ens - carta mensal - 475 - outubro/2013

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CARTA Equipes de Nossa Senhora Mensal RAIZES DO MOVIMENTO O jogo de Equipe p. 20 TESTEMUNHO CRE - Um sim de amor. p. 26 MARIA O Sim de Maria p. 10 Ano LIII • out 2013 • nº 475

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Page 1: ENS - Carta Mensal - 475 - Outubro/2013

CARTAEquipes de Nossa Senhora Mensal

RAIZES DO MOVIMENTOO jogo

de Equipep. 20

TESTEMUNHOCRE - Um sim

de amor.p. 26

MARIAO Sim

de Maria p. 10

An

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2013 •

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TESTEMUNHOCRE - um sim de amor ........................... 26O caminho se faz caminhando .................. 27O chamado de Deus ............................... 28Busca da maturidade espiritual .............. 29Acolher e servir ...................................... 30Dinâmicas nas reuniões e a nossa criança interior .......................... 31Ajuda mútua a primeira graça ................ 32

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇOUm retiro para a conjugalidade ................. 33A maravilhosa experiência dos retiros .... 34Retiro - conduzidos à luz do Espírito Santo ..... 36A escolha de uma regra de vida ............. 37

EJNSSomos a juventude do Papa,somos a juventude de Cristo! ..................... 38Casais das ENS acolhem jovens peregrinos ........40De peregrinos a acolhedores ...................... 42Minha experiência como peregrina na JMJ ..... 43Voluntariado: um serviço a Deus e a igreja .. 43

NOTÍCIAS .............................................44

REFLEXÃOA fábula da convivência .......................48

CARTA MENSALnº 475 • out 2013

EDITORIAL Da Carta Mensal ..................................... 01

SUPER-REGIÃO"A fé torna-nos fecundos" ....................... 02Discípulos e missionários na escola de Jesus .................................. 03

IGREJA CATÓLICAA direção certa ....................................... 05O perdão ................................................ 06Oração para o perdão ............................ 06

PASTORAL FAMILIARFamília e vida ......................................... 07Celebração eucarística da semana da família ............................. 08

MARIAO sim de Maria ....................................... 10Nossa Senhora Aparecida ....................... 11

FORMAÇÃONovas formações nas ENS ...................... 13Correção fraterna, um ato de amor ...............15

TEMA DE ESTUDOOração e caridade .................................. 16Espiritualidade conjugal ......................... 17

VIDA NO MOVIMENTOMutirão ................................................. 18Sessão de formação .............................. 19

RAÍZES DO MOVIMENTOO jogo de equipe .................................. 20

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Cida e Raimundo N. Araújo - Equipe Editorial: Responsáveis: Zezinha e Jailson Barbosa - Cons. Espiritual: Frei Geraldo de Araújo Lima O. Carm - Membros: Fatima e Joel - Glasfira e Resende - Paula e Genildo - Zélia e Justino - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622)

Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: [email protected] - Responsável: Ivahy Barcellos - Diagramação: Samuel Lincon Silvério - Foto capa: Jailson Barbosa - Tiragem desta Edição: 23.300 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Rua Luís Coelho, 308 Cj. 53 11º andar - 01309-902 São Paulo - SP, ou através de email: [email protected] A/C de Zezinha e Jailson Barbosa. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

ENCARTE 3o ENCONTRO NACIONAL DAS EQUIPES

DE NOSSA SENHORA DO BRASIL - APARECIDA 2015

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ENS contando sua experiência como CRE e fazem um apelo, emocionado, ao divino Espíri-to Santo para testemunharmos mais uma vez uma renovação de fé e que cada casal eleito lembre que o amor e o serviço a Deus de-vem sempre vir em primeiro lugar.

Uma abordagem diferente, para homenagear as crianças, criada por Jacqueline e Júnior, nos mostra as várias dimensões do “ser criança” e as suas diversas faceta em cada cir-cunstância da vida e da família.

Em Raízes do Movimento, Pe. Caffarel lembra-nos algumas leis da Vida de Equipe e nos leva a re-fletir sobre como estamos jogando este jogo.

As páginas das EJNS retratam com fidelidade as experiências de jo-vens e casais no JMJ, contadas por eles próprios.

Não deixem de ler as informa-ções gerais sobre as inscrições para o 3º ENCONTRO NACIONAL DAS EQUIPES DE NOSSA SE-NHORA DO BRASIL, em Apareci-da, São Paulo. Vera e Zé Renato chamam a atenção principalmente para o período de inscrições e soli-citam que as antecipemos.

Encerramos desejando uma boa leitura a todos e que Jesus Cristo, do alto da sua bondade, nos permita momentos de orações à nossa Mãe Santíssima - Nossa Senhora Apa-recida.

Zezinha e JailsonCR Equipe da Carta Mensal

Edit

ori

alQueridos IrmãosOutubro é um mês rico para to-

dos nós: celebramos a aparição de Nossa Senhora Aparecida - a Pa-droeira do Brasil. É o mês em que a nossa Igreja dedica às Missões, nós dedicamos às crianças, escolhemos os nossos Casais Responsáveis de Equipe e é em outubro que toma-mos conhecimento do que aconte-ceu no Colegiado Internacional.

Do Colegiado Internacional, quem nos traz as notícias é o casal Cida e Raimundo. Falam do primei-ro Encontro com o novo Casal Res-ponsável da ERI e mencionam com rara emoção o quanto entraram em si mesmos, em oração, para res-ponder à Palavra: “ONDE ESTÁ VOSSA FÉ?” (Lc 8, 22- 25).

Fátima e Canêjo chamam-nos a entender melhor as ENS, como meios para conseguir uma espiritualida-de própria, mergulhando no mar de graças e bênçãos que são as ENS, como escola de espiritualidade conjugal, e exorta-nos a sermos discípulos missionários dessa escola.

“Faça-se” é o tema que Monse-nhor Marcelino oferece-nos, e relata a força dessa expressão nas várias ocasiões da vida de Nossa Senhora, alertando-nos para as circunstâncias de quando ela deu o “sim”.

Márcia e Lula complementam a bandeira com um relato histórico da aparição de Nossa Senhora no Rio Paraíba e seus triunfos posteriores com as romarias, iniciadas em 1900.

Polly e Felipe dão um teste-munho límpido de fé e amor às

Tema: “Caminho da vida espiritual em casal”

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Sup

er-R

egiã

o “A FÉ TORNA-NOS FECUNDOS”

Queridos equipistas:Pelo quarto ano consecutivo,

sempre na Carta Mensal de outu-bro, reservamos um tempo de par-tilha de nossas emoções e alegrias com todos vocês pela nossa par-ticipação no Colégio Internacio-nal. É missão de todos os casais responsáveis de Super-Região se fazerem presentes nesse Encontro que acontece uma vez ao ano em países diferentes. Em 2012 foi em nossa casa, Brasília, estão lembra-dos? Neste ano quem nos acolheu foi a SR França-Suíça-Luxemburgo.

A novidade é que esse foi o primeiro Colégio Internacional de nosso novo casal da Equipe Res-ponsável Internacional (ERI), Tó e Zé, do SCE, Pe. José Jacinto Farias (scj), do Casal Ligação da Zona América, os queridos Graça e Ro-berto, e de outros casais.

Os seis dias de Encontro foram de muita oração, celebrações eu-carísticas, dever de sentar-se, for-mação e troca de experiências. O convívio alegre e fraterno foi um

alimento para nosso espírito, en-chendo-nos de esperança e fé na providência divina.

O tema do Colégio mexeu pro-fundamente conosco, levando-nos a entrarmos em nós mesmos para responder à questão: “ONDE ESTÁ VOSSA FÉ?” (Lc 8, 22-25). Um tema provocador que aponta para os desafios (as tem-pestades, o mar agitado) que têm de enfrentar os amigos de Jesus (nós somos estes amigos). Apesar de Jesus estar dormindo na bar-ca, os discípulos sentem medo. O medo é a falta de fé. Fé na ação misteriosa de Jesus.

Essa reflexão nos fez percorrer cada dia, meditando o significado de alguns versículos desse Evan-gelho: “Passemos à outra margem do lago” (8,22); “...eles ficaram inundados e em perigo” (8,23); “E Ele, levantando-se, ameaçou o vento e as águas” (8,24); “Onde está a vossa fé?” (8,25ª) e “Quem é este homem, que até manda nos ventos e nas águas, e eles obede-cem-lhe?” (8,25b).

Saímos desse Colégio Interna-cional convictos de que a fé na presença de Jesus em nosso bar-co enche nossos corações e nos impulsiona a seguir com alegria e esperança nossa missão.

Irmãos queridos, que nossa fé possa ser do tamanho de uma se-mente de mostarda (Mt 17,20).

Unidos em oração, nosso carinho. Cida e RaimundoCR Super-Região

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DISCÍPULOS E MISSIONÁRIOS, NA ESCOLA DE JESUS

Em 1939, na França, sob a inspiração do Espírito Santo, o olhar materno de Maria e o di-namismo do saudoso Pe. Caffarel tem início a primeira equipe que deu origem às Equipes de Nossa Senhora, um Movimento da Igre-ja Católica e uma incomparável escola de espiritualidade para todos nós casais equipistas, hoje espalhadas pelo mundo inteiro. “As ENS têm por objetivo essen-cial ajudar os casais a caminhar para a santidade. Nem mais, nem menos” (Pe. Caffarel).

Como o grão de mostarda da parábola narrada em (Mt 13, 31-32), as equipes tornaram-se uma grande árvore, acolhendo casais do mundo inteiro através da mís-tica: Reunidos em nome de Cris-to; Ajuda mútua; Testemunho.

Abastecidos pelos Pon-tos Concretos de Esforço e os demais meios que nos são oferecidos, como ca-sais, vivemos na alegria, o grande dom do Sacra-mento do Matrimônio.

Uma das grandes riquezas das ENS é o tema de estudo proposto para cada ano. O caminho da vida espiritual, que estamos estudando, tem sido uma enorme contribui-ção para a vivência da espiritu-alidade conjugal. O capítulo VII

contempla as ENS como Escola de Espiritualidade Conjugal. O Beato João Paulo II, através da Carta Apostólica Novo Milênio Ineunte, preparando a Igreja para o início do novo milênio, falou a todo o povo de Deus: “Fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão, eis o grande desafio que nos espera no milênio que começa, se quiser-mos ser fiéis ao desígnio de Deus e corresponder às expectativas mais profundas do mundo”. Igreja, casa e escola de comunhão. ENS, esco-la de espiritualidade conjugal. O pensamento é o mesmo. A Igreja, como Mãe e Mestra, tem a missão de ensinar, de educar na fé. As ENS acontecem na Igreja, apren-dem com a Igreja, caminham com a Igreja e como pequenas Igrejas domésticas, voltadas para a con-jugalidade, são também escola, onde, como discípulos e missioná-rios, aprendemos a viver a espiri-tualidade conjugal.

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Ainda recordando João Pau-lo II e refletindo a mística das Equipes de Nossa Senhora, cons-cientes do sentido missionário do sacramento do Matrimônio, como dom que se abre à huma-nidade, compreendemos que a espiritualidade conjugal deve ser uma espiritualidade de comu-nhão. Não poderá ser um fim em si mesma. O casal vive a espiri-tualidade conjugal em função do crescimento de cada cônjuge, dos filhos, da família e de toda a Igre-ja. “Espiritualidade de comunhão significa, em primeiro lugar, ter o olhar do coração voltado para o mistério da Santíssima Trindade que habita em nós e cuja luz há de ser percebida também no ros-to dos irmãos que estão ao nosso redor. Precisamos ter a capacida-de de sentir o irmão de fé na uni-dade profunda do corpo místico, como um que faz parte de mim”.

Sintamo-nos discípulos na escola de Jesus, sin-tamo-nos discípulos nas ENS, escola de espirituali-dade conjugal.

O Guia das ENS recorda que o casal, unido pelo sacramento do Matrimônio, quer viver a es-piritualidade conjugal ao longo dos dias. Entretanto, às vezes pode ser difícil agir segundo as exigências do amor. Cometemos erros, somos feridos, mas é preci-so prosseguir, e se voltar sempre um para o outro. É exatamen-te nesses momentos que o casal encontra Cristo. “Onde dois ou

mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles” (Mt. 18, 20).

A Igreja propõe e orienta uma espiritualidade conjugal própria. As ENS oferecem um meio para consegui-la. É necessário que cada casal equipista não fique à margem, mas mergulhe no mar de graças e bênçãos que são as Equipes, como escola de espiri-tualidade conjugal. É o próprio Deus que age através dos nossos dirigentes, nos oferecendo tantos meios e oportunidades para cres-cermos na fé. A Carta Apostólica do Papa emérito Bento XVI, com a qual foi proclamado o Ano da Fé, nos alerta: “não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz escondida” (Mt. 5, 16). Se quisermos ser casais cuja vivên-cia da conjugalidade se faz mis-são, nos levando a anunciar Je-sus Cristo através do sacramento do Matrimônio, precisamos beber da fonte donde jorra água viva (Jo. 4, 14). A fonte que é Jesus, o esposo, o mestre, o mesmo que nas Bodas de Caná, transformou água em vinho para que a alegria dos noivos fosse duradoura, e que continua fecundando nossas equipes para que elas sejam sem-pre mais Escola de Espiritualida-de Conjugal onde devemos abas-tecer nossas talhas e contagiar o mundo inteiro com a alegria, a felicidade e a paz que brotam de um casamento vivido de acordo com o Projeto de Deus.

Fátima e CanêjoCR Província Norte

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A DIREÇÃO CERTA

Igre

ja C

ató

licaA malícia de determinados ho-

mens foi checada por Jesus. A pe-cadora pega em adultério foi salva por Jesus, que desafiou os que a queriam apedrejar. Eles não eram santos, como alguns fariseus que de-sejam condenar os outros e são os maiores pecadores.

Outra mulher também tida como pecadora foi lavar os pés de Jesus com suas lágrimas e passar neles perfumes. Jesus perdoou seus mui-tos pecados,

Vendo seu profundo arrependi-mento, deu a lição de que a mise-ricórdia vem de Deus em socorro da pessoa que manifesta amor (Lc. 7,36 ss).

A misericórdia leva à correção, como o próprio Mestre disse: “Nin-guém te condenou? Eu também não te condeno”, Vai em paz, mas não peques mais (Jo. 8,10-11).

Numa sociedade de muita com-petição, de busca de prestígio a qualquer custo, de mentiras e ódios, há sempre o lugar da ternura, o da compaixão, da doação generosa de muitos para ajudar as pessoas a se erguerem de sua vida sem sentido.

As pessoas mais felizes são as que são senhoras de si, com o uso do equilíbrio de seu potencial em re-lação à sua missão com a consciên-cia do bem prestado ao semelhante. Elas superam a visão do ter as coi-sas materiais, os prazeres e o prestí-gio para assumirem a prática do ser quem mais dá de si pela promoção da vida e da dignidade do outro e de toda a sociedade. Não medem esforços para ajudarem as pessoas a

recuperarem o valor da vida como prática da convivência realmente humana, em que haja cooperação de cada um para tornar mais ade-quada a vida de sentido para todas.

O pecado é parte essencial para as pessoas se recomporem na con-vivência cristã. Do contrário, só haverá revanchismo, autoritarismo e a vigência da lei do mais forte, que fazem sobrepujar a força bruta de quem não sabe usar a força do amor, da compaixão do altruísmo.

Nossa própria fé em Jesus Cristo é baseada na ação gratuita de Deus, que nos presenteia, sem a merecer-mos, para termos condições de vida e salvação. Assim também toda a nossa vida e nossas oportunidades são divinas. Por que não usamos tudo para realizarmos a misericór-dia e a prodigalidade com o seme-lhante? Na parábola do homem que devia muito e foi perdoado, temos a grande questão colocada por Jesus: Se ele perdoou, o empregado não deveria também perdoar a quem lhe devia muito menos do que ele em relação ao seu credor? (Mt.18,33).

Na oração do Pai Nosso é coloca-da a condição: “Perdoai-nos nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos ofendeu” (Mt.6,12). O per-dão é a fonte da humanização. Sem ele só se pensa em progresso e riqueza pessoal sem hipoteca da verdadeira convivência humana digna.

(Dom Alberto Moura Arcebispo Montes Claros-MG)

Colaboração: Diácono João BatistaEq.09 - N. S. da Assunção

Pindamonhangaba-SP

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Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai

a não ser por mim (Jo 14,6)

Nas Sagradas Escrituras, precisa-mente no Salmo 81, 13-14, o Senhor Deus fala ao seu povo por meio do salmista, nestas palavras: Se o meu povo apenas me ouvisse, se Israel seguisse os meus caminhos, com ra-pidez eu subjugaria os seus inimigos e voltaria a minha mão contra seus adversários.

Alguma vez você já parou o carro, por exemplo, numa rua sem saída, porque não quis consultar um mapa ou guia, ou até mesmo pedir ajuda para alguém que conhecesse o cami-nho? Na vida, quando não paramos para ouvir o que Deus nos quer falar, acabamos tomando direções erradas e findamos num beco sem saída. É só olhar um pouco e ver quantos re-lacionamentos afetivos, profissionais e familiares se encontram desgasta-dos! Sobretudo, quando insistimos na direção errada de nosso orgulho, da indiferença religiosa etc.

Vamos imaginar Jesus, como se fosse um gps divino, de última ge-ração, e que nos levará na direção e destino certos. Da mesma forma que paramos para programar o nos-so gps eletrônico, com a intenção de que nos leve a um destino querido e, que às vezes exige uma reprograma-ção, assim devem ser as nossas atitu-des na vida cotidiana: parar um pou-co para escutar o que Deus nos quer falar, por meio de seu Filho Jesus, e a partir dessa escuta, programar o nosso dia; de quando em vez, dar sempre uma paradinha para rever a caminhada.

Pare! Escute! Tenha a humilda-de de reconhecer que sem Ele você se perderá. Siga as orientações de Jesus, seus ensinamentos. Deixe-se conduzir pelo amor do Pai e chegará ao destino querido, com segurança.

É feliz todo aquele que teme o Senhor e segue seus ensinamentos (Cf. Sl 25).

Padre Lídio dos SantosSCE Setor B e da Eq.07B - N. S. do Perpétuo Socorro

Rio de Janeiro-RJ

O PERDÃO

ORAÇÃO PARA O PERDÃOÓ Senhor! Ó Tu, Esperança dos homens! És o amparo de todos estes servos Teus. Conheces os segredos e mistérios. Nós todos somos pecadores, Ó Miseri-cordioso, Ó Clemente. Ó Senhor. Ó Senhor! Não olhes nossas faltas. Trata-nos de acordo com Tua graça e Tua generosidade. Nossas faltas são numerosas, mas o oceano do Teu perdão é ilimitado. Confirma-nos, pois, e fortalece-nos. Ajuda-nos naquilo que nos torne aceitáveis em Teu Limiar. Ilumina os corações, dá vista aos olhos, torna atentos os ouvidos, ressuscita os mortos e cura os en-fermos. Ao pobre, concede riquezas, ao fugitivo, confiança. Aceita-nos em Teu Reino. Ilumina-nos com a luz da bondade.Tu és o Generoso! És o Clemente! És o Benévolo. Amém!

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Por ocasião da Semana Nacio-nal da Família, o Papa Francisco enviou uma sig-nificativa mensa-gem às famílias do Brasil. Nela destacamos um

trecho que nos faz refletir sobre o estreito vínculo que existe entre a vocação de ser família e evangelizar a família e o cuidado com a vida que nasce, cresce e se entrega no seio da mesma. Diz o Papa na men-sagem: “os pais são chamados a transmitir, tanto por palavras como, sobretudo pelas obras, as verdades fundamentais sobre a vida e o amor humano, que re-cebem uma nova luz da Revelação de Deus. De modo particular, dian-te da cultura do descartável, que relativiza o valor da vida humana, os pais são chamados a trans-mitir aos seus filhos a consci-ência de que esta deva sempre ser defendida, já desde o ven-tre materno, reconhecendo ali um dom de Deus e garantia do futuro da humanidade, mas também na atenção aos mais velhos, espe-cialmente aos avós, que são a memória viva de um povo e trans-missores da sabedoria da vida”.

Neste sentido, a Comissão Epis-copal Pastoral para a Vida e a Famí-lia da CNBB continua a fomentar no Brasil, através de nossas comunida-des paroquiais, da Pastoral Familiar, dos serviços, movimentos familia-res, novas comunidades e outros, o

desejo de não somente transmitir a fé, mas as obras que desta devem brotar, como, por exemplo, a cons-cientização, a formação, a educa-ção e o compromisso em favor de uma cultura da vida e pela vida. Particularmente durante a Semana Nacional da Vida e Dia do Nascitu-ro, celebrados no início do mês de outubro, a Comissão, buscando au-xiliar as diversas iniciativas em favor da vida, vem publicando o subsídio Hora da Vida, que traz roteiros de encontros inspirados, neste ano, no tema da Semana: Cuidar da vida e transmitir a fé.

Aproveitou-se a Semana Nacio-nal da Vida e Dia do Nascituro para se apoiar a coleta de assinaturas em favor do Estatuto do Nascituro (PL 478/2007), promovida pelo Movi-mento Nacional da Cidadania pela Vida - Brasil Sem Aborto, que conta com representantes de várias religi-ões. O Estatuto, após ser aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família e de Finanças e Tributa-ção da Câmara dos Deputados, está atualmente na Comissão de Consti-tuição e Justiça, aguardando um(a) deputado(a) relator(a), e precisa ser aprovado, a fim de que mais direitos sejam garantidos às crianças ainda no ventre materno. Com efeito, o Estatuto tem sido apoiado por diver-sas entidades de cunho religioso da sociedade civil, entre elas a CNBB, por se entender ser este um reforço legal a mais, a fim de se evitar que o aborto seja legalizado no Brasil. Muitas foram e são as iniciativas de coleta de assinaturas apoiando o

Past

ora

l Fam

iliarFAMÍLIA E VIDA

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Estatuto, desde coleta feita corpo a corpo por pessoas zelosas em pro-mover e defender a vida até grandes coletas promovidas por diferentes grupos e por ocasião de grandes eventos (marchas, celebrações, sho-ws etc). Portanto, todos podem dar a sua contribuição, quer seja assinan-do o abaixo-assinado diretamente no site da Pastoral Familiar (www.cnpf.org.br), ou baixando a folha para ser multiplicada e apresentada também às nossas equipes (http://www.brasilsemabor to.com.br/docs/Versaoimpressa.pdf).

Além disso, muitos foram os que reagiram à lei 12.835/2013, sancio-nada pela Presidente da República. Se o intuito era prestar atendimento obrigatório às vítimas de violência sexual, a nova lei traz sérias ambi-guidades e orientação de procedi-mento contrário à vida, sobretudo no que diz respeito à obrigação de administrar a chamada “pílula do dia seguinte” pelos hospitais inte-grantes do SUS - inclusive os filan-trópicos conveniados (espíritas, ca-tólicos, evangélicos etc). Segundo profissionais da saúde, a pílula do dia seguinte pode ter efeito aborti-

vo. Por isso, com o objetivo de cor-rigir os efeitos nefastos da nova lei e deixando-a tão somente com a finalidade de garantir o atendimento às vítimas de violência sexual, os de-putados Hugo Leal (PSC/RJ), Sal-vador Zimbaldi (PDT/SP) e Eduardo Cunha (PMDB/RJ) apresentaram o PL 6061/2013, o qual necessita de todo apoio. Isso pode ser feito atra-vés de manifestação popular junto aos deputados(as) membros da Co-missão de Seguridade e Família e da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.

Por fim, vale lembrar que a pro-posta de reforma do Código Penal voltou à pauta no Senado, e merece ser acompanhada, pois traz gran-des ameaças como, por exemplo, a abertura para a prática da eutanásia.

Portanto, diante da cultura de morte, a família é chamada a cada vez mais anunciar o Evangelho da vida! (Pe. Rafael Fornasier - Assessor da Comissão Episcopal Pastoral para

a Vida e a Família - CNBB) Colaboração de:

Cida e RaimundoCR Super-Região Brasil

CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA DA SEMANA DA FAMÍLIA

Como é bom receber a fa-mília, os amigos e vizinhos em nossa casa para uma festa ou comemoração, mas que gran-de experiência de vida é rece-ber essas mesmas pessoas para a partilha da Palavra, para a festa da Eucaristia, para rezar

com e pela família. Pelo segun-do ano consecutivo, durante a Semana da Família, são realiza-das celebrações eucarísticas em casa de famílias dos bairros da cidade. Nesse ano nosso lar foi agraciado com esse verdadeiro presente.

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Desde cedo começamos a pre-paração arrumando, iluminando, enfeitando para que tudo estivesse digno de receber todos que viriam e, principalmente, o convidado especial: Jesus. Um dia frio, com muito vento, fazia-nos pensar se realmente viriam pessoas para a celebração assim, com tudo pron-to, ficamos aguardando ansiosos.

Com alegria acolhemos os pri-meiros convidados e a cada pes-soa que chegava nossos corações se aqueciam mais e mais e quan-do o Padre Sandro, nosso pároco e também Conselheiro de nossa equipe, iniciou a Celebração ha-via mais de sessenta pessoas. Fa-miliares fizeram a primeira leitura e o Salmo, com a bonita homilia

feita pelo sacerdote meditamos a respeito do perdão na família, principalmente, o perdão entre os esposos e, para o nosso orgu-lho, nosso filho de seis anos fez conosco a Oração da Assembleia. Recebemos Jesus na comunhão cantando e sentindo em nossos corações uma alegria muito gran-de por esse momento.

Que estado de graça, quantas bênçãos! Sentimo-nos realmente abençoados e renovados por essa experiência. Que se torne um há-bito de nossa Igreja sair ao en-contro dos fiéis, que se torne um hábito seguirmos a Jesus onde quer que Ele esteja, que se torne um hábito as pessoas visitarem-se para partilhar o amor.

Cláudia e JoelEq. 06 - N. S. das Brotas

Torrinha-SP

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Mar

ia

O Movimento das Equipes de Nossa Senhora é colocado sob a proteção de Maria porque ela conduz ao Cristo, que é o centro da vida espiritual dos equipistas. Maria é, para os equipistas, pelo seu SIM à vontade de Deus, um exemplo perfeito da docilidade ao Espírito Santo. O sim de Maria é um convite constante para que também nós digamos sempre sim a Deus, apesar das nossas limita-ções.

O sim de Maria é registrado por São Lucas no seu Evangelho “Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38). Temos aqui na resposta positiva de Maria mãe, um ensinamento a todos os filhos e filhas de Deus, pois ela apresen-ta todo um itinerário de sua vida diante do Projeto Divino. A vida de Maria foi plenamente um sim para Deus.

Não é difícil responder sim às situações agradáveis da vida; difícil é responder sim quando as coisas não vão bem. Maria deu o seu sim quando a situação não era fácil e nos ensinou a dizer sim para tudo o que vem de Deus, pois assim foi a sua trajetória de vida. Sua vida foi um SIM constante a Deus, um “seja feita a vontade de Deus”, um “Faça-se”!

Ela diz Sim, não só na hora que recebe a incumbência por desígnio divino, de ser a Mãe do Filho de Deus, portanto Mãe de Deus; como também na hora do peso da maternidade dolorosa, do

Filho Servo sofredor no patíbulo da cruz. Ela está lá como mãe, ao pé da cruz (Jo 19, 25-27). É um doloroso Faça-se!

O Sim de Maria é um faça-se, quando ela quase às vésperas de dar a luz, tem que empreender via-gem. Por questões político-admi-nistrativas de uma soberba de Au-gusto, um servilismo de Herodes, tem José que trasladar-se com sua mulher a uns 150 km de Nazareth até Belém de Judá. As circunstân-cias das estradas, do transporte, o estado delicado de sua gravidez,... E Maria diz: Faça-se!

O Sim de Maria é um faça-se, quando chega a Belém de Judá e tem que se resignar com seus le-gítimos sentimentos maternos, ao ser ela rejeitada no povoado pelos belemitas. Ela terá que dar à luz no relento e entre os animais; terá que reclinar seu recém-nascido em crespas palhas, como a um cordei-rinho... Não há lugar para a mãe e o Filho de Deus... E Maria diz: Faça-se!

O Sim de Maria é um faça-se, quando Herodes começa a perse-guir à morte todas as crianças. O Anjo ordena a José que fuja para o Egito a fim de proteger o meni-no. Parece que Deus não tem ou-tro meio ou caminho de proteção a não ser a fuga. Depois terá que voltar à Palestina outra vez, com incômodos, angústias e sobressal-tada, a qualquer momento poderá encontrar a morte... E Maria diz: Faça-se!

O SIM DE MARIA

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NOSSA SENHORA APARECIDA

O Sim de Maria é um faça-se, quando o filho deve deixá-la. Je-sus começa a sua vida pública e Maria, portanto ficará mais soli-tária que nunca... O filho já não pode mais ficar em casa como an-tes, tem que sair para cumprir sua missão de pregador e taumaturgo. Como rabino errante sairá em bus-ca das ovelhas do Pai. E mais uma vez, Maria diz: Faça-se!

O Sim de Maria é um faça-se, quando encontra o seu filho na rua da amargura com a cruz nas cos-tas, a caminho do calvário. Que duro não terá sido para ela, mãe de seu único filho, vê-lo em atrozes condições, sofrendo com o peso do madeiro e dos algozes que o maltratam sem dó nem coração. Ela faria o possível e o impossível para livrá-lo, para estar em seu lu-gar! “Meu Deus, meu Deus, por que tiras meu filho e o deixas de-samparado!”... Porém, mais uma vez, dentre tantas outras, Maria diz: Faça-se!

O Sim de Maria é um faça-se, quando ao pé da cruz recebe em seus braços seu filho desfalecido. Tantas e tantas vezes já o tivera da mesma forma em seus braços, porém amamentando-lhe, trans-

mitindo-lhe vida e carinho. Agora o tem inerte, sem poder cantarolar para fazê-lo dormir, pois dorme o sono eterno. E assim uma vez mais como tanta outras na resignação, Maria diz: Faça-se!

O Sim de Maria é um faça-se, quando na alegria e consolo da Ressurreição, aceita a Ascensão. Ele deve partir outra vez. Depois da tempestade vem a bonança. Após tantos padecimentos, Maria teve o prazer de rever o seu amado fi-lho. Porém sua presença terrena foi breve. Junto ao monte das Olivei-ras ele decide partir para os céus e deixa-lhe a missão de acompanhar seus discípulos, “eis aí o teu filho”. E Maria que recebera a missão do Pai, agora recebe a do Filho e con-clui dizendo: Faça-se!

Maria, mãe de Jesus, mãe da Igreja. Maria, mãe e mestra das ENS, modelo de submissão à von-tade de Deus, aquela que ensina a obedecer obedecendo, ensina-me a viver o meu Faça-se, ensina-me a viver e a dizer Sim! Magnificat! Monsenhor Marcelino G. FerreiraSacerdote Conselheiro Espiritual

da Província NorteBelém-PA

Em Outubro de 1717, Dom Pe-dro de Almeida Portugal, Conde de Assumar, indo de São Paulo para tomar posse como Governa-dor das Minas Gerais, fez uma pa-rada em Guaratinguetá. A Câmara Municipal quis oferecer um gran-de banquete ao ilustre visitante.

E convocou todos os pescadores para que apanhassem toda a sorte de peixes que encontrassem. Três desses pescadores eram Domingos Martins Garcia, João Alves e Filipe Pedroso.

Remaram Rio Paraíba acima, lançando suas redes. Foram parar

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no Porto Itaguaçu e não consegui-ram nenhum peixe que prestasse para o almoço do Conde de As-sumar. Invocando a proteção dos santos, lançaram mais uma vez a rede. Sentiram alguma coi-sa enroscar-se nela. Retiraram para ver. Era o corpo de uma imagem, feita de barro co-zido, mas sem a cabeça. Colocaram o corpo da imagem no fundo do bar-co e jogaram outra vez a rede. E pescaram a cabeça da mesma imagem. Em se-guida, a pescaria tornou-se evi-dentemente milagrosa, enchendo as redes e o barco.

A partir daí começou a devo-ção à imagem encontrada nas águas do Rio Paraíba, sob o títu-lo de Nossa Senhora Aparecida. Esta devoção foi crescendo de ano para ano e estimulada por muitos milagres, até chegar aos nossos dias, quando a Catedral-Basílica de Aparecida - se tornou o maior Santuário Mariano do mundo”! (“Dicionário Mariano” - Editorial Perpétuo Socorro - Porto-Portugal; Abril/88).

“Os triunfos da ‘Senhora Apare-cida’ começaram com as romarias paroquiais e diocesanas. A primei-ra realizou-se no dia 8 de setem-bro de 1900, com 1200 peregrinos vindos de trem, de São Paulo, com seu bispo. Hoje os romeiros são milhões, vindos de todo o Brasil e dos países vizinhos.

Em 1929, no encerramento do Congresso Mariano, Nossa Senho-ra foi proclamada Rainha do Bra-sil, sob a invocação de Aparecida.

Em 31 de maio de 1931, a ima-gem aparecida foi levada ao Rio, para que diante dela, Nossa Se-nhora recebesse as homenagens oficiais de toda a nação estando presente também o Presidente da República, Getúlio Vargas. Nossa Senhora foi aclamada por todos ‘Rainha e Padroeira do Brasil’.

Em 1958, a cidade de Apare-cida foi elevada a Arcebispado e em 1967, Aparecida recebeu a ‘Rosa de Ouro’ enviada pelo papa Paulo VI.

A devoção do povo brasileiro a Nossa Senhora, a peregrinação da Padroeira por toda a Pátria, a abertura de vias rápidas de con-dução e uma equipe especializa-da de sacerdotes e irmãos coad-jutores puseram Aparecida entre os maiores centros de peregri-nação do mundo.” (“Um Santo para cada dia” - 3ª edição - Ma-rio Sgarbossa/Luigi Giovannini - Edições Paulinas).

Márcia e LulaEq.01B - N. S. da ConceiçãoJaboatão dos Guararapes-PE

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NOVAS FORMAÇÕES NAS ENS

“AS ENS são uma escola de formação para casais” (A Segun-da Inspiração)

O artigo terceiro dos Estatutos Canônicos diz que as Equipes de Nossa Senhora são um “movimento de formação e de realimentação es-piritual”. O Movimento sempre de-dicou atenção especial à formação dos seus membros. É por isso que “As ENS são uma escola de forma-ção para os casais. Não se trata tão somente de aprofundar o conheci-mento da nossa fé, mas de praticar o discernimento humano e cristão, que move tanto a razão quanto o coração, na busca de uma mais es-treita coerência entre fé e vida” (A Segunda Inspiração, 3).

O estudo dos Documentos do Movimento e do Tema do ano, o aprofundamento das Orientações de vida, a participação nos encon-tros e nas Sessões de Formação, a leitura dos livros do Pe. Caffarel e a vivência dos Retiros são fatores que contribuem para o discernimen-to citado acima. O Movimento di-rige a formação dos seus membros em duas direções: Para os casais e para as equipes. “Seu objetivo é formar os equipistas ou aprofundar o conhecimento do espírito e dos métodos do Movimento” (Guia das ENS, Cap. X). Objetivam também a formação cristã e o aprofundamento da doutrina da Igreja e da fé.

As formações para casais - Ses-sões de Formação Nível I, II e III, as

Formações Específicas para CRE, CL, CP, CI, CRS e CRR - são bastan-te difundidas. Os Conselheiros Espi-rituais também têm a sua formação específica. Há ainda outras, promo-vidas pelos Setores e Regiões, como os Mutirões e os EACREs.

No ano passado, a Equipe Sa-télite de Formação apresentou um novo modelo de formação destina-do às equipes, de acordo com o seu ciclo de vida, chamado de Encon-tro de Equipes.

A fidelidade ao carisma funda-dor, o aprofundamento da metodo-logia do Movimento, o sentido de pertença às ENS, em sintonia com a Igreja e o estudo das obras do Pe. Caffarel, são temas desses encontros que “pretendem oferecer um con-junto de conteúdos adaptados, ao progresso espiritual e às necessida-des das equipes”.

Quatro encontros compõem o modelo de formação para as equipes:

1 - Encontro de Equipes Novas (EEN): Destina-do às equipes saídas da pilotagem, a fim de apro-fundar o conteúdo do “Vem e Segue-me” e for-malizar o compromisso de equipista. A mística, o carisma e a metodologia fazem parte do conteúdo

Form

ação

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do encontro. O EEN já é uma realidade em Pro-víncias da SRB.

2 - Encontro de Equipes em Caminhada (EE-Cam): Destina-se às equipes que fizeram o Encontro de Equipes Novas e o seu com-promisso entre cinco e sete anos e às mais antigas que não fize-ram o EEN e desejam fazê-lo. É dirigido a todos os casais que compõem a equipe, é adaptado ao seu ciclo de vida e apro-funda o pensamento do Pe. Caffarel.

3 - Encontro de Equi-pes em Comunhão (EECom) : Apresen-ta os mesmos objetivos do Encontro de Equipes em Caminhada, mas com um nível de exi-gência e profundidade maiores. Reforça o ape-lo ao serviço nas estru-turas do Movimento e a vocação geral ao Servi-ço na comunidade e na

Igreja. Os EECom estão abertos à participação das equipes que têm aproximadamente 10 a 12 anos de caminhada.

4 - Encontro de Equipes Novo Sopro* (EENS): Tem por objetivo conduzir os casais a descobrir a im-portância de uma pausa para olhar a vida de equi-pe e lutar contra a rotina; Descobrir a importância da conversão; Colocar-se em equipe, sob o olhar amoroso de Deus; Refor-çar a coesão da equipe; Retornar às fontes; Moti-var para uma revisão de vida em equipe, com o objetivo de estabele-cer um novo dinamismo na caminhada nas ENS. “O EENS constitui o último pas-

so de formação de equipes e desti-na-se a todas as equipes com mais de 15 anos de Movimento, que sin-tam necessidade de um “Novo So-pro”. Esta formação pode ser repeti-da, caso a equipe assim o entender, a cada cinco anos, após a realização da primeira formação”.

Glória e BartolomeuEq. 07A - N. S. Desatadora dos Nós

Jaboatão dos Guararapes-PE

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Quando falamos em correção fraterna nos vem a ideia de re-preensão, censura. Mas, às vezes, com a desculpa de não sermos “mal educados”, guardamos para nós o que pensamos do outro, quando os vemos em situação equivocada. O verdadeiro amigo, porque ama, corrige e expressa o seu inconformismo.

A correção fraterna não é uma invenção do Movimento. Cristo a usava com frequência. Ele foi en-fático ao afirmar: “se o teu irmão pecar, vai corrigi-lo a sós. Se ele te ouvir, ganhaste o teu irmão. Se não te ouvir, porém, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda questão seja decidida pela palavra de duas ou três teste-munhas” (Mt 18, 15-16).

Portanto, a correção fraterna na equipe deve ser feita com prudên-cia e compaixão, colocando-nos sempre na situação do outro e pro-curando sentir o que o outro sente. Daí a necessidade de aplicarmos, na correção fraterna, a pedagogia de Jesus. Para cada um Ele utili-zava uma maneira de corrigir, res-peitando sempre a personalidade, a liberdade e o momento de cada um. A uns corrigia com olhar. A outros com conselhos e questiona-mentos. Já com os fariseus foi mais severo, ao expulsar os vendilhões do templo, mantendo coerência e transparência em suas atitudes.

Assim também devemos agir, deixando o outro expor sua opi-

nião, mesmo que seja oposta à nossa. Na passagem do filho pró-digo sentimos a misericórdia no mais amplo sentido e a diferença no emprego da correção fraterna. Quanto ao filho mais moço, o pai, apesar de contrário à ideia, não opõe resistência ao adiantar a sua parte na herança, permitindo que ele parta. No entanto, depois de gastar tudo o que tinha, lá está o pai de braços abertos para recebê-lo de volta. Quanto ao mais velho apenas o questiona e o repreende. Imaginemos o que aconteceria se o filho pródigo encontrasse com o irmão mais velho e não com o pai ao retornar para casa?

Às vezes, na equipe, somos tentados a agir como o filho mais velho. Julgando-nos “justos”, pen-samos fazer o bem a determinado casal, assediando-o, asfixiando-o sem descanso com conselhos, re-preensões e exortações. Tais pro-cedimentos, em muitos casos, têm levado ao conflito, provocando terríveis desastres ou quando não, inimizades e o fim da equipe. De-vemos lembrar que somos guardi-ões uns dos outros.

Assim, em qualquer correção fraterna, precisamos nos espelhar em Cristo e, depois de muita refle-xão e oração, perguntarmos: Se-nhor, o que faria em nosso lugar?

Dóris e Adalberto Bega Eq.06A - N. S. de Fátima

Jaú-SP

CORREÇÃO FRATERNA, UM ATO DE AMOR

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ORAÇÃO E CARIDADEOs meios da espiritualidade

conjugal.O Tema de Estudo nos levou

a refletir sobre os vários meios da caminhada para a Espiritualidade Conjugal. Podemos dizer que pas-samos por muitos deles, dentro e fora do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Hoje, vivencia-mos os Pontos Concretos de Es-forço e nos alimentamos da Santa Eucaristia - fonte de nossa força espiritual. Com gosto pela leitura, ganhamos conhecimento através dos livros e documentos do Movi-mento e da Igreja.

Entretanto, chegamos à conclu-são de que nossa caminhada não teria sentido se não estivéssemos comprometidos com o serviço no Movimento e na Igreja, a dois. Para nós, o serviço, em casal, é o maior meio para a espiritualidade conjugal. Servir é um ato de dar e receber, é uma escola completa, onde transmitimos o pouco que sa-bemos e recebemos e aprendemos

muito. Acontece troca de experi-ências incríveis quando amadure-cemos a convivência com outros casais: aprendemos a aceitar as diferenças, a respeitar e amar as pessoas com suas qualidades e defeitos, a perceber que, muitas vezes, o que achamos que são de-feitos, são qualidades ignoradas, a descobrir que existem problemas em cada história de vida, mas que existem, também, várias formas de superação, a não se permitir cair no comodismo e guardar para nós o que recebemos de graça.

Queremos afirmar que é bem claro, para nós, que todos os meios citados no início são fundamentais, mas, quando somados à caridade, dá um sentido completo à nossa vida. Servir para nós é procurar ser “sal da terra e luz do mundo” (Mt13,16) e fazer com prazer a vontade de Deus.

Kátia e João CarlosEq.01 - N. S. da Paz

Arujá-SP

Tem

a de

Est

udo

ERRATA CM 473 - agosto/2013 = na

p. 28 a foto correta é esta:CM 473 - Capa 3 - Meditan-do em Equipe, onde consta “tornar inútil à cruz de Cristo”, leia-se: “tornar inútil a cruz de Cristo”

CM 474 - setembro/2013 = Na p. 26 (na identificação do au-tor) onde se lê Eq.02B leia-se Eq.04B

EEN - Região CE II

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A espiritualidade conjugal decorre da graça particular recebida pela consagração do Matrimônio destinada a aperfeiçoar o amor dos cônjuges e a fortificar a sua unidade indissolúvel. Esta gra-ça contribui também para a santificação mútua ao longo de toda uma vida conjugal e, também, para a aceitação mútua e para a educação dos filhos.

Nela conseguimos fazer uma escolha por um caminho que nos conduz além da busca do bem-estar e do prazer para alcan-çarmos a maturidade no amor divino, pois nos motiva para o di-namismo da ação.

Hoje temos mais facilidade em conhecer o Evangelho, mas in-felizmente este conhecimento tornou-se fragmentado e deficiente, sendo a prática religiosa cada vez mais reduzida.

Devemos lembrar que o casamento cristão é um sacramen-to maior, e que teve uma grande importância durante o Concílio Vaticano II. Foi-nos mostrado que a santidade não é apenas para alguns privilegiados, mas sim para todos os batizados.

Lembramos que a espiritualidade conjugal está bem ancorada no humano. Ela não pode se restringir a um conjunto de ritos e práticas distantes da vida concreta, mas, sim, um caminho que leva a Deus, sob o impulso do Espírito, em meio ao conjunto das realidades que vivenciamos. Viver a Espiritualidade Conjugal con-siste em fazer agir o sacramento por gestos, palavras e atos especí-ficos do amor natural que une o casal.

“Para nós, esposos, a nossa vocação é irmos juntos para Cris-to, um e outro, um com outro, um pelo outro”. A fonte do amor cristão não está no coração do homem. Está em Deus. No sacra-mento do Matrimônio há uma dupla aliança. A aliança entre os esposos que celebram o sacramento e a aliança de Cristo com os esposos, sendo este o grande mistério, nos diz São Paulo.

Viver a espiritualidade conjugal é cumprir a vontade de Deus, que torna o casamento um lugar de amor, um lugar de felicidade e um caminho de santidade.

Eliana e GilsonEq.60H - N. S. dos Anjos

Brasília-DF

ESPIRITUALIDADE CONJUGAL

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PROVÍNCIA NORDESTE

Quando entramos nas ENS, estávamos ansiosos para receber muitas graças e vivenciar esse tão falado amor cristão no Matrimô-nio. No entanto, fomos aprendendo que a maior dádiva em ser equipista não é receber, mas doar aquilo que recebemos com amor.

Quando nossa Equipe foi con-vidada a fazer a animação do Mu-tirão/2013, deu um frio na barri-ga de todos. “O que fazer? Como fa-zer? Temos medo? Temos vergonha? Será que nossa animação deixará alguma semente no coração dos ca-sais? Mas, quando o Espírito Santo age, sabemos que ele faz maravilhas. Aceitamos o convite. Optamos por falar daquele que foi o instrumento de Deus para a formação das ENS, Pe. Caffarel. Ele nos inspirou, para animar e reavivar a chama de amor nos casais durante o Mutirão. Partici-param também conosco o Casal Re-gional Amélia e Moab, e o SCE da Região Frei Romildo, que insuflou ainda mais os ânimos de todos.

A dedicação para a construção desse momento transformou-se em verdadeira vivência fraterna, até nos-sas famílias se envolveram na anima-ção. O medo e a ansiedade deram lugar à fé e à gratidão: gratidão ao Setor, por nos ter dado a oportuni-dade de descobrirmos esta forma de amar ao próximo. Que esta semente plantada sirva como propulsão de amor para nossos irmãos que ainda não conseguem vivenciar em plenitu-de esta doação de fé. Como diria Pe. Caffarel:

Eis um novo ano. Que ele seja bom para o seu lar. Oro por vo-cês. Que em sua casa Deus seja o primeiro a ser procurado, o primeiro a ser amado, o primeiro a ser servi-do. Amem-se: quando a caridade cresce em seu lar, ela cresce também na Igreja... Amem-se. Sejam felizes: o Senhor aguarda este louvor, e os que os cercam, esse testemunho. Façam reparação por todos os inúmeros casais nos quais o amor se apaga e que fecham as suas portas ao Cristo.

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SESSÃO DE FORMAÇÃO

Rezem pelas viúvas, cujo sacrifício é uma fonte de vida para a sua famí-lia. Ajudem-me. Ajudem-se. Que Nossa Senhora seja para vocês uma mãe honrada e querida (Pe. Caffarel. Lettre du Mois, 25 de dezembro de 1945, p. 1.).

Obrigado aos casais que são exemplos de amor conjugal para to-dos nós, ao nosso querido e irmão SCE da Província Pe. José Neto, pe-las orientações, paciência e pelas par-

ticipações na animação, ao Pe. Caffa-rel que nos deu material e inspiração para este Mutirão, a N. S. das Graças, guia da nossa caminhada e a Deus, por esta oportunidade vivenciada nesta pequena Igreja chamada ENS.

Que o nosso exemplo como ca-sais possa refletir no amor de nossos filhos e na construção de lares fortale-cidos na fé.

Eq.20A - N. S. das GraçasArapiraca-AL

PROVÍNCIA CENTRO-OESTE

SF N III - Palmas-TO

A Região Centro-Oeste I desen-volve uma expansão em Palmas, desde 2007, e atualmente conta com quatro equipes e uma em Pilotagem.

Em abril de 2013, realizou-se a primeira Sessão de Formação Nível III, com palestras ministradas pelo Casal Responsável Provincial e pelo Casal Responsável Regional. Quase todos os casais participaram ativa-mente. Foram convidados dois casais de Brasília para enriquecer a troca de ideias e de experiências.

Realçamos o exemplar clima de amizade e entreajuda oferecido pelos anfitriões aos CRP e CRR, além do acolhimento cristão a casais que vie-

ram de Brasília exclusivamente para participarem desta formação.

Impressionou-nos que os temas dos Grupos de Assimilação foram enfaticamente buscados por todos. Ali ocorreram maravilhosas trocas de experiências e descobertas de meios para melhorar a vida equipista, rumo à santidade.

Os Sacerdotes Conselheiros Es-pirituais fizeram-se presentes, incen-tivando e abençoando a todos. Os casais de Palmas não se sentiram cansados ao final do encontro, dese-javam mais informações e formação, a fim de mergulhar mais profun-damente no Movimento. Que belo exemplo!

Há anos, os casais de Palmas vi-nham a Brasília para participarem de EACRE, formando um bom elo de conhecimentos; agora ficou fortale-cida a amizade entre esses equipistas residentes tão longe e, de coração, tão próximos.

Elza e Edilson CR da Região Centro Oeste I

Brasília-DF

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O JOGO DE EQUIPE1

1 Jogam vocês francamente o jogo da equipe? Há sempre uma tentação de trapacear, pois a regra do jogo contraria muitas das nossas inclina-ções naturais.

Meu propósito hoje é lembrar a vocês algumas leis da vida de equipe. São elas que orientam a boa forma da sua equipe e, portanto, seu pro-gresso cristão. Sobretudo, peço a vo-cês que não digam: “que importa a maior ou menor coesão, a maior ou menor perfeição da nossa equipe? O essencial é o benefício que todos nós recebemos das nossas reuniões”. Se somente importam as aquisições intelectuais, porque então formar equipes? Um círculo de estudos, uma conferencia por alguma pessoa com-petente daria muito mais resultado.

É precisamente o fazer um jogo de equipe, de equipe cristã, que é essencial, porque é isto que luta con-tra o nosso velho individualismo e pouco a pouco o elimina, porque é isto que nos faz chegar a um maior amor fraterno, a um auxílio espiri-tual mais perfeito, porque é isto que realiza esta “ecclesia”, esta “assem-bleia de Deus” à qual o Cristo pro-meteu sua presença: “quando dois ou três se reunirem em meu nome, Eu estarei no meio deles”. Eu pen-so, pois, que de todas as obrigações dos estatutos2, a mais essencial é a de constituir a equipe e de fazer seu jogo francamente.

Eu repito: “fazer o jogo franca

1 Editorial da Carta Mensal nº 3, ano V, Junho de 1957.

2 Atualmente temos o Guia das Equipes de Nossa Senhora.

mente”. Precisamos, porém, estar bem de acordo sobre este jogo de equipe.

Eis aqui, suas grandes leis: LEI DO CONHECIMENTO:1 - Conhecer os outros: É muito

importante conhecer os outros; se não for assim não será possí-vel dedicar-lhes um verdadeiro amor e ajudá-los eficazmente.

Se me fosse possível dizer eu o diria: É preciso conhecer o contexto em que eles vivem, o contexto familiar, profissional e social. Conhecer as dificuldades que eles enfrentam, à ajuda que recebem, as responsabilidades que eles assumem ou deveriam assumir.

Conhecer tudo aquilo que forma a personalidade deles: A orienta-ção do pensamento, seus gostos, suas atitudes, o caráter.

É preciso ainda pressentir (eu não digo conhecer) o mistério pessoal deles. Cada um, com efeito, é um filho de Deus único, em que um tesouro está escondido - eu diria melhor - o germe de santidade única cujo desabrochar ou fene-cer servirá para o julgamento de suas vidas.

Não é fácil conhecer deste modo os outros. É necessária uma aten-ção profunda, perspicaz, que sai-ba “ver” os outros. Esta atenção é uma qualidade, eu diria quase uma faculdade de amor. Quali-dade que exige, de modo nega-tivo a desocupação de si mesmo e, de modo positivo esta graça

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prometida em nome de Deus por Ezequiel: “eu porei meu olho no teu coração”.

Esta atenção que vem do amor chega ao amor, a um amor maior. Fazendo descobrir as ri-quezas de um ser, ela suscita a admiração, que desperta o amor. Revelando-nos suas penas, suas imperfeições, seus defeitos, ela gera a piedade. Não porem esta condescendência arrogante e al-tiva em que alguns julgam consis-tir a piedade, mas uma piedade cheia de afeição e devotamento. Esta é uma atenção capaz de fa-zer milagres, é ela que faz brotar as fontes e amadurecer a messe. Faz desabrochar a personalidade humana e cristã de um ser.

2 - Fazer-se conhecer: Seria inú-til incitar os membros de uma equipe a conhecer os outros, se, em contrapartida, não se os inci-ta a se fazer conhecer.

Isto não quer dizer que se deva contar ou exibir os aspectos fa-miliares de um egoísmo gabola. O que é preciso é o dom de si mesmo. Como para toda doa-ção de si mesmo é necessário vencer a preguiça e a avareza do coração, o falso pudor e o indivi-dualismo ciumento, o orgulho e o individualismo. Eis aí a grande virtude.

Um meu amigo certo dia, triun-fante, me deu o que ele cha-mava a definição do lionês (ter nascido em Lyon é o meu se-gundo pecado original): “temos de supô-lo cheio de perfume re-nunciando, porém a abri-lo”. Jo-gar o jogo de equipe é oferecer

aos outros seu perfume (ou ao menos um saca-rolha...).

LEI DE ASSUMIR O ENCARGO: 1 - Assumir o encargo: Amar não

é experimentar uma emoção mais ou menos agradável na presença de um ser, mas prometer de nada poupar, do não se poupar, para lhe permitir que atinja seu desen-volvimento humano e cristão. É necessário ajudá-lo a utilizar seus dons, que soubermos descobrir nele. É para esta tarefa, de utilizar seus dons, que ele tem necessi-dade da nossa fé nele, de nosso estímulo, de nossas experiências e também que o ajudemos a tomar consciência daquilo que ele deve retificar, transformar, ou rever, da-quilo que ele necessitar adquirir.

Cumprir a lei do Cristo é carregar os fardos uns dos outros, escreveu São Paulo aos Gálatas. Os fardos materiais e os fardos espirituais, a preocupação por aquele que per-deu o emprego, e esforço de um outro para aprender a rezar, o de-sânimo de um casal que não con-segue a sua unidade, a dor - que não tem nome para exprimi-la - dos pais que têm um filho porta-dor de necessidades especiais...

Uma só palavra diz tudo isso ain-da que o uso a tenha desgastado: devotar-se, dedicar-se aos irmãos como nós nos entregamos a Deus.

2 - Deixar que tomem o encar-go de nós: Se o sinal de um verdadeiro amor fraterno é de se dedicar aos outros, o sinal de um amor fraterno maior ainda é o de consentir na dedicação dos

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outros. Como todas as grandes coisas isso pode degenerar em moleza, frouxidão; há mendigos profissionais e que nem sempre se vestem de farrapos. A estes é preciso chamar a uma sã altivez. Mas, mais numerosas ainda são aqueles que é necessário convi-dar a uma sã humildade: saber pedir à Equipe a ajuda necessá-ria. Eu conheço uma equipe que se “soldou” verdadeiramente na caridade do Cristo, depois que um casal não sem dificuldade consentiu em contar aos outros a embaraçosa situação profissional que o levou à falência, financeira e conjugal.

Ao “Eu não quero dever nada a ninguém” de todos os individu-alistas da terra, o cristão opõe a alegria de reconhecer: “eu lhes devo tanto”.

LEI DO DOM:1 - Dar: Vocês tomaram o encargo

dos membros de sua equipe, vo-cês se sentem, vocês querem ser responsáveis (em parte) de seu aperfeiçoamento humano e cris-tão. Resta-lhes trabalhar. Dar-lhes. Dar-se.

Mesmo que você fosse o mais pobre, você ainda teria infinita-mente para dar, pois, os que nos cercam têm antes necessidade de nós mesmos do que de nossos bens. E é também o mais difícil de se conseguir. “Meu coração está amarrado com um elástico, no momento em que eu o dou ele volta para mim”: assim se ex-primia em confissão um homem que queria me fazer compreender seu egoísmo. É difícil, é cansativo

dar-se, estar sempre disponível. Disponível para lhes prestar um serviço material, sem dúvida, mas antes de tudo este serviço de um preço incomparavelmente supe-rior, que lhes consiste em oferecer um coração atento, compreensi-vo, encorajador, que infunde con-fiança, sabe dizer a verdade, ousa exigir.

Existe um outro dom ainda mais precioso. Poucos, entretanto, o praticam. Quero referir-me à vida de Deus em nós que é a nossa principal riqueza e da qual somos tão avaros. Quer se trate de ava-reza ou de pudor ou de respeito humano, o que acontece é que esta vida fica guardada dentro de cada um. Rios de agua viva jorra-rão deles, anunciava Cristo falan-do de seus discípulos futuros.

Mas, os discípulos fecharam as comportas. Numerosas equipes adotaram, durante um ou dois anos, o que nós chamamos de método de meditação do Evan-gelho3; muitas reconheceram que isto provocou uma união mais profunda. O segredo disto é que cada um expõe com toda a sim-plicidade durante sua meditação, aquilo que mais lhe chamou aten-ção no trecho do Evangelho esco-lhido.

Existe ainda um grau maior de perfeição cristã do dom, é o sacri-fício: “não há maior amor do que se dar a vida por aqueles que se ama”. A vida de equipe exige que se sacrifique muitas vezes gostos,

3 Hoje em dia esta prática está incorporada em nossas reuniões no momento dedicado às orações (Meditação, Oração Espontânea e Oração Litúrgica).

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vontades e preferências. Ceder a uma exigência pessoal é diminuir o amor. É recusar o maior be-neficio que podemos esperar da equipe: que ela nos faça morrer a nós mesmos - no homem que morre Cristo surge. Uma equipe periclita quando os seus membros perdem o espírito de sacrifício.

2 - Pedir e receber: Recusar pedir, se não é orgulho é desprezo pelos outros; não se lhes dá a honra de acreditar que eles tenham riqueza ou ao menos, que eles tenham amor, para dividir conosco.

Destrói-se um ser quando não se espera nada dele. Nossos dons acabam por oprimi-los por me-nos que eles possuam senão ape-larmos para as suas riquezas.

Sabem vocês pedir à Equipe uma opinião, um conselho, um serviço material ou espiritual? Solicitar de um casal amigo da equipe, o que se chamou, na falta de outro termo, “correção fraterna”: que ele lhes digam o que reparou em vocês que não parece bem, que talvez vocês não vejam apesar de todos terem reparado. Com essa correção fraterna chegamos ao pico da amizade cristã. Minha alegria é grande quando posso constatar que esta prática contri-buiu prodigiosamente para o pro-gresso cristão de um lar.

LEI DO BEM COMUM: Fazer o bem alheio passar na

frente do seu é a lei do amor fraterno. Fazer o bem da equipe passar antes de tudo é a lei do bem comum. É este o grande critério que cada um deve adotar. O que põe em risco o equilíbrio, a solidez, o fervor, a alegria

da equipe, deve ser rejeitado. Pelo contrário, deve ser procurado tudo o que pode contribuir para o progresso desta Equipe da qual me sinto res-ponsável.

É necessário que ela seja um êxito da caridade; quero, portanto, tudo que possa contribuir para uma oração mais intensa, para uma par-tilha mais leal e educativa, para uma coparticipação mais enriquecedora, para um auxílio mútuo material e espiritual mais generoso, para uma troca de ideias que seja uma procura mais ativa do pensamento de Deus.

Uma Equipe é como a união dos esposos, que só aos poucos se con-quista. E falar em conquista é falar em esforço, trabalho, combate. Mas, em troca, quanto mais se tiver sacri-ficado pelo amor, pela Equipe, mais se lucrará. É a velha lei do: “quem perde, ganha”.

Eu queria para terminar, falar a vocês dos defeitos funestos ao de-senvolvimento de uma equipe. Será porém necessário? Basta para isso considerar o inverso do que acabei de desenvolver.

Contentar-me-ei, pois, de apre-sentar tipos de homens (ou de mu-lheres...) que são verdadeiras catás-trofes para uma vida de Equipe; o espírito de contradição, o gozador sistemático, o autoritário infalível, o agressivo que está sempre de tocaia, aquele que só escuta a si mesmo, o cético desabusado, o impenetrável que guarda as distâncias... etc. Quem sabe; talvez... algum responsável pela minha descrição, vai reconhecer seus equipistas. Então meus amigos, eu lhes peço - tenham imensa piedade dele.

Pe. Caffarel

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INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE AS INSCRIÇÕES

3º ENCONTRO NACIONAL DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA DO BRASIL –

APARECIDA 2015Aparecida-SP, de 30 de junho a 03 de julho de 2015.

1. Quem pode se inscrever?Todo equipista que conste do cadastro na-cional das Equipes de Nossa Senhora.2. Período das inscriçõesAs inscrições estarão abertas em dois perío-dos distintos:

2.1 - De 01 de outubro de 2013 até 30 de junho de 2014 - vinculadas ao número de vagas estabelecido por PROVÍNCIA e

2.2 – De 01 de julho de 2014 até 28 de fevereiro de 2015 – não vinculadas à PROVÍNCIA, atendendo primeiro a lista de espera pela ordem de entrada e, em seguida, as novas inscrições.

3. Taxa de InscriçãoSerá cobrada uma Taxa de Inscrição no va-lor de R$ 60,00 (sessenta reais) por pessoa, juntamente com o pagamento da primeira parcela.4. Valor da Inscrição

4.1 – O valor da inscrição COM HOSPE-DAGEM (por pessoa):•COM TRANSFER* será de

R$ 900,00 (novecentos reais).• SEM TRANSFER s e rá de

R$ 795,00 (setecentos e noven-ta e cinco reais).

4.2 – O valor da inscrição SEM HOSPE-DAGEM (por pessoa):•COM TRANSFER será de

R$ 420,00 (quatrocentos e vinte reais ).

•SEM TRANSFER será de R$ 315,00 (trezentos e quinze reais).

*TRANSFER: contempla transporte rodo-viário (ida e volta), saindo dos aeroportos e rodoviárias das cidades de São Paulo (SP) e São José dos Campos (SP), no dia

30/06/2015, com destino à Aparecida (SP), local do encontro, e retorno no dia 03/07/2015, após o encerramento do En-contro.5. Parcelamento

5.1 – Os inscritos poderão optar por parcelar o valor da Inscrição em até 15 parcelas mensais. O ven-cimento da primeira ocorrerá em dezembro de 2013 e a última em fevereiro de 2015.

5.2 – O número de parcelas está limi-tado pelo mês em que se realiza a inscrição, de modo que o último pagamento ocorra após fevereiro de 2015.

6. Forma de pagamentoAo concluir a inscrição, o sistema está pre-parado para emitir os boletos referentes às parcelas mensais escolhidas pelo inscrito. O valor correspondente à Taxa de inscri-ção (R$ 60,00) será incluído no vencimento da primeira parcela, seja qual for o plano escolhido. Atenção: a responsabilidade pela emis-são dos boletos é dos inscritos. Havendo dificuldade com a emissão ou perda de boletos, poderá ser emitido 2ª via ou solicitar ao Casal Responsável Regional, Casal Responsável do Setor, Casal Coor-denador Nacional das Inscrições e Secre-tariado das ENS.7. O que está incluído no Valor de uma

inscrição7.1 - Hospedagem em hotel para aque-

les que fizerem esta opção: 03 (três) diárias a partir das 14h00 do dia 30 de junho de 2015 até as 14h00 do dia 03 de julho de 2015.

7.2 – Alimentação: 03 (três) almoços e 03 (três) jantares.87.5 – Translado interno: rodoviária aos hotéis (chegada), hotéis ao local

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do evento, local do evento aos hotéis e hotéis à rodoviária (encerramen-to).

8. Desistências e Cancelamentos8.1 – As desistências deverão ser for-

malizadas por escrito (carta ou e-mail) ao Coordenador Nacional das Inscrições.

8.2 – Aos desistentes que comunicarem sua desistência até 20 de março de 2015, será devolvido integral-mente o valor das parcelas pagas, no mês subsequente ao da comu-nicação.

8.3 – A partir de 01 de abril de 2015, as devoluções por desistência fica-rão na dependência dos contratos assumidos para a realização do evento. Havendo reembolso, este ocorrerá após o fechamento das contas do Encontro.

8.4 – O valor da Taxa de Inscrição não será devolvido, independente-mente da data de desistência.

9. Outras Instruções9.1 – As inscrições são intransferíveis.9.2 – Será mantida a inscrição e garan-

tida a participação no Encontro aos inscritos que mantiverem seus pagamentos em dia.

9.3 – As eventuais sobras serão devolvi-das após o encerramento do Balan-ço Financeiro do Encontro.

Observação: Sugere-se aos inscritos que guardem os comprovantes de todos os pa-gamentos realizados. 11. Coordenador Nacional das InscriçõesCarmem Sílvia e João Fernando BaciottiRua Quinze nº 2024 – Jardim São Paulo Rio Claro (SP) – CEP: 13503-000 Fone: (19) 3534-4749Email: [email protected]

11 – Planos de Pagamento COM HOSPEDAGEM SEM HOSPEDAGEM

PLANO PARCELASCOM

TRANSFERSEM

TRANSFERCOM

TRANSFERSEM

TRANSFERP1 1 900,00 795,00 420,00 315,00

P2 2 450,00 397,50 210,00 157,50

P3 3 300,00 265,00 140,00 105,00

P4 4 225,00 198,75 105,00 78,75

P5 5 180,00 159,00 84,00 63,00

P6 6 150,00 132,50 70,00 52,50

P7 7 128,57 113,57 60,00 45,00

P8 8 112,50 99,38 52,50 39,38

P9 9 100,00 88,33 46,67 35,00

P10 10 90,00 79,50 42,00 31,50

P11 11 81,82 72,27 38,18 28,64

P12 12 75,00 66,25 35,00 26,25

P13 13 69,23 61,15 32,31 24,23

P14 14 64,29 56,79 30,00 22,50

P15 15 60,00 53,00 28,00 21,00

Vera e RenatoCoordenação do 3º Encontro Nacional das ENS

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Quando fomos eleitos CRE no ano passado ficamos surpre-sos, temerosos e um pouco acanhados com o serviço que nos esperava. Não sabíamos ao certo o que iríamos fazer, só sabía-mos que faríamos com muito amor. Quantas coisas aprende-mos durante este ano, quantas vitórias pudemos testemunhar, quantas lágrimas soltamos juntos, quantas barreiras foram transpostas! Sentimos aflorar o amor de pais por nossos irmãos de equipe; como é bom vê-los crescer, ver o amor de Deus dis-seminando em nossas casas e nossas famílias!

Lembro-me da primeira reunião de Colegiado de que par-ticipamos, quando foi nos dito que: “ao dedicamos tempo ao serviço, receberíamos inúmeras graças”, no momento não en-tendemos ao certo o que aquilo queria dizer, mas hoje fala-mos com segurança que este ano de serviço ao Movimento nos encheu de verdadeiras graças, ampliou nossa capacidade de amar, foi a primeira delas; nos fez mais humanos, e encheu nossa família de bênçãos.

Agora o momento de eleição se aproxima, e como dizia Pe. Caffarel: “é hora de passar o bastão (...)”. Que momento lindo e mágico para a vida de um casal que, “juntos, unem seu sim ao de Maria” para ajudar os irmãos a trilhar esta caminhada rumo à santidade do matrimônio e das famílias.

Que o Espírito Santo esteja presente em cada cidade, em cada equipe, em cada coração, para que neste mês de outu-bro, possamos testemunhar mais uma vez uma renovação de fé. E que cada casal eleito, lembre que o amor e o serviço a Deus deve sempre vir primeiro na vida do casal, pois Deus os coloca sempre em primeiro em Sua vida. Pode haver dificulda-des, medo de não conseguir, algumas derrotas, que nos impul-sionarão para a vitória. Tenham certeza de que Deus e Nossa Senhora amparam todos os seus filhos, e que com seu “SIM” estarão tendo a dádiva de viver e testemunhar plenamente o amor cristão. Que sua missão seja muito abençoada e que o amor abnegado de Maria guie vocês nessa jornada!

“Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós” (Jo 20, 21).

Polly e FelipeEq.09A - N. S. das Graças

Arapiraca-AL

Test

emu

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o CRE - UM SIM DE AMOR

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Há muito tempo eu tentei en-tender a seguinte frase: “o cami-nho se faz caminhando”. E, para minha alegria, participei com mi-nha esposa de uma Sessão de Formação Nível III, em Palmas -TO, quando tivemos a graça de entender completamente o senti-do desta frase.

Foi um momento de grande troca e aprendizado, vivemos situações que jamais esquecere-mos, e o melhor de tudo: saímos deste Encontro conhecendo e amando ainda mais o Movimen-to. Conhecemos pessoas que tocaram nossos corações, vi-mos um Movimento forte, único, Cristocêntrico.

Daria para escrever um livro sobre tudo o que vivemos no fim de semana de 26 a 28 de abril de 2013. Porém, vou me ater à frase que citei lá no início. Co-nhecemos um Movimento que iniciou no ano de 1939, e que trilhou uma estrada longa até chegar ao Brasil nos anos 50. Nesse caminho Padre Caffarel nos presenteou com sua orien-tação e exemplo, nos mostrando como caminhar dentro da von-tade de Deus no sacramento do Matrimônio.

Assim, não poderia deixar de expressar meu entendimento. O caminho se faz caminhando, e nós, casais novos, que nos pro-

pomos a caminhar por esta es-trada, nunca podemos perder o ponto de par tida; o cami-nho se faz caminhando porque ao longo dele passamos por exemplos maravilhosos de ca-sais que entenderam a frase e se puseram a caminhar.

O caminho se faz cami-nhando para nós, jovens casais, que possuímos uma enorme graça de ter ao nosso lado casais ca-minhantes que nos mos-tram que é preciso cami-nhar sem perder a noção do primeiro passo dado, acima de tudo, caminhar olhando para os lados, seguindo o modelo da Sagrada Família.

Portanto, queridos casais das Equipes de Nossa Senhora, ca-minhemos juntos, lado a lado, sem nunca negar ou perder a nossa essência do ser Equipista, sem nunca perder o nosso pon-to de partida: 25 de fevereiro de 1939.

Helen e Júlio Eq.85B - N. S. de Nazaré

Brasília-DF

O CAMINHO SE FAZ CAMINHANDO,

sem perder o ponto de partida

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Quando Deus tem um plano para nós, não adianta nos escon-dermos, Ele vai ao nosso encon-tro onde quer que estejamos. E foi isso que aconteceu conosco. No ano passado fazíamos parte da Equipe de Setor como Casal Apoio, mas no final do ano pe-dimos para sair, alegando que estávamos trabalhando muito e não tínhamos tempo para o ser-viço, mas a verdadeira razão era o medo de ser escolhido como CRS, neste ano. E então ficamos sem serviço, e podemos afirmar que em 9 anos de Movimento este foi o momento em que estivemos mais fracos; mas, como diz São Paulo em 2Cor 12,10 “Quando estou fraco é então que estou forte”, foi exatamente neste mo-mento que o Senhor na sua in-finita misericórdia veio ao nosso encontro nos chamar ao serviço, nos convidar a amar mais nossos irmãos e servir ao Movimento. O chamado de Deus chegou de surpresa, pois não sabíamos nem que a escolha de CRS tinha sido na noite passada. De repente bate a nossa porta o CRR, nos entrega uma folha e pede para lermos uma passagem bíblica, dizendo que mais tarde passaria para conversarmos. Pegamos a folha inocentemente e fomos ler, quando nos deparamos com o chamado de Deus para sermos CRS. A Palavra de Deus nos fala-va de tal forma que ardia o nos-so coração e não conseguíamos conter as lágrimas, pois as Suas

O CHAMADO DE DEUSpalavras estavam sendo realmen-te dirigidas para nós. Tudo o que pensávamos, Ele nos dava a res-posta, ao que colocávamos como dificuldades, Ele mostrava a so-lução. Então chegamos à conclu-são de que seria impossível dizer NÃO ao Senhor, pois Ele conhe-ce cada um, e por isso não aten-de a nossa própria vontade, mas sim a nossa necessidade. Com a certeza de que Ele está sempre ao nosso lado e que não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos, nos entregamos in-teiramente nas mãos do Senhor e demos o nosso SIM e que seja feita a Sua Vontade.

“Um cristão não é dono de si mesmo,

mas está entregue ao Serviço de Deus”

(Santo Inácio de Antioquia).

Portanto, assim como Jesus con-vidou seus discípulos a segui-Lo, continua também hoje convidando cada um de nós a pôr em prática os Seus ensinamentos e continu-ar a Sua Missão, por isso preci-samos estar com o coração aber-to, disponível para aceitar o Seu chamado, para que, a exemplo de Maria, possamos dar o nos-so SIM. Lembremos que foi pelo SIM de Maria que nos veio a sal-vação.

Deusiene e Eguinaldo Eq.03 - N. S. da Boa Viagem

Santa Luzia-PB

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Começamos a ser seduzidos por Deus, como casal, no momento em que regularizamos a nossa convivência marital, com a cele-bração do Sacramento do Matrimônio. A partir daí, Tatiana fez a primeira comunhão e, algum tempo depois recebia o Espírito Santo através do Sacramento da Crisma. Engajamos de imediato nas ENS. Foi nos encantando com a mística, o carisma e a sua pe-dagogia que começamos a procurar conhecer melhor o Movimento. Participamos de Sessões de Formação, de EACRES, Mutirões, Equipes Mistas, Interequipes, e complementamos, pela busca da oração diária a dois, a Oração Conjugal, e da oração individual, Escuta da Palavra e Meditação. Dois momentos, também, foram muito importantes para nosso crescimento: (1º) a Noite de Oração, nas sextas-feiras, com todos os casais da nossa amada Equipe; (2º) o que mais influenciou a conjugalidade: o Dever de Sentar-se.

As Equipes de Nossa Senhora fizeram-nos caminhar em busca da descoberta da face de Cristo. Através d´Ele começamos a nos des-nudar e assumimos que somos verdadeiros cristãos. Temos momentos de fraquezas, mas através dos PCEs conseguimos superá-las. É nas ENS que experimentamos dar passos para a maturidade espiritu-al. Atualmente concluímos que Cristo é o primeiro Ser em nosso Matrimônio; sem essa vida a três não estaríamos no estágio atual e não teríamos recebido gentilezas de Deus, nos colocando no cami-nho para uma maior e adulta Espiritualidade Conjugal.

Sentimos que estamos no caminho certo, mas não deixamos de pedir a Nossa Senhora que seja nossa intercessora junto ao Pai, para que tenhamos força de não desistir na metade do caminho. Só buscando, a cada dia, é que podemos crescer na espiritualidade.

Recebemos a graça de conhecer as ENS, hoje, oito anos depois, procuramos testemunhar aos mais próximos e aos amigos o que é o Matrimônio; o que é a vida conjugal, a harmonia do lar e, a alguns, apresentamos as ENS.

Todas as nossas ações matrimoniais não estão em nossos cora-ções, mas no coração de Deus. Isto, sim, é Matrimônio, duas pesso-as, juntas, em busca de Cristo, respeitando a individualidade.

Que a paz esteja com todos. Tatiana e Luiz

Eq.99E - N. S. da PenhaRio de Janeiro-RJ

BUSCA DA MATURIDADE ESPIRITUAL

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... porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber;

era peregrino e me acolhestes. (Mt? 25,35)

Existem momentos em nossas vidas que sentimos mais inten-samente o amor de Deus. São acontecimentos inesperados que devemos acolher com confiança e fé, são ocasiões em que deve-mos “Ousar o Evangelho”.

Atendendo ao apelo da nossa Paróquia, nos colocamos à dispo-sição para receber em nossa casa, duas peregrinas estrangeiras que viriam participar da Semana Mis-sionária, evento que antecederia a “Jornada Mundial da Juventu-de”.

A cada encontro promovido pela Comissão de Hospedagem com as famílias acolhedoras, ficá-vamos apreensivos e curiosos em saber com quem iríamos convi-ver, qual seria a nacionalidade ou mesmo a idade. Qual não foi a nossa surpresa, quando na última reunião fomos informados que viriam para Cabo Frio, noventa e oito peregrinos nigerianos, entre eles, trinta e cinco padres, uma freira, um religioso e dois bispos.

Foi assim que na terça-feira, dia 16 de julho, às 2h da ma-drugada, passou a fazer parte de nossa família um jovem Padre ni-geriano da Arquidiocese de Abu-ja, capital da Nigéria, de nome um tanto complicado, chama-do “John Sixtus Ifeanyichukwu Okonkwo”. Impossível relatar

ACOLHER E SERVIR

todas as emoções que vivemos, e o quanto aprendemos. Apesar da diferença cultural e do idioma, conseguimos desenvolver uma relação própria daqueles que ca-minham na mesma fé, na mes-ma crença religiosa, a relação do amor. Ao acolhermos o Pe. John Sixtus, acolhemos um filho, e fo-mos por ele reconhecidos como seus pais no Brasil.

Ao nos despedirmos, no final da Semana Missionária, ficou um sentimento de saudade, a sensa-ção do verdadeiro amor “Ága-pe”, aquele amor que não espera nada em troca, que apenas se doa e se coloca a serviço.

Hoje temos a noção de que cumprimos o que nos pede o Movimento das Equipes de Nos-sa Senhora, nos abrindo à hos-pitalidade e ao serviço à Igreja, atendendo ao pedido da nossa paróquia de sermos família aco-lhedora.

Ao se despedir, o Pe. John Sixtus deixou-nos a seguinte mensagem: “Essa família é mui-to abençoada, às vezes conhece-mos pessoas que amamos muito e sentiremos a separação, porém é necessário deixar que a vida continue”.

Tereza e ReizinhoCasal Responsável Região Rio IV

Cabo Frio-RJ

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CM 475 31

Quando começamos a partici-par das Equipes de Nossa Senhora não tínhamos ideia do que iríamos encontrar pela frente. Imaginávamos uma reunião simples, com leituras, orações e discussões de temas ha-bituais do dia a dia da Igreja. Não imaginávamos a riqueza que têm as Reuniões Mensais em nossas vidas e do quanto elas podem ser importan-tes para o nosso crescimento pessoal e em casal.

Nesse mês de outubro rendemos graças a N. S. Aparecida, comemo-rando com a nossa Igreja a sua festa litúrgica do dia da sua Aparição e, também, marca o dia em que nos lembramos das crianças. Este, cria-do, talvez, para aumentar as vendas de brinquedos, mas que podemos dar outro sentido, medindo a nossa jornada espiritual: começamos com uma fé infantil, ainda sem entender bem as nossas crenças e, à medida que lemos, estudamos, oramos, a fé adulta nos proporciona outros ní-veis, construindo valores e certezas.

Um sentimento que fica em nós após cada Reunião Mensal, é o de que há uma chama infantil que nos impele a brincar, a participar e nos

doar sem medo. Mesmo que para alguns as dinâmicas não tenham importância, acreditamos que tudo o que é planejado pelas ENS para as Reuniões tem seu sentido, e por isso, devemos procurar entender qual é. Uma dinâmica, por exemplo, em que o esposo deve fazer uma de-claração de amor à esposa, além do sentido de aumentar a intimidade, o amor e afeição entre os dois, pode garantir sorrisos, estimular a criati-vidade e nos fazer entender como é bom estarmos juntos e como nos faz feliz ver o outro feliz.

Lembremos o Pe. Jonas quando diz em sua música: Por isso é que eu te peço / me faz tal qual criança / que ama, apenas te ama. Que os momentos de descontração propor-cionados pelas dinâmicas nas reuni-ões nos mostrem o quanto é preciso alimentar essa criança que vive em nós, e como é importante amar, apenas amar; sem esperar retornos, sem esperar trocas ou sem se preo-cupar no que o outro está pensando ou achando graça.

Jacqueline e Júnior Eq.30B - N. S. Rainha da Paz

Maceió-AL

DINÂMICAS NAS REUNIÕES E A NOSSA CRIANÇA INTERIOR

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AJUDA MÚTUAA primeira Graça

Com menos de um ano de Pilotagem, nossa equipe já havia pre-senciado várias bênçãos, porém, ainda faltava uma legitimar a nossa crença! A equipe passava por um momento difícil; nosso querido ami-go e piloto, teve um mal súbito e foi internado no Hospital Anchieta.

A equipe ainda não havia se reunido para reuniões informais, e pela primeira vez, se reuniu na Capela do Hospital Anchieta, para que lá pudesse rezar por ele.

Os médicos deram a má notícia: “infelizmente teria que ser ope-rado de emergência, seriam quatro pontes de safena; e por ele ser diabético, o caso ainda ficaria mais complicado, correndo sérios ris-cos durante o processo cirúrgico”. Os familiares e amigos ficaram chocados, mas nunca, em momento algum, perderam a fé.

Na capela, começamos as orações, ao tempo que se iniciava a cirurgia. A equipe se emocionou enquanto rezava e todos sentiram a forte presença do Espírito Santo. Em oração e meditação da Pa-lavra, nos dirigimos a Deus, não para pedir pela vida dele, e sim para que Ele fizesse tudo conforme Sua vontade... Em oração, nos foi revelado, através das palavras de um dos membros da equipe, que nosso amigo não era apenas um amigo, era também o “paizão da equipe”, nosso formador. Durante as orações, sen-timos tranquilidade e confiança; algo incomum pela gravidade da situação. Tínhamos certeza de que algo maravilhoso e divino estava para acontecer.

A cirurgia durou apenas seis horas (a previsão inicial eram nove). A família e os amigos foram ligando e mandando mensagens uns para os outros: “a cirurgia terminou e ele está bem”. Ele ficou na UTI alguns dias se recuperando; deu tudo certo, foi uma gentileza de Deus! Uma grande alegria tomou conta de todos.

Menos de duas semanas depois, nosso amigo e “paizão da equi-pe” recebeu alta do hospital para repor suas energias em casa. Este mês em nossa reunião formal já contamos com a presença dele, já exercendo seu serviço de piloto.

Percebemos que um dos propósitos de Deus na nossa caminha-da em equipe, é que não podemos perder a esperança, e que de-vemos perseverar na fé, juntos, unidos, para rezar e louvar o nome d´Ele; afinal de contas, é como o nosso paizão piloto sempre nos ensinou: “equipe unida é equipe que reza”.

Eq.59D - N. S. Mãe 3 vezes AdmirávelBrasília-DF

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CM 462 33CM 475 33

No famoso Discurso de Chan-tilly, de 1987, Padre Caffarel dis-corre sobre aspectos do carisma fundador das ENS. Naquela oca-sião repetiu o conceito firmado desde 1959, considerando que o Movimento é tanto de inicia-ção quanto de perfeição. Assim, “é preciso que se inventem regras que permitam aos seus membros progredir na caminhada”.

Esta alocução tem sido inspira-ção para todos os responsáveis do Movimento desde então. Dentro do objetivo de oferecer ajuda aos casais, “que têm preocupações es-pirituais mais exigentes”, a Região Ceará I e II vêm realizando há 4 anos Retiros especiais, que con-sistem num tempo mais longo de afastamento e silêncio.

Este ano, aproveitando o feria-do de Corpus Christi, vivemos este tempo de graça com a competente e simpática ajuda do Padre Flávio Cavalca de Castro. Sua experiên-cia de atuação em praticamente todos os níveis de responsabili-dade na Super-Região Brasil, seu vasto conhecimento no campo do relacionamento e espiritualidade conjugais e seu genuíno amor por nós, fazem dele um Conselheiro Espiritual completo. Participar de um Retiro com ele foi um bem in-comensurável.

“O Caminho da Vida Espiritu-al em Casal” foi o tema escolhido, oferecendo perspectivas novas à proposta apresentada no livro do Tema de Estudo 2013.

Fazer o seguimento de Jesus

Part

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rçoUM RETIRO PARA A CONJUGALIDADE

como casal, responde às nossas ex-pectativas de busca do sentido da vida e da felicidade. A partir daí o pregador desenvolve em linha coe-rente e lógica, qual deva ser nossa opção e como, sendo casal, crescer nesta vida nova da graça.

O tema foi se desdobrando ao longo das seis “colocações”, sem-pre acompanhadas de tempo su-ficiente para Meditação, Oração Conjugal e Dever de Sentar-se.

Pontos destacados no Discurso de Chantilly como essenciais ao carisma foram então trabalhados, citamos alguns:- Acolher a proposta de Cristo

para o casal em todas as suas dimensões;

- A outra face do amor é a abne-gação;

- A própria vida conjugal é meio de crescimento espiritual;

- A sexualidade conjugal deve ser parte inseparável do crescimen-to espiritual;

- Os casados procuram as ENS visando a um crescimento no amor conjugal, no entanto, só a pertença comprometida e leal ao Movimento, produzirá estes frutos;

- Levar em conta que o ponto alto da criação é o casal, ho-mem e mulher, e não o indi-víduo. “Na hora atual isso é muito mais necessário, pois se chega a negar a diferença dos sexos”.Nestes quatros dias abençoados

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sentimos de perto a presença de Jesus e a ação do Espírito Santo, pois tudo contribuiu para que esti-véssemos receptivos às mudanças e correções que Deus quis fazer. Ele não nos quer tíbios e superfi-ciais, mas firmes e maduros.

Padre Flávio citou Sto. Iná-

cio, que convida à meditação das “duas bandeiras, uma de Cristo, e a outra de Lúcifer”. Que as ENS nos ajudem sempre a optar por Cristo.

Maria Luiza e GeováEq. 04A - N. S. de Guadalupe

Fortaleza-CE

A MARAVILHOSA EXPERIÊNCIA DOS RETIROS

Desde que mudamos de Uru-açu para Goiânia, tivemos o pri-vilégio de participar de todos os retiros fechados. O primeiro rea-lizou-se em Maio de 2010. Neste, o Pe. Flávio Cavalca representou “Jesus” no nosso meio. Ele nos ensinou a engatinhar, a começar a perder o medo de nos entregar. Pegando em nossas mãos, como um pai, nos mostrou o caminho passo a passo: Sacramento do Novo Amor, Sacramento da Con-vivência, Sacramento do Matri-mônio, Sacramento da Família e Sacramento Liturgia da Família. No final, ele nos encorajou: O Ca-samento é um sacramento, estes momentos são de graças como os momentos vividos na nossa igre-ja (Eucaristia). Não precisam ficar perdidos.Vivam intensamente, vi-vam na alegria. Deus os ajude!, concluiu. Continuamos nossa caminhada andando ainda deva-gar e com muito medo, às vezes fraquejando. Passou-se mais um ano e Deus nos convidou para nosso segundo Retiro fechado, no qual se fez presente na pessoa do

Pe. Mário, que nos deu o exem-plo de entrega e amor a Jesus. Ele dizia-nos com muita convicção para termos fé e aceitarmos o pla-no de felicidade de Deus para nós. Aprendemos que fé é conhecer e testemunhar o plano de Deus em nossas vidas. É comprometer-nos a entrar no caminho de Deus.

O Pe. Mário nos falou ainda sobre as virtudes cardeais: pru-dência (evitar o mal), temperança (ter equilíbrio) e justiça (ser justos fortalece e nos impulsiona para a missão). Estas palavras caíram em nossos corações. Refletimos e nos perguntamos o que o Senhor queria de nós naquele Retiro? Deus nos preparou um grande encontro com Ele na capela, quando Ele se manifestou for-temente na pessoa de Pe. Mário, que andava descalço no meio de nós. Tão grandes eram seus bra-ços! Tão grande era seu amor, que os olhos dele brilhavam! No momento em que Ele se apro-ximava, senti muitas emoções. Meu coração ardia em chamas e, de repente, o Pe. Mário abriu

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os braços e disse: “Filha, estou aqui. Eu vim te abraçar, fale tudo o que quiseres, eu estou contigo”. Abracei-o fortemente, pedi per-dão por não saber perdoar como o Senhor sempre me perdoou. Pe. Mário continuou andando no meio de suas ovelhas. Agradeço ao Senhor por ter me dado a co-ragem de agradecer ao Pe. Mário pelo quanto foi bom para mim. Hoje, o Pe. Mário está Contigo, Senhor, continue cuidando dele!

Caminhamos mais um ano e outra vez Deus nos convidou a es-cutá-lo na pessoa e nas palavras do Pe. Miguel. Este nos disse: “É importante assumir a decisão de não ficar na superfície porque, se assim fizer, dará as costas ao en-canto que é você. Basta querer e buscar para descobrir sua beleza interior. É uma questão de decidir amar-se mais”. No último dia do encontro, Pe. Miguel nos deixou uma mensagem: “Deus está mui-to perto de nós, mas o encontro só acontece quando o buscamos com intensidade e radicalidade”, orientou.

Confiantes na alegria de Pe. Miguel, continuamos procurando crescer na fé, na humildade e no servir.

Em mais um Retiro, Deus veio nos visitar através da pessoa do Frei Avelino, o qual nos ensinou sobre o valor do silêncio, que é um espaço privilegiado para encontrarmos conosco. Ele nos convidou para subir ao Monte Tabor e lá permaneceu conosco. Falou-nos de mais um PCE (Ora-ção Conjugal), primordial na vida

do cristão e do casal equipista, e nos ensinou que ser um casal de oração é ter autoconhecimento. É na oração que experimentamos a nossa pequenez, descobrimos quem somos e com quem esta-mos falando. Orando, refletimos sobre: que tipo de equipistas so-mos? Estamos nas ENS para dar ou para receber? O filho primo-gênito do amor chama-se “servir” e a maior alegria está em dar. O maior servir de Jesus foi com a morte. Ele nos ofereceu a vida. Quando não há mais nada para fazer, ainda podemos oferecer a vida. Para servir, precisamos aprofundar na fé. Frei Avelino re la tou a h i s tó r ia de Moi sés colocando-a junto à história de ser ENS, e nos mostrou o dever de sermos servos. A grandeza da missão não nos tira da nossa pe-quenez, simplesmente Deus nos escolhe para servir. Somos res-ponsáveis por este Movimento. Deus nos chama para a missão, Deus ama e se preocupa com todos os seus e precisa de cada casal equipista. No mundo, mui-tos irmãos precisam de nós. Deus confia em nós e, nesta confiança, encontraremos nossas forças. Frei Avelino nos deixou uma dedica-tória. “Meus caros casais, honrem o nome que vos identifica casais ENS. Não sejamos um ponto ne-gativo para ninguém. Deus nos torna coerentes e fiéis, pois, na fidelidade, está a nossa felicida-de”, concluiu.

Sandra e IlsonEq.12A - N. S. Desatadora dos Nós

Goiânia-GO

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Com a participação de quase todos os casais, vivenciamos nos-so Retiro de 2013. Foram momentos de paz interior que nos levaram a re-alizar o nosso PCE com a alegria do Espírito Santo. Exploramos o tema: O caminho da vida espiritual em casal, com a inteligente e amável ajuda de Pe. Fábio Mota - SCE do nosso Setor. O espaço reservado foi um sítio si-lencioso, acolhedor e preparado com muito carinho para nos receber.

No 1º dia, à noite, sob a luz do luar, fomos acolhidos num clima amabilíssimo, assistimos a um filme emocionante sobre Santa Rita de Cássia e fomos para a adoração ao Senhor, na capelinha. Preparamo-nos espiritualmente para o dia seguinte.

Pela manhã, celebramos a Eucaris-tia, que foi presidida pelo nosso Bispo. Foi um momento ímpar no nosso Se-tor. Ficamos maravilhados, realmente tudo estava caminhando para o nosso progresso espiritual. Padre Fábio, com sabedoria, foi conduzindo cada mo-mento do Retiro, procurando, assim, tocar os corações de cada um, pois as palavras só ganham verdadeiro senti-do quando são amadurecidas pelo “si-lêncio do espírito”. Por isso, na calma do Retiro, nos afastamos um pouco da vida cotidiana para pensar na grande-za de Deus. Tivemos o momento do deserto e, antes, uma preparação para o Dever de Sentar-se. Para encerrar a

programação do dia, fomos para a ca-pelinha: deixamos a vida, um pouco, lá fora: nossos filhos, nosso trabalho, para sermos tomados pela oração, meditação, reflexão e silêncio.

No último dia, no primeiro horá-rio, celebramos a Santa Missa e, após o café, mais uma reflexão: A vivência da Eucaristia como fortaleza na es-piritualidade conjugal. Essa reflexão, com certeza, despertou em todos nós a importância de comungar e parti-cipar da missa sempre que tivermos oportunidade. Tivemos a graça de ouvir e entender melhor a “disponi-bilidade para a missão”.

Tudo do que vimos e ouvimos, absorvemos um pouco: palavras, gestos, atitudes! E levaremos conos-co, para nossa caminhada no Mo-vimento das ENS. Aprendemos a priorizar o Retiro Espiritual, vendo-o como um crescimento interior e ne-cessário para nós e para nossa vida conjugal. Que este tempo seja para confrontar a nossa vida com a vida de Jesus; que possamos estar mais fortalecidos e mais conscientes da necessidade de parar, ouvir, escutar e estar mais perto de Deus. Agradece-mos a Deus pela realização do nosso Retiro e ao Padre Fábio por nos con-duzir à luz do Espírito Santo.

Meiry e RaimundinhoEq.01 - N. S. das Graças

Cruz-CE

RETIROconduzidos à luz do Espírito Santo

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No início, o Movimento pro-punha só uma “obrigação”, que era ter uma “Regra”, ou seja, o equipista comprometia-se a tomar uma decisão de melhorar neste ou naquele ponto de sua vivên-cia cristã. Depois, alguns daqueles pontos sobre os quais mais inci-dia a Regra, também se tornaram obrigações. Em 1976, com o do-cumento “O que é uma Equipe de Nossa Senhora”, ficaram defi-nidos os seis Pontos Concretos de Esforço. O Movimento pede que os cumpramos, pois se estamos nas Equipes é porque desejamos ser auxiliados com a sua pedago-gia na busca da santidade.

A Regra de Vida é um meio que as Equipes oferecem para nos auxiliar na busca de uma santida-de própria de pessoas casadas; de um homem e de uma mulher que se amam, casais que vivem a se-xualidade de marido e mulher, ca-sais que têm filhos. Somos limita-dos, não podemos atacar todas as “frentes” ao mesmo tempo. Assim, cada um, cada uma, vai escolher um ponto, no qual precisa e quer melhorar. Que seja um ponto bem específico e concreto. Não confun-dir programa de vida (comunhão, orações, leituras, deveres) com os pontos particulares deste progra-ma, sobre os quais é preciso fazer um esforço especial.

Este PCE nos ajuda a realizar mudança de hábitos e atitudes; é uma conversão continuada. É dar passos precisos, mesmo que curtos, a cada mês, no caminho

rumo à santidade. Trata-se de não só desenvolver os nossos dons e qualidades pessoais, como tam-bém de corrigir alguns pontos fracos. Pedir conselho a um sa-cerdote, ao cônjuge, a um amigo, poderá ser útil, mas é, sobretudo, a nossa própria consciência que devemos consultar.

Às vezes é difícil definir a nossa Regra de Vida, mas, para isso, basta lembrarmo-nos das Bem-aven-turanças (cf. Mt. 5,3-11) ou da Oração de São Francisco, e con-frontá-las com as virtudes que nos faltam; submetendo-nos à reflexão de sair do nosso “barranquinho” e de buscar verdadeiramente o que nos pede Jesus Cristo: Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito (cf. Mt 5,48). Ser cristão não é fácil, pois, buscar vivenciar este apelo, cuja prática Jesus sintetiza no seu mandamento: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei (cf. Jo 15, 12), nos orienta na cons-tante busca por algo novo, por novos horizontes, por novas ex-periências, enfim, por uma nova “Regra de Vida”, lembrando que nesta frase o que é mais importan-te é a “Vida”.

Padre Caffarel ensinava: As Equipes de Nossa Senhora têm por objetivo essencial ajudar os casais a tender para a santidade. Nem mais nem menos.

Elaine e Vitoriano Eq.08D - N. S. de Guadalupe

Lagoa Santa-MG

A ESCOLHA DE UMA REGRA DE VIDA

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“Ide e fazei discípulos entre todas as nações”. (Mt 28, 19)

Esta foi a passagem bíblica que norteou a JMJ Rio 2013. Em uma de suas homilias, ao direcionar suas palavras aos jovens, o Papa Francis-co destacou que é preciso se doar aos outros e evangelizar sem medo. Na missa de envio, que aconteceu no domingo, dia 28, ele disse: “Não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o Evangelho, a sua fé”. Por meio desta mensagem, o Santo Padre nos impulsionava a sermos discípulos em missão.

No nosso movimento temos a alegria de termos Nossa Senho-ra como modelo de vida e grande exemplo a ser seguido na busca pela santidade. Maria nos ensina tam-

EJN

S

SOMOS A JUVENTUDE DO PAPA. SOMOS A JUVENTUDE DE CRISTO!

bém a sermos missionários. Prova disso foi a visita a sua prima, San-ta Isabel. “É por meio de Maria que aprendemos o verdadeiro discipula-do. E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria” (Homi-lia do Papa Francisco, em visita à Basílica de Aparecida). Assim como Maria, hoje mais do que nunca, nós jovens sentimos o ardor e o desejo de sermos discípulos e missionários. Como ela, estamos desejosos de di-zer “sim” a Deus.

Nestes dias de JMJ foi nítido per-ceber o quanto a juventude católi-ca é diversificada, contudo, é una. Assim, somos: uma diversidade na unidade. Ao longo destes dias jo-

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vens do Brasil e do mundo puderam manifestar a alegria de serem católi-cos. A alegria de ser a juventude do papa! Impulsionados por meio das palavras do Papa Francisco fomos convidados a caminhar na esperan-ça e nos deixar surpreender pelo vi-nho novo que o Cristo nos oferece, fomentando a alegria em nossos co-rações. Dessa maneira, conseguire-mos ser testemunhas da alegria que é Jesus.

Por meio de seus membros, as EJNS também fizeram bonito na JMJ. Diversos equipistas foram vo-luntários e colocaram seus dons à disposição da Igreja. Além disso, nosso movimento também montou um estande na Feira Vocacional. Re-gistro, aqui, o nosso muito obrigado a todos que nos apoiaram neste pro-jeto. Tenham a certeza de que nosso estande foi uma janela de evange-lização, um ponto de encontro de equipistas do Brasil e do mundo. E,

não só equipistas das EJNS, mas das ENS. Como foi maravilhoso receber os membros das ENS que passaram por lá para nos saudar e nos apoiar. Também foi impressionante o nú-mero de pessoas que queriam saber mais sobre o nosso carisma, saber o que é ser um equipista.

Amigos, o resultado foi um su-cesso: entregamos mais de 6.000 panfletos (em três idiomas: Portu-guês, Espanhol e Inglês); mais de 350 equipistas do Brasil e do mundo passaram pelo estande; mais de 300 fichas foram preenchidas por jovens do Brasil e do mundo interessados em conhecer as EJNS. No dia 25 de julho tivemos ainda um encon-tro com os equipistas. O evento foi maravilhoso. Saímos da Feira Voca-cional, na Quinta da Boa Vista, em direção a Paróquia Nossa Senhora da Consolata (Benfica-RJ) rezando o terço mariano. Ao chegar à igre-ja, participamos de uma missa, ce-

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lebrada pelo Conselheiro Espiritual do Secretariado Nacional, padre Demétrio Gomes, e, em seguida, re-alizamos uma confraternização. De maneira muito especial agradeço as ENS local - através do casal Amaril-do e Lúcia -, que nos acolheu com muito carinho.

Por tudo isso, agradecemos e saudamos o Beato João Paulo, papa que idealizou a JMJ; o Papa emérito Bento XVI, que escolheu o Rio de Janeiro como cidade sede desta jor-nada; e o Papa Francisco, que con-vocou a juventude para este evento

e nos acolheu com tanto carinho. Por essa razão, não nos cansaremos de dizer: “Esta es la juventud del papa”.

Que Maria, Estrela da Nova Evangelização, continue guian-do toda a juventude do Brasil e do mundo. E lembremos sempre que “Somos fortes se todos somos um e se estamos juntos, Maria olha por nós. Somos Jovens unidos no amor, somos Jovens de Nossa Senhora.”

Abraços fraternos,Júnior

Responsável Nacional EJNS-Brasil

“Ide e fazei discípulos entre todas as nações”. (Mt 28, 19) Foi com este espírito missioná-

rio que os casais da “Eq141 - Nos-

CASAIS DAS ENS ACOLHEM JOVENS PEREGRINOS

sa Senhora de Schoenstatt do Rio de Janeiro acolheram os jovens pe-regrinos e uma equipista da cida-de de São José do Rio Preto, São

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Paulo. Os casais abriram as portas de suas casas, com o sim e o amor de nossa mãe Maria. Acolheram os jovens peregrinos com o abraço de mãe que ama e cuida. Os ca-sais testemunharam o chamado de serem o fermento que faz a massa crescer, levando ao mundo a es-perança que nasce da fé, e foram generosos ao dar testemunho de vida cristã aos jovens peregrinos. Foram solidários, fraternos, dando testemunho de verdadeiros discí-pulos de Jesus, para a comunhão e o convívio , unidade e partilha com o Senhor.

O testemunho do Papa e dos casais Equipistas, junto com suas famílias acolhedoras, foi de grande importância e exemplo para os jo-vens peregrinos, “que vivem hoje grandes desafios em um mundo plural, com milhares de informa-ções, através das escolas, lazer, internet, especialmente no contato

com as redes sociais, do facebook, twitter”: “O papa pediu aos jovens peregrinos que nessas milhares de participações nos meios de comu-nicação, eles sejam jovens discípu-los, chamados a plantar no cora-ção de quem eles encontrarem e com quem eles se comunicarem o desejo de serem discípulos de Je-sus”.

Com os casais equipistas os jovens tiveram a experiência da partilha, do diálogo e da unidade. Com certeza levarão para sempre na memória esses exemplos que o Papa deixou, e que os casais equi-pistas mostraram, nos gestos de amor e fraternidade, que são fru-tos e dons de que o mundo muito precisa.

O exemplo de misericórdia, fra-ternidade, paz e a solidariedade que os jovens peregrinos recebe-ram do Papa, de Dom Orani João Tempesta e das famílias equipistas

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e famílias acolhedoras, com cer-teza irá aumentar em cada um o desejo de lutar por uma sociedade mais justa e solidaria. Lutar por um mundo novo sem violência, guerra, corrupção, maldade, tudo aquilo que tira a possibilidade do jovem crescer e colocar toda a sua riqueza e vitalidade a serviço da humanidade.

Um casal de São José do Rio Preto-SP, sentiu-se em casa, quan-do foi acolhido pelos casais equi-pistas: “Durante a semana da Jor-nada Mundial da Juventude foi como se estivesse nos braços de Maria, foi um momento inesquecí-vel. Senti que Maria estava à mi-nha frente, porque quando cheguei ao Rio de Janeiro ainda não tinha definição da família que iria me acolher. Logo no Aeroporto senti que não estava sozinha; fui aco-lhida pelo grande amigo Pedrinho, o motorista de Dom Orani João

Tempesta; uma bênção, uma vez que não sabia andar no RJ. Fiquei em casa de casal equipista, aguar-dando onde eu ficaria. Quando soube que eles eram equipistas, senti um alívio tão grande naquele momento, que senti a presença de Maria na minha vida. Fui abraçada e carregada na palma das mãos, por Dom Orani, pelo casal acolhe-dor, junto com mais 05 peregrinos que eles levaram para casa”.

A jornada Mundial da Juventu-de Rio 2013 foi marcada pelo amor e fraternidade do Papa e por Maria através das Equipes de Nossa Se-nhora e por todas as famílias que também acolheram peregrinos. Foi uma experiência de amor, fé, soli-dariedade e unidade, incrível e in-descritível. A JMJ Rio2013 ficará na memória por muitas gerações.

Lourdinha do Kim Eq.27- N. S. Mãe de Guadalupe

São José do Rio Preto-SP

Estamos muito alegres vivendo dois momentos em nossas vidas: Encontro Internacional ENS 2012 e JMJ 2013. Fomos peregrinos em Brasília, fomos bem acolhidos e ti-vemos trocas de experiências com outros irmãos de equipe.

Foi com muita alegria que acolhemos 3 peregrinos em nos-sa casa, Ivan, Leonardo e Oscar, “hermanos” da Colômbia. Foram seis dias de muita doação, atenção e acolhimento; dias que transfor-maram nossa pequena casa em um grande coração de mãe, onde

há espaço para todos.Tivemos uma experiência única

em nossas vidas e nos entregamos com todo o nosso amor, sem medir esforço.

É como o Papa Francisco falou: “é mais gostoso dar que receber”.

Hoje nossa casa está voltando ao seu ritmo normal, mas nós estamos com nossos corações cheios de alegria e saudades de quando juntos sentá-vamos a mesa para as refeições.

Regina e SérgioEq.01 - N. S. da Santíssima Trindade

Jacareí-SP

DE PEREGRINOS A ACOLHEDORESBrasília 2012 a JMJ 2013

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MINHA EXPERIÊNCIA COMO PEREGRINA

NA JMJ

É difícil dizer o que mais me marcou na JMJ, pois cada mo-mento vivido foi único e inesque-cível. Desembarquei no Rio de coração aberto e enfrentei até o pânico de avião. Tudo para sentir de perto o que é uma jornada.

Fui uma pessoa e voltei outra, nos aspectos espiritual e pessoal. Cheguei lá com meu namorado, que também faz parte das EJNS, e voltei com meu noivo. Sim! Fui pedida em noivado em plena

Copacabana, durante a vigília, na presença de Jesus Eucarísti-co, do Papa, de alguns amigos e de milhares de testemunhas. Foi um dos momentos inesquecíveis para mim, algo totalmente ines-perado, e que levou a minha jor-nada a um patamar que eu nun-ca pude imaginar!

Milla Barros Coordenadora de Pilotos do Setor

Aracaju-SE

VOLUNTARIADO:UM SERVIÇO A DEUS

E A IGREJANão é a primeira vez que eu participo de uma JMJ, mas confesso

que essa teve um gosto especial. Não só porque foi no Brasil, nem porque contou com um Papa diferente. Mas porque me senti, real-mente, em casa. Jamais poderia pensar em conhecer tantas pessoas, tantos lugares e tantas realidades diferentes. Foi uma experiência de crescimento pessoal incrível.

Ser voluntário não é somente servir aos outros, mas servir a Deus. E cada voluntário sabia muito bem o porquê de estar ali servindo. Cada um trazia dentro de seu coração uma força e uma razão específi-ca de estar ali. Mas o ideal maior era o mesmo: servir a Deus e à Igreja.

Quando as pessoas me perguntam como foi a minha jornada, eu nunca tenho palavras suficientes para descrevê-la. Cada momento foi único. E se precisasse, eu faria tudo de novo! Porque o que eu cresci enquanto cristão e como ser humano, isso não há quem tire.

Gustavo Soares E N. S. Auxiliadora

São José dos Campos-SP

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BODAS DE DIAMANTE

Maria Helena e José Eduardo No dia 24.08.2013, o casal junto com seus familiares, equipe e amigos, co-memorou suas Bodas de Diamante com uma Celebração Eucarística, presidida pelo Pe. Gilberto Kasper, SCE da Eq.A01 - N. S. da Esperan-ça da qual são integrantes. Estiveram presentes seus filhos, netos, genros e nora, Dom Diógenes, Dom José Ge-raldo, e também seus amigos de longa data. Fundadores das ENS em Ribei-rão Preto há quase 60 anos, é um ca-sal com um exemplo de vida familiar e religiosa, que podemos imitar. Trans-crevemos abaixo a fala do José Edu-ardo durante a comemoração: “Meus amigos, todos vocês, a começar pelo Celebrante, saibam que consideramos um verdadeiro privilégio as suas pre-senças aqui, nesta data tão significativa para nós. De coração agradecemos”.Queridos filhos e netos, hoje nesta ce-rimônia tão rica de sentido e emoções, temos uma mensagem para vocês: O nosso casamento, a nossa família foi construída dia a dia. Com Amor e Fé. Para vocês terem ideia do que é “dia a dia”, eu lhes digo que sua mãe e avó é romântica, tem alma de poeta e eu sou um homem de ciência, de pouco falar. Hoje, depois de 21.915 dias de vida em comum, ainda trabalhamos nisso. Ela gosta de ouvir coisas que eu não sei falar. E então? Eu me esforço para lembrar de ser carinhoso... ela se es-força para compreender o meu amor calado... mas de vez em quando ela reclama...E como chegamos a esta convivência positiva do amor? Conversando, dia-logando.Onde aprendemos o grande Dever

de Sentar-se e dialogar? Nas Equipes de Nossa Senhora que reforçam para nós o sentido cristão do amor e da fa-mília. É aqui que quero chegar com a minha mensagem. Com este sentido cristão do Amor, do Casamento e da Família. Alguns princípios se tornaram muito claros e nortearam a nossa vida:Respeito à vida, às condições de vida nossa e dos outros.Respeito à palavra dada. Fazendo do nosso sim, um, SIM, do nosso não, um NÃO.Respeito à verdade afirmando nossas convicções, admitindo nossos erros.Respeito à honestidade nos centavos, nas provas da escola, nos grandes pro-jetos.Respeito à solidariedade lembrando que fazemos parte da grande família humana, da família cristã.Tenho certeza de que vocês, mais jo-vens, percebem que a nossa socieda-de não vai bem, porque não está valo-rizando a família. Defendam a sua! Com esforço, com carinho e com alegria. Nós lhe dize-mos que vale a pena. Que vocês pos-sam um dia ter a nossa felicidade de hoje. E a você Maria Helena encontrá--la foi uma grande graça em minha vida!”

Amaury e Antoninha No dia 26.07.2013, o casal come-morou suas Bodas de Diamante, com uma Missa em ação de gra-ças, presidida por D. Luiz Soares Vieira, Arce-bispo emérito de Manaus, ir-mão mais novo de Amaury, na Igreja N. S. de

No

tíci

as

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Lourdes e São Luiz em Florianópo-lis-SC. Estavam presentes: filhos, genros, noras, netos, bisneta, fami-liares, amigos e equipistas de Nossa Senhora.O casal ingressou no Movimento das ENS em setembro de 1988 e perten-ce à Eq.01B - N. S. das Graças, e ain-da são muito presentes e atuantes no Movimento, fazem parte da equipe de idosos que participa com o Padre Flá-vio Cavalca, do Livro que está sendo preparado para aqueles que estão no “outono do Amor Matrimonial”

BODAS DE OUROEunira e Harley

No dia 06.07.2013, o casal integran-te da Eq 06A - N. S. da Conceição,

em Niterói-RJ, c o m e m o r o u 50 anos de Ma-trimônio, com uma belíssima Missa na Igreja de São Domin-gos, presidida

pelo Monsenhor Elídio. Festejaram o dia também com uma alegre recepção na presença de seus familiares e ami-gos. Parabéns e muitas felicidades ao casal!

Marilene e César No dia 06.07.2013, o casal que per-

tence à Eq.05A - N. S. do Sagra-do Coração, em Niterói-RJ, come-morou 50 anos de Matrimônio. Que Deus cont inue derramando suas bênçãos sobre o

casal e toda a sua família!

Delourdes e Armim Comemoraram no dia 06.07.2013, 5 0 a n o s d e u n i ã o e t e s -t e m u n h o d e casal cr istão, j u n t a m e n t e com sua família, amigos e a Eq. N. S. do Caravaggio do Setor Serra Mar, com uma Missa celebrada pelo SCE da Região RS II Pe. Ozéias, na Paróquia de Santo Antonio. Foi um momento muito importante para o Casal, que agradeceu tantas graças recebidas. Louvemos e agradecemos a Deus e a Mãe Maria Santíssima pela vida deste casal.

Francis e RobertoIntegrantes da Eq.01A - N. S. das Graças em Maceió-AL, co-memorou com muita alegria suas Bodas de Ouro no d ia 23.06.2013.

JUBILEU DE OUROSACERDOTAL

Frei José Luis VilanuevaFoi com muita alegria que o Se-tor G de Fortaleza-Ce comemorou no dia 21.07.2013, o Jubileu de Ouro Sacerdotal do nosso queri-do Frei José Luis Vila-nueva da Congregação Agostinianos Recoletos. Espanhol da Catalunha, há mais de 40 anos ra-dicado no Brasil, com

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passagens pelo Amazonas, há mais de 20 anos em Fortaleza, onde é SCE do Setor G e de mais 04 equi-pes: 03, 57, 86 e 103. Agradecemos e louvamos a Deus por nos ter dado um Padre tão zeloso e dedicado ao nosso Movimento. Agradecemos principalmente pelo testemunho de generosidade, amor e caridade ao ir-mão mais necessitado. (Rosali e Ruy -CR do Setor G em Fortaleza-CE).

Monsenhor Rubião Lins PeixotoComemorado no dia 07.07.2013, na Catedral Me-t r o p o l i t a n a d e Maceió o seu Ju-b i l eu de Ouro. Nascido em Rio Largo-AL, foi or-

denado Sacerdote pela Arquidio-cese de Maceió-AL há 50 anos. É SCE do Setor A e da Eq. N. S. Mãe de Deus. Tem um amor imenso por Maria, podemos perceber em nosso SCE o carisma de ser Mariano, quan-do com suas palavras de sabedoria nos ensina que para chegar a Deus a porta é Maria, “Fazei o que ele vos disser” (Jo 2, 5). Pedimos a Deus que o abençoe e Nossa Senhora proteja esse tão querido SCE. (Eudna e Raul - CRE Eq.19A - N. S. Mãe de Deus - Maceió-AL).

ORDENAÇÃO SACERDOTALPe. Inácio Lopes Filho

É com grande alegria que anunciamos sua ordenação no dia 11.06.2013, na Cate-dral de Nossa Senho-ra da Apresentação. A

cerimônia foi presidida por sua Ex-celência Reverendíssimo Dom Jaime Vieira Rocha, Arcebispo Metropoli-tano de Natal. (Pe. Inácio é SCE da Eq.05E - N. S. de Guadalupe).

Pe. Francisco Aparecido Com muita alegria comunicamos a ordenação do nosso Diácono Francisco, no dia 04 .08 .2013 na Paróquia N. S. do Loreto, em Jacare-paguá-RJ, pelas mãos de Dom Edson e pelos Padre Barnabitas. Pe Francisco é SCE da Eq.148B - N. S. de Fátima. Que o Senhor continue abençoando o nos-so Conselheiro em sua caminhada.

Pe. Elton Carlos de Oliveira No dia 21.04.2013, ce-lebramos a Ordenação Presbiteral de nosso querido SCE da Eq.11 - N. S. de Fátima do Setor Votorantim-SP na Paróquia São João Batista e Imaculada Conceição. Que Deus ilumine sua caminhada! (Adriana e Márcio - CRS Votorantim)

ENS - 20 ANOS EM SERGIPE Equipistas de todo o Estado, num cli-ma de muita união e sentimento de pertença, comemoraram, nos dias 1 e 2 de junho, os 20 anos das ENS em Sergipe, louvando e agradecen-do a Deus por tamanha dádiva. O Pe.Valtewan teve a iniciativa abenço-ada de trazê-las para Itabaiana, e essa tarefa foi auxiliada por 3 casais de Re-cife, que vieram fazer a pilotagem das 3 primeiras equipes. Posteriormente,

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Pe. Lucivaldo Ribeiro levou, também, para as cidades de N. S. Aparecida e para a capital, Aracaju. As festividades começaram no sába-do, com uma Celebração Eucarística presidida pelo Bispo Auxiliar de Ara-caju, Dom Henrique Soares que, na sua homilia, falou da importância do Movimento das ENS, como agen-te transformador das famílias num mundo secularizado. No domingo, os equipistas foram des-pertados com fogos de artifício, convi-dando-os para rezarem, às 06h, o Ofí-cio de Nossa Senhora, na Igreja N. S. do Bom Parto, onde tudo começou. Às 07h, foi servido um café comuni-tário e, às 08h, uma carreata evange-lizadora percorreu as principais ruas da cidade de Itabaiana, embalada pelo som de um trio elétrico e pelas palavras animadoras do Pe. Érisson, SCE do Setor de N. S. Aparecida.Às 10h, realizou-se uma Celebração Eucarística, ponto alto das comemo-rações, presidida pelo Arcebispo de Aracaju, Dom José Palmeira Lessa

e concelebrada pelo SCE da Região e pelo Pe. Neto, SCE da Província Nordeste, representando a ESR Bra-sil. Tivemos a honra de contar com a presença do Casal Regional da Bahia.Na homilia, o Arcebispo destacou a missão do casal equipista na evan-gelização da família e exortou-o ao engajamento nos serviços e pastorais da Igreja.No ofertório, os equipistas levaram ao altar oferendas simbolizando a sua participação em diversas Pas-torais, Movimentos e Serviços. No final foram homenageados os casais que fizeram a pilotagem das três pri-meiras equipes em Itabaiana, o SCE que trouxe o Movimento para o Es-tado e o que o implantou nas cida-des de Nossa Senhora Aparecida e Aracaju e uma Religiosa AET. Às 12h30 aconteceu um almoço dançante para os equipistas e convi-dados. (Dilma e Paixão - CR Região Sergipe - Aracaju-SE)

VOLTA AO PAI“Esta vida nos foi dada para chegar a Cristo, a morte para encontrá-Lo e a eternidade para possuí-Lo”. Santo Alberto Hurtado

Ulysses (da Eurenice) No dia 02.08.2013 - Integrava a Eq.07

N. S. Auxiliadora - Limeira-SP

Heleno (da Suely)No dia 06.08.2013 - Integrava a Eq.01B

N. S. da Providência - Belém-PA

Nagibe (viúva do Ademir)No dia 19.08.2013 - Integrava a Eq.01A

N. S. do Desterro - Florianópolis-S

Pe. Mário Faleiros da SilveiraNo dia 12.10.2012 - Era SCE das Equipes

N. S. de Guadalupe e de Lourdes - Arujá-SP

Adhemar da Costa (da Felisa)No dia 04.05.2013 - Integrava a Eq. N. S.

da Esperança - Arujá-SP

Carlos Eduardo (da Giselle)No dia 06.05.2013 - Integrava a Eq.16B

N. S. de Guadalupe - São Carlos-SP

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Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos ani-mais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.

Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver começou a se unir, e juntar-se mais e mais.

Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.

E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele forte inverno.

Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forne-ciam mais calor, aquele calor vital, e afastaram-se feridos, magoados, por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus companheiros. Doía muito...

Mas essa não foi a melhor solução: afastados, logo começaram a morrer congelados. Os que não morreram voltaram a se apro-ximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava certa distância do outro, míni-ma, mas o suficiente para conviver, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram...

É fácil trocar palavras, difícil é interpretar os silêncios!

É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar!

É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração!

É fácil apertar as mãos, difícil é reter o seu calor!

É fácil sentir o amor, difícil é conter sua torrente!

Que possamos nos aproximar uns dos outros com amor e sere-nidade de tal forma que nossos espinhos não firam as pessoas que mais amamos tanto no trabalho, na escola, na Igreja, em casa na rua como na equipe.

ColaboraçãoNelson e Tere

Eq.04 - N. S. da Esperança

Ref

lexã

o A FÁBULA DA CONVIVÊNCIA

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São Francisco de Assis! Nenhum outro homem jamais teve uma influência tão marcante sobre o seu tempo, como ele. E uma influência que, contrariamente a todos os casos históricos, não para de crescer. Isto foi constatado, inclusive, por uma pesquisa em nível mundial, promovida pelo grupo Time-Life, que apontou São Francisco como a pessoa mais influente do Segundo Milênio.

Assumindo os princípios universais do Evangelho com uma amabilidade e simplicidade desconcertantes, sem nunca impor nada a ninguém, este Santo continua exercendo ainda hoje um extraordinário fascínio, não só so-bre o mundo cristão, como também fora dele. Bastou o cardeal argentino Jorge Mário Bergoglio declarar, no dia 13 de março de 2013, que assumira o nome de Francisco, para todo mundo aventar como seria o perfil do novo Papa!

Mais do que um nome, Francisco é um programa de vida!

Escuta da Palavra em Mt 6, 25-34

Sugestões para a meditação:

1. Dedique alguns minutos a este conselho de Jesus: “Olhai as aves; observai os lírios”.

2. Lendo o v. 30, você se encaixa na categoria de “homens fracos na fé”?

3. Explore bem o sentido da palavra preocupação.

4. Analise sinceramente o v. 33. Não é a cara de São Francisco?

Frei Geraldo de Araujo Lima, O.Carm.

MEDITANDO EM EQUIPE

Oração Litúrgica

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união.Onde houver dúvida, que eu leve a fé. Onde houver erro, que eu leve a verdade.Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.Onde houver trevas, que eu leve a luz.Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado.Compreender que ser compreendido. Amar que ser amado.Pois é dando que se recebe; é perdoando que se é perdoado.E é morrendo que se vive para a vida eterna (Oração de São Francisco).

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Movimento de Espiritualidade Conjugal

R. Luís Coelho, 308 • 5º andar, cj 53 • 01309-902 • São Paulo - SPFone: (0xx11) 3256.1212 • Fax: (0xx11) 3257.3599

[email protected][email protected] • www.ens.org.br

Equipes de Nossa Senhora

Jovens das EJNS na Jornada Mundial da Juventude

Rio - 2013