energia solar

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Joel Claudiano Marcio Knopp Pedro Gustavo Schier Paulo Henrique Antunes Pierre ENERGIA SOLAR

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Page 1: Energia solar

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Joel ClaudianoMarcio Knopp

Pedro Gustavo SchierPaulo Henrique Antunes

Pierre

ENERGIA SOLAR

CURITIBA2010

Page 2: Energia solar

1 INTRODUÇÃO

O sol é fonte de energia renovável, o aproveitamento desta energia tanto como

fonte de calor quanto de luz, é uma das alternativas energéticas mais promissoras

para enfrentarmos os desafios do novo milênio. A energia solar é abundante e

permanente, renovável a cada dia, não polui e nem prejudica o ecossistema é a

solução ideal para áreas afastadas e ainda não eletrificadas, especialmente num

país como o Brasil onde se encontram bons índices de insolação em qualquer parte

do território. De acordo com um estudo publicado em 2007 pelo Conselho mundial

de Energia, em 2100, 70% da energia consumida será de origem solar. O objetivo do

trabalho é apresentar as formas de aproveitar a energia solar na geração de energia

elétrica.

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Page 3: Energia solar

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 O EFEITO FOTOVOLTAÍCO

O efeito fotovoltaico, que é a base da geração direta de eletricidade a partir da

energia solar é conhecido desde de 1839, através de estudos realizados, Alexandre

Edmond Becquerel (1820-1891). A utilização do efeito fotovoltaico para gerar

eletricidade. baseia-se na propriedade de certos materiais existentes na natureza,

denominados semicondutores, de possuírem uma banda de valência totalmente

preenchida com elétrons e uma banda de condução totalmente vazia a temperaturas

muito baixas. Quando os fótons da luz solar na faixa do espectro de radiação visível

incidem sobre este material excitam elétrons da banda de valência enviando-os a

banda de condução. A energia presente nos fótons é transferida para os átomos

liberando estes elétrons com alta energia. Uma barreira consegue impedir que estes

elétrons retornem a sua posição anterior podendo-se direciona-los para um circuito

elétrico, gerando-se uma tensão e uma corrente elétrica. O elemento semicondutor

mais utilizado atualmente é o silício. Quando se adicionam impurezas como o

fósforo ou como o boro, criam-se elementos de silício com excesso (tipo N) ou com

falta de elétrons (tipo P). Esses elementos podem ser combinados em uma junção

pn. Quando os elétrons em excesso do lado n são excitados por fótons solares,

atravessam a linha demarcatória formada na junção pn e são impedidos de retornar

por uma barreira que se forma na junção. Com isso os elétrons se acumulam do

lado p tornado-o um pólo negativo enquanto o lado N torna-se um pólo positivo.

Quando se interliga externamente os dois pólos, através de um fio condutor, há

passagem de uma corrente elétrica que tende a equilibrar os dois pólos novamente.

Se a incidência dos fótons solares sobre a superfície da célula é contínua a corrente

elétrica se manterá, transformando a célula em um gerador de eletricidade.

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Page 4: Energia solar

2.1.1 Evolução das células fotovoltaicas

A primeira geração de células fotovoltaicas consiste numa camada única e de

grande superfície p-n diodo de junção, capaz de gerar energia elétrica utilizável a

partir de fontes de luz com os comprimentos de onda da luz solar. Estas células são

normalmente feitas utilizando placas de silício. A primeira geração de células

constituem a tecnologia dominante na sua produção comercial, representando mais

de 86% do mercado.

A segunda geração de materiais fotovoltaicos está baseada no uso de

películas finas de depósitos de semicondutores. A vantagem de utilizar estas

películas é a de reduzir a quantidade de materiais necessários para as produzir, bem

como de custos. Atualmente (2006), existem diferentes tecnologias e materiais

semicondutores em investigação ou em produção de massa, como o silício amorfo,

silício poli-cristalino ou micro-cristalino, telúrico de cádmio, copper indium

selenide/sulfide. Tipicamente, as eficiências das células solares de películas são

baixas quando comparadas com as de silício compacto, mas os custos de

manufatura são também mais baixos, pelo que se pode atingir um preço mais

reduzido por watt. Outra vantagem da reduzida massa é o menor suporte que é

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Page 5: Energia solar

necessário quando se colocam os painéis nos telhados e permite arrumá-los e

dispô-los em materiais flexíveis, como os têxteis.

A terceira geração fotovoltaica é muito diferente das duas anteriores, definida

por utilizar semicondutores que dependam da junção p-n para separar partículas

carregadas por fotogestão. Estes novos dispositivos incluem células foto

eletroquímicas e células de nano cristais.

2.1.2 Rendimento de um gerador fotovoltaico

Vários parâmetros podem afetar o rendimento do conjunto de módulos solares

fotovoltaicos, também denominado gerador fotovoltaico. O principal deles é o

parâmetro radiação solar, que depende fundamentalmente da localização geográfica

da instalação bem como de sua inclinação e orientação. A temperatura dos painéis o

sombreamento parcial, o descasamento entre painéis, as resistências dos

condutores e o estado de limpeza dos painéis também influenciam na performance

do sistema gerador fotovoltaico.

Os efeitos da inclinação e orientação dos painéis no rendimento do gerador

dependem da razão entre a radiação direta e difusa locais. A inclinação e a

orientação exata não são, no entanto, críticas, ao contrário de uma percepção

freqüente de que módulos solares somente podem ser instalados em estruturas

voltadas para o norte (sul no hemisfério norte), de preferência móveis para poder

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Page 6: Energia solar

seguir o sol e que se assemelham mais a um satélite do que a um edifício. Para uma

grande variedade de orientações possíveis pode-se atingir um incidência de mais

95% da radiação máxima. Esta afirmação somente é válida para uma superfície livre

de obstruções.

Sob certas condições, uma célula solar parcialmente sombreada pode vir a

atuar como uma carga, o que pode levar a um aquecimento excessivo da célula e

possivelmente a destruição do módulo. Este efeito conhecido como hot spot, pode

ser evitado pela instalação de diodos de bypass entre cada célula de um módulo, o

que por outro lado leva a uma perda de rendimento.

2.1.3 Painéis Solares Fotovoltaicos

Painéis solares fotovoltaicos são dispositivos utilizados para converter a

energia da luz do Sol em energia elétrica. Os painéis solares fotovoltaicos são

compostos por células solares, assim designadas já que captam, em geral, a luz do

Sol, são projetados e fabricados para serem utilizados em ambientes externos, sob

sol, chuva e outros agentes climáticos, devendo operar satisfatoriamente nestas

condições por períodos de 30 anos ou mais. Sistemas solares fotovoltaicos

integrados ao envelope da construção podem ter a dupla função de gerar

eletricidade e funcionar como elemento arquitetônico na cobertura de telhados,

paredes, fachadas ou janelas.

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Page 7: Energia solar

Princípio de funcionamento de um Painel Fotovoltaico aplicado em um

sistema residencial:

Quando o sol brilha sobre os módulos solares há produção de corrente

elétrica, os condutores (fios/cabos) conduzem a eletricidade dos módulos ao

controlador de carga, que dirige a eletricidade para as baterias para carregá-las;

As baterias acumulam a eletricidade para uso diurno ou noturno e os

controladores de carga enviam corrente aos aparelhos de mesma tensão (Ex:

Lâmpadas 12V);

Os inversores devem ser ligados diretamente nas baterias e enviam corrente

aos aparelhos de tensão diferente (ex: TV 110V);

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Page 8: Energia solar

2.1.4 Autonomia do sistema

Para manter uma TV 29” ligada por 02 horas, o que consumiria 30A, seria

necessária a implantação de um módulo KC130 TM que mede cerca de 1,4x0.6m.

sendo que se for excedida a capacidade informada pelo fabricante, provavelmente

irá faltar energia.

A COPEL (Companhia Paranaense de Energia Elétrica), esta com um projeto

piloto que visa atender as comunidades mais isoladas no litoral do Paraná através

de energia gerada por painéis fotovoltaicos, segundo conclusões do LabSolar da

Universidade Federal de Santa Catarina para uma residência funcionar

adequadamente é preciso, no mínimo, um inversor de 1500 Watts de potência, ao

menos um conjunto de 08 placas solares de 210Wp, oito baterias de 220 amperes e

um controlador de carga de 220 amperes, cada unidade fotovoltaica saíra em torno

de R$ 40.000,00.

2.2 GRANDES INSTALAÇÕES SOLARES

O número e dimensão das centrais solares fotovoltaicas têm

aumentado substancialmente nos últimos anos, especialmente na Espanha, onde

localizam 40 das 50 maiores centrais.

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Page 9: Energia solar

2.2.1 Tipos de grandes instalações solares

2.2.1.1 Central de Torre Solar

Em suma nestas centrais existe uma torre receptora como mostra a figura que

recebe os raios refletidos por espelhos sempre orientados para o sol (helióstatos) e

é arrefecida por um sal liqüefeito O sal é bombeado para o depósito "frio" a cerca de

290ºC para a torre e daí segue para o depósito "quente" a 565ºC. Este sal é utilizado

para produzir vapor de água a 540ºC num gerador de vapor. Este vapor é utilizado

para accionar as turbinas da central, à semelhança do que ocorre noutros tipos de

centrais térmicas.

2.2.1.2 Dish Stirling

Este sistema de concentrador parabólico tem uma forma muito similar a um

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Page 10: Energia solar

grande satélite, e é constituído por uma superfície, geralmente em alumínio ou prata,

depositado em vidro ou em plástico, que reflete a radiação incidente para uma outra

superfície de absorção, mais pequena, a que se dá o nome de Focus, pois está

situado no ponto focal.

A eficiência de reflexão deste tipo de espelhos é de 95%, estes coletores têm

uma razão de concentração muito elevada, tendo por isso as maiores eficiências

para conversão de energia solar.

2.2.1.3 Concentradores parabólicos cilíndricos “TROUGH”

Os sistemas mais simples de concentradores parabólicos são os

concentradores cuja forma é cilíndrica e diferencia-se dos concentradores planos

pela particularidade de concentrar a radiação incidente antes de esta chegar ao

absorvedor.

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Page 11: Energia solar

Estes são parabólicos somente numa dimensão e usualmente são alongados.

Um concentrador parabólico cilíndrico é constituído por uma superfície espelhada

encurvada de forma parabólica, que tem a função de encaminhar os raios solares

para um tubo de absorção.

Neste tubo circula o fluido, aquecido por convecção natural, sendo que esta

circulação é efetuada através uma bomba auxiliar. Este fluido após atravessar o

absorvedor é encaminhado para um permutador de calor, que permitir trocas de

calor entre o fluido e água que se encontra armazenada num tanque de

armazenamento térmico.

2.2.1.4 Chaminé Solar

É constituído por um telhado de vidro (ou outro material transparente) que

forma uma estufa, por uma chaminé e por turbinas eólicas.

O ar sob um teto de vidro é aquecido por radiação solar e sobe através de

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Page 12: Energia solar

uma chaminé, o ar quente que acabou de subir é substituído pelo ar que entra pela

borda do teto de vidro e, em seguida, começa a aquecer.

Dessa forma o calor da radiação solar é convertido em energia cinética do ar

que sobe constantemente para movimentar a turbina construída na chaminé. A

turbina então converte, através de um gerador, a energia de movimentação do ar em

energia elétrica.

Ao contrário das centrais com espelhos refletores, o colector de vidro continua

a operar com céu nublado, utilizando a radiação difusa.

2.3 ENERGIA SOLAR NO MUNDO

Em 2004 a capacidade instalada mundial de energia solar era de 2,6 GW,

cerca de 18% da capacidade instalada de Itaipu. Os principais países produtores,

curiosamente, estão situados em latitudes médias e altas. O maior produtor mundial

era o Japão, seguido da Alemanha e Estados Unidos.

Entrou em funcionamento em 27 de março de 2007 a Central Solar

Fotovoltaica de Serpa (CSFS), a maior unidade do gênero do Mundo. Fica situada

em Portugal, numa das áreas de maior exposição solar da Europa tem capacidade

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Page 13: Energia solar

instalada de 11 MW, suficiente para abastecer cerca de oito mil habitações.

Muito mais ambicioso é o projeto australiano uma central de 154 MW, capaz

de satisfazer o consumo de 45 000 casas. Esta se situará em Victoria prevê-se que

entre em funcionamento em 2013 com o primeiro estágio pronto em 2010. A redução

de emissão de gases de estufa conseguida por esta fonte de energia limpa será de

400 000 toneladas por ano.

2.4 ENERGIA SOLAR NO BRASIL

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) começou a regulamentar a

geração de energia elétrica com fontes intermitentes (energia solar fotovoltaica e

eólica) somente em 2004, com a resolução 083. Este documento estabelece que o

fornecimento de energia por estes sistemas deve ser feito em corrente alternada e

tensão igual à usada nos sistemas de distribuição convencionais. Além disso, as

concessionárias que decidirem pela utilização desta opção tecnológica deverão

apresentar projeto para aprovação da Aneel, contemplando aspectos técnicos dos

sistemas, procedimentos para leitura e faturamento.

Conforme informa o professor de energia solar Ricardo Rüther, da

Universidade Federal de Santa Catarina. “Uma casa com uma conta de

aproximadamente 100 reais precisará de um sistema de dois quilowatt s de

potência, que custaria em torno de 14 mil dólares”. O preço médio do watt fica entre

4 e 5 dólares, cerca de cinco vezes mais caro do que o hidrelétrico, e o desempenho

varia de acordo com os índices de incidência solar de cada região.

Se nas áreas cobertas pela rede elétrica o preço da energia solar ainda

assusta, para as regiões mais afastadas trata-se de uma alternativa viável. Segundo

dados do Ministério das Minas e Energias, existem cerca de 10 milhões de

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Page 14: Energia solar

brasileiros vivendo em localidades sem energia elétrica.

2.5 ANÁLISE DAS VANTAGENS E DESVANTAGENS

2.5.1 Vantagens:

Redução dos impactos ambientais;

A energia solar é excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, pois

sua instalação em pequena escala não obriga a enormes investimentos

em linhas de transmissão.

Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável

em praticamente todo o território, e, em locais longe dos centros de

produção energética, sua utilização ajuda a diminuir a demanda

energética nestes e consequentemente a perda de energia que ocorreria

na transmissão.

2.5.2 Desvantagens:

Existe variação nas quantidades produzidas de acordo com as condições o

climáticas, além de que durante a noite não existe produção alguma, o que

obriga a que existam meios de armazenamento da energia produzida durante

o dia em locais onde os painéis solares não estejam ligados à rede de

transmissão de energia.

As formas de armazenamento da energia solar são pouco eficientes quando

comparadas por exemplo aos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), a

energia hidroelétrica (água) e a biomassa (bagaço da cana ou bagaço da

laranja);

3 CONCLUSÃO

A energia solar sem duvida vai contribuir muito para o parque gerador

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Page 15: Energia solar

mundial, atualmente ainda esta em evolução, não é uma forma de energia muito

consolidada comparada a hidroeletricidade, porém para alguns casos é mais viável,

em comunidades afastadas por exemplo ou onde não existam alternativas. Durante

a pesquisa percebemos também que o sol pode contribuir de diversas maneiras

com a economia de energia, em projetos que aproveitam melhor a iluminação

natural, ou utilizando a energia do sol para o aquecimento de água, medidas

simples que contribuem para a economia de energia.

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SABADY. A energia solar na habitação. Cetop,1979.

PALZ, Wolfgang. Energia solar e fontes alternativas. São Paulo: Hemus,1981.

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Page 16: Energia solar

Cartilha da Energia Solar. Disponível em http://www.solarbrasil.com.br Acesso em

03/04/2010

Energia Solar. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_solar Acesso em

02/04/2010.

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