endechas a bárbara, de camões-análise

4
Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena “Endechas a Bárbara escrava”, de Luís Vaz de Camões- análise I 1. Lê a tira de banda desenhada que se segue: 1.1. O rapaz, ao tentar exprimir os seus sentimentos pela namorada, constrói algumas metáforas que a descrevam. Explica a reação da rapariga à sua manifestação de amor. II 1. O poema começa (e termina) com um jogo de palavras entre as palavras “cativa” (v. 1) e “cativo” (v.2). 1.1. Interpreta o sentido dos dois primeiros versos. 2. Para realçar a beleza de Bárbara, o sujeito poético faz algumas alusões a elementos da natureza. 2.1. Transcreve expressões que provem a afirmação anterior. 3. Identifica a hipérbole presente na primeira estrofe e explicita o seu sentido. 4. Atenta nos versos “Já não quer que viva” (v. 4) e “Mas não de matar” (v. 16) e associa-os quanto à mensagem que o sujeito poético pretende transmitir. 4.1. Que recurso expressivo foi utilizado nesses dois versos? 5. O sujeito poético admite que a beleza da sua amada não corresponde aos padrões de beleza da época. 5.1. Transcreve o(s) verso(s) que se refere(m) à beleza típica das mulheres presentes na poesia. 5.2. Faz a caracterização física de Bárbara, partindo de dados textuais. 5.3. Esclarece o uso do adjetivo “cansados” (v. 15). PRÉ- LEIT URA

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Questionário sobre o poema "Endechas a Bárbara escrava" de Camões, com proposta de correção- proposto pelas novas metas para 8º ano.

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Page 1: Endechas a bárbara, de camões-análise

Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena

“Endechas a Bárbara escrava”, de Luís Vaz de Camões- análiseI

1. Lê a tira de banda desenhada que se segue:

1.1. O rapaz, ao tentar exprimir os seus sentimentos pela namorada, constrói algumas metáforas que a descrevam. Explica a reação da rapariga à sua manifestação de amor.

II

1. O poema começa (e termina) com um jogo de palavras entre as palavras “cativa” (v. 1) e “cativo” (v.2).

1.1. Interpreta o sentido dos dois primeiros versos.

2. Para realçar a beleza de Bárbara, o sujeito poético faz algumas alusões a elementos da natureza.2.1. Transcreve expressões que provem a afirmação anterior.

3. Identifica a hipérbole presente na primeira estrofe e explicita o seu sentido.

4. Atenta nos versos “Já não quer que viva” (v. 4) e “Mas não de matar” (v. 16) e associa-os quanto à mensagem que o sujeito poético pretende transmitir.4.1. Que recurso expressivo foi utilizado nesses dois versos?

5. O sujeito poético admite que a beleza da sua amada não corresponde aos padrões de beleza da época. 5.1. Transcreve o(s) verso(s) que se refere(m) à beleza típica das

mulheres presentes na poesia.5.2. Faz a caracterização física de Bárbara, partindo de dados textuais.5.3. Esclarece o uso do adjetivo “cansados” (v. 15).

6. “Ua graça viva,/ Que neles lhe mora” (vv. 17-18). Identifica o antecedente da contração “neles”.

7. Na terceira estrofe, surge novamente um jogo de palavras, desta vez entre as palavras “senhora” (v. 19) e “cativa” (v. 20). Clarifica-o.

8. O sujeito lírico inicia a quarta estrofe com uma apóstrofe, “Pretidão de amor” (v. 25) à mulher amada, realçando as características físicas que a afastam da beleza tradicional da época. Porém, logo de seguida, faz referência a qualidades psicológicas que se adequam ao modelo típico feminino. Refere-as.8.1. O nome “mansidão” (v. 29) está semanticamente associado a um outro da estrofe seguinte.

Transcreve-o.8.2. Explica a intencionalidade dessa repetição de ideias.

Autor: Shahrzad RanjiIn http://www.paintingsilove.com

PRÉ-

LEITUR

A

Page 2: Endechas a bárbara, de camões-análise

9. Nos últimos versos da quarta estrofe o sujeito poético afirma que a mulher amada “Bem parece estranha,/ Mas bárbara não” (vv. 31-32), fazendo, desta vez, um jogo de palavras entre o nome próprio e o adjetivo “bárbara”. Interpreta o sentido desse jogo vocabular.

10. Na última estrofe, identifica o vocábulo que dá início à conclusão do poema.

11. A palavra “pena” (v. 36), no dicionário, vem definida deste modo:

11.1. Qual é o duplo significado que assume no contexto deste poema?

III

1. Atenta no excerto da obra O Principezinho de Saint-Exupéry e responde às questões colocadas a seguir:

«E foi então que apareceu a raposa:─ Bom dia! - disse a raposa.─ Bom dia! - respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu

nada.─ Eu estou aqui... - disse a voz, debaixo da macieira...─ Quem és tu? - perguntou o principezinho, - Tu és bem bonita...─ Sou uma raposa. - disse a raposa.─ Vem brincar comigo. - propôs o principezinho. - Estou tão triste...─ Eu não posso brincar contigo, - disse a raposa. - Não me cativaram ainda.─ Ah! Desculpa! - disse o principezinho. - Que quer dizer "cativar"?─ É uma coisa muito esquecida. Significa "criar laços..."─ Criar laços?─ Exactamente. - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto

inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo... Se tu me cativas, a minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos fazem-me entrar debaixo da terra. O teu irá chamar-me para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:─ Por favor... Cativa-me! - Disse ela.”

1.1. Explica, por palavras tuas, o que significa “cativar”.1.2. Se o Principezinho te perguntasse o que era preciso fazer para te cativar, que responderias?

BOM TRABALHO!!!

pena n.f. 1 castigo; punição 2 DIREITO sanção aplicada pelo tribunal ao autor de um crime 3 desgosto; tristeza; dor (…) pena n. f. 1 ORNITOLOGIA cada um dos órgãos cutâneos que revestem o corpo das vês, protegendo-o e permitindo a execução e a orientação do voo 2 utensílio munido de bico para escrever (…)pena n. f. elevação de terreno; rocha; fraga(…)

pena n.f. 1 castigo; punição 2 DIREITO sanção aplicada pelo tribunal ao autor de um crime 3 desgosto; tristeza; dor (…) pena n. f. 1 ORNITOLOGIA cada um dos órgãos cutâneos que revestem o corpo das vês, protegendo-o e permitindo a execução e a orientação do voo 2 utensílio munido de bico para escrever (…)pena n. f. elevação de terreno; rocha; fraga(…)

PÓS-

LEITUR

A

Page 3: Endechas a bárbara, de camões-análise

A DOCENTE: Lucinda Cunha

Proposta de correção:I

1. A rapariga ficou desapontada com as metáforas pouco românticas usadas pelo rapaz, todas referentes a comida ou bebida. Isto porque as mulheres de olhos e cabelos claros são alvo de outros elogios, mais sedutores e carinhosos.

II1.1. Sendo Bárbara uma escrava, isto é, “cativa”, o sujeito lírico vê-se, ele próprio, como um

escravo, mas do amor que sente por aquela mulher.

2.1. “Eu nunca vi rosa(…)/Fosse mais fermosa.”;“Nem no campo flores,/ Nem no céu estrelas”“a neve lhe jura/ Que trocara a cor”3. “Eu nunca vi rosa/ Em suaves molhos,/ Que pera meus olhos/Fosse mais fermosa.” O sujeito lírico usa esta hipérbole para realçar a enorme e invulgar beleza de Bárbara.4/4.1. Neste dois versos estamos perante duas metáforas que possuem um valor semântico semelhante, uma vez que o sujeito lírico sente-se morrer de amor pela escrava que, apesar da vida sofrida, não para de arrebatar corações.5.1. “Que os louros são belos”5.2. Bárbara é “fermosa”; o “Rosto singular,/ Olhos sossegados,/Pretos e cansados”, assim como são “Pretos os cabelos”.5.3. Uma vez que Bárbara era escrava, a vida devia ser muito dura e cansativa para ela.6. O antecedente é “Olhos”.7. Apesar de ser uma escrava, Bárbara é “senhora” do amor do sujeito lírico, que se mostra um verdadeiro “cativo” do que sente por ela.8. Bárbara possui uma “graça viva”, é “doce”, revela ser alegre e tranquila, serena (“leda mansidão” e sensata (“siso acompanha”).8.1. “serena”8.2. O sujeito lírico pretende realçar a enorme serenidade e tranquilidade demonstradas por Bárbara.9. Sabemos que a escrava se chama Bárbara pela presença do nome no título do poema. Se não o soubéssemos, este jogo de palavras não seria facilmente decifrável. Assim, ela parece “estranha”, porque a sua beleza não segue os cânones da época, por ser negra, mas não é “bárbara”, isto é, não é uma mulher grosseira e sem modos, pois revela qualidades como a serenidade e a sensatez.10. “enfim”.11.1. No poema, “pena” tem o duplo sentido de representar o objeto com que o sujeito poético escreve os seus poemas, inspirado pela beleza invulgar daquela escrava, e também porque nela “repousa” toda a sua dor e sofrimento resultantes dessa grande paixão.IIIRespostas abertas.