vocs se esquecessem qual o presente que Jesus levou ao Pai: as chagas, porque com elas faz ver ao Pai o preo do Seu perdo.

    Refl exo de 8 de maio de 2015Fonte: Cano Nova Notcias

    igreja catlica

    Papa Francisco falou da Ascen- se torna mais misericordioso. Este

    Reflexo PapalFESTA DA ASCENSO DO SENHOR

  • CM 498 11

    Pai, Por Vosso Filho

    Quando abrimos a Bblia no Livro do Ex 34, 22, lemos a pres-crio de celebrar a Festa das Semanas, por ocasio da colhei-ta do trigo.

    Tratava-se de uma confra-ternizao religiosa prpria do mundo rural, sete semanas aps a festa dos pes zimos, que lembrava a Pscoa dos judeus. Mais tarde j com o culto cen-tralizado no Templo e caracte-rizado por sacrifcio de animais, Pentecostes, mais que uma fes-ta da colheita, era o dia em que os judeus comemoravam apro-mulgao da Lei de Moiss, isto , os 10 Mandamentos (Lev 23, 15-22); que era celebrada 50 dias aps a Pscoa judaica. As-sim, no AT, costumes religiosos do mundo rural adquiriram tambm uma caracterstica histrica, lembrando a liber-tao da escravido no Egito e a aliana que Deus fez com Moiss no monte Sinai (Dt 16, 9-12).

    Para ns cristos Pentecostes j no tem referncia alguma ao mundo rural. De fato, passou a ser a festa que faz referncia ao envio do Esprito Santo sobre os Apstolos e Discpulos de Jesus.

    verdade que h vrios mo-mentos em que o Esprito Santo dado aos seguidores de Jesus, como emJo 20, 22-23; At 8, 17; 10, 44-45.

    Contudo, a cena-cone do Pentecostes cristo narrada emAtos 2, 1-36;porque constitui o ponto de partida de uma nova comunidade, unida pelo Esprito de Jesus e enviada como missio-nria a todos os povos.

    a manifestao maior da Terceira Pessoa da Santssima Trindade tal como Jesus pro-metera (Jo 14, 16-20; 16, 5-15). Ele ir continuar a obra redento-ra de Jesus, no mais atravs de algumas pessoas privilegiadas, mas atravs da prpria Igreja. Nessa cena tambm se destaca a fi gura de Maria (At 1, 14); aque-la que atraiu para si o Esprito Santo, para gerar a pessoa de Jesus, e agora atrai novamente para gerar a Igreja de Jesus.

    Os dons do Esprito Santo em Pentecostes no coinci-dem com os dons da tradio dos sete dons, que normalmen-te tomamos do Antigo Testa-mento, do profeta Isaas (Is 11, 2-3). Aqui vemos os dons da

    DAI-ME O ESPRITO SANTO!

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  • 12 CM 498

    coragem de ser missionrio e dar testemunho de Jesus Ressusci-tado, do entendimento do mist-rio pascal de Jesus, da unio e da alegria de ser cristo, da partilha de bens, para que ningum passe necessidade, do amor fraterno e da concrdia, que faz com que todos se compreendam entre si, apesar de serem de diferentes culturas e lnguas. En m, irrompe algo novo dentro da sociedade ro-mana e judaica da poca com uma fora de atrao impressionante.

    Eis o que signi ca Pentecostes, a presena do Esprito Santo na Igre-ja, uma fora invisvel, mas muito bem percebida, que a prpria essncia da Igreja, sem Ele a Igre-ja seria um museu histrico, jamais

    porm uma fora missionria capaz de atravessar vinte e tantos scu-los cheia de vida gerando muitos santos e santas.

    O momento de Pentecostes para cada cristo o dia da sua Crisma. Ela lhe concede o prprio Esprito Santo, como dom, e o marca como Templo vivo dEle. Ela tem fora de fazer acontecer em sua vida, a mesma experincia daquela primei-ra Comunidade, reunida em torno de Maria Santssima. Por isso to importante que em todas as nossas oraes, jamais deixemos de supli-car com insistncia: Pai por vosso Filho, dai-me o Esprito Santo!

    (Revista de Aparecida Ed. 05/2010 texto de

    Pe. Jos Ulysses da Silva, cssr)

    FESTA DE FESTA DE FESTA DE FESTA DE FESTA DE FESTA DE CORPUS CHRISTICORPUS CHRISTICORPUS CHRISTICORPUS CHRISTICORPUS CHRISTICORPUS CHRISTI

    A procisso de Corpus Chris-ti da minha infncia era dife-rente. Todas as outras eram ao cair da tarde, com o sol um pouco acima dos altos da ser-ra. Corpus Christi no; era de manh, logo depois da missa das dez horas, com o sol bri-lhando, as ruas com as casas to-das enfeitadas com muita seda, muitas rendas, flores e velas. Pelo cho muita folhagem que punha um cheiro diferente no ar. Eu ficava muito impressio-nado e , para d izer a verda-de, no sei em que pensava. O certo que nem imaginava por que aquela festa, nem quando tinha comeado.

    Surgimento da piedade eucarstica:

    A celebrao da Eucaristia ocu-pou sempre lugar central na vida da Igreja. Fora os que es-tavam excludos da comunida-de, em cada celebrao todos participavam da comunho que unia a todos. A Eucaris-tia era o ponto alto da vida de todos, e por isso mesmo no era preciso falar em pie-dade ou devoo eucarstica. Isso foi preciso s a part ir do sculo stimo, quando j no eram todos que partici-pavam da comunho, muitos se contentando com assistir celebrao.

  • CM 498 13

    Desde os primeiros sculos tambm se conservava o po, consagrado na Eucaristia, para a comunho dos moribundos. No s nas igrejas, mas tambm nas casas. Mas at o sculo XII no havia uma devoo euca-rstica fora da missa, apesar de todo o respeito com que era tra-tada a reserva eucarstica.

    A partir do sculo XI, a comu-nho dos fiis tornou-se ainda mais rara. J que poucos pou-co comungavam, os fiis que-riam pelo menos ver a hstia consagrada. Por isso, no sculo seguinte foi introduzido na mis-sa o rito da elevao: para que todos pudessem adorar Cristo presente na hstia consagrada.

    Ao mesmo tempo progredia a teologia e tornava-se mais cla-ra a doutrina sobre a presena real de Cristo nas espcies con-sagradas. A reao contra here-

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    sias, que negavam a presena real, levou a manifestaes mais claras de f: o sacrrio foi trans-ferido da sacristia para a igreja, introduziu-se o costume da ge-nu exo e da orao diante do sacrrio, a incensao, a lmpa-da sempre acesa, a adorao, a exposio e a bno do Sants-simo Sacramento.

    Introduo da festa de Corpus Christi

    Sculos XII e XIII: na Blgica, a Beata Juliana de Rtine (1193-1298) teve uma viso em que lhe foi dito que faltava Igreja uma festa em honra do Santssimo Sa-cramento. Diante disso, o bispo de Lige introduziu a festa em 1246, na 5a feira depois de Pentecostes.

    O papa Urbano IV era de Lige. Pediram que introduzisse a festa em toda a Igreja. Ele, porm, he-sitava. Diante, porm, do que se contava do milagre de Bolsena,

  • 14 CM 498

    dos, no s nas igrejas, mas tambm em algumas casas, de bispos ou de pessoas de algum modo importantes.

    Cristo est realmente presente, e de maneira especial, nas espcies consagradas: por isso ele pode e deve ser adorado por ns, re-conhecido como Deus e Senhor. Diante do sacrrio estamos diante de uma sua presena sacramen-tal, diferente de sua presena me-ramente espiritual entre ns.

    Nem preciso dizer que a ado-rao no se dirige s espcies, mas pessoa de Cristo.

    Na festa de Corpus Christi, manifestamos publicamente nossa f

    Na maior parte das parquias ainda possvel fazer a procisso de Corpus Christi, apesar dos pro-blemas de trnsito. Alis, nos l-timos anos a festa ganhou desta-que com o enfeite das ruas. Com a participao principalmente de jovens, tapetes artsticos cobrem o trajeto, chamando a ateno de todos. Com isso, sem dvida, prestamos homenagem pblica a Jesus e ao mesmo tempo manifes-tamos nossa f na presena euca-rstica de Jesus. No queremos im-por a ningum essa nossa f, mas queremos que todos a conheam. E queira Deus que estejamos tam-bm, como diz S. Pedro, aptos a dar razo de nossa convico.

    Pe. Flvio Cavalca - cssrSCE Carta Mensal

    ele a nal atendeu o pedido em 1264. Mas ele morreu dois me-ses depois e seu decreto cou sem efeito.

    Cinquenta anos mais tarde, em 1312, Clemente V con rmou o decreto de Urbano IV, e a fes-ta ganhou difuso. Mas no se falava ainda em procisso, que nasceu aos poucos da devoo popular. A primeira, ao que se sabe, deve ter sido em 1279, em Colnia, na Alemanha. E desde o comeo a procisso era de manh, logo depois da missa.

    A Missa e o Ofcio atual de Cor-pus Christi foram compostos por So Toms de Aquino em 1264, por ordem de Urbano IV.

    A procisso de Corpus Christi arraigou-se profundamente na religiosidade popular de Portu-gal e da Colnia dos scu-los XV e XVI, com manifes-taes tocantes de piedade, mas t ambm com mu i to s abusos e irreverncias.

    Sentido da adorao ao Santssimo Sacramento

    Porque acreditamos que Jesus est presente de forma espe-cial na celebrao da Eucaris-tia, acreditamos que continua presente sob as espcies de po e vinho mesmo depois da cele-brao. Alis, como vimos, j nos primeiros sculos se guar-davam as espcies consagradas para a comunho dos moribun-

  • CM 498 15

    O fato real da nossa f, o Pentecostes, realizado pela promessa de Jesus de enviar o Parclito, o Esprito Santo,

    Terceira Pessoa da Santssima Trindade, depois de sua ressurreio, trouxe a harmonia entre os povos

    0 relato bblico do episdio de Pentecostes nos diz que todos se compreendiam, mesmo sendo de ori-gens diferentes. Entendiam-se! Isso j signi ca que a linguagem do Reino est ao alcance de todas as gentes. Todos entendem a linguagem do amor, que a excelncia do Reino.

    A Babel de outrora (Gn 11 ) a desarmonia plena. H nela uma bus-ca insistente de poder, de autossu -cincia. No h unio nem a juno de foras no bem comum. H sim um desarranjo social comum, por causa do egosmo reinante.

    De fato, no h projeto comum, no h preocupao em fazer a vida acontecer, no h amor. A Babel a personi cao do egosmo, do indi-vidualismo, da busca do poder, mes-mo em detrimento do outro. No importa o outro, desde que seja eu o bene ciado. Ser que h relaes nos acontecimentos decididos em nossos tribunais, onde deveria reinar o valor tico e a supremacia da vida?

    Entre a Babel de ontem e o Pen-tecostes de hoje no h comparaes nem possvel isso, pois so opostos em suas razes. Um mostra a desar-monia, o outro a harmonia nascida na unio fraterna. Todos se entendiam, e isto o sinal claro: da fraternidade en-tre todos, e de todos com Deus.

    Na Babel reina a soberba, no Pentecostes Deus fala aos povos dis-persos, unindo todos num s amor.

    BABEL OU PENTECOSTES:QUAL A NOSSA ESCOLHA?

    Podemos comparar, em nossos dias, essas duas realidades bbli-cas, Babel e Pentecostes, com nossa realidade social. Diante desses dois fatos bblicos, o que aprendemos e podemos apreender? Muitas coi-sas, mas uma essencial: Ser aliado do projeto divino, isto , tornar-se anunciador da verdade de Cristo, dos valores fundamentais do Evan-gelho, como justia, solidarieda-de, fraternidade e principalmente a a vida, dom irrefutvel, insubs-tituvel, irrevogvel.

    Todos esses valores nos do o sentido e a harmonia na convivncia social. Nosso relacionamento torna-se adulto e maduro, e exclui as ima-turidades que nos levam a dizer por dizer do outro, das situaes e reali-dades histricas e familiares. Numa frase: reinar a paz.

    Assim sendo, cabe a liberdade de nossa escolha: a Babel de ontem, ressaltando em nossa convivncia o o egosmo, o individualismo e au-tossuficincia, ou o Pentecostes, acolhendo os valores do Reino.

    Uma coisa certa: sozinho nin-gum muda coisa alguma. Juntos, podemos fazer muitas coisas. Mas certo que mudamos o mundo se co-mearmos a mudar a ns mesmos.

    Pe. Ferdinando Mancilio - CSSR

    Colaborao Padre Flvio Cavalca - cssr

    SCE Carta Mensal

  • 16 CM 498

    Na edio anterior da Carta Mensal abordamos um dos prin-cipais temas do Encontro Mun-dial das Famlias que foi a Im-portncia da Missa Dominical.

    Nesta edio falaremos da Importncia da Famlia no Mundo Atual:

    O Arcebispo Robert Charles Chaput (Arquidiocese da Filad-l a) lembrou que as famlias so um presente de Deus, e que Ele nos convoca a construir o tem-plo da Igreja domstica, a come-ar pelos pais, onde a f deve ser transmitida aos filhos. Deus nos chama de filhos pelo batis-mo, que quando nos tornamos membros da famlia de Deus. Se-gundo John Michael Miller (Ar-cebispo de Vancouver), a famlia ensina tudo, por exemplo ser gentil com o prximo: dizer mui-to obrigado no uma questo religiosa, mas de educao. na famlia tambm que as crianas convivem com os smbolos cat-licos e aprendem a importncia da vida comunitria.

    O C a rd e a l S e a n P a t r i c k OMalley, (Arcebispo de Bos-ton), disse que o Evangelho de-fende a famlia como o santu-rio da vida, sendo o casamen-to descrito na primeira pgina

    da Bblia. No plano de Deus, as famlias devem ser missionrias, e levar o Evangelho para outras famlias, transmitindo a f s ge-raes futuras. As famlias cris-ts so chamadas a ser fermen-to no mundo, oferecendo luz e esperana num mundo cheio de sofrimento e tristeza.

    O nosso maior testemunho viver uma vida de f, ousada e alegre, difundindo as Bem-Aven-turanas de Cristo. Faz-se isso ao abraar a Boa Nova.

    A professora Helen Alvar, que leciona Direito da Fam-lia, disse que nossas vidas se-ro como a construirmos, no devemos portanto ter medo do futuro.

    O Criador ligou o amor entre um homem e uma mulher cria-o de uma nova vida, quando a poderia ter feito de outra forma. A famlia criada por Deus tem la-os genticos e afetivos que nos orgulham. As crianas precisam conhecer sua herana gentica. O dever das famlias gerar pes-soas honestas e justas. Tambm na famlia aprendemos a amar e servir o prximo, com solicitude e sem egosmo.

    Segundo o Cardeal Robert Sarah, Deus escolheu a fam-

    ENCONTRO MUNDIAL DAS

    FAMLIAS

    da Bblia. No plano de Deus, as

  • CM 498 17

    lia para ser o local de perdo, para que na famlia Suas promessas se tornem reais.

    O Cardeal Lus Antonio Ta-gle (Arcebispo de Manila), lem-brou que quando algum fere um membro da sua famlia voc tambm fica fer ido. Citou o Evangelho onde uma famlia leva um de seus membros a Jesus pelo telhado, superando todos os obstculos.

    O pecado permite que a fa-mlia seja manipulada e expos-ta dor e no nos permite ser quem somos. Voc pode ter uma grande casa, mas no um lar que um presente de amor, e Deus amor. A famlia deve retribuir ao mundo esse amor orando e

    evangelizando outras famlias. Nas Equipes de Nossa Se-

    nhora temos a oportunidade de nos aprofundar na vivncia di-ria da espiritualidade conjugal santificando nosso matrimnio. Novamente lembramos a impor-tncia do testemunho da famlia que deve conduzir o mundo, e no ser conduzida por ele. De-vemos praticar a ajuda mtua na famlia, na equipe, e com nosso testemunho solidificamos o Sa-cramento do Matrimnio, cons-truindo assim famlias protago-nistas no mundo.

    Fiquem com Deus!! Cristiane e Brito

    CR Comunicao SRB

  • Me de Cristo, Me de Cristo, Me de Cristo, Me da IgrejaMe da IgrejaMe da Igreja

    maria

    18 CM 498

    Me da IgrejaMe da IgrejaMe da Igreja

    Sempre que falamos a respei-to de Maria, mostramo-la como o grande modelo de f, de amor, de humildade, de entrega total. Aque-la que com to grande amor dei-xou manifestar em si as maravilhas operadas por Deus. Aquela que no hesitou em dizer com uma f rme o seu SIM vontade do Deus Altssimo. Aquela que com sincera humildade se entregou totalmente ao desgnio de amor e ao propsito que o Pai tinha em favor da huma-nidade inteira.

    A Igreja reconhece e honra Ma-ria porque cooperou na obra de sal-vao aceitando ser Me de Cristo. Consequentemente, sendo Me da Cabea da Igreja, no poderia deixar de ser Me de seus membros, Me da prpria Igreja. Maria cr na pa-lavra do anjo e aceita o projeto de

    Deus. Uma f de entrega total que Ela nos ensina a viver. Nossa Senhora permanece rme, em p, sofrendo com seu lho nico, mesmo na hora da dor, no Calvrio. Sustentada pela fora de me participou do seu sa-crifcio, permitindo que se realizas-se, por amor, a imolao do fruto do seu ventre. Maria est presente na vida da Igreja, amando seu -lho, quando nos gera e nos une a Deus no mistrio da salvao aos ps da cruz. A partir da ascenso de Cristo, participa do nascimen-

    to da Igreja em orao e misso, jun-to com os apstolos.

    No nal de sua vida terrestre, Maria mereceu participar de modo nico na Ressurreio de seu Filho e a antecipao da ressurreio dos outros cristos. Assunta em corpo e alma glria celeste, Maria foi co-roada como Rainha do universo e dispensadora universal das graas.

    A Igreja recebe Maria por Me e a Ela se dirige. A misso materna de Maria em favor dos homens de modo algum obscurece nem dimi-nui a mediao nica de Cristo, mas at ostenta sua potncia... (Lumen Gentium LG 60). Quem melhor do que a Rainha do cu e da ter-ra para interceder por ns? Foi por Maria que Jesus veio at ns e por Ela que ns devemos ir ao encon-tro Dele. Maria prepara a oferta do nosso corao e a adorna para ser

  • Retrato de Me

    digna de chegar at Jesus, de for-ma a agrad-lo. A devoo mariana nos aproxima do mistrio e nos faz adorar mais perfeitamente o Verbo de Deus encarnado e igualmente ao Pai bondoso e ao Esprito Santo de amor. De que forma o culto a Maria favorece essa intimidade? Nenhu-ma devoo mariana verdadeira se encerra em Maria. Todo m ltimo daquele que se entrega incondicio-

    Uma simples mu-lher existe que, pela imensido de seu amor, t em um pouco de Deus, e , p e l a c o n s -tnc ia de sua dedicao, tem muito de anjo; que sendo moa, pensa como uma anci, e, sendo ve-lha, age com as foras todas da juventude; quando ignorante, melhor que qualquer sbio, desvenda os segredos da vida, e, quando sbia, assume a simplicidade das crianas; pobre, sabe enriquecer-se com a felici-dade dos que ama, e rica, em-pobrece-se para que seu corao no sangre ferido pelos ingra-tos; forte, entretanto estremece ao choro de uma criancinha, e, fraca, entretanto se alteia com a bravura dos lees; viva, no lhe sabemos dar valor porque sua sombra todas as dores se

    apagam, e, morta, tudo o que somos

    e tudo o que te-mos faramos para v-la de novo, e dela receber um aperto de seus braos, uma pa-lavra de seus l-

    bios. No exijam de mim que diga o

    nome dessa mulher, se no quiserem que

    ensope de lgrimas este l-bum, porque eu a vi passar pelo meu caminho. Quando cresce-rem seus filhos, leiam para eles esta pgina: eles lhes cobriro de beijos a fronte, e diro que um pobre viandante, que em troca de suntuosa hospedagem rece-bida, aqui deixou, para todos, o retrato de sua prpria me.

    Dom Ramon Angel JarBispo de La Serena Chile

    Colaborao: Weyder Finamore

    Eq.17 - N. S. das DoresJuiz de Fora-MG

    nalmente a Maria Jesus, pois Maria sabe como nos apresentar a Ele de modo admirvel e belo.

    Vivamos este ms dedicado Nossa Senhora com imenso amor e gratido, quela que dedicou toda sua vida para que se cumprisse o plano do amor de Deus por ns.

    Maxwell Joseph Guedes C. da SilvaAET Eq.24 - N. S. Virgem dos Pobres

    Macei-AL

    lavra de seus l-muito de anjo; que sendo moa, pensa como uma anci, e, sendo ve-lha, age com as foras todas da juventude; quando

    bios. No exijam de mim que diga o

    nome dessa mulher, se no quiserem que

    ensope de lgrimas este l-

    pensa como uma anci, e, sendo ve-lha, age com as foras

    de mim que diga o nome dessa mulher,

    se no quiserem que

    Retrato de MeUma simples mu-

    lher existe que, pela imensido de seu amor, t em um pouco de Deus,

    dedicao, tem muito de anjo;

    apagam, e, morta, tudo o que somos

    e tudo o que te-mos faramos para v-la de novo, e dela receber um aperto de seus

    lavra de seus l-

    Uma simples mu-lher existe que, pela imensido de seu

    apagam, e, morta, tudo o que somos

    e tudo o que te-

    lavra de seus l-muito de anjo;

    CM 498 19

  • Como bom ser equipista

    Boa Vista, capital de Roraima, o estado no mais extremo do Norte do Brasil, cidade linda de viver!

    Em 2008 as ENS foram apre-sentadas na Igreja Catedral Cristo Redentor (foto) pelo casal Zilma e Eudo (casal dedicado e compro-metido com o Movimento) vindos de Manaus-AM e no mesmo ano formou-se a primeira experincia comunitria. Zilma e Eudo condu-ziram a experincia comunitria e a pilotagem da primeira equipe de Boa Vista, Nossa Senhora das Gra-as, tendo como SCE Pe. Mrio. Em 2011, o mesmo casal pilotou a se-gunda equipe, Nossa Senhora Con-solata, e assim foram se expandindo as ENS em nossa cidade, formando uma grande famlia. E essa famlia hoje formada por 4 equipes* sen-do assistida por 3 Sacerdotes Con-selheiros Espirituais.

    Como equipistas podemos dizer

    20 CM 498

    vida no Movimento

    que para ns uma honra fazermos parte desse Movimento que, atra-vs de sua mstica e de seus PCEs, nos ajuda a entender e a viver me-lhor o Sacramento do Matrimnio, colocando sempre Cristo no centro e tendo Nossa Senhora como inter-cessora, buscando sempre a nossa santidade conjugal e espiritual. E essa busca da santidade no deve car s entre ns, temos que fazer nossa parte como casal e equipistas assumindo o nosso papel na expan-so do Movimento. Com sete anos das ENS em nossas vidas, sabemos que ainda temos que crescer muito na mstica do Movimento, e com a luz do Esprito Santo estamos cami-nhando para isso e a expanso das ENS um momento de extrema ne-cessidade em nossas vidas. O nosso papel como casal dar exemplo e divulgar para que outros casais tenham a mesma oportunidade de conhecer e vivenciar a san-tidade conjugal, e como nos diz o Pe. Caffarel: No existe amor sem abnegao, e uma abnegao que no venha do amor uma abnega-o que no se pode praticar.

    Com a formao proposta e concretizada pelo Movimento, podemos entender melhor como funcionam as ENS e o caminho que

    *Eq.01 - N. S. das Graas - 7 casais - Pe. Paulo Eq.02 - N. S. Consolata - 6 casais e Eq.04 - N. S. Aparecida - 7 casais - Pe. Mrio Eq.03 - N. S. de Ftima - 6 casais - Pe. Josimar

  • CM 498 21

    devemos percorrer. Nos dias 30 e 31 de janeiro de 2016 tivemos o prazer de receber o casal Mrcia e Juarez (Casal Regional) e o Pe. Isaas de Manaus-AM para realizar uma formao de Casal Informador das ENS e Casal Experincia Comunit-ria, sendo muito proveitosos esses dois dias de encontro com palestras, conversas e troca de experincias.

    Hoje, nosso compromisso aqui

    em Boa Vista mostrar as equipes a outros casais, pois quando nos tornamos equipistas somos cristos mais comprometidos com o Evan-gelho e com a vocao do matri-mnio. Por isso no cansamos de repetir: Como bom ser equipista!

    Francisca e Gervasio Rosi e Carlinhos

    Eq. N. S. da ConsolataBoa Vista-RR

    Caminhada PenitencialNo dia 28 de fevereiro de

    2016, os equipistas de Salvador-BA participaram da Caminha-da Penitencial, promovida pela A rqu id ioce se de So Sa l va -do r da Bah ia . Momento de Penitncia e converso, mar-cada pela misericrdia de Deus.

    A Campanha da Fraternidade Ecumnica de 2016 tem como Tema: Casa Comum, nossa Res-ponsabilidade e como Lema: Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justia qual riacho que no seca (Am 5,24).

    Nesta 35a Caminhada Penitencial,

  • as Equipes de Nossa Senhora se fizeram presentes juntamente com mais de 200.000 peregrinos em uma demonstrao de F, em um momento de E spe rana e de Penitncia, reunidas num s desejo, num s esprito de unidade.

    Caminhamos 8 quilmetros do colo da me Igreja de Nossa Senhora da Conceio da Praia Manso da Misericrdia Igreja de Nosso Senhor do Bon m.

    O Povo de Deus seguiu oran-do, cantando alegre e feliz, pe-

    dindo misericrdia ao Senhor da Messe.

    O coordenador geral da ca-minhada, Pe Valter Ruy, SCE da Regio Bahia, disponibilizou o pri-meiro trio eltrico para as Equipes de Nossa Senhora, e l estvamos com banners, faixas, todos com as camisas vermelhas da nossa Provncia Nordeste, rezando pelas famlias, pelo nosso Movimento e pelo mundo inteiro. VIVENDO A NOSSA MISSO COM ALEGRIA.

    Vera e Dinzio Eq.07B - N. S. Brotas

    Salvador-BA

    22 CM 498

    Sesso de Formao Nvel III

    Nos dias 19 e 20 de maro, foi realizada, na Regio Maranho-PI cidade de Barra do Corda, Ses-so de Formao Nvel III, com a presena do nosso querido Casal Responsvel Provincial Conceio e Macedo e do nosso amado Sa-cerdote Conselheiro Espiritual da Super Regio Brasil Pe. Paulo Re-nato. Participaram casais dos se-tores Teresina e So Lus/ Equipes Distante-Presidente Dutra e Tun-tum. Os temas abordados foram:

    Viso Histrica do Movimento, Carisma, Mstica e Espiritualidade, O Esprito da Responsabilidade, Experincia Comunitria, Pilotagem, Casal Ligao das ENS, A Eclsia, Sacerdote Conselheiro Espiritual, Acervo e os Dez Pontos de Unidade das ENS

  • CM 498 23

    Depois de cada palestra, foram feitas discusses em grupo para questionamentos e aprofunda-mento dos temas. Vale ressaltar que cada grupo ousou na apresentao, usando pardias, peas teatrais etc...

    Conduzidos a re etirmos, sobre o chamado de Jesus para trabalhar na sua vinha, meditamos no Evan-gelho de Lucas 5, 1.4.6.8.10-11. No temas, doravante sers pes-cador de homens. E atracaram as barcas terra, deixaram tudo e o seguiram. Colocarmo-nos a dis-posio para o servio. A Formao como a carida-de sem limites.

    Momento especial para todos foi a comemorao de 12 anos de vida sacer-dotal de Pe. Paulo Renato. Agradecemos, em ter parti-cipado conosco, deste mo-mento, em que a ao de Deus envolveu a ns todos. Deus o abenoe, pelo carinho e dispo-sio. Ao nosso Provincial, Con-ceio e Macedo, nossa gratido e carinho. Em seu agradecimento a

    ns, disse: Queridos casais equi-pistas, foi muito bom estar com vo-cs, os frutos esto aqui, so vocs, que conduzidos pelo CRR Lourdes e Antonio de Fatima, que so com simplicidade is s orientaes do Movimento.

    Trs dias de graa, iniciando no dia 18 de maro, com a Cele-brao da Missa, presidida por Pe. Paulo Renato, juntamente com a comunidade, na Igreja Imaculada Conceio, nosso Proco SCES Frei Dourival, o acolheu com carinho.

    Tivemos a oportunidade de apro-fundar a nossa f e o conhecimen-to do Movimento das ENS.

    Lourdes e Antonio de Fatima CR Regio Maranho-PI

    DiscernimentoA Provncia Nordeste viveu um grande momento cheio

    da graa de Deus sob a luz do Esprito Santo no perodo de janeiro a abril. Aconteceu o discernimento para os futuros casais das regies:

    Cear I; Rio Grande do Norte I e II; Piau e Maranho. O Movimento das ENS tem uma grande riqueza que a

    contnua renovao dos seus membros. Aos que deixam e aos que assumem as misses, o nosso mais carinhoso e fra-terno abrao. Que todos permaneam comprometidos com o projeto de Deus to bem assimilado e realizado pelo Pe. Caffarel em busca da santidade.

    Conceio e Macedo CR Provncia Nordeste

  • Projeto Crescer no AmorNo ano de 2015, no EACRE, nos foi apresentado por nosso Casal Provincial da poca, Olga e Nei, o projeto Crescer no Amor . Ime-diatamente

    nos sentimos seduzidos e apaixonados por

    essa maravilhosa proposta. Naque-le mesmo instante adquirimos o livro Crescer no Amor e, ao co-nhec-lo, nos sentimos impulsio-nados a abraar essa oportunida-de de retribuir um pouco do muito que recebemos. Alguns meses de-pois, no Encontro Nacional, realiza-do em Aparecida-SP, fomos mais uma vez tocados por este chamado, pelas fortes palavras do SCE da SRB, Pe. Paulo Renato, que pela sua palestra nos con rmou a necessidade de levar a outros casais esse saboroso vinho que recebemos de nosso Movimen-to. Toda essa movimentao nos fez sair de nosso comodismo justi cado e levar s famlias um pouco do que recebemos. Apresentamos o projeto Crescer no Amor para os casais das duas equipes de nossa cidade, e para o nosso SCE, Pe. Jos Jacob. Imedia-tamente j tnhamos quarenta nomes de casais que se encaixavam nos requi-sitos para ingressar no projeto Crescer no Amor. Assim fomos a campo, para apresentar queles a proposta que o Movimento lhes tinha para oferecer. Acreditvamos at este momento que

    conseguiramos formar ao menos um grupo de 7 casais. Para nossa surpresa e alegria iniciamos os convites e todos os casais visitados demonstravam uma grande alegria pelo convite, sentindo-se acolhidos e com uma oportunidade que nunca imaginariam ter. Assim tive-mos que interromper os convites, pois j tnhamos a con rmao de 28 casais para iniciar 4 grupos! Como tem sido apaixonante nos sentir instrumento de amor e partilha com nossos irmos que no participam ainda do grande ban-quete que o Sacramento do Matri-mnio. As 4 pequenas comunidades Crescer no Amor j esto em sua 3a reunio, e a cada encontro nos senti-mos mais renovados, mais fortalecidos em nosso caminhar ao encontro do outro. O sentimento que nos envolve que quanto mais nos colocamos a ser-vio, Jesus em sua in nita misericrdia cuida de pertinho de nossas famlias...de nosso matrimnio, pois estamos abastecendo e tendo nossas talhas abastecidas com vinho novo e fortale-cedor. Irmos equipistas, a experincia do Projeto Crescer no Amor nos mostra como o Movimento das ENS nos torna casais privilegiados na messe do nosso Senhor Jesus. No deixemos de levar a cada famlia um pouco do que recebemos de nossas maravilhosas ENS, pois somente assim realizaremos a verdadeira misso, a mais importan-te, que ir ao encontro do nosso ir-mo, proposta pelo nosso amado Papa Francisco nesse Ano da Misericrdia.

    Ione e ToninhoEq.42 - N. S. DAbadia

    Itarum-GO

    No ano de 2015, no EACRE, nos foi apresentado por nosso Casal Provincial da poca, Olga e Nei, o projeto

    nos sentimos seduzidos e apaixonados por

    24 CM 498

  • Sesso de Formao Nvel IIINos dias 23 e 24 de maio de

    2015 participamos da Sesso de For-mao nvel III em Belo Horizonte.

    Na chegada rostos estranhos, troca de olhares sem graa, mas basta uma palavra e pronto: come-a a uma amizade, pois nos iden-ti camos em muita coisa e logo partilhamos experincias vividas como equipistas. Tudo cercado de muita uno do Esprito Santo.

    De repente nos vimos envolvi-dos em uma reciclagem. Que agradvel surpresa! E que hora boa para acontecer: justo agora quando pensvamos que j tnha-mos visto tudo e que j conhe-camos tudo do Movimento, devido ao nosso tempo de equi-pistas...

    Diante de tanta riqueza, de tantas informaes claras e mo-

    tivadoras, lembramos do que ou-trora nos disse nosso casal piloto, Aparecida e Saleh: S consegui-mos amar aquilo que conhece-mos. Isso uma grande verdade. A cada palestra e grupo de estudo cvamos mais apaixonados pelo Movimento e orgulhosos de nossa pertena ao mesmo.

    Destacamos o momento em que Hermelinda leu a carta de Pe-dro Moncau enviada ao Pe Caffarel, em busca de informaes sobre o Movimento. Sua emoo con-tagiou a todos. Depois foi vez de Arturo, com a leitura da carta res-posta de Pe Caffarel quele casal. Ali percebemos claramente a ao do Esprito Santo, presente desde o incio das ENS.

    O Casal Provincial Bete e Car-los Alberto tambm nos passou

    CM 498 25

  • preciosas informaes. Entre elas uma que nos alertou para um olhar diferente sobre a Carta Mensal: No apenas uma revis-ta qualquer e sim cartas escritas de algum para voc.

    Ficaramos horas relatando os momentos marcantes, pois foram inmeros. Terminamos louvando e agradecendo a Deus por um dia, um casal desejoso de encontrar meios de buscar a santidade junto, encontrar com

    um padre extremamente auda-cioso e ungido e este dizer SIM. A partir da estamos bebendo desta fonte e forti cando nosso matrimnio. No podemos e no devemos desanimar nunca, pois o Pe. Henri Caffarel deixou tudo muito bem preparado, organi-zado e estruturado para juntos alcanarmos a santidade.

    Liliane e Raniere Eq.07C - N. S. Rainha dos Apstolos

    Divinpolis-MG

    1o Encontro de Conselheiros Espirituais da Regio SP Leste III

    Foi com imensa alegria que realizamos no dia 17/10/2015 o primeiro encontro de SCE na nossa Regio, composta pelos Se-tores Mogi A, Aruj e Mogi B.

    Fomos agraciados com a par-ticipao de 11 dos nossos queri-dos SCE, desde os mais novos no Movimento, at os mais antigos, cada um contribuindo de alguma

    26 CM 498

    forma pelo bem de suas equipes.Outra bno que nos foi con-

    cedida foi de ter o casal Silvia e Chico palestrando aos nossos SCE durante todo o encontro, que contou com palestras, grupos de trabalho e, ao nal, uma deliciosa e descontrada confraternizao.

    Aproveitamos esta oportunida-de para agradecer aos sacerdotes,

  • que no mediram esforos para participar do encontro e com isso demonstrar a ns, equipistas, que estes servos do Senhor merecem de ns todo o carinho e disposio.Nossa Senhora da Assuno, pa-

    droeira da nossa Regio, abenoe todos os Conselheiros do mundo inteiro.

    Marcia e Agnaldo RizzoCR Regio SP Leste III

    Provncia Sul I

    CM 498 27

    Encontro de Equipes Novas

    No nal de semana do dia 7 e 8 de novembro foi realizado o segun-do Encontro de Equipes Novas em nossa Regio SP Norte II.

    Como acontece em todos os eventos de formao que o Movi-mento nos oferece, o EEN foi mar-cado pelo carinho e envolvimento de toda a equipe, que nos acolheu durante todo o nal de semana.

    O EEN mais uma oportunidade de conhecimento e crescimento den-tro das equipes de Nossa Senhora, que o Movimento nos proporciona.

    Ao terminar o Vem e Segue-me, necessrio que faamos o EEN para terminarmos a nos-sa pilotagem, importante ter um conhecimento mais pro-

    fundo do Movimento. Atravs de palestras, reunio de

    equipes mistas, dinmicas, plen-rio, partilha e at teatro, foi passa-do toda a estrutura do Movimento no Brasil e no mundo, destacou-se a importncia da vivncia dos PCEs para busca da santidade do casal, da Espiritualidade e do Carisma do Movimento.

    Depois da acolhida, assis-timos palestra do Pe. Jarbas, SCE da Equipe de Formadores, que nos contagiou com o entusiasmo que falou sobre a Mstica e o Carisma das Equipes de Nossa Senhora. No sabemos nos expressar como ele, mas achamos incrvel quando ele falou mais ou menos assim:

  • 28 CM 498

    Quando fomos concebidos recebemos o melhor de Deus: a f, esperana e caridade, seu DNA.-Todos tm a vocao para san-tidade. Os PCEs so o GPS para buscar a santidade do casal.

    Nas reunies de equipes mistas, durante o EEN partilhamos sobre Ca-risma e Mstica, Orientaes de Vida e Testemunho.

    Participar de um evento assim nos torna mais conscientes da

    nossa misso na equipe, no Movi-mento e no mundo, nos leva tam-bm a questionar a qualidade de nossa atuao no Movimento, nos motivando a caminharmos e crescermos juntos com nossa equi-pe, nos ajudando mutuamente, para testemunhar o amor de Cris-to e nos reunirmos por Cristo.

    Marilda e DarcizoEq.27 - N. S. de Guadalupe

    So Jos do Rio Preto-SP

    Na Provncia Sul III como nas demais deste imenso Brasil, o ano equipista j comeou!

    Para bem viver o que diz o Guia das ENS na pg. 33: Uma equi-pe de base funciona, em primeiro lugar, graas ao engajamento de seus membros e, depois, porque ela ajudada e nutrida pelo Mo-vimento com o qual vive em co-munho. A unidade formada e mantida pelo desejo de progredir juntos, na delidade ao esprito e aos mtodos das Equipes de Nossa

    Senhora. A pertena dos membros, no somente equipe, mas tam-bm ao Movimento, expressa-se e concretiza-se pela: ...participao nas manifestaes e celebraes organizadas nos setores ou em nvel regional, super-regional e in-ternacional; os Setores e Regies comearam o ano equipista com as Celebraes Eucarsticas e as Horas Santas que fortalecem o esprito de comunidade no Movimento.

    Adriana e HudsonCR Provncia Sul III

  • Neste artigo reeditamos um texto escrito por Dona Nancy e Pedro Mon-cau em 1975 falando sobre o incio de nosso Movimento no Brasil. Um pe-queno passo naquela poca seguido hoje por 25.000 casais em nosso pas.

    Tudo se inicia quando Pedro Moncau, aps ouvir o Padre Marcel Marie Desmarais, dominicano canadense, sobre o amor cristo e sobre a revista LAnneau DOr do Padre Henri Caffarel, percebeu que poderia estar ali o que estavam procurando. Pedro escreve ao Padre Caffarel em 30 de novembro de 1949 e em 15 de dezembro deste mesmo ano Padre Caffarel responde encaminhando uma srie de documentos para Nancy e Pedro Moncau. Essa carta constitui como que a certido de nascimento das Equipes de Nossa Se-nhora no Brasil, pois foi o comeo de uma srie de contatos que culminaram com o incio, no dia 13 de maio de 1950, da primeira equipe.

    A histria das Equipes de Nossa Senhora no Brasil comea naquela noi-te de 13 de maio de 1950. Seis casais se acham reunidos ao redor de uma mesa, presididos por um sacerdote. Os seis, antigos amigos, j militavam havia anos no Centro Dom Gasto, prolon-gamento, para casados, da Congrega-o Mariana da S. O sacerdote, Mons. Aguinaldo Jos Gonalves, era diretor daquela Congregao. Havia tempo que procuravam uma linha diretriz para a sua vida de cristos casados, em su-cessivas experincias sem continuidade.

    Para que se tinham reunido? Para tomar conhecimento do contedo de

    Neste artigo reeditamos um texto escrito por Dona Nancy e Pedro Mon-cau em 1975 falando sobre o incio de nosso Movimento no Brasil. Um pe-queno passo naquela poca seguido hoje por 25.000 casais em nosso pas.

    Tudo se inicia quando Pedro Moncau, aps ouvir o Padre Marcel Marie Desmarais, dominicano canadense, sobre o amor cristo e sobre a revista LAnneau DOr do Padre Henri Caffarel, percebeu que poderia estar ali o que LAnneau DOr do Padre Henri Caffarel, percebeu que poderia estar ali o que LAnneau DOrestavam procurando. Pedro escreve ao Padre Caffarel em 30 de novembro de 1949 e em 15 de dezembro deste mesmo ano Padre Caffarel responde encaminhando uma srie de documentos para Nancy e Pedro Moncau. Essa carta constitui como que a certido de nascimento das Equipes de Nossa Se-nhora no Brasil, pois foi o comeo de uma srie de contatos que culminaram com o incio, no dia 13 de maio de 1950, da primeira equipe.

    A histria das Equipes de Nossa Senhora no Brasil comea naquela noi-te de 13 de maio de 1950. Seis casais se acham reunidos ao redor de uma mesa, presididos por um sacerdote. Os seis, antigos amigos, j militavam havia anos no Centro Dom Gasto, prolon-gamento, para casados, da Congrega-o Mariana da S. O sacerdote, Mons. Aguinaldo Jos Gonalves, era diretor daquela Congregao. Havia tempo que procuravam uma linha diretriz para a sua vida de cristos casados, em su-cessivas experincias sem continuidade.

    Para que se tinham reunido? Para tomar conhecimento do contedo de

    razes do movimento

    13 DE MAIO DE 1950O INCIO DAS EQUIPES NO BRASIL

    uma pequenina brochura, os Estatutos das Equipes de Nossa Senhora, que um deles tinha recebido atravs de uma correspondncia trocada com o Padre Henri Caffarel. Troca de ideias, debates, objees... Concluso: iriam tentar a experincia da vida de equipe, tal qual era apresentada naqueles Estatutos. Mas, quanta coisa diferente e estranha. A comear pelo jantar. Em seguida, a forma de estudar os assuntos propos-tos... seria possvel aquela abertura de uns para com os outros, na copartici-pao ou na partilha? Seria exequvel aquela fraternidade capaz de levar a carregar os fardos uns dos outros?...

    CM 498 29

  • Fontes: Carta Mensal de maio de 1975 e o livro O Sentido de uma Vida - Pedro Moncau Jr. (Nancy Cajado Moncau)

    H meses, um padre meu amigo comunicava-me, com toda a sim-plicidade e franqueza, as suas ob-jees contra as Equipes de Nossa Senhora. Por que no deixam s equipes toda a iniciativa? Por que lhes impem temas de estudo, uma disciplina, mtodos? Discutimos

    sobre isso durante muito tempo. E por m... cada um cou nas suas posies. Jogo nulo. Depois a nos-sa conversa tomou outros rumos. Revelou-me que acabava de entrar para uma associao sacerdotal.

    Abro um parnteses, porque desconhecem sem dvida o que

    pareciam um tanto nebulosos.Foi quando nos anunciaram a visita

    de um equipista de Paris que, vindo a negcios, aproveitaria a oportunida-de para nos procurar. Chegou ele um belo dia nossa casa. Ambos ocupados quando se apresentou, foi ele introdu-zido na sala. Quando entramos, pouco depois, encontramo-lo sentado, com um de nossos fi lhos ao colo, brincan-do com ele. No se levantou. Um gesto amigo, uma rpida apresentao, o en-tabular fcil de uma conversao. Ns que espervamos uma visita cerimonio-sa, fi camos cativados por aquela simpli-cidade que nos deixou logo vontade. E, imediatamente, aquela impresso de que nos conhecamos h muito...

    Aquela visita foi para ns uma reve-lao. Quanto aprendemos! Em primei-ro lugar o estilo da amizade fraterna dentro das equipes: simples, cordial, aberta, cativante. Depois o valor dos contatos humanos, indispensveis para as equipes em formao. Mais tarde aprenderamos que, sem exceo, uma equipe isolada uma equipe fadada a desaparecer. Finalmente, os esclareci-mentos dos numerosos pontos obscu-ros e, mais ainda, razo de ser de cada uma das normas do Movimento.

    Nancy e Pedro Moncau Jr.

    Um pouco com medo, iniciaram os primeiros passos, longe de pensar que estava sendo lanada uma sementezi-nha que haveria de crescer no decorrer dos anos. O seu intento era bem mais modesto: simplesmente reagrupar al-guns casais, para tentar uma experin-cia nova que ajudasse na sua vida con-jugal e familiar.

    Simplesmente apoiados nos Estatu-tos, no primeiro tema de estudos e em alguns nmeros da Carta Mensal fran-cesa, foram se realizando as primeiras reunies. Convidado, no pde Mons. Aguinaldo ser o Conselheiro Espiritual e pediu ao Padre Oscar Melianson para substitu-lo. Ele mesmo contou, em en-trevista publicada em maio de 1970, o que foi o seu primeiro contato com a equipe. Contato providencial e decisivo para o Movimento.

    O princpio no foi fcil. Alguns dos primeiros casais no se adaptaram frmula proposta... Difi culdades para catequizar novos elementos. Desni-mo por vezes. Impresso de isolamen-to, apesar da correspondncia assdua com Padre Caffarel e com o primeiro Casal de Ligao, Gerard dHeilly, que iramos conhecer mais tarde pessoal-mente. Alm disto, alguns termos dos Estatutos e das suas normas nos

    GRUPOS DE COMBATEGRUPOS DE COMBATEGRUPOS DE COMBATE 111

    30 CM 498

  • mente o seu cristianismo, sofre com a sua solido, veri ca que as boas resolues cam, a maior parte das vezes, sem continuidade e sem efei-to; quando teme, como tantos ou-tros, deixar-se envolver pela rotina, pelo materialismo, pela sensualida-de, ento volta-se para as Equipes de Nossa Senhora e est apto a compreender a sua razo de ser e a tirar proveito das suas exigncias.

    Ir queixar-se da sua disciplina? Mas dela que tem maior necessi-dade. Um enquadramento, uma re-gra, uma entreajuda e um controle fraterno, o que lhe fazia falta, o que procurava, o que encontra nas equipes.

    Descobre nelas tambm o que no a menor alegria a maneira de dar apoio a casais que, com ele, pedem amizade crist a fora para caminhar para a perfeio crist.

    Quis voltar a estas noes fun-damentais. Porque importa que estejamos perfeitamente de acordo acerca do que pensamos, queremos e procuramos. Ainda com mais con-vico que no dia em que o escrevia pela primeira vez, penso que as equipes no devem ser refgio para adultos bem intencionados, mas sim grupos de combate compostos unicamente por voluntrios, cujos membros procuram com pertincia aprofundar o seu cristianismo, a m de o viverem sem restrio na fam-lia, na pro sso, na sociedade.

    Colaborao Maria Regina e Carlos Eduardo

    Eq. N.S. do RosrioPiracicaba-SP

    quer dizer associao sacerdotal. Padres diocesanos que cam nos seus lugares de procos, vigrios, ca-peles... que esto disposio do seu bispo, como todos os seus con-frades, unem-se num agrupamen-to para a encontrarem os socorros espirituais de que tm necessidade. No vivem juntos, mas esto ligados por um ideal comum de santidade sacerdotal, por uma mesma regra de vida, por uma amizade frater-na. Alguns entram logo que saem do seminrio. Mais numerosos so aqueles que pensam nisso passados alguns anos de ministrio. Tendo j dura experincia da solido e da li-berdade, tendo sentido a sua fra-queza, tendo visto sua volta con-frades que se instalam na mediocri-dade, descobrem a importncia de no estarem ss ao travar o combate pela santidade sacerdotal. Aspiram a uma disciplina, desejam um controle fraterno, compreendem a segurana de uma unio feita de solidariedade. nesse momento que esto prontos a entrar para uma famlia sacerdotal.

    Mas a lei da solidariedade no apenas ser ajudado; tambm sus-tentar os outros. este duplo m que o padre procura quando se liga a uma famlia sacerdotal.

    Fecho o parnteses e volto ao meu interlocutor. Sem dar por isso, acabava de me dar o melhor argu-mento para justi car as Equipes de Nossa Senhora. As nossas equipes, z-lhe notar, so para os casais, de certa maneira, o que a associao sacerdotal para o padre. Quando um casal, desejando viver integral-

    1 Editorial Padre Henri Caffarel. Equipes Novas - Carta Mensal, n 8 - 1977.

    CM 498 31

  • A noo de espiritualidade con-jugal no nasceu com o Pe.Caffarel nem com as Equipes de Nossa Se-nhora. Basta dizer que So Francisco de Sales, em sua Introduo Vida Devota, de 1610, tem dois captulos intitulados Nota para as pessoas casadas (Captulo 38) e A hones-tidade do leito nupcial (39). No se tratava ainda de viver a f a dois, mas de a rmar, na linha da espiritualidade de So Francisco de Sales, que to-dos os is podem viver integralmen-te sua f na vida de cada dia. Muitas outras obras de sacerdotes se segui-ram Introduo Vida Devota. Elas, de forma geral, indicam como a vida devota entenda-se uma vida cris-t levada a srio pode ser vivida por leigos, mas sendo sempre uma esp-cie de cpia da vida religiosa. Assim, a espiritualidade do casal uma espi-ritualidade paralela dos dois.

    O que se pode dizer sem medo de errar que existe uma noo de espiritualidade conjugal antes e de-pois do Padre Caffarel. Em seu livro O Amor e a Graa, ele escreve em 1954:

    No compreendido que a vida espiritual dos leigos no consiste em bancar o monge, mas em viver a caridade em sua prpria situao de vida; que esta caridade consiste preci-samente no dever de se consagrar s suas tarefas com uma competncia sempre crescente, uma competncia que j em si uma forma de caridade.

    Ser unido a Deus signi ca viver de seu Esprito. Os casais so chamados

    a viver assim no Senhor (1Cor 7, 39). O prprio Cristo vem selar a

    unio dessas duas criaturas [...]. En-to, tudo muda. Essa unio humana, esse amor de argila, o Senhor a assu-me. Na luta de cada dia, contra todas as foras que ameaaro sua intimi-dade, os esposos sero sustentados por uma outra fora, aquela mesma que sustenta os mundos no espao, porque ela tambm a fora criado-ra de suas vontades e de seu amor (O Amor e a Graa, cap. O Matrimnio um Sacramento, pg. 59).

    O fundamento da unio dos ca-sais a Deus encontra-se no sacramen-to do matrimnio. Desde o consen-timento sacramental, os cnjuges, enquanto mantm sua liberdade es-piritual pessoal, so enxertados de maneira nova na cepa que o Cris-to: eles so um novo sarmento. Para a vida espiritual, existe um antes e um depois do consentimento sacra-mental. A fonte de toda graa enrai-zada no sacramento do matrimnio, e este sacramento, como todos os outros, fruto da Cruz. Padre Caf-farel escreve, em um nmero especial do LAnneau dOr:

    Assim como o indivduo con-sagrado pelo batismo e a confi r-mao, assim tambm o casal sagrado, consagrado pelo seu sacramento prprio, o matrimnio. Desde seu primeiro ato conjugal os sim pronunciados perante o sacerdote, a aliana passada no dedo ele cumpre uma funo sa-cerdotal j que os cnjuges so os

    A ESPIRITUALIDADE CONJUGAL E O PADRE CAFFAREL

    32 CM 498

    acervo literrio do Pe. Caffarel

  • ministros de seu sacramento.E ainda, em O Amor e a Graa:

    Os cristos casados, assim como os demais cristos, recorrem aos sa-cramentos e, em especial, Eucaristia, o maior de todos, para alimentar sua vida espiritual. Mas por que ignoram eles com tanta frequncia que a graa lhes oferecida no corao mesmo de seu amor, no seu lar onde brilha a chama inextinguvel do sacramento do matrimnio? Em seu lar, no mais profundo de sua unio, Jesus Cristo os espera para se dar a eles.

    Com frequncia, Padre Caffarel insiste no que o Apstolo Paulo em sua carta aos Efsios chama de grande mistrio1: a profunda relao que existe entre o amor conjugal e o amor de Cristo e da Igreja.

    O casal, imagem verdadeira, au-tntica da unio de Cristo e da Igreja, no somente aquele cujos compor-tamentos re etem o amor, a unida-de, a indissolubilidade, a fecundidade desta unio porquanto seria apenas uma imagem natural, externa, um simples smbolo; aquele em quem o mistrio e a vida da unio de Cristo e da Igreja esto presentes e vvidos.2

    E explicita ainda:Quando um marido ama sua mu-

    lher como Cristo amou a Igreja, quando uma mulher ama seu ma-rido com esta venerao carinhosa e esta submisso afetuosa com a qual a Igreja cerca seu Chefe, eles realizam entre eles algo do grande mistrio, eles cumprem a redeno, eles se unem no prprio amor de Cristo e da Igreja. Quando geram lhos, quando colocam na sua edu-

    cao o mesmo corao com que Cristo formou seus apstolos, quan-do eles irradiam em sua volta o amor que vivenciam, eles participam da imensa misso de Cristo e da Igreja, eles evangelizam e salvam o mundo3.

    Assim, a vida conjugal tem, se-gundo o Padre Caffarel, este aspecto mstico: ela chamada a manifestar na histria o que a Igreja, esposa do Cristo Salvador. A realidade do matrimnio como clula de Igreja, como Igreja domstica, como lar, transformadora. As atividades, a famlia, a simples vida so sinais de uma presena nova.

    por meio de todas as realida-des da vida conjugal, que se tornou instrumento de sua graa pelo sacra-mento, que Cristo santi ca os mem-bros do lar; relaes entre os cnju-ges tanto corporais como espirituais, deveres e tarefas cotidianas, alegrias e dores. Se o lar consentir, ento a redeno resplendecer em todos os setores da vida familiar, para louvor da glria do Pai4.

    Eis a mais uma boa matria para nosso Dever de Sentar-se: estamos consentindo em ser testemunhas deste amor de Cristo e da Igreja?

    Hlne e Peter Eq.05A - N. S. da Santa Cruz

    So Paulo-SPMonique e Grard

    Eq.01A - N. S. do SimSo Paulo-SP

    M. Regina e Carlos Eduardo Eq.01A - N. S. do Rosrio

    Piracicaba-SPCidinha e Igar

    Eq.01B - N. S. Aparecida Jundia-SP.

    1 Ef 5, 29-32. / 2 Le Mariage, ce Grand Sacrement (O Matrimnio, esse Grande Sacramento), n-mero especial do LAnneau dOr, pg.210. / 3 O Amor e a Graa, pg. 71 / 4 Le Mariage, ce Grand Sacrement (O Matrimnio, esse Grande Sacramento), nmero especial do LAnneau dOr, p. 230.

    CM 498 33

  • testemunho

    Os Desgnios de NOSSA SENHORA

    34 CM 498

    Somos equipistas h 23 anos, e amamos as ENS, pois acreditamos que somos guiados e protegidos por nossa querida Me do Cu a todo momento. Nesse longo pero-do de vida de equipe, vimos nossa caminhada se transformar para me-lhor a cada dia!

    Como equipistas, participamos de tudo que nos proposto pelo Movimento. Assim, quando soube-mos do Encontro Nacional em Apa-recida nos propusemos a vivenciar mais essa experincia. Fomos de micro-nibus, com outros casais da nossa regio.

    Estamos um pouquinho fora de forma, com a idade mais avanada, e a viagem de quase 12 horas, num banco to apertado, nos levou exausto. Chegamos com o corpo quebrado, cada ossinho de nossas pernas gritava por socorro! Toma-mos o caf da manh e deitamos o dia todo.

    noite, participamos da aber-tura do Encontro. Que maravilha! Tudo muito organizado, os equipis-tas do Brasil inteiro se encontrando e confraternizando, as celebraes muito bonitas, uma espiritualidade gigante! Vivenciamos cada momen-to com muita alegria e entusiasmo; mas no fundo dos nossos coraes, havia a a io da viagem de vol-ta. No estvamos preparados para mais 12 horas de viagem!

    No dia do encerramento, na la do almoo tiramos uma sel e para mostrar para os casais da nossa

    equipe. No cantinho atrs de ns, na imagem, apareceu um senhor calvo, olhando no celular. Na hora meu es-poso virou para trs e disse: Olha, ns vamos levar voc pra Itumbiara, j que apareceu aqui na nossa foto! E ele retrucou: Itumbiara? Vocs so de l? Nossa! Ns somos de Goinia! Que coincidncia no meio de tanta gente... E logo comeamos a conversar. Conversa vai, conversa vem, ele perguntou: Vocs vieram para c de qu? Ah, num micro-nibus... Ns viemos de ltima hora, sozinhos de carro, ser que vocs no querem voltar conos-co? Seria timo termos companhia!

    Na hora me veio a imagem de Nossa Senhora intercedendo pela minha angstia da viagem de vol-ta. Como, em meio de quase 7.000 equipistas do Brasil inteiro, um goia-no me oferece o retorno para casa de maneira to inusitada? Aceita-mos com alegria a carona! Viemos dividindo nossas vidas e, no meio do bate-papo, descobrimos que t-nhamos muito em comum: recebe-mos o sacramento do matrimnio pelo mesmo Pe. Gregrio e na mes-ma parquia, Sagrado Corao de Jesus, em Goinia.

    Quando chegamos em Itumbia-ra, abraamos-nos e nos sentamos mesa para o jantar. Antes, porm, demo-nos as mos e agradecemos pelo dom da vida e pela alegria de sermos membros das Equipes de Nossa Senhora.

    Nossa Senhora Medianeira, Nos-sa Senhora da Esperana e Nossa Se-nhora do Carmo, roguem por ns!

    Micssia e William Cubas CR Setor C

    Itumbiara-GO

  • De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discpulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como tambm Joo ensinou aos seus discpulos.

    Esse clamor descrito em Lucas 11,1 uma maneira de sa-bermos que a orao a melhor forma de nos conectarmos a Cristo. Os discpulos de Jesus tinham crescido numa cultura que dava grande importncia orao. Eles deveriam estar familiari-zados com as muitas oraes registradas no Velho Testamento. Entretanto, quando ouviram Jesus orar, reconheceram uma nova dimenso na comunicao com Deus. Esse dilogo, natural como uma conversa entre verdadeiros amigos, con dentes de histrias de alegrias e tristezas, o que buscamos diariamente. Essa re-lao deve se iniciar desde cedo, ainda criana, mesmo que o entendimento ainda no seja maduro, mas certamente espon-tneo. Os pais so personagens-chave nessa familiarizao do dilogo com Jesus. A criana que participa da orao em famlia como uma rotina ter tambm a facilidade de encontrar Cristo como um amigo de todas as horas. E no foi diferente quando o lho de um casal equipista de Sobral no Cear fez uma solici-tao aos seus pais, Valdelcia e Neurimar. Mame, papai, e se a gente zesse o tero das crianas aqui em casa? Esse pedido no foi toa... Era poca de provaes e estavam precisando se fortalecer em suas oraes para enfrentar a situao. Ele poderia ter feito uma orao individual, ou com seus pais, mas resolveu partilhar dizendo que a orao com os amigos seria bem mais forte! E assim aconteceu. Pais e lhos reunidos propiciando um momento de encontro com Cristo por meio da orao. Dessa forma, iniciamos o Tero das Crianas, que a cada ms acon-tece na residncia de um casal equipista e esperamos que essa iniciativa renda frutos e se propague entre as demais famlias das Equipes de Nossa Senhora.

    Alrieta e VicenteEq.08 - N. S. das Graas

    Sobral-CE

    O TERO DAS CRIANAS

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    CM 498 35

  • ETERNAMENTE ETERNAMENTE ETERNAMENTE SIM!SIM!SIM!SIM!SIM!SIM!

    Todo casal, principalmente os que casaram muito cedo, como ns, temos todo tipo de briga, cimes, decepes e desenten-dimentos. Mas temos que saber que o segredo da vitria che-gar no fim do dia e optar pelo AMOR, pela FAMLIA. Quando se jovem, o que motiva a rela-o imaginar aquele casamen-to de conto de fadas, perfeito, onde os noivos dizem sim e vi-vem felizes para sempre. Temos 25 e 27 anos e somos casados h 5, e este o nosso terceiro ano no Movimento (contando com a Experincia Comunit-r ia). Hoje percebemos que o que torna um casamento perfei-to so exatamente as nossas imperfeies e principalmen-te o que decidimos fazer com elas. O Dever de Sentar-se nos ajudou muito a perceber isto, um PCE complicado para iniciar, mas, ao colocarmos em prtica o que foi aprendido e conver-

    sado, o resultado gratificante. Toda noite, seja uma noite de muito amor, ou de briga, todo casal tem que mandar um sinal pra Deus, e um para o outro. Va-mos honrar a vontade de Deus e deixar o amor prevalecer. Vamos vencer, sim! difcil escolher o AMOR, diante de tanto orgulho, de tanta vontade de pagar com a mesma moeda. Mas ser que foi para isso que Deus colocou um no caminho do outro? Para que foi mesmo que voc optou em dizer SIM ao receber o sacra-mento do matrimnio? Devemos lutar a tudo e todos que cruzam contra ns em nossos caminhos. Desistir muito fcil, mas per-de-se o melhor da vida, que olhar para trs e sentir orgulho do que fizemos com nossa vida e com nossa famlia. Claro que quando casamos sonhamos em ser felizes para sempre, mas se buscarmos, antes disso, fazer o outro feliz, a gente consegue!

    Ranielly e RonneyEq.27 - N. S. de Lourdes

    Arapiraca-AL

    36 CM 498

  • Voc est consciente DO SEU TESTEMUNHO DE F?

    Por isso buscamos, dia a dia, com as oraes e os Pontos Concretos de Esforo, que nos fortalecem, assim como as reunies mensais, as missas, a Santa Eucaristia, as peregrinaes deste Ano Santo da Misericrdia e muitos outros meios que dispomos, a continuar buscando a santificao, nem mais, nem menos!!

    Scott Hahn, ex-pastor que se converteu ao Catolicismo, nos diz: Temos muitas razes para crer. Temos bons, belos e plaus-veis motivos para crer. E muitos de nossos vizinhos, amigos, co-legas e familiares esto desespe-rados em encontrar uma razo para crer. Nossas palavras e nos-sas vidas devem lhes dar essas amplas razes. Na celebrao da Sexta-Feira Santa, um padre nos fez a seguinte pergunta: O que z, o que fao e o que farei por Jesus? Se olharem de lon-ge, nossos filhos e amigos ve-ro um rastro luminoso de bons testemunhos em nossa vida? Deixaremos vivo para nossos amigos e familiares a Luz de Cris-to? Como em Emas, sigamos sempre o Caminho e ajudemos as pessoas a reconhecer Jesus, nos esforando para demonstrara razo da esperana que h em ns.

    Rachel e Fernando Eq.02B - N. S. Rainha de Todos os Povos

    So Paulo-SP

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    J que resolvemos ser catli-cos, e cremos que a essa altura de nossas vidas isso um fato consumado , conhecemos e reconhecemos a importncia da nossa f nos atos que temos e assumimos. Cristos-protestan-tes acreditam que s pela f po-dem se salvar. Mas ns, catlicos, no! Para ns inconcebvel no associar a f aos nossos atos, nossa conduta, ao nosso com-portamento.

    Sabemos de cor as palavras de So Tiago: Se nossa f no se traduz em obras, ela mor-ta! Se de fato cremos no Cristo Ressuscitado, pedi