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Área: CV ( x ) CHSA ( ) ECET ( )

ENERGIA METABOLIZÁVEL DA TORTA DE ALGODÃO PARA FRANGOS DE CORTE

Mirian Lima Fernandes (Graduanda em Zootecnia- PIBIC-UFPI), Dr. Leonardo Atta Farias, (Orientador do CPCE - UFPI - Bom Jesus).

Introdução

A avicultura se destaca como um dos setores mais organizados do agronegócio brasileiro.

Nos últimos anos teve um crescimento relevante, principalmente na produção e exportação de carne

de frangos, o que lhe permite ocupar a terceira e primeira posição mundial, respectivamente

(MENDES, 2010). De acordo com o presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA) o crescimento

na produção de frangos ocorreu em virtude do aumento considerável da população. Em 2010 foram

mais de 12 milhões de toneladas produzidas e em exportações, registrou-se novo recorde histórico

em volume, com total de 3,8 milhões de toneladas de frangos, exportadas para mais de 150 países

(UBAABEF, 2011).

Saber a composição em nutrientes de um determinado alimento é de extrema importância,

principalmente quando esses forem empregados na formulação de rações balanceadas. É a partir da

análise (química, física ou biológica) dos alimentos que se pode conhecer a composição química do

alimento em estudo, bem como identificar aspectos relacionados com a identidade, pureza dentre

outras propriedades gerais (aroma, aspecto, sabor) (PEREIRA et al., 2008). Portanto objetivou-se

avaliar o coeficiente de digestibilidade da matéria seca (CDMS) e da proteína (CDP) da torta de

algodão com Sulfato ferroso (Com SF) ou sem Sulfato Ferroso (Sem SF).

Metodologia

O experimento foi realizado na Universidade Federal do Piauí, Campus Professora Cinobelina

Elvas em Bom Jesus-PI.

Foram utilizados 128 frangos de corte macho, da linhagem Ross, com 14 dias de idade,

distribuídas de acordo com o peso médio.

As dietas experimentais foram constituídas por uma dieta referência (DR) a base de milho e

farelo de soja para atender as exigências nutricionais das aves,de acordo com ROSTAGNO et al,.

2011, e uma dieta teste contendo 80% da dieta referência e 20% de torta de algodão (DTA) e outra

dieta contendo 80% da dieta referência e 20% de torta de algodão (DTA) com a adição de sulfato

ferroso totalizando dois tratamentos. Para obtenção do coeficiente de digestibilidade da matéria seca

(CDMS), da proteína (CDP) e da EMA da torta de algodão, sendo os dois tratamentos constituídos

por adição ou não de sulfato ferroso, com seis repetições e oito aves cada repetição e distribuídos em

um delineamento inteiramente casualizado.

A dieta referência foi formulada para atender as exigências nutricionais das aves para fase,

considerando as exigências e composição química dos ingredientes conforme descrito por

ROSTAGNO et al. (2011), e a adição de sulfato ferroso foi realizada com base na relação de 2:1

(sulfato ferroso: gossipol).

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Para determinação do coeficiente de digestibilidade da matéria seca (CDMS), da proteína

(CDP) da torta de algodão foi utilizado o método de coleta das excretas de acordo com SAKOMURA

e ROSTAGNO (2007), onde a coleta foi realizada duas vezes ao dia, com intervalo de máximo de 10

horas para evitar a fermentação das mesmas, durante cinco dias tendo antes as aves passado por

cinco dias de adaptação as dietas.

Depois de coletadas as excretas foram acondicionados em sacos plásticos e identificados

por repetição, ao fim do período experimental foi determinado também o consumo de ração para

posterior realizar os cálculos da energia.

No fim do período experimental, as excretas foram descongeladas, homogeneizadas e

secadas em estufa de circulação forçada de ar a 55°C por 72h, depois de secas as amostra de

excretas foram moídas e analisadas assim como as dietas fornecidas foram determinados os teores

de nitrogênio, matéria seca e energia bruta (SILVA e QUEIROZ, 2002). Com os resultados foram

determinados os valores do coeficiente de digestibilidade da matéria seca (CDMS) e da proteína

(CDP) da torta de algodão, onde foi utilizado as equações propostas por MATTERSON et al. (1965).

Os dados do coeficiente de digestibilidade da matéria seca (CDMS) e da proteína (CDP) da

torta de algodão com ou sem sulfato ferroso foram submetidos à análise de variância pelo

procedimento GLM do SAS 9.0. As médias foram comparadas pelo teste Duncan com α=0,05.

Resultados e Discussão

Na tabela 1 estão apresentados os resultados do coeficiente de digestibilidade da matéria

seca (CDMS) e da proteína (CDP) da torta de algodão. Não houve diferença significativa para do

coeficiente de digestibilidade da matéria seca (CDMS), da proteína (CDP) entre os tratamentos.

Tabela 1. Coeficiente de digestibilidade da matéria seca (CDMS) e da proteína (CDP) da torta de

algodão com Sulfato ferroso (Com SF) ou sem Sulfato Ferroso (Sem SF).

Tratamentos CDMS (%) DCP (%)

Sem SF 28,02 61,20

Com SF 34,57 76,83

Probabilidade 0,4004 0,0679

CV (%) 37,31 14,41

O coeficiente de digestibilidade da matéria seca apresentou-se muito baixo para ambos os

tratamentos, entretanto os valores de CDP, estão próximos aos relatados por Rostagno et al. (2011).

Apesar de não significativo estatisticamente, o incremento na digestibilidade da proteína com a

adição de sulfato ferroso foi de aproximadamente 15%, mostrando que a adição de adição de sulfato

ferroso pode proporcionar maior disponibilização de proteína, visto que o ferro pode complexar o

gossipol.

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Conclusões

A adição de sulfato ferroso pode favorecer um aumento na disponibilidade de proteína da

torta de algodão para frangos de corte.

Apoio

À Universidade Federal do Piauí, ao Colégio Técnico de Bom Jesus – PI pela liberação das

instalações e a Nordeste rações pela liberação da fábrica de ração.

Referências Bibliográficas

MATTERSON, L.D. et al. The metabolizable energy of feed ingredients for chickens. Storrs: The University of Connecticut, Agricutural Experiment Station, 1965. 11p. MENDES, A. A. Avicultura Brasileira: avanços, gargalhos e desafios. In: CONFERÊNCIA FACTA 2010 DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AVÍCOLAS. 2010, Santos. Anais...Santos: FACTA, 2010. p. 123-138. PEREIRA, L. G. R. et al. Uso de co-produtos da agroenergia na alimentação animal. In: MUNIZ, E. N. et al. Alternativas Alimentares para Ruminantes II. Aracajú: Embrapa Tabuleiros. 2008. 267 p. ROSTAGNO, H. S. et al. Tabelas brasileiras para aves e suínos. Composição de Alimentos e Exigências Nutricionais. 3. ed. Viçosa, MG: UFV, 2011. 254 p. SAKOMURA, N. K.; ROSTAGNO, H. S. Métodos de pesquisa em nutrição de monogástricos. Jaboticabal: FUNEP, 2007. 283 p. UBABEF União Brasileira de Avicultura Relatório Anual. 2011.

SILVA, D.J. QUEIROZ. Análise de alimentos: métodos químicos e biológicos. 3.ed. Viçosa: UFV, 2002. 235 p.