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Enf.ª Bernardete Castro

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Enf.ª Bernardete Castro

Cerca 1.4 milhões de pessoas no mundo sofrem de IACS

Nos hospitais modernos, 5-10% dos utentes adquirem uma

ou mais infeções

No IP de 2012 realizado em Portugal, 10.6% em cada 100

doentes tinham pelo menos uma IN

Nas UCI as IACS afetam cerca de 30% dos doentes e a

mortalidade atribuível ronda os 44%

Taxas de infeção mundiais

WHO

World Alliance

for Patient Safety

to address the problem of patient

safety worldwide

Transfusões Seguras

Injectáveis seguros e Imunização

Procedimentos clínicos seguros

Higiene das Mãos

Água, Saneamento Básico e Gestão

dos Resíduos

Global Patient Safety

Challenge

FIRST GLOBAL PATIENT SAFETY CHALLENGE

PARA REDUZIR AS INFECÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE

Higiene das

mãos uma

Responsabilidade

partilhada

• As politicas de precauções e isolamento de doentes com doenças infeciosas remontam desde a antiguidade

…. E durante séculos foram objeto de debates controversos…

…. Surgimento de novas síndromes e de microrganismos multirresistentes reacendeu a chama desta controvérsia

• Desde 1985 que o CDC recomenda que todo o sangue humano seja considerado potencialmente infecioso. O termo - precauções universais - foi, então utilizado, como medida de controlo de infeção e aplicou-se às medidas utilizadas na prevenção do contacto direto com sangue, fluidos corporais sanguinolentos e outros fluidos (líquido amniótico, sémen, secreções vaginais, líquido cefalorraquidiano, exsudados e transudados) associados ou, provavelmente relacionados com a transmissão de agentes infeciosos.

• Em 1996 o CDC anunciou um novo sistema de controlo de infeção, denominado precauções básicas que reconhecem qualquer líquido orgânico com potencial infecioso.

• As precauções básicas visam reduzir o risco de transmissão de microrganismos, a partir de origem conhecida ou não, nos hospitais.

CDC + HICPAC* = Guidelines de Isolamento

(1996 reconhecem-se)

2 Tipos de precauções

– Precauções Básicas ou Padrão

– Precauções de Isolamento Baseadas na Via de Transmissão

*Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee

Precauções Básicas e Precauções de Isolamento Baseadas na Via de Transmissão

Em função do risco

PROGRAMA NACIONAL

DE CONTROLO DE INFEÇÃO

+ PROGRAMA NACIONAL

DE PREVENÇÃO DE RESISTÊNCIA AOS

ANTIMICROBIANOS

PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE INFEÇÃO E DE RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS

PPCIRA: liderança única

precauções básicas e isolamento

“bundle” anti-MRSA

prevenção da infeção do local cirúrgico

profilaxia antibiótica cirúrgica

duração de terapêutica antibiótica

“bundle” hospitalar PPCIRA

uso de carbapenemes

tratamento de infeção intra-abdominal

prevenção de infeção associada a dispositivos invasivos, incluindo “bundle” do CVC

política de antisséticos e desinfetantes

prevenção e controlo de Clostridium difficile

prevenção e tratamento de infeção em feridas crónicas

Conselho Científico PPCIRA:

28 peritos

Gu

ide

line

s

1. Colocação dos doentes 2. Higiene das mãos 3. Etiqueta respiratória 4. Utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) 5. Descontaminação do Equipamento Clínico 6. Controlo ambiental 7. Manuseamento seguro da roupa 8. Recolha segura de resíduos 9. Práticas seguras na preparação e administração de injetáveis 10.Exposição a agentes microbianos no local de trabalho

Precauções Básicas do Controlo da Infeção (PBCI)

PBCI - ALICERCE DE PREVENÇÃO DAS INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE

Norma da DGS nº 029/2012, Precauções Básicas do Controlo da Infeção (PBCI), 14-10-2013 PO.01 PRO.04 - Isolamento de doentes, Precauções Básicas e Precauções Adicionais de Controlo de Infeção Baseadas nas Vias de transmissão

Devem ser cumpridas sistematicamente por todos os profissionais de saúde e aplicam-se a todos os utentes independentemente de se

conhecer o seu estado infecioso.

Destinam-se a prevenir a transmissão cruzada proveniente de fontes de infeção conhecidas ou não.

Precauções Básicas de Controlo de Infeção (PBCI)

Norma da DGS nº 029/2012, Precauções Básicas do Controlo da Infeção (PBCI), 14-10-2013 PO.01 PRO.04 - Isolamento de doentes, Precauções Básicas e Precauções Adicionais de Controlo de Infeção Baseadas nas Vias de transmissão

Não há doentes de

risco

Há procedimentos

de risco

O sangue e outros fluidos orgânicos, mucosas e pele não intacta de qualquer doente são potencialmente infeciosos.

Emissão individual

de microrganismos

e partículas/minuto

5.000 escamas de pele de tamanho entre 5 a 60 μ Média/cinco bactérias por escama

1.500.000 bactérias /h

12.000.000/8h trabalho

Principal fonte de contaminação no ambiente resulta da descamação da pele

Aplicam-se em casos específicos em que se conhece ou suspeita do envolvimento de determinados microrganismos, como:

Clostridium difficile, Mycobacterium tuberculosi, ou em caso de gripe ou bactérias multirresistentes e estão indicadas medidas adicionais de isolamento, baseadas nas vias de transmissão.

PRECAUÇÕES BASEADAS NAS VIAS DE TRANSMISSÃO (Contacto, gotículas e aérea)

PO.01 PRO.04 - Isolamento de doentes, Precauções Básicas e Precauções Adicionais de Controlo de Infeção Baseadas nas Vias de transmissão

PO.01 PRO.04 - Isolamento de doentes, Precauções Básicas e Precauções Adicionais de Controlo de Infeção Baseadas nas Vias de transmissão

1 - Transmissão por contacto

É a via mais comum e mais importante de transmissão de doenças infeciosas.

A transmissão por contacto direto envolve o contacto direto corpo a corpo - por exemplo, dar banho ao doente ou ao virá-lo na cama.

Pode ocorrer entre doentes e pessoal de saúde ou entre doentes.

A transmissão por contacto indireto envolve o contacto do doente com

um objeto intermediário, geralmente inanimado, por exemplo objetos pessoais ou brinquedos.

1 - Transmissão por contacto

Infeções por bactérias multirresistentes Clostridium difficile Difteria cutânea Enterovirus Hepatite A Herpes simplex, herpes zoster Impétigo, abcessos, celulite ou úlceras de decúbito, ou outras infeções

por Staphylococcus aureus cutâneo Pediculose Escabiose (Alguns exemplos de microrganismos/doenças que necessitam isolamento de contacto)

1 - Precauções de transmissão por contacto:

Quarto individual. Se não for possível, agrupe os doentes por doença (coorte);

Use sempre luvas (não esterilizadas); Higienize as mãos antes e após utilizar as luvas; Use avental/bata se vai estar em contacto próximo com o doente.

2 - Transmissão por gotículas Ocorre quando as gotículas que contêm microrganismos são espalhadas

a curta distância (menos de 1m) e depositadas nas mucosas - conjuntiva, boca ou nariz .

Estas partículas são aspergidas pela tosse, espirro ou fala ou durante os cuidados prestados ao doente: como aspiração de secreções ou broncoscopia.

Como são muito pesadas estas partículas não ficam em suspensão no ar pelo que não são necessários cuidados especiais com a ventilação.

2 - Transmissão por gotículas

Reduzir o risco de transmissão de microrganismos por contacto estreito com as vias respiratórias ou as mucosas.

2 - Transmissão por gotículas Exemplo de agentes e doenças com transmissão por gotículas: Adenovírus Difteria faríngea Haemophilus influenza tipo b, Influenza Parotidite Mycoplasma pneumoniae, Neisseria meningitidis, Parvovirus B 19 Pertussis, rubéola Faringite ou pneumonia estreptocócica Escarlatina

3 - Transmissão por via aérea

Aplica-se aos microrganismos transportados por partículas pequenas que permanecem em suspensão

Ocorre por disseminação de pequenas partículas residuais com dimensão inferior a 5μm;

Resultantes de gotículas evaporadas que contêm microrganismos

e que permanecem suspensas no ar por períodos prolongados ou partículas de pó que contem agentes infeciosos ou esporos.

3 - Transmissão por via aérea

Os microrganismos disseminados deste modo podem ser

transportados por correntes de ar e ser depositados ou

inalados por outros doentes ou pessoal no mesmo quarto ou

enfermaria ou bem longe do local de origem.

3 - Transmissão por via aérea Exemplo de doenças com transmissão por via aérea

Tuberculose pulmonar ativa Sarampo Varicela

3 – Precauções transmissão por via aérea

Quarto individual ;

Quarto de pressão negativa, com 6 a 12 renovações por hora; Todos os profissionais deverão usar máscara de alta

eficiência, com capacidade de filtragem 95% de partículas;

Pessoal de saúde suscetível não deve entrar em quartos com doentes com varicela ou sarampo.

Sabendo que…

Não há doentes de

risco, sim

procedimentos de

risco!

O que fazer?

Centrar-se na prevenção da infeção evitável…

• O cumprimento das PBCI e Precauções Adicionais de Controlo de Infeção Baseadas nas Vias de transmissão de isolamento é uma necessidade incontornável e insubstituível.

• O isolamento deve ser mantido apenas no período estritamente necessário.

• As precauções básicas têm que ser mantidas sempre.

• As barreiras de proteção disponíveis, máscaras, aventais, luvas, óculos e outras, devem ser usadas criteriosamente para evitar falsas seguranças e custos desnecessários.

• Um microrganismo pode ter mais do que uma via de transmissão, requerendo mais do que um tipo de isolamento.

• Deve ser feito ensino ao doente e aos visitantes que o acompanham e devem ser alertados os serviços que o irão atender.

• As visitas devem ser informadas das medidas de prevenção que devem adotar.

• Todos os profissionais ao adotarem medidas devem atender às particularidades e consultarem os Procedimentos do Manual do GC-PPCIRA.

FALTA POUCO...