enfisa 2014 - diagnóstico da fiscalização 2010 2013

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Diagnóstico da fiscalização 2010-2013 Júlio Sérgio de Britto Coordenador Geral de Agrotóxicos e Afins (MAPA/SDA/DFIA/CGAA)

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Page 1: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Diagnóstico da fiscalização 2010-2013

Júlio Sérgio de Britto Coordenador Geral de Agrotóxicos e Afins

(MAPA/SDA/DFIA/CGAA)

Page 2: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Por que um diagnóstico anual?

• Levantar a situação da fiscalização nas Ufs

• Identificar pontos de melhoria

• Identificar experiências exitosas

• 2009 – Primeiro levantamento regional de dados – Maceió, AL

• 2010 – Metodologia passou a ser aplicada nacionalmente

Page 3: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Metodologia

Definição do formulário Coleta de dados

Consolidação dos dados Apresentação no Enfisa

Page 4: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Problemas identificados

• Dados analisados de maneira absoluta (números brutos)

• Análise não leva em conta a questão temporal, ou seja, como tendo sido a evolução dos serviços

• Dados não permitem a comparação entre estados de maneira adequada

DADOS INFORMAÇÃO GERENCIAMENTO X

Page 5: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Exemplo – 2012: número de termos de fiscalização em estabelecimentos de comércio

28

06

33

78

Números absolutos: não dizem nada Ex.: TO: 874 termos de fiscalização lavrados no comércio – é muito ou é pouco?

Page 6: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Proposta

• Relativizar os dados, de forma a gerar comparações que sejam justas:

– Entre UFs

– De ano para ano na mesma UF

• Consolidar dados coletados de 2010 a 2013 para cada UF para:

– Identificar tendências ao longo do tempo

– Documentar evolução do serviço

Page 7: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Pressuposto

• O Valor Bruto de Produção agrícola pode ser utilizado para mensurar, objetivamente, a importância que o setor primário tem para uma UF

– Dados do IBGE para 2010 a 2012

– 2013: foram usados os dados de 2012 pois o IBGE não havia publicado os dados de 2013 até a data de fechamento da pesquisa

Page 8: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Hipótese 1

• Quanto maior o VBP agrícola de uma UF, maior será o investimento da UF em equipe para fiscalização de comércio e uso de agrotóxicos

Page 9: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Hipótese 2

• Quanto maior a força de trabalho, maior o número de ações de fiscalização de comércio de agrotóxicos

Page 10: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Hipótese 3

• Quanto maior a força de trabalho, maior o número de ações de fiscalização de uso de agrotóxicos em propriedades rurais

Page 11: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Força de trabalho

𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 = 1 × 𝑇𝑃𝐼 + 0,75 × 𝑇75 + 0,5 × 𝑇50 + (0,25 × 𝑇25)

TPI: Número de servidores com dedicação exclusiva à fiscalização de agrotóxicos;

T75: Número de servidores que dedicam 75% de seu tempo à fiscalização de agrotóxicos;

T50: Número de servidores que dedicam 50% de seu tempo à fiscalização de agrotóxicos; e

T25: Número de servidores que dedicam 25% de seu tempo à fiscalização de agrotóxicos.

Page 12: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Força de trabalho – Exemplo (fictício):

𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 = 1 × 3 + 0,75 × 10 + 0,5 × 43 + (0,25 × 210)

𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 = 3 + 7,5 + 21,5 + 52,5

𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 = 84,5

3 profissionais com dedicação exclusiva a fiscalização de agrotóxicos TPI

10 profissionais com dedicação de 75% do tempo TP75

43 profissionais com dedicação de 50% do tempo TP50

210 profissionais com dedicação de 25% do tempo TP25

Quando falarmos em número de pessoas, estaremos nos referindo sempre a

este número relativizado pelo regime de dedicação à atividade.

Page 13: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Participação das UFs – 2010

Sim

Não

Page 14: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Participação das UFs – 2011

Sim

Não

Page 15: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Participação das UFs – 2012

Sim

Não

Page 16: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Participação das UFs – 2013

Sim

Não

Page 17: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Indicadores primários x Indicadores secundários

• Exemplos de indicadores primários:

– Número de profissionais

– Número de termos de fiscalização

– Valor bruto de produção

• Exemplos de indicadores secundários:

– Número de termos de fiscalização/ número de profissionais

– Número de profissionais/ valor bruto de produção

Page 18: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Indicadores secundários utilizados

• Força de trabalho/ Valor Bruto de Produção

– Existe alguma correlação entre o ‘tamanho do agronegócio’ da UF e a força de trabalho disponível para fiscalização de comércio e uso de agrotóxicos?

• Força de trabalho/ Número de canais de distribuição

– Qual a força de trabalho disponível para cada canal de distribuição registrado na UF?

• Número de termos de fiscalização em estabelecimentos/ força de trabalho

– Quão ativa é a equipe de fiscalização nos estabelecimentos de comércio?

• Número de termos de fiscalização em propriedades/ força de trabalho

– Quão ativa é a equipe de fiscalização nas propriedades rurais?

Page 19: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Categorização das UFs

• Para cada indicador, o desempenho das UFs foi categorizado em:

– Alto (Verde): 25% das UFs com o melhor desempenho para o indicador;

– Médio (Amarelo): 25% das UFs com desempenho acima da mediana mas

abaixo dos 25% com melhor desempenho;

– Razoável (Laranja): 25% das UFs com desempenho abaixo da mediana mas

acima dos 25% com desempenho mais baixo; e

– Insuficiente (Vermelho): 25% das UFs com o desempenho mais baixo para o

indicador

mediana

Page 20: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Investigando a Hipótese 1

• Quanto maior o VBP agrícola de uma UF, maior será o investimento da UF em equipe para fiscalização de comércio e uso de agrotóxicos

• Como?

– Cálculo do coeficiente de correlação por postos de Spearman

• r > 0: Correlação positiva entre os dois fatores

• r < 0: Correlação negativa entre os dois fatores

Page 21: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Resultado

• Ou seja: Quanto maior é o VBP, maior é o tamanho da equipe de fiscalização de comércio e uso de agrotóxicos na UF

• Hipótese 1: Verdadeira

Ano N de UFs Coeficiente de correlação (r)

2010 24 0,5148

2011 25 0,5238

2012 26 0,6352

2013 14 0,9291

Page 22: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

VALOR BRUTO DE PRODUÇÃO

FOR

ÇA

DE

TRA

BA

LHO

AC

0 26

26

0

UFs com força de trabalho menor que a tendência nacional

UFs com força de trabalho maior que a tendência nacional

AP RR

RN

DF

AM

PB

RJ

CE

PI

PE

ES

SC

GO

RS

MT

AL

MA

TO

RO

PA

BA

MS

PR

SP

MG

Ano: 2012

Page 23: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Conclusão Hipótese 1

• Hipótese 1: Quanto maior o VBP agrícola de uma UF, maior será o investimento da UF em equipe para fiscalização de comércio e uso de agrotóxicos: Verdadeira

Page 24: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Investigando a hipótese 2

• Quanto maior a força de trabalho, maior o número de ações de fiscalização de comércio de agrotóxicos

• Como?

– Força de trabalho/ Número de canais de distribuição

– Número de termos de fiscalização em estabelecimentos/ força de trabalho

Page 25: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Força de trabalho/ Número de canais de distribuição

• Mediana varia de ano para ano, sem tendência clara a aumentar ou reduzir

• Dispersão em torno da mediana: muito alta

• Sem uma tendência clara entre as UFs

Força de trabalho/ nº de estabelecimentos de comércio

Ano N de UFs Mediana Mínimo Máximo

2010 24 0,25 0,03 6,39

2011 25 0,11 0,01 1,05

2012 26 0,16 0,02 1,63

2013 14 0,28 0,06 22,21

Page 26: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Número de termos de fiscalização em estabelecimentos/

força de trabalho

• 100.499 ações de fiscalização em estabelecimentos de 2010 a 2013

• Aumento marcante em 2011

• Grande dispersão em torno da mediana

– OEDSVs que realizaram > 200 ações/ força de trabalho/ ano

– OEDSVs que realizaram < 1 ação/ força de trabalho/ ano

Nº ações fiscais em estabelecimentos/ força de

trabalho

Ano N de UFs Mediana Mínimo Máximo

2010 24 5,25 0,69 38,62

2011 25 22,66 4,21 237,80

2012 26 22,87 0,19 178,12

2013 14 17,45 0,84 56,27

Page 27: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

OEDSV1

• Força de trabalho insuficiente perante o número de estabelecimentos de comércio existentes na UF,

• Intensa atividade de fiscalização de comércio

OEDSV2

• Força de trabalho acima da mediana, mas com tendência a reduzir

• Atividade de fiscalização do comércio insuficiente ao longo dos 4 anos

Page 28: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Fiscalização do comércio

• Disponibilidade de equipe não é, definitivamente, o único fator que afeta a intensidade de ação de fiscalização de comércio de agrotóxicos nas Ufs

• Hipótese 2: Quanto maior a força de trabalho, maior o número de ações de fiscalização de comércio de agrotóxicos: Falsa

– Outros fatores podem estar afetando

• Veículos?

• Custeio?

• Capilaridade do órgão no interior da UF?

• Gestão?

• Capacitação?

Page 29: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Investigando a Hipótese 3

• Quanto maior a força de trabalho, maior o número de ações de fiscalização de uso

• Como?

– Número de termos de fiscalização em propriedades/ força de trabalho

• Observação: muitos OEDSVs enviaram dados incompletos para fiscalização de uso

Page 30: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Número de termos de fiscalização em propriedades/ força

de trabalho

• 64.870 ações de fiscalização em propriedades de 2010 a 2013

• Aumento marcante em 2011

• Grande dispersão em torno da mediana

– OEDSVs que realizaram > 100 ações/ força de trabalho/ ano

– OEDSVs que realizaram < 1 ação/ força de trabalho/ ano

Nº ações fiscais em propriedades/ força de trabalho

Ano N de UFs Mediana Mínimo Máximo

2010 24 5,15 0,79 85,04

2011 25 14,78 1,24 101,00

2012 26 10,66 0,19 49,03

2013 14 28,98 0,53 64,27

Page 31: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

OEDSV3

• Mesmo sem aumentar força de trabalho de 2011 até 2013, aumentou a fiscalização de propriedades em cerca de 10 vezes

• (Obs.: dados de força de trabalho em 2010 – revisar)

Page 32: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

OEDSV4

• Estado muito atuante na fiscalização de uso ao longo de todo o período

• 2011: reduziu força de trabalho mas dobrou fiscalização de uso

• 2013: aumentou força de trabalho mas teve redução de fiscalização de uso da ordem de 20%

Page 33: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Fiscalização do Uso

• Disponibilidade de equipe não é, definitivamente, o único fator que afeta a intensidade de ação de fiscalização de uso de agrotóxicos nas UFs

• Hipótese 3: Quanto maior a força de trabalho, maior o número de ações de fiscalização de uso de agrotóxicos: Falsa

– Outros fatores podem estar afetando

• Veículos?

• Custeio?

• Capilaridade do órgão no interior da UF?

• Gestão?

• Capacitação?

Page 34: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Benefícios da nova metodologia de análise

• Para os próprios OEDSVs:

– Podem comparar seu desempenho com o de outros OEDSVs

– Podem avaliar a evolução do serviço ao longo do tempo

• Para a CGAA:

– Conhecer melhor a realidade da fiscalização nas Ufs

– Identificar UFs que necessitam de maior suporte para consolidação/ aprimoramento de seus serviços de fiscalização

– Identificar UFs que possam ser referências regionais (benchmarks)

DADOS INFORMAÇÃO GERENCIAMENTO

Page 35: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Limitações

• Pequeno número de indicadores secundários analisado

• Número pequeno de respondentes em 2013

• Não foram obtidos dados atualizados de número de propriedades rurais

Page 36: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Universo de fiscalização de comércio e uso

• Será que 8% de amostragem no comércio e 1,3% de amostragem no uso estão adequados para termos um retrato do Brasil?

• O que poderia ser considerado ideal, em termos de amostragem na fiscalização de comércio e uso?

• Estatística poderia ser utilizada para estabelecer metas?

Parâmetro Comércio Uso

Número de ações 2010-2013 100.000 65.000

Universo de fiscalização 8.000 estabelecimentos

5 milhões de propriedades

Amostragem 8% 1,3%

Page 37: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Relatórios por UF

• Relatórios impressos para cada UF podem ser retirados com organização do evento (uma cópia para cada UF)

• Cada UF receberá apenas o seu relatório

• Revisão dos dados: solicitar para organização do evento

• Discussão dos relatórios das UFs: com CGAA

Page 38: ENFISA 2014 - Diagnóstico da fiscalização 2010 2013

Obrigado

Júlio Sérgio de Britto Coordenador Geral de Agrotóxicos e Afins

[email protected]