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Engenharia de Perfuração Prof. Dr. Renato A. Silva

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Page 1: Engenharia de Perfuração

Engenharia de Perfuração

Prof. Dr. Renato A. Silva

Page 2: Engenharia de Perfuração

X Prova#1 (P1) - Peso 1 01 de outubro

X Prova#2 (P2) - Peso 2 27 de novembro

X Média=(P1+2*P2)/3X Média>=7,0 – AprovadoX Média<7,0 – Prova Final (PF)

04 de dezembroX Média Final=(Média+PF)/2X Média Final>=5,0 - Aprovado

Critérios de Avaliação

Page 3: Engenharia de Perfuração

Tópicos

¬ Classificação de poços de petróleo, equipamentos de sonda;

¬ Elementos de coluna de perfuração;¬ Determinação de gradiente de fratura, controle de

pressões;¬ Projeto básico de poços;¬ Operações de perfuração;¬ Operações especiais de perfuração (perfuração direcional,

pescaria, testemunhagem);¬ Perfilagem;¬ Revestimento;¬ Cimentação e avaliação de cimentação.

Page 4: Engenharia de Perfuração

Histórico

Ü Primeiro poço de petróleo – perfurado pelo Cel. Drakeem Tittusville, Pensilvânia em 1859 – 21m de profundidade e produção de 2m3/dia (Método percurssivo).

Ü Utilizando fluidos de perfuração: poço de Spindletop, Beaumont, Tx, USA.

Ü Perfuração rotativa intermitente

Ü 354m de profundidade (1900 – perfuração rotativa)

Page 5: Engenharia de Perfuração

Classificação dos poços de petróleoPoços Exploratórios

1) Pioneiros – perfurados com o objetivo de descobrir novas jazidas ou campos a partir de dados obtidos por métodos geológicos e/ou geofísicos.

2) Estratigráficos – perfurados para obter informações da sequência de rochas de subsuperfície, chamada ainda de coluna litológica. Estes dados serão utilizados para subsidiar a perfuração de outros poços no campo.

Page 6: Engenharia de Perfuração

3) Extensão – perfurados buscando ampliar ou delimitar os limites de uma jazida, normalmente feitos nos limites ou até fora da reserva provada.

4) Pioneiro Adjacente – perfurados após a delimitação de um campo, com o objetivo de descobrir novas jazidas.

5) Jazida Rasa/Jazida Profunda – poços perfurados dentro de um campo, visando descobrir jazidas mais rasas ou mais profundas, do que aquela já conhecida.

Classificação dos poços de petróleoPoços Exploratórios

Page 7: Engenharia de Perfuração

6) Desenvolvimento – são os poços perfurados visando a drenagem do petróleo (ou gás) de um campo. O número de poços e a disposição destes é função de critérios econômicos e técnicos (reservatório).

7) Injeção – perfurados para que sejam injetados fluidos(principalmente água) na rocha reservatório, buscando-se obter as condições originais de pressãode poros na rocha.

8) Especiais – são todos aqueles que não obedecem as definições anteriores.

Classificação dos poços de petróleoPoços Explotatórios

Page 8: Engenharia de Perfuração

Tipos de poços

Poço vertical – quando a sonda e o objetivo estãosituados numa mesma reta vertical.

Poço Direcional – s a sonda e objetivo não estãona reta na reta vertical chamamos o poço de DIRECIONAL. No caso do ângulo formado se igual a 90o este é chamado de HORIZONTAL.

Page 9: Engenharia de Perfuração

Tipos de poços

Page 10: Engenharia de Perfuração

Principais Componentes de Sondas de Perfuração

H Sistema de sustentação de cargas;

H Sistema de geração e transmissão de energia;

H Sistema de movimentação de cargas;

H Sistema de rotação;

H Sistema de circulação de fluidos;

H Sistema de monitoramento;

H Sistema de segurança de poço.

Page 11: Engenharia de Perfuração

Sistema de sustentação de cargas

Mastro ou Torre – tem objetivo de prover um espaço livrevertical que possa permitir a suspensão ou abaixamentoda coluna de perfuração

Mastro

Page 12: Engenharia de Perfuração

Sistema de sustentação de cargas

Page 13: Engenharia de Perfuração

Sistema de sustentação de cargas

Subestrutura – tem por objetivos: suportar a torre ou mastroe maquinário, e fornecer um espaço adequado paraposicionr o equipamento de segurança (BOP)

Base ou Fundação – bases de concreto preparadas no terreno, que visam distribuir as cargas e manter osequipamentos nivelados e alinhados.

Page 14: Engenharia de Perfuração

Sistema de sustentação de cargas

Page 15: Engenharia de Perfuração

Sistema de sustentação de cargas

Estaleiro – estrutura metálica construída com vigas e queservem para apoiar/armazenar comandos, colunas de perfuração e revestimento, de forma a permitir um fácilacesso e manuseio.

Estaleiro

Page 16: Engenharia de Perfuração

Sistema de Geração e Transmissão de Energia

As sondas de perfuração são movidas por motores diesel; a quantidade e potência dos motores são função da capacidade projetada para a sonda.

Métodos de transmissão de energia:Ü Sonda MecânicaÜ Sonda Diesel–Elétrica.

Page 17: Engenharia de Perfuração

Sistema de Geração e Transmissão de Energia

Sondas Mecânicas – os vários motores são ligados a “compounds” no qual são conectados os principais equipamentos de perfuração; usam-se ainda conversores de torque e embreagens.

Page 18: Engenharia de Perfuração

Sondas Diesel-Elétricas - os motores a diesel são ligados a geradores de energia elétrica (o sistema mais usado é o AC/DC) onde a geração é feita em corrente alternada e a utilização nos equipamentos é feita em corrente contínua (retificação e controle de tensão em SCRs).

Sistema de Geração e Transmissão de Energia

Page 19: Engenharia de Perfuração

Sistema de Geração e Transmissão de Energia

Page 20: Engenharia de Perfuração

Sistema de movimentação de cargas

Bloco de Coroamento (Crown Block): conjunto de polias fixo, que fica apoiada na parte superior do mastro/torre por onde passam os cabos de aço (cabo de perfuração).

Page 21: Engenharia de Perfuração

Sistemas de movimentação de cargas

Catarina (Travelling Block): conjunto de polias móvel justapostas num pino central; pela movimentação dos cabos passado entre esta e o bloco, a catarina se move ao longo da torre.

Page 22: Engenharia de Perfuração

Sistema de movimentação de cargas

Gancho da catarina

Gancho (Hook): elemento de ligação da carga ao sistema de polias (Catarina).

Page 23: Engenharia de Perfuração

Sistemas de movimentação de cargas

Swivel: elemento que liga as partes girantes as fixas, permitindo livre rotação da coluna. Por um tubo na sua lateral (Gooseneck) permite a injeção de fluido no interior da coluna de perfuração.

Page 24: Engenharia de Perfuração

Sistema de movimentação de cargas

Guincho (Drawwork): é o elemento que movimenta o cabo, sendo por isso responsável pela movimentação vertical das tubulações no poço.

Page 25: Engenharia de Perfuração

Sistema de movimentação de cargas

Cathead

Page 26: Engenharia de Perfuração

GuinchoTambor Principal – é onde se enrola e desenrola

o cabo de perfuração ao se içar ou descer as cargas.

FreioPrincipal – é um freio a fricção que tem a função de parar e manter suspensa a coluna.Secundário – hidráulico ou eletromagnético, que tem a função apenas de diminuir a velocidade de descida da coluna.

Sistemas de movimentação de cargas

Page 27: Engenharia de Perfuração

Molinete – mecanismo secundário que permite tracionar cabos ou cordas.

Cathead – usado nas chaves flutuantes para apertar ou desapertar conexões.

Catline – utilizado para içar pequenas cargas.

Sistemas de movimentação de cargas

Page 28: Engenharia de Perfuração

Sistemas de movimentação de cargas

Elementos complementares

Elevador – equipamento utilizado para segurar a tubulação durante as movimentações (manobras)

Page 29: Engenharia de Perfuração

Sistemas de movimentação de cargas

Sistema Bloco-Catarina

Page 30: Engenharia de Perfuração

Sistemas de movimentação de cargas

Page 31: Engenharia de Perfuração

Mesa Rotativa – recebe energia sob forma de rotação no plano vertical e transforma em rotação horizontal, que é transmitida a coluna; serve também como suporte no acunhamento da coluna.

Sistema de rotação

Master bushing

Page 32: Engenharia de Perfuração

Sistema de rotação

Hexagonal Kelly

Bucha do Kelly

Kelly

Kelly – é o elemento que transmite rotação da mesa rotativa à coluna de perfuração; pode ser de haste quadrada ou hexagonal. A bucha do Kelly é o equipamento que fica conectado a mesa, e onde o Kelly fica encaixado.

Page 33: Engenharia de Perfuração

Sistema de rotação

Swivel

Page 34: Engenharia de Perfuração

Sistema de rotação

Top Drive – a coluna gira movida por um motor conectado no seu topo. É montado com o Swivelconvencional e desliza sobre

trilhos fixados a torre.

Elimina o uso de mesa rotativa, Kelly e bucha do Kelly

Page 35: Engenharia de Perfuração

Sistema de rotação

Top Drive

Ü Perfura por seção;

Ü Menor número de conexões;

Ü Permite a retirada da coluna com rotação e circulação.

Page 36: Engenharia de Perfuração

Sistema de rotação

Page 37: Engenharia de Perfuração

Sistema de circulação

Ü Equipamentos de Superfície

Tanques de Fluido

Bombas de Fluido

Tubo Bengala

Swivel

Kelly¬ Coluna de Perfuração

¬ Broca

¬ Espaço Anular

¬ Separação de Sólidos

Page 38: Engenharia de Perfuração

Sistema de circulação

Sistema no qual ocorre o bombeamento do fluido de perfuração a pressão e vazão adequadas para o interior da coluna, saindo pela broca e retornando pelo espaço anular até a superfície, para o sistema de separação de sólidos.

Page 39: Engenharia de Perfuração

Composto por:

Ü Tanques de fluidos;

Ü Bombas de fluidos;

Ü Manifold;

Ü Tubo Bengala/Mangueira;

Ü Retorno de fluido.

Sistema de circulação

Page 40: Engenharia de Perfuração

Tanques de fluido (lama) – tanques metálicos, retangulares e abertos utilizados para a preparação, armazenamento e tratamento dos fluidos.

Bomba de fluido (lama) – bombas alternativas de pistões horizontais, constituídas de duas partes:

Sistema de circulação

Page 41: Engenharia de Perfuração

Sistema de circulação

Bombas de deslocamento positivo – impelem uma quantidade de fluido em cada golpe ou volta do positivo - Volume do fluido é proporcional a velocidade.

Bombas alternativas:Ü Movimento de vai-e-vem de um pistão num cilindro ⇒

escoamento intermitente. Ü Para cada golpe do pistão, um volume fixo do líquido é

descarregado na bomba. Ü A taxa de fornecimento do líquido é função do volume

varrido pelo pistão no cilindro e o número de golpes do pistão por unidade do tempo.

Page 42: Engenharia de Perfuração

Power-End (Parte Mecânica) – recebe energia de acionamento na forma rotativa e a transformaem movimento alternativo.

Fluid-End (Parte hidráulica) – onde a potênciamecânica é transferida ao fluido com pressão e vazão.

Podem ser Duplex (2 pistões) ou Triplex (3 pistões) e contam ainda com amortecedores de pulsação na linha de descarga para redução de vibração.

Sistema de circulação

Page 43: Engenharia de Perfuração

Manifold – conjunto de válvulas que recebe o fluido dasbombas e através do qual este é direcionado para o tubobengala.

Retorno de Fluido – tubulação também chamada de flow-line que recebe o fluido que vem do anular do poço e o conduzaté o sistema de separação de sólidos.

Sistema de circulação

Page 44: Engenharia de Perfuração

Sistema de circulação

Page 45: Engenharia de Perfuração

Sistema de circulação

Sistema de tratamento de lama

Page 46: Engenharia de Perfuração

Sistema de circulação

Page 47: Engenharia de Perfuração

Sistema de circulação

Page 48: Engenharia de Perfuração

Sistema de circulação

Peneiras – separa o fluido dos cascalhos

Page 49: Engenharia de Perfuração

Sistema de circulação

Dessiltador – Separar o silte do fluidoDesareiador – Separar a areia do fluido

Page 50: Engenharia de Perfuração

Mud Cleaner – Separar o silte do fluido; recuperar partículas.

Sistema de circulação

Page 51: Engenharia de Perfuração

Sistema de circulação

Desgaseificador

Page 52: Engenharia de Perfuração

Indicador de Peso – indicador analógico que tem dois ponteiros que indicam o peso suspenso no gancho e o peso sobre a broca.

Sistema de monitoramento

Page 53: Engenharia de Perfuração

Sistema de monitoramento

Geolograph – instrumento onde é inserida uma carta rotativa que registra continuamente parâmetros como:

Ü Taxa de penetração;

Ü Peso sobre a broca;

Ü RPM e torque da mesa rotativa;

Ü Pressão nas bombas.

Page 54: Engenharia de Perfuração

Tacômetro – usado para medir a velocidade da mesa rotativa (RPM) ou a velocidade da bomba em (ciclos/min).

Sistema de monitoramento

Tacômetro da mesa rotativa (RPM) Tacômetro da bomba (ciclos/min)

Page 55: Engenharia de Perfuração

Sistema de monitoramento

Indicador de na mesa de rotação Indicador de torque pelas chaves

Torquímetro – mede o torque na mesa rotativa e o torque dado pelas chaves na conexões e tubos.

Page 56: Engenharia de Perfuração

Sistema de monitoramento

Pressão bomba de lamaIndicador de pressão de lama

Manômetro – indicam a pressão de bombeio do fluido de perfuração.

Page 57: Engenharia de Perfuração

Indicador de nível dos tanques – com ele é possível detectar variações bruscas no nível do tanque de lama, o que o torna muito importante para a segurança, uma vez que estas variações podem ser indicativos de influxos de fluidos da formação.

Sistema de monitoramento

Page 58: Engenharia de Perfuração

Sistema de segurança

O objetivo desse sistema é evitar uma invasão descontrolada de fluidos da formação para o poço. É constituído por Equipamentos de Segurança de Poço (ESCP) e de equipamentos complementares que possibilitam o fechamento e controle do poço. O sinal de comando pode ser hidráulico, elétrico ou ótico.

Page 59: Engenharia de Perfuração

¬ BOP (Blowout Preventer)

¬ Cabeça de Poço (Wellhead)

¬ Equipamentos complementares:

i) Unidade Acumuladora/Acionadora;

ii) Painéis Remotos de Controle;

iii) Linhas de Kill e Choke;

iv) Choke Manifold.

Sistema de segurança

Page 60: Engenharia de Perfuração

A cabeça de poço é constituída de vários equipamentos que permitem a vedação e ancoragem das colunas de revestimento na superfície.

Sistema de segurança

Page 61: Engenharia de Perfuração

BOP – constituído de um conjunto de válvulas de gaveta, existem para diversas classes de pressão; seu acionamento é hidráulico.

Sistema de segurança

Page 62: Engenharia de Perfuração

Preventor Anular – gaveta que quando acionada comprime uma borracha sobre a coluna vedando o anular.

Gaveta de tubos – gaveta tem o diâmetro do tubo sobre o qual é fechado vedando também o anular.

Gaveta cega – gaveta com cortador que fecha o poço com ou sem coluna; no último caso o tubo é cortado.

Sistema de segurança

Page 63: Engenharia de Perfuração

Sistema de segurança

Preventor Anular

X Fecha sobre qualquer diâmetro;

X Não permanece fechado após a retirada da pressão de acionamento.

Page 64: Engenharia de Perfuração

Sistema de segurança

Gaveta de tubos

Ü Fecha contra o tubo sem cortá-lo

Ü Pode ser para um só diâmetro ou para vários diâmetros

Ü Permanece travada após a retirada da pressão de acionamento.

Page 65: Engenharia de Perfuração

Gaveta Cega

Fecha contra o tubo e corta o mesmo;

Permanece fechada após a retirada da pressão de acionamento.

Sistema de segurança

Page 66: Engenharia de Perfuração

Equipamentos Complementares:

Unidade Acionadora/Acumuladora – O BOP deve ter uma resposta imediata após acionamento, para isto dever haver fluido hidráulico armazenado sob pressão, isto acontece nesta unidade.

Sistema de segurança

Page 67: Engenharia de Perfuração

Linha de Kill – fica no BOP e dá acesso ao espaço anular; por ela é bombeado o fluido para amortecer o poço.

Linha de Choke – ao fechar o BOP o fluxo vindo pelo anular deve ser direcionado para o choke manifold, e esta linha é utilizada para isso.

Sistema de segurança

Page 68: Engenharia de Perfuração

Choke Manifold – conjunto de válvulas na superfície, sendo duas de estrangulamento, que permite o controle das pressões do poço, quando em Kick.

Sistema de segurança

Page 69: Engenharia de Perfuração

Componentes da coluna de perfuração

Coluna de perfuração – é formada pela conexão de vários elementos tubulares e tem as seguintes funções:

Aplicar peso sobre a broca;

Transmitir rotação a broca;

Permitir a circulação do fluido de perfuração até a broca;

Manter o poço calibrado

Garantir a inclinação e a direção do poço.

Page 70: Engenharia de Perfuração

Elementos principais de uma coluna:

Kelly;

Tubos de perfuração - Drill pipes (DP)

Tubos pesados – Heavy-Weight (HW)

Comandos ou Drill-Collars (DC)

Componentes da coluna de perfuração

Page 71: Engenharia de Perfuração

Acessórios:Subs – Substitutos;Estabilizadores;Escareadores – Roller reamer;Alargadores;Amortecedores de choke.

Ferramentas de manuseio:Chave Flutuante;Chave de Broca;

Cunha;Colar de Segurança.

Componentes da coluna de perfuração

Page 72: Engenharia de Perfuração

Kelly – tem como principal função transmitir a rotação da mesa rotativa à coluna de perfuração que está conectada a este; permite a passagem do fluido que entra pelo Swivelpara a coluna. Por ser o elemento que recebe o torque nas partes intermediárias, suas roscas são diferentes, na parte superior a rosca é à esquerda e na parte inferior para direita.

Componentes da coluna de perfuração

Page 73: Engenharia de Perfuração

Componentes da coluna de perfuração

Page 74: Engenharia de Perfuração

Kelly Cock – válvula inserida no Kelly que possibilita o fechamento do interior da coluna em caso de Kick.

Componentes da coluna de perfuração

Kelly Spinner

Page 75: Engenharia de Perfuração

Componentes da coluna de perfuração

Kelly de seção Quadrada

API: American Petroleum Institute

NOMINAL API (in)

MÁX A

(in)

MÁX B

(in)

MÁX C

(in)

Page 76: Engenharia de Perfuração

Componentes da coluna de perfuração

Kelly de seção Hexagonal

NOMINAL API (in)

OUTROS (in)

MáxA

(in)

MáxB

(in)

MáxC

(in)

Page 77: Engenharia de Perfuração

Tubos de Perfuração – tubos sem costura fabricados pela extrusão de aços especiais, reforçados nas extremidades para permitir que uniões cônicas (tool joints) sejam soldadas.

Permitem circulação do fluido de perfuração.

Transmitem torque e rotação para a broca.

Componentes da coluna de perfuração

Tool joint

caixaTool joint

pino

Page 78: Engenharia de Perfuração

Especificação de um tubo de perfuração

Diâmetro nominal (OD)Peso nominalGrau do AçoReforço (Upset)Comprimento NominalDesgasteCaracterísticas Especiais.

Componentes da coluna de perfuração

Page 79: Engenharia de Perfuração

Diâmetro nominal – é o diâmetro externo do corpo do tubo; varia 2 3/8´´ a 6 5/8´´.

Peso nominal – é o valor médio do peso do com as uniões cônicas (tool joints) em lb/ft.

Com essas duas características podem ser determinados:

Diâmetro interno (ID);

Espessura da parede do tubo;

Drift – Máximo diâmetro de passagem.

Componentes da coluna de perfuração

Page 80: Engenharia de Perfuração

Componentes da coluna de perfuração

Grau do aço – determina as tensões de escoamento e de ruptura do tubo de perfuração

Comprimento Nominal – é o comprimento médio dos tubos de perfuração

Range I 18 a 22ft média de 20ft

Range II 27 a 32ft média de 30ft (mais utilizado – 9,2m)

Range III 38 a 45ft média de 40ft

Page 81: Engenharia de Perfuração

Reforço (Upset) – tem como função criar uma criar uma área de maior resistência onde é soldada a união cônica (tool joint), reduzindo assim os problemas de quebra por fadiga.

Componentes da coluna de perfuração

Internal Upset External Upset Internal-External Upset

Page 82: Engenharia de Perfuração

Desgaste – ocorre com a redução da espessura da parede do tubo, à medida que este vai sendo utilizado. Os tubos são periodicamente inspecionados para classificá-los, segundo norma API.

Componentes da coluna de perfuração

Page 83: Engenharia de Perfuração

Um tubo somente é considerado novo antes de entrar no poço, assim que entra passa a ser do tipo Premium; nas sondas marítimas somente se utiliza este último, porém nas sondas terrestres pode-se utilizar tubos Classe 1 até Classe 2 dependendo da capacidade da sonda.

Componentes da coluna de perfuração

Page 84: Engenharia de Perfuração

Características especiais – as vezes um tubo tem de ser especificado para uma perfuração onde tem-se condições não convencionais, p.ex., revestimento interno com resina, metalurgia especial como proteção contra presença de Gás Sulfídrico (H2S).

Componentes da coluna de perfuração

Page 85: Engenharia de Perfuração

Uniões Cônicas ou Tool Joints

São as uniões que irão fazer parte do tubo e são acopladas nas extremidades destes por:

Ü Enroscamento a quente – união aquecida no tubo frio;

Ü Soldagem integral – partes aquecidas por indução e unidas com pressão e rotação sem adição de material.

Componentes da coluna de perfuração

Page 86: Engenharia de Perfuração

As uniões cônicas promovem o enroscamento do tubo e fazem sua vedação. Às vezes são confeccionadas com material mais duro (carbureto de tungstênio) externamente para resistir melhor ao desgaste.

Roscas da uniões cônicas (API):

X IF – Internal Flush

X FH – Full Hole

X REG - Regular

Componentes da coluna de perfuração

Page 87: Engenharia de Perfuração

Tool Joints:

Regular (REG) – ID menor que o ID do tubo sendo incompatível com Internal Upset (IU) devido à restrição ao fluxo do fluido.

Full Hole (FH) - ID = ID do tubo, usados com Internal Upset, menor restrição ao fluxo

Internal Flush (IF) – ID = ID do tubo, utilização com reforço External Upset (EU), fluxo pleno.

Componentes da coluna de perfuração

Page 88: Engenharia de Perfuração

Comandos ou Drill Collars (DC) – são tubos de paredes espessas fabricados com uma liga de aço cromo molibdênio e que tem como principal função fornecer peso à broca, além de transmitir torque e rotação à broca e permite a passagem de fluidos.

São fabricados no Range (tamanho) de 30 a 32ft, a conexão é usinada no próprio tubo e protegida por uma camada fosfatada, e diferentemente do DP as conexões são a parte mais fraca do comando.

Podem ser lisos ou espiralados; neste último caso a função é de reduzir o risco de prisão diferencial.

Componentes da coluna de perfuração

Page 89: Engenharia de Perfuração

Os comandos em conjunto com os estabilizadores são usados para dar rigidez no controle da inclinação do poço.

Componentes da coluna de perfuração

Page 90: Engenharia de Perfuração

Um comando é especificado por:

X Diâmetro externo;

X Diâmetro interno;

X Tipo de conexão;

X Características especiais.

Componentes da coluna de perfuração

Page 91: Engenharia de Perfuração

Diâmetro Externo – escolhido em função do diâmetro do poço e da possibilidade de pescaria.

Diâmetro Interno – é função do peso nominal do comando, sendo usual especificar em função do peso em lb/ft.

Características Especiais – ex.: comando espiralado, com rebaixamento para a cunha, com pescoço para elevador, com metalurgia especial para resistir ao H2S.

Componentes da coluna de perfuração

Page 92: Engenharia de Perfuração

Um tipo especial de comando é o K-Monel, que é fabricado com materiais não magnéticos e utilizado em poços direcionais para evitar interferência magnética nos equipamentos que registram inclinação e direção do poço -são colocados na extremidade da coluna.

Componentes da coluna de perfuração

Page 93: Engenharia de Perfuração

Resistência dos Comandos

Componentes da coluna de perfuração

Page 94: Engenharia de Perfuração

Tubos Pesados ou Heavy Weigh (HW) – são tubos de peso intermediário entre os tubos de perfuração e os comandos.

Seu diâmetro externo varia de 3 ½” a 5” e são utilizados no mesmo diâmetro da coluna de perfuração.

Funções:

Ü Fazer uma transição gradual de rigidez entre o DP e DC

Ü Transmitir toque e rotação;

Ü Permitir a passagem de fluido.

Componentes da coluna de perfuração

Page 95: Engenharia de Perfuração

Os HWDPs por apresentarem características como: - maior espessura de paredes, uniões mais resistentes e revestidas com material mais duro e reforço central no corpo do tubo traz algumas vantagens como:

Ü Diminui a quebra de tubos de transição de DPs para DCs

Ü Nos poços direcionais diminuem o torque e arrasto devido a sua menor área de contato como o poço.

Componentes da coluna de perfuração

Page 96: Engenharia de Perfuração

Substitutos (Sub´s) – são pequenos tubos que desempenham funções específicas:

Sub de Içamento ou de Elevação (Lift-Sub) – serve para promover um batente para o elevador, pode içar comandos que não possuem pescoço.

Componentes da coluna de perfuração

Page 97: Engenharia de Perfuração

Sub do Kelly ou de Salvação – é conectado a rosca do Kelly com a finalidade de protegê-lo dos constantes enroscamentos e desenroscamentos.

Sub de Cruzamento (Cross-Over) – pequenos tubos que permitem conexão de tubos com roscas diferente; podem ser: caixa-pino, caixa-caixa e pino-pino.

Componentes da coluna de perfuração

Page 98: Engenharia de Perfuração

Sub de Broca (Near Bit) – é um sub de cruzamento Caixa-Caixa que serve para conectar a broca (pino) com a extremidade do comando que também é pino.

Componentes da coluna de perfuração

Page 99: Engenharia de Perfuração

Estabilizadores – são ferramentas que servem para centralizar a coluna de perfuração, dando maior rigidez e afastando os comandos das paredes do poço. Também ajuda a manter o calibre do poço. Seu posicionamento na coluna é importante na perfuração direcional, controlando a variação da inclinação.

Tipos:

¬ Não rotativos;

¬ Rotativos com lâminas: Intercambiáveis, Integrais e Soldadas.

Componentes da coluna de perfuração

Page 100: Engenharia de Perfuração

Não rotativos – são fabricados de borracha e danificam-se rapidamente quando perfurando formações abrasivas.

Componentes da coluna de perfuração

Page 101: Engenharia de Perfuração

Componentes da coluna de perfuração

Rotativos

Intercambiáveis – a camisa é substituída quando muito desgastada.

Integrais – quando as lâminas estragam podem ser recuperados ou transformados em subs.

Lâminas soldadas – mais indicados para formações moles.

Page 102: Engenharia de Perfuração

Componentes da coluna de perfuração

Page 103: Engenharia de Perfuração

Escareadores (Roler-Reamers) – ferramenta estabilizadora usada em formações abrasivas, com roletes que conseguem manter o calibre do poço.

Componentes da coluna de perfuração

Page 104: Engenharia de Perfuração

Alargadores – ferramentas utilizadas quando se deseja aumentar o diâmetro de um poço já perfurado.

Componentes da coluna de perfuração

Hole Opener – utilizado quando se pretende alargar o poço desde a superfície; tem braços fixos.

Page 105: Engenharia de Perfuração

Underreamer – usado quando se deseja alargar apenas um trecho do poço começando por um ponto abaixo da superfície. Tem braços móveis que são normalmente abertos por um aumento da pressão de bombeio.

Componentes da coluna de perfuração

Page 106: Engenharia de Perfuração

Amortecedores de choque (Shock-Eze) – são ferramentas que absorvem as vibrações da coluna de perfuração induzidas pela broca, principalmente quando perfurando rochas muito duras ou zonas com diferentes durezas. Usada principalmente em conjunto com brocas PDC ou de insertos e sempre que possível deve ser colocado imediatamente acima da broca.

Componentes da coluna de perfuração

Page 107: Engenharia de Perfuração

Ferramentas de manuseio

Chaves flutuantes – são duas chaves manuais suspensas na plataforma através de um sistema de cabo de aço, polia e contrapeso. Promovem o torque de aperto e desaperto nas uniões dos elementos tubulares da coluna, tem mordentes intercambiáveis responsáveis pela fixação das chaves à coluna

Componentes da coluna de perfuração

Page 108: Engenharia de Perfuração

Chave flutuante hidráulica – facilita o enroscamento e desenroscamento da coluna e provê torque à conexão.

Componentes da coluna de perfuração

Page 109: Engenharia de Perfuração

Iron-Roughneck – executa automaticamente os serviços dos plataformistas durante as conexões e desconexões.

Componentes da coluna de perfuração

Page 110: Engenharia de Perfuração

Cunhas – equipamentos que servem para apoiar a coluna de perfuração ou os comandos na plataforma. Têm mordentes intercambiáveis e se encaixam entre a tubulação e a bucha da mesa rotativa.

Componentes da coluna de perfuração

Page 111: Engenharia de Perfuração

Colar de segurança – equipamento de segurança colocado nos comandos que não possuem rebaixamento para a cunha. Sua finalidade é prover um batente para a cunha no caso de escorregamento do comando.

Componentes da coluna de perfuração

Page 112: Engenharia de Perfuração

Composição de fundo (BHA) de uma coluna de perfuração estabilizada

Componentes da coluna de perfuração

STB’SHWDPDP DC Broca

Page 113: Engenharia de Perfuração

Bucha do kelly

Chave flutuante

pino

orifício

sub salvação

cabo da

chave

Componentes da coluna de perfuração

Page 114: Engenharia de Perfuração

Brocas

Equipamentos que vão na extremidade da coluna e tem como função desgregar as rochas em pequenos pedaços (cascalhos) promovendo o aprofundamento do poço e consequenteavanço da coluna.

A escolha adequada das brocas num projeto de perfuração é de fundamental importância na economicidade e na qualidade do poço.

Page 115: Engenharia de Perfuração

Brocas

Classificação das brocas

Brocas sem partes móveis – integraisÜ Brocas DragaÜ Brocas de DiamantesÜ Brocas de Diamantes Artificiais (PDC)

Brocas com partes móveisÜ Brocas Tricônicas

XDentes de AçoX Insertos

Page 116: Engenharia de Perfuração

Brocas

Brocas sem partes móveis

Brocas Draga – constituem um elemento cortante integral, cujo mecanismo de perfuração é a formação de sulcos por raspagem. Foram as primeiras usadas na perfuração de poços, mas atualmente estão em desuso.

Page 117: Engenharia de Perfuração

Brocas

Brocas de Diamantes – seu uso iniciou-se devido à dureza do diamante com o objetivo de perfurar rochas muito duras ou abrasivas. Seu mecanismo de perfuração é o esmerilhamento e é utilizada para perfurar formações muito duras ou abrasivas, ou coroa de testemunhagem.

Na sua fabricação, diamantes são inseridos na matriz metálica contendo carbureto de tungstênio a altas temperaturas.

Quando operada de forma apropriada apenas os diamantes entram em contato com a formação, criando um pequeno espaço entre a rocha e o corpo da broca.

O fluido de perfuração passa por um orifício central e por sulcos moldados em sua face.

O tamanho e o número de diamantes são função de sua aplicação: brocas para formações moles tem poucas e grandes pedras (0,75 – 2 quilates) enquanto que para rochas mais duras o número de pedras é bem maior e o tamanho fica na faixa de 0,07 a 0,125 quilates (1quilate=0,2g).

Page 118: Engenharia de Perfuração

Brocas

Brocas de diamantes

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Brocas

Brocas de Diamantes Artificiais ou PDC (Polycrystalline diamondcompact) – tem como característica principal o seu cortador que é composto por uma camada fina de diamantes artificiais (±0,5mm) fixada a outra mais espessa (±3mm) de carbureto de tungstênio a alta temperatura e pressão. O cortador é formado pela junção deste compacto a um corpo cilíndrico de carbureto de tungstênio, que é posteriormente montado na face da broca.

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O seu mecanismo de perfuração é por cisalhamento. Elas apresentam jatos intercambiáveis por onde circula o fluido de perfuração.

O tamanho e a quantidade de cortadores define para que tipos de formação e objetivos a broca foi projetada.

Brocas

Broca ideal para perfurar um poço de qualidade

Broca apropriada para perfurar poços direcionais

Page 121: Engenharia de Perfuração

As brocas PDC foram desenvolvidas para se perfurar formações moles com altas taxas de penetração e maior vida útil, pois em formações mais duras o calor gerado na perfuração destrói a ligação diamante cobalto. Foram desenvolvidos então cortadores de diamantes sintéticos estáveis termicamente, chamados de TSP – Thermally Stable Polycrystalline.

As brocas de compactos (PDC/TSP) são fabricados com características especiais para cada cliente.

Brocas

Page 122: Engenharia de Perfuração

Brocas TricônicasElementos

Estrutura CortanteRolamentosCorpo

Brocas

Page 123: Engenharia de Perfuração

Estruturas cortantes – são fileiras de dentes interpostas entre as fileiras dos dentes dos cones adjacentes.

Os dentes podem ser de aço, fresados no próprio cone ou de insertos de carbureto de tungstênio, prensados em orifícios previamente abertos na superfície do cone.

Brocas

Broca tricônica de dentes de aço Broca tricônica de insertos de tungstênio

Page 124: Engenharia de Perfuração

Os insertos de carbureto de tungstênio são bastante resistente quando ao desgaste, mas não tanto quanto à quebra. São portanto mais robustos que o dente de aço (menor comprimento e maior conicidade).

A ação das brocas tricônicas em formações moles é de raspagem e nas formações duras é por esmagamento. Em ambos os casos atua também a erosão causada pela potência hidráulica.

Brocas

Page 125: Engenharia de Perfuração

A ação de raspagem é realizada por duas características do cone:

i) Offset – excentricidade dos eixos dos cones em relação ao eixo da broca. Quanto maior o Offset, maior será a tendência do cone raspar no fundo do poço ao rolar sobre o seu próprio eixo.

Brocas

Page 126: Engenharia de Perfuração

ii) Troncos de cones com ângulos diferentes – um cone rola sem deslizar se o eixo de rotação coincide com o seu vértice. Como o cone da broca é na realidade a junção de troncos de cones com ângulos diferentes, tal coincidência não existe. Logo, o cone raspa no fundo do poço ao girar em relação ao eixo da broca.

Brocas

Page 127: Engenharia de Perfuração

2) Rolamentos

Tipos

Com roletes e esferas não-selados

Com roletes e esferas selados

Rolamento Journal

Brocas

Page 128: Engenharia de Perfuração

Rolamento com roletes e esferas não-selados

a) Rolamento externo de roletes

b) Rolamento intermediário de esferas

c) Rolamento interno de fricção

Brocas

Os roletes transmitem a maior parte do peso aplicado sobre a broca.

As esferas intermediárias recebem os esforços axias ao cone (prendem o cone à broca), enquanto que o rolamento intermediário começa a se desgastar.

Todos os rolamentos são lubrificados pelo fluido de perfuração. Este modelo de broca tricônica é mais simples e portanto mais barato.

Page 129: Engenharia de Perfuração

Rolamento selado – neste tipo de rolamento não há contato com o fluido de perfuração.

O sistema de lubrificação usa graxa limpa confinada a um reservatório selado provido de um sistema de compensação de pressões, mantendo a pressão da graxa igual à pressão hidrostática.

Brocas

Page 130: Engenharia de Perfuração

Brocas

Rolamento Selado

Page 131: Engenharia de Perfuração

Rolamento Journal – neste tipo de rolamento o cone gira em contato direto com o pino da perna da broca. O controle das tolerâncias é bastante rigoroso, o processo metalúrgico especial, a deposição de uma camada de prata na área de transmissão do peso sobre a broca, tornam esse tipo de broca muito mais caro que os anteriores.

Brocas

Page 132: Engenharia de Perfuração

Brocas

Rolamento Journal

Page 133: Engenharia de Perfuração

Corpo da Broca – o corpo da broca além do reservatório de graxa, constitui-se dos seguintes elementos:

a) Conexão – existem vários tipos de roscas que variam conforme os diâmetros das brocas.

b) Pernas da broca – três elementos que serão soldados para formar a broca; apresentam deposição de material duro nas abas de calibre para aumentar a resistência à abrasividade.

c) Canais de fluido – caminho do fluido de perfuração. Na maioria das brocas os canais de fluido terminam em jatos colocados entre dois cones. Os jatos são removíveis possibilitando a variação de diâmetros no bocal, ou seja, a variação das condições hidráulicas no fundo do poço.

Brocas

Page 134: Engenharia de Perfuração

Brocas

Conexão

Perna

Page 135: Engenharia de Perfuração

Classificação IADC (International Association of Drilling Contractors) para brocas tricônicas:

O código tem 4 caracteres – três numéricos e um alfabético. Os três números definem a “Série-Tipo-Características”

1o Caractere – indica o tipo do cortador.

2o Caractere – indica a dureza da formação.

3o Caractere – informa o tipo de rolamento.

4o Caractere – informação adicional.

Brocas

Page 136: Engenharia de Perfuração

Classificação IADC para brocas com cortadoresfixos.

O código tem 4 caracteres:

Ü Tipo de cortador

Ü Perfil/Conicidade

Ü Hidráulica

Ü Dimensão

Brocas

Page 137: Engenharia de Perfuração

1o Caractere – letra que identifica o tipo de cortador e o material constituinte do corpo dabroca.

2o Caractere – representa o perfil da broca:Ü Conicidade externa – relacionada com a

distância do fundo do poço à seção da brocacom diâmetro pleno.

Ü Conicidade interna – relacionada com a alturado cone interno.

Brocas

Page 138: Engenharia de Perfuração

3o Caractere – identifica o projeto hidráulico dabroca através de duas características: tipo de saída do fluxo e arranjo dos cortadores (quedefine a trajetória do fluido na face da broca

4o Caractere – identifica o tamanho do cortador e a densidade dos cortadores na broca.

Brocas

Page 139: Engenharia de Perfuração

Registro de desgastes – quando a broca sai do poço deve-se verificar os desgastes que elasofreu; estas informações devem ser registradas para otimização de futurosprojetos de poço na área.

Criou-se então uma classificação de desgastespara padronizar estas informações.

Brocas

Page 140: Engenharia de Perfuração

Brocas

Desgaste por erosão

Page 141: Engenharia de Perfuração

Brocas

Page 142: Engenharia de Perfuração

Classificação de Desgaste – Caracterizada por 8 elementos, sendo os 4 primeiros relacionadosao desgaste da estrutura cortante, o quinto aodesgaste do rolamento, o sexto ao desgastedo calibre, o sétimo informa característicasespeciais de desgaste e o oitavo informa o motivo de retirada da broca.

Brocas

Page 143: Engenharia de Perfuração

Brocas Problemas que afetam o rendimento da broca

Page 144: Engenharia de Perfuração
Page 145: Engenharia de Perfuração

Cálculo do custo por metro perfurado.

Brocas

( ) ( )of

TcTmTpCmfTcTmTpCSCBMC

Pr

++×+++×+=

X C/M = custo do metro perfurado;

X CB = custo da broca;

X CS= custo por hora da sonda;

X Tp = tempo de perfuração (hora);

X Tm = tempo de manobra (hora);

X Tc = tempo de conexão (hora);

X Prof = Intervalo perfurado (m);

X Cmf = custo por hora do motor de fundo.

Page 146: Engenharia de Perfuração

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

No dimensionamento de uma coluna de perfuração temos que levar em consideraçãoos seguintes parâmetros:

Profundidade prevista para a coluna;Peso específico do fluido de perfuraçãoFatores de segurança à tração, colapso e pressão

interna.Peso máximo previsto sobre a broca.

Page 147: Engenharia de Perfuração

Com esses elementos podemos dimensionar:X Tipo dos tubos de perfuraçãoX Tipo e quantidade de comandos

Durante as operações de perfuração de um poço, a coluna de perfuração estará sujeita a esforços de tração, compressão e torção. Alémde eventuais esforços radiais resultantes dadiferença entre as pressões interna e externaao tubo.

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

Page 148: Engenharia de Perfuração

Especificação dos tubos de perfuraçãoTração – o tubo de perfuração mais próximo à superfície é o

mais solicitado em termos de resistência à tração, poissuporta todo o peso da coluna (imersa em fluido).

T=P-E

P=gaço Vaço

E=gf Vdes

onde: T = tração máxima da coluna, P = Peso da coluna no ar, E = Empuxo, gf = peso específico do fluido, Vaço = volume do aço da coluna, gaço = peso específico do aço, Vdesl = volume deslocado de fluido.

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

Page 149: Engenharia de Perfuração

Logo:T=P-E=(gaço Vaço)-(gf Vdes)

T=(gaço Vaço)-(gaço Vaço) =(gaço Vaço) [1-(gf/gaço)]

T= P

onde é o fator de flutuação

O fator de segurança utilizado para tubos de perfuraçãoé de 1,1.

O peso específico do aço é de 65,22lbf/gal.

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

Page 150: Engenharia de Perfuração

Colapso – a pressão de colapso é resultante do diferencial maior da pressão externa sobre a pressão interna do tubo. Esta é calculada no tubo (DP) que está conectado no HWDP –mais sujeito a esta solicitação.

Fórmulas de cálculo dependem da razão D/t –diâmetro externo/espessura da parede do tubo.

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

Page 151: Engenharia de Perfuração

Para a faixa da tabela abaixo usamos a fórmula 1:

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

Fórmula 1: Rc=2×Y ×[(D/t)-1/(D/t)2]

onde: Rc = resistência ao colapso

Y= tensão de escoamento

Page 152: Engenharia de Perfuração

Faixa 2

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

Fórmula 2: Rc=Y×{[A`/(D/t)]-B`}-C`

Page 153: Engenharia de Perfuração

Faixa 3

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

Fórmula 3: Rc=Y×{[A/(D/t)]-B}

Page 154: Engenharia de Perfuração

Faixa 4

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

Fórmula 4: Rc=46,95×106/[(D/t) ×((D/t)-1)2 ]

O fator de segurança utilizado em todos oscasos para a Resistência ao colapso é 1,125

Page 155: Engenharia de Perfuração

Pressão interna – quando a pressão interna é maior quea pressão externa, a resistência interna é calculadapela fórmula de Barlow

Rpi=(1,75×t ×Y)/d

onde: Rpi = resistência à pressão interna (psi)d = diâmetro interno (pol)Y = tensão de escoamento

O fator de segurança é 1,1

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

Page 156: Engenharia de Perfuração

Flambagem – uma coluna não flamba quando sua tensãoaxial for maior que a média entre as tensões radiaistangenciais. A flambagem dos tubos de perfuraçãodeve ser evitada para impedir o aparecimento de tensões cíclicas na parede dos tubos durante a rotaçãoda coluna e a conseguente falha por fadiga.

O critério de Lubinsky é utilizado para determinação dalinha neutra de flambagem, pois foi demonstrado que a flambagem não ocorre se o peso sobre a broca for menor que o peso “flutuado” (peso-empuxo) dos comandos.

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

Page 157: Engenharia de Perfuração

Pelo critério de Woods uma coluna não flamba se:

σa>(Pi.ri2-Pe.re2)/(re2-ri2) (1)

onde: σa = tensão axial

Pi e Pe = pressões interna e externa ao tubo

ri e re = raios interno e externo do tubo

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

Page 158: Engenharia de Perfuração

Na linha neutra de flambagem (a uma altura x dabroca)

σa=Tx/A (2)Com:

Tx=w-PSB-0,52.gL.H.Aonde: w = peso por ft (no ar) do tubo

gL = peso específico do fluidoA = área da seção transversal do tuboPSB = peso sobre a broca

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

Page 159: Engenharia de Perfuração

Fazendo Pi = Pe=0,052.gL.(H-x) na equação (1) e substituindo em (2), têm-se:

x = PSB/(α.w)

onde:

x = altura da linha neutra de flambagem

α = fator de flutuação

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

Page 160: Engenharia de Perfuração

Determinação do número de comandos usando o critério de linha neutra de flambagem:

n = PSBmax/(FS.α.w.L)

n = número de comandosFS = fator de segurança (0,8 a 0,9)α = fator de flutuaçãow = peso por ft (no ar) do comandoL = comprimento médio de cada comando.

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

Page 161: Engenharia de Perfuração

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

(-)

Convenções

(+) Tração

(-) Compressão

(+)

(+)

(-)

(-)(+)

(+)

Tubos

de P

erf

ura

ção

Com

andos

1° caso

2° caso

3° caso

4° caso

Posições da Linha Neutra em relação ao peso aplicado sobre a broca

1° Caso: A linha neutra tangencia os dentes da broca – Neste instante a broca estará acima do fundo, e toda a coluna estará sujeita à tração, sustentada pelo gancho da catarina.

2° Caso: Comandos aplicando 10% do seu peso total sobre a broca. Como o peso é função direta do comprimento dos comandos, podemos determinar a posição da linha neutra, a partir da broca, utilizando o mesmo valor percentual aplicado de peso. Se considerarmos 10% do peso sobre a broca, a linha neutra estará passando a 10% do comprimento L.

Page 162: Engenharia de Perfuração

Dimensionamento da Coluna de Perfuração

Convenções

(+) Tração

(-) Compressão

(+)

(+)

(-)

(-)

(-)(+)

(+)

Tubos

de P

erf

ura

ção

Com

andos

1° caso

2° caso

3° caso

4° caso

Posições da Linha Neutra em relação ao peso aplicado sobre a broca

3° Caso: Comandos aplicando 50% de seu peso sobre a broca ⇒ 50% dos comandos estão sujeito a tração e 50% a compressão.

4° Caso: Aplicação de peso superior ao peso total dos comandos. Se por algum problema operacional, isto acontecer, todos os comandos e parte dos tubos estarão comprimidos e a linha neutra estará passando nos tubos de perfuração o que não é permitido pois, não foram dimensionados para resistir a tais esforços.

Por medida de segurança permite-se um

máximo de 90% de peso dos comandos.