energia de biomassa limpa e renovável

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2015 ENERGIA DE BIOMASSA LIMPA E RENOVÁVEL “Eu sou a minha cidade, e só eu posso mudá-la. Mesmo com o coração sem esperança, mesmo sem saber exatamente como dar o primeiro passo, mesmo achando que um esforço individual não serve para nada, preciso colocar mãos à obra. O caminho irá se mostrar por si mesmo, se eu vencer meus medos e aceitar um fato muito simples: cada um de nós faz uma grande diferença no mundo.” Paulo Coelho UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ PROFESSORA: BÁRBARA MONTEIRO Alunos: Agnes Mello; Anderson Machado; Danilo Souza; Jéssica Tavares;Fellipe Estevão; Larissa Bloot; Mariana Silva;

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Biomassa

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ENERGIA DE BIOMASSA LIMPA E RENOVVEL

ENERGIA DE BIOMASSA LIMPA E RENOVVEL1.1 Combustveis Fsseis

O uso controlado do fogo foi uma das maiores conquistas da humanidade. O ser humano aprendeu a usar as propriedades da queima da madeira (lenha) e do carvo vegetal, para dar um grande impulso ao processo civilizatrio. O fogo foi usado para a proteo contra predadores, para aquecimento diante do frio e para cozimento dos alimentos, especialmente a carne de outros animais usados na dieta como fonte de protena. A antropologia divide a cultura humana entre o antes e o depois do cru e do cozido.O outro grande salto do processo civilizatrio se deu quando o ser humano passou a usar os combustveis fsseis (carvo mineral, petrleo e gs) como fonte de energia para a produo agrcola, para turbinar a indstria, para a iluminao eltrica, para movimentar o transporte e para sustentar todas as atividades humanas, incluindo educao, sade e lazer.Foi graas aos combustveis fsseis que a populao passou de 1 bilho de habitantes em 1800 para 7 bilhes em 2011, crescimento de 7 vezes, enquanto a economia mundial cresceu 90 vezes em termos reais, no mesmo perodo (dados de Angus Maddison). Sem energia barata e abundante no haveria como gerar empregos, produzir tantos bens de consumo e alimentar tanta gente.Porm, a IEA (International Energy Agency) divulgou o relatrio World Energy Outlook, em novembro de 2012, mostrando que vai haver um crescimento da produo de combustveis fsseis nas prximas dcadas e os EUA podem se tornar uma nova Arabia Saudita na produo de energia fssil. Porm, alm de atrasar a transio para uma matriz de energia limpa, a maior produo de petrleo, carvo e gs vai agravar os problemas do aquecimento global e, como disse Robert Kuttner, em The American Prospect: Saudi America is unintended irony. This country is becoming an oligarchy make that oilagarchy.

1.2 Protocolo de Kyoto

1988: A primeira reunio entre governantes e cientistas sobre as mudanas climticas, realizado em Toronto,Canad., descreveu seu impacto potencial inferior apenas ao de uma guerra nuclear. Desde ento, uma sucesso de anos com altas temperaturas tm batido os recordes mundiais de calor, fazendo da dcada de 1990 a mais quente desde que existem registros. 1990: O primeiro informe com base na colaborao cientfica de nvel internacional foi o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudana Climtica, em ingls), onde os cientistas advertem que para estabilizar os crescentes nveis de dixido de carbono (CO2) o principal gs-estufa na atmosfera, seria necessrio reduzir as emisses de 1990 em 60%. 1992: Mais de 160 governos assinam a Conveno Marco sobre Mudana Climtica na ECO-92. O objetivo era evitar interferncias antropognicas perigosas no sistema climtico. Isso deveria ser feito rapidamente para poder proteger as fontes alimentares, os ecossistemas e o desenvolvimento social. Tambm foi includa uma meta para que os pases industrializados mantivessem suas emisses de gasesestufa, em 2000, nos nveis de 1990. Tambm contm o princpio de responsabilidade comum e diferenciada, que significa que todos os pases tm a responsabilidade de proteger o clima, mas o Norte deve ser o primeira a atuar. 1995: O segundo informe de cientistas do IPCC chega a concluso de que os primeiros sinais de mudana climtica so evidentes: a anlise das evidncias sugere um impacto significativo de origem humana sobre o clima global. Um evidente desafio para os poderosos grupos de presso em favor dos combustveis fsseis, que constantemente legitimavam grupos de cientistas cticos quanto a essa questo, para sustentar que no haviam motivos reais de preocupao. 1997: Em Kyoto, Japo, assinado o Protocolo de Kyoto, um novo componente da Conveno, que contm, pela primeira vez, um acordo vinculante que compromete os pases do Norte a reduzir suas emisses. Os detalhes sobre como ser posto em prtica ainda esto sendo negociados e devem ser concludos na reunio de governos que se realizar entre 13 e 24 de novembro deste ano em Haia, Holanda. Essa reunio conhecida formalmente como a COP6 (VI Conferncia das Partes).Esses so alguns dos temas-chave no debate de novembro de 2000, na VI Conferncia das Partes Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre Mudanas Climticas (COP6 - 6th Conference of the Parties - UNFCCC United Nations Framework Convention on Climate Change). A fim de entrar em vigncia, o Protocolo de Kyoto deve ser ratificado por, no mnimo 55 governos, que contabilizem 55% das emisses de CO2 produzidas pelos pases industrializados. Essa frmula implica que os Estados Unidos no podem bloquear o Protocolo sem o respaldo de outros pases. At o momento, 23 pases, incluindo Bolvia, Equador, El Salvador e Nicargua, j o ratificaram e outros 84 pases, entre eles os Estados Unidos, somente o assinaram (em 7 de agosto).

1.3 Agroenergia

O Brasil referncia na produo de agroenergia. Programas como os do etanol e do biodiesel atraem a ateno do mundo por ofertar alternativas econmica e ecologicamente viveis substituio dos combustveis fsseis. Menos poluente e mais barata, a gerao de energia com o uso de produtos agrcolas representa a segunda principal fonte de energia primria do Pas. O consumo do lcool supera o da gasolina e o biodiesel j conta com participao relevante na matriz de combustveis no Pas em mistura obrigatria com a gasolina.No mbito do Ministrio da Agricultura, o Departamento de Cana-de-acar e Agroenergia (DCAA), ligado Secretaria de Produo e Agroenergia (Spae),planeja e promove aes que mobilizem asociedade e Estadono sentido dereduzir o uso de combustveis fsseis, a ampliao da produo e do consumo de biocombustveis, a proteo do meio ambiente, maior participao no mercado internacional e a contribuio para a incluso social.O investimento em pesquisa a base para o desenvolvimento de tecnologias de produo agrcola, permitindo a identificao de plantas mais aptas, sistemas de produo mais eficientes e regies com potencial. O Plano Nacional de Agroenergia sistematiza as estratgias e aes para organizar e desenvolver propostas de pesquisa, desenvolvimento, inovao e transferncia de tecnologia. O objetivo garantir sustentabilidade e competitividade para as cadeias produtivas da agroenergia.Para orientar o mercado, o DCAA dispe dedados atualizados mensalmente das cotaes de preos, da produo e do mercado internacional. Com esses instrumentos e a participao da sociedade, tem-se assegurado resultados no aumento da oferta de produtos agroenergticos, na desconcentrao espacial da produo e na liderana mundial na produo de biocombustveis.

1.4 Biomassa

Pode ser considerado biomassa todo recurso renovvel que provm de matria orgnica - de origem vegetal ou animal - tendo por objetivo principal a produo de energia.A biomassa uma forma indireta de aproveitamento da luz solar: ocorre a converso da radiao solar em energia qumica por meio da fotossntese, base dos processos biolgicos de todos os seres vivos.Vantagens:Uma das principais vantagens da biomassa que seu aproveitamento pode ser feito diretamente, por meio da combusto em fornos, caldeiras, etc. Para que seja aumentada a eficincia e sejam reduzidos os impactos socioambientais no processo de sua produo, porm, esto sendo desenvolvidas e aperfeioadas tecnologias de converso mais eficientes como a gaseificao e a pirlise, tambm sendo comum a co-gerao em sistemas que utilizam a biomassa como fonte energtica.Atualmente, a biomassa vem sendo bastante utilizada na gerao de eletricidade, principalmente em sistemas de co-gerao e no fornecimento de energia eltrica para demandas isoladas da rede eltrica.Outra importante vantagem que o aumento na sua utilizao pode estar associado reduo no consumo de combustveis fsseis, como o petrleo e seus derivados, que no so matrias-primas renovveis.O Brasil, por possuir condies naturais e geogrficas favorveis produo de biomassa, pode assumir posio de destaque no cenrio mundial na produo e no uso como recurso energtico. Por sua situao geogrfica, o pas recebe intensa radiao solar ao longo do ano - o que a fonte de energia fundamental para a produo de biomassa, quer seja para alimentao ou para fins agroindustriais. Outro aspecto importante que possumos grande quantidade de terra agricultvel, com boas caractersticas de solo e condies climticas favorveis. No entanto, necessria a conjugao de esforos no sentido de que esta produo ou o seu incremento seja feito de maneira sustentvel, tanto do ponto de vista ambiental quanto social.Rotas possveis para converso de biomassa em energia:Existem diversas rotas para a biomassa energtica, com extensa variedade de fontes - que vo desde os resduos agrcolas, industriais e urbanos at as culturas plantadas exclusivamente para a obteno de biomassa. As tecnologias para os processos de converso so as mais diversas possveis e incluem desde a simples combusto ou queima para a obteno da energia trmica at processos fsicos-qumicos e bioqumicos complexos para a obteno de combustveis lquidos e gasosos.Principais fontes de biomassa:

- Biomassa de cultivos agrcolas

Entre as biomassas de cultivos agrcolas, o bagao e a palha de cana so consideradas algumas das mais importantes no contexto da agricultura brasileira, sendo aproveitadas em caldeiras para gerar energia nas usinas, alm do excedente energtico ter a possibilidade de ser acrescido ao sistema eltrico. Alm dos resduos provenientes da cultura da cana-de-acar, a grande maioria da culturas brasileiras gera biomassa que podem se utilizadas para a gerao de energia. No entanto grande parte queimada ou retorna ao solo atravs da incorporao dos restos de cultura. Podemos citar outros resduos tais como: a casca de arroz, cascas de castanhas, cco da bahia, cco de babau e dend, cascas de laranjas, etc.

- Biomassa de origem vegetal

Parte da demanda energtica brasileira ainda atendida pela queima de madeira. De acordo com o LPF/Ibama, os cerca de 50 milhes de metros cbicos de madeira em tora extrados por ano na regio amaznica produzem apenas 20 milhes de metros cbicos de madeira serrada. Do total, aproximadamente 60% desperdiado nas serrarias durante o processamento primrio. Em geral, mais 20% so desperdiados no processamento secundrio, gerando um imenso volume de resduos.

No Brasil, existe ainda muito resduo proveniente da atividade florestal sendo desperdiado, podendo, se bem utilizado, significar um acrscimo na gerao de energia principalmente para comunidades que no so beneficiadas pelo sistema eltrico nacional.

Concluso:Cuidar do meio ambiente apenas uma questo de atitude, se cada cidado fizer sua parte teremos um mundo melhor. Rita Lopes

Referncias bibliogrficas:http://www.greenpeace.org.br/clima/pdf/protocolo_kyoto.pdfhttp://www.agricultura.gov.br/desenvolvimento-sustentavel/agroenergiahttp://www.wwf.org.br/http://www.mma.gov.br/clima/energia/energias-renovaveis/biomassa