enem ciclo 1 prova 1 - apagada

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2014 Ciências Humanas e suas Tecnologias Ciências da Natureza e suas Tecnologias Verifique se este caderno de questões contém um total de 90 questões, sendo 45 de Ciências Humanas e suas Tecnologias e 45 de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Para cada questão, existe apenas uma resposta correta. Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a alternativa que corresponda à resposta correta. Essa alternativa (a, b, c, d ou e) deve ser preenchida completamente no item correspondente na folha de respostas que você recebeu, segundo o modelo abaixo. Observe: Não será permitida nenhuma espécie de CONSULTA nem o uso de máquina calculadora ou de dispositivos eletrônicos, tais quais celulares, pagers e similares. É proibido pedir ou emprestar qualquer material durante a realização da prova. Você terá quatro horas e trinta minutos para responder a todas as questões e preencher a folha de respostas. Não é permitida a saída antes de duas horas de duração da prova. ERRADO ERRADO ERRADO CORRETO A A A 1 2 3 4 5 6 7 Boa prova! Boa prova! Instruções para a prova Prova 1 Ciclo 1 AEP S SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL POLIEDRO

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2014Ciências Humanas e suas Tecnologias

Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Verifique se este caderno de questões contém um total de 90 questões, sendo 45 de Ciências Humanas e suas Tecnologias e 45 de Ciências da Natureza e suas Tecnologias.

Para cada questão, existe apenas uma resposta correta.

Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a alternativa que corresponda à resposta correta. Essa alternativa (a, b, c, d ou e) deve ser preenchida completamente no item correspondente na folha de respostas que você recebeu, segundo o modelo abaixo. Observe:

Não será permitida nenhuma espécie de CONSULTA nem o uso de máquina calculadora ou de dispositivos eletrônicos, tais quais celulares, pagers e similares.

É proibido pedir ou emprestar qualquer material durante a realização da prova.

Você terá quatro horas e trinta minutos para responder a todas as questões e preencher a folha de respostas.

Não é permitida a saída antes de duas horas de duração da prova.

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Instruções para a provaInstruções para a prova

Prova 1Ciclo 1

AEPSSISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL POLIEDRO

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ciências humanas e suas tecnologiasQuestÕes De 1 a 45

QuestÃo 1

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, qualificou o ataque com armas químicas na Síria como “crime de guerra”. O secretário, no entanto, não atribuiu responsabilidades. Ban Ki-moon exigiu que os respon-sáveis – não identificados por ele – “prestem contas” pelo que fizeram e frisou que o Conselho de Segurança tem a “responsabilidade moral” de não deixar passar em branco esta violação dos direitos humanos. [...]

O relatório dos inspetores das Nações Unidas nada diz sobre os responsáveis pelo ataque, mas este não é um caso isolado, já que a comissão da ONU sobre as violações de direitos humanos na Síria anunciou o início de investigação de outros supostos 14 ataques quími-cos, registrados desde setembro de 2011.

O conflito na Síria – em que a contestação popu-lar ao regime deflagrou uma guerra civil – causou mais de 110 mil mortes e fez dois milhões de refugiados, de acordo com as Nações Unidas. [...] Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-09-16/siria-onu-

diz-que-ataque-com-armas-quimicas-e-crime-de-guerra>. Acesso em: 31 out. 2013. (Adapt.).

As tensões que ocorrem na Síria têm despertado a atenção de organismos internacionais, como a ONU (Organização das Nações Unidas), e influem na disputa de poder entre as grandes potências mundiais no atual contexto das relações internacionais. Nesse sentido, faz parte das funções da ONU, em situações como a exposta sobre o conflito na Síria,a apoiar incondicionalmente os interesses das potên-

cias hegemônicas, a fim de evitar que esses países iniciem uma guerra nuclear contra os países em conflitos.

B incentivar a proliferação de armamentos de defesa, desde que obedecidos os requisitos estabelecidos pela instituição, como não provocar destruição em massa.

c impedir o surgimento de novas potências nucleares e a ação das antigas e, ao mesmo tempo, evitar o massacre da população civil em decorrência do uso de armamentos de destruição em massa.

D apoiar os Estados Unidos e seus aliados, uma vez que a Rússia sofre limitações do seu poderio bélico por conta das ações de seu governo contra as mi-norias do país.

e criar um bloco militar ocidental, com China e Rússia representando o Leste, utilizando recursos desses países para a defesa contra regimes ditatoriais, como o da Síria.

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QuestÃo 2

O ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso decla-rou [...] que as práticas políticas brasileiras “são erradas e deformadas” e que houve uma regressão para a República Velha no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “Hoje temos governo e oposição. Os partidos perde-ram espaço e não existe mais o que se chamava de presidencialismo de coalizão”, afirmou FHC durante um evento na Fundação Escola de Sociologia de São Paulo. Segundo ele, atualmente existem apenas dois lados: governo e a oposição. “O governo busca com seus recursos políticos e de outra natureza influenciar a opinião. Não é um bom sistema”. [...]Gabriel Bonis. “Governo Lula levou a política do Brasil para a República Velha, diz FHC”. Carta Capital. Disponível em: <www.cartacapital.com.br/politica/lula-

levou-a-politica-do-brasil-para-a-republica-velha-diz-fhc-221.html>. Acesso em: 12 set. 2013.

No texto, ao comparar o governo Lula à República Velha, o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso apresentou algumas características que, segundo ele, seriam comuns aos dois modelos de administração pública, embora tenham sido adotados em períodos distintos da história. Ainda que o ex-presidente Lula tenha governado o Brasil no século XXI e a República Velha tenha ocorrido no período de 1889 a 1930, ele afirma existirem similaridades. De acordo com as afirmações de Fernando Henrique Cardoso, tanto na República Velha como no governo do ex-Presidente Lula, foram comuns práticas comoa a utilização de expedientes como voto aberto,

curral eleitoral e eleitores fantasmas para garantir a continuidade de um projeto de poder em detrimento do interesse da maioria da população brasileira.

B a adoção de modelo político pautado em discus-sões entre grupamentos de diferentes bandeiras e interesses políticos, com representação do povo e constante busca de construção de coalizões para concretizar projetos de interesse coletivo.

c o uso do poder econômico e da máquina governa-mental para influenciar as decisões políticas de inte-resse nacional, com redução do poder dos partidos e vigência de um modelo em que o embate político estava limitado à situação e à oposição.

D o monopólio, por parte dos estados mais ricos – São Paulo e Minas Gerais, por exemplo –, mantendo privilégios para a elite e garantindo a destinação de mais verbas para seus estados, aplicadas em obras públicas e na preservação de seu domínio político.

e a centralização do poder político em um único partido, com a existência de outros agrupamentos políticos que, apesar de participarem de um pre-tenso jogo democrático, eram coagidos por milita-res a votar em favor do governo.

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QuestÃo 3

[...] cada pessoa singular está realmente presa; está por viver em permanente dependência funcional de outras; ela é um elo nas cadeias que ligam outras pessoas, assim como todas as demais, direta ou indire-tamente, são elos nas cadeias que as prendem. Essas cadeias não são visíveis e tangíveis, como grilhões de ferro. São mais elásticas, mais variáveis, mais mutá-veis, porém não menos reais, e decerto não menos fortes. E é a essa rede de funções que as pessoas de-sempenham umas em relação a outras, a ela e a nada mais, que chamamos “sociedade”.

Norbert Elias. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.

De acordo com o sociólogo Norbert Elias, a ideia de so-ciedade está diretamente ligada à dependência do ou-tro, das pessoas à nossa volta. Não é possível perceber de forma tão imediata essas ligações, mas a existência delas concretiza-se nas relações humanas diretas e in-diretas. Ao utilizar termos como dependência funcional, cadeias, grilhões de ferro e rede de funções, Elias defi-ne as relações humanas comoa espontâneas, criadas a partir da colaboração direta,

sem que interesses específicos norteiem os encon-tros entre os indivíduos e o funcionamento da socie-dade como um todo.

B interdependentes e baseadas no funcionalismo, ou seja, todo e qualquer encontro entre indivíduos pauta-se em interesses individuais e/ou corporati-vos associados a causas e motivações específicas.

c espontâneas, sob o aspecto individual, e interde-pendentes, quanto aos aspectos sociais, porém não associadas a interesses específicos, ou seja, não funcionais ou materialistas.

D espontâneas, por meio dos grilhões que associam as pessoas ao materialismo, simulando condições sociais mais nobres, como a interação entre os indi-víduos, e não havendo interesse específico por trás das relações.

e socialmente direcionadas por instituições e meca-nismos socioeconômicos invisíveis ao olho huma-no, os quais dizem às pessoas o que fazer, por onde andar, o que consumir, dando-lhes a falsa impres-são de livre-arbítrio.

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QUESTÃO 4 Pauta de exportações do império (em %)PRODUTOS 1851-1860 1861-1870 1871-1880

Café 48,8 45,5 56,6Açúcar 21,2 12,3 11,8Algodão 7,5 6,2 18,3Cacau 1,0 0,9 1,2

Borracha 2,3 3,1 5,5Fumo 2,6 3,0 3,4

Erva-mate 1,6 1,2 1,5Couros e peles 7,2 6,0 5,6

TOTAL 90,2 90,3 95,1Fonte: N. W. Sodré. “História da burguesia brasileira”. In: Ilmar R. Matos;

Márcia A. Gonçalves. O império da boa sociedade. São Paulo: Atual, 1991, p. 49.

Com base nos dados da tabela, relativos às décadas de 1850 a 1870, observa-se que o modelo econômico brasileiro vigente no período imperial, durante o governo de Dom Pedro II, evidenciouA a importância do Brasil no cenário mundial como

exportador de café, açúcar e algodão, que eram produtos de grande interesse aos maiores mercados, os quais, ao comprarem esses produtos, estimularam a entrada de recursos para a industrialização nacional.

B a diversidade da produção agrícola nacional, com primazia do café, do açúcar e do algodão, mas com o crescimento de outros gêneros que, nas décadas seguintes, seriam os pilares da economia nacional, como a borracha, o cacau e o fumo.

C os grandes investimentos na diversificação econô-mica nacional, com a ampliação do parque indus-trial em São Paulo e no Rio de Janeiro, apesar de a pauta de exportações indicar a forte inclinação agroexportadora do Brasil.

D a profunda dependência da cafeicultura, que, nesse período, representou entre 45% e 56% das expor-tações brasileiras, suplantando o açúcar como prin-cipal produto de exportação e definindo o país como nação agroexportadora monocultora.

E a continuidade do ciclo do café no Brasil, iniciado no século XVIII, na região das Minas Gerais, logo após o esgotamento da produção aurífera no país, aindadurante o período colonial, atingindo seu ápice entre 1850 e 1880.

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QuestÃo 5

Em julho, o comércio varejista do país cresceu 1,9% no volume de vendas e 2,0% na receita nominal, ambas na série com ajuste sazonal. Para o volume de vendas é o maior resultado desde janeiro de 2012 (2,8%), e para a receita nominal, é a maior variação desde junho de 2012 (2,4%). Na série sem ajuste sa-zonal, o volume de vendas cresceu 6,0% sobre julho de 2012, 3,5% no acumulado dos sete primeiros me-ses do ano e 5,4% no acumulado em 12 meses. Nas mesmas comparações, a receita nominal de vendas cresceu 13,8%, 11,6% e 12,2%, respectivamente.

IBGE Comunicação Social, 12 set. 2013. Disponível em: <http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=

1&idnoticia=2467>. Acesso em: 15 set. 2013.

O texto destaca o aumento das vendas do setor vare-jista no Brasil, cujas atividades são importantes para a economia do país. Dentre as principais justificativas para essa expansão, tem-sea o aumento da renda média do trabalhador brasi-

leiro, o que se deve a fatores como a redução do desemprego, tendo provocado grande incremento de população na faixa de renda conhecida como classe C.

B os programas do Governo Federal de incentivo ao consumo, que oferecem crédito facilitado para as famílias das classes B e C, desde que elas com-provem que têm renda familiar baixa e são mais numerosas.

c o expressivo crescimento da produção industrial brasileira, que atualmente consegue concorrer de forma muito equilibrada com a produção manufa-tureira de países emergentes, como a China.

D a redução da taxa de natalidade, pois as famílias que têm menos integrantes obrigatoriamente terão uma renda mais bem distribuída, podendo gastar mais no comércio varejista.

e as parcerias do Brasil com países do Mercosul, que garantem ao mercado varejista uma enorme quan-tidade de produtos manufaturados ali fabricados, com preços mais competitivos para o consumidor.

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QuestÃo 6

O conceito de violência simbólica foi criado pelo pensador francês Pierre Bourdieu para descrever o pro-cesso pelo qual a classe que domina economicamente impõe sua cultura aos dominados. Bourdieu, juntamen-te com o sociólogo Jean-Claude Passeron, parte do princípio de que a cultura, ou o sistema simbólico, é ar-bitrária, uma vez que não se assenta numa realidade dada como natural.

Nadime L’apiccirella. “O papel da educação na legitimação da violência simbólica”. Revista eletrônica de Ciências, nº 20, USP: 2003. Disponível em:

<www.cdcc.sc.usp.br/ciencia/artigos/art_20/violenciasimbolo.html>. Acesso em: 28 nov. 2013.

Pierre Bourdieu, grande sociólogo do século XX, cunhou importantes expressões e conceitos, como o de “violência simbólica”, conforme citado no texto.Sobre essa proposição em particular, é importante compreender tanto o conceito de violência quanto o de simbolismo. Uma das concretizações que Bourdieu considerava como “violência simbólica” era a própria educação. Parece contraditória, do ponto de vista so-cial, a percepção da educação, considerada libertária pela concessão de elementos do conhecimento ao indivíduo e ao tecido social, como concretização da “violência simbólica”; entretanto, para ele, essa asso-ciação era possível, poisa a organização do sistema educacional, com salas

de aula fechadas, com os alunos submetidos ao poder e ao controle dos profissionais da educação constitui forma de violência silenciosa e sutil.

B a autoridade dos agentes educacionais simboliza e evidencia elementos de violência simbólica por inibirem o pensamento livre, a criatividade e a au-tonomia dos alunos.

c o uso de expedientes como notas, suspensões e castigos, impostos pelos agentes educacionais aos alunos para sobre eles exercer controle, evi-dencia a violência simbólica existente na escola.

D a educação é um elemento de imposição ou per-suasão de valores sociais pertencentes aos gru-pos sociais dominantes que, de modo silencioso, condiciona os demais segmentos sociais a seus interesses e valores.

e a submissão dos alunos durante as aulas e ativi-dades propostas pelos agentes educacionais, sem qualquer outra opção aos educandos, com impo-sição de modelos e práticas, constitui violência simbólica.

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QuestÃo 7

Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/_yah7vf_hdvI/TPQ6d4xWLeI/AAAAAAAAAhM/LFc2thkyIfI/s1600/1.jpg>. Acesso em: 16 out. 2013.

A charge tem Getúlio Vargas como personagem cen-tral atuando em dois papéis, como uma das marione-tes e como o articulador do movimento de si mesmo e do popular com quem interage no “Teatrinho do Pai dos Pobres”. Nela, além da alcunha (o “pai dos pobres”) dada a Getúlio durante seus governos, aproximando-o da população devido a suas ações de caráter populista, há também a associação de Vargas ao sindicalismo. Considerando a charge e tendo em vista que os sindica-tos são representações dos interesses dos trabalhado-res na relação com seus empregadores e que o governo deve intermediar essas relações de forma imparcial, sobre a relação do governo varguista com os sindicatos e trabalhadores, é possível inferir que Vargas a agiu de forma calculada e política ao estabelecer as

leis trabalhistas, por isso começou a ser chamado de “pai dos pobres”, mas atrelou os sindicatos ao seu comando, elegendo pelegos para os cargos diretivos.

B foi realmente o “pai dos pobres”, pois, decisivo, agiu para que a relação entre patrões e emprega-dos ocorresse de forma justa, exigindo dos empre-gadores o respeito aos direitos trabalhistas criados na República Velha.

c manipulou os sindicatos, agindo em benefício dos empresários, por isso a charge ironiza a ideia de “pai dos pobres” ao fazer Getúlio “brincar” com questões primordiais para os interesses dos trabalhadores, como o sindicalismo.

D adotou o modelo sindical fascista de Mussolini, com os trabalhadores sob controle direto do Estado, sem que se estabelecessem sindicatos, sendo o Ministério do Trabalho intermediador das relações entre patrão e empregado.

e proibiu qualquer ação dos sindicatos durante seu governo, que via nessas instituições fins políticos e uma relação direta com os comunistas ligados a Carlos Prestes, criando o Ministério do Trabalho para intermediar as relações entre patrões e empregados.

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QuestÃo 8 Texto I

O Esclarecimento é a saída do homem da condição de menoridade autoimposta. Menoridade é incapacidade de servir-se de seu entendimento sem a orientação de um outro. Essa menoridade é autoimposta quando a sua causa reside na carência não de entendimento, mas de decisão e coragem em fazer uso de seu próprio entendimento sem a orientação alheia. Sapere aude! Tem coragem em servir-te de teu próprio entendimento! Este é o mote do Esclarecimento.

Immanuel Kant. “O Que é Esclarecimento?” In: Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007, p. 95-99.

Texto II

Disponível em: <http://ficcaoenaoficcao.files.wordpress.com/2012/03/calvin-e-haroldo-direito-inalienavel.jpg>. Acesso em: 14 out. 2013. (Adapt.).

Considerando o conceito desenvolvido por Kant sobre o Esclarecimento e a afirmação de Calvin sobre ignorância, tendo em vista a alienação trabalhada por Karl Marx em seus escritos, é possível constatar quea a ignorância é uma forma de liberdade, ou seja, a

alienação permite ao indivíduo eximir-se de qualquer compromisso social pelo puro desconhecimento das questões da vida. Já o Esclarecimento significa submeter-se ao sistema e à ditadura do conhecimen-to, que impõem dor e desconforto.

B a ignorância conduz à alienação, ou seja, ao desco-nhecimento e à ausência de participação nas ques-tões da vida. O Esclarecimento permite que, a partir do conhecimento, as pessoas estejam aptas a parti-cipar conscientemente da sociedade segundo o seu livre-arbítrio.

c a privação da liberdade pelo Esclarecimento fere o direito à felicidade, pois impele o sujeito a agir, visto que sua consciência o compele a isso, tendo em vista o movimento e as complexidades do mundo. Assim,a alienação gerada pela ignorância é o caminho para uma vida feliz.

D o Esclarecimento proporcionado somente pela edu-cação formal gera a superação da alienação e, como consequência, da ignorância. Ao esclarecer-se, o sujeito tem o poder da escolha, se quer ou não agir no mundo, opções que irão conduzi-lo à felicidade.

e a escola proporciona saberes que não permitem a emancipação real da alienação, apenas a supera-ção parcial da ignorância, não havendo, portanto, o Esclarecimento. Com isso, o indivíduo vive apenas a ilusão do saber e das escolhas conscientes, vi-vendo de forma incompleta e infeliz.

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QuestÃo 9 Brasil, África do Sul, Índia e China divulgam

declaração sobre mudanças climáticas

A preocupação com a inadequação dos atuais com-promissos dos países desenvolvidos na redução das emissões de gases de efeito estufa foi um dos des-taques do documento final da reunião ministerial do Basic – grupo formado por Brasil, África do Sul, China e Índia – realizada em Foz do Iguaçu (PR).

O encontro foi convocado para discutir uma posição comum para as negociações em curso sobre a Con-venção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC) e o Protocolo de Kyoto.

Para os representantes estatais, também é neces- sário mais apoio financeiro, tecnológico e de capa-citação dos países desenvolvidos para ações globais contra as alterações climáticas. O documento, assinado por representantes do Basic e mais Argentina, Fiji, Paraguai, Peru e Venezuela, também defendeu a ratificação rápida das emendas ao Protocolo de Kyoto, que estabelece o segundo período de compromisso do acordo, com vigência até 2020.

Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-09-16/brasil-africa-do-sul-india-e-china-divulgam-declaracao-sobre-mudancas-

climaticas>. Acesso em: 20 set. 2013. (Adapt.).

Os desafios ambientais estão presentes em todos os grupos de países, sejam eles desenvolvidos, emer-gentes ou subdesenvolvidos não industrializados. O Basic é um grupo que tem mostrado preocupação com essas questões. Os países que compõem o Basic têm em comuma a localização no hemisfério Sul, o que corrobora a

divisão proposta ao final da Guerra Fria de agrupar os países do mundo entre Norte desenvolvido e Sul subdesenvolvido.

B a ocorrência de problemas socioambientais muito semelhantes, destacando-se o uso intensivo do carvão mineral como fonte de energia primária.

c a atuação de organizações governamentais e partidos verdes pressionando lideranças locais a buscarem soluções eficazes para seus problemas ambientais.

D o papel do Estado como centralizador das deci-sões e a não aceitação dos acordos ambientais globais, representando uma postura de oposição às potências tradicionais.

e suas economias emergentes e o enorme potencial hu-mano e natural, resultando em maior reflexão sobre o modelo de crescimento econômico a ser adotado.

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QuestÃo 10

Redução de queimadas da cana já produz resultados

A substituição da colheita manual da cana-de- -açúcar pela mecanizada no Estado de São Paulo nos últimos seis anos, por força do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético, tem provocado a queda crescente das emissões de gases de efeito estufa (GEE) pelo setor agrícola.

Se esse ritmo de conversão for mantido nos próximos anos e, dependendo do tipo de manejo da cana-de-açúcar crua adotado, o setor poderá contribuir com mais da metade da meta de redução das emissões de GEE do estado. [...]

Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/17870>. Acesso em: 16 set. 2013. (Adapt.).

O setor sucroenergético tem se mobilizado para reduzir a queimada da palha de cana, uma técnica empregada para preparar os terrenos para novos plantios. A prática das queimadas pode ser vista como uma enorme contradição para a indústria do etanol, já que sua produção está associada a uma matriz energética menos poluente. Além das queimadas, outra contradição apresentada pela intensificação da produção de cana para a fabricação do etanol éa a tendência mundial de substituição definitiva da

gasolina e do óleo diesel pelo álcool combustível, principalmente nos países desenvolvidos, princi-pais entusiastas da produção deste.

B a possibilidade de essa produção, apesar da reno-vabilidade da cana-de-açúcar e da menor emissão de gases-estufa, incentivar o desmatamento e o uso intensivo dos solos agrícolas.

c o controle imposto pelo Protocolo de Kyoto, do qual o Brasil não é signatário, que não permite que o país promova maior expansão das lavouras decana e, consequentemente, da produção de etanol.

D a redução da participação da frota de carros conhecidos como flex no mercado nacional, o que dispensaria a preocupação com a expansão dos canaviais e provocaria a queda no crescimento da indústria automobilística.

e a participação praticamente incipiente do agronegócio da cana-de-açúcar no cenário internacional, o que torna essa produção muito pouco rentável tanto para os países desenvolvidos quanto para os países emergentes.

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QuestÃo 11

População brasileira deve chegar ao máximo (228,4 milhões) em 2042

A população brasileira continuará crescendo até 2042, quando deverá chegar a 228,4 milhões de pes-soas. A partir do ano seguinte, ela diminuirá gradual-mente e estará em torno de 218,2 milhões em 2060.

Esse é um dos destaques da publicação “Projeção da população do brasil por sexo e idade para o período 2000/2060 e projeção da população das unidades da Federação por sexo e idade para o período 2000/2030”, que o IBGE disponibiliza [...] na internet. [...]Disponível em: <http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=

1&busca=1&idnoticia=2455>. Acesso em: 15 set. 2013. (Adapt.).

De acordo com o IBGE, há uma tendência de redução do ritmo de crescimento da população brasileira, que deve começar a diminuir em valores absolutos a partir da década de 2040. Considerando esse aspecto, as causas dessa transformação para a sociedade brasileiraa são reflexo das políticas de inibição da natalida-

de criadas pelo Governo Federal, comprovando o desenvolvimento socioeconômico e a redução da miséria em diversas localidades do país.

B são resultado das políticas internacionais de redu-ção da natalidade, em especial nos países subde-senvolvidos, representando a evolução de todos os indicadores sociais do Brasil.

c não detêm relações profundas com intervenções políticas do Estado brasileiro, tendo como alguns de seus fundamentos o aumento da população urbana, a melhoria do nível social e a prática do planejamento familiar.

D não têm nenhum tipo de associação com as me-lhorias sociais observadas no Brasil nas últimas décadas, estando condicionadas apenas ao au-mento do custo de vida nos centros urbanos.

e não têm qualquer tipo de participação das autori- dades oficiais, tendo sua base no aumento de renda da população brasileira, podendo ser revertidas em um quadro de crise econômica.

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QuestÃo 12

Na cerimônia em homenagem aos 25 anos da Cons-tituição Federal, o presidente da Câmara dos Deputa-dos, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que, apesar de criticada por ser extensa, a Carta Magna do país conseguiu traduzir os anseios da maioria dos brasi-leiros. Para Alves, um dos constituintes, o texto de 1988 criou as “condições históricas” para a transição demo-crática do Brasil. “Há 25 anos, com a promulgação da Constituição, o Brasil transpôs definitivamente um mo-mento sombrio de sua história, quando as liberdades não eram respeitadas”, discursou Alves. “O povo, princi-pal personagem da nação, voltou a assumir a produção de seu destino”, acrescentou o peemedebista. [...]

Jornal do Brasil. “Constituição criou condições históricas para a transição democrática, diz Alves”. Disponível em: <www.jb.com.br/pais/

noticias/2013/10/09/constituicao-criou-condicoes-historicas-para-transicao-democratica-diz-alves>. Acesso em: 12 out. 2013. (Adapt.).

Considerando a afirmação do presidente da Câmara dos Deputados, ao referir-se à promulgação da Cons-tituição do Brasil em 1988, destacando que esta per-mitiu a transição democrática do país, com a supera-ção de um “momento sombrio” e o retorno do povo à condição de protagonista na história da nação, pode-se definir o momento em questão comoa a crise mundial do petróleo, na década de 1970,

que afetou a economia do Brasil, ocasionando a carestia, sendo que a Constituição de 1988 possi-bilitou um novo modelo econômico, o que estimu-lou o desenvolvimento e a recuperação do poder aquisitivo da população.

B o regime militar, que vigorou entre 1964 e 1985, sendo que a Constituição de 1988 efetivou a tran-sição democrática do país, dando ao povo o direito de escolha de seus governantes via eleições dire-tas para todos os cargos eletivos, inclusive para a presidência da República.

c a Guerra Fria, disputa ideológica entre União So-viética e Estados Unidos, com o Brasil assumindo posição de neutralidade devido à Constituição de 1988, o que devolveu ao povo a tranquilidade per-dida durante as décadas em que o país apoiou os EUA e foi ameaçado pela URSS.

D a época em que governos militares, civis autoritários e populistas comandaram o Brasil, entre 1950 e 1990, com liberdade democrática somente para os partidários da Arena ou do MDB, sendo que a Constituição de 1988 permitiu a criação de mais partidos e, com isso, a participação de mais brasileiros nos processos políticos.

e a época em que somente partidários do Comunismo e do Socialismo podiam votar, não atingindo a imensa maioria da população brasileira; com a Constituição de 1988, os partidos de esquerda, como o PCB ou o PC do B, tiveram o direito de participar de eleições no Brasil.

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QuestÃo 13

Zh – Seu conceito de “sociedade em rede” ganhou novas nuanças devido ao fenômeno das redes sociais e à cultura colaborativa da internet?

castells – Propus, em 1996, o conceito de socieda-de em rede para caracterizar a estrutura social emer-gente na era da informação, substituindo gradualmente a sociedade da era industrial. A sociedade em rede é global, mas com características específicas para cada país, de acordo com sua história, sua cultura e suas instituições. Trata-se de uma estrutura em rede como forma predominante de organização de qualquer ati-vidade. Ela não surge por causa da tecnologia, mas devido a imperativos de flexibilidade de negócios e de práticas sociais, mas sem as tecnologias informáti-cas de redes de comunicação ela não poderia existir. Nos últimos 20 anos, o conceito passou a caracterizar quase todas as práticas sociais, incluindo a sociabi-lidade, a mobilização sociopolítica, baseando-se na internet em plataformas móveis.

“‘A rede torna mais difícil a opressão’, diz Manuel Castells”. Entrevista ao jornal Zero Hora. Disponível em: <http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/

cultura-e-lazer/segundo-caderno/noticia/2013/06/a-rede-torna-mais-dificil-a-opressao-diz-manuel-castells-4164803.html>.

O trecho pertence a uma entrevista do sociólogo Manuel Castells ao jornal Zero Hora, no Rio Grande do Sul. A nova sociedade preconizada por Castells, um dos mais importantes expoentes da sociologia surgi-dos na virada do século XX para o XXI, como perce-bido no trecho da entrevista reproduzida, passa pela construção das redes. Para a “sociedade em rede”, o papel das tecnologias de informação e comunicação éa decisivo, tendo em vista que o aperfeiçoamento

dos computadores, a estruturação da internet, a velocidade crescente de transmissão das informa-ções, a mobilidade e outros recursos tecnológicos surgidos constituem as plataformas que intensifi-cam a conexão entre as pessoas e a construção das redes.

B primordial, pois o avanço da ciência está permitin-do a evolução dos recursos tecnológicos de forma acelerada, o que permitirá à humanidade, em pou-cos anos, contar com a inteligência artificial, que irá responder aos anseios e necessidades gerais das sociedades, liberando homens e mulheres dessas preocupações.

c pontual apenas, pois as tecnologias somente fa-zem a ponte entre as pessoas, acelerando a entre-ga de dados ou permitindo comunicação imediata, nada sendo além de ferramenta ou instrumental para as ações humanas, sem interferência direta nas relações entre as pessoas.

D relativo, dependendo sempre da forma como as pessoas utilizam as facilidades e os recursos pro-porcionados pela tecnologia, ou seja, o elemento primordial é o ser humano, e a existência ou não de computadores, internet e outros recursos não define ou estabelece a chamada sociedade da informação.

e insignificante, tratando-se apenas de recursos que, como automóveis, carros ou geladeiras, compõem o cotidiano, melhorando a qualidade de vida daspessoas, mas sem interferir em relações humanas ou sociais, dependentes sempre das pessoas e suas instituições para se consolidarem.

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QuestÃo 14

O debate a respeito dos resultados humanos da Revolução Industrial ainda não se libertou inteiramen-te dessa atitude. Nossa tendência ainda é perguntar: ela deixou as pessoas em melhor ou em pior situação? E até que ponto? Para sermos mais precisos, inter-rogamo-nos qual foi o volume de poder aquisitivo, ou bens, serviços e assim por diante, que o dinheiro pode comprar, que ela proporcionou a que quan-tidade de indivíduos, supondo-se que uma dona de casa possuidora de uma máquina de lavar rou-pa esteja em melhor situação do que outra, des-tituída desse eletrodoméstico (o que é razoável), mas também supondo que a felicidade individual consiste numa acumulação de coisas tais quais como bens de consumo e que a felicidade social consiste na maior acumulação possível de coisas pelo maior número possível de indivíduos (o que não é verdade). Saber se a Revolução Industrial deu à maioria dos bri-tânicos mais ou melhor alimentação, vestuário e ha-bitação, em termos absolutos ou relativos, interessa, naturalmente, a todo historiador. Entretanto, ele terá deixado de aprender o que a Revolução Industrial teve de essencial, se esquecer que ela não representou um simples processo de adição e subtração, mas sim uma mudança social fundamental. Ela transformou a vida dos homens a ponto de torná-las irreconhecíveis. Ou, para sermos mais exatos, em suas fases iniciais ela destruiu seus antigos estilos de vida, deixando-os livres para descobrir ou criar outros novos, se soubes-sem ou pudessem.

Eric Hobsbawm. As origens da Revolução Industrial. São Paulo: Global, 1979, p. 121-125.

O texto coloca em discussão a Revolução Industrial com base em duas questões primordiais: a mudança de estilo de vida das pessoas com o advento do indus-trialismo e o próprio conceito de felicidade adequado ao modelo industrial de produção e consumo em massa. Nesse sentido, a Revolução Industriala transformou significativamente a vida humana ao

permitir que toda a população, sem distinção, pas-sasse a viver com fartura, com benesses materiais evidentes, associadas a ciclos produtivos otimiza-dos pelas máquinas.

B não alterou significativamente a história humana quanto ao estilo de vida, somente quanto aos pro-cessos produtivos, visto que a incorporação de má-quinas e a maior velocidade de produção proporcio-naram apenas mais produtos para consumir.

c evolucionou a técnica do trabalho humano, ofere-cendo mais produtos, melhorando o modo de vida e permitindo aos homens desenvolver mais sua solidariedade, pois as máquinas otimizaram o pro-cesso produtivo, dando mais tempo ao trabalhador para se dedicar a outras pessoas.

D alterou somente os processos produtivos, incorpo-rando o uso de máquinas e imprimindo maior velo-cidade, o que gerou maior produtividade, sem, no entanto, alterar o modo de vida das pessoas.

e modificou, com o advento de processos que permi-tiram a produção ininterrupta de bens e produtos, as relações humanas e as atrelou ao consumo, atribuindo à aquisição de produtos e aos confortos materiais grande importância.

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QuestÃo 15 Texto I

[...] Quando se iniciou a construção do Muro de Berlim, em 1959, já se sabia que seria um símbolo poderoso da divisão do mundo nas esferas de influência capita-lista e socialista. A construção era vista como uma ne-cessidade do lado oriental, como uma barreira real e intransponível a ser erigida para evitar as deserções e debandadas em direção ao lado ocidental. Mais que um símbolo, o muro deveria representar a solidez e a fir-meza do mundo socialista (mesmo que demonstrasse a incapacidade do sistema no tocante ao abastecimento e garantia de uma boa qualidade de vida a seus cida-dãos ou, ainda, que expusesse a fragilidade política da Alemanha Oriental, abalada como os demais países do Leste pela falta de transparência e de democracia). [...] João Almeida Machado. Disponível em: <http://teste.planetaeducacao.com.br/

historia/muro_berlim.asp >. Acesso em: 12 out. 2013.

Texto II

Disponível em: <http://periscopio.bligoo.com.br/media/users/4/217332/images/public/27586/bligo-MuroBerlim.jpg?v=1281034004921>.

Acesso em: 17 out. 2013.

Considerando as informações do texto sobre o Muro de Berlim e a figura que mostra como era sua estrutura e seu esquema de segurança, é possível constatar que o Muro de Berlima era realmente necessário para que se firmassem as

bases ideológicas do mundo, permitindo sua coexis-tência e a livre adesão das nações ao sistema econô-mico capitalista dos EUA ou ao socialista da URSS.

B impediu radicais socialistas e capitalistas de deter o avanço das ideologias opostas na Alemanha, per-mitindo que simpatizantes de ambos os sistemas pudessem optar por viver na Alemanha Oriental ou Ocidental.

c simbolizou uma era na qual o Capitalismo e o So-cialismo, por meio de acordos formais, resolveram respeitar as opções ideológicas alheias, cada qual se isolando em seu mundo.

D tornou-se símbolo da Guerra Fria, com a divisão do mundo em dois blocos, socialista (URSS) e capitalista (EUA); cada uma dessas superpotên-cias buscava fortalecer mundialmente seu sistema socioeconômico.

e surgiu durante a Guerra Fria e serviu para conter o ímpeto imperialista de russos e americanos, cons-truído para firmar a fronteira que os líderes desses países teriam que respeitar para não provocar uma guerra global.

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QuestÃo 16

Valendo-se de uma vasta gama de ferramentas, arqueó-logos anunciaram ter detectado o momento crucial na história em que o Egito emergiu como um Estado único. Especialistas discutem há décadas quando foi que os turbulentos Alto e Baixo Egito se unificaram sob uma liderança única e estável pela primeira vez. Estimativas convencionais, baseadas na evolução dos estilos das cerâmicas encontradas em sítios funerários humanos, variam imensamente, de 3400 a 2900 a.C. […] As evidências arqueológicas e de radiocarbono foram, então, agrupadas em um modelo matemático, que calculou a ascensão do rei Aha – o primeiro de oito soberanos dinásticos do Egito antigo – como tendo ocorrido entre 3111 e 3045, com probabilidade de 68%. [...]

“Novo estudo estima surgimento dos primeiros faraós no Antigo Egito”. Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/ciencia/pesquisa/novo-estudo-

estima-surgimento-dos-primeiros-faraos-no-antigo-egito,cc736d91670e0410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html>. Acesso em: 13 out. 2013.

O surgimento do Estado centralizado do Egito, com a unificação do Alto e do Baixo Egito, constatada pelos pesquisadores por meio de modernas técnicas de análise de vestígios arqueológicos, deu-se com a ascensão do rei Aha, tendo por base povos que viviam ao longo do Nilo e que já haviam constituído meios de produção em comum na região. Dentre os elementos técnicos já dominados tanto no Alto quanto no Baixo Egito e que foram fundamentais para a história da unificação e civilização egípcia, encontram-se avanços agrícolas comoa plantio nas encostas das montanhas, usando o

relevo acidentado para o escoamento da água das chuvas, criando um sistema de drenagem eficiente, que permitiu prover os mercados locais e gerar excedentes para exportação.

B criação de sistemas baseados em aquedutos pelos quais a água do Rio Nilo era escoada de suas margens para os grandes núcleos de produção, localizados nas regiões mais centrais do território egípcio.

c uso da piscicultura, com a criação de grandes nú-cleos de produção de peixes que se tornaram a base da economia do Egito, proporcionando ali-mento básico para a população e tornando-se im-portante item de exportação.

D adequação aos ciclos naturais da região para ex-plorar as potencialidades do Rio Nilo em suas épo-cas de cheia, visando à máxima produtividade e ao provimento de estoques, sustentando o Egito no período de seca.

e utilização do período de cheia do Rio Nilo, que fertili-zava suas margens, possibilitando técnicas avança-das de irrigação e o plantio de cereais, como o trigo ou a cevada, que proviam os mercados locais, eram estocados ou exportados.

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QuestÃo 17 O Código Florestal atual estabelece como áreas de

preservação permanente (APPs) as florestas e demais formas de vegetação natural situadas às margens de lagos ou rios (perenes ou não); nos altos de morros; nas restingas e manguezais; nas encostas com declividade acentuada e nas bordas de tabuleiros ou chapadas com inclinação maior que 45°; e nas áreas em altitude superior a 1.800 metros, com qualquer cobertura vegetal.

Disponível em: <www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/codigo-florestal/areas-de-preservacao-permanente.aspx>.

Acesso em: 1 out. 2013. (Adapt.).

Em 2012, foi aprovado um projeto para atualizar o Código Florestal que vigora no país desde 1964. A manutenção das APPs é um dos elementos mais im-portantes presentes nas leis sobre a ocupação da terra no Código Florestal brasileiro. Considerando as reso-luções do Código Florestal e as ameaças à sua apli-cação, sobre as ações antropogênicas com relação à situação das APPs, pode-se dizer quea as APPs não têm nenhum tipo de relação com a

proteção ambiental de áreas urbanas, o que pode ser justificado pela ausência de áreas florestadas em cidades muito urbanizadas.

B as encostas são as APPs menos ameaçadas pelo uso agrícola dos solos, pois apenas as áreas com declividade ocupadas por moradias irregulares po-dem apresentar riscos de erosão.

c os topos de morros representam as áreas que con-têm nascentes e mananciais, mas que não estão mais ameaçadas pelo uso residencial, tendo em vista a ver-ticalização das cidades e a redução da favelização.

D as margens dos rios que têm sua ocupação voltada para a agropecuária são mais protegidas quando usadas para as pastagens, pois reduzem os pro-cessos erosivos devido à maior absorção de água.

e os mangues, enquanto áreas de preservação, têm como um dos maiores obstáculos a serem supera-dos a especulação imobiliária associada ao turis-mo litorâneo.

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QuestÃo 18

O cenário do livro O caçador de pipas é o Afega-nistão: desde antes da queda da Monarquia, passando pela invasão russa e pela implantação de um regime autoritário de cunho religioso e nacionalista, o Talibã. [...]

A obra conta a história de um menino rico, Amir, que mora em Cabul, capital do Afeganistão. Ele é atormen-tado pela culpa de ter traído seu amigo de infância, Hassan, filho de um empregado de seu pai. Amir e Hassan cresceram juntos, como seus pais, brincando, vendo fil-mes, participando de competições de pipas. Toda uma infância os une, mas somente depois de muitos anos Amir se dá conta da força desse relacionamento. [...]

Tempos depois, Amir, que havia saído do Afeganistão, volta para tentar resgatar o equívoco, mas não encontra mais o seu país como deixou há vinte anos. Ele encontra uma nação oprimida pelo Talibã.

Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/planos-de-aula/fundamental/portugues-o-cacador-de-pipas.htm>. Acesso em: 29 set. 2013. (Adapt.).

O comentário sobre o livro O caçador de pipas aponta para um momento importante da história do Afeganistão, durante a década de 1980. Ao comparar o momento registrado no texto ao momento dos ataques terroristas ocorridos em 11 de setembro de 2001, que culminaram com a queda das torres gêmeas do complexo World Trade Center, em Nova Iorque, percebe-se que as re-lações geopolíticas entre Afeganistão e Estados Unidosa pouco mudaram, pois, durante o período mencio-

nado no texto, a Rússia, enquanto União Soviética, invadiu o Afeganistão com o apoio do governo es-tadunidense, o que revela uma preocupação deste em deter as células terroristas da Al-Qaeda muito antes dos ataques de 2001.

B sofreram profundas alterações, pois, durante a invasão russa, os Estados Unidos demonstraram interesse no enfraquecimento do império soviético, tendo apoiado a resistência afegã, bem diferente da situação pós-11 de setembro de 2001, quando o exército estadunidense invadiu o Afeganistão embusca de Osama bin Laden.

c sofreram poucas transformações, principalmente se consideradas as alianças militares criadas entre Estados Unidos e Rússia após o fim da Guerra Fria, representadas na intervenção conjunta que esses dois países realizaram no Afeganistão, após os atentados.

D pouco mudaram, ainda mais após a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão em 1989, quando o país passou a ser governado pelo regime conser-vador dos talibãs, que recebia, e continua receben-do até os dias atuais, apoio financeiro e militar dos Estados Unidos.

e sofreram profundas alterações, pois os russos apoiaram Osama bin Laden, o que resultou em uma mudança de estratégia do governo dos Estados Unidos, que passou também a apoiar a Rússia e o Afeganistão no Conselho de Segurança da ONU.

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QuestÃo 19

Chega a 6 mil o número de haitianos que entraram no Brasil

de forma irregular este ano

O governo do Acre está preocupado com o aumento no fluxo migratório de haitianos que entram no Brasil de forma irregular pela fronteira do Acre com a Bolívia e com o Peru, especialmente pelo município de Brasileia (AC). Geralmente trazidos por agenciadores chamados de coiotes, eles já somam 6 mil somente este ano, segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Acre. O número, bem maior do que os 2,3 mil registrados no ano passado, corresponde a 75% do total de imigrantes haitianos que pediram refúgio ao chegar, sem visto, ao município – cerca de 8 mil – desde 2010. Naquele ano, o Haiti foi atingido por um terremoto de grande proporção, que devastou parte de seu território. [...]

Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-09-30/chega-6-mil-numero-de-haitianos-que-entraram-no-brasil-de-forma-irregular-este-

ano>. Acesso em: 1 out. 2013. (Adapt.).

A entrada de haitianos no Brasil faz parte de um conjun-to de imigrações que, nos últimos anos, tem aumentado bastante. Além deles, bolivianos, peruanos, chineses, africanos de diferentes nacionalidades, entre outros, têm adentrado o país de forma mais intensa, o que tem cha-mado a atenção de autoridades e analistas. Em linhas gerais, esses deslocamentos podem ser compreendidos comoa o resultado de políticas públicas que estão incen-

tivando as imigrações para o Brasil, buscando aumentar a quantidade de mão de obra especia-lizada em setores estratégicos, como atendimento médico, engenharia e educação.

B um aumento na capacidade do Brasil em receber imigrantes de países emergentes por conta de acor-dos formalizados entre os integrantes do Brics, que buscam preencher vagas de trabalho nos países do grupo.

c o resultado de uma combinação entre a estabilidade econômica brasileira atual e os problemas políticos e econômicos em países subdesenvolvidos, apesar de as imigrações não terem uma política de planejamen-to ou incentivo coordenada pelo governo brasileiro.

D o esforço dos países subdesenvolvidos em diminuir seus indicadores de exclusão social, realizando acordos com o Brasil para estimular as migrações, em razão da enorme capacidade do país em absorver a população imigrante.

e a persistência do Brasil em assegurar uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, fazendo com que o território brasileiro seja o principal alvo das imigrações internacionais, recebendo refugiados de conflitos civis, como no Haiti.

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QuestÃo 20

Um homem se humilhaSe castram seu sonhoSeu sonho é sua vidaE vida é trabalho...

E sem o seu trabalhoO homem não tem honraE sem a sua honraSe morre, se mata...

Não dá pra ser felizNão dá pra ser feliz...

Luiz Gonzaga Júnior. “Um homem também chora (guerreiro menino)”. In: Alô Alô Brasil. EMI-Odeon, CD1997.

Disponível em: <http://letras.mus.br/gonzaguinha/250255/>.

No mundo contemporâneo, prevalece o conceito cultural-mente estabelecido durante as revoluções burguesas dos séculos XVIII e XIX de que o trabalho enobrece. O não trabalhar, por sua vez, provoca o surgimento de um ele-mento social desconsiderado, estigmatizado e rejeitado. Hegel, um dos pensadores que abordaram o tema, afir-ma que o trabalho realmente é importante e valoroso para os homens. Marx, por sua vez, critica a exploração do trabalhador pelos proprietários dos meios de produ-ção, apesar de reconhecer a importância do trabalho. Já o pensador Paul Lafargue considera o trabalho fonte de“degeneração intelectual”.Analisando essas linhas de pensamento em comparação com o trecho da música de Luiz Gonzaga Júnior, cons-tata-se quea a humilhação do homem cantada na música refere-

-se à ideia de que, sem trabalho, ele perde a essên-cia da vida; trabalhar é, portanto, necessário, e a não produção condena-o à alienação e à degeneração intelectual, conforme Hegel e Lafargue.

B a música de Gonzaguinha vê o homem dependente do trabalho; sua ação produtiva o vicia e causa dege-neração intelectual, conforme Lafargue, em direção ao pensamento marxista, que vê no trabalho a alie-nação do ser produtivo.

c a música de Gonzaguinha fala que o trabalho eno-brece o homem, o que se aproxima do pensamento de Hegel; no entanto, há uma crítica ao modo capita-lista de vida, em conformidade com os pensamentos de Marx e Lafargue.

D há, na música, uma crítica ao trabalho, percebido como alienante e causador de “degeneração intelec-tual”, portanto conforme os pensamentos de Marx e Lafargue e em oposição à concepção mais otimista de Hegel.

e a música valoriza o trabalho, ação produtiva que dá sentido à existência do homem, concordando com Hegel, mas não considerando o sentido de alienação proposto por Marx ou a degeneração intelectual preconizada por Lafargue.

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QuestÃo 21 Texto I

Disponível em: <http://2.bp.blogspot.com/-Di3LOFvvI9k/T2tbKDdZK6I/AAAAAAAAFaM/eu7ouGqbbTc/s640/charge5443.jpg>.

Acesso em: out. 2013.

Texto II

A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem. Para que não possa abusar do poder, é preciso que, pela disposição das coisas, o poder freie o poder. Quando na mesma pessoa ou no mesmocorpo de magistratura o Poder Legislativo está reunido ao Poder Executivo, não existe liberdade, pois pode-se temer o que o mesmo monarca ou o mesmo Senado apenas estabeleçam leis tirânicas para executá-las tiranicamente. Não haverá também liberdade se o poder de julgar não estiver separado do Executivo. Se estivesse ligado ao Poder Legislativo, o poder sobre a vida e a liberdade dos cidadãos seria arbitrário, pois o juiz seria o legislador. Se estivesse ligado ao PoderExecutivo, o juiz poderia ter força de um opressor. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar oscrimes ou as divergências entre os indivíduos. [...]

Montesquieu. Do espírito das leis. Livro I. São Paulo: Nova Cultural, 2000.

O sistema de três poderes, autônomos entre si, foi pro-posto no século XVIII por Montesquieu, pensador ilumi-nista, com o objetivo de combater a concentração de poderes das Monarquias absolutistas na Europa, e se tornou base para a organização dos governos no mundo contemporâneo. Considerando a divisão de poderes pro-posta por Montesquieu, a charge apresentada traz novas considerações quanto a esse assunto. Nesse sentido, ela

a introduz a ideia de que a mídia supera todos os de-mais poderes e se estabelece como um quarto po-der, de caráter moderador, a defender os interesses do povo no Legislativo, Executivo e Judiciário.

B inclui a mídia como uma fonte de poder e influência que pode ser equiparada aos três poderes, ao mes-mo tempo em que evidencia o imobilismo do povo, submetido aos direcionamentos dos meios de comu-nicação de massa.

c evidencia a forte participação popular por meio de um quarto poder, a mídia, que se equipara aos po-deres Executivo, Legislativo e Judiciário, tornando a sociedade cada vez mais democrática.

D equipara a mídia aos três poderes, evidenciando sua influência sobre o povo, que, no entanto, tem autono-mia e influência tanto sobre os três poderes estabe-lecidos quanto sobre os meios de comunicação de massa.

e atesta a existência da mídia como influenciadora do povo, mas destaca que os poderes continuam con-centrados nas mãos dos representantes do povo que ocupam cargos no Executivo, Legislativo e Judiciário.

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QuestÃo 22

O mundo europeu, enquanto europeu, é uma cria-ção da Idade Média que, quase do mesmo passo, rompeu a unidade, pelo menos relativa, da civilização mediterrânica e deitou a eito para o cadinho os povos outrora romanizados juntamente com os que Roma nunca tinha conquistado. Nasceu então a Europa no sentido humano da palavra, uma Europa que, há que acrescentar, em nada coincide com as factícias divi-sões geográficas ultrapassadas. Digamos, se se qui-ser, para fixar as ideias, a unidade histórica que consti-tui, inegavelmente, a Europa do Ocidente e do Centro. E este mundo europeu, assim definido, não cessou desde então de ser percorrido por correntes comuns.

Marc Bloch. História e historiadores. Lisboa: Teorema, 1996, p. 153.

No final do século V, o Império Romano do Ocidente passava por um enfraquecimento de suas bases po-líticas e econômicas em decorrência das constantes invasões bárbaras e da desorganização política de seu poder central. Entretanto, a queda do Império Romano do Ocidente, em 476, não significou o fim de seu legado político-cultural, mas sima a criação de uma sociedade com ampla mobilida-

de social, herança do antigo direito consuetudiná-rio germânico.

B a culminação de um longo processo de fricção cul-tural entre povos latinos e germânicos em prol da unificação política dos pater familis.

c a fragmentação do espaço físico e do poder real, concentrados agora nas mãos do senhor feudal e do clero regular.

D a fixação de fronteiras na região mediterrânea, cor-respondente à Europa Ocidental e Central, conhe-cida na historiografia como pax romana.

e a fusão de elementos romanos (colonato, religião cristã) e germânicos (direito consuetudinário, frag-mentação política) para a criação de um sistema político, econômico e cultural baseado na terra, na honra e na religião.

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QuestÃo 23

Desde a Antiguidade, alguns textos mencionam nomes de artistas (como Zêuxis ou Apeles) e inauguram uma tradição de biografias de artistas no Ocidente. Embora esse fato seja raro na Idade Média, a figura do artista conquista uma condição autônoma, através de sua biografia. A leitura desses textos da Antiguidade até nossos dias, passando pelo Renascimento, revela de fato uma evolução histórica da imagem do artista, que desloca, mas nem por isso suplanta, os antigos modelos do “respeito crescente pela criatividade do divino artista”. Qualquer que seja o mundo à margem do qual o artista evolui (da corte de príncipes à boêmia), este não está isolado: “pertence à grande família dos gênios”.Martine Joly. Introdução à análise da imagem. Campinas: Papirus, 2006, p. 46.

Nascimento de Afrodite, obra atribuída a Apeles.

Botticelli. O nascimento de Vênus, 1483.

Na mitologia grega, há duas versões para o nasci-mento de Afrodite (ou Vênus, para os romanos), a de Homero e a de Hesíodo. Esta última mostra o nasci-mento de Afrodite a partir de um ato bárbaro: Cronos corta os órgãos de seu pai, Urano, e os atira ao mar; estes misturam-se a uma espuma branca, de onde nasce a deusa do amor. As duas imagens fazem alu-são ao nascimento de Afrodite, segundo a versão de Hesíodo. Baseando-se no texto e na análise das ima-gens, é possível inferir que,a por recuperar valores clássicos, o Renascimento

foi uma cópia da Antiguidade em termos artísticos

e filosóficos, pois não houve, no movimento artísti-co-filosófico, novas técnicas e novas reflexões so-bre as temáticas cristãs.

B embora tenha havido a criação de novos modelos físicos, anatômicos e filosóficos, a busca de refe- renciais gerais e universalistas que pudessem expli-car o mundo e a natureza de forma racional logo foi tolhida pela tradição teológica secular, preocupada com a preservação dos dogmas da religião.

c no que se refere aos pintores renascentistas, a re-tomada de temas clássicos greco-romanos acom-panhou significativas mudanças na situação dos artistas, que passaram a assinar seus quadros; assim, o artista medieval anônimo, que se consi-derava artífice de uma obra divina, cedia lugar a um artista que se considerava autor de sua obra.

D no século XV, há grandes desenvolvimentos técni-cos, como a utilização das noções de perspectiva, da tinta a óleo e de novos conceitos para a repro-dução de paisagens. A obra de Apeles pode ser claramente relacionada ao período da Antiguidade; a de Botticelli não pode ser considerada renascen-tista em virtude da ausência de perspectiva.

e ao revisitar a tradição clássica greco-romana, artis-tas do Renascimento passaram a pintar temas pa-gãos – como na obra de Botticelli –, possivelmente graças à convivência de artistas do final da Idade Média com as heranças materiais do Império Hele-nístico e pelo intenso intercâmbio comercial nas ci-dades da Itália meridional.

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QuestÃo 24 Texto I

A rigor podemos definir cidadania como um com-plexo de direitos e deveres atribuídos aos indivíduos que integram uma Nação, complexo que abrange direi-tos políticos, sociais e civis. Cidadania é um conceito histórico que varia no tempo e no espaço. [...] A noção de cidadania está atrelada à participação social e polí-tica em um Estado.

Kalina Vanderlei Silva. Dicionário de conceitos históricos. Verbete CIDADANIA. São Paulo: Contexto, 2009, p. 47.

Texto II

Das pessoas que devem ser havidas por naturais destes Reinos

Para que cessem as dúvidas que podem suceder sobre quais pessoas devem ser havidas por naturais destes Reinos de Portugal [Portugal, ilhas adjacentes e Algarve] e Senhorios deles [...].

1. Item não será havido por natural o nascidonestes Reinos de pai estrangeiro e mãe natural deles, salvo quando o pai estrangeiro tiver seu domicílio e bens no Reino, e nele viveu dez anos contínuos, por-que em tal caso os filhos, que lhe nascerem no Reino, serão havidos por naturais; mas o pai estrangeiro nun-ca poderá ser havido por natural, posto que no Reino viva, e tenha seu domicílio, por qualquer tempo que seja, como fica dito. E os nascidos no Reino de pai natural e mãe estrangeira serão havidos por naturais.

Ordenações Filipinas. Livro II, título LV. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1985, p. 489. (Adapt.).

Texto III

capítulo iDa nação espanhola

Art. 1. A Nação Espanhola é a reunião de todos os Espanhóis de ambos os hemisférios.

[...]

capítulo iiDos espanhóis

Art. 5. São Espanhóis1º Todos os homens livres, nascidos e domiciliados

nos domínios das Espanhas, e os filhos deles.2º Os Estrangeiros, que tiverem obtido das Cortes

carta de naturalização.

3º Os que sem ela tiverem 10 anos de naturaliza-ção, adquirida segundo a Lei em qualquer Povo da Monarquia.

4º Os Libertos, logo que adquirirem a liberdade nas Espanhas.

Constituição Política da Monarquia Espanhola promulgada em Cádiz, 1812. Tradução portuguesa de 1820, Coimbra. (Adapt.).

As Ordenações Filipinas entraram em vigor, em Portugal e seus domínios, em 1603 e, salvaguardando alguns adendos, permaneceram da mesma forma até a apro-vação de uma Constituição Liberal, em 1822. Esta úl-tima muito se utilizou dos critérios da Constituição de Cádiz (Espanha), promulgada em 1812, exceto no que se referia à cidadania portuguesa. Com base na leitura dos textos e na situação política da Península Ibérica no início do século XIX, é possível inferir quea a noção de cidadania ampla é uma característica

das Ordenações Filipinas, concedendo aos habi-tantes de todas as partes do Império Português o estatuto de cidadãos, sem restrição quanto às ori-gens ou discriminação.

B os direitos políticos, sociais e civis concernentes aos cidadãos do início do século XIX eram os mes-mos em todas as partes do Império Português, tanto na Ásia quanto na África e na América, fa-tor que garantiu a presença de grande contingente de deputados brasileiros na formação das “Cortes Gerais, Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa”, em 1821.

c a Constituição de Cádiz, mesmo sendo um exem-plo de constituição liberal, impunha suas limita-ções no acesso à cidadania espanhola, como era o caso de recém-libertos e estrangeiros, a exemplodo modelo filipino.

D se, por um lado, tomados pelas ondas liberais do início do século XIX, os deputados das Cortes Constituintes portuguesas se valeram dos critérios de Cádiz como modelo de sua própria constitui-ção, por outro, restringiram a cidadania portuguesa apenas aos nascidos em Portugal, ao contrário da ampla cidadania espanhola.

e é permitido, tanto pelas Ordenações Filipinas quanto pela Constituição de Cádiz, a um filho de homem estrangeiro ser naturalizado português ou espanhol, respectivamente, desde que observado um tempo mínimo de dez anos de domicílio do es-trangeiro no país; esse direito é estendido, igual-mente, ao estrangeiro.

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QUESTÃO 25

A nona Copa do Mundo, realizada no México em 1970, começou no dia 31 de maio. A chave em que o Brasil estava não era fácil: Inglaterra (então últimacampeã), Tchecoslováquia (vice-campeã de 1962) e Romênia. Era um grupo bastante forte e com muitas rivalidades em campo. O primeiro jogo foi contra a Tchecoslováquia, numa revanche da final de 1962. Os tchecoslovacos marcaram primeiro, mas os brasileiros viraram o jogo e garantiram a vitória por 4×1. Depois veio a temida Inglaterra, em um jogo difícil, no qual novamente a seleção canarinho conquistou a vitória com um gol ao final do segundo tempo. Após a vitória contra os ingleses, o Presidente Médici mandou um telegrama à delegação brasileira, no qual enviava seu comovido abraço de torcedor e elogiava as qualidades da seleção: técnica, serenidade, inteligência e bravura, todas elas resultantes do amadurecimento do grupo.

Lívia Gonçalves Magalhães. Histórias de futebol, 2010, p. 102.

O Brasil foi o escolhido para sediar 20ª edição da Copa do Mundo, em 2014, 64 anos após a primeira vez. Ao todo, a seleção brasileira ganhou cinco campeonatos, sendo o terceiro em pleno regime militar. A vitória da Copa de 1970 mostrou-se um importante instrumento político para o governo militar, pois representavaA o reflexo de uma situação interna estável, devido

ao milagre econômico brasileiro, que possibilitou à população pobre o acesso a bens de consumo du-ráveis, como televisores para acompanhar os jogos da Copa.

B uma oportunidade para o Governo Federal, marcan-do a primeira vez em que o governo brasileiro lan-çaria seus projetos políticos no meio futebolístico.

C uma associação da vitória com o próprio modelo de país, que pretendia se projetar dentre as potências econômicas mundiais, como pressupunha o mila-gre econômico articulado pelo então Ministro da Fazenda, Delfim Neto.

D a identificação do presidente Médici com o povo brasileiro por meio do laço afetivo de torcedor, o que causou comoção nacional e refreou a luta po-lítica da esquerda armada.

E um meio de difundir a ideologia política nos está-dios e arredores por meio da indicação do técnico da seleção brasileira pelo presidente da República.

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QuestÃo 26

O período entre 1870 e 1930 no Brasil foi marcado por uma intensa imigração, que, em uma primeira fase, foi de italianos, portugueses e espanhóis; mais tarde viriam os alemães, suíços, armênios, eslavos, judeus, árabes, japoneses e chineses, entre outros. Muitos desses imi-grantes viriam para substituir a mão de obra escrava nas lavouras de café. Com o desenvolvimento da pro-dução cafeeira e, mais tarde, com a industrialização, a população do Estado de São Paulo cresceria a uma ve-locidade vertiginosa, principalmente durante a República Velha. Esse período foi marcado pela política do café com leite e teve, dentre outras características,a além da diversificação da atividade econômica pau-

lista, que se originara dos lucros obtidos com o café, a alternância de poder político entre oligarcas minei-ros e cafeicultores paulistas.

B o único caso de reforma agrária massiva no Brasil e na América Latina, devido à necessidade de ocupar a mão de obra imigrante, com o avanço da fronteira agrícola em direção às regiões centrais do país.

c grande investimento estrangeiro entre 1924 e 1929, especialmente norte-americano e alemão, no Esta-do de São Paulo, de forma a empregar a mão de obra imigrante proveniente da Alemanha.

D a autonomia das províncias brasileiras como mar-co, já que o federalismo que regia a República permitia a alternância equilibrada de poder das oligarquias locais de maneira igualitária no coman-do da presidência.

e a mudança da capital para o Planalto Central, ocorrida no começo do século XX, pois não havia mais trabalho para o contingente imigratório que crescia anualmente nas cidades cafeicultoras do Oeste Paulista.

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QuestÃo 27

A guerra consiste não só na batalha, ou no ato de lutar: mas num período de tempo em que a vontade de disputar pela batalha é suficientemente conhecida.

Thomas Hobbes. Leviatã. 2 ed. Martins Editora, 2008.

Durante a Guerra Fria, embora houvesse o perigo iminen-te de uma guerra mundial, as duas potências da época, Estados Unidos e União Soviética, acabariam por equi-librar a distribuição global de forças após o término da Segunda Guerra Mundial, evitando ao máximo fazer uso de seus arsenais nucleares e de se enfrentarem em um conflito armado, pois seriam totalmente aniquiladas se o fizessem. Cada uma das duas superpotências represen-tava uma ideologia, que acreditavam ser um modelo para o mundo, mantendo vários países sob sua esfera de in-fluência política, cultural e econômica e com a preocupa-ção de que nenhuma ideologia, capitalista ou comunista, ultrapassasse a outra, econômica e militarmente. Assim, durante a Guerra Fria, a disputa entre essas duas potên-cias caracterizou-se, essencialmente,a pela corrida espacial, pela intervenção em conflitos

como a Guerra do Iraque, em 1991, e pelo apoio a governos ditatoriais na África e na América Latina, de forma a garantir sua influência nesses países.

B pela corrida espacial, pela corrida armamentista e pela intervenção em conflitos como a Guerra da Coreia e a do Vietnã.

c pela intensa espionagem, de forma a deter avanços na área militar e armamentista de ambos, reestabele-cendo-se, assim, o equilíbrio bipolar de poder.

D pela corrida armamentista e pela cooperação mútua da diplomacia dos governos das potências em troca de segredos militares, de forma a evitar guerras e a contribuir para o progresso social.

e pela ameaça das forças do Eixo na América Latina, pela corrida armamentista e pela intervenção maciça, tanto de russos como americanos, na Indochina.

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QuestÃo 28

Indústria brasileira tem o pior desempenho entre países emergentes

O desempenho da indústria brasileira em 2012 foi o pior entre 25 nações emergentes e importantes econo-mias da América Latina.

A queda de 2,6% na produção industrial do país foi, de longe, a mais acentuada do grupo. O Egito, segun-do pior colocado, registrou contração de 1,9%.

A indústria brasileira como componente do PIB (Produto Interno Bruto) – que, além da produção de ma-nufaturados, inclui setores como construção civil e ener-gia elétrica – também amargou a maior contração no mundo emergente. A queda desse indicador foi de 0,8%.

Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/05/1277195- industria-brasileira-tem-o-pior-desempenho-entre-paises-emergentes.shtml>.

Acesso em: 20 set. 2013.

O Brasil tem uma das maiores economias mundiais, tendo como uma de suas características marcantes o seu parque industrial diversificado. No entanto, a atual situação do desempenho industrial brasileiro indica uma das maiores crises atravessadas por esse setor, como mencionado no texto. Nesse sentido, a queda da produção industrial brasileira tem como motivaçãoa a elevação dos custos com a mão de obra, devido

à pressão exercida pelos sindicatos, o que ocorre em todo o território nacional em decorrência do fenômeno de desconcentração industrial.

B o encolhimento do mercado consumidor brasileiro, o que tem provocado a saída de empresas do Brasile a sua migração para outros países da América Latina, como Argentina e Uruguai.

c o maior valor agregado de produtos do setor primá-rio, o que produziu uma modificação na estrutura produtiva brasileira, pois o empresariado está priori-zando o investimento na produção de commodities.

D a difícil concorrência com as manufaturas de outros países emergentes e os fatores relacionados com o “custo Brasil”, como logística, carga tributária ecarência em desenvolvimento técnico-científico.

e a intensa nacionalização do parque industrial bra-sileiro, resultado das práticas neoliberais aplicadas durante a década de 1990, quando o país passou a restringir a presença de empresas multinacionais.

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QuestÃo 29

Os países africanos têm em comum a formação de suas fronteiras vinculada aos interesses das antigas metró-poles europeias, que desconsideraram os anseios das populações e a diversidade cultural das nações presen-tes no continente. Tal fato teve como resultado o esta-belecimento de regimes ditatoriais e infindáveis guer-ras civis, restringindo a África a uma função secundária no sistema capitalista global durante a maior parte do século XX. No contexto da Nova Ordem Mundial e das novas relações internacionais conhecidas como Sul-Sul, o papel atribuído à África está se transformando, pois,a após séculos de exploração colonial, finalmente há

um projeto de crescimento econômico em anda-mento para os países da África Subsaariana, fun-damentado nos países emergentes do continente que estão investindo nas nações mais pobres e periféricas.

B por conta do seu potencial natural e das facilidades fiscais que estão sendo oferecidas pelos governos de alguns países, que, por sua vez, recebem infra-estrutura e conseguem gerar empregos, países como Brasil, Índia e China estão se interessando pela África.

c por conta da crise econômica mundial, finalmen-te os países da África conseguiram ter condições para exportar seus produtos primários a preços mais competitivos no mercado global, encerrando o ciclo de dependência econômica em relação aomundo desenvolvido.

D recentemente, a democratização que tem se de-senvolvido no continente africano tem viabilizado a criação de um projeto de integração econômica, ajudando a superar as desigualdades em quase todos os seus países.

e por se tratar de uma potência regional, a África do Sul produz uma grande variedade de bens de con-sumo absorvidos pelo comércio inter-regional, e isso tem dificultado os investimentos de países da Ásia e da Europa na África.

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QuestÃo 30

Exército egípcio inunda túneis que conectam Sinai à Faixa de Gaza

[...] Estima-se que existam mais de 1.200 túneis en-tre o Sinai egípcio e a faixa palestina, que servem tanto para o contrabando de produtos como para o trânsi-to de pessoas. O bloqueio israelense está em vigor desde 2007, quando o Hamas expulsou o movimento Fatah da Faixa, por “razões de segurança”. A ONU já pediu que a medida fosse revogada por criar uma si-tuação “insustentável e inaceitável para 1,6 milhão de habitantes” na região.

Todos os bens precisam ser inspecionados antes de entrarem em Gaza, e Israel diz que algumas restri-ções precisam permanecer para itens que possam ser usados para produzir ou armazenar armas. [...]

O número já havia sido estimado entre 2.500 e 3.000, mas a rede diminuiu consideravelmente desde 2010, quando Israel amenizou alguns dos limites so-bre importações para o enclave. Seis palestinos mor-reram em janeiro em implosões de túneis, aumentando o número de mortos entre esses trabalhadores para233 desde 2007, incluindo cerca de 20 que morreram em ataques aéreos israelenses na fronteira, de acordo com um grupo de direitos humanos de Gaza.

Disponível em: <http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/27165/exercito+egipcio+inunda+tuneis+que+conectam+sinai+a+faixa+de+gaza.shtml>.

Acesso em: 5 out. 2013. (Adapt.).

Os túneis de Gaza demonstram a precariedade social da população árabe palestina e a necessidade de uma resolução pacífica para o conflito árabe-israelense. Os fatos relatados na reportagem e as relações geopolíti-cas existentes na Faixa de Gaza mostram quea o rápido crescimento da população palestina nes-

sa porção de território tem pressionado o Estado de Israel a promover projetos de redistribuição de renda e de construção de novas moradias, a fim de eliminar a pobreza existente.

B o bloqueio israelense a essa região persiste mesmo com a recente condição adquirida pelos palestinos de participar da Assembleia das Nações Unidas como Estado observador, sem direito ao voto nas resoluções da organização, mas com permissão para expressar suas opiniões.

c a presença militar de Israel nas fronteiras com essa região pode causar atritos com as tropas pa-lestinas, pois, mesmo sem constituir um país inde-pendente, a Palestina tem o direito de manter suas forças armadas para proteger a população civil dos grupos radicais judeus.

D o governo de Israel pratica o embargo comercial a essa região por ser uma área rica em recursos energéticos, como o petróleo, símbolo da eco-nomia dos países do Oriente Médio, o que torna Gaza estratégica para a economia do futuro Esta-do palestino.

e a utilização dos túneis na região é apenas uma das dificuldades que a população palestina tem enfren-tado para obter autonomia política, pois a ausência de uma saída para o mar é um dos maiores entra-ves para o comércio regional.

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QuestÃo 31

30º Batalhão de Infantaria na Guerra de Canudos. Disponível em: <www.joaquimnabuco.org.br/abl_minisites/media/06.jpg>.

Acesso em: 27 nov. 2013.

[...] O arraial foi uma comunidade religiosa, liderada por um beato, e a migração para Belo Monte deveu-se ao fascínio exercido pelo Conselheiro. O seu exemplo de vida, a entrega total a Deus e a vinculação desta profunda religiosidade com as necessidades materiais de um povo sofrido, abandonado pelo poder público, que só aparecia para recolher impostos, acabou transformando o arraial e a mensagem de seu líder em sinônimo de liberdade para o sertanejo, oprimido pelo latifúndio, pelo Estado e poruma Igreja distante e ausente. [...]

Marco Antonio Villa. Canudos: o povo da terra. 2 ed. São Paulo: Ática, 1995, p. 243.

Tanto a imagem quanto a citação retomam a Guerra de Canudos, que ficou conhecida como a “Guerra do Fim do Mundo” (1896-1897), em que se deu a com-pleta destruição do arraial de Canudos por tropas do governo Prudente de Morais, em quatro investidas militares. De caráter messiânico e de contestação ao regime republicano, o movimento de Canudos, liderado por Antônio Conselheiro, um beato místico tido como ameaça ao governo central e aos chefes políticos locais, atraiu muitos sertanejos para o arraial na Bahia. Atualmente, os integrantes do MST, Movi-mento dos Trabalhadores Sem Terra, defendem uma causa que também envolve muitos trabalhadores do campo e encontra ressonância na luta dos sertanejos de Canudos. Uma das características comuns aos dois movimentos se relaciona à luta

a pela terra, em defesa de condições de vida mais dig-nas e do fim da concentração fundiária nas mãos de poucos.

B pela terra, em defesa do recurso da luta armada e da guerrilha como forma mais eficaz de enfrentamento.

c contra o desemprego e por melhores salários no campo e na lavoura.

D pelo latifúndio em defesa dos grandes produtores rurais, que empregavam trabalhadores em excesso.

e pela pequena propriedade agrícola para a criação semiextensiva de gado e o cultivo de hortaliças.

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QuestÃo 32

Por democracia se entende um conjunto de regras (as chamadas regras do jogo) que consentem a mais ampla e segura participação da maior parte dos cidadãos, em forma direta ou indireta, nas decisões que interessam a toda a coletividade.

Norberto Bobbio. Qual Socialismo? Discussão de uma alternativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983, p. 55.

Tendo em vista os movimentos recentes ocorridos em diferentes partes do mundo, como a Primavera Árabe e as manifestações populares que ocorreram nas prin-cipais cidades do Brasil em junho de 2013, as ideias apresentadas pelo filósofo Norberto Bobbio quanto à democracia revelam quea as manifestações populares, ao apoiarem os apa-

ratos institucionais existentes em suas nações, afirmaram o conceito de democracia direta, con-firmando o desejo de manutenção das estruturas políticas vigentes, tanto no tocante às leis quanto no tocante aos grupamentos políticos.

B as regras do jogo foram contestadas de forma indireta pela população, pois, no conceito de democracia, a transformação social é operacionalizada de forma direta somente por representantes eleitos pelo povo, ou seja, as manifestações foram apenas ensejos e não fazem parte da democracia direta.

c não é possível fazer analogia entre o conceito de democracia apresentado por Bobbio e as manifes-tações populares no Brasil e a Primavera Árabe, pois esses eventos também foram promovidos no universo virtual, em que não há os ditames demo-cráticos do mundo real.

D a Primavera Árabe e as manifestações no Brasil estabeleceram um novo conjunto de regras, já co-locado em prática, configurando o conceito de de-mocracia direta; assim, o objetivo de criar novas leis e substituir governantes impopulares foi plena-mente atingido em ambos os contextos.

e o que foi colocado em questão foram as regras, a for-ma como estão organizadas e se realmente prezam pelos interesses da coletividade; o que foi colocado em prática foi a participação direta dos cidadãos, para que, por meio das manifestações, atingissem seus objetivos de modificação das regras do jogo.

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QuestÃo 33

A Monarquia absolutista foi uma forma de Monarquia feudal diferente da Monarquia dos Estados medievais que a precedeu; mas a classe dominante permaneceu a mesma [...].

Christopher Hill. “Um comentário”, citado por Perry Anderson. In: Linhagens do Estado absolutista. Brasiliense, 1995.

O absolutismo foi um período marcante da história, com atuação predominante no continente europeu. Com relação a esse período absolutista, considera-se quea o Absolutismo foi politicamente neutro, do ponto de

vista das classes sociais.B “Monarquia feudal” não condiz com Absolutismo,

muito menos com os Estados medievais.c o Absolutismo foi uma forma de dominação feudal

em que o monarca era soberano.D estados nacionais precederam a Monarquia na Idade

Média.e o Absolutismo tem como origem a proteção aos bens

e a defesa da democracia parlamentar representativa.

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QuestÃo 34

AMAZÔNIA

CAATINGA

CERRADO

MATA ATLÂNTICA

PAMPA

PANTANAL

1

2

3

4

5

6

4

6

5

4

3

21

Fonte: <http://siscom.ibama.gov.br/monitorabiomas>. Acesso em: 20 set. 2013. (Adapt.).

Devido à grande extensão territorial que o Brasil apresen-ta e à diversidade de solos e climas, foi necessário criar uma nomenclatura para classifi car certas características do território brasileiro. Uma das formas mais usadas para classifi car o território brasileiro atualmente é por meio dos biomas. O mapa em questão expõe a distribuição dos biomas brasileiros. Há correta relação entre o nome do bioma e o maior obstáculo para a sua preservação ema Amazônia – novas fronteiras agrícolas.B cerrado – expansão dos latifúndios de trigo.c Pantanal – projeto de transposição do Rio São

Francisco.D Mata Atlântica – construção da Usina Hidrelétrica

de Belo Monte.e pradarias – indústria madeireira.

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QuestÃo 35

Em fevereiro de 1906, foi feito um acordo econômico ar-ticulado pelos governadores de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro – respectivamente, Francisco Sales, Jorge Tibiriçá e Nilo Peçanha – para dar suporte à grave crise financeira que afetou a principal monocultura da época. O presidente Rodrigues Alves ratificou o acor-do, comprando do mercado grandes quantidades dessa produção, a fim de compensar a brusca queda do preço no mercado internacional. Este acordo é o a do Convênio de Taubaté, que deu origem à crise

cafeicultora e ocorreu no momento histórico conhecido como Estado Novo.

B da abertura dos portos, nascido para pôr fim à crise aurífera da República Velha brasileira.

c do Convênio de Ouro Preto, que intensificou a crise cafeicultora, levando à queda da República oligárquica.

D do Convênio de Taubaté, cujo objetivo era minimizar os efeitos da crise cafeicultora ocorrida na República oligárquica.

e do Convênio de Copacabana, que não foi eficaz devido à subsequente crise dos portos, sendo abolido no Estado Novo.

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QuestÃo 36

Mais de cem pessoas morreram no naufrágio de uma embarcação em que viajavam cerca de 500, perto da ilha de Lampedusa (Sul da Itália). Os viajantes eram imigrantes africanos, e cerca de 250 deles permanecem desaparecidos. [...]

[...] segundo relatos dos sobreviventes, o barco passou várias horas em alto-mar até que decidi[ram] por acender uma chama, de modo a facilitar a localização. Mas a embarcação pegou fogo, e muitos imigrantes tiveram de se lançar ao mar. Por fim, o barco virou. [...]

Nas últimas décadas, estima-se que cerca de 20 mil imigrantes morreram no mar tentando chegar à Europa. A ilha de Lampedusa fica a 113 km do litoral africano. Segundo a ONU, só em 2013, 40 pessoas morreram tentando chegar à ilha.

Fonte: <www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/10/1351108-naufragio-mata-mais-de-90-imigrantes-africanos-na-costa-italiana.shtml>.

Acesso em: 6 out. 2013. (Adapt.).

O episódio narrado na reportagem expõe um fenômeno de longa data: africanos que buscam, na Europa, me-lhores condições econômicas, fugindo da miséria e da instabilidade política que aflige seus países de origem. Diante dessa problemática, os países que integram a União Europeia

a facilitam o ingresso da população africana para suprir as demandas por mão de obra de baixa qualificação, pois, uma vez em território europeu, os imigrantes conseguem o benefício do passaporte comunitário, com autorização para deslocar-se por toda a Europa.

B não compartilham o ônus de recepção dos imigran-tes que chegam até a Europa, apesar das políticas de integração, cabendo às autoridades dos países onde ocorrem essas entradas as responsabilidades sobre a sua regularização, sobrecarregando países como Itália e Espanha.

c garantem todos os mecanismos de legalização de imigrantes de outros continentes que se dirigem para a Europa a partir de zonas costeiras, o que ajuda a definir uma das mais importantes políticas da União Europeia de combate ao desemprego em seus países-membros.

D dão o direito de ingresso em seus territórios à popu-lação dos países africanos, por conta dos tratados assinados durante o processo de descolonização da África, pós-Segunda Guerra Mundial, como uma for-ma de compensação da exploração colonial realiza-da pelas potências europeias.

e e que atravessam um período de crise econômica, como a Grécia, motivaram a busca dos imigran-tes africanos por novas rotas de migração a partir do Oceano Atlântico, a fim de permitir a navegação em direção aos países do Norte da Europa, que apresentam melhores condições socioeconômicas.

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QuestÃo 37

Com dificuldades para completar as obras da trans-posição do Rio São Francisco, cujo custo já explodiu, o governo analisa como cobrar do consumidor dosemiárido nordestino o alto preço da água. Para vencer o relevo da região, as águas desviadas do rio terão deser bombeadas até uma altura de 300 metros. O trabalho consumirá muita energia elétrica e esse custo será repassado, pelo menos em parte, à tarifa de água, que ficará entre as mais caras do país. [...]

A transposição do Rio São Francisco prevê a cons-trução de mais de 600 quilômetros de canais de concreto em dois grandes eixos para o desvio das águas. Ao longo do caminho, o projeto prevê a construção de nove estações de bombeamento de água. No eixo norte, haverá três estações de bombeamento, que elevarão as águas até uma altura de 180 metros. Depois da fronteira com o Ceará e no Rio Grande do Norte, o eixo contará com a gravidade para levar as águas. Com isso, o custo final da água deverá ser menor do que no eixo leste. [...]Disponível em: <www.estadao.com.br/noticias/nacional,transposicao-do-rio-sao-

francisco-esbarra-em-preco-da-tarifa-de-agua,816577,0.htm>. Acesso em: 5 out. 2013.

O projeto de transposição das águas do Rio São Francisco foi idealizado com o objetivo de diminuir a influência da seca na região, um fator que, apesar de natural, prejudica as famílias carentes que vivem no sertão nordestino. Considerando que a irregularidade das chuvas não seja o único fator responsável pela miséria social dos habitantes do sertão, o panorama de crise social pode ser minimizado coma a criação de polos industriais em áreas adjacentes

ao sertão, decorrentes da desconcentração industrial que está ocorrendo na região Sudeste.

B o agronegócio da cana-de-açúcar no litoral nordes-tino, uma oportunidade de empregar boa parte da mão de obra sertaneja e diminuir a necessidade de ações de combate à seca.

c uma redistribuição das terras agrícolas efetiva e inclusiva, valorizando a pequena produção em detrimento das grandes propriedades.

D a fruticultura irrigada, que já representa um dos prin-cipais vetores de crescimento econômico do sertão, contribuindo para a fragmentação das grandes propriedades.

e a retomada dos latifúndios de cacau e tabaco, im-pulsionando os movimentos populacionais sazonais para retirar do sertão as pessoas mais necessitadas.

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QuestÃo 38

Liberdade– Liberdade que estais no céu...Rezava o padre-nosso que sabia,A pedir-te humildemente,o pio de cada dia.Mas a tua bondade omnipotenteNem me ouvia.

– Liberdade, que estais na terra...E a minha voz cresciaDe emoção.Mas um silêncio triste sepultavaA fé que ressumavaDa oração.

Até que um dia, corajosamenteOlhei noutro sentido, e pude, deslumbrado,Saborear, enfim,O pão da minha fome.– Liberdade, que estais em mim,Santificado seja o vosso nome.

Miguel Torga, em “Diário XII”. Disponível em: <www.citador.pt/poemas/liberdade-miguel-torga>. Acesso em: 14 out. 2013.

O poeta português Miguel Torga (1907-1995) discorre sobre a liberdade colocando-a em questão quanto à relação do homem com a religiosidade. O que se evi-dencia na leitura é que Torgaa demonstra que a liberdade humana está diretamente

relacionada à religião e à necessidade de apego do homem a Deus, caminho para que se atinja de fato a liberdade.

B afirma, de forma sutil, que a liberdade para os homens não pode ser atingida enquanto houver submissão à religiosidade, pois, segundo ele, é preciso “olhar noutro sentido”.

c situa, ao dizer: “liberdade, que estais em mim”, a independência dos homens, em carne e espírito, como estando na relação com o divino, a transcendência e a espiritualidade.

D sacraliza a liberdade e a aproxima da religiosidade e de Deus ao usar a expressão “o pão da minha fome”, associando a fé e o divino a esse conceito como parte da vida humana.

e contesta Deus e a liberdade humana, afirmando que são incompatíveis, ou seja, os homens não têm como atingir a liberdade devido à incapacidade de compreender Deus, que está muito acima de seu entendimento.

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QuestÃo 39

O Centro-Oeste tem apresentado um bom planejamen-to no que se refere ao processo de urbanização da re-gião e à exploração de seus recursos naturais; no en-tanto, problemas semelhantes aos que outras regiões enfrentaram em décadas anteriores, como a especula-ção imobiliária e a precarização das condições de vida da população rural, têm surgido na região. A ocorrência dessas dificuldades se deve a à permanência do Sudeste como a região que po-

lariza os novos investimentos industriais do Brasil, deixando os estados do Centro-Oeste distantes de qualquer tipo de investimento produtivo e moderni-zação técnica.

B ao pouco dinamismo das atividades urbano-indus-triais da região, que não tem um centro urbano re-levante para a rede urbana brasileira em razão de ser constituída por apenas três estados.

c à produção industrial de Goiânia, vinculada ao se-tor extrativista vegetal, com grande quantidade de emissões de gases poluentes na atmosfera, sendo o único potencial industrial de Goiás.

D ao alto nível de minifundiarização da região, o que representa uma barreira para o aumento da produ-tividade agrícola, uma vez que as pequenas pro-priedades não podem ser mecanizadas.

e à falta de um projeto sustentável de desenvolvi-mento para a região, que tem no agronegócio o apoio para novas oportunidades econômicas e que apresenta uma das maiores taxas de crescimento econômico do país.

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QuestÃo 40 Texto I

O senador Richard Lugar, líder republicano da Co-missão de Relações Exteriores do Senado americano, disse [...] que a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 representam uma oportunidade única para que os Estados Unidos ampliem sua rela-ção comercial com o Brasil. [...]

De acordo com Lugar, com a perda de fatias do mercado brasileiro para países como a China, os Es-tados Unidos perdem também influência política na região e um potencial de geração de empregos em ter-ritório americano.

Disponível em: <www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/12/111202_senador_eua_copa_ac.shtml>. Acesso em: 7 out. 2013.

Texto II

Um relatório entregue ao governo britânico e ao prefeito de Londres sugere que os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2012 trouxeram uma receita adicional de 9,9 bilhões de libras (cerca de R$ 33,5 bilhões de reais) para a economia da Grã-Bretanha após o evento.

O documento atribui esse desempenho a novos contratos, vendas adicionais e investimentos estran-geiros nesse último ano.

Estimativas independentes sugerem que o lucro to-tal para o país com os Jogos Olímpicos será de entre 28 a 41 bilhões de libras (R$ 95 a R$ 139 bilhões) até 2020. [...]

Disponível em: <www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/07/130719_impulso_economico_olimpiadas_an.shtml>. Acesso em: 7 out. 2013.

Um dos maiores eventos esportivos do mundo é a Copa do Mundo, que, por onde passa, deixa muita his-tória. Nos próximos anos, o Brasil será palco de dois dos maiores eventos esportivos. Considerando as in-formações contidas nos textos, infere-se que a orga-nização da Copa do Mundo de Futebol e dos Jogos Olímpicos no Brasil têm como um de seus objetivosa atrair turistas e investimentos para o setor de

produção de energia.B provocar um sentimento de orgulho nacional e

omitir os problemas do país.c demonstrar credibilidade para receber futuros

investimentos em diversas atividades.D abrigar maior quantidade de turistas e viajantes,

apenas.e construir grandes estádios e atrair mais visitantes

para o Brasil.

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2014 2014

QuestÃo 41 Texto I

Disponível em: <http://f.i.uol.com.br/fotografia/2013/02/05/238888-970x600-1.jpeg>. Acesso em: 14 out. 2013.

Texto IIBrasilMostra a tua caraQuero ver quem pagaPra gente ficar assimBrasilQual é o teu negócio?O nome do teu sócio?Confia em mimGrande pátria desimportanteEm nenhum instanteEu vou te trair(Não vou te trair)[...]

Cazuza. “Brasil”. Disponível em: <www.vagalume.com.br/cazuza/brasil.html#ixzz2gwYxQQIk>. Acesso em: 6 out. 2013.

Nas duas referências, o tema principal é a ética, pen-sada a partir de sua inexistência ou ausência. A letra da música de Cazuza e a charge deixam isso evidente aoa demonstrar contextos bastante específicos onde

está estabelecida a corrupção, em que há preços adicionais a serem cobrados, em que sócios fe-cham negócios e estes significam de algum modo traição com relação a alguém ou mesmo a toda a sociedade.

B falar especificamente sobre o Brasil, onde a falta de ética é quase uma instituição nacional, seja na política, nos negócios, na cultura ou na sociedade, atingindo praticamente todos os cidadãos que as-sim agem de forma direta ou indireta.

c aludir especificamente à política na qual reina a falta de ética de forma exclusiva, como é possível perceber nos escândalos constantemente apre-sentados pela mídia, como desvios de verba, men-salões e licitações fraudulentas.

D mostrar que a falta de ética se evidencia unica-mente em associação ao dinheiro, que é o grande mal da humanidade, pois desvirtua os homens, fa-zendo com que uns enganem os outros.

e associar a falta de ética aos empresários que são os donos do dinheiro e que, como tais, são respon-sáveis pela corrupção entre os políticos, pois, sem propina, a corrupção não existiria.

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QuestÃo 42

Além de serem comercializados entre as socieda-des africanas não islamizadas e nas rotas do Sael e do Saara – estas sim islamizadas –, os escravos estavam entre as mercadorias exportadas para a Península Arábica pelos portos da costa oriental, pelos quais po-diam também ser levados à Pérsia e à Índia, junto com mercadorias de luxo, como marfim, ouro, pele e essên-cias naturais. Assim, quando os primeiros europeus chegaram à costa atlântica africana, e entre outras coisas se interessaram por escravos, abriu-se mais uma frente do comércio de gente. [...]

Marina M. Souza. África e Brasil Africano. 2 ed. São Paulo: Ática, 2007, p. 49.

O sistema de escravidão de negros africanos per-sistiu por muitos anos. O texto trata da escravidão no continente africano durante o século XIX. Con-siderando a chegada da escravidão africana na América portuguesa, nesse mesmo momento his- tóricoa ocorria um processo de escravidão autônomo nes-

sa região, aproveitando-se da dificuldade de adap-tação dos africanos, que vinham buscar novas oportunidades.

B ocorria um processo de escravidão na América, que só aconteceu pela influência do comércio ára-be e de suas rotas comerciais, que chegavam até o continente americano.

c havia a possibilidade de que os europeus aprovei-tassem uma estrutura de escravidão já conhecida pelos africanos, abrindo-se mais uma frente de comércio de pessoas com base em estruturas de dominação preexistentes.

D havia uma motivação para a existência da escra-vidão, que surgiu unicamente para dar suporte ao comércio de artigos de luxo da Pérsia e da Índia.

e existia o desconhecimento, por parte dos euro-peus, da possibilidade de utilizar mão de obra escrava proveniente do continente africano antes de sua chegada à América portuguesa.

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QuestÃo 43

Uma frase de Hugo Chávez resume o que ele re-presenta para a Venezuela e o sentimento de orfandade que milhões de venezuelanos estão sentindo neste mo-mento em que sua morte é anunciada. Chávez morreu às 16h25min (17h25min, horário de Brasília) de hoje em razão de um câncer. Disse ele certa vez: – Já sei que nunca me irei porque ficarei para sempre nas ruas e nos povoados da Venezuela, porque Chávez já não sou eu, Chávez é a pátria.

Disponível em: <http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/mundo/noticia/2013/03/morre-o-presidente-venezuelano-hugo-chavez-4064611.html>.

Acesso em: 5 out. 2013.

O governo de Hugo Chávez ficou mundialmente reco-nhecido pela centralização da estrutura de poder e pelas políticas de redistribuição de renda, que obtiveram rela-tivo sucesso na erradicação da pobreza na Venezuela. O projeto chavista fundamentou-se notoriamente por quais aspectos?a Distanciamento geopolítico com relação aos Es-

tados Unidos e criação de um eixo de esquerda política na América Latina.

B Aproximação comercial com a União Europeia e fundação de um regime autoritário e conservador.

c Aproximação econômica com o Mercosul e pri-vatização da economia, com a venda de estatais venezuelanas.

D Distanciamento político com relação ao Brasil e instauração de uma ditadura de partido único.

e Aproximação comercial com relação à China e criação de um eixo político neoliberal na América do Sul.

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QuestÃo 44 Texto I

Disponível em: <http://blogdotarso.com/2012/12/29/charge-capitalismo-e-individualismo>. Acesso em: 23 out. 2013.

Texto II [...] ser humano não é apenas seguir os desejos individuais. A ideia de felicidade ocidental falhou. A introspecção, o interesse próprio, perseguir valores que não envolvam o coletivo… Temos a tendência a sentir compaixão uns pelos outros. Somos criaturas empáticas. Há estudos que mostram que compaixão dá prazer. Somos também coletivos. Formamos comu-nidades de todos os tipos, o tempo inteiro. As pessoas estão, cada vez mais, querendo fazer parte de algo maior do que elas mesmas.Roman Krznaric. Disponível em: <www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/

setembro/colocar-se-no-lugar-do-outro-e-a-verdadeira/popup_impressao>. Acesso em: 23 out. 2013.

Perseguir o interesse próprio foi a grande propaganda do último século, segundo o filósofo Roman Krznaric. Ao comparar a charge com o pensamento de Roman, demonstrado no trecho, observa-se que o tema em questão é o individualismo e a vida em sociedade. Quanto a esses aspectos, infere-se quea a charge e o texto estão em consonância, pois

Krznaric afirma que os desejos individuais consti-tuem a ideia de felicidade e realização nas socie-dades ocidentais, o que é apresentado na charge na busca de cada personagem pela construção de seu próprio destino e salvação.

B a charge e o texto estão em dissonância, pois a imagem mostra os homens trabalhando cada um por si, enquanto Krznaric afirma que estamos vivendo um momento em que as pessoas parecem entender cada vez mais a necessidade da empatia e do coletivo.

c a ideia de felicidade no mundo ocidental, segundo Krznaric, passa pelo individualismo, que, apesar de algumas pessoas trabalharem no coletivo, ainda hoje prevalece, como retrata a charge, com cada personagem construindo seu próprio bote salva-vidas.

D as personagens da charge, ao construírem cada uma seu próprio bote salva-vidas, estão criando alternativas de sobrevivência que contemplem o desejo coletivo, e não apenas o individual, o que vai ao encontro da afirmação de Krznaric de que o individualismo está em queda.

e as personagens da charge aplicam o individualismo ao extremo, como a sociedade na qual vivemos, em conformidade com o conceito de individualismo de Krznaric, que, inclusive, nomeia esse movimento como a “ideia de felicidade ocidental”.

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QuestÃo 45

Câmara aprova royalties do petróleo para educação e saúde

O Plenário da Câmara concluiu [...] a votação do texto que direciona recursos dos royalties do petróleo para educação e saúde. A matéria será enviada à san-ção. A proposta direciona 75% dos royalties da explo-ração fora da camada do pré-sal para educação e 25% para a saúde.

No caso do Fundo Social do Pré-sal, o texto prevê que metade de todos os seus recursos, e não apenas dos rendimentos, irá para educação até que sejam cumpridas as metas do Plano Nacional de Educação (PNE); e para saúde, conforme regulamentar o Exe-cutivo.

Disponível em: <www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/449383-CAMARA-APROVA-ROYALTIES-DO-PETROLEO-PARA-

EDUCACAO-E-SAUDE.html>. Acesso em: 9 out. 2013.

A composição dos royalties do petróleo corresponde a uma parcela dos rendimentos da sua comercialização, divididos nas esferas municipal, estadual e federal. A exigência dos royalties tem como fundamentoa um modelo de estatização da economia, típico de

países com alto grau de nacionalização das ativi-dades econômicas, como o Brasil.

B o resultado de políticas tradicionais desempenha-das desde o período do regime militar, as quais definem as relações comerciais do Brasil com os países europeus e os Estados Unidos.

c a imposição da Petrobras, empresa estatal que mantém o monopólio de prospecção, extração e comercialização do petróleo no Brasil.

D uma forma de compensação financeira paga pela indústria do petróleo devido à sua não renovabili-dade e aos possíveis impactos ambientais.

e a necessidade de o Governo Federal conseguir re-cursos para o financiamento de grandes obras es-truturais que atendam às empresas transnacionais.

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ciências Da natuReZa e suas tecnologias

QuestÃo 46

Vistas externa e interna da Catedral de Brasília.Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_Metropolitana_de_

Bras%C3%ADlia>.

Uma das obras mais famosas de Oscar Niemeyer é a Catedral de Brasília. Além da base em formato circular e da beleza arquitetônica, essa obra apresenta uma curiosidade: é possível uma pessoa ouvir sussurros de outra quando elas estão próximo à base, mas em extremidades opostas. A ocorrência desse fenômeno se deve a ao fato de as ondas sonoras se comportarem da

mesma forma que as ondas eletromagnéticas, espalhando-se de forma unidimensional por toda a catedral.

B ao fato de a base circular da catedral se comportar, para ondas sonoras, de forma análoga a um espe-lho esférico côncavo para a luz, focalizando essas ondas em determinados pontos.

c ao fato de as ondas sonoras se comportarem de maneira diferente das ondas eletromagnéticas, aumentando sua potência conforme se afastam da fonte emissora.

D ao formato circular da base da catedral, que favo-rece a refração, com ondas sonoras contornando obstáculos muito maiores que o comprimento de onda do som emitido.

e ao fortalecimento da intensidade das ondas em alguns pontos, em razão da interferência entre ondas luminosas e sonoras e do formato circular da base.

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QuestÃo 47

Para a recuperação de áreas degradadas, uma estraté-gia bastante eficaz é a colocação de poleiros artificiais para atrair aves para esses locais, conforme mostra a imagem a seguir:

Ave utilizando poleiro artificial. Disponível em: <www.jfsc.jus.br/acpdocarvao/imagens_relatorio/relatorio2/

meio_biot/fig_2.133.jpg>. Acesso em: 18 nov. 2013.

A eficácia do poleiro artificial na recuperação de áreas degradadas se devea ao aumento de aves predadoras. B ao aumento de aves dispersoras de sementes. c à redução das relações ecológicas. D à redução da competição por poleiros entre as aves. e à redução do ataque de fungos às sementes.

QuestÃo 48

O primeiro registro do qual se tem conhecimento a respeito do diabetes data do ano de 1550 a.C. Naquela época, um papiro egípcio descreve a condição de urinar em excesso. Após algum tempo, as pessoas passaram a observar que [...] uma forma de fazer o diagnóstico era jogar um pouco de urina em cima de um formigueiro e observar a reação das formigas. [...]

B.R. Zimmerman; E.A. Walker. Guia completo sobre diabetes. Rio de Janeiro: Anima, 2002. In: Patrícia G. Ribeiro. Diabetes tipo 1:

práticas educativas maternas e adesão infantil ao tratamento, 2004. 115 f. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2004.

Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/2610/Disserta%C3%A7%C3%A3o.pdf?sequence=1?>.

Acesso em: 22 nov. 2013. (Adapt.).

O teste citado no texto é um método antigo, não mais apli-cado, para diagnosticar diabetes. Nesse suposto teste, ao jogar a urina no formigueiro, era preciso fazer a seguin-te análise: se as formigas se alimentassem da urina, a pessoa era diagnosticada diabética. A análise do suposto método permite concluir, em termos biológicos, quea a atração das formigas pela urina ocorreria devido

à concentração de sais, que em diabéticos é maior. B a insulina excretada na urina de pessoas diabéti-

cas atrairia as formigas. c as formigas seriam atraídas pela fonte de alimento

(glicose), presente na urina de diabéticos. D o teste não é válido, já que as formigas seriam atraí-

das por feromônios presentes na urina humana. e o glucagon excretado na urina de pessoas diabéti-

cas atrairia as formigas.

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QuestÃo 49

Disponível em: <http://cachoeiradomacaco.blogspot.com.br/2012/09/ charge-meio-ambiente-mar-poluicao.html>.

A charge ilustra um problema comum em corpos-d’água que recebem esgoto doméstico. O fenômeno decorren-te desse problema e que traz sérias consequências ao meio ambiente pode ser denominado a biorremediação, que resulta no aumento do ni-

trogênio atmosférico. B contaminação por mercúrio, com aumento da

produção primária. c eutrofização, com redução do oxigênio dissolvido. D inversão térmica, com aumento da temperatura do

corpo-d’água. e magnificação trófica, com aumento do dióxido de

carbono dissolvido.

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QuestÃo 50

[...] Nas usinas térmicas convencionais, a primei-ra etapa consiste na queima de um combustível fós-sil, como carvão, óleo ou gás, transformando a água em vapor com o calor gerado na caldeira. A segunda consiste na utilização desse vapor, em alta pressão, para girar a turbina, que, por sua vez, aciona o gera-dor elétrico. Na terceira etapa, o vapor é condensado, transferindo o resíduo de sua energia térmica para um circuito independente de refrigeração, retornando a água à caldeira, completando o ciclo.

como funciona A potência mecânica obtida pela passagem do vapor

através da turbina – fazendo com que esta gire – e no gerador – que também gira acoplado mecanicamente à turbina – é que transforma a potência mecânica em potência elétrica.

[...]Disponível em: <www.furnas.com.br/hotsites/sistemafurnas/usina_term_

funciona.asp>. Acesso em: 18 out. 2013. (Adapt.).

O funcionamento de uma usina termelétrica é análogo ao de uma máquina térmica cíclica, que utiliza a trans-formação de calor em outros tipos de energia. Pode-se dizer que a queima de combustível fóssil libera certa quantidade de energia na forma de energia térmica; apesar disso, nem toda essa energia pode ser aprovei-tada. Isso ocorre devidoa ao princípio da conservação de energia, que es-

tabelece que parte da energia total é perdida no processo.

B à alta pressão a que o vapor de água é submetido, acarretando perdas da energia total nessa etapa.

c aos atritos na turbina, os quais, mesmo se fossem eliminados, ainda dispenderiam parte da energia total.

D ao fato de ser impossível transformar toda a ener-gia armazenada na forma de calor em trabalho.

e à alta temperatura em que essas usinas traba-lham, pois a transmissão total de energia só ocorre a baixas temperaturas.

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QuestÃo 51

Após a fermentação, a próxima etapa da obtenção do etanol é a destilação. Esse método pode ser utili-zado para separar misturas homogêneas de líquidos com diferentes pontos de ebulição. Existem dois tipos de destilação que podem ser utilizadas para obtenção do etanol: a simples e a fracionada. A simples é feita em aparelhos menos sofisticados como, por exem-plo, os alambiques, utilizados na produção de cacha-ça artesanal. Nesse processo, obtém-se uma mistura aquosa contendo principalmente etanol e outras subs-tâncias em menor quantidade. Esse tipo de destilação é utilizado desde a época do Brasil Colônia nas pro-priedades açucareiras. Já outro tipo de destilação, a fracionada, é realizada com aparelhos mais sofistica-dos para obtenção de compostos com alto grau de pu-reza como, por exemplo, na produção de etanol em escala industrial.

Maria Elisa F. Braibanti et al. “A cana-de-açúcar no Brasil sob um olhar químico e histórico: uma abordagem interdisciplinar”. Revista Química nova

na escola. v. 35, nº 1, p. 3-10, fev. 2013.

Sobre a produção de etanol no Brasil, histórica e qui-micamente, no tocante à etapa da destilação, infere-se quea ocorreu da mesma maneira desde o Brasil Colônia,

com a utilização de destilação simples ou fracionada, sem grandes evoluções tecnológicas.

B predominava a destilação simples no Brasil Colô-nia; hoje em dia, devido a grandes evoluções tec-nológicas, usa-se somente a destilação fracionada.

c inicialmente predominava a destilação simples, até hoje utilizada em produções artesanais; entretan-to, a destilação fracionada predomina nas produ-ções em escala industrial.

D inicialmente predominava a destilação simples, com a obtenção de etanol com alto grau de pure-za, mas o uso da destilação fracionada determina produção em maior escala.

e inicialmente predominava a destilação fracionada, com a obtenção de etanol como parte de uma mis-tura; hoje, a destilação simples permite a obtenção de etanol com alto grau de pureza.

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QuestÃo 52

Atualmente, a indústria eletrônica tem direcionado suas pesquisas para descobrir novas soldas que se-jam livres de chumbo (SLC), substituindo a clássica solda com chumbo, denominada Sn-37Pb, devido à toxicidade desse elemento. A tabela a seguir compara a temperatura de fusão da solda Sn-37Pb com ligas sem chumbo usadas como soldas.

liga temp. de fusão ou faixa de fusão aplicações

Sn-37Pb 183 ºC TodasSn-58Bi 138 ºC Eletrônicos

Sn-0,7Cu 227 ºC NortelSn-3,5Ag 221 ºC Automotiva

Sn-3,5Ag-4,8Bi 205-210 ºC SandiaSn-2,8Ag-20In 175-187 ºC Indium Co

Sn-2,0Ag-7,5Bi-0,5Cu 217-218 ºC IBMFonte: Antonio L. Fiorucci et al. “As novas soldas sem chumbo utilizadas em

eletrônicos”. Revista Química nova na escola. v. 34, n. 3, p. 124-130, ago. 2012. (Adapt.).

Considerando o comportamento no momento da fusão das ligas, à liga Sn-37Pb comparam-se asa Sn-58Bi e Sn-0,7Cu, por se tratarem de misturas

comuns.B Sandia e Indium Co, por se tratarem de misturas

eutéticas.c Sn-0,7Cu e Sn-3,5Ag, por se tratarem de misturas

azeotrópicas. D Sn-58Bi e Sn-0,7Cu, por se tratarem de misturas

eutéticas. e Sandia e Indium Co, por se tratarem de misturas

comuns.

QuestÃo 53

O aspartame é de 100 a 200 vezes mais doce que a sacarose [...]. É uma combinação de dois aminoácidos, o ácido aspártico e fenilalanina, contendo, portanto, asmesmas quatro calorias por grama que qualquer pro-teína e, assim, as mesmas quatro calorias por grama que o açúcar. Mas como é bem mais doce que a sa-carose, basta uma quantidade mínima para produzir efeito.

Robert L. Wolke. O que Einstein disse a seu cozinheiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. (Adapt.).

Ao adoçar um copo de café, considerando que, em vez de 10 gramas de açúcar, sejam adicionadas 5 gotas de adoçante (contendo 0,02 grama de aspartame por gota), conclui-se que, comparativamente ao café com açúcar, há, no café com adoçante,a 3,96 calorias a menos. B 20 calorias a menos. c 38 calorias a menos. D 39,6 calorias a menos. e 40 calorias a menos.

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QuestÃo 54

Ana quer trocar seu fogão por um forno de micro-ondas. Como não sabe cozinhar, ela compra comida congelada e a coloca em uma panela no fogão, esquentando-a até descongelar completamente, deixando-a pronta para ser consumida. Esse processo demora, ao todo, 20 mi-nutos, tanto em seu almoço quanto na janta. Ana mora em um apartamento com gás encanado e não precisa se preocupar com gastos de gás. Um dia, após utilizar o micro-ondas na casa de um amigo, ela percebeu que,para a mesma comida ser descongelada e aquecida até estar pronta para ser consumida, nas mesmas condi-ções já citadas, demorou apenas 10 minutos (ou seja, 10 minutos no almoço e 10 minutos na janta).A tabela a seguir apresenta informações e especifica-ções técnicas do modelo de micro-ondas que ela usou na casa do amigo e que pretende comprar, o qual custa R$ 291,60.

marca eletroPoliVoltagem nominal 127 V ~ 60 Hz

Potência consumida 2.100 WCapacidade 25 L

Diâmetro do prato giratório 270 mmDimensões externas L ×E ×A 485 × 391 × 291 mm3

Peso líquido 12,81 kg

Suponha que, no tempo que Ana economizou diaria-mente utilizando o micro-ondas para descongelar e aquecer sua comida, em vez do fogão, ela trabalhe; que o valor líquido recebido por ela, proporcional a uma horade trabalho, seja R$ 30,00, e que ela receba proporcional-mente a isso. A quantidade de tempo que ela trabalhará a mais, devido à economia de tempo por trocar o fogão por um micro-ondas, transformada em valores financeiros, considerando o custo com o consumo de energia desse aparelho, será equivalente ao preço do micro-ondas em Dado: Custo do kWh = R$ 0,40.

a 15 dias.B 30 dias.

c 40 dias.D 65 dias.

e 90 dias.

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QuestÃo 55

O sódio (Na, Z = 11 e massa atômica 23 u) está presen-te em diversos organismos vivos, participando da for-mação de diferentes compostos químicos vitais a eles. Por essa razão, o sódio só poderia ser substituído por outro elemento com propriedades químicas similares e que não forme compostos com massa molecular muito maior que a dos originais. Observe a tabela a seguir:

elemento número atômico massa atômicaMagnésio 12 24,3 u

Cálcio 20 40 uPotássio 19 39 uRubídio 37 85,5 uAlumínio 13 27 u

Considerando os elementos da tabela, o que melhor designa-se para a referida substituição do sódio é oa magnésio.B cálcio.

c potássio.D rubídio.

e alumínio.

QuestÃo 56

O ouro é um metal muito denso (19,3 g/cm3). Espe-cialmente na joalheria, é utilizado com o cobre e a pra-ta na forma de liga, sendo preservada a cor dourada e elevando-se a resistência. A quantidade de ouro pre-sente na liga é expressa na forma de quilates: o ouro puro possui 24 quilates e é utilizado como parâmetro para definir a pureza das ligas. Geralmente, as ligas têm 9, 18 ou 22 quilates, que correspondem a 9/24, 18/24 e 22/24 de ouro puro, respectivamente. Então, uma peça contendo 18/24 de ouro significa que 75% dela é composta de ouro e 25% de prata e/ou cobre.

Raquel M. Morioka e Roberto R. Silva. “Atividade de penhor e a Química”. Revista Química nova na escola. v. 34. n. 3, p. 111-7, ago. 2012.

Supondo que a densidade do ouro 24 quilates seja igual à densidade do ouro 18, a quantidade de maté-ria de ouro que há em uma peça de 18 quilates, com 2,72 cm3 de volume, corresponde a aproximadamenteDado: Massa molar do ouro = 197 g·mol-1.

a 0,014 mol B 0,019 mol

c 0,020 mol D 0,200 mol

e 0,266 mol

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QuestÃo 57

A máquina que transforma o deserto em vidro

Quem disse que os desertos são áreas improduti-vas? Se você for até o de Siwa, no Egito, pode esbar-rar num aparelho bastante estranho, que chega a pa-recer uma miragem: uma máquina capaz de converter as coisas mais abundantes da Terra, sol e areia, em objetos e utensílios. Ela literalmente transforma peda-ços do deserto em vidro.

Seu funcionamento é simples. Uma lente focaliza a luz solar num raio de alta potência, que é projetado contra uma caixa de areia dentro da máquina. Aí, um computador (alimentado por um painel que capta ener-gia solar) movimenta esse raio, que vai derretendo a areia e transformando-a em vidro, no formato do objeto desejado. [...]

Disponível em: <http://super.abril.com.br/tecnologia/impressora-solar- 632657.shtml>. Acesso em: 18 out. 2013.

O equipamento em questão utiliza um(a)a lente divergente, que focaliza os raios solares e

provoca uma transformação na sílica, que existe em grande concentração na areia, transformando-a em vidro.

B lente divergente, que focaliza os raios solares e provoca uma transformação no cobalto, que existe em grande concentração na areia, transformando-a em vidro.

c lente convergente, que focaliza os raios solares e provoca uma transformação na sílica, que existe em grande concentração na areia, transformando-a em vidro.

D lente convergente, que focaliza os raios solares e provoca uma transformação no cobalto, que existe em grande concentração na areia, transformando-a em vidro.

e prisma refrator, que focaliza os raios solares e pro-voca uma transformação na sílica, que existe em grande concentração na areia, transformando-a em vidro.

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QuestÃo 58

Um prato bastante comum na alimentação cotidiana dos brasileiros é o frango ao molho pardo, feito com o próprio sangue do animal. Para a realização desseprato, o frango é abatido e seu sangue é colhido na hora, acrescentando-se vinagre a ele, de forma a evi-tar sua coagulação. O uso do vinagre evita a coagula-ção do sangue, pois a eleva o pH, aumentando a solubilidade dos lipídeos. B eleva o pH, neutralizando carboidratos importantes

na coagulação. c eleva a acidez, ativando as proteínas responsáveis

pela coagulação. D reduz o pH, desnaturando as proteínas responsá-

veis pela coagulação. e reduz a acidez, potencializando a ação da fibrina.

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QUESTÃO 59

Tal como ocorre em um motor de automóvel, a oxidação do etanol em nosso organismo, produzindo CO2, gera energia. Em nosso caso, com complexidade muito ampliada, tal energia produzida é biologicamente disponível na forma de ATP. Sendo assim, o etanol pode ser considerado “alimento”. Quando oxidado, o etanol produz aproximadamente 29,7 kJ/g, valor intermediário ao liberado com o metabolismo de carboidratos e de lipídeos, principais fontes de energia para nosso corpo. [...] O álcool é frequentemente mencionado como con-tendo calorias vazias. Esse termo é confuso, pois pode parecer que as calorias do álcool não são aproveitadas pelo organismo. No entanto, o que pretende indicar é que a maior parte das bebidas alcoólicas contém quan-tidades insignificantes de vitaminas e sais minerais.

O álcool interfere na capacidade de as células absorverem e usarem nutrientes de outros alimentos. Ele também atrapalha a absorção de vitaminas e aminoáci-dos no trato gastrointestinal e aumenta a perda de vitami-nas (como tiamina, piridoxina e ácido pantotênico) na uri-na. Ainda que o alcoólatra coma bem, o álcool lhe retira o pleno benefício nutritivo do que ele come. Dessa forma, os alcoólicos sempre desenvolvem desnutrição. [...]

M. C. Leal; D. A. Araújo; P. C. Pinheiro, P.C. “Alcoolismo e educação química”. Revista Química nova na escola. v. 34, n. 2, p. 58-66, maio 2012.

Ao ingerir uma taça de vinho de volume 200 mL, a energia produzida pelo metabolismo total do vinho no organismo humano será de aproximadamenteDados: Teor alcoólico do vinho = 10% em volume; densidade do etanol = 0,80 g/cm3; massa molar do etanol = 46 g · mol–1.

A 47,52 kJB 475,2 kJ

C 594 kJD 1.856 kJ

E 5.940 kJ

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QuestÃo 60

Estudo mostra resistência crescente de pragas a plantios transgênicos

Um estudo publicado na revista Nature Biotechnology aborda um aspecto importante dos cha-mados milho e algodão Bt – plantas que carregam ge-nes de uma bactéria denominada Bacillus thuringiensis, tóxica para os insetos. Das 13 principais espécies de pragas examinadas, cinco eram resistentes em 2011, em comparação com apenas uma em 2005, afirmaram. Os cientistas alertam que a resistência a cultivos Bt é mera questão de tempo, pois todas as pragas acabam sempre se adaptando à ameaça que enfrentam.

Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/06/1294390-estudo-mostra-resistencia-crescente-de-pragas-a-plantios-transgenicos.shtml>.

(Adapt.).

A resistência de pragas é uma questão que tem levado a muitas discussões e estudos. No texto, o trecho “to-das as pragas acabam sempre se adaptando à amea-ça que enfrentam” revelaa o princípio da lei do uso e desuso. B os mecanismos da seleção artificial. c uma visão equivocada de evolução. D a deriva genética, ou oscilação genética. e as etapas da especiação.

QuestÃo 61

Um artifício bastante interessante utilizado pelas cozi-nheiras brasileiras é colocar batatas no feijão quando notam que está salgado demais. Esse procedimento di-minui o sal no caldo do feijão e, em contrapartida, salga as batatas.A análise do fenômeno descrito permite concluir que o dessalgamento do feijão está associado ao processo dea difusão, que transfere o sal do caldo do feijão para

as batatas. B transporte ativo, que captura moléculas de sal do

caldo de feijão e as transfere para as batatas. c osmose, que retira o sal do caldo feijão e passa

para as batatas. D plasmólise, que, com gasto energético, transfere o

sal do caldo de feijão para as batatas. e pinocitose, que retira água das batatas para o cal-

do de feijão, diminuindo a concentração de sal no caldo.

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QuestÃo 62

Dentre os vários sucessos de Luiz Gonzaga, cantor e compositor brasileiro, está a música “O xote das meninas”, que tem alguns de seus versos reproduzi-dos a seguir:

MandacaruQuando fulora na secaÉ o sinal que a chuva chegaNo sertão

Disponível em: <http://letras.mus.br/luiz-gonzaga/47104>. Acesso em: 19 nov. 2013.

Supondo que o termo fulora se refira ao verbo florir, os versos em questão revelam uma adaptação do man-dacaru, planta da família das cactáceas, ao clima árido da caatinga. A floração na véspera do período das chu-vas possibilita ao mandacarua o aumento da competição por água com outras

plantas latifoliadas.B o incremento da predação dos seus frutos por ani-

mais dispersores. c a autopolinização, aumentando a variabilidade ge-

nética da planta. D a redução do ataque a seus frutos e sementes por

fungos e bactérias decompositoras. e a formação do fruto e a germinação das sementes

em condições climáticas favoráveis.

QuestÃo 63 Dutra apresenta lentidão na manhã desta

quinta-feira devido à manifestação

O motorista encontrava lentidão na Rodovia Presi-dente Dutra por volta das 8h45 [...]. O pior trecho era observado entre os km 151 e 146, no sentido Rio de Janeiro, devido a uma manifestação. [...]

Disponível em: <http://noticias.r7.com/transito/noticias/dutra-apresenta-lentidao-na-manha-desta-quinta-feira-20130711.html>.

Acesso em: 20 set. 2013.

A distância entre São Paulo e Rio de Janeiro, pela Ro-dovia Presidente Dutra, é de aproximadamente 445 km, e um carro consegue percorrê-la a uma velocidade mé-dia de 80 km/h. Considerando que o motorista percorra o trecho de lentidão mencionado na reportagem em3 horas, mantendo velocidade constante de 80 km/h no resto do percurso, sua velocidade média para ir do Rio de Janeiro até São Paulo, nesse dia de manifestação, foi de aproximadamentea 10 km/h B 26 km/h

c 47 km/h D 52 km/h

e 60 km/h

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QuestÃo 64

O contato prolongado com superfícies extremamente frias pode causar sérias lesões à pele, inclusive levan-do à necrose do tecido. Esses danos podem ser cau-sados, por exemplo, ao manter a pele por um tempo considerável em contato com o conteúdo expelido por desodorantes do tipo aerossol, que podem gerar tem-peraturas muito baixas. Considerando um tubo desse tipo de desodorante, inicialmente, a 27 °C, cujo gás propelente foi preenchido sob uma pressão de 2,5 atm, ao expandir seu conteúdo ao dobro do volume e a uma pressão de 1 atm, a temperatura obtida será dea –21,6 ºCB –23 ºC

c –33 ºC D –43 ºC

e –102 ºC

QuestÃo 65

A alcalose respiratória é resultado de uma situação em que há diminuição da concentração de CO2 no sangue, tornando-o alcalino devido à respiração rápida ou pro-funda, levando a essa baixa concentração. Respirar dentro de um saco de papel pode ajudar a aumentar o nível de CO2 no sangue, já que ele é novamente as-pirado após ter sido expelido, o que serve como alívio imediato para os sintomas da alcalose respiratória.

CO H O H HCO2 aq 2 (aq) aq( ) ( )+ −

( )+ + 3

Considerando o equilíbrio químico envolvido na alca-lose respiratória, reproduzido anteriormente, pode-se dizer que a diminuição da concentração de CO2 no sangue desloca o equilíbrio para aa direita, aumentando a concentração de H+, e, ao respi-

rar dentro de um saco de papel, desloca-se o equilíbrio para a esquerda, diminuindo a concentração de H+.

B esquerda, diminuindo a concentração de H+, e, ao respirar dentro de um saco de papel, desloca-se o equilíbrio para a direita, aumentando a concentra-ção de H+.

c direita, diminuindo a concentração de H+, e, ao respirar dentro de um saco de papel, desloca-se o equilíbrio para a direita, aumentando a concentração de H+.

D direita, diminuindo a concentração de H+, e, ao respirar dentro de um saco de papel, desloca-se o equilíbrio para a esquerda, diminuindo a concentração de H+.

e esquerda, aumentando a concentração de H+, e, ao respirar dentro de um saco de papel, desloca--se o equilíbrio para a esquerda, diminuindo a con-centração de H+.

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QuestÃo 66

O freio a disco funciona a partir de um sistema hi-dráulico, que leva ao travamento completo das rodas. O resultado é que o carro segue “arrastado” pela inér-cia, até parar totalmente. Já o sistema ABS impede o travamento total das rodas (parando e soltando o veí-culo) – por isso o nome, que na sigla em inglês signifi-ca sistema de frenagem antitravamento. [...]

Disponível em: <http://revista.pensecarros.com.br/especial/rs/editorial-veiculos/capa-interna,613,0,0,0,Freios.html#>. Acesso em: 18 out. 2013.

O trecho em destaque compara, brevemente, os freios ABS e os freios a disco. O princípio físico que garante a melhor eficiência de um freio ABS comparado a um freio a disco comum é o fato de oa coeficiente de atrito estático ser maior que o de

atrito dinâmico.B aumento da temperatura não ter influência signifi-

cativa no atrito. c sistema ABS esfriar o pneu, enquanto o freio a dis-

co o esquenta. D coeficiente de arrasto em fluidos depender exclusi-

vamente da frequência. e coeficiente de dilatação térmica ter relação direta

com o coeficiente de atrito.

QuestÃo 67

Qualquer sal pode ser iodado. A ele é acrescenta-do um máximo de 0,01% de iodeto de potássio como proteção contra o bócio, uma doença causada pela deficiência de iodo. [...]

Robert L. Wolke. O que Einstein disse a seu cozinheiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

Uma empresa quer produzir iodeto de potássio sufi-ciente para iodar uma produção de 20 toneladas de sal com o valor máximo estipulado do aditivo; para tanto, procedeu à neutralização de ácido iodídrico com hidróxido de potássio. Levando em conta as in-formações do texto, a quantidade de KOH necessá-ria, considerando-se um rendimento de 100%, é de aproximadamenteDado: Massa molar (g/mol): K = 39, I = 127, H = 1, O = 16.

a 67,5 g B 592,9 g c 675 g D 5.929 g e 6.750 g

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2014 2014

QuestÃo 68

Em um congresso sobre produção agrícola susten-tável, um produtor de eucaliptos e um ambientalista discutiam sobre a importância das florestas naturais climácicas (comunidade clímax). O produtor defendia a substituição dessas florestas pelo cultivo de eu-calipto, argumentando que as florestas de eucalipto são ecologicamente mais importantes, já que, por se tratar de uma floresta em crescimento, são mais eficientes que as florestas naturais climácicas quan-to à fixação de carbono. Um contra-argumento que o ambientalista poderia utilizar, para rebater a tese do produtor, seria dizer que a ainda que as florestas em crescimento demandem

mais carbono para o desenvolvimento das plantas, o saldo total de fixação de carbono seria inferiorao das florestas naturais climácicas, pois a taxa de respiração é menor.

B apesar de florestas em crescimento serem mais eficientes na fixação de CO2, as florestas naturais climácicas são ecologicamente mais importantes por abrigar maior biodiversidade e maior número de relações ecológicas.

c mesmo que a eficiência na fixação de carbono seja equivalente em ambas as florestas, as de eucalipto são as que abrigam maior número de predadores, o que reduz a biodiversidade total desta.

D florestas naturais climácicas são mais eficientes na retirada de CO2 atmosférico do que florestas em crescimento, já que as primeiras têm uma deman-da maior de carbono.

e florestas de eucalipto em crescimento retiram me-nos CO2 do que as florestas naturais climácicas, pois, sendo o eucalipto uma gimnosperma, seu sistema fotossintético é rudimentar em compara-ção às angiospermas.

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QuestÃo 69 As lâmpadas incandescentes deverão sair do merca-do brasileiro até 2016, segundo portaria emitida no final de 2010 pelos ministérios de Minas e Energia, da Ciência e Tecnologia [...]. As lâmpadas incandescentes e fluores-centes utilizam diferentes tecnologias para converter a energia em luz. A incandescente gasta mais eletricidade para produzir a mesma quantidade de luz – chamada de lumens – que uma fluorescente. [...] É possível comprar, portanto, uma lâmpada fluorescente de 15 W de consu-mo para substituir uma incandescente de 60 W de consu-mo, com a mesma quantidade de lumens. [...]

Disponível em: <http://economia.terra.com.br/trocar-lampada-incandescente-por-fluorescente-gera economia,eaa832c35076b310VgnCLD200000bbcceb0

aRCRD.html>. Acesso em: 21 out. 2013. (Adapt.).

Uma das vantagens de trocar uma lâmpada incandes-cente de 60 W pela fluorescente de 15 W é que a lâm-pada fluorescentea tem uma luminosidade 4 vezes maior que a incan-

descente.B tem uma luminosidade 4 vezes menor que a incan-

descente. c aquece 4 vezes mais o ambiente do que a lâmpada

incandescente. D consome 4 vezes mais energia que a incandescente. e consome 4 vezes menos energia que a incandes-

cente.

QuestÃo 70

Como funciona uma usina hidrelétrica?

O princípio básico é usar uma queda-d’água para gerar energia elétrica. Essas usinas possuem enormes turbinas, parecidas com cata-ventos gigantes, que ro-dam impulsionadas pela pressão da água de um rio re-presado. Ao girar, as turbinas acionam geradores que produzirão energia. [...]

Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-funciona-uma-usina-hidreletrica>. Acesso em: 21 out. 2013.

Reservatório

Represa

Vertedouro

CondutoEnergia para a rede

GeradorTurbina

h1

h2

h3

h4

h5

Considerando que há conservação de energia mecâ-nica em uma usina hidrelétrica, o valor da pressão da água que gera a máxima produção de energia elétrica está associado à alturaa h1

B h2

c h3

D h4

e h5

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2014 2014

QuestÃo 71

No mercado norte-americano, onde o biobutanol está previsto para começar a ser produzido em es-cala comercial em breve em uma usina no Estado de Minnesota, o produto será feito a partir do milho. Segundo a empresa, a vantagem do biobutanol em relação a outros tipos de combustíveis renováveis, incluindo o etanol, é o seu conteúdo energético. En-quanto o etanol tem dois carbonos na sua cadeia mo-lecular, ele [biobutanol] tem quatro, o que lhe confere maior energia por unidade de volume.

Disponível em: <www.bioetanol.org.br/noticias/detalhe.php?ID=NTky>. Acesso em: 2 out. 2013. (Adapt.).

A tabela a seguir compara os dois combustíveis.

molécula massa molecular (g ∙ mol–1)

calor de combustão (kJ ∙ mol–1)

Biobutanol 74 2.648Etanol 46 1.366

A fórmula molecular do biobutanol e a quantidade de energia liberada por grama de material queimado em comparação ao etanol são, respectivamente,a C4H9OH e cerca de 35,8 kJ/g contra aproximada-

mente 29,7 kJ/g do etanol. B C4H7OH e cerca de 35,8 kJ/g contra aproximada-

mente 29,7 kJ/g do etanol. c C4H9OH e cerca de 44,8 kJ/g contra aproximada-

mente 37,1 kJ/g do etanol. D C4H7OH e cerca de 44,8 kJ/g contra aproximada-

mente 37,1 kJ/g do etanol. e C4H7OH e cerca de 35,8 kJ/g contra aproximada-

mente 37,1 kJ/g do etanol.

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QuestÃo 72

O paracetamol e o diclofenaco são medicamentos bastante populares. O paracetamol apresenta proprie- dades analgésicas (diminui a dor) e antipiréticas (contra a febre), podendo ser usado mesmo em caso de sus-peita de dengue. Já o diclofenaco, além das proprie- dades analgésicas, tem propriedades anti-inflamatórias, porém não deve ser utilizado por pacientes com sus-peita de dengue, pois tem potencial hemorrágico, podendo trazer complicações mais sérias. As fórmu-las estruturais desses dois populares medicamentos estão representadas a seguir:

Paracetamol Diclofenaco

H N

H O

O C

C

NH

O

O H

Ao utilizar medicamentos com substâncias antipiréti-cas e anti-inflamatórias, o paciente ingere moléculas com as funções orgânicasa amina e cetona na antipirética; amida e ácido car-

boxílico na anti-inflamatória. B amida e fenol na antipirética; amina e ácido carbo-

xílico na anti-inflamatória. c fenol, amina e cetona na antipirética; amina e áci-

do carboxílico na anti-inflamatória. D álcool e amida na antipirética; amina e ácido car-

boxílico na anti-inflamatória. e amida e fenol na antipirética; amina e éster na anti-

-inflamatória.

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2014 2014

QuestÃo 73

Um garoto ganhou um laser pointer (caneta com um feixe monocromático de laser) e começou a brincar com ele. Utilizando dois cartões de crédito, posiciona-dos lado a lado, direcionou o feixe para passar entre eles, projetando sua luz em uma folha de cartolina, enquanto aproximava lentamente os dois cartões, conforme a figura.

42

22

64

32

56

78

22

00

C.arias

12 \ 16

cartão

42

22

64

32

56

78

22

00

C.arias

12 \ 16

cartão

Aproximação

Laser pointer

Feixe de laser Cartolina

Enquanto os cartões estavam separados, ele observa-va na cartolina um ponto sobre o qual estava incidindo o feixe de laser, como na figura a seguir:

Cartolina

Ao aproximar os cartões até um quase encostar no outro, ele ficou surpreso com o que viu na cartolina, algo parecido com a figura a seguir:

O fato observado pelo garoto é devido ao fenômeno da difração, que também ocorre, predominantemente, quandoa um pássaro vê um peixe, dentro de um rio, em

uma posição aparente mais profunda do que este realmente está.

B uma pessoa atrás de um muro alto consegue ouvir alguém do outro lado, mesmo que ambas não consigam se ver.

c uma ambulância parece ter o som de sua sirene mais agudo para alguém na rua, conforme se apro-xima dela.

D alguém consegue observar pelo espelho retrovisor do carro um veículo se aproximando, sem precisar olhar para trás.

e uma parede reflete a luz de uma lâmpada em todas as direções, iluminando objetos indiretamente.

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QUESTÃO 74

[...] O etanol de segunda geração é produzido a partir do bagaço que passa por um processo de lavagem e pré--tratamento para que sua superfície fique maior. Nele são aplicadas enzimas que quebram a celulose do material em glicose. “A glicose que sobra é a mesma substân-cia que temos no caldo utilizado na primeira geração de etanol. Daí, então, é só aplicar a levedura e produzir o ál-cool”, explica Marcos Buckeridge, do CTBE (Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol). [...]

Disponível em: <www.bioetanol.org.br/noticias/detalhe.php?ID=MzQz>. Acesso em: 2 out. 2013.

A obtenção do etanol de primeira geração ocorre por fermentação da glicose (I); já para a obtenção do eta-nol de segunda geração, existe uma etapa preceden-te à fermentação, que é a hidrólise da celulose em glicose (II). As reações I e II estão, respectivamente, representadas emA I – C6H12O6 → 2C2H5OH + 2CO2 + 3H2O

II – (C6H10O5)n + nH2O → nC6H12O6

B I – C6H12O6 + 32

O2→ 2C2H5OH + 2CO2 + 3H2O

II – (C6H10O5)n + nH2O → nC6H12O6

C I – C6H12O6 → 2C2H5OH + 2CO2 + 3H2O II – (C6H10O5)n → nC6H12O6

D I – C6H12O6 → 2C2H5OH + 2CO2 II – (C6H10O5)n → nC6H12O6

E I – C6H12O6 → 2C2H5OH + 2CO2 II – (C6H10O5)n + nH2O → nC6H12O6

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QuestÃo 75

1 2 3

Disponível em: <http://educorumbatai.blogspot.com.br/ 2010_09_01_archive.html>. (Adapt.).

A charge ironiza as consequências da poluição de um ecossistema aquático por mercúrio, um metal pesado tóxico, não biodegradável. Supondo que as setas na charge indiquem o fluxo de energia em diferentes níveis tróficos desse ecossistema, a análise da concentração de mercúrio nos peixes indicaria quea o peixe 2 teria a menor concentração.B o peixe 1 teria a maior concentração.c o peixe 2 teria a maior concentração.D o peixe 3 teria a maior concentração.e todos teriam a mesma concentração.

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QuestÃo 76

Um consumidor comprou uma garrafa de refrigeran-te de 2 L (a 10 °C), em um dia cuja temperatura era de 10 °C, e a guardou em sua dispensa. Na semana seguinte, ao sair de casa e ver um termômetro marcan-do 20 °C, lembrou da garrafa de refrigerante que havia guardado. Ele sabe que o volume do material de que é feita a garrafa varia muito pouco com o aumento de temperatura, mas, mesmo assim, ele fi cou preocupa-do, pois, com a temperatura mais alta, o líquido poderia aumentar seu volume, a ponto de fi car maior que o da garrafa, provocando sua explosão. Com essa preocu-pação, ele pesquisou na internet e descobriu que o coefi ciente de dilatação volumétrica do refrigerante é 1∙10-4 °C-1; para simplifi car, considerou que o restante do volume da garrafa tinha vácuo.

A preocupação desse consumidor, considerando apenas a variação do volume inicial do refrigerante, devida ao aumento da temperatura, e admitindo suas hipóteses, éa razoável, já que, como a temperatura dobrou de

uma semana para a outra, o volume do líquido no interior também foi dobrado.

B razoável, pois, como a temperatura aumentou 10 °C, o volume desse líquido deve ter aumentado 10%de seu volume inicial.

c razoável, já que, com um aumento de temperatura de 10 °C, o volume do líquido deve ter variado 20% de seu volume inicial.

D sem fundamento, pois o aumento do volume só ocorre em processos irreversíveis, com um au-mento rápido da temperatura.

e sem fundamento, já que, com um aumento de tem-peratura de 10 °C, o volume do líquido deve variar menos de 1% do seu valor inicial.

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QUESTÃO 77

Em 2011, o Brasil importou 8,0 bilhões de litros de óleo diesel refinado e, segundo o Balanço Energético Na-cional (BEN 2011), consumiu 50 bilhões de litros. Já existem projetos que propõem a inserção do biodiesel no mercado nacional como alternativa ao óleo diesel, visto que este é obtido de um combustível fóssil, o petróleo. As pesquisas demonstram que misturas de até 5% de biodiesel funcionam perfeitamente como um aditivo ao combustível derivado do petróleo e não comprometem a eficiência e a durabilidade do motor. Desse modo, visando reduzir custos com importação e minimizar danos ambientais, para que a importação de óleo diesel pudesse ter sido reduzida no ano de 2011, deveria ter sido adicionada ao óleo diesel produzido internamente em 2011 a quantidade máxima deA 8,0 bilhões de litros de biodiesel, de forma que a im-

portação de diesel nesse ano não seria necessária. B 2,1 bilhões de litros de biodiesel, reduzindo a impor-

tação para 5,9 bilhões de litros de diesel naquele ano.C 2,1 bilhões de litros de biodiesel, reduzindo a impor-

tação para 4,0 bilhões de litros de diesel naquele ano. D 4,5 bilhões de litros de biodiesel, reduzindo a impor-

tação para 2,0 bilhões de litros de diesel naquele ano. E 4,5 bilhões de litros de biodiesel, reduzindo a impor-

tação para 5,9 bilhões de litros de diesel naquele ano.

QUESTÃO 78

Ambiente

Raça B

Raça A

X Y

Produção

Fonte: <www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/doc/doc63/ambiente.html>. Acesso em: 19 nov. 2013.

O gráfico ilustra a interação genótipo-ambiente para a produção de leite em ambientes diferentes. Nele, é comparada a produção de leite de duas raças, A e B, em dois ambientes, X e Y. A análise do gráfico revela que aA expressão do genótipo para a produção do leite

depende do ambiente em que a raça se encontra. B mudança de ambiente modifica os genes das raças

bovinas, interferindo, assim, na produção de leite. C produção de leite e o fenótipo não se alteram com

a mudança de ambiente. D raça A expressou seu máximo potencial genético

para a produção de leite no ambiente Y. E raça B expressou seu máximo potencial genético

para a produção de leite no ambiente X.

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2014 2014

QuestÃo 79

Em um manual de uma resistência elétrica de um chu-veiro que funciona com a tensão nominal de 220 V, encontram-se as seguintes especificações técnicas:

Modelo ATensão (V) 220

Potência elétrica dissipada 4.000 WComprimento total 22 cmEspessura do fi o 3,0 mm

MaterialNicromo 15%-25%Cr, 19-80%Ni, sendo o

restante FeResistividade elétrica 3,9∙10-4 Ω ∙m

Resistência elétrica.

Uma pessoa, querendo que a água de seu chuveiro esquentasse mais, resolveu cortar um pedaço da re-sistência, deixando-a com um comprimento total me-nor. Ela quer que a nova potência elétrica dissipada pelo chuveiro seja de 4.400 W; para isso, deve cortar e retirar do comprimento total da resistência um pedaço de comprimento dea 1 cmB 2 cmc 6 cmD 9 cme 12 cm

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2014 2014

QuestÃo 80

A expansão de cidades, muitas vezes, envolve o des-matamento de áreas verdes. As cidades se expandem, sem nenhum controle, sobre as florestas vizinhas, substituindo a mata verde por asfalto e concreto. Essa alteração da paisagem altera o equilíbrio ambiental na-tural, provocando impactos ambientais muitas vezes prejudiciais, como as enchentes. O aumento das en-chentes está diretamente relacionado à impermeabiliza-ção dos solos, a qual dificulta a infiltração da água da chuva; então, a água não infiltrada desce para as áreas mais baixas, onde estão localizados os rios, porém o volume de água que chega a eles é incompatível com a sua calha natural, provocando, assim, inundações nas áreas mais próximas. A retirada da cobertura vegetal nativa para a expansão das cidades é uma prática que resulta em problemas sérios, como as enchentes. Outra consequência dessa prática para as cidades éa a redução da temperatura, devido à redução da ra-

diação solar direta. B a elevação dos níveis de oxigênio, devido à redu-

ção da respiração. c a redução da umidade do ar, devido à redução da

evapotranspiração. D o aumento da biodiversidade local, devido à intro-

dução de espécies exóticas. e o aumento do volume dos lençóis freáticos, devido

ao aumento da infiltração de água.

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2014 2014

QuestÃo 81

O alumínio dá forma a esquadrias, janelas, portas, coberturas e fachadas; não sendo utilizado como ele-mento estrutural em função de seu custo elevado e de sua baixa capacidade de sustentação. [...] A principal vantagem do alumínio está no fato de ele não enfer-rujar ao ar e, portanto, estar livre de problemas como a umidade e maresia. Por isso, esse material é muito usado dispensando tratamentos especiais, mesmo no litoral. [...] Ao ar livre, é imediatamente coberto por uma camada de óxido, mas essa oxidação é impermeável e protege o núcleo. [...]

Disponível em: <www.arq.ufsc.br/arq5661/Metais/metais.html>. Acesso em: 4 out. 2013. (Adapt.).

A tabela a seguir lista os potenciais-padrão do alumínio e do ferro.

semirreação Potencial-padrão de redução (V)

Aℓ3+ + 3e– → Aℓ −1,66Fe2+ + 2e– → Fe −0,44

Embora sejam protegidas contra a corrosão pelo ar, as peças de alumínio não podem ser fixadas com parafusos, pinos ou rebites de ferro, pois, caso contrário, formariam umaa pilha, com a oxidação do ferro acelerada na presença

do alumínio.B eletrólise, com a oxidação do ferro acelerada na

presença do alumínio.c eletrólise, com a oxidação do alumínio acelerada na

presença do ferro.D pilha, com a oxidação de alumínio acelerada na

presença do ferro.e pilha, com a oxidação tanto do alumínio como do

ferro acelerada.

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QuestÃo 82

Cientistas do Laboratório de Energias Renováveis dos Estados Unidos propuseram uma nova estrutura de célula solar que, segundo seus primeiros testes, possui uma efi ciência de 40%, o que é mais do que o dobro das melhores células fotovoltaicas disponíveis comercialmente. E há espaço para melhorias. [...]

Disponível em: <www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=celula-solar-mais-eficiente-ja-fabricada-atinge-50-

eficiencia&id=010115090729>. (Adapt.).

A fi gura a seguir ilustra um painel retangular feito com as células solares citadas no trecho. Esse painel forne-ce energia elétrica para uma residência, em que é usa-do por um período de 3 horas ao dia, em uma região onde se pode considerar que, nesse período, os raios solares têm incidência perpendicular ao painel.

1 m

3 m

Supondo que o consumo de energia elétrica mensal (30 dias) dessa residência seja de 100 kWh, a razão entre a energia útil fornecida por esse painel solar, em um período de 30 dias, e a energia elétrica consumida por essa residência, no mesmo período, é deDados: No período em questão, todos os dias foram ensolarados e sem nuvens; a intensidade dos raios solares na região é de 1.000 W/m2.a 0,12B 0,58c 0,84D 1,08e 2,70

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QuestÃo 83

O conhecimento popular diz que o tempo cura tudo. Em se tratando da usina de Fukushima Daiichi, forte-mente danificada pelo terremoto e pelo tsunami de 11 de março de 2011, isso pode significar décadas: a árdua tarefa de desmantelar a central tem duração es-timada de 30 a 40 anos. Devido aos estragos provoca-dos, é difícil precisar quantas surpresas vão aparecer no caminho. Prova disso é o vazamento de água con-taminada com materiais radioativos, entre eles iodo, estrôncio, césio e plutônio, que tornou-se o principal desafio da operadora, a Tepco. [...]

O governo japonês informou que, diariamente, cer-ca 300 toneladas de água radioativa vazam para o mar. Parte do volume contaminado vem das reservas de água usadas na refrigeração dos reatores. Outro agravante é a contaminação do subsolo da usina, por onde passa um grande fluxo de água que desce das montanhas que circundam a usina. [...]

Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/energia/como-fukushima-virou-martirio-atomico-fim-749156.shtml>.

Acesso em: 29 out. 2013. (Adapt.).

O texto refere-se aos vazamentos de água radioativa ocorridos em Fukushima mais de 2 anos após o tsunami que danificou reatores da usina nuclear. Esse vazamento é indesejado, pois, ao atingira os lençóis freáticos, pode alterar a fórmula quí-

mica da água, tornando-a imprópria ao consumo humano.

B o oceano, pode alterar a fórmula química da água, tornando-a contaminada pelo urânio.

c os lençóis freáticos, pode contaminá-los, devido à alta energia conduzida pela água do resfriamento dos reatores.

D o meio ambiente, pode modificar significativamen-te o pH do solo, tornando-o ácido e impróprio para a agricultura.

e o mar, pode prejudicar a vida marinha, devido ao elevado nível de radiação encontrado nas águas.

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QuestÃo 84 Sumiço das abelhas derruba exportações de mel do Brasil

O Brasil caiu da 5ª para a 10ª colocação mundial em exportação de mel nos últimos dois anos. O motivo foi o abandono das colmeias na região produtora mais importante do país, o Nordeste. Em 2012, alguns esta-dos registraram queda de 90% na produção, e o aban-dono de colmeias chegou a 60%. [...]

Em países como Estados Unidos, Canadá, Japão, Índia e em nações da União Europeia, o problema é caracterizado como Síndrome do Colapso das Abe-lhas. Trata-se de um abandono repentino e massivo de colmeias. A situação é grave e em estados norte--americanos chegou a comprometer a produção agrícola [...].

Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/ciencia/sumico-das-abelhas-derruba-exportacoes-de-mel-do-brasil,22c48c1f351f0410VgnCLD2000000ec

6eb0aRCRD.html>. (Adapt.).

A produção de mel tomou seu lugar no mercado consumidor; não é importante só para as abelhas, mas é uma rica fonte de alimento para os humanos também. O papel ecológico desempenhado pelas abelhas, cuja redução afeta diretamente a produção agrícola, é de a decompositor, tendo em vista a ciclagem que

realizam.B dispersor, já que atuam na dispersão de insetos

predadores.c parasita, uma vez que predam várias pragas

agrícolas. D polinizador, pois sem a polinização não há formação

do fruto.e produtor, pois produzem grande quantidade de mel.

QuestÃo 85

Como regra geral, é possível afirmar que, quando a densidade de uma população aumenta, a sobrevivên-cia de seus indivíduos diminui, pois a competição in-traespecífica aumenta. Todavia, em certas ocasiões, à medida que a densidade populacional aumenta, a sobrevivência dos indivíduos também aumenta; esse fenômeno é conhecido como “efeito Allee”. Isso ocorre pela facilidade de encontrar o sexo oposto ou indiví-duos da mesma espécie para interações sociais que favorecem a sobrevivência. Evidencia-se como um exemplo do “efeito Allee”a as ideias de Malthus sobre crescimento populacional. B o canibalismo em roedores.c a luta pela sobrevivência descrita na teoria darwiniana.D hienas caçando em grupos grandes.e manada de elefantes em período crítico de alimento.

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QuestÃo 86 “Casos de Dengue diminuem, mas população

não deve se descuidar”, afirma secretária

Diferentemente dos seis primeiros meses deste ano [2013], em que o município foi marcado por uma epide-mia de dengue, os casos têm diminuído na cidade. Nos últimos três meses foram constatados apenas 23 casos, diferentemente dos 1.640 registrados de janeiro a junho.

Mesmo com a queda, a Secretaria Municipal de Saúde, através da equipe de Combate às Endemias, faz um alerta, já que normalmente os casos zeram a partir de julho, uma vez que as temperaturas ficam bai-xas e diminuem as chuvas. “Esse fato é preocupan-te, pois, mesmo o clima sendo favorável à diminuição dos casos, ainda acontece a transmissão da doença; tememos que quando chegar o período do verão os casos aumentem”, afirmou a secretária da cidade de Jales, em São Paulo, Nilva Gomes Rodrigues. [...]

Disponível em: <www.regiaonoroeste.com/portal/materias.php?id=51573>. Acesso em: 19 nov. 2013. (Adapt.).

A dengue é uma doença infecciosa que pode, facil-mente, tornar-se uma epidemia. A diminuição do nú-mero de casos dessa doença, em decorrência das baixas temperaturas e da diminuição das chuvas, está relacionadaa à infertilidade dos ovos do parasita em baixas

temperaturas.B à falta de água para o desenvolvimento do vírus.c às condições desfavoráveis para a proliferação do

vetor.D ao estado imunológico fortalecido do hospedeiro.e ao aumento das medidas profiláticas nessas situa-

ções.

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QuestÃo 87

Empresa holandesa cria carro solar para levar a família

Os carros amigos do meio ambiente estão toman-do novas formas. A empresa holandesa Solar Team Aindhoven desenvolveu o primeiro automóvel de cará-ter familiar movido a energia solar do mundo. O modelo recebeu o nome Stella e conta com design bastante futurista, com um formato aerodinâmico criado para proporcionar o menor arrasto possível e também para abrigar os painéis solares no teto.

Segundo a empresa, o protótipo possui quatro as-sentos e o conjunto de baterias alimentadas pela ener-gia solar garante uma autonomia de até 597 km ou mais, de acordo com as condições do sol. [...]

Disponível em: <http://carros.ig.com.br/carroverde/empresa+holandesa+cria+carro+solar+para+levar+a+familia/6411.html>. Acesso em: 21 out. 2013.

A busca por produtos e serviços de características sus-tentáveis está crescendo cada vez mais no mundo todo. O carro solar apresentado é um modelo do que se pode esperar para um futuro próximo, embora necessite de alguns poucos ajustes. Nesse caso, a fim de aumentar a autonomia desse carro, uma possibilidade seriaa reduzir a capacidade de armazenamento das

baterias recarregáveis.B aumentar a área dos painéis solares no topo do carro.c pintar as laterais do carro na cor preta.D revestir as laterais do carro de material espelhado.e reconstruí-lo utilizando materiais mais densos e

resistentes.

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QuestÃo 88

Recarregar a bateria do celular, literalmente no meio da rua, poderá ser possível apenas com uma caminhada. Cientistas da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, desenvolveram um recarregador de baterias portátil capaz de converter o movimento humano ou as vibrações da natureza como o balan-çar do galho da árvore pelo vento em energia elétrica. [...]

Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2011/05/25/passos-para-recarregar>. Acesso em: 21 out. 2013.

A utilização de movimentos, como os realizados em uma caminhada, para a geração de energia elétrica ocorre tambéma na captação de energia solar por meio de placas

solares.B no aquecimento da água de um chuveiro por meio

de sua resistência.c na movimentação, pela água, das engrenagens de

um moinho do século XV.D no funcionamento de uma pilha para fazer uma

máquina fotográfica funcionar.e na movimentação, pela água, das turbinas acopladas

a um gerador de uma usina hidrelétrica.

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QuestÃo 89

Uma garota quer pegar uma fruta em uma árvore que es- tá próxima a um muro; para isso, coloca uma cama elás- tica entre a árvore e o muro e, depois, sobe nele, segu-rando um bloco em uma de suas mãos. Ainda segurando o bloco, ela se deixa cair verticalmente de certa altura, apartir do repouso, na cama elástica, conforme a figura a seguir. A cama elástica absorve o impacto e impulsiona a menina verticalmente para cima, fazendo-a atingir certa altura máxima.

Supondo que a energia mecânica antes e depois de en-trar em contato com a cama elástica se conserve, para atingir uma altura máxima maior que a anterior, partindo do mesmo ponto de origem, ela deve deixar-se cair da mesma forma que na primeira tentativa, poréma segurando, em todo o trajeto, um objeto mais pesado

que o bloco.B sem segurar o bloco.c deve arremessar o bloco para cima quando estiver

subindo.D deve arremessar o bloco para baixo quando estiver

subindo.e deve soltar o bloco quando estiver subindo, sem

empurrá-lo para cima ou para baixo.

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QuestÃo 90

Uma dona de casa, ao fazer um bolo com fermento biológico, observou que ele cresceu de forma diferente da que estava acostumada. Somente depois de expe-rimentar o bolo, ela descobriu o motivo do crescimento anormal: esqueceu-se de colocar açúcar. Comparando o crescimento do bolo com e sem açúcar, conclui-seque o bolo com açúcar crescea menos que o sem açúcar, pois o açúcar mata os

organismos presentes no fermento biológico, au-mentando os espaços de ar dentro da massa.

B menos que o sem açúcar, pois o açúcar, durante o ciclo de Krebs, consome o O2, reduzindo os espa-ços de ar dentro do bolo.

c menos que o sem açúcar, pois a conversão do açúcar em glucagon consome CO2, reduzindo os espaços de ar dentro do bolo.

D mais que o sem açúcar, pois a fermentação do açúcar pelo fermento biológico libera CO2, aumen-tando os espaços de ar dentro do bolo.

e mais que o sem açúcar, pois a glicólise feita pelo fermento converte o açúcar em O2 e H2O, aumen-tando os espaços de ar dentro do bolo.