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ENERGIAS COMPLEMENTARES A Chave da Felicidade

de Ruth (Naomi) Veiga Calvão

* Capa, arranjo gráfico CARLOS MELÂNEO

Ilustrações LILIANA LOURENÇO

* 1ª Edição

Data de Impressão Dezembro de 2005

* 3ª Edição

Data de Impressão Julho de 2009

Impressão Organicor, Lda

Portugal

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ENERGIAS COMPLEMENTARES

A Chave da Felicidade

Volume I

Ruth (Naomi) Veiga Calvão Lisboa-Portugal

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“1 Um Cântico, com acompanhamento musical por David.

2 Meu coração está imperturbável, oh D’us; eu cantarei e farei música

até com a minha alma. 3 Desperta, oh neivel e harpa,

eu despertarei a alvorada. 4 Eu te agradecerei entre os povos,

Senhor, eu cantarei a ti entre as nações. 5 Pois grande acima dos céus é a Tua benevolência,

e até as superiores alturas está a Tua verdade.”

Salmo 108; Vers. 1-5

Este livro é dedicado a Israel, à minha Energia Complementar e aos meus filhos Tzruya e David

com muito amor e gratidão

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Índice

Introdução ............................................................................ 9

Agradecimentos.................................................................. 13

Parte�I.................................................................................. 16

Parte�II................................................................................. 39

Parte�III................................................................................ 43

Parte�IV ............................................................................... 65

Parte�V ................................................................................ 81

Bibliografia.......................................................................... 93

Anexos ................................................................................ 99

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Introdução 0 Queridos leitores,

Este livro é para quem quer saborear a vida

profundamente, com todos os seus ingredientes. Para quem

tenha a curiosidade de se conhecer, compreender o que o

rodeia e queira agir!

Quem quer ter uma “dieta” espiritual e não uma

sequência de “regimes” baseados em auto – curas

milagrosas e rápidas, num desfile de soluções cimentadas no

exterior e não no cultivo da alma.

Uma “dieta” é uma escolha, um projecto de vida.

Um “regime” é algo temporário e fugaz, normalmente

desequilibrante a longo prazo. Saborear a vida, a presença

de D’us requer exigirmos fazer de cada dia uma Festa, vivê-

lo intensamente. Há sempre uma descoberta, um impulso

para ampliar horizontes, para sairmos de nós mesmos e

afastarmos a alienação.

Este livro é para esses: os lutadores, os que querem

canalizar o que existe no coração humano para um

encontro verdadeiro com D’us e com eles próprios.

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Espero que este livro facilite esse trabalho, com a

ajuda da Biorgonomia, pois ao exercitarmos a mente e

transmutarmos, de forma constante, as marcas negativas

deixadas ao longo dos tempos no registo do nosso caminho

individual, em energia de Vida e de Amor, estamos a

realizar uma cura interior. Não há poções mágicas, há

“alimentos” que associados de forma correcta fazem de nós

seres humanos fortes, serenos, conscientes, “saboreadores” e

alegres.

Na Festa da Vida há a nossa marca, a nossa vibração

única! Cantemos os Salmos e, ao fazê-lo, o nosso dia a dia,

tão humano, fica acrescido de uma alegria partilhada onde

todos somos o Passado, Presente e Futuro.

Quem ficar a “ruminar” sobre si e não escolher os

ingredientes certos para se regenerar e gerar energia de

vida, fica inapto, sem forças e cansado de tudo e todos. Por

fim, fica doente e cercado de energia de vácuo cortando-se

do fluxo de energia com o Todo.

Comecem hoje! Criem uma dieta pessoal, sigam-na

firmemente e os resultados serão logo sentidos. Quem segue

uma dieta equilibrada interage num ciclo de vida de dar e

receber. O Universo é uma fonte inesgotável de nutrientes.

Combine-os com Amor e celebre-os! Gostaria que lessem

muitas vezes o livro, pois ao saboreá-lo, vão formar um elo

íntimo com as matérias que quis transmitir.

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Não adiem! Luz, Amor, Abundância e Alegria para todos.

Ruth (Naomi) Veiga Calvão

Se eu não tratar de mim, então quem é que trata? E se eu só tratar de mim,

então sou o quê? E se eu não me preocupar com isso agora,

Preocupo-me quando?

Hillel, O Tratado dos Pais (Pirkei Avot)

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Agradecimentos�

A vida, como já referi, é uma festa! É o saborear constante de tudo o que nos rodeia. É o sentir D’us em tudo.

Sou muito abençoada, pois muitos me ajudaram a escrever este livro. São nove anos e muita gente que acreditou em mim e que me fez afastar da aridez. Permitiram-me testemunhar as suas vidas, criando e fortificando a minha fé e Amor a D’us e à Humanidade.

A todos, a minha gratidão.

Mais tecnicamente à minha Mãe e meu Pai, à Olga Duarte, Vanda Trindade, Sofia Martinho do Rosário, Joana Adrião e Isabel Palma um obrigada especial. À Liliana Lourenço pelas ilustrações. Ao Carlos Melâneo pela parte gráfica e capa. À Naomi Feinberg, Nava Tevet e Clotilde (Clo), três mulheres livres e cheias de amor incondicional que me deram grandes lições de vida de como dar e partilhar. Por terem tocado a minha vida profundamente e acrescentado ao livro tanta beleza com as vossas, respectivamente, ilustracão, escultura e pintura.

Ao Rabino Shlomo Vaknin, de Jerusalém, por me ajudar com os Salmos e que com a sua voz magnifica me inspirou e fez ter fome de D’us, do Bem.

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Não me sentiria feliz sem acrescentar que a parte religiosa, principalmente a da Kabalah, embora da minha autoria, foi o resultado do que aprendi ao longo de 30 anos de estudos com Rabinos, livros, cassetes, Sidurim, encontros, conferências, conversas, pesquisas, etc. Foi o que, como aprendiz sincera, retive depois de “peneirar”. Se plagio alguém não é intencional; é antes uma homenagem, pois foram esses conhecimentos que me permitiram, graças a D’us, chegar aqui.

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Parte�I�

Comecei este livro há vários anos (nove) com elementos essenciais: o silêncio, a solidão, a lua, o exílio – tal como Jacob teve a revelação de D’us, através do medo cósmico. Tentei eliminar os ruídos, essa criação do Homem, que nos impede de ver o nosso lado oculto, e nos revela a correspondência interna, invisível, de todas as formas.

O silêncio - a maioria da Humanidade ainda não se interessa por esta realidade, aparentemente simples, aonde nos esvaziamos de posturas rituais, do sem sentido do pensamento, da língua.

Nesse caminho nasce a consciência da coisa dupla,da saudade, qual iniciação poética, que nos traz de volta, pela carruagem de fogo do profeta Ezequiel, o Mercavah, (ver pág. 31), capaz de nos levar de novo ao uno, ao todo.

O Mercavah, onde os caracteres brancos (as letras) são formados pelos espaços do verbo visível, o carro divino de Abraão, Isaac, Jacob e Moisés.

O Amor Incondicional – esse que tantas vezes ignoramos – faz-nos compreender que não há pensamento sem imagens, senão em D’us.

A sobreposição dos três hexagramas, de raios infinitos, no Mercavah, em que a fonte de luz está presente é que nos

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desperta para outras formas de relação entre centros e as suas irradiações. Tudo está inter-relacionado, numa unificação de todas as actividades.

A letra “Alef” (�) é a primeira letra do abecedário hebraico sobre a qual um grande Mestre Cabalista, Ari, dizia: “Antes de todas as coisas serem criadas a Luz Divina era simples (...) D’us comprimiu a Luz, fez o vazio (...) Houve então lugar para que algo pudesse existir (...) Desenhou uma vertical por onde a Luz desceu”.

É este o simbolismo anunciado na letra Alef, que se constitui de uma vertical imaginária com espaços vazios de ambos os lados. A Terra, em hebraico “Aretz”, escrita com “Alef,” era vazia antes de tudo, diz a Torah (Pentateuco, Gen. 1:2).

Começamos a procurar o outro, a nossa energia complementar, para que possamos deixar intervir os três centros. É preciso descer ao oculto do oculto.

O Amor é a força vital nos laços entre pessoas, entre energias complementares (E.C.). Este amor nunca pode ser uma disputa de poder, pois, ao confundi-lo com dependências alienantes, podemos estar a corrompê-lo com posturas teimosas que cobram e nos criam autodefesas e imobilidade. É como as cebolas, parecem firmes mas por vezes estão podres por dentro, sem Luz. É preciso ver as partículas de Luz nos olhos da Alma da nossa energia

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complementar, para que esta nos guie até ao ponto seguro onde se evolui em conjunto.

É esse laço que permite o iluminar das distâncias e o criar da partilha. Nem o nosso relacionamento com o Divino, que cria em nós o desejo de um esforço adicional, faz com que a luz consciente permaneça.

Na vida diária, deixamo-nos viver no rebentar superficial das ondas desequilibrantes do ser e afastamo-nos da quietude do mar profundo.

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Foi o exílio, a saudade, que aproximou o Povo Judeu do Centro, de Jerusalém, de D’us e, o ligou a algo imaterial. Deste modo, foi despertado o sentido e propósitos da vida, onde o desespero, o cair no desespero foi afastado.

A escolha pessoal – o livre arbítrio – procurou uma dinâmica envolvendo todos os aspectos da nossa vida, numa extensão de um só tempo, que nos leva à redimição Divina desse tempo e para sempre. Essa capacidade de conter contradições, faz do Homem um ser diferente: central em relação às esferas celestiais e terrestres, superior a todas as outras criaturas que existem nos campos materiais e espirituais.

Foi em Adão e nos seus descendentes que passaram a conviver, o corpo, formado pelo pó da terra e a alma, faísca divina. “E formou o Eterno D’us o homem do pó do solo e soprou em suas narinas um sopro de vida. O homem tornou-se assim uma criatura de vida” (Génesis 2:7-8). A Adão foi dada a liberdade de se aproximar ou afastar de D’us. Nunca ninguém recebeu tanto (o paraíso) e perdeu tanto e de forma tão rápida. Menos de 24 horas …

Como diz a parábola do Midrash: um rei deu uma festa a um convidado de honra. Antes de o trazer ordenou que todos estivessem presentes com iguarias e prontos para o servir. Assim aconteceu com Adão; o Senhor criou-o no sexto dia, no Monte Moriá e juntou pó da terra, dos quatro

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cantos do mundo para formar o seu corpo. Só mais tarde foi levado por D’us para o Jardim do Éden.

Era um microcosmo dos Poderes Divinos com as faculdades mentais que reflectem o intelecto de D’us. Por isso nos é dado compreender as leis e lógica da criação.

Até os Anjos, perfeitos mas sem livre arbítrio, e por isso inferiores a Adão o cumprimentavam com a mesma palavra com que louvam a D’us – Kadosh (em hebraico, o Sagrado). Adão comunicava-se com o Senhor de forma directa, sem nada de premeio. D’us transmitia-lhe, ensinava-lhe a palavra, os conhecimentos sobre o Universo, etc. Adão deu nome a todos os seres vivos. Mas Adão e Eva conheceram a vergonha. O Senhor perguntou a Adão quando este tentou esconder-se Dele: “Aonde estás?” (Génesis 3:9)

Esta frase ao longo dos tempos, sempre a mesma, é actual para todos nós. “O que tens feito dos dias e das oportunidades que te dei?”

À imagem de Adão em vez de sermos sinceros adiamos, mentimos ou pomos a culpa nos outros. Perante D’us, Adão desculpou-se usando Eva. Não assumiu a sua responsabilidade.

Nesse momento começou a história da Humanidade, introduzindo o mal e a morte no Mundo.

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Todos nós, seus descendentes, temos que elevar a nossa consciência, exercer a escolha e assim equilibrar o Mundo. Provar sermos merecedores de Receber e assim “apagar” a Vergonha. Esta consciência do corpo, do material e do ambiente físico criou uma interferência temporária, muito complexa, onde fazemos a nossa escolha de receber avidamente tudo para nós, ou partilharmos. Não há nada de muito espontâneo no aspecto de Compartilhar. Este só pode ser interiorizado e realizado como função da escolha consciente. É isso que nos ordenam os Dez Mandamentos: recolocar a partilha e a transmissão de vida a todos os níveis.

São necessários a dor, o sofrimento e as trevas para podermos exercer a liberdade da conduta pessoal, da nossa ética individual. Os nossos antepassados ensinam-nos que o nosso caminho nunca deve ser igual a um outro pois, ao querermos ser iguais a outrem, estamos a não deixar exprimir o nosso potencial máximo. Estamos a diminuir a diferença que o Senhor criou, ao tornar-nos únicos perante Si.

Como dizia o Rabino Zusya de Anapol pouco antes de morrer (Polónia, séc. XVIII):

“No Outro Mundo, não me será perguntado: porque não foste Moisés? Ser-me-á perguntado: porque não foste Zusya?”

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Para tal, é preciso elevarmo-nos. Dizia Salomão: “O caminho para o sábio conduz para cima” (Provérbios 15:24).

Como fazê-lo? Transmutando!! O homem não pode estar estagnado. Cada um, conforme o seu potencial, a sua medida, supera medos, traumas, obstáculos e pessoas, que o levaram a cair e a ter medo. O mundo é composto de infinitos degraus de bondade. Como um arco-íris, onde se manifesta toda a essência da bondade divina. Existe uma aliança entre o Céu e a Terra. É na terra que o homem, através das suas acções tem uma missão: purificar-se dos traços negativos acumulados, do egocentrismo.

Este trabalho faz-se na procura consciente da sua energia complementar, que voltando à essência inicial do todo, pode transbordar para o próximo, amando-o como a si próprio, transbordando numa cadeia infinita para o outro. É um efeito dominó.

D’us não pode garantir que o Homem escolha nem o Bem ao Mal, nem a Verdade à Mentira, pois ele é um ser com livre arbítrio.

A matéria existe em possibilidade na consciência. É a consciência que escolhe uma das possibilidades. É através do louvar permanente, do agradecimento à benevolência Divina, que devemos ter a força de transformar toda a energia de vácuo (aonde não existe Amor) em energia de vida (de Amor). É esse o nosso trabalho!

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O exílio (saudade) é portanto necessário para não negligenciarmos a missão Divina. O nosso Tikun que em hebraico vem do verbo concertar, corrigir algo, pode ser entendido como o construir e completar o puzzle da nossa existência. A Fé é necessária para vencer os perigos do imediato, pois, muitas vezes, a má inclinação parece vitoriosa, mas não resiste no tempo. É fugaz!

A vida física do Homem é curta. É fundamental pertencer a um grupo que queira compreender e que considere o temor a D’us parte do caminho. Dessa forma, as circunstâncias da vida não nos desviam nem da Luz, nem das Virtudes.

Assim podemos justificar todos os dias e tornamo-nos consonantes com a energia cósmica de vida.

O Mercavah nada mais é que os três hexagramas (nós, a nossa energia complementar e a energia de Luz Infinita) sobrepostos, criando um ponto (Shekinah) onde todos se juntam o que provoca uma reacção: o despertar da parte incorrupta. Nessa altura dá-se uma mudança de polaridades; deixamos de querer receber só para nós e passamos a querer partilhar.

Começa então uma vida nova! Passamos a transmutar as energias de vácuo através da potenciação do composto tríplice, da energia do Amor, da força direccionada para os outros.

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Este trabalho permanente é necessário, pois ao baixarmos o nosso nível de alerta deixamo-nos tocar pela habituação e pelos desejos egocêntricos do “querer” para nós! Há que manter o “Timo” iniciático aberto, metafísico, para que a energia flua entre os dois triângulos e não haja ruptura com a energia universal.

É preciso estar muito atento senão a imaginação domina-nos, como diz Dante: “Pus os pés naquela parte da vida, além da qual se não pode ir, com a intenção de regressar”. Ou como o “Pardes” judaico (o pomar), o que acontece a quem quer passar o conhecimento, pois, ao dar-lhe forma sólida, material ou de uma crença, o está a limitar e portanto a torná-lo no “aparente do oculto”.

Temos que mantermo-nos conscientes de que existe o mundo do caos e da confusão, para podermos passar por ele, sairmos sem danos, colhermos o essencial e nutriente à nossa transformação.

Não devemos nem só crer, nem só intuir! É preciso o hexograma, o Todo, as duas metades da mesma laranja – da mente.O papel das energias complementares no mundo é “manter” (Lekaiem, em hebraico) para que possamos dar-lhe sentido. Como diz o Salmo: “Na Tua Luz veremos a Luz”!

Manter assim a circulação permanente do Amor, do Dar e Receber, como aconteceu com o primeiro ser humano Adão e a sua metade Eva.

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Adão não foi o primeiro Homem mas sim o primeiro humano, um ser andrógino que possuía, dentro de si mesmo, tanto os aspectos masculinos como femininos. Todos os seres vivos tinham o seu par, excepto ele. Sem ninguém com quem partilhar, sem ninguém a quem dar. Os anjos eram perfeitos, Adão precisava deles mas eles não precisavam dele. D’us ouviu-o, e é então que Eva é separada, a parte feminina torna-se fisicamente independente, mas ambos passam a precisar da existência da outra energia (metade) para se sentirem um todo. A separação criou um vazio sem um constante fluxo de luz, partilha e amor. O papel das energias complementares é voltarem a ser um Todo a todos os níveis, para que a sabedoria, a faísca divina, purifique a nossa má inclinação. É mantendo o nível de amor e dando-lhe um sentido terreno, cumprindo a nossa missão de voltar ao Éden, de o criar na Terra. Acabar com o “exílio”, a má inclinação. Uma reunificação com D’us que passa pela nossa (energias complementares) no plano físico. Um casamento que é o de duas almas que voltam ao plano original.

A natureza da Luz é de nos permitir ver luz! Não é um fim em si mesmo. É no mundo visível que nos é permitido compreender o mundo invisível. Ele permite-nos ver e entender a luz existente, oculta na Luz.

As energias complementares mantêm a capacidade de “ouvir” através do seu exemplo de acção. É pelo seu

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comportamento recontextualizado, que são transformados bloqueios, medos culturais e traumas reencarnativos. O que de imediato nos permite estar em circuito com o Todo, em fluxo continuo, como vasos comunicantes.

A Kabalah, “a tradição” das coisas Divinas tem que ser simples. A beleza do Judaísmo fica na interpretação, pois desde sempre os teólogos e filósofos judaicos eliminaram (e bem) o D’us mito pagão, preocuparam-se com a pureza do D’us Uno, no fundo com a pureza monoteista judaica. Excluíram o povo judaico da forma tradicional antropomórfica (imagem).

No entanto, ao longo da história foram-se criando necessidades de “sentir” a presença de D’us como uma realidade viva.

Na Galut, no exílio, mais desprotegidos, menos seguros da sua essência, os judeus foram-se inclinando, muitas vezes perigosamente para rituais, sistemas com introduções de elementos pluralistas que corrompem os menos esclarecidos, mais frágeis emocionalmente, que se viram para uma idolatria com contornos místicos. A Halaha, “a Lei normativa judaica” separa a “Lei” dos eventos cósmicos.

A Lei é baseada na memória colectiva do povo judaico, mas livre a nível do culto de elementos místicos. A Kabalah, a Tradição, existe mas tem que se lhe tirar toda a

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sua complexidade, fruto de medos seculares e devolvê-la, na medida do possível, à “tensão” que existe em acreditar no Uno, em D’us e vivê-lo a cada instante.

O importante é estudar a Torah e seguir os seus Mandamentos, descobrindo-lhes a beleza na renovação da interpretação pessoal, compreender o nosso puzzle, a nossa teia, ligada à teia da vida, o que nela podemos mudar e o que aceitamos com suavidade, como uma benção.

Não é procurando obcecadamente que se encontra. É cumprindo o código ético da bíblia, e praticando-o, que aos poucos entramos na busca verdadeira. Cruzamonos então com outro código, o da vida, que nos foi trazido, transportado e onde todas as respostas se tornam claras: o Mercavah. Como diz D’us a Abraão no livro do Génesis (22:13) – “Abençoar-te-ei imensamente e multiplicarei a tua semente, fazendo-a como as estrelas do Céu e os grãos de areia da praia. E em tua semente serão todas as nações do Mundo abençoadas”.

Esse reconhecimento obriga a cumprir o código ético dos Dez Mandamentos, a interpretá-lo sempre para a vida, sem nenhuma brecha, numa trilha própria, voluntária, enigmática (Mishná – Ética dos Pais 3:19) em direcção ao objectivo constante da Glória Eterna, em comunhão perfeita com D’us.

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Os exílios, são sombrios e dolorosos, como o demonstra a história Judaica, mas são sempre um momento no Tempo, na História, e servem para um aprofundar da consciência, para sentirmos a necessidade da presença de D’us.

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As raízes emocionais da Kabbalah, como muitas vezes é estudada, vivida e praticada, são, no mínimo, um retrocesso pois não é criada uma consciência, mas sim uma sequência de obsessões que levam sempre ao desequilíbrio e em última análise ao Mal. O nosso Ego torna-se o centro, vivemos em Vácuo.

É neste âmbito que a Biorgonomia (ver pág 32) é para mim tão importante. É um instrumento, uma técnica que ajuda a eliminar os medos, os traumas (físicos e não-físicos) e possibilita o equilíbrio através da sua iluminação. Não os tenta interpretar, pois a sua interpretação é sempre subjectiva, mas cria um campo neutro para novas escolhas, sem a memória que nos predispõe para uma outra inclinação.

“Toda a informação está lá, dentro e fora de nós, na totalidade, podemos influenciar mutuamente através da ressonância sincronizada” (Bohm). Entramos na ordem aplicada num tempo continnum e assim agimos, transformamo-lo através do manifesto do consciente livre arbítrio.

Esta ligação permite trazer à superfície consciente os estados do subconsciente profundo, passamos a “ouvir” a consciência não localizada do nosso eu.

Quando se opera uma regeneração espiritual, há uma interacção com o físico e, a nível biológico, aparecem

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muitas resoluções de problemas, doenças, traumas e medos que nos afectam.

A influência das energias, uma sobre a outra, gera um processo de encadeamento.

O físico francês Joel Sternheimer diz que: “Toda a molécula humana tem uma frequência musical específica correspondente”, do livro “The Music of the Elementary Particles”, “as massas de partículas comportam-se e manobram entre si mesmas como se fossem notas musicais numa escala cromática temperada”. Como vemos, as vibrações sonoras têm um papel determinante na transformação da estrutura celular, actuando assim em vários níveis muito subtis.

Veja-se os Salmos de David, que curava através da música ou mesmo de Salomão, que também ouvia a harmonia celestial. Para estar em ressonância com o cosmos é preciso usar a fala, o som.

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Ao rezar os Salmos, todos os dias, ineterruptamente, nos últimos 30 anos, fui-me sentindo a interagir no que David Bohm chama a ordem implicada, em que ele sugeriu que as partículas se podem influenciar umas às outras de um modo que é insensível ao conceito ordinário da realidade, que tudo no universo está ligado a tudo mais, passado, presente e futuro. Este paradoxo, chamado de EPR, foi demonstrado em 1935 e assim baptizado por causa de Albert Einstein e dos seus colaboradores Boris Podolsky e Nathan Rosen, que foram os primeiros a reparar que:” duas partículas subatómicas tendo interagido uma vez podem responder a seus subconsequentes movimentos milhares de anos depois e com anos-luz de distância”.

A leitura diária dos Salmos abriu-me a este mundo e permitiu-me escrever este livro. É um acto consciente de Amor, de partilha, visto que a partilha nunca é espontânea.

O Rei David rezou muito para que os Salmos (Tehilim) fossem cantados, rezados ao longo dos tempos. Tehilim significa ”Louvores”, T’hilim quer dizer “montes”, juntos eles formam “montes de Louvores ao Criador”. Os Salmos são um verdadeiro movimento ao retorno a D’us (Teshuvá) com eles apegamo-nos à Sua verdade e dinâmica Eternas. Através deles tratamos da nossa alma, entramos na ressonância sincronizada. Há que cantá-los com alegria!

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A minha experiência pessoal com a Biorgonomia começou em 1997, com a Naomi Feinberg que utilizava os “pensamentos causa” e a meditação do Merkavah (ver pág. 37).

Ilustração de Joana Adrião.

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O princípio base da Biorgonomia é transformar Energia de Vácuo em Energia de Vida. Todas as energias transformadas em energia de Vida voltam a ter um potencial infinito em que tudo se pode manifestar e realizar. Uma nova realidade!

Para tal transformamos medos, traumas, energias de vácuo através do método, da técnica do pestanejar. Abrimos o timo e através desta glândula sabemos com que tipo de pólo energético estamos a fluir. Bloqueio é igual a energia de vácuo; o “pestanejar” é igual a energia de vida. A matéria não é o que nos habituamos a pensar. A matéria, segundo a mecânica quântica, não é matéria, mas sim a possibilidade de algo. Ao irmos à causa primordial, no tempo do acontecimento, na cadeia de reacções que leva ao bloqueio, estamos, em dominó a transformar, criando novos campos de vibração. A técnica do “pestanejar” humano é baseada numa reacção de interacção energética. O pestanejar humano é como um sensor altamente sofisticado que diagnostica os campos energéticos. (ver pág. 41)

Tenho, com as passagens do profeta Ezequiel uma relação muito estreita. É o profeta sobre o qual me debrucei mais, o que me levou a pôr tudo no Merkavah, verbalizando que o fazia, tornando-o assim um código de transmutação.

Rafi Rosen, o pai da Biorgonomia e muitos outros praticantes não o utilizam. O Rafi discordava de qualquer

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carga simbólica na Biorgonomia. Como disse atrás, concordo com o princípio pois trata-se de uma técnica. Ou funciona ou não. O Mercavah e os Salmos são a minha “tensão”, são a minha forma de sentir o Divino no processo, e a elevação consciente da técnica. Com este livro acrescentei uma hipótese de interpretação ao criar uma concordância com os medos, segundo a Biorgonomia, e com os Salmos.

D’us prometeu a David que ele seria a dinastia ligada ao Templo (através de Salomão) para sempre. Mesmo com o Templo destruído esperamos, confiantes e alegres, a sua reconstrução, juntamente com o reacender da sua Luz dinástica.

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Haverá Paz no mundo, Amor Fraternal entre todos numa harmonia e partilha total.

Há nove anos atrás a minha energia complementar voltou a mim, de leve, assim tão de leve como a chuva e a brisa...

A impermanência, como os castelos na areia que se desmancham ao sabor das ondas do mar, cumpre-se de forma constante. Todos somos tocados por ela, como pelas ondas do mar. Não pode ser detida. É um movimento, a mudança, a lição do eterno fluir do Amor.

A inclinação para o Bem.

Aprendi a não adiar, a falar, a partilhar… e este livro surgiu no papel! Dentro da minha limitação, com cuidado, sem competitividade ou desafio, mas com a alegria da partilha convosco de algo a que fui chegando, ao longo de 30 anos, como sendo a minha missão, o meu Tikun. É o que o meu potencial primordial se propôs, como substância única, a concretizar, interagindo, dando forma ao Tikun Olam (concerto do mundo).

As horas podem nunca chegar para dizer que amamos, para partilhar os conhecimentos, a diferença de uma vida, que todos sem excepção, fazemos. A minha energia complementar deu-me a força e a paz para não contar o tempo, para vivê-lo frente a frente. Nesse caminho abriram-se-me todas as possibilidades, e o Senhor , Nele não

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há inconstância, deu-me definitivamente um novo padrão, e a chave do Código voltou a mim. Uma tradição milenar perdida no tempo, a das energias complementares, e uma técnica moderna, a Biorgonomia. O elo de ligação, a Oração, fez-me deitar muitos apontamentos fora. Eram ditados pelo Ego, uma auto ilusão, agora encontro a liberdade, a alegria para fazê-lo. Espero contribuir para um fluxo da compreensão da bondade Divina, como está escrito no Salmo 150 “ Que a Alma inteira louve a Yah, louvem a D’us” (Versículo 6).

Neste cântico, o último, está descrito como os medos, os traumas, os obstáculos podem levar a vibrações diferentes, sons e toques diferentes. Desde o Temor, os medos da Justiça Divina, com o Shofar (tipo de chifre), versículo 3. Da tranquilidade com o Kinor (violino), versículo 3. Aos ritmos do tambor no Marol (dança), versículo 4, onde se sentem as emoções fortes.

Os Salmos ensinam-nos que em todos os momentos, em todas as circunstâncias da vida, nunca deve o Homem esquecer a bondade Divina. Uma nova canção todos os dias despertando-nos e desenvolvendo novas percepções que nos façam participar na celebração a cada instante de uma nova oportunidade, uma nova realidade.

Estava indecisa sobre escrever e publicar este livro, pois o Homem deve manter-se anónimo em relação a si e

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apenas relatar a obra de D’us. Neste impasse, em 8/8/2004, abri o Livro dos Salmos, Sefer Tehilm, ao acaso e saiu-me o Salmo número 105. Na minha lista pessoal de Medos, o medo correspondente, é na Biorgonomia, o “medo de tomar decisões”. Este Salmo foi composto no dia em que o Rei David trouxe a Arca Sagrada para Jerusalém. Senti-me finalmente digna da semente de Abraão que levou a palavra de D’us de lugar em lugar, divulgando-a.

A maior parte das doenças são fruto inevitável de desequilíbrios a nível do espírito, da mente e do corpo.

São os nossos medos que nos afastam de nós mesmos, do nosso potencial. Ao ultrapassá-los estamos a escolher um mundo melhor.

São os nossos medos que nos fazem não ter Luz, Amor e Alegria. Que este livro possa acordar a gratidão e despertar as almas silenciosas. Cada um de nós tem que cuidar da sua alma, senão somos indiferenciados, robóticos, pó.

Vamos ao trabalho, vamos agir, exercer o livre arbítrio. Este livro é essencialmente prático e simples.

É essa a minha intenção.

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Parte II MEDITAÇÃO do MERCAVAH

ou HEXAGRAMA de LUZ (segundo Naomi Feinberg)

Muito alto no meio do Universo existe um Sol radiante de Luz Branca que vibra com energia infinita. Desse Sol cada um de nós vai puxar, para si, um raio de luz branca.

Esse raio não é estático, ele vibra em ondas de luz, e desce até tocar no telhado desta casa. Aí então, o raio transforma-se em milhares de espirais de energia branca que descem e envolvem a parte superior do nosso corpo, formando um cone de luz branca de energia infinita.

Agora, com o nosso olhar interno, olhamos para baixo, para o centro da Terra. Aí, no centro do nosso planeta vamos visualizar outro sol de luz branca radiante. E deste sol vamos também puxar, para nós, outro raio de luz branca na nossa direcção e fazê-lo subir, subir, até chegar ao nível do solo.

Esse raio abre-se então e transforma-se em milhares de espirais de luz branca que continuam a subir e a envolver-nos, até à parte inferior do nosso corpo ficar mergulhado num cone de luz infinita. Neste momento,

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transformamo-nos num hexagrama de energia e de luz branca...

Mentalmente dizemos: que eu tenha sempre toda a Luz, todo o Amor, toda a Abundância e toda a Alegria que possa conter.

Eu sou Luz.

Eu sou Amor.

Eu sou Abundância.

Eu sou Alegria.

É essa a minha essência.

Visualizamos agora a nossa energia complementar à

nossa frente, ou ao nosso lado e colocamo-Ia também dentro de um hexograma de luz, igual ao nosso, para ficarmos ambos na mesma vibração e na mesma energia de luz branca.

Visualizamos então um terceiro hexograma maior, de luz infinita, que vem envolver os dois anteriores, o nosso e o da nossa energia complementar, de forma a que todos os pontos e ângulos se unam entre si, formando uma tripla estrela de 6 pontas...

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Voltamos a repetir várias vezes, verbalmente: eu sou Luz, Amor, Abundância e Alegria. É essa a minha essência.

No centro destes três hexagramas, há um raio de luz branca infinita, um raio de luz muito brilhante, curador, poderoso... aqui vamos colocar tudo aquilo que queremos transformar - objectos, pessoas, medos, problemas ou pensamento, juntamente com a sua energia complementar.

Agora cada um de nós puxa do centro do peito, do chakra do coração, um raio de luz azul e envia esse raio para o centro do lugar onde estamos.

Aí todos os raios de luz azul se juntam formando uma grande bola... no centro dela, colocamos todas as pessoas que sentimos necessitarem de energia de cura... a bola azul vai ficando cada vez maior, com a energia que enviamos directamente do nosso coração...

Vai crescendo, crescendo, até ocupar todo o espaço desse lugar. Envolve-nos a todos em doce

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luz azul curativa... pois esta luz tem o poder de curar todas as doenças, dificuldades físicas, problemas e ansiedades que nos afectam neste momento.

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Parte III BIORGONOMIA

UMA CIÊNCIA E TERAPIA

MÉTODO DO PESTANEJAR (segundo Rafi Rosen - Método Registado)

1. Introdução

A Biorgonomia permite-nos fazer diagnósticos e tratar segundo o sistema energético. Nós precisamos ter "energia de vida" para sermos felizes, saudáveis e usar todo o nosso potencial, ou, numa palavra: SER. Para este propósito precisamos saber o que faz a vida acontecer, ou, basicamente, nos conhecermos.

2. Energia, Energia Infinita e “Energia de Vida”

Tudo que existe na Criação é energia e o Todo é energia infinita! Uma energia é uma vibração. Há infinitas possibilidades de diferentes vibrações, velocidades (frequências), formas e intensidades. Toda a vibração pode ser transformada numa outra. Uma vibração pode incluir

vários tipos: os sons são um exemplo típico de uma combinação de muitas frequências baixas e altas. Quanto mais lenta e densa for, mais facilmente se manifestará, como partícula física. No nosso sistema solar as vibrações são relativamente lentas e densas.

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A "energia ou luz infinita" é uma combinação infinita de um tipo infinito de vibrações. É muito poderosa e também poderíamos chamá-Ia "energia divina" .

Manifesta-se em todo o tipo de existência ou dimensão.

Dois pólos de energias derivam da luz infinita:

1. O pólo das “linhas de energia” - este polo é uma concentração de vibrações que fluem em linhas.

2. O pólo de “energia de vácuo” - este polo corresponde ao mínimo de concentração energética fluindo entre as linhas de energia. Juntas, as “linhas de energia” e a “energia de vácuo” formam os campos energéticos.

A energia de vida é criada por um campo energético que constantemente se expande e evolui num campo energético flutuante.

A manifestação da energia de vida no nosso sistema solar é a energia específica que dá a vida, na dimensão Terrestre. Wilhelm Reich chamou a esta energia ORGONE CÓSMICO (ver ruthcalvao.com), similar àquela que se chama PRANA na Índia, CHI na China, ou KI no Japão.

Esta energia dá e permite a vida, na nossa dimensão - Terra. A vibração da “energia de vácuo” destrói a vida ou, melhor, a vida não pode sobreviver nesta energia.

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Por mais de vinte anos, Wilhelm Reich, psicólogo e médico, estudou a relação entre as funções emocionais, fisiológicas e físicas da energia biológica e, por fim, conectou-as com a “energia de vida” ou orgone. Dedicou-se então à pesquisa exaustiva das características desta energia e criou o método chamado ORGONOMIA. Através das suas pesquisas, descobriu que o orgone cósmico flui em linhas ao redor do planeta de oeste para leste, como campos/círculos electromagnéticos e que também flui incessantemente do cosmo para a Terra.

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Quanto mais linhas se concentram numa superfície, mais forte é a “energia de vida”. Onde não houver linhas desta energia, não haverá força de vida, e podem acontecer processos de doença e morte; porque estarão sob influência da “energia de vácuo”.

As doenças só podem existir em “energia de vacuum” e desaparecem onde existem as linhas de orgone.

O orgone cósmico controla o processo da vida, as funções do organismo vivo. Onde há orgone, também há saúde em todos os níveis e corpos: mental – emocional – físico (árvore da vida).

Obtemos a energia de vida do Universo através da respiração, da pele e dos principais centros energéticos. Estes existem a vários níveis dos nossos corpos subtis e são conectados a centros de energia menores, no corpo físico, aos quais chamamos "pontos de abertura" (... ou pontos de entrada de energia).

2.1. A importância de ter “sangue energizado”

Wilhelm Reich descobriu que, quando os glóbulos vermelhos do sangue estão saudáveis e energéticos, possuem uma espécie de “faíscas brilhantes” ao seu redor, e deu a essas faíscas o nome de “bions”. Quando os glóbulos vermelhos não estão com energia, ficam envolvidos por uma espécie de anéis escuros ao seu redor, a que deu o nome de “bactéria T”. Percebeu, também, que, quando os glóbulos vermelhos, através do sistema circulatório, se espalham pelo corpo, os “bions” e/ou as “bactérias T” penetram nas células de todos os sistemas físicos.

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Para provar a importância da energia das células sanguíneas.

W. Reich fez uma experiência com um porco da Guiné. O animal começou a desenvolver um cancro depois de Reich lhe injectar “bactérias T”. O mesmo animal ficou novamente cheio de vitalidade quando Reich lhe “contra - injectou bions” no corpo.

A enfermidade só pode desenvolver-se e sobreviver onde houver ausência de orgone e " bions”, numa “energia de vacuum”. A presença de orgon é suficiente para recomeçar o processo de vida novamente e curar!

Estar vivo significa ter a habilidade de receber e dar energia.Ccircular e fluir, continuamente, na energia que cria vida e saúde.

3. Razões para ter falta de “energia de vida”

3.1. Formas e materiais que bloqueiam o fluxo de orgon

Através de outras experiências, Wilhelm Reich descobriu que, por vezes no Inverno, há tempestades atmosféricas que têm forma circular. Nesta situação, o fluxo de linhas de energia fica bloqueado e, assim, deixa de haver orgone em toda a área por baixo deste círculo.

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� O fluxo de orgone evita formas fechadas como círculos, quadrados, triângulos etc. Estas formas criam “energia de vacuum” à sua volta.

� Certos tecidos, como por exemplo, os sintéticos bloqueiam o fluxo de orgone.

� Lugares sobre lençóis de água subterrâneos não têm “energia de vida. O mesmo acontence com as casas construídas sobre estes locais.

� Alguns telhados de forma cónica também criam vácuo energético.

� Alguns tipos de mármore (especialmente o mármore branco) também bloqueiam o fluxo de energia.

3.2 Não respirar

Normalmente uma pessoa pára de respirar quando tem dor, trauma ou choque. Nesse momento, os músculos ficam tensos e a energia deixa de fluir facilmente, ou chega mesmo a ficar bloqueada. Este bloqueio cria uma concentração de energia que, em Biorgonomia, chamamos “Tensão”.

Quando este bloqueio se fixa num determinado lugar por muito tempo, pode gerar “energia de vacuum”.

Entre as outras funções que desempenha, a glândula do timo é também como um “cão de vigia” do nível de “energia de vida” de cada um, assim como da qualidade da nossa respiração. Com cada medo ou pequeno trauma, a

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glândula do timo fecha-se (deixa de ter campo energético) e a respiração pára.

4. Como Manter, Aumentar e Ter Alto Índice de Energia de Vida

4.1. Formas e objectos que concentram ou atraemas linhas do orgone

� Certos símbolos abertos como espirais, ondas, ziguezagues, cruzes, são todos formas que aumentam ou atraem o orgone cósmico como um iman. Basta desenhar uma espiral num “lugar de vacuum” para o transformar num ponto com “energia de vida”.

� Sementes de salsa têm um campo de energia muito forte ao redor delas e são muito úteis para aumentar a energia em casa, no quarto de dormir, junto da TV ou do computador, no carro, no escritório etc.

� Objectos e utensílios cerâmicos são bons receptores de orgone e também têm campos de energia fortes ao redor deles. Cozinhar com panelas cerâmicas dá muito mais energia à comida do que panelas vulgares de metal.

� O óxido de ferro (pó ferruginoso) tem o campo energético muito forte. Esse poder é normalmente usado como base de pintura, uma capa protectora debaixo do metal nas construções. Este óxido de ferro é muito

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concentrado e pode ser usado para aumentar a energia da água de beber, água para lavar os vegetais, o chão, o cabelo etc. Para este propósito, é suficiente misturar uma pitada deste óxido com a água, até que este adquira um matiz rosa leve.

� Conchas (claro, tem uma espiral na sua formação calcária!), algumas pedras e plantas. Coisas “peludas” como penas, cabelos longos, toalhas ou lençóis de cama, são excelentes para aumentar a energia, especialmente no Inverno, quando o nível geral de energia de vida é mais baixo.

� Croché, roupas tricotadas, peças de lã. As roupas largas são em geral muito melhores do que as apertadas.

4.2. Consciência da respiração, sensibilidade ao ter ou não ter orgone cósmico

� Uma respiração pulmonar intensiva (como os bebés fazem) abre os fluxos de energia bloqueada. Este tipo de respiração cria circulação de energia e abre-nos à infinita provisão de energia de vida. É muito benéfico fazer essa respiração pelo menos uma vez por dia, para revitalizar o corpo e a mente, para que atinjam o máximo do seu potencial.

� Todas as vezes que uma pessoa tem medos, preocupações, tristeza, pensamentos ou memórias negativos, o timo fecha e o fluxo de energia de vida fica

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bloqueado. A respiração ajudará a abrir os bloqueios para revitalizar o corpo com energia.

� Mover o corpo, as mãos e o uso da voz, além da respiração, geram circulação energética.

� A expressão dos sentimentos, como chorar, rir, cantar ou gritar também aliviam os bloqueios do fluxo energético ou tensão.

4.3. O Poder dos Pensamentos - Criando campos de “energia de vida” com a mente

� Pensamentos são vibrações, energia. Quando pensamos, visualizamos ou dizemos algo, criamos a vibração correspondente.

� Dizer ou visualizar “códigos energéticos”, recordar momentos ou sentimentos felizes, pensar positivamente, ter alegria, cantar, dançar e fazer tudo aquilo que gostamos de fazer, são chaves para a criação de campos energéticos fortes.

� Dizer ou visualizar: “Estou com a minha energia complementar (abraçando-o/a) com amor e alegria numa espiral dourada”, cria um campo infinito de energia.

� Ao visualizar devemos ampliar, aproximar, focar, dar cor e movimento às imagens positivas.Devemos fazer, igualmente, afirmações curtas como: “eu sou luz”, “eu sou alegria”.

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� É bom ensaiar sempre que possível, várias vezes ao dia.È degrau a degrau que se constrói este objectivo formidável, e que vale a pena, de repormos a energia necessária para estarmos cheios de força e paz.

� É um auto - investimento que nos deixa aptos a tudo e combate, de forma eficaz ,o desgaste diário a que estamos expostos.

Na Biorgonomia podemos usar igualmente a Cromoterapia (tratamento através da cor). Damos o nome de “cor” às diferentes frequências (faixas vibratórias) de luz visível. O espectro de luz visível é composto por sete cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e violeta. As células de uma mesma área do corpo emitem uma vibração colorida do seu núcleo, estável quando sadias. Com distúrbios, atitudes e imagens mentais negativas, a cor altera-se para mais forte ou fraca dependendo do estado de desarmonia. Portanto, é benéfico “enviarmos,” através de pensamentos positivos, cores para o nosso campo electromagnético.

A luz é uma energia vibratória, ondulatória e radiante que se propaga através de ondas electromagnéticas. Como descobriu Albert Einstein: “matéria é energia em estado condensado, e energia é matéria em estado luminoso”.

Os átomos, composição da matéria, são activados por vários tipos de energia (calor, luz, electricidade, etc.), permitindo assim aos electrões absorverem-na e conseguirem “pular” para níveis mais afastados do núcleo. Quase de seguida retornam ao nível de origem libertando, a energia que absorveram, sob a forma de luz. A esse facho de luz chama-se fotão ou “quarta de luz”. As lâmpadas, por

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exemplo, são a soma de pequenos fachos de luz libertados por cada electrão.

Na terapia pelas cores, é por meio desta absorção (energia luminosa focalizada) que se dá a alteração da transmutação: à medida que os átomos /electrões sadios de luz colorida são absorvidos, os doentes saem, são expelidos.

4.4. Relação com a “Energia Complementar”

A proximidade física, ou a vivência, com a E.C. cria fortes campos de energia de vida, vitalidade, saúde e uma vida longa para ambos os parceiros.

Em duas energias complementares a essência é exactamente a mesma; é o que é inato. Vieram do mesmo sítio, com as mesmas funções e têm uma missão comum. No entanto ao longo da vida, e de várias vidas, as suas personalidades, o que é adquirido, aprendido ao longo do tempo, consciente e inconscientemente, vai tomando forma também.

O trabalho das energias complementares, uma em relação à outra, é potencializar, ajudarem-se para que o outro se harmonize e equilibre a essência com a personalidade. É preciso que estas cresçam paralelamente e sem que uma predomine sobre a outra.

É a personalidade que muitas vezes cria problemas entre as energias complementares.Os homens semiconscientes, com uma essência em estado de subdesenvolvimento (muitas vezes parada na infância) e

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com uma personalidade que a dominou (à essência) começaram a gostar, no fundo, do que faz mal, afastando o bom e vital ao seu equilíbrio.

Se as energias complementares deixarem o Amor Incondicional fluir entre elas conseguem, com o tempo, eliminar estes traços prejudiciais. Ultrapassados os medos e traumas do passado começam, passo a passo, a conhecerem-se, a confiar e despertar.

É difícil controlar o mentir, o imaginar, as emoções negativas e o falar sem necessidade. São manifestações mecânicas.

As energias complementares em acção ajudam-se a parar, a observar.Com muita ternura e carinho “repreendem-se” ajudam o outro a não adormecer, a manter-se num estado de vigília.

No fundo é pôr os nossos “centros” a trabalhar correctamente. A Biorgonomia é uma técnica preciosa para eliminar os numerosos obstáculos acumulados, durante vidas, aonde o desenvolvimento parece quase impossível.

Tenho sentido, ao longo dos anos, que a prática diária com a nossa E.C. leva a um progresso real.

Desenvolve-se uma protecção da nossa essência, uma Paz que se vai fortalecendo. A personalidade, como está sujeita às circunstâncias, sem essa força não se desenvolve de forma adequada.

Mesmo nos “gostos adquiridos” que deviam ser instintivos, há muitas repetições de outras vidas, que nos afastam da nossa calma interior. Eles são artificiais e é

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necessário eliminá-los. Isto é possível acabando com a causa principal que os levou a aparecer.

A Biorgonomia, ao trabalhar com o Centro Emocional, mais rápido que o centro cognitivo e motor, está a permitir que as energias complementares tenham campos energéticos fortes. São estes que nos possibilitam lutar contra os nossos bloqueios e emoções negativas.

As energias complementares têm algo de lindo, de maravilhoso: é que se lembram delas próprias, o que é muito relevante para a tomada de consciência. Isto é fundamental contra os pensamentos mecânicos e a imaginação do “aparente oculto”. Cria emoções profundas, elos enraizados com campos de vibrações subtis.

É aqui que nos abrimos aos outros de forma continuada e, assim, podemos realizar a nossa missão. Esta comunicação sente-se a vários níveis. Precisam de estar de acordo quanto ao saber e ao querer, o que pode levar mais de uma vida. É preciso muita paciência para não atropelar o “tempo” pessoal de cada uma. Se não houver muita paciência, muita fé, aparece a imobilização. O ego começa a reinar diminuindo progressivamente a força dos dois, acabam os campos energéticos e a glândula do timo fecha-se.

As Energias Complementares têm uma intensidade igual, uma vibração igual, só os tempos por vezes estão desajustados, daí a necessidade do reequilibro e reajuste.

É mágico viver com a E.C., é o nunca nos sentirmos sós. É vermo-nos no outro, é o olharmos para além da linha

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do horizonte, é o levantar de cabeça que nos torna inteiros e criativos, com uma visão especial da humanidade.

O único dever resume-se a dar ao próximo, espécie de contracto com o Todo. Ninguém é obrigado a dar uma montanha, cada um dá o que tem, mas dá.

As Energias Complementares têm que recordar de onde vieram para saberem quem são.Esta é a única maneira de terem a intuição de “para onde vão”.

Todos temos o conhecimento das Energias Complementares, há só que trabalhá-lo. Temos que partilhar, seja com a Energia Complementar, quando possível, seja com o corpo energético da mesma, o que interessa é que esta técnica funciona e há que aplicála. A título pessoal, dei e dou sempre um espaço a D’us na minha vida, é Ele que tem o puzzle completo, que fixou o “timing” dos encontros e desencontros na realidade física.

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Ao colocarmos o Divino na nossa vida, abrimo-nos para a possibilidade de o desejarmos intensamente, por muito tempo. Por vezes, isto exige uma longa preparação, o querer ser diferente.

O contacto com a Energia Complementar é essencial para que o Homem, realmente passe a ter as qualidades que acredita ter, mas que, aparentemente, não tem. Para que passe a conhecer-se profundamente, assim como aos seus verdadeiros limites.

O Amor da nossa E.C. permite-nos ter campos energéticos fortes que nos dão a possibilidade de transpormos o que é falso, as influências exteriores. Pelo “Pestanejar” temos a capacidade de entender se o que

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verbalizamos corresponde verdadeiramente à realidade e não uma suposição nossa.

Todos somos chamados por um nome, um “Eu”, uma vibração. É preciso torná-lo uma totalidade e não um conjunto de “Eus”, sem ordem nem sistema. Sermos nós próprios é sermos a única pessoa que vale a pena ser. Ao fazê-lo deixamos de estar inseguros e perdidos, criamos a hipótese de crescimento, de termos qualidades autênticas.

A memória complementar, ajuda, como já disse, a adquirirmos um controle da consciência, perpetuando-a.

Ao vivermos plenamente como Energias Complementares, a maior parte do tempo tornamo-nos objectivos.

É importante explicar que a actividade sexual entre as Energias Complementares vem depois de todas as outras estarem comunicantes, o que pode acontecer, ou não, em mais de uma vida. É necessário que as partes: espiritual, mental, emocional, física/instinto/motor estejam harmonizadas para que haja união sexual de forma correcta. Sem que as outras se tenham manifestado com fluxo de energia de vida, a sexual não pode existir. Está condicionada por elas e é por isso que aparece em último. Há que aprender tudo o resto antes da união física (sexual).

É através das Energias Complementares que o Mundo vai continuando. Quando se completam a todos os níveis e quando o Amor Incondicional, incluso a nível sexual, é constante, é ai que a vida prevalece de forma concentrada, e aí se mantém.

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Todos estes estágios levam a nossa alma a ser como um jardim que só permanece bonito se for continuamente cuidado com amor e atenção. “Transformar” deve tornar-se uma segunda natureza na qual as ervas daninhas que tentem apoderar-se das sementes não consigam vingar.

Ao cristalizarmos o pensamento e ao focá-lo no objectivo de colocar o nosso mundo interior em ordem, através do poder infinito do Amor, pomos em acção vibrações positivas. Quebram-se os condicionalismos do “não agir”, disciplinamo-nos.

Há que ter coragem para nos abrirmos à nossa energia complementar, vale a pena confiar. Tentem! Façam o melhor que puderem até ao limite das vossas capacidades, tanto quanto puderem. A magia virá ao envolvermo-nos e ao reconhecermos que o nosso coração não foi orgulhoso, que actuamos. Cada manhã sentiremos que o paraíso é aqui na Terra.

5. Exercício para despertar a “energia de vida”

Comece com respiração torácica abdominal intensiva. Mova ou sacuda o corpo para aliviar as tensões, faça alguns sons para relaxar a garganta, ria.Se estiver acompanhado, toquem-se ou massajem-se um ao outro. Encontre uma posição estável, como no "Tai Chi", (por ex.) com os pés separados uns 30 cm e paralelos e os joelhos ligeiramente dobrados. Fique completamente relaxado, feche seus olhos e concentre-se nas diferentes sensações do seu corpo, nas suas mãos, nos seus dedos e na sensação geral da energia fluindo.

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� Concentre-se particularmente na sensação da pequena área entre o coração e a garganta onde a glândula do timo fica localizada.

� Primeiro, tente lembrar-se de um momento muito feliz da sua vida e sinta a área do timo.

� Em seguida, tente lembrar-se de um evento difícil ou doloroso da sua vida e sinta de novo a área do timo.

� Note a diferença de sentimentos activados pelas duas recordações, a mudança geral dos seus sentimentos, a forma de respirar, o fluxo da energia. Faça isto algumas vezes até que você possa reconhecer claramente a diferença entre um timo aberto ou fechado.

� Pratique este exercício na sua vida de todos os dias, para descobrir em que situações você está aberto e tem energia e em que outras você se fecha e não tem energia. Isto é fundamental para nos apercebermos dos nossos medos.

� Esteja constantemente atento e consciente da forma como se sente energeticamente!

� O timo abre com amor, alegria, felicidade, pensamentos e vibrações positivas. O timo fecha com medos, depressão, tristeza, dor, pensamentos e vibrações negativas.

6. Sentindo a “energia de vida” com o método de “Pestanejar" (Blinking)

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O método de "Pestanejar" ou "Blinking" para sentir o ORGON cósmico ou Energia de Vida foi descoberto por Rafi Rosen, psicólogo e cientista israelita já falecido, e criador da Biorgonomia, em 1985. Este método baseia-se no facto de que as pálpebras são a parte mais sensível do corpo humano para sentir as energias. Assim que haja algum movimento de energia, uma mudança de vibrações, imediatamente a membrana supra ciliar e os cílios piscam, tipo sensor. Da mesma forma, assim que deixa de haver energia, o piscar ou tremer pára automaticamente.

Esta sensibilidade pode ser usada para medir com precisão a presença de energia ou a falta dela. Todos têm a habilidade de sentir o fluir da energia de vida através deste método. Todas as pessoas têm o seu próprio “ponto de Blinking” onde as pálpebras começam a piscar sem qualquer esforço.

� Para achar este ponto, você só precisa de fechar os olhos e olhar para baixo. Então, lentamente, sem abrir os olhos, você movimenta os olhos de baixo para cima até as pálpebras começarem a piscar ou vibrar por si próprias, sem nenhum esforço, sem forçar nada.

� Este ponto, em que as pálpebras começam a vibrar automaticamente muda de pessoa para pessoa e cada um tem de encontrar o seu próprio ponto, pois a posição certa dos olhos pode ser a qualquer altura, desde as pálpebras bastante baixas até totalmente para cima.

� No começo, a vibração pode ser muito subtil e um pouco difícil de reconhecer mas, com alguma prática, torna-se cada vez mais fácil encontrar o ponto de vibração e reconhecer as suas qualidades.

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� A partir do momento em que se encontre o ponto de vibração, é possível usar esta nova habilidade para verificar se há ou não energia de vida onde quer que seja.

� As pálpebras vibram enquanto houverem linhas de energia, e pararão de piscar assim que as linhas de energia sejam interrompidas; como por exemplo, por um objecto de plástico ou alguma outra causa que bloqueie o fluxo energético do orgone cósmico.

� Usar a palma da mão para "tactear" as linhas de orgone cósmico e localizar algum possível "vacuum". A mão é nossa ferramenta de funcionamento e os olhos são o nosso indicador.

Deste modo, é possível sentir a presença ou ausência de energia do nosso ambiente, dos aposentos que habitamos, dos objectos que nos rodeiam, como plantas, mobília, tapetes, tecidos, roupas, de nós próprios e dos nossos pontos de abertura, da comida, enfim, de tudo o que quisermos!

7. Campos de energia

� Toda a partícula tem campos de energia ao seuredor. O melhor modo para entender isto é através daimagem de uma pedra lançada à água de um lago, cuja água, com o impacto, faz muitos círculos concêntricos ao redor do ponto de imersão.

� Quanto mais círculos ou campos energéticos se encontrarem ao redor de uma dada partícula, mais energia

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de vida esta partícula tem e mais esta partícula está conectada com a luz infinita.

� O orgon cósmico flui em linhas ao redor do planeta de OESTE para LESTE e de CIMA para BAIXO.

7.1. Verificação dos campos de energia

� Se, por exemplo, queremos saber a quantidade de energia que uma pedra tem, perguntamos primeiro na nossa mente: “Quantos campos de energia tem esta pedra?

� Encontramos o nosso "ponto de Pestanejo", pomos a palma de uma das nossas mãos sobre a pedra, enquanto houver vibração nas nossas pálpebras, e vamos afastando a mão do objecto até que o "Pestanejo" pare.

� A distância final entre a pedra e nossa mão é o campo de energia dessa pedra. Para verificar um quarto, por exemplo, tocamos as linhas de energia, movemos a nossa mão e paramos assim que o piscar também pare.

� Se somos canhotos, faremos um movimento linear com a mão da esquerda para a direita e, se usarmos a mão direita, vamos movê-Ia da direita para a esquerda.

Estamos simplesmente a usar a palma da mão como sensor.

7.2. Medição energética

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O campo de energia pode ser muito maior do que a distância que nós podemos alcançar com os nossos braços ou mãos. Assim sendo, há um modo mais simples de encontrar os campos de energia de um objecto, e, ao mesmo tempo, descobrir a quantidade de energia (em metros ou km, por exemplo).

� Para isso, criamos uma escala de 1 a 10, em que 1 é uma quantidade de energia extremamente baixa e 10 é energia infinita. Esta escala não é linear.

� Fazemos de novo o exercício do capítulo anterior, mas enquanto afastamos a mão para longe do objecto, contamos na nossa mente, a partir de 1, até o "Pestanejar" parar.

� O número final dá-nos uma boa ideia sobre a quantidade energética do objecto.

De facto, deixa até de ser necessário o movimento da mão, porque a pergunta feita é realmente o elemento importante deste método e não o movimento da mão.

Da mesma maneira, é possível usar o mesmo método para adquirir uma resposta para qualquer pergunta, mas o resultado depende directamente do modo como a pergunta é formulada.

Ao fazer uma pergunta, estamos a sintonizar-nos com a frequência da resposta, da mesma forma que um rádio trabalha. A precisão das palavras é por isso fundamental para este método.

Por outras palavras, é importante fazer a pergunta certa para obter a resposta certa!

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Parte IV

PLANO DE TRABALHO

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O Plano deve ser simples, ter toda a informação possível e ser inteiramente criado por nós. É um despertar para a consciência do “Ser”, do nosso “Eu”.

Para realizá-lo, há que trabalhar por objectivos e áreas de vida. Programar implica ter informação definida, uma lista pessoal com itens que queremos modificar.

Um objectivo surge com um querer. Quanto mais “quereres” mais desejo emocional acrescentamos.

Exemplo: Tirar o curso de engenharia civil; área – trabalho/estudo.

É fundamental pôr o maior número de razões, escrevê-las, de preferência numa folha branca, durante meia hora. Se encontramos só cinco (5) ou sete (7) razões quer dizer que esta escolha foi para agradar a outros. Se atingirmos trinta (30), ou mais afirmações, no mesmo espaço de tempo é porque temos o entusiasmo interno que nos levará a consegui-lo com êxito e amor.

Em cada área (saúde, trabalho, vida, relacionamentos, vida espiritual, etc.) devemos trabalhar por etapas com dois ou três itens de cada vez, para que tudo seja claro e suave. Esta auto-descoberta começa de forma gradual e requer o seu tempo.

A organização do Plano leva a que a nossa mente Corresponda, e por seu intermédio, obtenhamos uma vibração de tranquilidade que nos trará sucesso.

A ansiedade gera inseguranças. Quando tivermos prontas as listas com os objectivos, há que pensar quais são

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os principais medos (obstáculos). Igualmente quais os pontos favoráveis e recompensas.

Exemplo:

“Sou bom a matemática”. “Tenho um bom nível de concentração. ” (pontos favoráveis)

“Quando passar a primeira cadeira no curso vou tirar um dia só para mim num “spa” ou num passeio agradável.” (recompensa)

Um plano tem sempre datas pois são estas que nos levam a um compromisso interno.

Ao sentirmos que temos factores de resistência à mudança, como por exemplo: ficar doente, adiar o plano sucessivamente, acabar por ir comer/beber/fumar, sempre que nos sentamos para realizá-lo, etc., devemos começar por actuar nesses medos que nos imobilizam à acção.

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Exemplos:

� O medo de ficar curado;

� O medo do desconhecido;

� O medo do futuro;

� O medo da mudança;

� O medo dos meus pensamentos;

� O medo de ser alegre, da alegria;

� O medo de não ter medos;

� O medo de ter sucesso;

� O medo de amar;

� O medo de ter paz;

� E outros…

É preciso não esquecer que os nossos medos, ao longo do tempo, criaram estruturas e respostas dos outros a que nos habituámos. Quebrá-los deixa interrogações e incertezas. Essas relações, que conhecemos,apesar de muitas vezes danosas, são por nós preferidas, a uma aposta numa mudança.

O passo seguinte consiste em durante vinte e um (21) dias começar, em voz alta, afirmações curtas e simples de pensamentos positivos. O ideal é repetir cerca de quatrocentas (400) vezes por dia cada uma delas. Não

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escolham mais que duas ou três, por cada ciclo, nem utilizem a palavra “Não”.

Este trabalho tem como finalidade introduzir um novo padrão, uma nova premissa maior, por indução, na mente subconsciente. É actuando nesta, através de poderosas sugestões verbais, repetindo-as muitas vezes, que conseguimos impregnar o pensamento, nutrindo-o e libertando o seu potencial infinito, que obteremos uma reacção. A aceitação mental da nova verdade construtiva.

Será esta a resposta do subconsciente à natureza dos pensamentos na mente racional.

Cientificamente falando, o nosso cérebro emocional (cérebro dentro do cérebro) funciona de forma por vezes independente e até com propriedades bioquímicas diferentes do “neocórtex”. Os disfuncionamentos emocionais (reacções a situações do passado, medos) podem ser reprogramados para nos tornar aptos, como acima descrevo.

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No entanto, há que ter em conta que o sistema límbico, onde se encontram as emoções inerentes às nossas reacções de sobrevivência, tem respostas desencadeadas muito mais rudimentares e rápidas, cuja principal função é o equilíbrio fisiológico. Como já dizia

Claude Bernard no século xIX (o pai da fisiologia): “o equilíbrio dinâmico que nos mantém vivos”. Exemplo: a respiração, o r itmo cardíaco, o sono, etc.

O processo de cura quer-se planificado evitando assim desequilíbrios na nossa vivência física/corporal. Há que dar tempo ao corpo para se adaptar pouco a pouco ás novas informações. Deste modo evitamos os “curto-circuitos” emocionais.

Vejamos o caso muito estudado do “sorriso”: um sorriso verdadeiro atesta um estado de harmonia entre o sentimento e o pensamento, entre emoção e cognição – fluxo do amor (energia de vida). Nele, há um mobilizar de todos os músculos do rosto perto da boca, bem como dos à volta dos olhos. Estes últimos não são comandados pela razão, são involuntários. É por isso que dizemos que os olhos não mentem. Foi a partir destes fundamentos que se desenvolveu a técnica “pestanejar” da Biorgonomia. Um falso sorriso, é um movimento muscular controlado que normalmente fazemos por razões sociais, indício de energia de vácuo, logo não chega aos nossos olhos.

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A energia de vida, o amor, é uma necessidade biológica.

A Inteligência Infinita, D’us, a mente Universal são leis imutáveis,” pró-vida” de uma lei da natureza de acção /reacção. Pensamento é acção. Ao usá-las correctamente, com conceitos de saúde, harmonia, amor, etc., ocorrem maravilhas nas nossas vidas, verdadeiros milagres.

Exemplo:

� Eu escolho o amor!” � Sou totalmente saudável!” � Eu aceito-me!” � Escolho a paz e a alegria!” � Sou bonita/o!” � Escolho a riqueza!” � Mereço a felicidade!” � E outras mais.

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Com a nossa criatividade no tempo, no agora, visualizem-se nesses estados de espírito. O passado já passou e são estes novos padrões que nos abrem para formas de pensar, de estar na vida. Usem sempre o presente nas vossas afirmações.

Como já antes comentei, em fases de mudança aonde é necessário abandonar hábitos instalados e enraizados, normas e valores que conhecemos, uma certa instabilidade aparece. É o custo a pagar para nos transmutarmos em “Luz”, “Amor”, “Abundância” e “Alegria”.

Em paralelo há que manter o Timo aberto e os pontos principais (ver fig. pág. 77 e 78) conforme aprendido na técnica do “pestanejar” (ver capítulo 3).

Verbalizar da seguinte forma encadeada:

1. “Eu + a minha EC (ou alguém que queremos tratar - O Manuel, + a sua EC.) ”

2. “O medo de X, que me fecha o timo (ou outra pessoa, ou outro ponto de abertura) + a EC desse medo (ou pessoa ou ponto de abertura) ”

3. “No momento do trauma.” É sempre necessário verbalizá-lo nesta ou noutras vidas.

Pôr num “Mercavah” e transmutar em Energia de Vida.

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Quando tratamos, devemos pedir que seja para o Bem Supremo, nosso ou de outrem, e não tentarmos “controlar” a cura, feito impossível que nos bloqueia e anula muitas vezes todo o trabalho.

Nota importante: muitas vezes quando tratamos alguém o nosso próprio timo se fecha. Isto acontece pois nós mesmos, ou a nossa E.C., temos o mesmo medo ou trauma. Neste caso há que tratar de nós em primeiro lugar.

Vem a propósito repetir que não temos a capacidade do Todo. Esta perspectiva de humildade permite-nos desapego e confiança na Inteligência Infinita, que, por sua vez, desencadeia de forma harmoniosa a entrada de Energia de Vida nas nossas vidas.

O nosso plano de trabalho terá sucesso se eliminarmos do nosso sótão/mente/ego, povoado de medos e medos, os “vícios” da mente, pararmos de pensar e somente Ser. A Paz interior começa a formar-se e são anuladas barreiras que nos trazem uma ilusão de isolamento, de desconexão do fluxo de vida.

Para sermos vasos comunicantes temos que ter Alegria, Alegria de Ser, de vivermos intensamente o presente.

Trabalhar nos medos de “sermos nós mesmos” e todos os que lhes estão associados é a base. Este trabalho pretende eliminar a falta de contacto com o nosso mundo interior, e as preocupações (medo do que não existe e que só está nas nossa mentes) que nos levam a perpetuar o passado. Ser é presente, é acção e liberdade.

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“Não vos lembrais de coisas passadas nem levem em conta as antigas” (Isaías 43:18).

Ao mantermos o Timo com energia de vida toda a nossa inteligência (que tem múltiplas variantes e não é só mente) reage e torna-nos únicos e criativos.

De manhã, um novo dia, diferente de todos os outros, Acontece. – Há que despertá-lo correctamente. Ponham-se num Mercavah de luz infinita (ver meditação da pág 37) e escolham a Luz, o Amor, a Abundância e a Alegria. Sintam o milagre que é tudo o que nos rodeia, agradeçam, digam frases de poder, emanem amor e alegria para tudo e todos os sítios e pessoas que planeiam encontrar nesse vosso dia. Ponham D’us logo de manhã nas vossas vidas, ponham alegria e façam a meditação e os exercícios durante aproximadamente vinte (20) minutos.

À noite ao deitar “limpem-se” com o Mercavah, visualizem todas as raivas, ciúmes, traumas, medos, etc. que ao longo do dia acumularam e vos provocaram bloqueios, aonde a energia de vácuo se instalou. Transmutem-se para o bem.

É fundamental ir dormir repousados e felizes para que o vosso sono seja de qualidade e vos permita regenerar.

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O nosso caminho torna-se poderoso se trabalharmos diariamente em nós, pois, ao não deixar-mos que a Energia de Vácuo se infiltre, estamos a criar um futuro feliz. Deixem que o fluxo de vida se expresse através de vocês.

Habituem-se a transformar todos os locais, pessoas, situações e coisas que fazem parte do vosso diário. Façam a diferença, irradiem Energia de Vida.

Exemplos:

Local – “O meu local de trabalho + a sua EC”; “A Energia de Vácuo lá existente + a sua EC”; Juntá-los e transmutá-los no momento do trauma; Pôr tudo num Mercavah de Luz Infinita; Agradecer e sorrir visualizando todo esse espaço inundado de Luz e Paz

Objecto – “o meu carro (ou secretária de trabalho) + a sua EC”; “A Energia de Vácuo existente nele/nela + a sua EC”;

Juntá-los e transmutá-los no momento do trauma; Pôr tudo num Merkavah de Luz Infinita;

Agradecer e sorrir visualizando-os com muito Amor e Alegria.

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Pessoa – “O meu chefe + a sua EC”; “A Energia de Vácuo existente nele + a sua EC”;

Juntá-los e transmutá-los no momento do trauma; Pôr tudo num Mercavah de Luz Infinita;

Agradecer e sorrir visualizando com muito Amor.

Medo – “o meu filho + a sua EC”; “O medo dele de ser alegre (ou de estudar) + a sua EC”; Juntá-los e transmutá-los no momento do trauma (nesta ou noutras vidas);

Pôr tudo num Mercavah de Luz Infinita; Agradecer e sorrir visualizando-o positivamente já com o obstáculo transposto.

Nota: É importante continuar o método até à resolução do(s) problema(s). No campo da doença há uma lista muito boa, com grande pormenor, na qual se associam directamente os medos a problemas de saúde. É a lista da autora Louise Hay que recomendo como ferramenta.

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Pontos de Abertura Principais

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Parte V

Dêem um espaço a D’US na vossa vida

Todo o homem alberga D’us em si. Todo o homem é um livro único e lacrado. O livro vai sendo escrito, depois de aberto por nós (a consciência), tornando-se ou em medos, traumas, superstições e ignorância, ou em Amor, Paz, Bondade, Saúde e Alegrias. Como está escrito no Salmo 118 ver. 22 “A Pedra que os construtores desprezaram tornou-se a Pedra fundamental” – a Verdade. A Benevolência Divina permite a todos a escolha (o livre arbítrio). O que gravamos ao longo do caminho (o livro) na mente e no coração será manifestado – a nossa vida.

O Senhor, a Verdade Eterna, quando interiorizada, afasta-nos de falsas convicções, das dúvidas pois permite-nos controlar as nossas circunstâncias e superar as condições negativas. Ver D’us em toda a parte e em todos os caminhos faz surgir a liberdade. Renasçam! Renovem-se!

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Oração do Shema:

“Ouve Israel! O Eterno é nosso D’us! O Eterno é Um! Bendito seja o Nome daquele cujo Glorioso Reino é eterno. - E amarás o Eterno, teu D”us de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu poder. E estarão, permanentemente, no teu coração, estas palavras que hoje te recomendo. E as ensinarás diligentemente a teus filhos e falarás a respeito das mesmas quando estiveres sentado em tua casa e quando estiveres andando em teu caminho; quando te deitares e quando te levantares. E as atarás como sinal na tua mão, e serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais da tua casa e nas tuas portas.”

Deuteronômio 6:4

O Senhor diz-nos sempre: “Ouve Israel!” (Ouçam, Estou cá, e Habito em vós). No Judaísmo, no caminho que escolhi as palavras utilizadas são estas. Porém, na oração indígena abaixo descrita, obtemos a mesma mensagem tendo em conta as diferenças culturais.

Oração indígena:

Um homem sussurrou: “Deus, fala comigo.”

E um rouxinol começou a cantar, mas o homem não ouviu. Então o homem repetiu:

“Deus, fala comigo!” E um trovão ecoou nos céus,

mas o homem mais uma vez foi incapaz de ouvir.

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O homem olhou em volta e disse: “Deus, deixa-me ver-te.”

E uma estrela brilhou no céu, mas o homem nem reparou. O homem começou a gritar:

“Deus, mostra-me um milagre.” E uma criança nasceu,

mas o homem nem sentiu o pulsar dessa vida.

Então o homem começou a chorar e a desesperar: “Deus, toca-me para que eu sinta que estás aqui comigo….”

E uma borboleta suavemente pousou no seu ombro. Mas o homem espantou-a com a mão e continuou o seu

caminho triste, desiludido, sozinho e com medo. Tradução e adaptação livre do livro de San Etioy

“1Louvem ao Senhor, todos os povos; enalteçam - No, vocês, todas as nações! 2Pois Sua benevolência connosco foi dominante, e a verdade do Senhor é eterna.

Louvem a D’us! (Salmo 117, Vers. 1 e 2)

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Oiçam, oiçam sempre e cantem com alegria! É o que nos diz o mais pequeno salmo do livro. Tem um cariz Universal.

Os 150 Salmos são: palavras, versos, letras, que expressam o louvor, o agradecimento que devemos ter pelo Amor de D’us por nós.

O cantar concentra uma vibração de partilha. Ao cantarmos os salmos, outros ouvem o Bem, a Paz, etc. Essas palavras irradiam Força, Luz, Amor pelo Universo, São o Eterno em acção. Tenham confiança absoluta em D’us interiorizado. Só assim vão conseguir concretizar e realizar a vossa interacção completa com o Infinito. A capacidade de realizar proporcionando um Mundo melhor é conforme se identificarem de corpo e alma com a Lei Divina. O Senhor é vida e opera por nosso intermédio. Expandam-se, expulsem os medos.

Os Salmos iluminam o caminho, são companheiros de viagem que, nos momentos de dúvida e angústia, nos reequilibram e nos “empurram” de novo para a estrada principal. Ponham ordem musical, harmonia nos vossos ruídos desconexos.

Ao cantá-los, estamos a atrair o infinito onde tudo é possível. Segundo uma das interpretações judaicas toda a oração deve ser dita com uma intenção (kawanah). Como diz a tradição, assim fez Moisés no Monte Sinai, o que foi depois passado aos seus discípulos que a seguiram e a continuaram a transmitir até hoje. Criaram uma nova realidade.

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Estamos a transmutar. Ao pôr D’us nas nossas vidas, aceitar e agradecer os Seus caminhos, dos quais o nosso faz parte.

Os Salmos, entoados numa profunda comunhão com D’us, com total inconsciência de tudo à nossa volta modificam e removem os nossos inimigos (medos, traumas, crenças, ignorância).

Despertamos para uma resolução de melhorar o futuro e humildemente sentimos o remorso pelo passado. A Alma é “tocada” pela melodia e estremece…pára e começa a consciência da melodia da Verdade! Somos afectados pelos novos sons.

Quando o meu coração, há muitos anos atrás, estava “contraído” em relação à compreensão do Bem (no coração e no intelecto), foram os Salmos que expressaram a oração (as emoções) e transformaram assim o instinto do Mal. Não interessa só “controlar” o mal em nós, há que anulá-lo parcial ou totalmente. Só assim se adquirem novos traços (novos caminhos, padrões) de carácter. A recitação dos Salmos leva-nos pela cura profunda.

Como peregrina abri o Livro dos Salmos, comecei a lê-los e dei-lhes uma interpretação própria, um a um, a todos os seus 150 cânticos, louvores.

Toda a acção tem uma reacção, é portanto preciso praticar. No judaísmo a recompensa de uma boa acção é outra boa acção. É o estarmos cada vez mais profundamente impregnados de Luz, Amor, Abundância e Alegria. De Graça Divina.

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É através da repetição diária, em comunhão, que temos a “recompensa” da manifestação cada vez maior da presença do Senhor em nós. Ao sermos fiéis ao conhecimento do bem, de reconhecermos as qualidades de D’us em todos os seres vivos emanamos Paz e fluímos com o Universo.

Vou dar-vos alguns exemplos práticos da minha interpretação para alguns dos Salmos. Tentem analisar um problema, por exemplo: saúde, emprego, mau hábito, etc., e leiam os 150 Salmos várias vezes. Haverá um que fará o “clique” interior, uma “faísca” que nos abre o coração e faz apegar ao bem um desejo muito forte, uma fome do Bem, do Amor. Comigo funciona assim.

Paro, e sinto que esse Salmo que me emocionou tão profundamente tem a resposta – acção (rezei) reacção (Salmo solução) – é D’us a agir, a mostrar o caminho até Ele.

Toda essa energia direccionada provoca uma reacção de cura, mesmo à distância pois tudo é vibração e a palavra é-o. Todas essas “ondas” desencadeadas, a vulgarmente chamada “Telepatia”, que tem 378 (é o valor numérico da palavra “Chashmal” electricidade em hebraico moderno) aspectos da cor que conseguimos transmutar, limpar das roupagens, as emoções de vácuo da nossa alma. A palavra “Chashmal” vem descrita em Ezequiel. (1:27) É como uma vibração, uma transmissão da mente que ultrapassa o tempo e o espaço. Esta sabedoria divina que continua e está para além da nossa compreensão.

Gradualmente, com o ciclo de amor divino à vossa volta, irão rejeitar a aparência das coisas e ter a aceitação do

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tempo divino. A Paz, para abençoarem todos os momentos da vossa vida com alegria e a felicidade de sentiram o amor de D’us ininterruptamente.

É essa a recompensa, um Mundo de partilha. Partilhar acções com muito Amor.

Como já antes referi tenho uma lista em que cada salmo corresponde a um ou mais medos.

Rezo-os com uma intenção por um período de tempo determinado (7, 21, 40, 49 dias, etc.) da seguinte forma:

“Meu D’us e D’us dos meus Pais que o Salmo (ou Salmos) que li agora sejam desejados e aceitos por Ti e por mérito dessas palavras letras e versos e pelo mérito dos nossos Pais, Abraão, Isaac, Jacob, Moisés e Araão, José o Justo e o rei David, que a Paz esteja com eles, que eu (ou alguém) tenha grande Graça, Benevolência, etc. e que anules todo o mal, medo, raiva, doença, etc. (nesta ou noutras vidas) que me levou a que não seja um ser de Luz, Amor, Abundância, Saúde, Alegria, etc. Que eu tenha mérito aos teus olhos e que a minha oração seja para Tua glória. Amén.”

Nota: cada um tem a sua forma pessoal de rezar. O exemplo acima é meramente uma referência exemplificativa, bem como o excerto da minha lista salmos/medos.

Salmo nº1 = o medo da Luz Divina, do Bem, do Eu Supremo de Ser, etc.

Salmo nº32 = medo do perdão, de não ser perdoado por D’us, pelos outros, medo da liberdade que o perdão nos traz, medo de perdoar, etc.

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Salmo nº68 = o medo de ser completo com a E.C., o medo que a E.C. esteja: doente, morta, triste, etc., o medo da missão conjunta de si com a E.C., o medo de falhar essa missão.

Salmo nº103 = medo do renascimento da alma, medo da renovação a vários níveis (espiritual, mental, emocional, físico, e sexual).

Salmo nº106 = medo de repetir os erros kármicos, medo de se libertar dos medos do passado, medo de viver o presente, medo de decidir mudar, da mudança, etc.

Salmo nº108 = medo de ter sucesso, de ser único, medo de se expor, de se respeitar, de ter respeito pelo outro.

Salmo nº121 = medo do Amor Incondicional, de abrir-se ao Amor Incondicional, medo de dar e receber profundamente, etc.

Salmo nº145 = medo de não ter dinheiro, sustento, trabalho, de não sobreviver, medos relacionados com carência, etc.

Salmo nº150 = medo de ter alegria, agradecido, da gratidão, de ser feliz, de respirar, etc.

Como vêm ao longo dos anos criei a minha própria lista. A mesma deve ser feita por cada um de nós, só assim existe a possibilidade de um elo profundo de aceitação, entre a nossa interpretação pessoal e vivência.O que leva ao auto-conhecimento.

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Nota: são muitos os livros que abordam esta matéria e oferecem listas próprias, é uma questão de opção. No entanto, do ponto de vista terapêutico a vossa interpretação, não sujeita a condicionamentos de outrém leva a que ocorram resultados bem mais significativos.

Como viram, no decorrer deste livro, a vida são convicções. São estas, que sincronizadas com a Ordem Divina, nos fazem habitar na Montanha Sagrada, aonde existe vida para sempre. D’us realiza, opera através de nós. É linda esta oportunidade que a Sua benevolência Infinita permanentemente nos dá, de louvar e de sermos felizes.

Este é o meu testemunho. O caminho das Energias Complementares que se inicia com uma só essência, mas duas personalidades diferentes, por vezes até desfasadas no tempo, acontece.

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O reencontro … a Porta abre-se, devagarinho … com muito Amor, numa só vibração:

- “Metade de mim, és tu … os teus braços fizeram-me chegar … aceita a bagagem … vem de longe … com a brisa, e é o reflexo do Amor no teu olhar …

O Código! A Chave!

Estamos aqui! É agora! Somos!

Um templo sagrado … uma união!”

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As Energias Complementares unidas, identificam-se com a bondade, a verdade, a justiça, a paz, e trazem-nas para a sua realidade. Vão juntas eliminando as roupagens que não permitem ver a Harmonia Suprema, Sublime. O puzzle a completar-se! Todos os dias, de coração aberto, peça a peça, transbordando e dando, criam um amor renovado, livre.

O Amor, no Judaísmo, tem sido interpretado pelos nossos sábios como “Nascendo da vontade de dar”. É esse o amor profundo. A vontade de dar deve nascer da consciência e não da carência, senão morrerá. Como dizem os nossos sábios: “Morre com a razão (a carência) que o viu nascer” e explicam: “Um amor que nasce da frustração, da solidão, da tristeza, do ódio, do orgulho, da ostentação, do poder, da raiva, etc., acaba quando as circunstâncias temporais (as carências), sempre momentâneas, deixam de existir. Pelo contrário, a base do amor profundo, a vontade de dar, de partilhar, fundamenta-se na verdade eterna. O amor incondicional é aquele que subsiste no tempo para além dos incidentes de percurso. A base do Amor a D’us.

Surgem então novos Cânticos, de Paz e Alegria, de equilíbrio do mundo. Um Tikun Olam, um reflexo da eternidade.

Lisboa, 3 de Outubro de 2005

29 de Elul de 5765

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Bibliografia

Tanach – Bíblia A Torah O livro dos Salmos O Livro dos Provérbios Ecles ias tes, com comentários do Rashi O Livro dos Reis I � Comentários da Mishnah, Maimônides (Rambam), � Tratado de Pirkei Avot (Ética dos Pais)

Nota: estes livros são lidos por mim em hebraico, periodicamente, ao longo de toda uma vida, em diferentes formatos e edições, difíceis de catalogar. Livros lidos ao longo de 9 anos � Assagioli, R. 1965. Psychosynthesis. New York: Viking. � Basseches, M. 1984. Dialectical thinking and adult

development. Norwood, N.J.: Ablex Press. � Bohm, D. 1973. Wholeness and the implicate order.

London: Routledge. � Boorstein, S., ed. 1980. Transpersonal psychotherapy.

Palo Alt o, Calif. : Science and Behavior Books. � Chafets, Chaim. Uma lição a cada dia. Ed. Maayanot. � Chalmers, D. 1995. The puzzle of conscious experience.

Scientific American, December 1995. � Dennett, D. 1991. Consciousness explained. Boston: Little,

Brown.

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energias complementares

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� Derrida, J. 1978. Writing and difference. Chicago: Univ. of Chicago Press. � Derrida, J. 1981. Positions. Chicago: Univ. of Chicago

Press. � Derrida, J. 1982. Margins of philosophy. Univ. of Chicago

Press. � Dessler, Eliyahu E. 2003. Em busca da verdade. Ed. Sefer � Forman, R., ed. 1990. The problem of pure consciousness.

New York: Oxford Univ. Press. � Foucault, M. 1970. The order of things. New York:

Random House. � Foucault, M. 1972. The archaeology of knowledge. New

York: Random House. � Foucault, M. 1975. The birth of the clinic. New York:

Random House. � Foucault, M. 1978. The history of sexuality. Vol. 1. New

York: Random House. � Foucault, M. 1979. Discipline and punish. New York:

Vintage. � Foucault, M. 1980. Power/knowledge. New York:

Pantheon. � Fowler, J. 1981. Stages of faith: The psychology of human

development and the quest for meaning. San Francisco: Harper and Row. � Habermas, J. 1979. Communication and the evolution of

society. T. McCarthy (trans.). Boston: Beacon Press. � Habermas, J. 1984-5. The theory of communicative action.

2 vols. T. McCarthy (trans.). Boston: Beacon. � Habermas, J. 1990. The philosophical discourse of

modernity. F. Lawrence (trans.). Cambridge: MIT Press.

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� Heidegger, M. 1959. Introduction to metaphysics. New Haven: Yale Univ. Press. � Heidegger, M. 1962. Being and time. New York: Harper

& Row. � Heidegger, M. 1968. What is called thinking? New York:

Harper & Row. � Heidegger, M. 1977. Basic writings. Ed. by D. Krell. New

York: Harper & Row. � Jackendoff, R. 1987. Consciousness and the

computational mind. Cambridge: MIT Press. � Jakobson, R. 1980. The framework of language. Michigan

Studies in the Humanities. � Jakobson, R. 1990. On language. Cambridge: Harvard

Univ. Press. � Kohlberg, L. 1981. Essays on moral development. Vol.

San Francisco: Harper. � Lacan, J. 1968. The language of the self. Baltimore: Johns

Hopskins. � Lacan, J. 1982. Feminine sexuality. New York: Norton. � Laszlo, E. 1972. Introduction to systems philosophy. New

York: Harper & Row. � Lovejoy, A. 1964 (1936). The great chain of being.

Cambridge: Harvard Univ. Press. � Maturana, H., and F. Varela. 1992. The tree of knowledge.

Rev. ed. Boston: Shambhala. � Murphy, Dr. Joseph. 1993. O poder do subconsciente. Ed.

Record � Murphy, M. 1992. The future of the body. Los Angeles:

Tarcher. � Murphy, M., and S. Donovan. 1989. The physical and

psychological effects of meditation. San Rafael, Calif.: Esalen.

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� Murti, T. 1970. The central philosophy of Buddhism. London: Allen and Unwin. � Neumann, E. 1954. The origins and history of

consciousness. Princeton: Princeton Univ. Press. � Nietzsche, F. Basic writings of Nietzsche. Trans. And ed.

by W. Kaufmann. New York: Modern Library. � Peirce, C. 1955. Philosophical writings of Peirce. Ed. by J.

Buchler. New York: Dover. � Piaget, J. 1977. The essential Piaget. Ed. by H. Gruber

and J. Voneche. New York: Basic. � Popper, K. 1974. Objective knowledge. Oxford:

Clarendon. � Popper, K., and J. Eccles. 1983. The self and its brain.

London: Routledge. � Riso, D. 1990. Understanding the enneagram. Boston:

Houghton Mifflin. � Rothberg, D. 1986a. Philosophical foundations of

transpersonal psychology. Journal of Transpersonal Psychology. 18: 1-34. � Searle, J. 1995. The construction of social reality. New

York: Free Press. � Servan-Schreiber, David. 2003. Guérir. Ed. Robert

Laffont. � Shapiro, D., and R. Walsh, eds. 1984. Meditation: Classic

and contemporary perspectives. New York: Aldine. � Sheldrake, R. 1989. The presence of the past: Morphic

resonance and the habits of nature. New York: Viking. � Sheldrake, R. 1990. The rebirth of nature. London:

Century. � Taylor, C. 1985. Philosophy and the human sciences

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� Varela, F.; E. Thompson; and E. Rosch. 1993. The embodied mind. Cambridge: MIT Press. � Wilber, K. 1983. A sociable God: A brief introduction to a

transcendental sociology. Boston: Shambhala. � Wilber, K. 1996a (1980). The Atman project. 2nd ed.

Wheaton, m.: Quest. � Wilber, K. 1996c (1983). Eye to eye: The quest for the new

paradigm. 3rd ed. Boston: Shambhala. � Wilber, K. 1997. The eye of spirit: an integral vision for a

world gone slightly mad. Boston: Shambhala.

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Anexos “Quem é sábio? Aquele que aprende com todos.”

Ben Zoma ,Pirkei Avot (Sabedoria dos Pais)4:1

Abundância

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As Energias Complementares... O Amor Incondicional.

Ilustraçãode Naomi Feinberg

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“Não faças chorar uma mulher, Pois D’us conta todas as suas lágrimas. A Mulher fez-se da costela, da costela do Homem, Não dos seus pés, para ser espezinhada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual,

(…) Debaixo do braço para ser protegida e junto do coração para ser amada.

Talmude (Tratado Kiddushim; Heretz Israel)

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As Energias Complementares... A Força

Escultura de Nava Tevet

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No Palácio do Teu Rosto O teu rosto é o meu palácio Os teus olhos – azuis, quase. O travesseiro para a minha alma

Quando o meu nome repousa no berço dos teus lábios macios Os meus membros tornam-se luz, uma a um Tornam-se brilho.

Quando com um sorriso e um copo de vinho, Dizes “l’chaim” (à vida!) ao meu sonho A minha fé grisalha rejuvenesce.

Quando com um sorriso, doce selo, Imprimes em ti o meu destino. O meu coração transforma-se numa escada para os céus.

O teu rosto é o meu palácio Os teus olhos – azuis, quase O travesseiro para a minha alma

Abraham Joshua Heschel (1907 - 1072) Rabino, filósofo, Poeta

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As energias complementares. A confiança.

Pintura a óleo de CLô

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A nossa vingança é amar A nossa vingança é amar Depois do nada, Teus olhos chegam a mim … Uma chuva de prata. A nossa vingança é amar Depois do nada, Tua mão entrelaçada na minha … Forma folhas, tronco e raízes. A nossa vingança é amar Depois do nada Os teus passos paralelos aos meus … Marcam o compasso, ritmos de dança por acabar. A nossa vingança é amar Para além do nada, Apesar do nada, Amar! Ruth Veiga Calvão

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Mercavah o que é? "Maasseh Mercavah" (História do carro) é uma das estruturas, junto com "Masseh Bereshit" (História do Génesis) nos quais repousa a Kabbalah. O Mercavah, o Veículo de Luz, o carro celeste da visão do Profeta Ezequiel, percorre os sete céus e é uma alegoria da elevação da alma à procura de D'us. É mencionada e descrita em Ezequiel 1:4-8 e 1:26. O Profeta Ezequiel, que em hebraico significa "D'us tornou forte" viveu no exílio da Babilónia em 429ac.

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Endereços de

Internet

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