eng. de planejamento - ind. petróleo e gás
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Eng. de Planejamento - Ind. Petróleo e GásTRANSCRIPT
CM - ENGENHEIRO DE PLANEJAMENTO
INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS
Luiz Carlos L. Santos, Ph.D.Agosto / 2015
1. Introdução1.1. Definição
1.2. Histórico
2. Petróleo2.1. Constituintes
2.2. Classificação
2.3. Fatores que afetam o ºAPI
3. Gás Natural3.1. Constituintes
3.2. Composição
3.3. Classificação
3.4. Cadeia produtiva
ÍNDICE
4. Geologia de petróleo4.1. Origem do petróleo
4.2. Migração
4.3. Tipos de rochas
4.4. Armadilhas
5. Prospecção de petróleo5.1. Métodos geológicos
5.2. Métodos potenciais
5.3. Métodos sísmicos
ÍNDICE
6. Perfuração e completação de poços6.1. Sistema de sustentação de cargas
6.2. Sistema de geração e transmissão de energia
6.3. Sistema de movimentação de cargas
6.4. Sistema de rotação
6.5. Sistema de circulação
6.6. Sistema de segurança do poço
6.7. Sistema de monitoração
7. Intervenções em poços7.1. Workover
8. Reservatórios
8.1. Propriedades dos fluidos
ÍNDICE
8.2. Propriedades das rochas
8.3. Mecanismos de produção de reservatórios
8.4. Balanço de materiais em reservatórios de gás
8.5. Estimativa de reservas
8.6. Métodos de recuperação secundária
9. Métodos de elevação de petróleo9.1. Elevação natural
9.2. Elevação artificial
- Bombeio mecânico com hastes (BM);
- Bombeio por cavidades progressivas (BCP);
- Bombeio centrífugo submerso (BCS);
- Gas-lift contínuo (GLC) e intermitente (GLI).
ÍNDICE
10. Processamento primário
10.1. Tratamento do óleo
10.2. Tratamento do gás natural
10.3. Tratamento da água
11. Armazenamento e escoamento de petróleo
12. Destinação do petróleo e gás natural
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO
1.1. DEFINIÇÃO
Petróleo
Misturas de hidrocarbonetos que se apresentam na natureza em estado
sólido, líquido ou gasoso, dependendo das condições de pressão e
temperatura as quais estão submetidas.
Gás natural
Mistura de hidrocarbonetos que existe na fase gasosa ou em solução no
óleo, nas condições de reservatórios, e que permanece no estado gasoso
nas condições atmosféricas de pressão e temperatura.
1. INTRODUÇÃO
1.2. HISTÓRICO DO PETRÓLEO (MUNDO)• Tempos bíblicos: Exsudações naturais.
• 1859: Exploração comercial nos Estados Unidos (Cel. Drake - Pensilvânia).
Sistema de percussão – Poço com 21 metros de profundidade (2 m3/dia).
• 1900: Sistema rotativo – Anthony Lucas (Texas) – Poço com 354 metros de
profundidade. Marco importante na perfuração rotativa e na história do petróleo.
• 1945: Estados Unidos – Maior produtor do mundo.
• 1950: Estados Unidos – Metade da produção mundial. Exploração marítima.
1. INTRODUÇÃO
• 60`s: Abundância de petróleo no mundo. Oriente Médio (óleo) e União
Soviética (gás).
• 70`s: Elevação nos preços de petróleo. Reservas esgotadas nos EUA
resultando em avanços tecnológicos.
• 80`s e 90`s: Redução dos custos de exploração e produção. 1996 reservas
↑ 60% e custos ↓ 60% comparado aos 80`s.
• Hoje: Petroquímica – Diversos produtos utilizados.
1. INTRODUÇÃO
Cel Drake precursor.
Primeiro poço comercial
1. INTRODUÇÃO
1.3. HISTÓRICO DO PETRÓLEO (BRASIL)• 1858: Marquês de Olinda concede a José Barros Pimentel o direito de
extrair mineral betuminoso na província da Bahia.
• 1859: O inglês Samuel Allport observa o gotejamento de óleo em Lobato,
subúrbio de Salvador.
• 1891: Início de pesquisas relacionadas à petróleo, em Alagoas.
• 1897: Eugênio Ferreira Camargo – primeiro poço no município de Bofete
(SP): 488 metros de profundidade e 0,5 m3 de óleo.
• 1919: Criação do Serviço Geológico e Mineralólico do Brasil – 63 poços
perfurados sem sucesso.
1. INTRODUÇÃO
• 1938: Perfuração do poço DNPM-163 em Lobato (BA), pelo recém-criado
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
• 1939: Marco importante para o desenvolvimento das atividades petrolíferas
no país com a descoberta de petróleo a 210 metros de profundidade, Lobato
(BA).
• 1941: Primeiro campo comercial, Candeias (BA).
• 1953: Criação da Petrobrás.
• 50`s: Descobertas dos campos de Tabuleiro dos Martins (AL) e Taquipe
(BA).
• 60`s: Descobertas dos campos de Carmópolis (SE) e Miranga (BA).
Primeira descoberta em mar (SE) – Campo Guaricema.
1. INTRODUÇÃO
• 70`s: Descoberta da província petrolífera da Bacia de Campos (RJ) –
Campo de Garoupa. Descoberta de petróleo na plataforma continental do RN
– Campo de Ubarana.
• 80`s: Petróleo em Mossoró (RN) – O que viria a se tornar a segunda maior
área produtora de petróleo do país. Descobertas dos campos gigantes de
Marlim e Albacora em águas profundas, Bacia de Campos (RJ). Descobertas
do Rio Urucu (AM).
• 90`s: Campos gigantes de Roncador e Barracuda, Bacia de Campos (RJ).
De 50`s (criação da Petrobrás) até 90`s a produção de petróleo
cresceu de 750 m3/dia para mais de 182.000 m3/dia.
1. INTRODUÇÃO
Limites de LDA adotados na Petrobras:
1. INTRODUÇÃO
FLUIDO DO RESERVATÓRIO
Óleo + Gás + Água + Sedimentos
Não é produto final acabado para consumo e/ou descarte no meio ambiente
2. PETRÓLEO
2.1. CONSTITUINTES
2. PETRÓLEO
Do latim petra (pedra) e oleum (óleo), o petróleo no estado líquido é
uma substância oleosa, inflamável, menos densa que a água, com cheiro
característico e cor variando entre o negro e o castanho-claro.
O petróleo é constituído, basicamente, por uma mistura de
compostos químicos orgânicos: hidrocarbonetos parafínicos, isoparafínicos,
naftênicos e aromáticos.
Quando a mistura contém uma maior porcentagem de moléculas
pequenas seu estado físico é gasoso e quando a mistura contém moléculas
maiores seu estado físico é líquido, nas condições normais de temperatura e
pressão.
Hidrocarbonetos são compostos orgânicos formados em saturados,
insaturados e aromáticos.
Os hidrocarbonetos saturados, também denominados de alcanos ou
parafinas (do latim parafine “pequena atividade”, por serem comparativamente
inertes), são aqueles cujos átomos de carbono são unidos somente por ligações
simples e ao maior número possível de átomos de hidrogênio, constituindo
cadeias lineares, ramificadas ou cíclicas, interligadas ou não.
Os hidrocarbonetos insaturados, também denominados de olefinas ,
apresentam pelo menos uma dupla ou tripla ligação carbono-carbono.
Já os hidrocarbonetos aromáticos, também chamados de arenos ,
apresentam pelo menos um anel de benzeno na sua estrutura.
2. PETRÓLEO
Hidrocarbonetos parafínicos normais ou alcanos possuem a fórmula
geral CnH2n+2.
Os nomes dos alcanos são formados por um prefixo (especificando o
número de átomos de carbono) e do sufixo ano .
O mais simples deles é o metano, constituído por um átomo de carbono
ligado a quatro átomos de hidrogênio.
2. PETRÓLEO
Metano Etano Propano Butano
Exemplos de parafinas normais:
2. PETRÓLEO
Os hidrocarbonetos parafínicos podem apresentar ramificações em um
ou mais átomos de carbono e são também denominados de isoparafinas. Têm a
mesma fórmula geral dos alcanos normais.
Exemplos de isoparafinas:
2. PETRÓLEO
Em muitos hidrocarbonetos, os átomos de carbono são dispostos na
forma de anéis. Podem apresentar radicais parafínicos normais ou ramificados
ligados ao anel ou outro hidrocarboneto cíclico. Na indústria do petróleo são
conhecidos como naftênicos .
A nomenclatura utilizada é a mesma dos parafínicos, agora com o
prefixo ciclo .
2. PETRÓLEO
Exemplo de hidrocarbonetos naftênicos:
2. PETRÓLEO
Os hidrocarbonetos insaturados , dos quais os mais comuns são os
alcenos. Assim como para alcanos, o prefixo especifica o número de carbonos e
o sufixo é eno . Os alcenos possuem uma ligação dupla na cadeia.
Exemplos de alcenos:
2. PETRÓLEO
Os hidrocarbonetos aromáticos são constituídos por ligações duplas
que se alternam em anéis com seis átomos de carbono. O composto mais
simples é o benzeno.
Ao contrário dos compostos insaturados, o benzeno tem considerável
estabilidade e, devido ao seu pronunciado odor, todos os compostos que contêm
o anel benzeno são conhecidos como hidrocarbonetos aromáticos.
Tal como os naftênicos pode ocorrer a presença de aromáticos
formados por mais de um anel benzênico, que podem estar isolados,
conjugados ou condensados.
2. PETRÓLEO
Exemplo de hidrocarbonetos aromáticos:
2. PETRÓLEO
O petróleo contém apreciável quantidade de constituintes que possuem
elementos como enxofre, nitrogênio, oxigênio (chamados genericamente de
compostos NSO) e metais, principalmente níquel e vanádio.
Estes constituintes, considerados como impurezas, podem aparecer
em toda a faixa de ebulição do petróleo, mas tendem a se concentrar nas
frações mais pesadas tais como resinas e asfaltenos.
Resinas e asfaltenos são moléculas grandes, com alta relação
carbono/hidrogênio e presença de enxofre, oxigênio e nitrogênio (de 6,9 a
7,3%). A estrutura básica é constituída de 3 a 10 ou mais anéis, geralmente
aromáticos, em cada molécula.
2. PETRÓLEO
CONTAMINANTE: ELEMENTO QUÍMICO PRESENTE:
PREJUÍZO:
Compostos OrgânicosSulfurados
Enxofre (S) Corrosão, Toxidez, Poluição.
Compostos OrgânicosNitrogenados
Nitrogênio (N) Retenção de água emulsionada,
Contaminação de catalisadores, Alteração
da coloração de produtos finais.
Compostos OrgânicosOxigenados
Oxigênio (O) Acidez, Corrosividade, formação de gomas,
odor.
Compostos OrgânicosMetálicos
Metais (principalmente Ni e V) Agressão a materiais, Contaminação de
catalisadores.
2. PETRÓLEO
2. PETRÓLEO
COMPONENTES: PERCENTUAL:
Hidrogênio 11-14%
Carbono 83-87%
Enxofre 0,06-8%
Nitrogênio 0,11-1,7%
Oxigênio 0,1-2%
Metais Até 0,3%
Os óleos obtidos de diferentes reservatórios de petróleo possuem
características diferentes. Alguns são pretos, densos, viscosos, liberando
pouco ou nenhum gás, enquanto que outros são castanhos ou bastante
claros, com baixa viscosidade e densidade, liberando quantidade apreciável
de gás.
O petróleo contém centenas de compostos químicos, e separá-los em
componentes puros ou misturas de composição conhecida é praticamente
impossível. O petróleo é normalmente separado em frações de acordo com a
faixa de ebulição dos compostos.
A tabela a seguir mostra as frações típicas que são obtidas do
petróleo.
2. PETRÓLEO
Fração Temperatura de Ebulição
(ºC)
Composição aproximada
Usos
Gás Residual - C1 – C2 Gás combustível
Gás liquefeito de petróleo – GLP
Até 40 C3 – C4 Gás combustível engarrafado, uso doméstico e industrial.
Gasolina 40 – 175 C5 – C10 Combustível de automóveis, solvente.
Querosene 175 – 235 C11 – C12 Iluminação, combustível de aviões a jato.
Gasóleo leve 235 – 305 C13 – C17 Diesel, fornos.
Gasóleo pesado 305 – 400 C18 – C25 Combustível, matéria-prima para lubrificantes.
Lubrificantes 400 – 510 C26 – C38 Óleos lubrificantes.
Residuo Acima de 510 C38+ Asfalto, piche, impermeabilizantes.
2. PETRÓLEO
2. PETRÓLEO
2.2. CLASSIFICAÇÃO
Dependendo de sua densidade, os óleos são classificados pelo
American Petroleum Institute – API – em vários graus, sendo os com maior
graduação petróleos mais leves.
Como exemplo, um óleo de 17º API é pesado e um de 30º API é
mais leve.
Tipo OAPI
Alagoano 40
Sergipano mar 40
Baiano 39
Potiguar 33
Ceará 31
Albacora 30
Espírito Santo 28
Bicudo 26
Sergipano terra 26
Marlim 20
Árabe leve 33
Árabe pesado 28
Kirkuk-Iraque 36
2. PETRÓLEO
De um modo geral temos que:
– Petróleos pesados têm baixo grau API;
– Petróleos leves têm alto grau API;
– Quanto mais alto o grau API de um petróleo maior o seu valor de mercado.
2. PETRÓLEO
A classificação do petróleo, de acordo com seus constituint es,
interessa desde os geoquímicos até os refinadores.
Os geoquímicos visam caracterizar o óleo para relacioná-lo à rocha-
mãe e medir o seu grau de degradação.
Os refinadores querem saber a quantidade das diversas frações que
podem ser obtidas, assim como sua composição e propriedades físicas.
2. PETRÓLEO
Assim, os óleos parafínicos são excelentes para a produção de
querosene de aviação (QAV), diesel, lubrificantes e parafinas.
Os óleos naftênicos produzem frações significativas de gasolina, nafta
petroquímica, QAV e lubrificantes
Já os óleos aromáticos são mais indicados para produção de gasolina,
solventes e asfalto.
2. PETRÓLEO
2.3. FATORES QUE AFETAM O ºAPI
2. PETRÓLEO
• A idade geológica: as rochas antigas tendem a ter maior graduação;
rochas terciárias podem ter cerca de 40º API, como as do Mar do Norte.
• Profundidade do reservatório: quanto maior a profundidade, maior a
graduação.
• Tectonismo: altas graduações são mais comuns em regiões com muitas
tensões nas camadas geológicas.
• Salinidade: os reservatórios de origem marinha tendem a ter maiores
graduações do que os de origem de ambientes com água salobra ou fresca.
• Teor de enxofre: este teor é alto em óleos de baixa graduação.
3. GÁS NATURAL
� É a porção do petróleo que existe na fase
gasosa ou em solução no óleo, nas condições
de reservatório, e que permanece no estado
gasoso nas condições de superfície.
� Principal fonte alternativa para a ampliação da
matriz energética.
� Aplicado em indústria, gás domiciliar e
termoelétrica.
3. GÁS NATURAL
� Trata-se essencialmente de hidrocarbonetos saturados com no máximo
doze átomos de carbonos, assim como o dióxido de carbono, o nitrogênio,
o gás sulfídrico, o hidrogênio, o hélio e o argônio.
� Os átomos de carbono estão conectados através de ligações simples,
duplas ou triplas, com estruturas moleculares lineares (parafinas), cíclicas
(naftênicos) e aromáticas.
� As diferenças em suas propriedades físicas são explicadas pela
quantidade relativa de cada série e de cada componente individual.
3.1. CONSTITUINTES
3. GÁS NATURAL
Hidrocarbonetos parafínicos (alcanos):
3. GÁS NATURAL
Hidrocarbonetos naftênicos (ciclo-alcanos):
3. GÁS NATURAL
Hidrocarbonetos aromáticos:
3. GÁS NATURAL
� Diferentemente do petróleo com grande diversidade de hidrocarbonetos, o
gás natural é uma mistura constituída predominantemente por
hidrocarbonetos parafínicos e de contaminantes não-hidrocarbonetos.
Elementos (%) em peso
Carbono 83,9 – 86,8
Hidrogênio 11,4 – 14,0
Enxofre 0,1 – 7,0
Nitrogênio 0,01 – 1,0
Oxigênio 0,06 -0,5
Metais (Fe, Ni, V, etc) 0,30
3. GÁS NATURAL
Fórmula química Abreviatura Nome
CH4 C1 Metano
C2H6 C2 Etano
C3H8 C3 Propano
C4H10 C4 (i, n) Butano
C5H12 C5 (i, n) Pentano
C6H14 C6 Hexanos
C7H16 C7 Heptanos
C8H18 C8 Octanos
C9H20 C9 Nonanos
C10H22 C10 Decanos
C11H24 C11 Undecanos
C12H26 C12 Dodecanos
Hidrocarbonetos do gás natural:
Estes hidrocarbonetos tem como características comuns o fato de serem incolores, inodoros e inflamáveis.
3. GÁS NATURAL
Não-hidrocarbonetos do gás natural:
Esses contaminantes causamincrustações, entupimentos,corrosão e poluição.
Fórmula química Nome
N2 Nitrogênio
CO2 Gás carbônico
H2O Água
H2S Gás sulfídrico
COS Sulfeto de carbonila
CS2 Dissulfeto de carbono
R-SH Mercaptans
Hg Mercúrio
He Hélio
Ar Argônio
O2 Oxigênio
H2 Hidrogênio
3. GÁS NATURAL
Enxofre elementar depositado a jusante de regulador de pressão (PACK, 2005).
3. GÁS NATURAL
Corrosão com ocorrência de pite. (Boivin e Oliphant, 2011).
3. GÁS NATURAL
3.2. COMPOSIÇÃO
A composição do gás natural é a descrição de seus componentes
com as respectivas quantidades relativas.
A composição química do gás natural é apresentada na forma de
porcentagem volumétrica (ou quantidade de matéria) para todos os seus
componentes.
3. GÁS NATURAL
A tabela abaixo mostra algumas composições típicas de gás natural
encontrados no Brasil.
3. GÁS NATURAL
Por outro lado, a composição do gás natural sofre variações de acordo com o
gás produzido.Ci Associado
(RN)Não-associado
(BA)
C1 77,18 85,48
C2 10,66 8,26
C3 5,04 3,06
iC4 0,66 0,47
nC4 1,31 0,85
iC5 0,30 0,20
nC5 0,37 0,24
C6 0,32 0,21
C7+ 0,38 0,06
N2 1,46 0,53
CO2 2,42 0,64
3. GÁS NATURAL
Geralmente, a composição química do gás natural também pode sofrer
variações conforme a classificação do reservatório: gás seco e gás úmido ou
gás condensado.
3. GÁS NATURAL
3.3. CLASSIFICAÇÃOOs diferentes tipos de gás são classificados de acordo com natureza das
fases nas condições de reservatório e de superfície mediante diagramas de
fases.
3. GÁS NATURAL
Gás seco
Gás úmido
3. GÁS NATURAL
A partir de uma análise cromatográfica capaz de quantificar as frações
molares (volumétricas) dos componentes pode-se definir o conceito de
riqueza do gás natural (soma dos C3+), maior valor comercial.
Riqueza do gás natural:
Gás rico: C3+ maior que 7% vol.
Gás pobre: C3+ menor que 7% vol.
3. GÁS NATURAL
3.4. CADEIA PRODUTIVA
� Segundo as definições contidas na Portaria ANP nº. 104, a cadeia
produtiva de gás natural é um conjunto de atividades de produção
transporte, comercialização, processamento, distribuição e utilização do
gás natural que funcionam de forma integrada, com um sequenciamento
lógico de atividades.
� A movimentação do gás natural, desde a fonte de matéria-prima até o
consumo final do produto, permite a visualização das inter-relações das
diversas etapas, gerando claramente a agregação de valor até a
conclusão do ciclo.
3. GÁS NATURAL
� O gás natural é movimentado por vários atores da cadeia produtiva, desde
a área de produção até as redes de distribuição das empresas
concessionárias.
3. GÁS NATURAL
Produção:
• O processo de produção do gás natural é influenciado pelo tipo de gás
produzido (gás associado, gás não-associado) no que tange as
condições operacionais de tratamento primário.
• Nas áreas de produção, o gás pode ser utilizado para diversos fins
(elevação, recuperação, eletricidade, etc.).
Condicionamento:
• O gás natural produzido necessita de um tratamento primário para
garantir a sua adequação à especificação requerida (campo produtor,
centros processadores).
3. GÁS NATURAL
Transferência:
• O gás natural condicionado é transferido dos campos de produção
para as UPGNs através de dutos (submarinos e/ou terrestres) de
grande extensão.
Processamento:
• Nas unidades industriais, conhecidas como UPGN, o gás é separado
da fase líquida, desidratado, resfriado e fracionado em produtos
especificados (GN, GLP, etc.) para a venda ao consumidor final.
3. GÁS NATURAL
Transporte:
• Das UPGNs, o gás natural é transportado em fase gasosa através de
gasodutos de alta pressão (mais usual) ou em cilindros de alta pressão
(gás natural comprimido) e em fase líquida (gás natural liquefeito) por
meio de navios.
Armazenamento:
• Embora não seja uma etapa muito difundida no Brasil, o gás natural
pode ser armazenado em poços de petróleo exauridos ou em cavernas
adaptadas.
3. GÁS NATURAL
Distribuição:
• É caracterizada pela entrega do gás devidamente especificado ao
consumidor final (residencial, comercial, industrial ou automotivo)
mediante gasodutos de baixa pressão.
4. GEOLOGIA DE PETRÓLEO
4.1. ORIGEM DO PETRÓLEOO petróleo é um combustível fóssil, originado da decomposição não-
oxidante de matéria orgânica armazenada em sedimentos, que migra através
de aquíferos e fica aprisionado em reservatórios.
O tipo de hidrocarboneto gerado, óleo ou gás, é determinado pela
constituição da matéria orgânica original e pela intensidade do processo
térmico atuante sobre ela:
�A matéria orgânica proveniente do fitoplâncton, quando submetida a
condições térmicas adequadas, pode gerar hidrocarboneto líquido.
�O processo atuante sobre a matéria orgânica vegetal lenhosa poderá ter
como consequência a geração de hidrocarbonetos gasosos.
4. GEOLOGIA DE PETRÓLEO
Admitindo um ambiente apropriado, após a incorporação da matéria
orgânica ao sedimento dá-se aumento de carga sedimentar e de temperatura,
começando, então, a se delinear o processo que passa pelos seguintes estágios
evolutivos:
4. GEOLOGIA DE PETRÓLEO
4.2. MIGRAÇÃO
Rocha capeadora
Rocha geradora
Rocha reservatório
mig
raçã
o
mig
raçã
o
Esta “migração” ainda é um assunto que gera certa polêmica entre os
geólogos; no entanto, o que se percebe é que o petróleo é expulso da rocha
onde foi gerado, talvez pelo microfraturamento já observado nas rochas
geradoras ou devido às altas pressões de compactação existentes.
4. GEOLOGIA DE PETRÓLEO
4.3. TIPOS DE ROCHASA ausência de qualquer
um desses elementos
impossibilita a existência
de uma acumulação
petrolífera.
Logo, a existência de
uma bacia sedimentar
não garante, por si só,
a presença de jazidas
de petróleo .
4. GEOLOGIA DE PETRÓLEO
•Porosidade absoluta
•Porosidade efetiva
•Porosidade primária
•Porosidade secundária
Rocha reservatório: Porosa e permeável (arenitos e calcarenitos e todas as
rochas sedimentares dotadas de porosidade intergranular).
4. GEOLOGIA DE PETRÓLEO
Porosidade absoluta:
Porosidade efetiva:
total
vazios
V
V=φ
total
tadosinterconec vazios
V
V=φ
4. GEOLOGIA DE PETRÓLEO
Porosidade primária:
Se desenvolveu durante a deposição do material sedimentar (transporte,
deposição e compactação).
Porosidade secundária:
É resultante de alguns processos geológicos subseqüentes à conversão dos
sedimentos em rochas.
Admita uma situação hipotética em que a rocha seja composta por grãos
esféricos do mesmo diâmetro e arranjados em forma de um cubo, conforme
figura abaixo.
R
4R
Qual a porosidade?
Exercício 1:
4. GEOLOGIA DE PETRÓLEO
333 5,303
48)4( RRRVVV esferacubop =
−=−= π
364RVV cubot ==
476,064
5,303
3
===R
R
V
V
t
pφ
total
vazios
V
V=φTemos que:
Se as esferas possuem raios iguais a R, em um cubo de aresta 4R existem
oito esferas. Desta forma:
e,
Logo:
%6,47=φou,
Este é o maior valor possível de porosidade para grãos de mesmo diâmetro.
4. GEOLOGIA DE PETRÓLEO
Rocha selante: Baixa permeabilidade (evaporitos (sal) e os folhelhos).
Não havendo a presença de uma rocha selante e de uma armadilha (trapa),
o petróleo não se acumularia, e continuaria seu fluxo rumo a áreas de menor
pressão, culminando em exsudações ou perda por degradação bacteriana e
oxidação.
4. GEOLOGIA DE PETRÓLEO
4.4. ARMADILHAS
4. GEOLOGIA DE PETRÓLEO
Armadilha estrutural:
• Mais comum
• Compressão horizontal
Ex: Bacia do Recôncavo e Bacias costeiras.
4. GEOLOGIA DE PETRÓLEO
Armadilha estratigráfica: Compressão vertical. Ex: Bacia do Recôncavo
(Formação Candeias), Bacia do Ceará.
Armadilha combinada ou mista: Estruturais e estratigráficos. Ex: Bacia
Potiguar.
De um modo geral temos que:
– O petróleo inicialmente é gerado no interior da rocha geradora;
– Em seguida ocorre a migração para a rocha reservatório;
– Por fim, para que haja uma acumulação comercialmente interessante, é
necessário a presença de rocha selante e trapas ou armadilhas para aprisionar o
petróleo na rocha reservatório.
4. GEOLOGIA DE PETRÓLEO
4. GEOLOGIA DE PETRÓLEO
Estratificação de fluidos no reservatório.
Gás
ÓleoÁgua
4. GEOLOGIA DE PETRÓLEO
É a etapa que precede a perfuração do primeiro poço exploratório.
Consiste em métodos e técnicas específicas para identificar áreas com
potencial acúmulo de hidrocarbonetos.
Envolve os profissionais geólogos e geofísicos.
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
• Objetivos da prospecção:
- Localizar dentro de uma bacia sedimentar as situações geológicas
que tenham condição para a acumulação de petróleo;
- Verificar qual, dentre estas situações, possui mais chance de conter
petróleo.
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
• Métodos geológicos:
- Geologia de superfície;
- Aerofotogrametria e fotogeologia;
- Geologia de subsuperfície.
• Métodos potenciais:
- Gravimetria;
- Magnetometria.
• Métodos sísmicos:
- Reflexão.
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
5.1. MÉTODOS GEOLÓGICOS
Geologia de superfície:
• Construção de mapas geológicos;
• Descarte das áreas compostas por rochas ígneas e metamórficas;
• Descarte de pequenas bacias com estrutura sedimentar muito pequena.
Aerofotogrametria:
• Construção de mapas base ou topográficos;
• Avião voando com altitude, direção e velocidade constantes;
Fotogeologia:
• Determinação das feições geológicas;
• Variação da cor do solo, configuração de rios e drenagem na região.
� Imagens de radar e imagens de satélite.
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
Interpretação fotogeológica
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
Geologia de subsuperfície:
- Dados geológicos obtidos em um poço exploratório:
• Descrição das amostras de rochas recolhidas durante a perfuração;
• Estudo das formações perfuradas e sua profundidade;
• Construção de mapas e seções estruturais;
• Identificação de fósseis presentes nas amostras de rochas.
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
5.2. MÉTODOS POTENCIAIS
• Método indireto de prospecção;
• Visa o reconhecimento e o mapeamento de grandes estruturas geológicas
que não aparecem na superfície;
• Gravimetria;
• Magnetometria.
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
Gravimetria:
• Mede as variações de densidade em subsuperfície;
• Permite fazer estimativas de espessura de sedimentos em uma bacia
sedimentar.
Magnetometria:
• Tem como objetivo medir pequenas variações na intensidade do campo
magnético terrestre, conseqüência da distribuição irregular de rochas
magnetizadas em subsuperfície.
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
5.3. MÉTODOS SÍSMICOSMétodo sísmico de reflexão:
• É o método de exploração mais utilizado atualmente na indústria do
petróleo, destaca-se pelo alto grau de eficiência, a um custo relativamente
baixo;
• Mais de 90% dos investimentos em prospecção são aplicados em sísmica
de reflexão;
• Por este método obtém-se excelente definição da formação geológica da
subsuperfície, permitindo a análise da probabilidade do acúmulo de
hidrocarbonetos.
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
Método sísmico de reflexão (em terra):
• Pulsos eletromagnéticos (geofones);
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
• Dispositivo mecânico montado sobre caminhões para produzir as ondassonoras.
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
Método sísmico de reflexão (em mar):
• Pulsos de pressão (hidrofones).
5. PROSPECÇÃO DE PETRÓLEO
Características do processo exploratório:
• As seções sísmicas são interpretadas gerando mapas. À partir dessesmapas são identificados os locais mais propícios para se encontrar umaacumulação de petróleo, as chamadas oportunidades exploratórias;
• Oportunidades exploratórias se aprovadas, geológica (robustez técnica) eeconomicamente (robustez econômica), geram prospectos exploratórios;
• Prospectos exploratórios quando perfurados tornam-se poços exploratórios.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
A perfuração de um poço de petróleo, em terra (onshore) ou no mar
(offshore), é um trabalho contínuo e que só se conclui ao ser atingida a
profundidade final programada pelos estudos geológicos.
A perfuração de um poço e realizada através de uma sonda de
perfuração onde, o método rotativo é o mais utilizado.
No método rotativo a rocha é cortada por ação de uma broca que vai
acoplada à extremidade inferior da coluna de perfuração. Os cascalhos
(pedaços de rocha) oriundos da ação cortante da broca são trazidos para a
superfície, carreados pelo fluido de perfuração (comumente chamado de
lama).
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
POÇO PIONEIRO
Primeiro poço em uma área envolvendoaltos custos e riscos, cuja locação deve sercriteriosamente analisada.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
A perfuração é feita
utilizando-se uma estrutura
metálica, torre ou mastro, de 30
a 40 metros de altura, assim
como de seus equipamentos
auxiliares, tais como: bombas de
lama; colunas de tubos e
comandos; tanques de lama, de
diesel, de cimento e outros mais.
Esquema típico de uma sonda rotativa.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Equipamentos da sonda de perfuração:
1. Sistema de sustentação de cargas;
2. Sistema de geração e transmissão de energia;
3. Sistema de movimentação de carga;
4. Sistema de rotação;
5. Sistema de circulação;
6. Sistema de segurança do poço;
7. Sistema de monitoração.
6.1. SISTEMA DE SUSTENTAÇÃO DE CARGAS
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Torre ou mastro
- Subestruturas
- Estaleiros
- Fontes de energia Motores diesel (frequente)
Turbinas a gás (marítima)
Energia elétrica (tempo elevado)
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
6.2. SISTEMA DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
6.3. SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGASPermite movimentar as colunas de perfuração, de revestimento e outros
equipamentos:
Bloco de coroamento
Guincho
Catarina
Cabo de perfuração
Gancho
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Guincho: Movimentação de cargas
Frenagem
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Bloco de coroamento:
• É um conjunto estacionário de 4 a 7 polias localizado na parte superiorda torre ou mastro, por onde passa o cabo de perfuração. Suporta todasas cargas aplicadas na torre.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Cabo de perfuração:
• É um cabo de aço trançado em torno de um núcleo, sendo que cadatrança é formada por diversos fios de pequeno diâmetro de aço especial.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Catarina e gancho:
• Catarina (travelling block) é um conjunto de 3 a 6 polias por onde passa ocabo de perfuração. O gancho é um corpo cilíndrico fixado na parteinferior da catarina, na qual contém um sistema para amortização dascargas suspensas.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
6.4. SISTEMA DE ROTAÇÃOMesa rotativa; Kelly; Cabeça de injeção / Swivel:
Mesa rotativa
Cabeça de injeção / Swivel
Sistema alternativo de rotação:- Top drive- Motor de fundo
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Mesa rotativa:
• Transmite rotação à coluna de perfuração e permite o livre deslizamentodo Kelly.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Kelly:
• Quadrada: usado em terra• Hexagonal: usado em mar (maior resistência)
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Cabeça de injeção / Swivel:
• Separa os elementos rotativos dos estacionários• Usado para injetar os fluidos de perfuração
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Sistema alternativo de rotação:
-Top drive: Elimina o uso da mesa rotativa e do KellyPoços de alta inclinação ou horizontais
-Motor de fundo: Situado acima da brocaPerfuração de poços direcionais
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
6.5. SISTEMA DE CIRCULAÇÃO
São equipamentos que permitem a circulação e o tratamento do fluido de
perfuração:
- Fase de injeção
- Fase de retorno
- Fase de tratamento
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Fase de injeção:
• O fluido é succionado pelasbombas de lama (Bombasem paralelo na fase inicial.Posteriormente, apenas umabomba).
- Fase de retorno:
• Tem início com a saída dofluido de perfuração nos jatosda broca e termina ao chegarna peneira vibratória.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Fase de tratamento:
• Consiste na eliminação de sólidos ou gás que se incorporam ao fluido deperfuração.
Silte: Substância mineral, cujas partículas são mais finas que grãos de areia emaiores que partículas de argila, depositada como sedimento.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
6.6. SISTEMA DE SEGURANÇA DO POÇOCabeça de poço e preventores: possibilitam o fechamento e controle do
poço.
• Controle primário: exercido pela densidade da lama cuja pressãohidrostática deve ser mantida superior a pressão das formações;
• Controle secundário: fechamento da valvas de segurança (preventores) nasuperfície, vedando o espaço anular. A restauração do controle primário só éconseguido através da circulação de um fluido de perfuração de altadensidade.
• Controle terciário: Caso o controle do poço a nível secundário não possaser mantido o controle da formação só pode ser conseguindo através demedidas especiais.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
6.7. SISTEMA DE MONITORAÇÃO
São equipamentos necessários ao controle da perfuração.
- Indicadores: indicam o valor do parâmetro em consideração (indicador de
peso no gancho e sobre a broca; manômetros; torquímetro; tacômetros);
- Registradores: traçam curvas dos valores medidos (taxa de penetração
da broca; desgaste da broca).
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Colunas de perfuração:
• Responsável direta por transferir
energia à broca para cortar as
diversas formações rochosas.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Principais componentes:
1. Comandos;
2. Tubos pesados;
3. Tubos de perfuração;
4. Acessórios da coluna de perfuração;
5. Ferramentas de manuseio da coluna.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
1. Comandos (Drill Collars – DC): São elementos tubulares fabricados em
aço forjado e usinados. Devido sua grande espessura de parede,
possuem alto peso linear.
Principais funções:
• Fornecer peso sobre a broca;
• Prover rigidez a coluna.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
2. Tubos pesados (Heavy-Weight Drill Pipes - HWDP): São elementos
tubulares fabricados em aço forjado e usinados.
Principal função:
• Promover uma transição de rigidez entre os comandos e os tubos de
perfuração, diminuindo a possibilidade de falha por fadiga.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
3. Tubos de perfuração (Drill Pipes - DP): São tubos de aço sem costura,
tratados internamente com aplicação de resinas para diminuição do
desgaste interno e corrosão.
Possui nas suas estremidades as conexões cônicas conhecidas como
tool joints, que são soldadas no seu corpo.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
4. Acessórios da coluna de perfuração:
- Substitutos (Subs): São pequenos tubos que desempenham várias
funções de acordo com suas características.
• Sub de içamento;
• Sub de broca;
• Sub de cruzamento.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Estabilizadores: são incorporados à coluna de perfuração, entre os
comandos ou sobre a broca, com a finalidade de dar estabilidade à
coluna de perfuração.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
5. Ferramentas de manuseio da coluna: São usadas para conectar e
desconectar os vários elementos da coluna.
- Chaves flutuantes: tem a função de
fornecer o torque necessário ao aperto e
desaperto das uniões cônicas da coluna.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Cunhas: são usadas durante as conexões dos tubos de perfuração e
comandos. Mantêm a coluna de perfuração totalmente suspensa na mesa
rotativa.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Colar de segurança: evita a queda da coluna no poço em caso de
deslizamento pelas cunhas. É colocado próximo ao topo da coluna de
comando.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Brocas:
São equipamentos que têm a função de promover a ruptura e
desagregação das rochas ou formações. As brocas de perfuração são um
dos itens mais onerosos na perfuração de um poço de petróleo. Logo,
torna-se necessário o estudo muito cuidadoso, para a otimização de sua
utilização.
Classificação:
• Brocas sem partes móveis
• Brocas com partes móveis
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Integral de lâminas de aço ou brocas rabo de peixe (Fish Tail):
• Primeiras brocas a serem usadas (lâminas de aço);
• Perfuração por cisalhamento;
• Orifícios que dão passagem ao fluido do interior da coluna para o poço;
• A vida útil de sua estrutura é muito curta.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Brocas de diamantes naturais:
• Utilizada em formações duras ou em testemunhagem;
• Perfuração por esmerilhamento;
• Espaço para a circulação do fluido de perfuração (limpeza do poço e
resfriamento dos diamantes);
• O tamanho e a quantidade de diamantes determinam sua aplicabilidade.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
• PDC (Polycrystalline Diamond Compact):
composta por uma camada fina de partículas de
diamantes aglutinados com cobalto, fixada a
outra camada composta de carbureto de
tungstênio;
• TSP (Thermally Stable Polycrystalline): por não
ter cobalto, resistem mais ao calor.
- Brocas de diamantes artificiais (perfuração por cisalhamento): O tamanho
e a quantidade de cortadores determinam sua aplicabilidade. São
manufaturadas uma a uma dando uma maior flexibilidade no projeto.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Brocas com partes móveis: ações de raspagem, lascamento,
esmagamento e erosão.
• Estrutura cortante: brocas dentes de aço e brocas de insertos de
tungstênio.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Fluidos de perfuração:
São misturas complexas de sólidos, líquidos, produtos químicos e, por vezes,
até gases.
Principais funções:
• Limpar o fundo do poço;
• Evitar kicks e estabilizar as paredes do poço;
• Resfriar e lubrificar a coluna de perfuração e a broca.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Características:
• Ser estável quimicamente;
• Estabilizar as paredes do poço, mecânica e quimicamente;
• Facilitar a separação dos cascalhos na superfície;
• Manter os sólidos em suspensão quando estiver em repouso;
• Ser inerte em relação a danos às rochas produtoras;
• Aceitar qualquer tratamento, físico e químico;
• Ser bombeável;
• Apresentar baixo grau de corrosão e de abrasão em relação à coluna de
perfuração e demais equipamentos do sistema de circulação.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
1. Propriedades dos fluidos de perfuração
• Densidade: Sólidos perfurados, d = 2,60
↑ baritina (BaSO4), d = 4,25
↓ Água (H2O), d = 1 ou Óleo diesel, d = 0,82
• Parâmetros reológicos: ex. Viscosidade (vel. de transporte dos cascalhos);
• Forças géis: Estado semi-rígido quando em repouso e estado de fluidez
quando em movimento;
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
• Teor de sólidos: Deve ser mantido no mínimo possível. ↑ densidade,
viscosidade e forças géis, desgaste dos equipamentos de circulação, fratura
das formações, prisão da coluna e redução da taxa de penetração.
• Concentração hidrogeniônica – pH: Intervalo alcalino baixo (7 a 10). Reduzir
a taxa de corrosão dos equipamentos e evitar a dispersão das formações
argilosas.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
2. Classificação dos fluidos de perfuração
• Fluidos à base de água;
• Fluidos à base de óleo;
• Fluidos à base de ar ou de gás.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Operações normais de perfuração:
• Alargamento e repassamento: Utilização de uma broca de maior diâmetro
ou um alargador situado acima da broca.
• Conexão:
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
• Circulação: Consiste em se manter a broca pouco acima do fundo do poço
e apenas circular o fluido de perfuração para remover os cascalhos.
• Manobra:
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Revestimento de um poço de petróleo: Constituído de tubos de aço
especial. São partes essenciais dos poços, tanto na perfuração quanto na
produção.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Funções das colunas de revestimento:
� Prevenir o desmoronamento das paredes do poço;
� Evitar contaminação da água potável;
� Permitir o retorno do fluido de perfuração;
� Impedir a migração de fluidos das formações;
� Sustentar os equipamentos de segurança de cabeça de poço;
� Alojar os equipamentos de elevação artificial;
� Confinar a produção ao interior do poço.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Características essenciais das colunas de revestimento:
� Ser estanque;
� Ter resistência compatível com as solicitações;
� Ter dimensões compatíveis com as atividades futuras;
� Ser resistente à corrosão e à abrasão;
� Apresentar facilidade de conexão;
� Ter a menor espessura possível.
Classificação das colunas de revestimento:
� Condutor: É o primeiro revestimento (10 a 50m). Finalidade de sustentar
sedimentos não consolidados;
� Revestimento de superfície: Visa proteger os horizontes superficiais de água
e prevenir desmoronamento de formações inconsolidadas (100 a 600m);
� Revestimento intermediário: Finalidade de isolar e proteger zonas de alta ou
baixa pressão, formações desmoronáveis, formações com fluidos corrosivos
ou contaminantes de lama (1000 a 4000m);
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
� Revestimento de produção: Permite a produção do poço, suportando suas
paredes e possibilitando o isolamento entre os vários intervalos produtores;
� Liner: Coluna curta de revestimento que cobre apenas a parte inferior do
poço;
� Tie back: Completação de uma coluna de liner até a superfície.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
• Cimentação de poços de petróleo: consiste na mistura de cimento com
água e aditivos químicos e na sua injeção no poço.
Principais funções:
� Isolar e suportar o revestimento;
� Proteger o revestimento da corrosão causada pela água e/ou gás da
formação;
� Evitar blowouts devido ao isolamento do anular entre formação e
revestimento;
� Evitar movimentação de fluidos entre zonas diferentes.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Tipos de cimentação:
- Primária: É aquela realizada logo após a descida da coluna de
revestimento.
- Secundária: Também denominada cimentação sobre pressão (squeeze). É
o processo através do qual o cimento é forçado através de orifícios aberto
no revestimento (canhoneios) preenchendo falhas ou completando o
isolamento de zonas produtoras.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Acessórios de cimentação:
� Sapata: Colocada na extremidade da coluna, serve de guia para a
introdução do revestimento no poço. Impede que a pasta retorne ao interior do
revestimento;
� Colar: Posicionado 2 a 3 tubos acima da sapata, o colar serve para reter os
tampões de cimentação;
� Tampões: Os tampões são feitos de borracha e auxiliam na cimentação;
� Centralizadores: Peças fixadas externamente à coluna de revestimento.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Operações especiais de perfuração:
Definições:
Kick: Influxo controlável de fluido para o poço;
Blowout: Influxo incontrolável de fluido para o poço;
Causas de ocorrência do kick:
� Peso da lama insuficiente;
� Abastecimento incorreto do poço durante a manobra.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Indícios de kick:
-Aumento do volume nos tanques de lama;
-Aumento da vazão de retorno;
-Diminuição da pressão de bombeio e aumento da velocidade da bomba;
-Poço aceitando menos lama que o volume de aço retirado.
Controle do poço em kick:
-Circulação do fluido invasor para fora do poço;
-Elevação do peso da lama.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
• Pescaria: Recuperação ou liberação do “peixe”.
Pescaria de pequenos objetos:
-Magneto: Pode ser decido a cabo ou conectado na extremidade da coluna;
-Subcesta: Semelhante a um substituto, com compartimento para retenção
de pequenos fragmentos metálicos.
Pescaria de elementos tubulares: Coluna de pescaria contendo uma
ferramenta agarradora.
Pescaria de ferramentas descidas a cabo: Uso de arpão com uma coluna de
tubos de perfuração.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
• Testemunhagem: Processo de obtenção de uma amostra real de rocha de
subsuperfície.
Testemunhagem com barrilete convencional: Uso de brocas vazadas;
Testemunhagem a cabo: Uso de cabo;
Testemunhagem lateral: Uso de canhões (formação já perfurada).
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Perfuração direcional:
• Controle da verticalidade em poços verticais: A rigor não existem poços
verticais. Porém, os desvios devem ser quantificados e, se ultrapassarem
certos limites de inclinações, normalmente 5, ações corretivas devem ser
implementadas.
Causas:
� Variação das características das formações;
� Mudança brusca no peso sobre a broca;
� Perfuração com coluna não estabilizada.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Perfuração de poços direcionais:
A técnica da perfuração direcional, visa o desvio intencional do poço para
atingir um determinado alvo prefixado. Consiste em escolher, projetar e
executar a trajetória de um poço inclinado ou horizontal, bem como indicar os
parâmetros compatíveis com a trajetória escolhida.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Finalidade de perfuração de poços direcionais:
Atingir locais inacessíveis para a perfuração convencional; Por exemplo: uma
zona habitada, uma salina, a base de uma montanha, etc.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Perfurar diversos poços a partir de uma mesma alocação, no mar ou em
terra.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Desviar lateralmente um poço obstruído (side track) ou por motivo de ordem
técnica.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Perfurar poços de alívio para interceptar um poço em erupção.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Perfurar poços horizontais, multilaterais e de grande afastamento lateral para
fins de desenvolvimento de uma jazida.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
• Elementos e planejamento de um poço direcional: Profundidade do ponto
de desvio ou KOP (kick-off point); afastamento horizontal; direção locação-
objetivo; profundidade vertical final e inclinação do trecho reto.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
• Instrumentos de orientação:
• Operação de desvio: A coluna é descida no poço e orientada para a direção
desejada.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Perfuração marítima:
• Tipos de unidades:
- Plataformas fixas;
- Plataformas auto-eleváveis;
- Plataformas submersíveis;
- Plataformas flutuantes.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Plataformas fixas:
� Primeiras unidades utilizadas;
� Lâminas de água de até 300m;
� Responsáveis por grande parte do
petróleo produzido no mar;
� Alto custo;
� Poço vertical e poços horizontais.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Plataformas auto-eleváveis:
� Pernas acionadas mecânica ou
hidraulicamente;
� Lâminas de água de 5 a 130m;
� Operações semelhantes às
realizadas em terra (estabilidade);
� Operações de elevação e
abaixamento são críticas (sofrem
influências do tempo e do mar).
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Plataformas submersíveis:
� Estrutura montada sobre flutuador;
� Águas calmas, rios e baías com pequena lâmina d’água;
� Utilização limitada devido a pequena capacidade de lâmina d’água.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
- Plataformas flutuantes:
� Semi-submersível ou navios sonda;
� Sistema de ancoragem e sistema de posicionamento dinâmico;
� Grande mobilidade. Preferidas para perfuração de poços exploratórios.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Avaliação de formações:
� Atividades e estudos que visam definir em termos qualitativos e
quantitativos o potencial de uma jazida petrolífera;
� Capacidade produtiva e a valoração das suas reservas de óleo e gás.
A avaliação das formações baseia-se principalmente:
• Na perfilagem a poço aberto;
• No teste de formação a poço aberto;
• Nos testes de pressão a poço revestido;
• Na perfilagem de produção.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
� Com base na análise dos perfis, decide-se quais intervalos do poço são de
interesse econômico potencial para se executar os testes de formação. Se
não houver intervalos de interesse o poço é abandonado.
� Apesar dos indícios obtidos durante a perfuração e a perfilagem indicarem
a presença de hidrocarbonetos na formação, isto não significa que possam
ser produzidos economicamente.
� Somente o teste de formação (isto é, somente a colocação do poço em
fluxo) poderá confirmar, com segurança, a presença de hidrocarbonetos
na formação e fornecer dados a respeito das condições de fluxo nas
imediações do poço.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Completação:
� Processo realizado após a perfuração, com a finalidade de deixar o poço
em condições de operar, de forma segura e econômica, durante toda a
sua vida produtiva;
� Conjunto de operações destinadas a equipar o poço para produzir óleo ou
gás (ou ainda injetar fluidos nos reservatórios).
Completação seca:
Também chamada de completação convencional, é o processo onde a
cabeça do poço fica na superfície (em terra) ou apoiada em uma plataforma
fixa (em mar – águas rasas).
Completação molhada:
Neste caso, a cabeça do poço fica no fundo do mar, completando-se com
árvore de natal molhada.
Tipos de completação:
• Quanto ao posicionamento da cabeça do poço:
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
• Quanto ao revestimento de produção:
A poço aberto:
É utilizada somente em formações muito bem consolidadas, com pouco risco
de desmoronamento.
Suas principais vantagens são a maior área aberta ao fluxo e a redução dos
custos do revestimento e do canhoneio.
Com liner rasgado ou canhoneado:
Neste caso, o liner pode ser descido previamente rasgado, posicionando os
tubos rasgados em frente às zonas produtoras.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Com revestimento canhoneado:
O revestimento é canhoneado nas zonas produtoras colocando o
reservatório produtor em comunicação com o interior do poço.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
• Quanto ao número de zonas explotadas:
Simples:
Ocorre quando uma única tubulação metálica é descida no interior do
revestimento de produção, da superfície até próximo à formação produtora.
Este tipo de completação possibilita produzir de modo controlado e
independente somente uma zona de interesse.
Múltipla:
Permite produzir ao mesmo tempo duas ou mais zonas ou reservatórios
diferentes, através de uma ou mais colunas de produção descidas no poço.
• Instalação da coluna de produção:
A coluna de produção é constituída basicamente por tubos metálicos,
onde são conectados os demais componentes. É descida pelo interior do
revestimento de produção com as seguintes finalidades básicas:
• Conduzir os fluidos produzidos até a superfície, protegendo o revestimento
contra fluidos agressivos e pressões elevadas.
• Permitir a instalação de equipamentos para a elevação artificial.
• Possibilitar a circulação de fluidos para o amortecimento do poço, em
intervenções futuras.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
Esquema básico de completação.
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
• Quanto ao posicionamento da cabeça do poço:
• Quanto ao revestimento de produção:
• Quanto ao número de zonas explotadas:
Destina-se a permitir de forma controlada o fluxo de óleo do poço.
Esquema da árvore de natal.
• Árvore de natal:
6. PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
7. INTERVENÇÕES EM POÇOS
7.1. WORKOVER
Intervenção posterior à completação, com o objetivo de manter a produção
ou melhorar a produtividade. Costumam ser classificadas como:
�Avaliação;
�Recompletação;
�Restauração;
�Limpeza;
�Estimulação;
�Mudança do método de elevação;
�Abandono.
Tem como objetivo diagnosticar as causas da baixa produtividade, ou mesmo
avaliar outras zonas que não se encontram em produção.
• Avaliação:
Visa substituir as zonas que estavam em produção ou colocar novas zonas
em produção.
O abandono da antiga zona é feito geralmente por um tampão mecânico ou
pela compressão de cimento nos canhoneados.
• Recompletação:
7. INTERVENÇÕES EM POÇOS
7. INTERVENÇÕES EM POÇOS
Visa restabelecer as condições de fluxo do reservatório, eliminar e/ou corrigir
falhas mecânicas no revestimento ou na cimentação, reduzir a produção
excessiva de gás ou de água.
�Elevada produção de água;
�Elevada produção de gás;
�Falhas mecânicas;
�Vazão restringida.
• Restauração:
7. INTERVENÇÕES EM POÇOS
� Elevada produção de água:
O aparecimento de água é normal, após certo tempo de produção, em um
reservatório com influxo de água ou sob injeção desta.
Cone de água e fingering.
Pode-se tamponar os canhoneados com cimento ou tampão mecânico e
recanhonear apenas na parte superior.
7. INTERVENÇÕES EM POÇOS
� Elevada produção de gás:
Pode ter origem do gás dissolvido no óleo, do gás de uma capa de gás ou vir
de outra zona.
Pode-se recanhonear apenas na parte inferior da zona de interesse.
O fechamento temporário do poço é uma técnica recomendada para a
retração do cone de gás ou de água.
� Falhas mecânicas:
Entre as falhas mecânicas pode-se citar: defeitos na cimentação, vazamento
no revestimento, etc.
A localização do vazamento pode ser feita através de perfis.
7. INTERVENÇÕES EM POÇOS
� Vazão restringida:
As restrições ao fluxo podem estar na coluna, nos canhoneados ou no
reservatório, nas proximidades do poço.
Geralmente as restrições são causadas por incrustações ou deposições de
parafinas, ou ainda por migração de sedimentos.
Os métodos mais usuais para recuperar a produtividade são o recanhoneio,
a acidificação e o fraturamento.
7. INTERVENÇÕES EM POÇOS
É executada no interior do revestimento de produção visando limpar o fundo
do poço ou substituir os equipamentos de subsuperfície.
Como exemplos de problemas geradores de intervenções de limpeza podem
ser citados: deposição de sólidos no fundo do poço tamponando os
canhoneados, furos na coluna de produção, etc.
• Limpeza:
Quando a vazão está sendo restringida devido a um sistema de elevação
artificial inadequado ou com defeito.
• Mudança do método de elevação:
7. INTERVENÇÕES EM POÇOS
É um conjunto de atividades que objetiva aumentar o índice de produtividade
ou injetividade do poço.
Os métodos mais utilizados são o fraturamento hidráulico e a acidificação.
• Estimulação:
� Fraturamento hidráulico:
Pode ser definido como um processo no qual um elevado diferencial de
pressão, transmitido pelo fluido de fraturamento, é aplicado contra a
rocha-reservatório até a sua ruptura.
Para se evitar que a fratura se feche, normalmente areia é bombeado junto
com o fluido de fraturamento.
7. INTERVENÇÕES EM POÇOS
7. INTERVENÇÕES EM POÇOS
� Acidificação:
É a injeção de ácido com pressão inferior à pressão de fraturamento da
formação, visando remover o dano de formação.
Mud acid - 12% HCl + 3% HF e o HCl a 15%.
A acidificação é efetiva em formações de permeabilidade regular a boa. Para
formações de baixa permeabilidade, o mais indicado é o fraturamento.
7. INTERVENÇÕES EM POÇOS
Quando um poço é retirado de operação, ele deve ser tamponado, de acordo
com normas rigorosas que visam a minimizar riscos de acidentes e danos ao
meio ambiente.
� Abandono temporário.
� Abandono definitivo.
• Abandono:
8. RESERVATÓRIOS
8.1. PROPRIEDADES DOS FLUIDOS
“As propriedades dos fluidos existentes nos reservatórios de petróleo
constituem importantes informações para o estudo do comportamento
desses reservatórios.”
• Determinação experimental – Laboratório.
• Motivos econômicos ou operacionais – Equações de estado, cartas ou
correlações empíricas.
8. RESERVATÓRIOS
Comportamento de fases:
Estados físicos ou fases: formas em que uma substância pode se apresentar.
São definidas pelas condições de pressão e temperatura.
Comportamento das fases: estudo das mudanças de fases das substâncias.
“O comportamento das fases é um aspecto da maior importância para o
entendimento do comportamento dos reservatórios de petróleo.”
8. RESERVATÓRIOS
Vaporização de uma substância pura (pressão constante)
Ex.: Água
8. RESERVATÓRIOS
Diagrama de fases de uma substância pura
• Curva de equilíbrio líquido-
vapor ou de vaporização;
• O ponto de orvalho coincide
com o ponto de bolha;
• Ponto crítico: maior ponto de
pressão em que as duas fases
coexistem. Propriedades
intensivas são iguais
(ex.:pressão, temperatura,
densidade).
8. RESERVATÓRIOS
Vaporização de uma mistura (pressão constante)
8. RESERVATÓRIOS
Diagrama de fases de uma mistura
• Curva dos pontos de bolha e
curva dos pontos de orvalho;
• O ponto de orvalho NÃO
coincide com o ponto de
bolha;
• Ponto crítico: ponto de
encontro das duas curvas.
8. RESERVATÓRIOS
• Importante: Cada mistura possui o seu diagrama de fases particular.
8. RESERVATÓRIOS
Tipos de reservatórios de petróleo:
De forma geral os reservatórios são classificados como:
• Reservatórios de óleo;
• Reservatórios de gás.
8. RESERVATÓRIOS
Reservatórios de óleoÓleo saturado (ou saturado em gás) - 1
Óleo subsaturado (ou subsaturado em gás) - R
Ponto de bolha
Ponto de saturação
Pressão de bolha
Pressão de saturação
8. RESERVATÓRIOS
Óleo de baixa contração e Óleo de alta contração : Refere-se à reduçãodo volume do líquido ocorrida em decorrência da liberação do gás que seencontrava dissolvido.
Óleo de baixa contração Óleo de alta contração
8. RESERVATÓRIOS
Reservatórios de gás
Gás úmido
Gás seco
Gás retrógrado
• Classificação dada à jazida de petróleo que contém uma mistura dehidrocarbonetos que se encontra no estado gasoso nas condições dereservatório.
• O ponto da mistura dentro do diagrama de fases situa-se a direita datemperatura crítica.
8. RESERVATÓRIOS
Reservatórios de gás úmido
Reservatório que produz certa quantidade de líquido quando a mistura ésubmetida ao processo de separação.
8. RESERVATÓRIOS
Reservatórios de gás seco
Reservatório que produz quantidade desprezível de líquido quando a misturaé submetida ao processo de separação.
8. RESERVATÓRIOS
Reservatórios de gás retrógrado
Reservatório de gás cuja temperatura situa-se entre a temperatura crítica e acricondenterma.
O fenômeno retrógrado ocorre no interior da rocha-reservatório.
8. RESERVATÓRIOS
Representação geral dos vários tipos de reservatórios
8. RESERVATÓRIOS
8. RESERVATÓRIOS
8. RESERVATÓRIOS
Classificação através a razão gás/líquido de produçã o (RGL)
RGL = Quociente entre a vazão instantânea de gás pela vazão instantânea de óleo, ambas medidas em condições padrão.
• Reservatório de óleo:
RGL ≤ 900 m3 std / m3 std;
• Reservatório de gás úmido:
900 m3 std / m3 std < RGL < 18000 m3 std / m3 std
• Reservatório de gás seco:
RGL ≥ 18000 m3 std / m3 std BarrelTank Stock
Feet Cubic Standard=STB
SCF
RGL (outras unidades):
Condições padrão (standard – std)
• Brasil (ANP): 1 atm (1,033 kgf/cm2) e 20oC
• EUA: 14,7 psia (1 atm) e 60oF
8. RESERVATÓRIOS
Reservatórios de óleo e gás
Reservatório de óleo com capa de gás
Reservatório de gás
8. RESERVATÓRIOS
Propriedades dos gases:
Gás ideal: Fluido hipotético.
Condições de existência:
- O volume ocupado pelas moléculas é desprezível quando comparado aovolume ocupado pelo gás;
- Não há forças atrativas ou repulsivas entre as moléculas, ou entre asmoléculas e as paredes do vaso;
-Todas as colisões de moléculas são perfeitamente elásticas, ou seja, não háperda de energia nas colisões.
“Normalmente os gases podem ser considerados como ideais quando submetidos a baixas pressões e altas temperaturas.”
8. RESERVATÓRIOS
Equação de estado
É uma expressão que relaciona a pressão, a temperatura e o volume de um
gás ou líquido.
Para um gás ideal, tem-se que:
Onde: p = pressão absoluta;
V = volume.
n = número de mols;
R = constante universal dos gases;
T = temperatura absoluta.
nRTpV =
Kkgmol
mcmkgf
Kgmol
cal
Kgmol
cmatm
Rlbmol
ftlbf
Rlbmol
ftpsiR
.
)./(08478,0
.987,1
.
.05,82
.
.1545
.
.73,10
3233
−=
−=
−=
−=
−=
8. RESERVATÓRIOS
Gás real
Equação de estado: ZnRTpV =
Onde: “Z” é o fator de compressibilidade dos gases reais.
“Z” pode ser definido como:
• O fator de compressibilidade não é constante, varia com a composição dogás, com a temperatura e com a pressão.
• Valores de Z podem ser estimados utilizando-se gráficos obtidosexperimentalmente.
ideal
real
V
VZ =
8. RESERVATÓRIOS
Fator de compressibilidade
do metano.
8. RESERVATÓRIOS
Lei dos estados correspondentes
De acordo com a lei dos estados correspondentes, proposta por van der
Waals (1873):
“Todos os fluidos exibem o mesmo comportamento quando submetidos à
mesma pressão reduzida e à mesma temperatura reduzida.”
A lei dos estados correspondentes possibilita o uso de correlações para se
obter propriedades de famílias de fluidos, como, por exemplo, no caso dos
hidrocarbonetos.
8. RESERVATÓRIOS
Coordenadas pseudocríticas e pseudo-reduzidas
∑=
=cn
iciipc PyP
1
∑=
=cn
jciipc TyT
1
(pressão pseudocrítica)
(temperatura pseudocrítica)
pcpr P
PP =
pcpr T
TT =
(pressão pseudo-reduzida)
(temperatura pseudo-reduzida)
OBS.: A temperatura deve estar em unidades absolutas (K ou ºR)
8. RESERVATÓRIOS
8. RESERVATÓRIOS
Fator de compressibilidade para
gases de hidrocarbonetos puros.
8. RESERVATÓRIOS
Propriedades pseudocríticas
• Podem ser calculadas através da média ponderada das coordenadas
críticas de cada componente com sua fração molar na mistura (erro da
ordem de 2 a 3%).
• Porém, quando os componentes diferem muito em termos de peso
molecular e natureza química, podem gerar erros significativos.
• Brown et alii (1948) apresentaram uma carta que fornece as coordenadas
pseudocríticas para gás natural em função da densidade.
8. RESERVATÓRIOS
Correlação para as coordenadas
pseudocríticas de um gás natural.
8. RESERVATÓRIOS
Massa molecular aparente: ∑=
=cn
iiia MyM
1
Densidade:29
a
ar
ag
M
M
Md ≅=
8. RESERVATÓRIOS
Propriedades pseudocríticas
dos gases naturais.
8. RESERVATÓRIOS
Fator de compressibilidade Z
para gases naturais.
8. RESERVATÓRIOS
Exemplo: Determinar o fator de compressibilidade Z da mistura de
hidrocarbonetos cuja composição encontra-se na Tabela abaixo, para uma
pressão de 20 atm e uma temperatura de 524K.
Componente ( c i) Fração Molar ( y i)
C3 0,20
n-C4 0,30
n-C5 0,50
Mistura 1,00
8. RESERVATÓRIOS
Fator volume-formação do gás natural
É a relação entre o volume ocupado em uma determinada condição de
temperatura e pressão e o volume ocupado nas condições-standard.
0V
VBg = Onde,
p
ZnRTV = e,
0
000 p
nRTZV =
1
Logo,
p
ZT
T
p
V
VBg
0
0
0
==
Condições padrão (standard – std)
• Brasil (ANP): 1 atm (1,033 kgf/cm2)
20oC (293 K)
• EUA: 14,7 psia (1 atm ou 1,033 kgf/cm2)
60oF (15,6ºC ou 288,6K ou 520R)
8. RESERVATÓRIOS
Exemplo: Calcular o fator volume-formação de um gás natural de densidade
0,68 (ar = 1,0) a uma temperatura de 532 R para os seguintes valores de
pressão: 2000, 1500, 1000 e 500 psia.
8. RESERVATÓRIOS
Viscosidade do gás natural
• É uma medida da sua resistência ao fluxo;
• Unidade mais comum é o centipoise, cp;
• Os gases ideais apresentam uma variação crescente com a temperatura;
• Pressões elevadas (gás real), comportamento idêntico a dos líquidos.
( )Tpf ,=µ
∑=
=cn
iiig y
1
µµ
8. RESERVATÓRIOS
Exemplo: Calcular a viscosidade de uma mistura gasosa submetida às
condições de 200ºF e 14,7 psia, conhecendo-se as informações abaixo.
Ci y i µµµµi (cp)
Metano 0,85 0,0132
Etano 0,09 0,0113
Propano 0,04 0,0100
n-Butano 0,02 0,0092
Total 1,00
cpycn
iiig 0128,0
1
==∑=
µµ
8. RESERVATÓRIOS
Viscosidade do gás natural à pressão de 1 atm, µ1.
8. RESERVATÓRIOS
Para valores de pressão maiores que 1 atm:
8. RESERVATÓRIOS
8. RESERVATÓRIOS
Exemplo: Calcular a viscosidade de uma mistura gasosa de hidrocarbonetos
submetida às condições de 200ºF e 2000 psia, conhecendo-se as seguintes
informações.
Componente Fração molar
Metano 0,80
Etano 0,10
Propano 0,06
n-Butano 0,04
8. RESERVATÓRIOS
Propriedades das misturas líquidas:
• Misturas bastante variadas, podem sofrer grandes modificações ao serem
submetidas a diferentes condições de P e T.
• Mudanças: - Estado físico em parte da mistura;
- Alterações na composição;
- Variações de viscosidade;
- Variações de densidade.
• As informações sobre essas mudanças são importantes para a previsão e
acompanhamento do comportamento do reservatório → óleo ou gás.
8. RESERVATÓRIOS
Obtenção de informações sobre as alterações dos flu idos
• Análises PVT:
- Coleta-se amostras de fluido nas condições de reservatório;
- Submete-as as condições PVT (pressão, volume e temperatura);
- Obtém alguns parâmetros específicos (pressão de bolha ou saturação;
fator volume-formação do gás; fator volume-formação do óleo; razão de
solubilidade; viscosidade).
• Procedimento:
- Pega-se a amostra nas mesmas condições de reservatório e reduz a
pressão resultando na liberação do gás que está dissolvido.
8. RESERVATÓRIOS
Massa específica:V
m=ρ
Volume específico:m
Vv =
Logo,v
1=ρ
Algumas definições:
8. RESERVATÓRIOS
Cálculo da massa específica nas condições-standard:
Assumindo 1 mol da mistura:
i
ii
fmV
ρ)(= (Fração-massa do componente i)
(massa específica, i, nas condições-standard)e, ∑
=
=cn
iiVv
1
Onde:∑
=ii
iii Mx
Mxfm)(
Logo, usa-se a relação:v
1=ρ
8. RESERVATÓRIOS
Exemplo: Determine a massa específica da mistura líquida cuja composição
está mostrada na tabela abaixo, nas condições de 1 atm e 60ºF.
Componente Fração Molar
Propano 0,20
Butano 0,30
Pentano 0,50
Total 1,00
8. RESERVATÓRIOS
Densidade: É definida como a razão entre a massa específica da mistura e a
massa específica da água, em condições de pressão e temperatura pré-
estabelecidas.
w
ood
ρρ=
Em unidades americanas a medida é feita a 60ºF. Logo,F60º a
F60º a d
w
líquidoF ρ
ρ=º60/60
Também pode ser expressa em graus API (ºAPI): 5,131ºº60/60
−=Fd
141,5API
8. RESERVATÓRIOS
Exemplo: Qual a densidade de um óleo de grau API igual a 34? Qual a sua
massa específica expressa em lb/ft3?
5,131ºº60/60
−=Fd
141,5API 5,13134
º60/60
−=Fd
141,5
Logo, 85,0º60/60 =Fd
Sabemos que,w
ood
ρρ=
3/365,6285,0
ftlboρ=
Portanto,3/53 ftlbo =ρ
8. RESERVATÓRIOS
Viscosidade:
• A viscosidade de um líquido é afetada pelas variações de temperatura
e pressão;
• Nos líquidos decresce com a temperatura e cresce com a pressão;
• Além da pressão e temperatura a viscosidade das misturas depende de
sua composição; Nos HC líquidos decresce com aumento de gás em
solução.
∑=
=cn
iiix
1
µµ
8. RESERVATÓRIOS
Fator volume-formação do óleo ( Bo):
É definido como o volume que a fase líquida (óleo + gás dissolvido) ocupa em
condições de pressão e temperatura quaisquer dividido pelo volume que
permanece como fase líquida quando a mistura alcança as condições-
standard.
std @ tanque)no (óleo volume
Tp, @ )dissolvido gás (óleo volume +=oB
8. RESERVATÓRIOS
A figura abaixo apresenta um processo de liberação do gás de uma mistura
entre as condições de reservatório e as de superfície.
Exemplo: p = 176 atm e T = 71ºC →
p = 84 atm e T = 71ºC → Bo= 1,20 m3/m3 std
Bo = 1,33 m3/m3 std
8. RESERVATÓRIOS
Razão de solubilidade ( Rs):
Expressa a quantidade de gás presente no líquido.
É definido como a razão entre o volume de gás que está dissolvido, em
condições-padrão, e o volume de óleo que será obtido da mistura, também em
condições-padrão.
standard)-(condições tanque no óleo de volume
standard)-(condições dissolvido gás de volumeRs =
Unidades: m3 std/m3 std ou SCF/STB
8. RESERVATÓRIOS
A figura abaixo apresenta um processo de liberação do gás de uma mistura
entre as condições de reservatório e as de superfície.
Exemplo: p = 176 atm e T = 71ºC →
p = 84 atm e T = 71ºC →
Rs = 16,057 m3 std/m3 std
Rs = 9,545 m3 std/m3 std
8. RESERVATÓRIOS
Liberações “flash” e diferencial:
• Liberação “Flash” e Diferencial referem-se a dois tipos básicos de liberação
de gás de uma mistura líquida.
• O modo como a liberação do gás de uma mistura liquida é processada afeta
significativamente as relações PVT e por conseguinte os dados a serem
obtidos (Bo , Rs).
8. RESERVATÓRIOS
Liberação “flash”:
• Processo de redução da pressão através da remoção de parte do Hg;
8. RESERVATÓRIOS
• Composição total do sistema permanece constante (não há remoção de gás);
• Equilíbrio termodinâmico entre as fases é alcançado;
• O processo termina quando se chega a capacidade máxima da célula.
Características da liberação “flash”:
8. RESERVATÓRIOS
Dados obtidos:
1. Pressão de bolha (pb);
2. Coeficiente de compressibilidade isotérmica do líquido (co) acima da
pressão de bolha;
Se for possível alcançar as condições-padrão:
3. Fator volume-formação duas fases (Bt) abaixo da pressão de bolha;
4. Razão de solubilidade inicial (Rsi).
8. RESERVATÓRIOS
Exemplo: Considere o esquema de separação “flash”, onde pb é a pressão de
bolha, pi é a pressão inicial e as condições-standard são de 60ºF e 14,7 psia.
Calcule, para as pressões de 2500, 2000, 1000 e 500 psia:
8. RESERVATÓRIOS
a) O fator volume-formação do óleo (Bo).
8. RESERVATÓRIOS
b) O fator volume-formação total do óleo (Bt).
8. RESERVATÓRIOS
c) A razão de solubilidade (Rs).
8. RESERVATÓRIOS
d) O fator volume-formação do gás (Bg).
8. RESERVATÓRIOS
Liberação diferencial:
8. RESERVATÓRIOS
• Composição total do sistema se altera (há remoção de gás);
• Equilíbrio termodinâmico entre as fases não é alcançado;
• O processo pode ser levado até se alcançar a pressão atmosférica.
Características da liberação diferencial:
8. RESERVATÓRIOS
Dados obtidos:
1. Volume de líquido no interior da célula (em cada estágio de pressão);
2. Volume de gás liberado (em cada estágio de pressão);
3. Razão de solubilidade (Rs);
4. Fator volume-formação do óleo (Bo);
5. Fator volume-formação do gás (Bg).
8. RESERVATÓRIOS
Exemplo: Considere um esquema de separação diferencial, composta por dois
separadores e um tanque de armazenamento. As condições-standard são de
60ºF e 14,7 psia. O reservatório encontra-se na pressão de bolha de 2000
psia. Calcule o fator volume-formação do óleo e a razão de solubilidade na
pressão de bolha.
8. RESERVATÓRIOS
Como o reservatório encontra-se na pressão de bolha:
8.2. PROPRIEDADES DAS ROCHAS
8. RESERVATÓRIOS
“Assim como as propriedades dos fluidos, as informações sobre as
propriedades das rochas constituem em fatores decisivos para o estudo do
comportamento de reservatórios de petróleo”.
8. RESERVATÓRIOS
Porosidade:
A porosidade mede a capacidade de armazenamento de fluidos, ou seja, é
onde os fluidos (óleo, gás ou água) irão estar alojados. É definida como sendo
a relação entre o volume de vazios de uma rocha (Vv) e o volume total da
mesma (Vt).
total
vazios
V
V=φ
OBS.: O volume de vazios é normalmente denominado volume poroso da
rocha e representado pelo símbolo Vp.
8. RESERVATÓRIOS
Grãos irregulares – má seleção................................................
Grau de cimentação.................................................................
Maior grau de empacotamento................................................
Processos de dolomitização, lixiviação...................................
Presença de fraturas...............................................................
Redução ou aumento do tamanho dos grãos......................... Não se altera
Fatores que influenciam a porosidade:
8. RESERVATÓRIOS
Medição da porosidade:
O método mais comum é o que usa pequenas amostras da rocha reservatório.
O valor da porosidade de grandes porções de rochas é obtido estatisticamente
a partir dos resultados de análises de numerosas amostras.
Porosidade média: ∑=
φ=φN
jjN 1
1
Onde N é o número de medições.
8. RESERVATÓRIOS
Exercício:
Considere uma amostra cilíndrica limpa e seca com 12 cm de comprimento
por 4 cm de diâmetro pesando inicialmente 425 g. Saturando 100% esta
amostra com uma salmoura de massa específica igual a 1,07 g/cm3, calcule a
porosidade sabendo que seu novo peso é de 453 g.
8. RESERVATÓRIOS
Compressibilidade:
Por definição, compressibilidade é a variação fracional do volume com a
variação unitária de pressão.
A compressibilidade efetiva da formação ou dos poros é
da maior importância para a engenharia de reservatório. p
V
Vc p
pf ∂
∂= 1
8. RESERVATÓRIOS
pc f ∂
∂= φφ1
φtp VV =
pV
p
Vt
p
∂∂=
∂∂ φ
Pela definição de porosidade, temos:t
p
V
V=φ
Derivando em relação à pressão:
Logo,
8. RESERVATÓRIOS
Na ausência de valores medidos, a correlação de Hall (1953) pode ser usada
para a estimativa da compressibilidade efetiva de uma rocha-reservatório.
8. RESERVATÓRIOSExercício: Um reservatório de petróleo possui as seguintes características:
Forma......................................................................................... Paralelepipédica
Camadas.................................................................................... Horizontais
Área em planta........................................................................... 2 km2
Espessura................................................................................... 10,0 m
Porosidade.................................................................................. 16%
Saturação de água (irredutível)................................................... 20%
Pressão original.......................................................................... 150,0 kgf/cm2
Pressão atual.............................................................................. 120 kgf/cm2
Pressão de bolha........................................................................ 110,0 kgf/cm2
Densidade do óleo na pressão de bolha..................................... 0,75
Temperatura do reservatório....................................................... 200 ºF
Compressibilidade média da água.............................................. 3,0.10-6 psi-1
Compressibilidade do óleo.......................................................... 10.10-6 psi-1
Calcular o volume de óleo produzido, medido em condições de reservatório,sabendo que a saturação de água (Swi) é o quociente entre o seu volume e ovolume poroso da rocha.
8. RESERVATÓRIOS
O volume de óleo produzido é igual à soma dos módulos das variações dos
volumes da água, do óleo e dos poros:
powproduzido o VVVV ∆+∆+∆=
Onde, pela equação da compressibilidade temos:p
V
Vc
∆∆−= 1
Logo, p
V
Vc w
wiw ∆
∆−= 1
p
V
Vc o
oio ∆
∆−= 1
p
V
Vc p
pif ∆
∆= 1
pVcV wiww ∆−=∆
pVcV oioo ∆−=∆
pVcV pifp ∆=∆
8. RESERVATÓRIOS
Volume poroso inicial:
Volume inicial de água:
Volume inicial de óleo:3666
366
362
10.56,210.64,010.2,3
10.64,010.2,320,0
10.2,316,010)1000(2
mVVV
mxVSV
mmxxmVV
wipioi
piwiwi
tpi
=−=−=
===
=== φ
Com “porosidade”1610.4 −−= psic f
Fig. 2.5
Logo, 3818mVw =∆ 310906mVo =∆ 35453mVp −=∆
e, 317177mV produzido o =
8. RESERVATÓRIOS
Saturação de fluidos:
É de grande importância o conhecimento de cada fluido no meio poroso, pois
as quantidades dos diferentes fluidos definem o valor econômico de um
reservatório.
Gás
Óle
o
Águ
a
Rocha
8. RESERVATÓRIOS
Define-se saturação de um fluido em um meio poroso como sendo a fração ou
a porcentagem do volume de poros ocupada pelo fluido.
Em termos de fração:
Em termos de porcentagem:
Onde: Sf é a saturação do fluido;
Vf o volume do fluido;
Vp o volume poroso.
p
ff V
VS =
%100(%) xV
VS
p
ff =
8. RESERVATÓRIOS
Logo, para o óleo, gás e água, temos que:
Saturação de óleo:
Saturação de gás:
Saturação de água:
e,
Obs: A saturação de água existente no reservatório no momento da sua
descoberta é chamada de “saturação de água inicial” ou “conata”.
p
oo V
VS =
p
gg V
VS =
p
ww V
VS =
1=++ wgo SSS
8. RESERVATÓRIOS
Descoberta do reservatório: bpp > 1=+ wioi SS
Produção de óleo: Aparecimento de gásbpp <
Nessa ocasião, a saturação média de óleo pode ser obtida através de um
balanço de materiais:
Considere um reservatório inicialmente subsaturado (pressão maior ou igual à
pressão de bolha), cuja saturação de água conata (Swi) permanece constante.
Seja N o volume original de óleo e Np o volume de óleo produzido (ambos
medidos em condições-padrão).
oi
oip
B
SVN = (1)
8. RESERVATÓRIOS
Após a produção de um volume de óleo Np, o volume restante de óleo (medido
em condições-padrão) é dado por:
o
oppteres B
SVNNN =−=tan (2)
Dividindo a Eq. (2) pela Eq. (1), temos:
)1(1 wioi
opo S
B
B
N
NS −
−= (3)
8. RESERVATÓRIOS
Área............................................................................................ 3,2 km2
Espessura média........................................................................ 10,0 m
Porosidade média....................................................................... 15%
Permeabilidade média................................................................ 200 md
Saturação de água conata média............................................... 30%
Pressão original.......................................................................... 140,0 kgf/cm2
Pressão atual.............................................................................. 120 kgf/cm2
Pressão de bolha........................................................................ 140,0 kgf/cm2
Fator volume-formação do óleo à pressão original..................... 1,3
Fator volume-formação do óleo à pressão atual......................... 1,2
Saturação de óleo média atual................................................... 50%
Exercício: Calcular a produção acumulada, medida em m3 std, de um
reservatório com as seguintes características:
8. RESERVATÓRIOS
Permeabilidade:
• Permeabilidade de um meio poroso é uma medida de sua capacidade de
se deixar atravessar por fluidos.
• Em outras palavras, a permeabilidade é uma medida da condutividade de
fluidos de um material.
• Por analogia com condutores elétricos, a permeabilidade representa o
inverso da resistência que o material oferece ao fluxo de fluidos.
8. RESERVATÓRIOS
A equação de maior utilização prática para o estudo de fluxo em meios
porosos foi formulada por Henry Darcy, em 1856, ao estudar o tratamento de
água através de filtros de areia.
Essa equação quando adaptada para exprimir o fluxo de fluidos viscosos,
pode ser assim expressa: “A vazão através de um meio poroso (cm3/s) é
proporcional à área aberta ao fluxo (cm2) e ao diferencial de p (atm), e
inversamente proporcional ao comprimento do meio poroso (cm) e à
viscosidade do fluido (cp)”.
L
pkAq
µ∆=
Onde k é denominado “permeabilidade absoluta” ou permeabilidade do meio
poroso (Darcy).
(4)
8. RESERVATÓRIOS
Como nos meios porosos que constituem os reservatórios de petróleo são
comuns as presenças de dois ou mais fluidos imiscíveis em contato com o
material do qual é formada a rocha, um conceito bastante importante é o de
molhabilidade.
Molhabilidade:
É a tendência que um fluido tem de molhar a superfície de um sólido, o que
ocorre em função da afinidade físico-química das moléculas do fluido pelas
substâncias que compõem o sólido.
Obs: A maioria dos arenitos é molhável à água. Há casos de inversão para
molhabilidade ao óleo quando o petróleo contém moléculas com alguma
polaridade (ex: asfaltenos). A rocha, então, passa a ter afinidade pelo óleo.
8. RESERVATÓRIOS
Gás
Água
Óleo
A rocha em boa parte dos casos é molhada preferencialmente pela água em
presença do óleo, e nunca pelo gás.
O gás é o que apresenta menor tendência de molhar preferencialmente a
rocha.
Figura – Rocha reservatório molhada pela água.
8. RESERVATÓRIOS
Água
GásÓleo
Entretanto, há casos em que o reservatório é molhado preferencialmente pelo
óleo.
Figura – Rocha reservatório molhada pelo óleo.
8. RESERVATÓRIOS
Capilaridade:
O fenômeno da capilaridade que ocorre no interior dos meios porosos que
constituem os reservatórios de petróleo deve-se ao fato de que as jazidas
petrolíferas, em geral, contêm dois ou mais fluidos imiscíveis. São resultantes
das atrações entre as moléculas da massa fluida.
8. RESERVATÓRIOS
O efeito Jamin:
É o fenômeno que impede ou dificulta , em certos casos, o fluxo de fluidos em
um canal do meio poroso quando mais de uma interface está presente.
0cos2cos2 =−=−
A
AA
B
BBBA rr
ppθσθσ
BcBcAA pppp =−+
BÁgua
Água Óleoθθ
A
Situação estática:
8. RESERVATÓRIOS
Situação dinâmica:
rrpppp AB
cAcBBA
θσθσ cos2cos2 −=−≡−
B Água Água Óleo
θB
A θA
O gradiente de pressão externo, causador do fluxo, modifica o raio de
curvatura e consequentemente o ângulo de contato, de modo a imprimir à gota
de óleo uma forma aerodinâmica.
Para que haja fluxo é necessária a aplicação de um diferencial de pressão
entre os pontos A e B, dado pela expressão:
8. RESERVATÓRIOS
Observação:
• Ocorre que, quanto maior é o gradiente aplicado entre os pontos A e B, na
tentativa de se vencer as pressões capilares e provocar o fluxo, mais a gota se
deforma.
• Com isso, o ângulo de contato em A aumenta, enquanto que em B diminui
ainda mais, crescendo então a resistência ao fluxo.
8. RESERVATÓRIOS
Capilar com estreitamento:
Neste caso há uma redução do raio do capilar (e do raio de curvatura) em B.
A depender do estreitamento existente no poro, isto é, da relação entre os raios
do capilar nos pontos A e B, a diferença de pressão necessária para provocar o
fluxo pode se tornar impraticável, sendo esse estreitamento, portanto, uma
causa de bloqueio, ou seja, de ausência de fluxo no capilar.
B Água
ÁguaÓleo
θθ
A
8. RESERVATÓRIOS
8.3. MECANISMOS DE PRODUÇÃO DE RESERVATÓRIOS
Mecanismo de produção é o processo físico que faz o fluido existente no
reservatório ser produzido.
• Para produção é necessário energia (energia natural ou primária) para
vencer as resistências.
• Manifestação mais sensível da energia do reservatório → Pressão.
• Também é necessário a substituição do espaço poroso ocupado pelos
fluidos produzidos por outro material.
8. RESERVATÓRIOS
Dois principais efeitos são responsáveis pela produção de fluidos
1 – Descompressão (que causa a expansão dos fluidos produzidos contidos
no reservatório e a contração do volume poroso);
2 – O deslocamento de um fluido por outro fluido (ex.: água).
8. RESERVATÓRIOS
Principais mecanismos de produção
• Mecanismo de gás em solução;
• Mecanismo de capa de gás;
• Influxo de água.
• Mecanismo combinado;
• Mecanismo de segregação gravitacional (efeito da gravidade).
Reservatório de óleo
Reservatório de óleo ou de gás
8. RESERVATÓRIOS
Identificação do mecanismo de produção
Além da pressão, outras características devem ser observadas:
• Razão Gás/Óleo (RGO): Quociente entre as vazões instantâneas de gás e
de óleo, medidas em condições-padrão.
• Razão Água/Óleo (RAO): Quociente entre as vazões instantâneas de água
e de óleo, medidas em condições-padrão.
• “Cut” (Corte) de Água: Fração ou porcentagem definida pelo quociente
entre as vazões instantâneas de água e de líquidos (óleo + água), medidas
em condições-padrão.
8. RESERVATÓRIOS
• BSW (“Basic Sediments and Water”): Fração ou porcentagem definida pelo
quociente entre as vazões instantâneas de água mais os sedimentos que
eventualmente estejam sendo produzidos e de líquidos mais sedimentos
(óleo + água + sedimentos), medidas em condições-padrão.
• Fator de recuperação: Fração ou porcentagem do volume original de
hidrocarbonetos (medido em condições-padrão) recuperada durante a vida
produtiva de um reservatório de petróleo.
8. RESERVATÓRIOS
Mecanismo de gás em solução:
• Mecanismo característico de reservatórios de óleo;
• Não há penetração de outros fluidos para expulsar a mistura de
hidrocarbonetos para fora da estrutura;
• Toda energia para a produção encontra-se armazenada na própria zona de
óleo;
• Durante a produção ocorre uma redução da pressão interna e uma
consequente expansão dos fluidos (óleo e água conata). Ocorre também
uma diminuição do volume dos poros.
• Processo contínuo: redução da pressão → expansão de fluidos → mais
produção.
8. RESERVATÓRIOS
• Pressão cai rapidamente devido à baixa compressibilidade dos fluidos e da
formação → Ponto de bolha;
• Início da atuação do mecanismo de gás em solução: Ponto de bolha.
8. RESERVATÓRIOS
Pontos fracos do mecanismo de gás em solução:
• Produção de gás (com a redução da pressão, mais hidrocarbonetos vão se
vaporizando até formar uma fase contínua. Com isso ocorre a produção
juntamente com o óleo e conseqüentemente a redução da energia do
reservatório);
• Baixa recuperação final (inferior a 20% do volume original);
• Vida curta como “surgente”;
• Necessitam de algum tipo de elevação artificial muito cedo.
8. RESERVATÓRIOS
Características do mecanismo de gás em solução
8. RESERVATÓRIOS
Mecanismo de capa de gás:
• Mecanismo característico de reservatórios de óleo;
• Existência de duas fases em equilíbrio (óleo e gás);
• Capa de gás: acumulação do gás livre nas partes mais altas do meio
poroso;
• Zona de óleo é colocada em produção enquanto que a de gás é
preservada;
• Pressão é mantida alta por mais tempo devido a alta compressibilidade do
gás.
8. RESERVATÓRIOS
Reservatório com mecanismo de capa de gás:
8. RESERVATÓRIOS
• Pressão cai continuamente porém de forma mais lenta do que no
mecanismo de gás em solução;
• Poços surgentes por mais tempo;
• Tamanho da capa de gás é importante para a manutenção da pressão;
• Possibilita recuperação na faixa de 20 a 30% do óleo originalmente
existente na formação.
8. RESERVATÓRIOS
Mecanismo de influxo de água:
• Mecanismo característico tanto de reservatórios de óleo quanto de gás;
• É necessário que a formação portadora de hidrocarbonetos esteja em
contato direto com uma grande acumulação de água;
• Também é necessário que as alterações das condições do reservatório
causem alterações no aqüífero e vice-versa;
• A manutenção da pressão é realizada através da expansão da água;
• A expansão da água também favorece o deslocamento do óleo para os
poços de produção.
8. RESERVATÓRIOS
Reservatório com mecanismo de influxo de água:
8. RESERVATÓRIOS
• Pressão se mantém elevada por mais tempo do que em outros métodos;
• Período de surgência maior para os poços produtores;
• Tamanho do aqüífero é importante para a manutenção da pressão;
• Possibilita recuperação na faixa de 30 a 40% do óleo originalmente
existente na formação, podendo atingir valores consideravelmente mais
altos.
Problema:
• Produção de água.
8. RESERVATÓRIOS
Mecanismo combinado:
• Produção devido aos efeitos de mais de um mecanismo sem que um
exerça influência preponderante em relação ao outro;
• Importante: todo reservatório recebe, mais cedo ou mais tarde, alguma
contribuição do mecanismo de gás em solução.
8. RESERVATÓRIOS
Mecanismo de segregação gravitacional:
• Não é um mecanismo de produção propriamente dito;
• O efeito da gravidade é um agente responsável pela melhoria do
desempenho de outros mecanismos;
• No mecanismo de gás em solução, a segregação gravitacional pode
provocar o aparecimento de uma capa de gás secundária;
• Para que a segregação gravitacional se manifeste é necessário que o
reservatório seja produzido com vazões que favoreçam essa ocorrência;
• Fator de recuperação em torno de 40 a 50%.
8. RESERVATÓRIOS
Reservatório com mecanismo de gás em solução
– Efeito da segregação gravitacional
8. RESERVATÓRIOS
Exercício:
Marque Verdadeiro (V) ou falso (F)
( ) O mecanismo de gás em solução é muito eficiente, e geralmente nãonecessita de métodos de elevação artificial.
( ) O mecanismo de capa de gás geralmente não possibilita poços surgentespor longo tempo e apresenta um comportamento decrescente da razão gás– óleo (RGO).
( ) O mecanismo de influxo de água apresenta pequenas quedas de pressão,que permanece elevada e possibilita poços surgentes por mais tempo. É omelhor mecanismo de produção, possibilitando recuperação primária de30% a 40%, podendo atingir valores consideravelmente mais elevados.
F
F
V
8. RESERVATÓRIOS
8.4. BALANÇO DE MATERIAIS EM RESERVATÓRIOS DE GÁS
• Balanço de materiais = Balanço de massa dos fluidos existentes no interior
dos poros da rocha-reservatório;
• Matematicamente é representado através de uma equação chamada de
Equação de Balanço de Materiais (EBM).
Em um determinado instante, temos que:
produzida massa - inicial massa atual massa =
8. RESERVATÓRIOS
Visto que os fluidos produzidos são geralmente medidos em termos de
volume numa determinada condição-padrão de pressão e temperatura, a
EBM é comumente escrita em termos dos volumes existentes no
reservatório:
produzido volume - inicial volume atual volume =
Como principais utilizações da EBM, tem-se:
• Determinação do volume original de gás;
• Determinação do volume original de óleo;
• Determinação do influxo de água de aquíferos;
• Previsão do comportamento dos reservatórios.
8. RESERVATÓRIOS
Duas principais exigências para a utilização da EBM:
• Histórico de produção;
• Histórico de pressão.
A EBM deve ser aplicada ao reservatório como um todo. Quanto maior for o
histórico do reservatório, mais confiáveis serão os resultados.
O balanço de materiais pode ser aplicado tanto em reservatórios de óleo
quanto de gás, sob os mecanismos estudados anteriormente:
• Gás em solução;
• Capa de gás;
• Influxo de água.
8. RESERVATÓRIOS
Método volumétrico
Os volumes originais de gás e óleo podem ser determinados através do
conhecimento de alguns parâmetros como: Volume do reservatório,
porosidade da rocha e saturação de água conata.
Volume original de gás:gi
gir
B
SVG
φ=
gi
wir
B
SVG
)1( −= φou
Onde: Vr é o volume total do reservatório; φ é a porosidade da rocha; Sg a
saturação de gás, Bg o fator volume-formação do gás, Sw a saturação de água
e o índice i se refere às condições iniciais.
Volume original de óleo:oi
oir
B
SVN
φ=oi
wir
B
SVN
)1( −= φou
Onde: Soi é a saturação inicial de óleo e Boi o fator volume-formação inicial do
óleo.
8. RESERVATÓRIOS
Equação de balanço de materiais generalizada:
Reservatórios de gás
Pelo princípio da conservação de massa no interior do reservatório, temos:
atual massa - inicial massa produzida massa =
Se a composição do gás produzido é constante, podemos afirmar que os
volumes são diretamente proporcionais as massas.
p
ZRT
molecularmassa
massaV = (Eq. de estado)
Logo,
atual volume - inicial volume produzido volume =
8. RESERVATÓRIOS
O balanço de massa também pode ser expresso em termos do número de
mols de gás:
(atual)(inicial) )(produzido nnn ip −=
Utilizando a equação de estado dos gases reais, temos:
00
0
RTZ
Gpn p
p =Z0 = 1
Cond. padrão0
0
RT
Gpn p
p =RTZ
Vpn
i
iii =
(Gp é o volume de gás produzido acumulado)
ZRT
pVn =
Portanto, a EBM generalizada para um reservatório de gás é:
−= p
i
ii GT
Tp
Z
Vp
VZ
p
0
01
8. RESERVATÓRIOS
Reservatórios volumétricos de gás seco:
• Reservatório volumétrico é aquele que produz apenas por depleção, ou
seja, pela expansão do gás;
• Não há produção de água;
• A variação do volume poroso devido a compressibilidade da rocha e da
água conata são desprezíveis.
Logo, o volume (V) ocupado pelo gás em uma pressão média p qualquer, é
igual ao volume inicial (Vi).
−= p
i
ii GT
Tp
Z
Vp
VZ
p
0
01p
ii
i GTV
Tp
Z
p
Z
p
0
0−=
8. RESERVATÓRIOS
O volume inicial (Vi) também pode ser escrito em função do volume original
de gás G, medido nas condições-padrão.
gii GBV =
Onde,
Logo,
i
ii
pT
TpZGV
0
0=
pii
i GTV
Tp
Z
p
Z
p
0
0−= pi
i
i
i GGZ
p
Z
p
Z
p −=
i
ii
i
igi pT
TpZ
p
nRTZp
nRTZ
V
VB
0
0
0
000
===
8. RESERVATÓRIOS
A partir de um histórico de pressão e produção acumulada (Gp), pode-se
traçar um gráfico que permite prever o comportamento futuro do reservatório
e o volume de gás existente (volume original, G).
pi
i
i
i GGZ
p
Z
p
Z
p −=
8. RESERVATÓRIOS
Outra forma de se calcular o volume original, G, é através do balanço
volumétrico (V = Vi).
Logo, gigp GBBGG =− )(
O que fornece:
gig
gp
BB
BGG
−=
8. RESERVATÓRIOS
Exercício: Um reservatório volumétrico de gás tem uma pressão inicial de 250
kgf/cm2, porosidade de 20,0 % e saturação de água conata irredutível de 20
%. O fator volume – formação do gás a uma pressão de 250 Kgf/cm2 é de
0,00321 m3 / m3 std e a 40 Kgf/cm2 é de 0,0123 m3/m3 std.
-Calcule o volume original de gás (nas condições padrão) para um volume de
rocha de 40,0 X 106 m3, admitindo uma pressão de abandono de 40 Kgf/cm2 e
a produção acumulada de gás no abandono.
8. RESERVATÓRIOS
8.5. ESTIMATIVA DE RESERVAS
• “Atividade dirigida à obtenção dos volumes de fluidos que podem ser
retirados do reservatório até que ele chegue à condição de abandono”;
• Os investimentos do projeto e custos de operação são pagos com a receita
obtida com a comercialização dos fluidos a serem produzidos;
• Geralmente as empresas de petróleo estabelecem os seus próprios critérios
e normas;
• Porém, as empresas tendem a se basear nos critérios do código internacional
da SPE, para que se possa fazer uma comparação das reservas de outras
empresas e países.
8. RESERVATÓRIOS
Definições:
• Volume original: Quantidade de fluido existente no reservatório na época da
sua descoberta (volume original de gás e volume original de óleo);
• Volume recuperável: Volume de óleo ou gás que se espera produzir de uma
acumulação de petróleo;
• Fator de recuperação: Quociente entre o volume recuperável e o volume
original, ou seja, fração do volume original que se espera produzir;
8. RESERVATÓRIOS
• Produção acumulada: Quantidade de fluido que já foi produzida de um
reservatório até uma determinada época;
• Fração recuperada: Quociente entre a produção acumulada e o volume
original, ou seja, fração do fluido original que foi produzida até um
determinado instante;
• Reserva: Quantidade de fluido que ainda pode ser obtida de um reservatório
de petróleo numa época qualquer da sua vida produtiva. Na época da
descoberta, como ainda nenhum fluido foi produzido, a reserva é
numericamente igual ao volume recuperável.
8. RESERVATÓRIOS
Condições de reservatório e condições-padrão:
• Todos os volumes (óleo original, produção acumulada, reservas etc.) por
convenção são expressos em condições-standard ou padrão, ou seja, como
se eles estivessem sujeitos às condições de pressão e temperatura
definidos como standard ou padrão.
• As condições-padrão ou condições-standard são às vezes denominadas
condições básicas.
Condições padrão (standard – std)
• Brasil (ANP): 1 atm (1,033 kgf/cm2) e 20oC
• EUA: 14,7 psia (1 atm) e 60oF (15,6ºC)
8. RESERVATÓRIOS
Fator de recuperação e reservas:
8. RESERVATÓRIOS
Condições de abandono e volume recuperável:
Estimativa do volume recuperávelEstudo do reservatório;
Aspectos técnicos e econômicos.
À medida que o tempo vai passando, a produção de petróleo vai decrescendo,
tendendo-se à situação em que a receita proveniente da venda do petróleo é
insuficiente para cobrir as despesas com a manutenção da operação. Essa é a
condição de abandono do projeto. Não existe um ponto definido para isso
ocorrer (oscilações de mercado).
Como se pode ver, o volume recuperável e por conseqüência o fator de
recuperação sofrem alterações ao longo da vida produtiva do reservatório.
8. RESERVATÓRIOS
Métodos de cálculo:
Não existe uma maneira única de se estimar os volumes originais de HC e as
reservas de uma jazida de petróleo.
Analogia;
Análise de risco;
Método volumétrico;
Desempenho do reservatório.
A escolha de um ou outro tipo depende, entre outros fatores da época em que
é feito o estudo e da quantidade de informações disponíveis a respeito da
jazida.
8. RESERVATÓRIOS
Analogia:
• Este é um tipo de procedimento utilizado em uma época que precede à
perfuração do poço pioneiro. Nessa época as informações a respeito do
reservatório são praticamente inexistentes.
• As estimativas são feitas a partir de dados e resultados de reservatórios
localizados nas proximidades, os quais se acredita que tenham
características semelhantes às do reservatório que está sendo estudado.
• É evidente que esse tipo de estimativa está sujeito a erros, uma vez que o
estudo não se baseia em dados reais do reservatório.
8. RESERVATÓRIOS
Análise de risco:
• Procedimento utilizado, TAMBÉM, em uma época que precede à perfuração
do poço pioneiro. Nessa época as informações a respeito do reservatório são
praticamente inexistentes.
• As estimativas são feitas a partir de dados e resultados de reservatórios
localizados nas proximidades, os quais se acredita que tenham
características semelhantes às do reservatório que está sendo estudado.
• A diferença entre os dois processos reside no fato de que na análise de risco
existe uma certa sofisticação no tratamento estatístico dos dados e os
resultados são apresentados, não como um valor único, mas como uma faixa
de resultados possíveis.
8. RESERVATÓRIOS
Método volumétrico:
• Este é um método para cálculo do volume original que pode ser usado tanto
para reservatório de líquido quanto para reservatório de gás.
• O método se baseia na determinação volumétrica da quantidade total de
hidrocarbonetos originalmente existentes no reservatório.
• Seja Vr o volume total da rocha que compõe o reservatório, cuja porosidade
média é φ. O volume poroso será dado por Vrφ. Como uma parte do volume
poroso está ocupada pela saturação inicial da água (Swi), somente a fração
(1-Swi) poderá estar ocupada por HC. Assim o volume de HC, em condições
de reservatório, é dado pelo produto Vrφ(1-Swi).
8. RESERVATÓRIOS
Fig. – Volume original – reservatório de óleo.
oi
siwirs B
RSVG
)1( −= φ
8. RESERVATÓRIOS
Fig. – Volume original – reservatório de gás.
8. RESERVATÓRIOS
• A porosidade da rocha e a saturação de água podem ser obtidos através de
perfis ou de análises de amostras de testemunhos dos poços realizadas em
laboratório;
• Os fatores volume-formação dos fluidos do reservatório podem ser obtidos
através de análises PVT ou de correlações empíricas;
• O cálculo do volume de rocha é obtido de mapa fornecido pela área da
geologia. A partir da perfuração de poços e da delimitação do campo é
traçado o chamado mapa de isópacas, que indica os pontos do reservatório
que contêm hidrocarbonetos e possuem igual espessuras da formação.
8. RESERVATÓRIOS
Desempenho do reservatório:
• São utilizados modelos em que a previsão do comportamento futuro (ou
desempenho futuro) do reservatório se baseia em seu comportamento
passado.
• É necessário que o reservatório já tenha um histórico de produção.
• A “Análise do declínio de produção”, a utilização da “Equação de balanço de
materiais” para a previsão de comportamento e a “Simulação numérica de
reservatórios” são métodos que se inserem no grupo denominado
desempenho do reservatório.
• A utilização de um ou outro método depende de fatores tais como a
quantidade e o tipo de dados de rocha e fluido disponíveis, a existência de
recursos de informática (software e hardware) etc.
8. RESERVATÓRIOS
8.6. MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO SECUNDÁRIA
Energia primária – A grandeza dessa energia é determinada pelo volume e pela
natureza dos fluidos existentes na acumulação, bem como pelos níveis de
pressão e de temperatura reinantes no reservatório.
Ações para minimizar a dissipação da energia primária:
• Suplementá-la com energia secundária, artificialmente comunicada, através
da injeção de certos fluidos em poços selecionados;
• Reduzir as resistências viscosas e/ou capilares por meio de métodos
especiais, como por exemplo o aquecimento da jazida.
8. RESERVATÓRIOS
Recuperação primária: Quantidade de óleo que pode ser retirada de um
reservatório devido sua energia natural.
Recuperação secundária: Quantidade adicional de óleo retirada de um
reservatório.
Obs: O termo “Recuperação secundária” também é utilizado para denominar as
operações que conduzem à obtenção dessa quantidade adicional de óleo.
Manutenção de pressão: Operações de recuperação secundária que começam
antes de terminar a fase de produção primária.
Obs: Elevação artificial e estimulação de poços NÃO são métodos de
recuperação secundária. Estão mais ligados ao comportamento dos poços
produtores do que ao comportamento do reservatório como um todo.
8. RESERVATÓRIOS
Objetivos dos métodos de recuperação secundária:
• Aumentar a eficiência de recuperação.
- A eficiência de recuperação dos projetos de recuperação secundária bem-
sucedidos pode ser superior a 60%, embora o valor mais frequente seja de
30 a 50%.
• Acelerar a produção ou reduzir a velocidade do seu declínio natural.
- A aceleração da produção provoca a antecipação do fluxo de caixa
esperado do projeto, aumentando o seu valor presente e melhorando a
economicidade da explotação do reservatório.
8. RESERVATÓRIOS
Incentivos à recuperação secundária:
• Preço do petróleo.
- O preço do petróleo bruto é determinado principalmente pelas pressões de
oferta e da procura desse produto no mercado internacional;
- As altas de preço do petróleo incentivam a proliferação dos projetos de
recuperação secundária.
• Custo de exploração.
- A descoberta de acumulações de petróleo faz-se geralmente com
dificuldades e riscos crescentes;
- Quando os custos de exploração crescem, a atratividade dos projetos de
recuperação secundária também cresce.
8. RESERVATÓRIOS
• Custo de desenvolvimento.
- O desenvolvimento de campos de petróleo com formações mais profundas
ou localizados em regiões menos acessíveis requer maiores investimentos.
• Custo de produção.
- Os projetos de recuperação secundária tem normalmente custos
operacionais mais altos que a recuperação primária, em decorrência das
operações de manuseio e tratamento dos fluidos injetados;
- Porém, a possibilidade de manutenção ou mesmo elevação da pressão do
reservatório pode ampliar o período de surgência dos poços produtores e
diminuir os custos de elevação do petróleo.
8. RESERVATÓRIOS
• Avanços tecnológicos.
- A descoberta de métodos novos e mais eficientes de recuperação
secundária, bem como os aperfeiçoamentos introduzidos nos métodos já
existentes, podem tornar projetos até então marginais ou mesmo
antieconômicos em projetos economicamente viáveis.
- A descoberta de novas aplicações para o petróleo também é um incentivo à
sua produção e, conseqüentemente, à recuperação secundária.
8. RESERVATÓRIOS
Classificação dos métodos de recuperação secundária :
• Recuperação primária → Métodos de recuperação secundária → Métodos
de recuperação terciária.
• Recuperação primária → Recuperação secundária.
• Recuperação primária → Métodos convencionais de recuperação
secundária → Métodos especiais de recuperação secundária.
• Na literatura inglesa: Métodos especiais de recuperação secundária =
EOR (Enhanced Oil Recovery).
• EOR → IOR (Improved Oil Recovery). - O IOR engloba além do EOR,
todos os novos métodos com o objetivo de aumentar a recuperação e/ou
acelerar a produção.
8. RESERVATÓRIOS
Métodos convencionais de recuperação secundária: “Injeção de água” e
“Processo imiscível de injeção de gás”.
Obs: O método convencional de recuperação secundária mais utilizado no
mundo é a injeção de água. No Brasil o primeiro campo a usar esse processo
de recuperação foi o de Dom João, localizado na Bahia, em 1953.
Métodos especiais de recuperação secundária: “Injeção miscível de gás”,
“injeção de vapor”, “injeção de polímeros” e a “combustão in situ”.
Ciclo de Vida de um Campo de Petróleo (Borges, 2009 apud Sampaio, 2006)
8. RESERVATÓRIOS
8. RESERVATÓRIOS
Métodos especiais de recuperação secundária:
Por que aplicar um método especial de recuperação?
O principal método convencional de recuperação secundária é a injeção de
água, que possui vantagens sobre outros mecanismos de recuperação
secundária.
Em um determinado campo ou mesmo país é comum o número de projetos de
recuperação secundária convencional aumentar até atingir um pico e depois
declinar. Isso ocorre porque deixam de haver reservatórios adequados para a
aplicação desses métodos, em termos econômicos. Nesse ponto surge a
questão de como fazer para manter ou reduzir a taxa de declínio das vazões de
produção.
8. RESERVATÓRIOS
Em geral, os lucros comparativamente menores obtidos com a recuperação
especial são devidos a uma menor recuperação de óleo, em relação à
recuperação convencional, e aos custos de investimento e de operação
relativamente maiores.
A maioria dos métodos especiais de recuperação é pesadamente penalizada
com os custos de produtos químicos e/ou custos de equipamentos.
8. RESERVATÓRIOS
Observações:
A maior parte do óleo não recuperado após a injeção de água é deixada na
forma de gotas microscópicas de óleo residual.
Tipicamente o óleo residual apresenta de 60% a 90% de todo o óleo
remanescente depois de um projeto de injeção de água. Os outros 40% a 10%
do óleo permanecem nos bolsões não varridos ou nas regiões ultrapassadas.
Assim, a maior ênfase no desenvolvimento de métodos especiais de
recuperação tem sido no sentido de recuperar o óleo residual.
8. RESERVATÓRIOS
O óleo residual pode ser recuperado pela injeção de um fluido miscível com o
óleo do reservatório.
Se dois fluidos miscíveis, querosene e óleo, por exemplo, são colocados em
um recipiente, eles se misturam um no outro sem qualquer interface.
Sem interface não há forças capilares e a gota de óleo pode ser desalojada
pelas forças dinâmicas ou viscosas.
“A chave para um estudo de recuperação especial é determinar a saturação de
óleo residual após a injeção de água. Para se obter a saturação residual de
óleo pode ser necessário a retirada de amostras de testemunhos a partir de
perfurações realizadas na parte do reservatório varrida pela água.”
Recuperação avançada de petróleo utilizando um sistema microemulsionado
• Mestranda : Gabriela Fontes Deiró Ferreira
• Orientador : Prof. Dr. Luiz Carlos L. Santos
• Co-Orientadora: Profa. Dra. Ana Cristina Morais da Silva
8. RESERVATÓRIOS
Universidade Federal da Bahia Programa de Pós graduação Engenharia Química
Salvador - Bahia
Junho de 2015
8. RESERVATÓRIOS
Porcentagem de Publicações Científicas sobre EOR nos Últimos Anos (Science Direct)
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
1979
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011
2013
2015
Poc
enta
gem
de
Pub
licaç
ões
8. RESERVATÓRIOS
� Prospecção Tecnológica
� Revisão Bibliográfica
� Construção do Diagrama de Fases
� Caracterização do Petróleo
� Caracterização dos Biosurfactantes
� Preparação dos Plugs
� Montagem do Sistema de Injeção
� Teste de Estanqueidade
� Caracterização da Microemulsão
e Salmoura
� Injeção dos Fluidos
� Cálculo da Fração Recuperada
Andamento do projeto
8. RESERVATÓRIOS
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
No início da vida produtiva da maioria dos poços a pressão do reservatório é
geralmente elevada, permitindo o fluxo livre dos fluidos do reservatório para a
superfície, este fenômeno é conhecido como Elevação Natural.
Os poços que produzem por elevação natural são denominados de poços
surgentes (flowing wells), sendo a pressão disponível no reservatório
suficiente para vencer as perdas de cargas no meio poroso, na coluna de
produção e na linha de produção.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
Se a pressão disponível no reservatório for superior a pressão necessária para
manter a vazão desejada, acrescenta-se uma restrição ao fluxo na superfície,
conhecida como “choke”, para controle da vazão de produção.
Entretanto, em virtude da produção contínua, a pressão do reservatório
diminui, não sendo mais suficiente para vencer as perdas de pressão no
caminho até a superfície.
Quando a pressão do reservatório não é mais suficiente para elevar os fluidos
à superfície ou deseja-se aumentar a produção, se faz necessário fornecer um
diferencial de pressão adicional ao fundo do poço, o que resultará em um
aumento de vazão.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
Os mecanismos disponíveis e específicos para este fim, são conhecidos na
indústria do petróleo como Métodos de Elevação Artificial.
Todos funcionam com o mesmo princípio, a energia é gerada na superfície e
transmitida ao fluido através de uma bomba de fundo ou através da injeção de
gás comprimido.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
Os mecanismos de elevação artificial podem ser distinguidos através das
seguintes características:
�utilização de bombas de fundo ou downhole pump para aumentar a pressão
no poço e vencer as perdas de pressão da coluna;
�injeção contínua de gás comprimido no fundo do poço, para através da
energia de expansão do gás e a redução da densidade do fluido, deslocar os
fluidos para as facilidades de produção, e
�injeção de gás a alta pressão elevando o líquido acima de um ponto de
injeção.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
Os métodos de elevação artificial mais conhecidos são:
� Bombeio Mecânico com Hastes (BM);
� Bombeio por Cavidades Progressivas (BCP);
� Bombeio Centrífugo Submerso (BCS);
� Gas-lift contínuo e intermitente (GLC e GLI).
A escolha de um método de elevação artificial depende de vários fatores
como: a geometria do poço, a localização, características do fluido produzidos,
teor de areia produzida pela formação, a profundidade do reservatório, a razão
gás-óleo (RGO), segurança e os custos.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
9.1. ELEVAÇÃO NATURAL
O fluxo de fluidos ocorre devido a própria energia do reservatório.
Os poços surgentes produzem com menores problemas operacionais, com
maiores vazões de líquidos e com menor custo por unidade de volume
produzido.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
Elevação artificial:
Quando a pressão do reservatório não é mais suficiente para elevar os fluidos
à superfície ou deseja-se aumentar a produção, se faz necessário fornecer um
diferencial de pressão adicional sobre o fundo do poço, o que resultará em um
aumento de vazão.
Os mecanismos disponíveis e específicos para este fim são conhecidos na
indústria do petróleo como Métodos de Elevação Artificial.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
Bombeio Mecânico com hastes (BM):
Primeiro método de elevação artificial que surgiu na indústria do petróleo, sua
importância se reflete no número de instalações existentes, correspondendo a
80% dos poços produtores mundiais.
No Brasil, responde por cerca de 8% da produção diária de petróleo,
equipando em torno de 70% dos poços produtores terrestres.
No bombeio mecânico a energia é transmitida ao fluido através de uma bomba
alternativa de simples efeito posicionada no fundo do poço.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
A unidade de bombeio converte o movimento de rotação do motor em
movimento alternado requerido pela haste polida.
A seleção de uma unidade de bombeio para um determinado poço depende do
máximo torque, da máxima carga e o máximo curso de haste polida que irão
ocorrer no poço.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
Bomba de fundo:
A bomba de fundo utilizada no bombeio mecânico é do tipo alternativa de
simples efeito, só bombeia no curso ascendente.
Em outras palavras, é do tipo deslocamento positivo, ou seja, na teoria o fluido
que entra na sucção não volta.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
No curso ascendente:
A válvula de passeio permanece fechada
sustentando todo o peso do fluido que está
se deslocando para a superfície, provocando
um alongamento da coluna de hastes.
Enquanto isso, a válvula de pé permanece
aberta, permitindo que o fluido alimente a
camisa da bomba. A quantidade de fluido
produzido equivale ao volume do cilindro
definido pela área do pistão da bomba de
fundo e pelo seu curso útil, descontando o
volume ocupado pela haste do pistão.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
No curso descendente:
A válvula de passeio permanece aberta,
permitindo que o fluido dentro da camisa da
bomba se desloque para cima do pistão, e a
válvula de pé permanece fechada, impedindo
que o fluido retorne para o anular. Como a
válvula de passeio encontra-se aberta, o peso
de fluido presente na coluna de produção é
sustentado pela válvula de pé.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
Principais características do BM:
� Baixo custo com investimentos e manutenção;
� Opera com fluidos de diferentes composições e viscosidades;
� Larga faixa de temperatura;
� Menor custo/produção;
� Baixa vazão;
�Pequenas a médias profundidades;
� Problemático em poços desviados;
� Restrição à areia;
� Problemático com alta RGL.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
Bombeio por Cavidades Progressivas (BCP):
Método de elevação artificial em que a energia é transmitida ao fluido através
de uma bomba de cavidades progressivas posicionada no fundo do poço.
O BCP é um método de elevação artificial que emprega uma bomba de
cavidades progressivas, cujo movimento rotacional induz o movimento destas
cavidades no sentido ascendente, provocando como conseqüência o
bombeamento do fluido.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
Principais características do BCP:
� Baixa a média vazão;
�Pequenas a médias profundidades;
�Pouca restrição à areia;
� Aplicável a poços com fluidos viscosos e parafínicos;
� Problemático em poços com altas temperaturas.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
O sistema BCP consiste basicamente de uma cabeça de acionamento, das
colunas de hastes e de tubos, de equipamentos auxiliares e de uma bomba de
fundo helicoidal (tipo parafuso sem fim).
A cabeça de acionamento converte energia em torque promovendo
movimento rotativo à coluna de hastes que por sua vez transmite o movimento
rotacional à bomba de fundo, a qual fornece a pressão necessária para elevar
os fluidos até a superfície.
As bombas de cavidade progressiva são baseadas no princípio de
deslocamento positivo, que consiste, basicamente, na rotação de um elemento
da bomba, rotor, em elemento estacionário, estator.
Sistema BCP:
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
Sob condições de operação semelhantes, o sistema BCP apresenta as
seguintes vantagens em relação aos outros métodos de elevação artificial:
� menor investimento inicial;
� rapidez e facilidade de instalação;
� manutenção reduzida;
� equipamentos de superfícies de dimensões reduzidas;
� consumo de energia reduzido;
� fácil ajuste para diversas vazões.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
Bombeio Centrífugo Submerso (BCS):
Método de elevação artificial em que a energia é transmitida para o fundo do
poço através de cabo elétrico.
A energia elétrica é transformada em energia mecânica por um motor de sub-
superfície, o qual está diretamente conectado à bomba centrífuga.
Esta, por sua vez, transmite a energia para o fluido sob a forma de pressão,
elevando-o para a superfície.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
Principais características do BCS:
� Range de vazão flexível;
� Pode operar com alta fração de água produzida;
� Contra indicado para grande produção de areia;
� Bom desempenho para grandes profundidades;
� Aplicável a poços desviados;
� Problema com alta razão gás-líquido;
� Diminui eficiência com fluidos viscosos.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
É um método de elevação aplicável em zonas urbanas, pois o único
equipamento colocado na superfície é a cabeça de produção.
A escolha do método BCS deve ser criteriosa visto que os equipamentos são
importados e possuem um preço elevado.
No Brasil existem pouco mais de 250 poços produzindo por BCS.
Observações:
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
O sistema de elevação artificial gas-lift é um dos mais conhecidos, ele utiliza a
energia contida no gás comprimido no anular para elevar os fluidos até as
facilidades de produção.
Este método é empregado tanto em poços sem condições de surgência como
em poços onde se deseja aumentar sua produção de óleo.
O gas-lift é muito utilizado em poços que produzem fluidos com alto teor de
areia. É um método versátil em termos de vazão, de profundidade e requer
investimentos relativamente baixos.
Existem dois tipos de gás-lift – o contínuo e o intermitente.
Gas-Lift :
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
No gas-lift contínuo o gás é injetado na coluna de produção gaseificando a
coluna de fluido, diminuindo a densidade do fluido e reduzindo as perdas de
pressão ao longo da coluna. Assim, a pressão do reservatório torna-se
suficiente para elevar a mistura gás-líquido para a superfície.
Uma forma de entender o princípio de funcionamento do método é imaginar
um poço cuja pressão estática da formação é menor que a pressão da coluna
de fluido dentro do tubo de produção; O POÇO ESTARIA MORTO.
A injeção de gás reduz as perdas de pressão por elevação garantindo a
produtividade do poço.
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
9. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE PETRÓLEO
No gas-lift intermitente o gás é injetado periodicamente a alta pressão,
sempre que uma coluna de fluido acima do ponto de injeção esteja em um
nível razoável.
O gás é injetado abaixo da coluna de fluido elevando-o como uma grande
golfada. Vale salientar que a vazão deve ser elevada para garantir grande
velocidade ascendente à golfada.
Deve-se empregar válvulas com maior orifício e abertura rápida.
Logo após, a injeção é interrompida até que uma nova coluna de fluido seja
formada novamente.
É a sequência de operações que tem por objetivo separar o
petróleo do gás natural, da água e de outras impurezas, juntamente com
ele produzidos das jazidas, condicionando-o para o armazenamento,
transporte.
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
elevação artificialexportação de gás
Separação eTratamento de Óleo
Compressão eTratamento de Gás
Tratamento de Água Produzida
Poços Produtores
Exportação de óleo
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
ÓLEO - BSW, teor de sal e enxofre
GÁS - H2O e HC, teor de CO2 e H2S
ÁGUA PRODUZIDA - teor de óleo
Especificações dos fluidos produzidos:
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
A indústria do petróleo enfrenta um grande desafio que é a
quantidade de água produzida durante a extração do óleo, principalmente nos
poços mais antigos.
Na fase inicial de produção de petróleo, a quantidade de água
produzida tende a zero. Entretanto, com a continuidade da produção esse teor
vai aumentando e se aproximando de 100% de água produzida, nos campos
mais antigos.
Essa água pode estar em forma de emulsão ou é trazida à superfície
juntamente com o óleo ou o gás como água livre.
10.1. TRATAMENTO DO ÓLEO
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
As emulsões de petróleo são formadas devido à agitação que o óleo
e a água são submetidos durante o processo de produção.
A água emulsionada no petróleo deve ser retirada do processo, pois a
mesma contém sais como cloretos, sulfatos, carbonatos de sódio, cálcio,
magnésio, bário entres outros, que podem ocasionar corrosão e comprometer
as etapas importantes nas áreas de produção, transporte e refino.
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP) estabelece um limite para a quantidade de água e sedimentos
dissolvidos no óleo, sendo igual a 1% do volume de óleo regulamentado para
etapa de refino e 0,5% do volume de óleo para exportação.
Avaliação de tensoativos comerciais em sistemas microemulsionados na quebra de emulsão de petróleo
• Mestrando : Diego Rodrigo Queiroz Alves de Souza
• Orientador : Prof. Dr. Luiz Carlos L. Santos
• Co-Orientadora: Profa. Dra. Ana Katerine de Carvalho Lima Lobato
Universidade Federal da Bahia Programa de Pós graduação Engenharia Química
Salvador - Bahia
Junho de 2015
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
Diagrama de fases para C/T=10, T= Tensoativo III e C = Cotensoativo (álcool).
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
BSW: 24% (NBR 14647) ; Ponto de fluidez: 43 oC (ASTM D97)
80,00 86,6790,00 95,00 96,67 96,67 98,33 98,33 98,33 98,33
40,00 46,67 50,00
58,3363,33
70,00 75,00 75,00 75,00 75,00
10,00 13,3320,00 21,67
23,33 23,33 23,33 23,33 23,33 23,33
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30
Tempo (min)5% de M.E. 5% Tensoativo Puro Amostra Pura
% Q
ue
bra
Porcentagem de quebra da emulsão versus tempo, para osistema com 5% de microemulsão, para o sistema com 5%de tensoativo puro e para a amostra de petróleo sem aditivo.
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
OBS.: Para um mesmovolume, ao se utilizar amicroemulsão teremosuma redução no custode cerca de 40% emrelação a utilização dotensoativo puro.
• Diagramas de Fase;
• Seleção do melhor diagrama;
• Construção da Rede de Scheffé;
• Caracterizar o Petróleo;
• Aplicar a microemulsão na quebra da emulsão;
• Validação da Rede de Scheffé;
• Verificar qual sistema gerou uma maior eficiência;
• Caracterizar diferentes amostras de petróleo
• Verificar a eficiência do melhor ponto em diferentes tipos de petróleo.
BSW: NBR 14647; Ponto de fluidez: ASTM D97; Viscosidade: ASTM D-445;
Densidade: ASTM D-5002; SARA: ASTM D-6560
Andamento do projeto
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
É a sequência de operações que tem por objetivo separar o gás
natural da água, dos gases inertes, dos gases ácidos e dos sólidos
juntamente com ele produzidos das jazidas, condicionando-o para transporte
e utilização.
10.2. TRATAMENTO DO GÁS NATURAL
Modelagem dos processos de deposição de enxofre elementar em gasodutos e dessulfurização de
correntes de gás
• Doutorando : Prof. João Paulo Lobo dos Santos
• Orientador : Prof. Dr. Luiz Carlos L. Santos
• Co-Orientador: Prof. Dr. Caetano Moraes
Universidade Federal da Bahia Programa de Pós graduação Engenharia Química
Salvador - Bahia
Junho de 2015
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
Durante o transporte do gás natural através dos gasodutos,contaminantes e impurezas sob a forma de particulados líquidos e sólidosimpactam negativamente a continuidade operacional, mesmo emquantidades muito pequenas.
A Resolução ANP n° 16, de 17 de junho de 2008 especifica o gásnatural, de origem nacional ou importado, a ser comercializado em todo oterritório nacional, e estabelece que o teor máximo de compostos sulfuradosé de até 70 mg/m³.
Embora o gás obedeça este limite, tem-se observado o acúmulo dequantidades significativas de enxofre elementar que se apresenta sob formade partículas de tamanho muito pequeno, cerca de 20 µm, de coloraçãoamarelada.
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
Acredita-se que o enxofre elementar seja oriundo dos próprios poçosde exploração na forma de compostos sulfurados (H2S e SOx por exemplo), noestado gasoso.
Segundo Pack (2005), a deposição do pó amarelo pode ter origemdurante a queda de pressão no ponto de entrega pelo fenômeno conhecidocomo dessublimação ou sublimação inversa (como é denominado por algunsautores).
No ponto de entrega a pressão do gás é reduzida para atender ocontrato estabelecido com o consumidor. Neste momento, ocorre umadiminuição da temperatura (efeito de Joule-Thompson), a qual ocasiona apassagem do enxofre do estado gasoso diretamente para o estado sólidodepositando-se preferencialmente nas PCV’s (Pressure Control Valves), e,quando arrastado pelas correntes de gás natural, nos instrumentos demedição.
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
O desenvolvimento do projeto dar-se-á seguindo uma metodologiaque prevê a realização, em paralelo, de etapas de simulações e experimentosde processos de dessulfurização de correntes gasosas.
Na primeira parte será realizada a modelagem e simulação dascondições operacionais envolvidas nos processos de remoção de compostossulfurados da corrente de gás.
Já na segunda parte, um aparato experimental de bancada seráconstruído visando a utilização de filtros e formulações (microemulsões)capazes de promover a dessulfurização do gás natural objetivando suaaplicação na corrente principal de gasodutos de transporte de gás natural,como por exemplo, em estações de compressão.
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
• Remoção de óleo < 20 ppm
• Teor máximo de óleo na água para descarte no mar
10.3. TRATAMENTO DA ÁGUA
Caracterização e tratamento de água produzida de petróleo visando sua reinjeção
• Mestranda : Jôsy Suyane de Brito Souza
• Orientador : Prof. Dr. Luiz Carlos L. Santos
• Co-Orientador: Prof. Dr. Luiz Mário Nelson de Góis
Universidade Federal da Bahia Programa de Pós graduação Engenharia Química
Salvador - Bahia
Junho de 2015
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
Água ProduzidaPossíveis Destinos
Descarte
Descarte no Mar
Lagoas Controladas
(Evaporação)
Reutilização
Reuso Não Convencional
Recuperação Avançada
(Reinjeção) Possíveis destinos para a água produzida em campos de petróleo e/ou gás
Fonte: Vieira, 2011. (Adaptado)
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
Caracterização
Agentes Corrosivos
Agentes Incrustantes
Aditivos Químicos
Teor de Óleo e Graxa
Hidrociclones
Flotação
Tratamento Por Separação Gravitacional
Microemulsão
Reinjeção
Procedimento para Reinjeção da água produzida.
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
10. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO
11. ARMAZENAMENTO E ESCOAMENTO DE PETRÓLEO
Armazenamento de petróleo
Escoamento de petróleo e gás no mar
11. ARMAZENAMENTO E ESCOAMENTO DE PETRÓLEO
Terminais terrestre de armazenamento de petróleo
11. ARMAZENAMENTO E ESCOAMENTO DE PETRÓLEO
12. DESTINAÇÃO DO PETRÓLEO E GÁS NATURAL
Refinaria de petróleo
UPGN
PETRÓLEOGÁS
REFERÊNCIAS
Cardoso, L. C., Petróleo - Do poço ao posto. Qualitymark. 2ª Ed., 2005.
Machado, A. L. C., Apostila PROMINP. CM – Engenheiro de Planejamento.
Indústria de Petróleo e Gás – I, 2007.
Oliveira, J. B., Apostila PROMINP. CM – Engenheiro de Planejamento.
Indústria de Petróleo e Gás – II, 2007.
Rosa, A. J.; Carvalho, R. S.; Xavier, J. A. D. Engenharia de reservatórios de
petróleo. Interciência, 1ª Ed., 2006.
Silva, W. M.; Santos, J. C.; Reis, P. R. C.; Nacimento, R. J. Elevação artificial
em poços de petróleo. Lagarto/SE, 2002.
Thomas, J. E. (Org.), Fundamentos de Engenharia de Petróleo. Interciência,
2ª Ed., 2004.