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Encontros para os Grupos Bíblicos em FamíliaQuaresma/Páscoa – 2009

A CAMINHO DA RESSURREIÇÃO

Arquidiocese de Florianópolis

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SUMÁRIO

Apresentação ................................................................................... 03

Orientações para os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família ....................................... 04

Celebração Inicial: A justiça produz a paz e a segurança ................ 06

1º Encontro: Paz, fruto da justiça .................................................... 15

2º Encontro: Jesus Cristo, Príncipe da paz ..................................... 21

3º Encontro: Fraternidade e Segurança Pública ............................. 28

4º Encontro: Confessar-se: a beleza e a força do perdão ............. 34

5º Encontro: Via-Sacra – Vida comunitária e prática do amor fraterno ......................................................... 41

6º Encontro: Páscoa – Vida nova em Cristo ................................... 55

7º Encontro: A dignidade do ser humano........................................ 61

8º Encontro: Família – Missão de educar ....................................... 67

9º Encontro: Juventude e promoção da paz ................................... 73

10º Encontro: Educar promove a justiça e a paz .............................. 79

11º Encontro: Comunicação e política – Campos de evangelização ....................................................... 86

12º Encontro: A missão da Pastoral Carcerária ................................ 93

13º Encontro: Espírito Santo – Ação de Deus no mundo ............... 100

14º Encontro: Continuando a missão de Jesus .............................. 106

Anexo 1: Pastoral carcerária ...........................................................113

Anexo 2: Oração dos Grupos Bíblicos em Família..........................115

Anexo 3: Hino dos Grupos Bíblicos em Família .............................116

Equipe de Elaboração, Revisão e Editoração .................................117

Equipes de Articulação ....................................................................118

Avaliação .........................................................................................119

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APRESENTAÇÃO

A paz é fruto da justiçaRecentes pesquisas mostram que uma das maiores preocupações

das pessoas, em nosso tempo, diz respeito à segurança. Nossas cida-des estão se tornando cada vez mais violentas. A violência gera medo e insegurança. O medo, esse verme que corrói o coração por dentro, toma conta de muitos. Quando o medo domina, a paz desaparece.

Não se garante uma vida mais segura pelo simples aumento do número de policiais, de armas ou de detenções. A segurança é fruto da paz, e “a paz é fruto da justiça”, segundo ensinava o profeta Isaías, uns sete séculos antes de Cristo (Is 32,17). Portanto, não haverá paz enquanto os corações não se converterem. Afinal, como esperar uma sociedade justa e solidária, se não assumirmos os valores que Jesus veio nos trazer? Assumindo seus valores, mostraremos que outra sociedade é possível – isto é, uma sociedade envolvida pela cultura da paz.

A Igreja não tem respostas técnicas para os problemas que de-safiam nossa sociedade; tem, sim, uma força moral capaz de suscitar uma grande reflexão sobre a segurança pública – tema da Campanha da Fraternidade deste ano –, envolvendo os meios de comunicação social e as universidades, os grupos bíblicos e as famílias.

Os temas destes Encontros dos Grupos Bíblicos em Família da Arquidiocese de Florianópolis têm um título sugestivo: A CAMINHO DA RESSURREIÇÃO. Em outras palavras: caminhamos na certeza de que a violência não tem a última palavra. A última palavra é daquele que, dando sua vida pela humanidade, iluminou o mundo com sua vitória sobre o pecado e a morte.

Dom Murilo S.R. Krieger, scjArcebispo de Florianópolis

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ORIENTAÇÕES PARA OS ANIMADORES E ANIMADORAS

DOS GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA (GBF)

Os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família exercem um ministério bonito e importante na nossa Igreja arquidio-cesana.

As presentes orientações sejam vistas como lembretes, como ajuda na sua missão de dinamizar o funcionamento dos Grupos:

1. PLANEJAMENTO: Dar início aos grupos. Colaborar com a pa-róquia na divulgação e organização da prioridade única da Ação Pastoral Evangelizadora em nossa Arquidiocese, que são os Grupos Bíblicos em Família.

2. CELEBRAÇÃO INICIAL: Prepará-la bem. Reunir os vários grupos da comunidade ou da paróquia para fazê-la em comum.

3. AMBIENTE: É muito importante usar a criatividade, preparando bem o ambiente, com alguns símbolos que ilustrem a ideia central do encontro.

Símbolo forte, que deveria estar sempre presente, é a • casinha, porque identifica os Grupos Bíblicos em Família como “Igreja nas casas”, lembrando as primeiras comunidades cristãs.

A • Bíblia não pode faltar, porque é a fonte inspiradora de toda oração, reflexão e proposta de ação do grupo. É importante que todos os participantes a levem sempre, e que se acos-tumem a ler com antecedência o texto proposto para cada encontro.

4. CANTOS: Quando não são conhecidos, poderão ser rezados, ou substituídos por outros que o grupo conhece.

5. GENTE NOVA: Apresentar os novos membros ao grupo. Promover um clima de acolhida e bem-estar para todos.

6. TAREFAS DO GRUPO: Envolver todos os participantes, distri-buindo responsabilidades. Dar atenção especial aos jovens e crianças. Se o grupo se tornar muito grande, a ponto de dificultar a participação ativa de todos, a saída seria propor que alguns

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membros, já bem familiarizados com a vida dos grupos, se dis-ponham a iniciar novos grupos, colaborando com a difusão desta prioridade da arquidiocese na sua paróquia ou comunidade.

7. QUESTÕES DA COMUNIDADE: Trazê-las para o grupo, conver-sar sobre elas. Lembrar as necessidades materiais e espirituais da comunidade (água, esgoto, lixo, calçamento, policiamento, controle do tráfico e uso de drogas, violência, locais para ce-lebrações e de lazer, etc.), a fim de que o grupo esteja sempre atento, valorizando a vida e colaborando com o bem-estar da comunidade.

8. COMPROMISSOS: Insistir neles, a fim de que a vida do grupo não fique restrita àquela hora do encontro e desligada da realidade.

Se o compromisso sugerido para um encontro for difícil de ser executado, escolha-se outro. O importante é ligar sempre oração, reflexão e ação.

9. CONTINUIDADE: Manter o grupo bem unido e articulado, moti-vando-o a dar continuidade aos encontros durante todo o ano. A equipe de redação prepara um livreto para os encontros de cada tempo litúrgico do ano, ou seja: Advento e Natal; Quaresma e Páscoa; Tempo Comum.

10. AVALIAÇÃO: É importante fazer a avaliação dos encontros do livreto. Avaliando é que se aprende a melhorar a qualidade do nos-so trabalho de evangelização. Após o último encontro, provoque o grupo a fazer a avaliação em conjunto, seguindo o questionário que está no final do livreto, e envie para:

Coordenação Arquidiocesanados Grupos Bíblicos em Família.Rua Esteves Junior, 447 – Centro

88015-130 – Florianópolis/SCE-mail: [email protected]

Obrigada pela sua valiosa colaboração e bom trabalho!

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Celebração inicial

A JUSTIÇA PRODUZ A PAZ E A SEGURANÇA

“A paz é fruto da justiça” (Is 32,17).

Ambiente: Casinha, Bíblia, cartaz da Campa-nha da Fraternidade 2009 e dos livretos, cruz, pano roxo, água benta.

Motivação inicial

Animador(a) 1: Sejam todos e todas bem-vindos! Estamos reunidos para refletir o que o Espírito Santo tem a nos dizer no início de um novo tempo litúrgico – o Tempo Pascal –, que começa com a Quaresma. Que o Senhor da paz e da misericórdia esteja conosco!

Vamos nos acolher e nos cumprimentar, desejando uns aos outros a paz, que é fruto da justiça.

(Tempo para os cumprimentos.)

A 2: Ao iniciarmos a Quaresma, temos presente que este deve ser um tempo de conversão e mudança de vida em vista da festa da Ressurreição. Para que a conversão aconteça, é necessária uma profunda revisão de vida e renovada adesão a Deus.

(Entrada da Cruz e pano roxo.)

Canto: Vitória, tu reinarás

/: Vitória, tu reinarás. Ó Cruz, tu nos salvarás. :/1. Brilhando sobre o mundo que vive sem tua luz, / Tu és um sol

fecundo de amor e de paz, ó Cruz.

A 1: Olhemos para a Cruz, instrumento de nossa salvação e sinal da vitória de Cristo Ressuscitado, enquanto suplicamos a graça da conversão e mantemos viva a esperança que não engana (DAp). Tracemos sobre nós o sinal da cruz.

Todos(as): Em nome do Pai...

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A 2: Somos convidados a entrar nos caminhos do Senhor. Praticar o jejum, como sinal de abertura à vontade do Pai. Oferecer esmola, como partilha dos nossos bens. Intensificar momentos fortes de oração, como encontros com o Senhor.

Leitor(a) 1: No Brasil, a Igreja nos propõe a realização da Campanha da Fraternidade durante a Quaresma, para que possamos refletir sobre a vida em todas as suas dimensões.

L 2: Neste ano de 2009, a Campanha da Fraternidade nos apresenta o tema: Fraternidade e Segurança Pública. É a preocupação da nossa Igreja com a situação de uma sociedade que a cada dia se torna mais violenta e insegura.

T: “Fraternidade e Segurança Pública”.

L 3: A Campanha da Fraternidade deseja motivar as pessoas a se sen-sibilizarem em relação ao problema da violência, contrapondo-lhe a promoção de uma cultura da paz, baseada na justiça. Digamos juntos o lema da Campanha:

T: “A paz é fruto da justiça” (Is 32,17).

(Entra o cartaz da Campanha da Fraternidade.)

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade 2009

1. Ó povo meu, chegou a mim o teu lamento, conheço o medo e a insegurança em que estás. Eu venho a ti, sou tua força e teu alento. Vou te mostrar caminho novo para a paz!

/: Onde pões tua confiança? Segurança, quem te traz? É o amor que tudo alcança; só a justiça gera a paz! :/

A 1: Com fé, e com o desejo de que esta Campanha atinja seus ob-jetivos, rezemos:

Lado A: Bom é louvar-vos, Senhor, nosso Deus, que nos abrigais à sombra de vossas asas, defendeis e protegeis a todos nós, vossa família, como uma mãe que cuida e guarda seus filhos.

Lado B: Nesse tempo em que nos chamais à conversão, à esmola, ao jejum, à oração e à penitência, pedimos perdão pela violência e pelo ódio que geram medo e insegurança.

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T: Senhor, que a vossa graça venha até nós e transforme nosso coração.

Lado A: Abençoai a vossa Igreja e o vosso povo, para que a Campanha da Fraternidade seja um forte instrumento de conversão.

Lado B: Sejam criadas as condições necessárias para que todos vivam em segurança, na paz e na justiça que desejais.

T: Amém. Canto: Hino da fraternidade (CF 2001)

1. A necessidade era tanta e tamanha que a fraternidade saiu em campanha, andou pelos vales, subiu as montanhas, foi levar o seu pão.

A dor era tanta, a injustiça tamanha que a luz de Jesus, que seu povo acompanha, o iluminou pra viver em campanha em favor dos irmãos.

/: Um só coração e uma só alma, um só sentimento em favor dos pequenos, e o desejo feliz de tornar o país mais irmão e fraterno vão fazer de nós Povo do Senhor, cons-trutores do amor, operários da paz, mais fiéis a Jesus. Vão fazer nossa Igreja uma Igreja mais santa e mais plena de luz. Erguer as mãos com alegria, mas repartir também o pão de cada dia. :/

Aprofundando o tema

A 2: Sempre que estivermos atentos à Palavra de Deus, percebere-mos que fomos criados para viver a paz, a comunhão e o amor fraterno e assim nos assemelharmos ao Criador.

T: “Façamos o ser humano à nossa imagem e semelhança” (Gn 1,26).

L 4: No entanto, o ser humano cedeu à tentação do pecado.

L 1: Mas o Deus da vida, cheio de misericórdia, não nos abandonou. Enviou mensageiros e profetas para nos dizer que a dignidade hu-mana precisa ser respeitada em todos os momentos e situações.

T: “Escutarei o que diz o Senhor Deus, porque Ele diz palavras de paz” (Sl 85,9).

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L 2: Todo pecado é um ato de injustiça e de desamor, portanto, fonte de violência.

L 3: A violência sempre aparece quando é negado à pessoa aquilo que lhe é de direito, a partir de sua dignidade, ou quando a con-vivência humana é direcionada para o mal.

L 4: Quaresma é tempo de reconciliação com Deus e com os irmãos e irmãs. Tempo de cultivo do amor ao próximo.

L 1: Celebraremos a misericórdia e a ternura de Deus. Com a sua graça, queremos reconhecer os nossos pecados e pedir a sua força para o arrependimento e a conversão.

L 2: Deus é nosso Pai e nosso amigo. Nele confiamos. Dele tudo recebemos. Com Ele queremos caminhar e viver em profunda comunhão.

A 1: Em silêncio, olhemos para nós mesmos, para nossas comuni-dades, e para a sociedade como um todo. Por que existe tanta maldade e violência em nós e em torno de nós?

(Tempo para refletir em silêncio.)

A 2: Cantando, peçamos perdão.

Canto: Perdoai-nos, ó Pai

/: Perdoai-nos, ó Pai, as nossas ofensas, como nós per-doamos a quem nos ofendeu. :/

1. Se eu não perdoar a meu irmão, o Senhor não me dá o seu perdão. Eu não julgo, para não ser julgado. Perdoando é que serei perdoado.

2. Ajudai-me, Senhor, a perdoar, e livrai-me de julgar e condenar.Vou ficar sempre unido em comunhão ao Senhor e também ao meu irmão.

(Aspersão com água benta.)

A Palavra de Deus ilumina

A 1: Vivenciar a Quaresma é voltar-se para Deus e para os irmãos e irmãs. É ter presente o sonho de Deus ao nos criar: “O Senhor

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Deus tomou o ser humano e o colo-cou no jardim do Éden para o cultivar e guardar” (Gn 2,15).

A 2: Deus é amor e misericórdia, vive em comunhão, e quando o ser humano se afasta dele e do bem, ele o chama de volta para a vida e o amor.

A 1: Para viver com dignidade e alcançar a paz, faz-se necessária a justiça.

A 2: Quaresma é tempo de escuta da Palavra de Deus e de conversão. Aclamemos a Palavra de Deus, cantando:

(Entrada da Bíblia.)

Canto: Fala, Senhor

/: Fala, Senhor! Fala, Senhor! Palavra de fraternidade. :/Fala, Senhor! Fala, Senhor! És luz da humanidade.

1. A tua Palavra é fonte que corre, penetra e não morre, não seca jamais.

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Livro de Isaias, capítulo 32 e versículos 16 a 20 (Is 32,16-20).

(Silêncio para interiorizar a Palavra.)

A 1: Para melhor compreender o texto:– Vamos reler o texto, destacar as palavras fortes e refletir de

dois em dois:– O que provoca tanta violência?– O que Deus nos pede neste tempo quaresmal?

(Deixar que as pessoas se manifestem.)

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade 2008

/: Ponho, então, à tua frente dois caminhos diferentes: vida e morte, e escolherás. Sê sensato: escolhe a vida! Parte o pão, cura as feridas! Sê fraterno e viverás. :/

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1. Pelas margens desta vida há tanta gente que implora por justiça e dignidade. Respeitar, cuidar da vida, é o que te peço: Vai! Transforma a tua fé em caridade.

Aprofundando a Palavra

A 2: A paz é fruto da ordem que o Criador inseriu na sociedade huma-na, e ela deve ser realizada progressivamente por todos os que têm sede de justiça.

T: “Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados” (Mt 5,6).

L 3: A paz não é possível sem a garantia do bem-estar das pessoas e sem a partilha generosa das riquezas do coração e da inteli-gência.

L 4: Paz é conceito básico na Bíblia. Abrange o bem-estar, a felicida-de, segurança, relações sociais equilibradas, harmonia consigo mesmo, com o próximo e com Deus.

T: “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos e filhas de Deus” (Mt 5,9).

L 1: Paz não é só o contrário de violência e ódio. É viver a vida como ela deve ser, assim que todos tenham casa, alimento, trabalho digno, educação, liberdade, segurança e lazer.

L 2: Se queremos a verdadeira paz, precisamos cultivar a espiritua-lidade, a fé. Para isso, é importante a vivência da oração, dos sacramentos e a escuta da Palavra de Deus.

L 3: Na Bíblia, a paz também se refere à aliança que Deus fez com a humanidade. Uma aliança de Paz e para a Paz.

T: “Como são belos os pés do mensageiro que anuncia a paz, que traz a boa noticia” (Is 52,7).

L 4: Os profetas não toleram a violência, falam sempre da santa ira de Deus contra ela. Eles protestam contra a violência, que caminha de mãos dadas com a falsidade e com as alianças ilícitas.

L 1: No Sermão da Montanha, Jesus nos mostra que devemos rom-per o circulo de ódio e vingança que existe na sociedade, pois a violência gera violência.

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T: “Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perse-guem. Assim vos tornareis filhos e filhas do vosso Pai que está nos céus, pois ele faz renascer o sol sobre os maus e bons e faz cair a chuva sobre os justos e injustos” (Mt 5,44-45).

L 2: Sabemos que a conquista da paz não vem da força das armas, mas de novos relacionamentos, fundamentados no “amor”, porque “Deus é amor”. Ele é a fonte da verdadeira paz e da concórdia.

A 1: A partir dos critérios do Evangelho podemos pensar verdadeira-mente em “Segurança Pública”.

Canto: Como são belos

1. Como são belos os pés do mensageiro que anuncia a paz. Como são belos os pés do mensageiro que anuncia o Senhor.

/: Ele vive. Ele reina, Ele é Deus e Senhor. :/

Assumindo compromissos

A 2: Através da Campanha da Fraterni-dade, a Igreja do Brasil nos convoca a viver intensamente o tempo da Quaresma, para que possamos nos converter e viver um tempo de graça e salvação.

Sugestão de ações:– despertar em nós e em outras pessoas a sensibilidade em

relação ao problema da violência;– favorecer o sistema da vizinhança solidária e segura;– promover e realizar palestras sobre segurança pública e cultura

da paz;– revitalizar os Grupos Bíblicos em Família e organizar novos

grupos.

Oração e bênção final

A 1: Elevemos a Deus nossa oração, suplicando-lhe que nos conceda a graça da conversão e seu amor misericordioso.

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L 3: Fazei, Senhor, que sejamos sensíveis aos problemas da violência, bem como às suas vítimas.

L 4: Fazei que sejamos construtores da paz, que é fruto da justiça.

Canto: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação.

Ao Pai voltemos, juntos ande-mos. Eis o tempo de conversão!

L 1: Dai-nos o dom de saber perdoar, acolher, dialogar e compreender.

L 2: Ensinai-nos a ser solidários e a não fazermos distinção de pessoas.

Canto: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação.

Ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de con-versão!

A 1: Jesus sempre insistiu na prática da justiça, do perdão e da mise-ricórdia, verdadeiras raízes de onde nasce a paz.

Assumindo a Quaresma como tempo forte de luta contra a vio-lência, rezemos todos juntos:

T: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos apóstolos: Eu vos deixo a paz, Eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja: dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade, vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo. Amém.

A 2: De mãos dadas, rezemos a oração que o Senhor Jesus nos ensinou.

T: Pai Nosso...

Lado A: O Senhor nos abençoe e nos guarde. Amém

Lado B: O Senhor volte para nós a sua face e nos dê a paz. Amém

T: A bênção de Deus-Amor desça sobre nós e nos faça caminhar juntos, homens e mulheres, na construção do seu Reino. Em nome do Pai...

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A: Vamos em paz e que o Deus da Aliança nos acompanhe.

T: Graças a Deus.Canto: Quando o dia da paz renascer...

1. Quando o dia da paz renascer, quando o sol da esperança brilhar, eu vou cantar. Quando o povo nas ruas sorrir, e a ro-seira de novo florir, eu vou cantar. Quando as cercas caírem no chão, quando as mesas se encherem de pão, eu vou cantar. Quando os muros que cercam os jardins, destruídos, então os jasmins vão perfumar.

/: Vai ser tão bonito se ouvir a canção, cantada de novo. No olhar do homem a certeza do irmão. Reinado do povo. :/

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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1º Encontro

PAZ, FRUTO DA JUSTIÇA

“Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis?” (Mt 5,46)

Ambiente: Bíblia, casinha, cartaz da Campanha, livros, símbolos da justiça, da paz e da solidariedade.

Acolhida: O animador(a) saúda os donos da casa que acolhem os participantes.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos. Vamos lembrar os compromissos assumidos no encontro anterior e partilhar as experiências que fizemos ao colocá-los em prática.

A: Irmãos e irmãs, estamos iniciando o Tempo da Quaresma, tempo santo para reflexão, em que buscamos intensamente a conversão e vivemos tantas ocasiões de graça e salvação. Vamos saudar a pessoa que está ao nosso lado, manifestando-lhe nossa alegria pela sua presença.

(Tempo para os cumprimentos.)

A: Saudemos a Santíssima Trindade, traçando sobre nós o sinal de nossa fé:

Todos(as): Em nome do Pai...A: Rezemos em dois coros a Oração da CF-2009

Lado A: Bom é louvar-vos, Senhor, nosso Deus, que nos abrigais à sombra de vossas asas,

defendeis e protegeis a todos nós, vossa família, como uma mãe que cuida e guarda seus filhos.

Lado B: Nesse tempo em que nos chamais à conversão, à esmola, ao jejum, à oração e à penitência, pedimos perdão pela violência e pelo ódio que geram medo e insegurança.

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T: Senhor, que a vossa graça venha até nós e transforme nosso coração.

Lado A: Abençoai a vossa Igreja e o vosso povo, para que a Campanha da Fraternidade seja um forte instrumento de conversão.

Lado B: Sejam criadas as condições necessárias para que todos vivam em segurança, na paz e na justiça que desejais.

T: Senhor, que a vossa graça venha até nós e transforme nosso coração. Amém.

(Enquanto cantamos, olhemos os símbolos.)

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade 2009

1. Ó povo meu, chegou a mim o teu lamento, conheço o medo e a insegurança em que estás. Eu venho a ti, sou tua força e teu alento. Vou te mostrar caminho novo para a paz!

/: Onde pões tua confiança? Segurança, quem te traz? É o amor que tudo alcança; só a justiça gera a paz! :/

Refletindo o tema

A: A Igreja no Brasil se preocupa com as injustiças sociais e provoca em nós o debate e a sensibilidade para refletirmos e nos compro-metermos com a temática da Campanha da Fraternidade.

T: Tema: Fraternidade e Segurança Pública. Lema: “A Paz é fruto da Justiça”.

Leitor(a) 1: A Campanha da Fraternidade mostra-nos a preocupação da Igreja em criar condições para que o Evangelho seja mais bem vivido numa sociedade que, a cada dia, se torna mais violenta, injusta e individualista.

L 2: Por isso, ela aborda a reflexão sobre “Segurança pública”, que contribui para a promoção da cultura da paz na pessoa, na família, na comunidade e na sociedade.

T: “Bom e reto é o Senhor, por isso indica aos pecadores o caminho certo; guia os humildes na sua justiça, aos pobres ensina seus caminhos” (Sl 25,8-10).

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L 3: A justiça, a paz, o amor, a solidariedade, a fraternidade, a carida-de e o respeito mútuo são valores humanos e evangélicos que precisam ser bem vividos.

T: “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos e filhas de Deus” (Mt 5,9).

L 4: A escalada da violência em nossas comunidades, famílias e cida-des aumenta cada vez mais. Isso exige de nós uma séria reflexão, para que encontremos os caminhos da paz em nós mesmos e na sociedade.

L 1: As raízes da violência estão, em grande parte, na desigualdade social, no desrespeito pela vida e pela dignidade humana, no medo e na insegurança.

L 2: Essas situações são, em grande parte, fruto do modelo de so-ciedade em que vivemos. Afetam diretamente a nossa vida e a convivência social, dificultando a realização de projetos de vida comum, pessoal e familiar.

T: “Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis?” (Mt 5,46)

L 3: “A paz é fruto da justiça”. Todo ato de injustiça e desamor no modo de tratar as pessoas, sem considerar suas realidades e culturas e sem respeitar sua dignidade, é pecado e fonte de violência.

T: “O fruto da justiça será a paz! A prática da justiça resultará em tranquilidade e segurança duradouras” (Is 32,17).

L 4: A violência nega o projeto de Deus. Deus é amor, e Ele é a fonte da verdadeira paz.

L 1: A paz não é possível sem a garantia do bem-estar pessoal e social, sem a partilha generosa das riquezas do coração e da inteligência e sem a força renovadora da reconciliação.

Canto: /: Tu és, Senhor, o meu pastor, por isso nada em minha vida faltará. :/

Iluminando a Vida

A: Em tempos de medo, quando a violência e a insegurança tendem a crescer cada vez mais, a Palavra de Deus nos convida a pensar

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e agir de forma contrária às posturas de vingança, de ódio e de ganância... Aclamemos a Palavra do Senhor.

Canto: Pela Palavra de Deus saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar.

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evan-gelho segundo Mateus, capítulo 5, ver-sículos de 38 a 48 (Mt 5,38-48).

(Momento de silêncio para interiorizar a Palavra.)

Aprofundando a Palavra

A: São Mateus apresenta neste texto a necessidade da superação dos relacionamentos marcados pelo ódio e pela vingança. Vamos reler o texto e conversar.– O que Jesus nos ensina em relação ao próximo, para superar

a antiga lei?– Como devemos agir diante do apelo de Jesus?– Como podemos superar a vingança e aceitar até mesmo a

injusta punição?

(Tempo para conversar.)

A: O Evangelho segundo Mateus propõe uma atitude nova, capaz de eliminar pela raiz o ódio, a vingança e a violência.

T: “Amai os vossos inimigos, e orai por aqueles que vos per-seguem!” (Mt 5,44).

L 2: A paz e a segurança devem constituir-se em mentalidade que de-termine o modo de pensar e de agir de todas as pessoas, devem ser fruto da prática da justiça e do amor.

T: Jesus nos ensina a amar com perfeição: “Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48).

L 3: Amar o inimigo, como Jesus pede, é ter compaixão daquele que também é amado por Deus, mas que se apresenta como um problema para mim e uma ameaça para a sociedade.

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T: “Assim vos tornareis filhos e filhas do vosso Pai que está no céu...” (Mt 5,45).

L 4: Jesus nos convida a sermos discípulos e discípulas autênticos, testemunhando seus ensinamentos na construção de uma socie-dade mais justa, igualitária e fraterna.

Canto: Nossa alegria é saber que, um dia, todo esse povo se liber-tará. /: Pois Jesus é o Senhor do mundo, nossa esperança realizará. :/

Compromisso

A: Viver a Campanha da Fraternidade na Quaresma implica assumir jun-tos, num autêntico mutirão, como povo de Deus, a busca da paz, da justiça e do amor fraterno. Esse é o apelo que a Igreja no Brasil nos faz para vivermos mais intensamente esse tempo litúrgico, através da escuta da Palavra, do compromisso pessoal e comunitário.

– Como grupo, família e comunidade aqui reunida, o que pode-mos fazer de concreto durante a Quaresma e no Tempo Pascal, que marque a caminhada deste tempo litúrgico, atendendo ao apelo da Campanha da Fraternidade?

(Deixar o grupo expressar suas opiniões e decidir qual compromisso assumir.)

Oração e bênção final

A: Cada qual vai escolher uma palavra do Evangelho de Mateus e fazer uma prece espontânea, uma oração breve dirigida a Deus. Após cada prece, rezemos:

T: Que o Senhor nos guie e nos oriente no caminho da frater-nidade, da justiça e da paz.

(Momento para as preces.)

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A: O Senhor faça brilhar sobre nós a sua face! O Senhor volte para nós o seu rosto e nos dê a sua paz. O Senhor nos abençoe e nos guarde!

T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.Canto: Prova de amor

/: Prova de amor maior não há/ que doar a vida pelo irmão! :/1. Eis que eu vos dou o meu novo mandamento: “Amai-vos uns

aos outros como eu vos tenho amado.”

2. Vós sereis os meus amigos, se seguirdes meu preceito: “Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado.”

3. Como o Pai sempre me ama, assim também eu vos amei: “Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado.”

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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2º Encontro

JESUS CRISTO, PRÍNCIPE DA PAZ

“Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz” (Jo 14,27).

Ambiente: Bíblia, cruz, casinha, vela acesa, flores, cartaz da CF-2009, e figuras de pessoas em defesa e promoção da paz.

Acolhida: Pela família que recebe, ou pelo animador(a), agradecendo a participação de todos neste encontro bíblico.

Animador(a): Vamos lembrar os compromissos assumidos no encontro anterior e partilhar as experiências que fizemos ao colocá-los em prática.

(Tempo para lembrar.)

Motivação e oração inicial

A: Neste encontro, continuamos a reflexão sobre a Campanha da Fraternidade e a Quaresma, pedindo que, a exemplo de Jesus, sejamos também promotores e defensores da paz. A partir do Evangelho, somos chamados a buscar, em conjunto, forças e meios para superar o que nos impede de viver a paz em sua plenitude.

Invoquemos a Trindade Santa com o sinal da unidade cristã:

Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.Canto: Dentro de mim

1. Dentro de mim existe uma luz que me mostra por onde deverei andar. Dentro de mim também mora Jesus, que me ensina a buscar o seu jeito de amar.

/: Minha luz é Jesus, e Jesus me conduz pelos caminhos da paz.:/

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A: Rezemos em dois lados:

Lado A: Ó Deus de Amor, Justiça e Misericórdia, anima e fortalece o nosso coração e a nossa mente para que sejamos fiéis seguidores de Jesus Cristo.

Lado B: Ó Deus da Paz, protege-nos, para que não tenhamos atitudes de raiva, injustiça, violência e vingança.

T: “Quem ama a tua lei tem muita paz, no seu caminho não há tropeço” (Sl 119,165).

Lado A: Ilumina-nos, para que possamos estar atentos a toda injustiça e saibamos lutar com firmeza contra ela.

Lado B: Ajuda-nos, para que saibamos transmitir, pela nossa vida, os ensinamentos e a paz de Jesus Cristo.

T: “Quem ama a tua lei tem muita paz, no seu caminho não há tropeço” (Sl 119,165).

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Amém.

Refletindo o tema

A: Nesta Campanha da Fraternidade somos chamados a refletir so-bre a segurança pública e a paz, que é fruto da justiça. No mundo, vemos inúmeras atitudes que ferem a segurança das pessoas e também da sociedade como um todo, levando a uma situação de injustiça e de desespero.

Leitor(a) 1: Muitas vezes são atitudes injustas contra crianças, jovens, mulheres, idosos e deficientes físicos, por não serem dadas a eles as condições de saúde, educação, moradia e assistência de que necessitam para se desenvolverem plenamente.

L 2: Outras vezes são atitudes de violência física, psíquica e, até mes-mo, de violência moral, que ferem as pessoas e podem causar a exclusão na sociedade.

T: “Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei” (Jo 15,12).

L 3: Ghandi, o grande defensor do povo indiano, inspirado no Sermão da Montanha de Jesus, abraçou a causa contra a opressão social,

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cultural e econômica que o povo sofria, lutando com a arma da paz, da não-violência.

L 4: Ele ensinou ao povo indiano a resistir com firmeza em favor da ver-dade e a lutar pelos seus direitos com atitudes não-violentas.

T: “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos e filhas de Deus” (Mt 5,9).

L 1: Diante de situações de violência que ferem a dignidade e a segu-rança da pessoa, é preciso saber superar a força física e a força das armas, para elevar o ser humano.

L 2: A dignidade da pessoa exige a obediência a uma lei mais alta, à luz da força do Espírito Santo, à lei do amor.

T: “Tomai cuidado para que ninguém retribua o mal com o mal, mas procurai sempre o bem entre vós e para com todos” (1Ts 5,13).

L 3: Jesus Cristo, diante de inúmeras situações de injustiça, tomou a defesa de quem estava sofrendo, assumindo atitudes firmes e não-violentas.

L 4: Diante da injustiça da morte de cruz a ele imposta, Jesus reage pedindo o perdão de Deus para seus executores.

T: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!” (Lc 23,34).Canto: Paz, paz de Cristo! Paz, paz que vem do amor lhe desejo, irmã/ir-

mão. Paz que é felicidade de ver em você Cristo, nosso irmão.

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Jesus Cristo nos ensina como é mara-vilhosa a vida radicada na paz de Deus. Aclamemos com alegria a Palavra de Deus que vem até nós.

Canto: Vai falar no Evangelho

1. Vai falar no Evangelho Jesus Cristo, aleluia! Sua Palavra é alimento que dá vida, aleluia!

/: Glória a ti, Senhor. Toda graça e louvor. :/

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Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo escrito pela comunidade joanina, capítulo 20, versículos 19 a 23 (Jo 20,19-23).

(Ao final da leitura: Palavra da Salvação.)

T: Glória a vós, Senhor.

(Breve silêncio, para refletir ou reler em nossa Bíblia o que acabamos de ouvir.)

A: Vamos conversar a respeito do texto do Evangelho que foi pro-clamado.1. O que nos chama atenção neste texto?2. Por que os discípulos estavam com as portas fechadas?3. Como é a paz que Jesus dá?4. Como percebemos, na nossa comunidade, ações que levam

as pessoas a viverem em paz?(Tempo para conversar.)

Aprofundando o tema com a Palavra

A: Os discípulos, com medo, estavam com as portas fechadas no lugar onde estavam. Hoje, também, muitas vezes, por medo, nos fechamos e não saímos para nos unir e buscar soluções para as situações de violência e injustiça que sofremos, em vista da res-tauração da paz e harmonia, quer na família ou na comunidade.

L 1: Entrar em lugares onde impera o medo e o temor muitas vezes não é fácil. Precisamos, com a força do Espírito Santo, ajudar as pessoas a sentirem dentro de si a paz de Deus.

L 2: Quando as portas das pessoas estão fechadas ao amor de Deus, elas não são capazes de viver em paz, nem consigo mesmas e nem, menos ainda, com seus irmãos e irmãs.

T: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20,21).

L 3: Jesus dá aos discípulos a paz de Deus e os envia a levar esta paz a toda a humanidade.

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L 4: A paz é a maior e mais bela característica do Evangelho de Jesus Cristo.

T: “Deus enviou sua palavra aos israelitas e lhes anunciou a Boa-Nova da paz, por meio de Jesus Cristo, que é o Senhor de todos” (At 10,36).

L 1: O apóstolo Paulo, em suas cartas, sempre inicia com a saudação de graça e paz da parte de Deus e de Jesus Cristo.

T: “A vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (Gl 1,3).

L 2: Quando se procura promover a paz no mundo através de inicia-tivas econômicas, pessoais ou de poder, corre-se o perigo de esquecer a verdadeira fonte da paz, o próprio Jesus.

L 3: A paz de Deus e de Jesus Cristo passa pelo perdão, pela renúncia, pelo amor e pela abertura ao Espírito Santo de Deus.

T: “Eu vos exorto a viver com toda humildade e mansidão, e, com paciência, suportai-vos uns aos outros no amor, solícitos em guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Ef 4,1-3).

L 4: É preciso seguir o ensinamento e o exemplo da vida de paz de Jesus Cristo, que uniu a humanidade no amor do Pai.

L 1: Ele derrubou o muro da inimizade entre os povos e formou um só povo, estabelecendo a paz (Cf. Ef 2,14-16).

T: “Alegrai-vos, trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, tende um mesmo sentir e pensar, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco” (2Cor 13,11).

Canto: /: Onde pões tua confiança? Segurança, quem te traz? É o amor que tudo alcança; só a justiça gera a paz! :/

Assumindo Compromisso

A: Quaresma é o tempo especial para uma revisão de vida e para assumir compromissos em função de uma mudança de rumo, em direção a Jesus Cristo. A partir do que refletimos neste encontro bíblico, o que podemos fazer para viver em paz e harmonia na fa-mília, no ambiente de trabalho e na comunidade onde vivemos?

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Propostas concretas:1. Conversar com pessoas que es-

tejam passando por dificuldades especiais e levá-las a conhecer o Amor de Deus.

2. Encorajar quem está desespera-do pela falta de paz, e procurar, a partir do exemplo de Jesus, a restauração da paz.

3. A partir dos diversos grupos existentes, e entidades governa-mentais, tais como o Conselho Comunitário, reivindicar das autoridades as condições necessárias para a manutenção da paz nas escolas, nas ruas e praças.

(Tempo para conversar.)

Oração e bênção final

A: Vamos fazer nossas orações espontâneas a partir do que refle-timos neste encontro bíblico.

(Após duas preces, repetir o refrão.)

T: Senhor, dai-nos a vossa paz em nossos corações e na nossa comunidade.

A. Rezemos, em dois coros, a oração de São Francisco da Assis.

T: Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Lado A: Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa,

que eu leve o perdão.

Lado B: Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.

Lado A: Onde houver erros, que eu leve a verdade. Onde houver de-sespero, que eu leve a esperança.

Lado B: Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Lado A: Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser con-solado.

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Lado B: Compreender que ser compreen-dido, amar que ser amado.

T: Pois é dando que se recebe. É perdoando que se é perdoado. E é morrendo que se vive para a vida eterna.

A: Peçamos a bênção de Deus, pela in-tercessão de Maria, a Rainha da Paz, para nós e para nossas famílias.

T: Que Deus nos abençoe e nos guarde e volte sobre nós a sua face de amor e paz, ele que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Canto: Ide por todo o universo

1. Ide por todo o universo, meu Reino anunciar, dizei a todos os povos que eu vim pra salvar! Quero que todos conheçam a luz da verdade, possam trilhar os caminhos da felicidade.

/: Ide anunciar minha paz. Ide, sem olhar para trás! Estarei convosco e serei vossa luz na missão! :/

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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3º Encontro

FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA

“Eles eram perseverantes em ouvir os ensinamentos dos apóstolos,

na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2,42).

Ambiente: Casinha, Bíblia, pano branco, ou bandeira branca, cartaz da Campanha e dos Grupos Bíblicos em Família (se possível).

Acolhida: Pelas pessoas da casa

Motivação e oração Inicial

Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos. Vamos lembrar os compromissos assumidos no encontro anterior e partilhar as experiências que fizemos ao colocá-los em prática.

(Tempo para lembrar.)

A: Saudamos o Deus da vida que, por intermédio de seu Filho Jesus Cristo, nos mostra os caminhos para concretizar o Reino de paz e justiça.

Todos(as): Em nome do Pai...

A: Hoje estamos aqui reunidos para refletir sobre o nosso agir cristão perante a realidade de tanta insegurança que experimentamos. Rezemos, pedindo a paz.

T: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos apóstolos: eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja. Dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade, vós que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo. Amém.

Canto: Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser con-solado, compreender que ser compreendido, amar que ser

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amado, pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Refletindo o tema

A: Vivemos num mundo de injustiças sociais, onde milhões de irmãos e irmãs são excluídos de todos os direitos.

Leitor(a) 1: Defendemos a vida, que traz paz, garante a dignidade e leva à superação da insegurança quase generalizada.

T: “Alegrai-vos, trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, tende um mesmo sentir e pensar, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco” (2Cor 13,11).

L 2: A insegurança está presente em nosso cotidiano. Chega a afetar as relações familiares, sociais, econômicas, e até a convivência comunitária.

L 3: Sejamos como os profetas que anunciam a boa nova: uma so-ciedade justa, fraterna e com muita paz.

T: “O fruto da justiça será a paz. De fato, o trabalho da justiça re-sultará em tranquilidade e segurança permanentes” (Is 32,17).

L 4: Devemos viver cotidianamente a prática da solidariedade, evitando excluir pessoas e grupos.

L 1: A falta de garantia dos direitos sociais faz com que as pessoas percam a consciência de sua dignidade, por isso o movimento pela segurança pública atua na luta pelos direitos humanos.

T: “O fruto da justiça será a paz. De fato, o trabalho da justiça re-sultará em tranquilidade e segurança permanentes” (Is 32,17).

L 2: O desemprego gera empobrecimento, insegurança, falta de es-perança e de visão de futuro, levando as pessoas até mesmo a um mundo de violência e exclusão.

L 3: Existem ações de superação da violência que devem ser executa-das pelo poder público. Por isso, devemos exigir dos responsáveis a concretização dessas ações.

T: “Alegrai-vos, trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, tende um mesmo sentir e pensar, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco” (2Cor 13,11).

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Canto: /: Onde pões tua confiança? Segurança, quem te traz? É o amor que tudo alcança; só a justiça gera a paz!

A Palavra de Deus Ilumina

A: O texto bíblico que vamos ouvir é uma reflexão profunda para nossa vivência. Ouçamos com atenção os ensina-mentos dos Apóstolos e acolhamos a Palavra de Deus, cantando:

Canto: Tua Palavra é lâmpada para meus pés, Senhor! /: Lâmpada para meus pés, Senhor, Luz para o meu caminho! :/

Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículos de 42 a 47 (At 2,42-47).

(Silêncio para interiorizar a Palavra.)

A: Vamos refletir sobre o texto:– Como as primeiras comunidades colocavam em prática os

ensinamentos dos Apóstolos?– Em relação à vivencia das primeiras comunidades, qual o nosso

testemunho nos Grupos Bíblicos em Família e na Igreja?(Tempo para conversar.)

Aprofundando a Palavra

A: A primeira comunidade cristã nasce do anúncio que provoca a conversão, cresce graças aos ensinamentos dos Apóstolos, e se fortalece através do testemunho de todos.

T: “Diariamente todos juntos frequentavam o templo, e nas casas partiam o pão, tomando o alimento com alegria e sim-plicidade de coração” (At 2,46).

L 4: As primeiras comunidades cristãs testemunhavam a prática da construção da paz, preocupando-se com os pequenos e neces-sitados.

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T: “Todos os que abraçavam a fé eram unidos e colocavam em comum todas as coisas” (At 2,44).

L 1: A vida em comunidade deve ser o nosso testemunho cristão, vivendo a prática da fraternidade, da paz, da partilha e do bem comum. Sabemos que esse é o desejo de Deus.

T: “Louvavam a Deus e eram estimados por todo o povo. E a cada dia o Senhor acrescentava à comunidade outras pes-soas que iam aceitando a salvação” (At 2,47).

L 2: Jesus também já nos mostrava no Sermão da Montanha que devemos viver o amor, a partilha e a justiça, construindo o Reino de Deus.

T: “Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados” (Mt 5,6).

L 3: Como filhos e filhas de Deus, nós nos esforçamos por despertar a consciência de que a paz vence os conflitos e supera o ódio, agindo coletivamente para superar todas as formas de violência.

Canto: Os cristãos tinham tudo em comum. Dividiam seus bens com alegria. /: Deus espera que os dons de cada um se re-partam com amor no dia-a-dia. :/

Assumindo compromisso

A: Jesus se recolhe na montanha para momentos de oração e para planejar a ação. Assim como Jesus e os discípulos, vamos refletir sobre os passos que daremos para promover mais segurança em nossas comunidades e na sociedade.

– Organizar projetos sociais articula-dos com o Fundo Arquidiocesano de Solidariedade, com o objetivo de propor formas alternativas de geração de trabalho e renda, con-tribuindo para modificar a realidade econômica das famílias.

– Participar de ações educativas, or-ganizadas pela Igreja e por outros setores da sociedade, para que,

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através da educação, as pessoas se conscientizem a respeito da cultura da paz.

– Conhecer e apoiar os trabalhos realizados pela Pastoral Carce-rária da Arquidiocese, que confecciona e vende material têxtil (camisetas e bolsas), a partir do projeto “Estampa Livre”.

(Outros compromissos podem ser discutidos conforme a necessidade da comunidade.)

Oração e bênção final

A: Concluindo o nosso encontro, reze-mos em dois lados:

Lado A: Senhor, que a Campanha da Fraternidade nos fortaleça na pro-moção da cultura da paz e da soli-dariedade.

Lado B: Senhor, que as nossas ações não sejam apenas de palavras, mas de atitudes de serviço em prol da digni-dade humana e da justiça social.

Lado A: Senhor, que a nossa solidariedade seja como a do Mestre Jesus: solidariedade que liberta e transforma.

Lado B: Senhor, que tenhamos força e coragem para sermos verdadeiros cristãos, transformando o mundo a partir de ações concretas.

T: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu para anunciar a Boa Noticia aos pobres: enviou-me para procla-mar a libertação aos presos, e aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano da graça do Senhor...” (Lc 4,18-19).

A: Rezemos a oração da fraternidade universal que Jesus nos ensinou, pedindo pela paz no mundo, em nossas famílias e em nossas comunidades.

T: Pai nosso...

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A: Saudemos Maria, a mãe de Jesus e nossa. Ela intercede sempre por nós.

T: Salve Rainha, Mãe de misericórdia... Ave Maria...Canto: Pelas estradas da vida

1. Pelas estradas da vida nunca sozinho estás. Contigo pelo caminho Santa Maria vai.

/: Ó, vem conosco, vem caminhar, Santa Maria, vem. :/2. Se pelo mundo os homens sem conhecer-se vão, não negues

nunca a tua mão a quem te encontrar.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

Fundo Arquidiocesano de Solidariedade (FAS)

Faça você também um gesto concreto nesta Campanha da Fraternidade, além de contribuir com a Coleta da Solida-riedade. Converse com seus amigos e vizinhos, elabore um projeto voltado para a temática trabalhada e entre em contato com o Fundo Arquidiocesano de Solidariedade (FAS), Rua Esteves Júnior, 447 Centro – Florianópolis, Fone: 48 - 3224 87 76, e-mail: [email protected]. Para conhecer os critérios para a aprovação dos projetos e saber quais valores de apoio estão disponíveis, acesse a página da Arquidiocese na in-ternet ou fale com o Fernando na Ação Social Arquidiocesana (ASA). Para mais informação, mesmo endereço acima.

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4º Encontro

CONFESSAR-SE: A BELEZA E A FORÇA DO PERDÃO

“Vamos comer e nos alegrar, porque este meu filho estava morto e voltou à vida,

estava perdido e foi encontrado” (Lc 15,23s).

Ambiente: Bíblia, casinha, crucifixo, pano roxo, pano branco, figuras que sugiram diferen-tes tipos de pecado; outras figuras que sugiram reconciliação, perdão, paz, Jesus perdoando, padres atendendo Confissão.

Acolhida: De forma natural e alegre, em clima de paz, pelas pessoas da casa ou pelo(a) animador(a).

Animador(a): Façamos agora a partilha da experiência do compromisso que assumimos na semana passada.

(Tempo para conversar.)

Motivação e oração inicial

A: Irmãos e irmãs, louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!

Todos(as): Para sempre seja louvado!A: Estamos nos aproximando da Celebração mais importante da

Fé Cristã, a Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. A nossa Páscoa. É Quaresma: “tempo oportuno”, “hora da graça”, hora de reconciliação, “de voltar para casa”, como o filho pródigo. Por isso, trataremos hoje do Sacramento da Penitência ou da Recon-ciliação, conhecido como “Confissão”.

Vamos, então, conversar um pouco sobre esse assunto a partir dos símbolos que aqui estão.

(Tempo para conversar.)

A: Motivados e agradecidos porque somos Povo que Deus ama e perdoa, vamos cantar com alegria.

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Canto: /: Ó Pai, somos nós o povo eleito / que Cristo veio reunir. :/

A: Tracemos sobre nós o Sinal da Cruz e digamos:

T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

A: Assim como o salmista, no Salmo 120 (121), olhemos para o alto, onde está Deus que não dorme, mas guarda os seus fiéis em todas as circunstâncias e momentos. Cantando e rezando, dirijamo-nos a Jesus, à direita do Pai, certos de que nos enviará seu Espírito, que é nossa luz e nossa força.

Canto: /: Eu confio em Nosso Senhor / com Fé, Esperança e Amor! :/

Lado A: Eu levanto os meus olhos para os montes: * de onde pode vir o meu socorro?

Lado B: “Do Senhor é que me vem o meu socorro, * do Senhor que fez o céu e fez a terra!”

Canto: /: Eu confio em Nosso Senhor / com Fé, Esperança e Amor! :/

Lado A: Ele não deixa tropeçarem os meus pés, / e não dorme quem te guarda e te vigia.

Lado B: Oh! não! ele não dorme nem cochila, / aquele que é o guarda de Israel!

Canto: /: Eu confio em Nosso Senhor / com Fé, Esperança e Amor! :/

Lado A: O Senhor é o teu guarda, o teu vigia, / é uma sombra protetora à tua direita.

Lado B: Não vai ferir-te o sol durante o dia, / nem a lua através de toda a noite.

Canto: /: Eu confio em Nosso Senhor / com Fé, Esperança e Amor! :/

Lado A: O Senhor te guardará de todo o mal, / ele mesmo vai cuidar da tua vida!

Lado B: Deus te guarda na partida e na chegada. / Ele te guarda desde agora e para sempre!

Canto: /: Eu confio em Nosso Senhor / com Fé, Esperança e Amor! :/

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Aprofundar o tema

A: No tempo de preparação para a Páscoa, as paróquias costumam oferecer ocasiões especiais para o Sacramento da confissão dos fiéis. Quem compreende, com a mente e com o coração, o que é confessar os pecados, sente a necessidade e a alegria de fazer a experiência desse encontro com Deus.

Canto: /: “Eu canto a alegria, Senhor, de ser perdoado no amor” :/Leitor(a) 1: Quando nos arrependemos de nossos pecados e nos con-

fessamos, Deus nos dá o perdão, cria em nós um coração novo e põe em nós um Espírito novo.

L 2: Ele nos torna capazes de viver uma existência reconciliada com Ele, com nós mesmos, com as outras pessoas e com a natureza.

L 3: Ele também nos faz capazes de perdoar e amar, superando qual-quer desconfiança e cansaço.

Canto: /: “Eu canto a alegria, Senhor, de ser perdoado no amor” :/A: O pecado existe. Ele não só é mal, como também faz mal. O pe-

cado é fechamento em si mesmo. É ingratidão de quem responde ao amor com a indiferença e a rejeição.

Lado A: Sim, o pecado existe. Estamos cansados de ouvir notícias de violências, guerras, injustiças, abusos, egoísmos, ciúmes e vinganças.

Lado B: O mal do pecado tem consequências não só na pessoa que o comete, mas também em toda a sociedade. Daí se originam as verda-deiras «estruturas de pecado»: as injustiças sociais, a desigualdade entre países ricos e pobres, o escândalo da fome no mundo e tantas outras iniquidades.

Lado A: O pecado – que não é apenas um vago «sentimento de cul-pa» – é uma grande tragédia no relacionamento com Deus e entre nós.

Lado B: É importante entender como a perda de sentido do pecado nos torna fracos diante da tentação, diante das seduções de Satanás, o adversário que tenta nos separar de Deus.

Canto: /: Misericórdia, nosso Deus, perdão. Misericórdia, tende compaixão.:/

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A: Também sabemos que o bem existe, e que ele é muito maior que o mal, que a vida é bela, e que viver retamente, por amor e com amor, vale verdadeiramente a pena.

L 4: Sim, o bem existe! Ele muitas vezes passa mais despercebido e não é tão focalizado na mídia, justamente porque é mais comum.

L 1: Quando fazemos a experiência da misericórdia de Deus, sentimos alegria em fazer o bem e temos um olhar aberto para ver o bem resplandecer em tantas pessoas sinceras e humildes que, quando caem, se levantam, se confessam e se reconciliam.

Canto: /: “Eu canto a alegria, Senhor, de ser perdoado no amor” :/L 2: A absolvição dos pecados dada pelo padre, ministro da Igreja, dá-

nos a certeza interior de que fomos verdadeiramente perdoados. Cristo confiou à Igreja o poder de atar e desatar (Mt 18,17).

T: “A quem perdoardes, os pecados serão perdoados. A quem não perdoardes, os pecados não serão perdoados” (Jo 20,23).

L 3: A Igreja não se cansa de nos propor a graça deste sacramento durante todo o caminho de nossa vida, sobretudo nos tempos fortes da Quaresma e do Advento, ou em momentos ou celebra-ções importantes e especiais.

L 4: No Sacramento da Reconciliação, toda a nossa existência de pecadores, unida a Cristo crucificado e ressuscitado, se oferece à misericórdia de Deus para ser curada da angústia, libertada do peso da culpa, confirmada nos dons de Deus e renovada no poder de seu Amor vitorioso.

Canto: /: Misericórdia, nosso Deus, perdão. Misericórdia, tende compaixão.:/

L 1: Pelo Sacramento da Confissão, o Espírito Santo faz surgir em nós uma vida nova. Ajuda-nos a amadurecer o firme propósito de trilhar o caminho da conversão, feito de empenhos concretos de caridade e de oração.

L 2: Aproximemo-nos do Sacramento da Confissão cheios de fé, com coração humilde e contrito: nossa vida mudará, e nosso coração terá paz; nossos olhos se abrirão para reconhecer os sinais da beleza de Deus presentes na criação e na história; em nossa alma irromperá um canto de louvor.

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Canto: Senhor, meu Deus

1. Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado, fico a pensar nas obras de tuas mãos; no céu azul de estrelas pontilhado, o teu poder mostrando a criação,

/: Então minh’alma canta a ti, Senhor: Quão grande és Tu! Quão grande és Tu! :/

2. Quando medito em teu amor tão grande, teu Filho dando ao mundo pra salvar; na Cruz vertendo o seu precioso sangue, minh’alma pode assim purificar.

Ouvindo a Palavra de Deus

A: O próprio Jesus, para tratar desse assunto, contou a parábola do Pai misericordioso e seus dois filhos. Vamos ouvi-la. Antes, cantemos.

Canto: Não só de pão vive o homem

Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que vem do Senhor.

Não só de pão vive o homem.Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo se-

gundo São Lucas, capítulo 15, versículos 11 a 32 (Lc 15,11-32).(Um breve silêncio.)

A: O pai desta parábola é a figura do Deus misericordioso que Jesus veio anunciar e a cuja casa somos chamados a retornar:1. O que mais nos encanta no comportamento desse pai?2. O que motivou e que etapas marcaram a volta do filho que

partira? 3. O filho mais velho: o que nos diz a atitude dele?

(Tempo para conversar.)

Aprofundando a Palavra

A: Nesta reflexão sobre a confissão, podemos ver-nos como esse filho que volta, que retorna a esse pai que perdoa.

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T: “Vou voltar para meu Pai e dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho” (Lc 15,18-19).

L 3: Com a humildade de quem sabe que não se sente digno de ser chamado “filho”,“filha”, podemos decidir-nos a ir bater à porta da casa do Pai.

L 4: Que surpresa, descobrir que Ele está na janela olhando o hori-zonte, porque espera há muito tempo pelo nosso retorno!

T: “... meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado” (Lc 15,24).

L 1: Que paz e que felicidade, quando nos sentimos assim acolhidos, presenteados com a graça do perdão!

L 2: No caso da parábola, o encontro da reconciliação culmina em um banquete de pratos saborosos, no qual se participa com o traje novo, com anel no dedo e os pés calçados (Cf. Lucas 15, 22s).

T: “Comamos e celebremos uma festa, porque este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi encontrado” (Lc 15,24). Que bonito pensar que aquele filho pode ser cada um de nós!

Compromisso

A: Jesus nos adverte: “O tempo se cum-priu, e o Reino de Deus está próximo; convertei-vos e crede na Boa Nova” (Mc 1,15). S. Paulo insiste: “Em nome de Cristo vos suplicamos: reconciliai-vos com Deus” (2 Cor 5,20). Então? Qual será nosso compromisso até a grande Festa da Páscoa?

(Tempo para conversar e assumir compromissos.)

A: Façamos a Oração de S. Francisco de Assis. Ela expressa a verdade de uma vida renovada pela graça do perdão:

T: Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor; onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união; onde

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houver dúvida, que eu leve a fé. Onde houver erro, que eu leve a verdade; onde houver desespero, que eu leve a es-perança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; onde houver trevas, que eu leve a luz. O Mestre, fazei que eu pro-cure mais consolar que ser consolado; compreender que ser compreendido; amar que ser amado. Pois, é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.

A: O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor nos mostre a sua face e se compadeça de nós. O Senhor volva seu rosto para nós e nos dê a paz! O Senhor nos abençoe.

T: Amém!Canto: Neste dia, ó Maria

1. Neste dia, ó Maria, /: nós te damos nosso amor. :/2. Céus e terra ‘stão cantando, /: celebrando teu louvor. :/3. Dá-nos sempre, Mãe querida, /: nesta vida puro amor. :/

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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5º Encontro – Via-Sacra

VIDA COMUNITÁRIA E PRÁTICA

DO AMOR FRATERNO

Ambiente: Casinha, vela, cartaz da CF 2009, cruz, pano branco e outro roxo, flores (de preferência brancas e roxas), outros símbolos que lembram a paz, ex: bandeira branca.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Caros irmãos e irmãs, vamos, mais uma vez, reviver o mistério pascal, na caminhada da comunidade, com Jesus rumo à cruz, onde Ele venceu a morte pela vida e quis devolver a paz para todos nós.

Leitor(a) 1: Como sabemos, para este ano a Igreja nos apresenta a Campanha da Fraternidade:

T: Com o tema: Fraternidade e Segurança Pública e o lema: A Paz é Fruto da Justiça.

L 2: Nesta Campanha, temos como princípio, “motivar as pessoas a se sensibilizarem e a se mobilizarem diante das suas responsa-bilidades pessoais no que diz respeito ao problema da violência e da promoção da cultura da paz”.

A: Iniciemos a caminhada com Jesus, traçando em nós o sinal da Cruz:

Todos(as): Em nome do Pai...

Canto: Me chamaste

1. Me chamaste para caminhar na vida contigo. Decidi para sempre seguir-te e não voltar atrás. Me puseste uma brasa no peito e uma flecha na alma. É difícil agora viver sem lembrar-me de ti...

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/: Te amarei, Senhor! Te amarei, Senhor! Eu só encontro a paz e a alegria bem perto de ti. :/

1ª Estação: JESUS É CONDENADO À MORTE

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: Uma das práticas de Jesus era anunciar que todos tivessem vida e a tivessem em abundância. Mesmo assim, não foi compreendido pela “maioria”. Por isso, Ele foi condenado à morte.

L 1: A nossa sociedade encontra-se marcada por situações de conflitos violentos de mortes e de insegurança. Isso contradiz a vontade de Jesus, que, na promessa de vida em abundância, proclamava a fraternidade e justiça para todos.

L 2: A Igreja no Brasil está preocupada com essas ameaças a que estamos expostos, e, frente a esta preocupação, a Campanha da Fraternidade vem criar condições para que o Evangelho seja mais bem vivido nesta sociedade, que a cada dia se torna mais violenta e insegura.

A: Como? Procurando contribuir para que este processo seja re-vertido através da força transformadora do Reino de Deus, mas também pelo esforço de cada um. Essa é a nossa esperança.

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com o vosso sangue.

A: Vamos rezar a 1ª estrofe da Oração da CF 2009:

T: Bom é louvar-vos, Senhor, nosso Deus, que nos abrigais à sombra de vossas asas, defendeis e protegeis a todos nós, vossa família, como a mãe, que cuida e guarda seus filhos.

Canto: Senhor, se tu me chamas

/: Senhor, se tu me chamas, eu quero te ouvir. Se queres que eu te siga, respondo: Eis-me aqui. :/

1. Nos passos de teu Filho toda a Igreja também vai, seguindo teu chamado de ser santa qual Jesus. Apóstolos e mártires

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se deram sem medir. Apóstolo me chamas: Vê, Senhor, estou aqui.

2ª Estação: JESUS TOMA A CRUZ E COMEÇA O CAMINHO PARA O CALVÁRIO

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: Jesus toma o caminho do Calvário com a cruz aos ombros. Nela

está o peso dos nossos erros, muitas vezes contra a justiça e a fra-ternidade. Na cruz, Ele irá padecer pela salvação da humanidade.

L 1: Não há dúvida de que todas as pessoas aspiram por segurança e estão preocupadas com a situação atual. Diante disso, podemos nos questionar: Onde está a origem desse mal?

L 2: Provavelmente está na omissão de muita gente, no descaso frente às várias cruzes que muitos irmãos e irmãs têm de carregar:

T: A cruz da fome, da miséria humana, da falta de moradia e de saneamento básico, do desemprego, da exploração da mão-de-obra barata, do poder do mais forte sobre o mais fraco, da criminalidade, do tráfico, das guerras absurdas, do trânsito desenfreado que mata...

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.A: Rezemos a 2ª parte da Oração da CF 2009:

T: Nesse tempo em que nos chamais à conversão, / à esmola, ao jejum, à oração e à penitência, / pedimos perdão pela violência e pelo ódio que geram medo e insegurança./ Senhor, que a vossa graça venha até nós e transforme o nosso coração.

Canto: Quando Jesus passar

/: Quando Jesus passar, quando Jesus passar, quando Jesus passar, eu quero estar no meu lugar. :/

1. No meu trabalho e na minha casa, no meu estudo e no meu lazer, no compromisso e no meu descanso, no meu direito e no meu dever.

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3ª Estação: JESUS CAI PELA 1ª VEZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: Assim como Jesus, já enfraquecido, cai pelo peso da cruz, a

população brasileira sofre pelo peso dos grandes escândalos praticados por pessoas ambiciosas e sem escrúpulos:

T: Corrupção, tráfico de influência, desvios de verbas, dentre outros...

L 1: Estes crimes são os que trazem consequências mais desastrosas como:

L 2: A fome, o desemprego, hospitais sucateados por falta de suporte financeiro, o analfabetismo...

T: No entanto, dificilmente alguém é condenado pela prática abu-siva de tais crimes, porque goza de privilégios e imunidades.

A: Com o pobre é diferente. Como ele não tem poder aquisitivo, não tem “direito a privilégios”, fica desprovido também de qualquer ajuda judicial a que deveria ter direito como qualquer cidadão. E a justiça cai por terra.

T: Assim diz o Senhor: “Eis o meu servo, dou-lhe o meu apoio. É o meu escolhido, alegria do meu coração. Pus nele o meu espírito, ele vai levar o direito às nações. Não grita, não levan-ta a voz, lá fora ninguém escuta o que ele fala. Não quebra o caniço já machucado, não apaga o pavio já fraco da chama. Fielmente promoverá o que é de direito, sem amolecer e nem oprimir, até implantar o direito no país, e as ilhas aguardam sua lei” (Is 42,1-4).

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.Canto: Se calarem a voz dos profetas

1. Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão. Se fecharem uns poucos caminhos, mil trilhas nascerão. Muito tempo não dura a verdade, nestas margens estreitas demais: Deus criou o infinito pra vida ser sempre mais.

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/: É Jesus este pão de igualdade, viemos pra comungar com a luta sofrida do povo, que quer ter voz, ter vez, lugar. Comungar é tornar-se um perigo, viemos pra incomodar. Com a fé e união, nossos passos um dia vão chegar. :/

4ª Estação: JESUS SE ENCONTRA COM SUA MÃE

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: O bom relacionamento familiar é a base de uma convivência de

paz e harmonia. Esse relacionamento deve levar a um diálogo fraterno, afetuoso e compreensivo.

L 1: Maria, plena da graça da Sagrada Família, vai ao encontro do Filho, consolando-o.

L 2: A paz é fruto da justiça. A violência é fruto do desamor, que nega a ordem desejada por Deus (Is 32,27).

T: A violência sempre aparece quando é negado à pessoa aquilo que lhe é de direito: a sua dignidade e a própria convivência humana.

A: Salvai o vosso povo, Senhor!T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.A: Rezemos a 3ª parte da Oração da Campanha da Fraternidade:T: Abençoai a vossa Igreja e o vosso povo, para que a Campanha

da Fraternidade seja um forte instrumento de conversão. Sejam criadas as condições necessárias para que todos vivamos em segurança, na paz e na justiça que desejais. Amém!

Canto: Maria de Nazaré1. Maria de Nazaré, Maria me cativou. Fez mais forte a minha fé,

e por filho me adotou. Às vezes eu paro e fico a pensar, e sem perceber me vejo a rezar. E o meu coração se põe a cantar pra Virgem de Nazaré. Menina que Deus amou e escolheu pra mãe de Jesus, o Filho de Deus, Maria que o povo inteiro elegeu Senhora e Mãe do céu.

/: Ave Maria, Ave Maria, Ave Maria, Mãe de Jesus. :/

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5ª Estação: SIMÃO CIRINEU AJUDA JESUS A CARREGAR A CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: Ter os mesmos sentimentos de Jesus significa juntar a nossa vida à vida de Jesus. Assumir os mesmos valores que Ele assumiu e colocá-los em prática.

L 1: No gesto do Cirineu está um gesto de solidariedade, que também faz parte da prática de Jesus.

L 2: A maior razão dessa prática está no novo mandamento ensinado por Jesus:

T: “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 15,12).

A: Negar a possibilidade de ajuda, de solidariedade, é negar a vida e o projeto de Jesus.

Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com o vosso sangue.

Canto: A ti, meu Deus

1. A ti, meu Deus, elevo o meu coração, elevo as minhas mãos, meu olhar, minha voz. A ti, meu Deus, eu quero oferecer meus passos e meu viver, meus caminhos, meu sofrer.

/: A tua ternura, Senhor, vem me abraçar, e a tua bondade infinita me perdoar. Vou ser o teu seguidor e te dar o meu coração. Eu quero sentir o calor de tuas mãos. :/

6ª Estação: VERÔNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: O Evangelho de São Mateus nos mostra, no Sermão da Monta-nha, que a misericórdia de Deus para conosco tem como ponto de partida a nossa misericórdia para com os nossos irmãos e irmãs (Cf. Mt 7,1-2).

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L 1: Verônica, num gesto amigo e de misericórdia, enxuga o rosto cansado e abatido de Jesus.

L 2: Também, nesse gesto, sentimos que as relações humanas fazem parte das relações sociais e nelas se completam. Existem muitas razões para que isso aconteça:

T: Senso de justiça, fraternidade. O princípio de ajuda mútua. Partilha e igualdade de direitos.

A: Salvai o vosso povo, Senhor! Como salvastes a humanidade com o vosso sangue. Rezemos:

T: Pai nosso...

7ª Estação: JESUS CAI PELA 2ª VEZ NA ESTRADA DA CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: A resistência física de Jesus está chegando ao limite.

L 1: A lógica do amor é a única arma eficaz diante das ações violentas.

L 2: Essa lógica deve ser a base da inteligência e do raciocínio hu-manos, os quais levam o indivíduo a superar os conflitos e a violência.

T: Sem amor, estamos, simplesmente, alimentando uma rede de insegurança, de destruição e de morte. Assim, o que era justo vai caindo, cada vez mais, na imoralidade e nas falcatruas das mazelas da vida.

A: Rezemos um trecho do Salmo 28 (27)

T: “Seja bendito Javé, pois escutou a minha voz suplicante. Javé é minha força e meu escudo. Nele confia o meu coração. Eu fui socorrido, minha carne refloresce, e de todo o coração eu lhe agradeço. Javé é a força do meu povo, a fortaleza que salva o seu ungido. Salva o teu povo! Abençoa a tua herança! Apascenta-os e conduze-os para sempre! Amém” (Sl 28,6-9).

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8ª Estação: JESUS CONSOLA AS MULHERES DE JERUSALÉM

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: O conceito de segurança está vinculado a uma série de conceitos, como: confiança, firmeza, certeza, convicção e garantia. Significa ausência de riscos e de perigos.

L 1: Não podemos ignorar uma grande e triste marca da nossa socie-dade, que é o desrespeito e a violência contra as mulheres.

L 2: Principalmente contra as indígenas, as negras e as de classes sociais menos privilegiadas, como consequência do sistema pro-dutivo e da mentalidade machista muito forte em nosso país.

A: Na angústia do sofrimento e da dor, Jesus ainda tem compaixão da-queles que sofrem, principalmente as mulheres sofredoras. E quem precisa ser consolado, consola. Então Jesus disse:

T: “Mulheres de Jerusalém, não chorem por mim! Chorem por vocês e por seus filhos”! (Lc 23,28).

A: Salvai nosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.

Canto: Eu confio em Nosso Senhor

/: Eu confio em Nosso Senhor, com fé, esperança e amor. Eu confio em Nosso Senhor, com fé, esperança e amor. :/

1. Creio em Deus, uno, trino e eterno, que criou o céu, a terra e o mar. Sou católico, crente e sincero, a meu Deus aprendi a adorar.

9ª Estação: JESUS CAI PELA 3ª VEZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: Todos nós sabemos que os direitos humanos devem ser respei-tados. Quem não os respeita comete crime.

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L 1: Também o direito divino e humano de Jesus, em levar o projeto do Pai adiante, lhe é tirado. Querem derrubar Jesus.

L 2: A presença do crime na sociedade é sinal de que precisamos lutar pela defesa dos direitos humanos de todas as pessoas, sejam quais forem suas condições sociais ou econômicas.

A: A sociedade deve organizar-se no sentido de defesa e promoção dos direitos humanos fundamentais de todos. Sempre que existe um crime, algum direito fundamental foi lesado ou agredido.

T: Diz o Profeta Isaias: “Levaram embora o direito, e a justiça fica parada ao longe, a verdade desmaiou em praça pública, a sin-ceridade não pôde chegar” (Is 59,14-15).

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com o vosso sangue.

Canto: Por melhor que seja alguém

1. Por melhor que seja alguém, chega o dia em há de faltar. Só o Deus vivo a palavra mantém, e jamais Ele há de falhar.

/: Quero cantar ao Senhor, sempre, enquanto eu viver. Hei de provar seu amor, seu valor e seu poder. :/

10ª Estação: JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: As únicas coisas que Jesus tinha de seu eram a sua própria vida e suas vestes. No Evangelho de São João, Jesus diz:

T: “Minha vida ninguém tira, eu a dou livremente” (Jo 10,18).

L 1: Tiram-lhe então as suas vestes. Querem arrancar-lhe sua dig-nidade.

L 2: Um dos critérios fundamentais para a construção da paz é renun-ciar à violência.

L 3: Renunciar à violência não significa passividade diante das agres-sões físicas e morais ou de injustiças sociais.

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T: Significa não pagar com a mesma “moeda”, mas agir a partir do que Jesus ensina, como recusa da violência e do ódio. Subs-tituir tudo isso pela veste da tolerância e da misericórdia.

A: No Sermão da Montanha, Jesus diz:

T: “Ouvistes o que foi dito: Olho por olho, dente por dente! Eu, porém, vos digo: Não ofereçais resistência ao malvado! Pelo contrário, se alguém te der um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda!... Se alguém te forçar a acompanhá-lo por um quilômetro, caminha dois com ele! Dá o que te pedirem, e não vires as costas a quem te pede emprestado” (Mt 5,38-42).

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.

A: Cantemos a Oração do Pai Nosso.

11ª Estação: JESUS É PREGADO NA CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!T: Porque, pela vossa a morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: Contribuir para a formação de políticas públicas de segurança,

orientadas para a superação das diversas formas de violência, é um dos objetivos da Campanha da Fraternidade deste ano.

L 1: O nosso país está marcado por enormes escândalos, que são grandes sinais de morte:

L 2: Corrupção, tráfico de influência, desvios de verbas, entre outros, que são as grandes manchetes dos noticiários.

A: Por causa disso, nosso povo menos favorecido, atrelado à cruz do dia-a-dia, sofre as consequências mais drásticas, como:

T: Fome, desemprego, doenças por falta de um melhor sanea-mento básico, analfabetismo e outros males.

A: Salvai o vosso povo, Senhor!T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.

Canto: /: E seu nome era Jesus de Nazaré, sua fama se espalhou, e todos vinham ver o fenômeno do jovem pregador, que tinha tanto amor.:/

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12ª Estação: JESUS MORRE NA CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

(Sugerimos que todos se ajoelhem num instante de profundo silêncio.)

A: Maria, algumas mulheres e João (o discípulo a quem Jesus mais amava) estavam ali diante de Jesus nos seus últimos momentos. Por isso, Ele não está só.

L 1: O projeto de Deus para o ser humano se completa na obra e morte de Jesus. Por Ele, nós ganhamos a vida, a vida em plenitude.

L 2: Um outro grande problema de violência no Brasil é o do trânsito, que causa mais mortes do que muitas guerras no exterior.

A: O aumento considerável de veículos nas vias públicas, a ausência de um controle mais eficaz por parte do poder público, despre-paro dos motoristas e pedestres, o uso do álcool são elementos principais dessa violência. Morrem, também, muitos inocentes.

T: “Assim falou Jesus, levantando os olhos para os céus: Pai, chegou a hora, glorifica teu Filho, para que teu Filho glorifique a ti; e, pelo poder que lhe deste sobre toda a criação, dá a vida eterna a todos os que lhe deste: Que conheçam a ti como um só Deus, e a Jesus Cristo a quem enviaste” (Jo 17,1-3).

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com o vosso sangue.

Canto: /: E mataram a Jesus de Nazaré, e no meio de ladrões pu-seram sua cruz. Mas o mundo ainda tem medo de Jesus que tinha tanta luz. :/

13ª Estação: JESUS É DESCIDO DA CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: Tudo é silêncio. Parece que é o fim. Maria, com a ajuda dos ami-gos, toma o corpo de seu Filho.

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L 1: Com direito de amigo solidário, discípulo de Jesus, José de Arimateia pediu a Pilatos o corpo de Jesus. Ajudado pelos que estavam ali, enrolaram o corpo num lençol (Cf. Lc 23,25-28).

A: Dentro do aspecto da ação solidária e proteção social, diversas entidades e organizações sociais têm-se preocupado com a questão da segurança pública, principalmente no que diz respeito à questão da prevenção da violência, à minimização dos seus efeitos e à solidariedade com suas vítimas.

L 2: Assim, temos entidades que trabalham basicamente na área de promoção da justiça e defesa dos direitos humanos.

L 1: Outros trabalham na área de prevenção da violência com ações educativas e de lazer, principalmente com os membros de grupos de pessoas que merecem especial atenção: crianças abandona-das, moradores de rua, vítimas da prostituição infantil...

L 2: Também outros grupos trabalham basicamente através da soli-dariedade com as vítimas da violência.

A: São Paulo disse aos Corintios:

T: “Nós sabemos que, se a tenda em que moramos neste mundo for destruída, Deus nos dá outra morada no céu, que não é obra de mãos humanas e que é eterna” (2Cor 5,1).

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com o vosso sangue.Canto: Jesus Cristo é o Senhor

/: Jesus Cristo é o Senhor, o Senhor, o Senhor! Jesus Cristo é o Senhor. Glória a ti, Senhor! :/

1. Da minha vida Ele é o Senhor (3 vezes). Glória a ti, Senhor!

2. Do meu passado Ele é o Senhor (3 vezes). Glória a ti, Senhor!

3. Do meu futuro Ele é o Senhor (3 vezes). Glória a ti, Senhor!

14ª Estação: JESUS É SEPULTADO

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

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A: Os amigos e Maria sepultaram o corpo de Jesus. Tudo continua calado, ainda era o silêncio de morte.

L 1: As relações sociais fazem parte da existência humana, e existem muitas razões para que isto seja assim.

L 2: As relações humanas implicam, também, na realização de projetos para atender a necessidades e satisfazer anseios e sonhos.

T: Nada disso foi sepultado com Jesus. Ainda ficaram as mar-cas desses sonhos e projetos nas pessoas de bom coração, mesmo, às vezes, parecendo impossíveis, visto que a pro-blemática da vida tenta nos impedir de realizá-los.

A: No silêncio do túmulo de Jesus começam a surgir sinais de cami-nhos novos. A morte não significa a perda de valores e princípios. Os princípios e valores nos permitem caminhar sem intimidar-nos diante dos obstáculos. Ainda há esperança. Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.Canto: Senhora da esperança

1. Senhora da esperança, o povo te saúda com confiança, hoje pede a tua ajuda.

/: Senhora da esperança, ó mãe de Deus criança, protege o nosso povo com teu grande amor. :/

2. Senhora da esperança, divina padroeira, és Mãe que não se cansa de ser nossa medianeira.

15ª Estação: JESUS RESSUSCITA PARA A VIDA

(Troca-se o pano roxo pelo branco.)

Canto: Vitória, tu reinarás! Ó cruz, tu nos salvarás!

Vitória, tu reinarás! Ó cruz, tu nos salvarás!A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.L 1: A morte não é o fim. Depois da morte ressurge a vida. A vida

venceu a morte. O túmulo está vazio.

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A: A Igreja é a continuadora da missão de Jesus, pelos caminhos da história, através da Ressurreição. Para nós, isso quer dizer que, “conduzidos pelo Espírito Santo e enviados a evangelizar, devemos ser os pregadores e os construtores da paz nos nossos dias”.

T: Jesus disse: “Deixo-vos a paz, dou-vos a paz. Não da maneira do mundo eu dou a paz. Não se perturbe, nem se aterrorize o vosso coração” (Jo 14,27).

A: A paz que Jesus nos traz não é algo inconsciente, uma fuga do desespero diante das dificuldades. Ao contrário, é uma paz concreta, que nos convoca a sermos construtores de uma nova realidade social, política, econômica, cultural e religiosa, seja no nosso país, na nossa região ou em nossa cidade.

T: Negar a possibilidade da construção histórica da paz é negar o mis-tério da Encarnação e se negar a participar do projeto de Jesus.

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.Canto: Ressuscitou

/: Ressuscitou, ressuscitou, ressuscitou, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia! Ressuscitou. :/

1. Ó morte, onde estás, ó morte? Quem és tu, ó morte? Qual a tua vitória?

2. Alegria, irmãos, alegria, nós hoje cantamos, o Senhor ressurgiu.

3. Com Cristo, nós ressuscitamos, juntos proclamamos: O Senhor nos salvou.

T: O Senhor que nos cumulou de todas as suas graças, nos abençoe e nos guarde, nos dê a saúde e a paz. Ele que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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6º Encontro

PÁSCOA: VIDA NOVA EM CRISTO

“Graças sejam dadas a Deus, que nos dá a vitória por meio de Nosso Senhor

Jesus Cristo” (1Cor 15,57).

Ambiente: Bíblia, casinha, frutas e/ou pão, flores, uma vela (se possível, grande), pano branco, mensagens de vida, acolhida e festa. (Vale a criatividade, pois é um dia especial).

Motivação e oração

Animador(a): Iniciemos nosso encontro com a partilha do compromisso assumido na semana passada.

(Tempo para partilhar.)

A: Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos a este encontro.

Todos(as): Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos (Sl 118).

A: Nesta alegria da Ressurreição, demo-nos um abraço, desejando uma Feliz Páscoa.

(Tempo para o abraço.)

A: Depois deste abraço gostoso, saudemos o Deus Trindade pre-sente em nossos Grupos Bíblicos em Família e nos sonhos da Comunidade, cantando:

T: Em nome do Pai... A: A fé na Ressurreição nos leva a alegrar-nos com a vida e a

defendê-la. Façamos a nossa oração inicial, na alegria de sermos povo redimido.

T: “Este é o dia que o Senhor fez para nós, exultemos e alegre-mo-nos no Senhor” (Sl 118).

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Leitor(a) 1: Ó Deus de ternura e bondade, tu que derramaste em nossos corações a certeza da Ressurreição, faze de nós instrumentos de Paz, Justiça e Solidariedade.

Canto: Deus está aqui, aleluia, tão certo quanto o ar que eu respiro, tão certo quanto a manhã que se levanta, tão certo quanto eu te falo e podes me ouvir.

L 2: Senhor do céu e da terra, ajuda-nos a anunciar o Cristo ressus-citado, na comunidade e na família, testemunhando que a res-surreição nasce da experiência do amor e de nosso engajamento na luta por “Vida em abundância” (Cf. Jo 10,10).

Canto: /: Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou! Eu vejo a luz no povo, por isso alegre sou. :/

L 3: Amor e fidelidade se encontram. Justiça e Paz se abraçam. A fide-lidade brotará da terra, e a justiça se inclinará do céu (Sl 85,11-12).

T: Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo...

Refletindo o tema

A: Durante quatro semanas refletimos sobre o sentido da Quaresma e sobre o tema da Campanha da Fraternidade:

T: “Fraternidade e Segurança Pública.”A: A vitória de Cristo sobre a morte é a garantia de que nós, um dia,

também ressuscitaremos, e de que nesse dia não haverá mais violência, pois a segurança e a paz serão plenas.

Canto: O Senhor ressurgiu e ainda está conosco, cantemos e exultemos, aleluia.

A: Hoje nós nos reunimos para celebrar a vida à luz da Palavra de Deus e refleti-la através da carta de São Paulo aos Coríntios: Quantas descobertas, desafios e esperanças!

L 4: Também trazemos presentes as experiências vividas nos encon-tros anteriores, em que nos preparamos para a Páscoa de Jesus Cristo.

L 1: O momento que vivemos é bastante complicado, cheio de conflitos e violências em todos os sentidos. É necessária muita oração,

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reflexão e atitudes concretas em favor da vida humana e da na-tureza.

L 2: É preciso acreditar na força transformadora e na potencialidade da Ressurreição, e nos colocarmos a serviço.

T: Ressuscitar é poder dar graças à abundância da Vida como Dom de Deus.

Canto: /: Eu vim para que todos tenham vida. Que todos tenham vida plenamente. :/

A: A melhor notícia que a humanidade recebeu foi, sem dúvida, a Ressurreição de Jesus. Em sua Carta aos Coríntios, Paulo fala muito sobre esta grande notícia. Vamos proclamar um pequeno trecho desta carta, dirigida hoje a nós. Aclamemos a Palavra do Senhor.

Canto: /: Fala, Senhor, fala da Vida. Só tu tens Palavras eternas, queremos ouvir. :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação da primeira carta de São Paulo aos Coríntios, capítulo 15, versículos 54 a 58 (1Cor 15,54-58).

A: Envolvidos pela graça de Deus, que reforça nossa fé na ressur-reição, vamos memorizar o que acabamos de ouvir. Vamos reler o texto com atenção e depois responder:

(Tempo para reler o texto.)

– Qual a vitória que o texto anuncia?– Como entendemos a Ressurreição em nossas vidas, como a

vivemos na família e na comunidade?(Tempo para conversar.)

Aprofundando a Palavra de Deus

A: A fé na ressurreição nos leva ao compromisso com a Vida em sua plenitude.

L 3: Devemos mobilizar-nos e lutar em prol da fraternidade, segurança pública, justiça e paz. Paz na família, na escola, na Igreja, enfim, paz sem exclusão.

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T: “Cristo morreu por nossos pecados, ele foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia” (1Cor 15,3-4).

A: Com a força do Ressuscitado, e atra-vés de nossas atitudes, o bem deverá sempre vencer o mal, mesmo que haja sofrimento.

T: Mas, se vivemos com Cristo, com Ele também ressuscitaremos.

L 4: Quem acredita em Jesus crucificado e ressuscitado, e cumpre seus mandamentos, pode ter a certeza de também ser glorificado com Ele.

L 1: Em Cristo, todos seremos transformados e podemos cantar o triunfo da Vida.

Canto: Que alegria, Cristo ressurgiu

1. Que alegria, Cristo ressurgiu! No Evangelho ele vai falar. En-toemos nosso canto de louvor e gratidão: sua Palavra vamos aclamar.

/: Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia. :/

A: São Paulo nos diz que devemos ser fiéis à obra do Senhor.

L 2: Se praticarmos o verdadeiro amor, nossos esforços não serão inúteis.

Canto: Jesus, Jesus de Nazaré. O teu semblante eu quero ter. Tal qual és tu eu quero ser, Jesus, Jesus de Nazaré.

T: “Portanto, irmãos e irmãs, sede firmes e inabaláveis na obra do Senhor!” (1Cor 15,58b)

A: Para vivenciar a verdadeira Páscoa de Jesus, é preciso abrir nossos olhos para sua presença na caminhada e na história do povo.

L 3: Não devemos deixar que os conflitos e injustiças sociais em que vi-vemos nos tornem cegos à presença libertadora da ressurreição.

T: “Graças sejam dadas a Deus que nos dá a vitória, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo” (1Cor 15,17).

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Canto: /: Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou! Eu vejo a luz no povo, por isso alegre sou. :/

Compromisso

Como posso fazer acontecer gestos de ressurreição na família, no trabalho, na escola, na comunidade e na sociedade?

(Refletir, praticar, e partilhar com o grupo no próximo encontro.)

Oração e bênção final

A: Com olhar de contemplação, olhemos por alguns segundos os símbolos que estão sobre a mesa. Pensemos no que eles têm a ver com o que acabamos de refletir.

(Pode-se citar, vagarosamente, os símbolos.)

L 4: De mãos dadas, pensando na grande família que somos, rezemos o Pai Nosso ecumênico.

T: PAI NOSSO, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.

O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Perdoa as nossas dí-vidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.

E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, pois teu é o Reino, o poder e a glória para sem-pre, Amém.

A: Maria foi a grande colaboradora na História da Salvação. Peçamos a ela que continue intercedendo por nós junto de Deus:

T: Ave Maria...

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A: Olhando para a nossa vela acesa (que alguém pode levantar), cantemos:

Canto: /: Ó Luz do Senhor, que vem sobre a terra, inunda meu ser, permanece em nós. :/

T: O Senhor ressuscitado nos abençoe e nos dê a paz, por in-termédio de Maria, nossa mãe. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Canto: Porque Ele vive

1. Deus enviou seu Filho amado para morrer no meu lugar. Na cruz pagou por meus pecados, mas o sepulcro vazio está, porque Ele vive.

/: Porque Ele vive, eu posso crer no amanhã. Porque Ele vive, temor não há! Mas eu bem sei que o meu futuro está nas mãos do meu Jesus, que vivo está. :/

A: Vamos partilhar o pão e as frutas com muita alegria.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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7º Encontro

A DIGNIDADE DO SER HUMANO

“Tudo quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o vós também

a eles” (Mt 7,12).

Ambiente: Bíblia, casinha, cruz, vela; recortes de jornais e revistas com rostos de índios, negros, pobres, doentes, idosos, presos, dependentes químicos, enfim, rostos so-fredores...

Acolhida: Pelas pessoas da casa.

Motivação e oração

Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos! Vamos iniciar o nosso encontro, partilhando a experiência do compromisso que assumimos na semana passada.

(Tempo para partilhar.)

A: Hoje vamos refletir um pouco sobre a dignidade de toda pessoa, de todo ser humano. Queremos iniciar o nosso encontro, com um tema tão importante, em nome da Santíssima Trindade

Todos(as): Em nome do Pai...Canto: Oração de São Francisco

Senhor, fazei-me instrumento de vossa Paz! Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa,

que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver

dúvida, que eu leve a fé. Onde houver erro, que eu leve a verdade. Onde houver de-

sespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver tre-

vas, que eu leve a luz.

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Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser con-solado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado. Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Refletindo o tema

A: Em nossos dias, o progresso científico, o avanço tecnológico e o desenvolvimento social são facilmente constatáveis em toda parte. Entretanto, todo esse progresso não é investido de maneira igualitária para o bem da vida das pessoas. O lucro e o individu-alismo estão sendo postos em lugar do bem comum.

Canto: /: Entre nós está, e não o conhecemos, entre nós está, e nós o desprezamos. :/

L 1: O Documento de Aparecida nos convida a contemplar os rostos daqueles que sofrem, dos que não são tratados com dignidade e igualdade de condições. Vamos destacar alguns rostos que o documento apresenta.

L 2: O rosto sofrido das comunidades indígenas e afro-americanas.

Canto: /: Entre nós está, e não o conhecemos, entre nós está, e nós o desprezamos. :/

L 3: O rosto da mulher excluída e dos jovens que, devido à educação de baixa qualidade, não têm oportunidades de progredir em seus estudos e nem de entrar no mercado de trabalho.

L 4: O rosto dos pobres, desempregados, migrantes, daqueles que procuram sobreviver na economia informal.

Canto: /: Entre nós está, e não o conhecemos, entre nós está, e nós o desprezamos. :/

L 1: O rosto das meninas e dos meninos submetidos à prostituição infantil e também das crianças vítimas do aborto.

L 2: O rosto de milhões de pessoas e famílias que vivem na miséria e até mesmo passam fome.

Canto: /: Entre nós está, e não o conhecemos, entre nós está, e nós o desprezamos. :/

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L 3: O rosto dos dependentes das drogas, dos encarcerados, dos que vivem em situações desumanas.

L 4: O rosto das pessoas com limitações físicas, dos doentes e dos idosos, vistos como pessoas incômodas e inúteis.

Canto: /: Entre nós está, e não o conhecemos, entre nós está, e nós o desprezamos. :/

L 1: Diante de todos esses rostos, devemos nós, como seguidores e se-guidoras de Jesus Cristo, assumir a promoção da vida e da dignidade do ser humano, para que o Reino de Deus, anunciado e inaugurado por ele, vá se concretizando em nossas comunidades.

L 2: Cada ser humano carrega em si a inviolável imagem de Deus, que deve ser amada e respeitada.

Canto: Pai de amor

1. Pai de amor, aqui estamos celebrando a unidade. Somos teus filhos amados nesta mesa da igualdade. Somos uma só família, somos um só coração. Eis que a graça da partilha entre nós faz-se oração.

/: No raiar de um novo tempo, vida nova então se faz. A esperança do teu povo é justiça, amor e paz! :/

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Vamos ouvir o que Jesus nos diz no Evangelho de São Mateus. Aclame-mos a Palavra, cantando:

Canto: Vai falar no evangelho

1. Vai falar no evangelho Jesus Cristo, aleluia! Sua Palavra é alimento que dá vida, aleluia! /: Glória a ti, Senhor, toda honra e louvor. :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação da leitura do Evangelho segundo Mateus, capítulo 25, versículos de 31 a 40 (Mt 25,31-40).

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Refletindo a Palavra

A: Vamos partilhar o que entendemos do Evangelho proclamado.

Jesus fala da justiça e da caridade em atender às necessidades dos que precisam.– Como é que nossa comunidade vive esse compromisso

cristão?– Vamos conversar sobre o versículo 40, que diz:

T: “Em verdade vos digo, todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequeninos, que são meus irmãos, minhas irmãs, foi a mim que o fizestes” (Mt 25,40).

(Tempo para conversar.)

A: Nossa fidelidade ao Evangelho exige que proclamemos a verdade sobre o ser humano e a sua dignidade.

L 3: Uma forma de proclamar essa verdade é defender os direitos das minorias, dos pequeninos marginalizados; é lutar contra as discriminações raciais, éticas, culturais, sociais e religiosas.

T: “Eu estava com fome, e me destes de comer; estava com sede, e me destes de beber; eu era forasteiro, e me recebes-tes em casa; estava nu e me vestistes; doente, e cuidastes de mim; na prisão e fostes visitar-me” (Mt 25,35-36).

L 4: De nossa fé em Cristo nasce a solidariedade, a partilha, o res-peito pelos direitos fundamentais à subsistência e às condições sustentáveis de vida digna, como atitude permanente de encontro com o próximo.

T: “Eu vos deixo um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” (Jo 13,34).

L 1: O próprio Jesus propôs, com seu modo de agir e com suas pa-lavras, um novo modo de relações:

T: “Quando deres um banquete, convida os pobres, os inválidos, os coxos e os cegos...” (Lc 14,13)

L 2: É necessária uma atitude permanente que se manifeste em op-ções e gestos concretos de valorização da vida, da dignidade da pessoa e da justiça social.

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T: “Em verdade vos digo, todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequeninos, que são meus irmãos, minhas irmãs, foi a mim que o fizestes” (Mt 25,40).

Canto: /: Povos todos, toda gente, línguas, raças, religiões: nova história e horizonte, novo chão sem exclusões! :/

Assumindo compromissos

A: Podemos identificar os rostos dos sofredores presentes em nossa comu-nidade.

Conhecendo a nossa realidade, qual a ação concreta que podemos assumir em vista da promoção da dignidade humana?

Algumas propostas:

– Identificar as ações de solidariedade que existem em nossas comunidades. Apoiar e participar, se possível.

– Perceber as pessoas empobrecidas, aproximar-nos delas, ajudá-las, na medida do possível, em suas necessidades e nos seus direitos, respeitando a sua dignidade.

(Tempo para discutir sobre o assunto e ver qual necessidade atender, conforme a realidade.)

Oração e bênção final

A: Vamos rezar, em dois coros, o Salmo 15:

T: Senhor, quem pode hospedar-se em tua tenda e habitar em teu monte santo?

Lado A: Quem age na integridade e pratica a justiça, quem fala sin-ceramente o que pensa e não usa a língua para caluniar; quem não prejudica seu próximo, e não difama seu vizinho;

Lado B: Quem despreza o injusto, e honra os que temem o Senhor; quem sustenta o que jurou, mesmo com prejuízo seu;

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Lado A: Quem não empresta dinheiro com juros, nem aceita suborno contra o inocente. Quem age desse modo, jamais será abalado!

T: Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo! Como era no princípio, agora e sempre. Amém! O Senhor nos abençoe e nos guarde! O Pai, o Filho, o Espírito Santo! Amém!

Canto: Somos gente da esperança

1. Somos gente da esperança que caminha rumo ao Pai. Somos povo da Aliança que já sabe aonde vai.

/: De mãos dadas, a caminho, porque juntos somos mais, pra cantar um novo hino de unidade, amor e paz. :/

2. Para que o mundo creia na Justiça e no Amor, formaremos um só povo, num só Deus, um só Pastor.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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8º Encontro

FAMÍLIA – MISSÃO DE EDUCAR

“Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos e filhas de Deus” (Mt 5,9).

Ambiente: Bíblia, vela acesa, casinha, flores, alimentos para serem partilhados, o cartaz da Campanha da Fraternidade e um cartaz destacando em letras grandes a frase: “Família e Segurança Pública”.

Acolhida: Pela família que acolhe ou pelo animador(a), convidando para que todos se abracem.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos. Vamos iniciar o nosso encontro, partilhando a experiência do compromisso que assu-mimos na semana passada.

A: Queridos irmãos e irmãs, estamos aqui reunidos para, em nome do Senhor Jesus, refletir sobre as agressões contra nossas famílias: agressões sociais, políticas, econômicas e culturais. Queremos ter presente a importante missão das famílias de educar os filhos, a geração jovem da sociedade, segundo os autênticos valores humanos e cristãos. Como filhos e filhas do Deus da vida, sau-demos a Trindade Santa com o sinal da cruz:

Todos(as): Em nome do Pai... A: Rezemos, mais uma vez, como na Quaresma, a oração da CF

2009.

T: Senhor, que a vossa graça venha até nós e transforme o nosso coração.

Lado A: Bom é louvar-vos, Senhor nosso Deus, que nos abrigais à sombra das vossas asas, defendeis e protegeis a todos nós, vossa família, como uma mãe que cuida e guarda seus filhos.

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Lado B: Neste tempo em que nos chamais à conversão, à esmola, ao jejum, à oração e à penitência, pedimos perdão pela violência e pelo ódio que geram medo e insegurança.

T: Senhor, que a vossa graça venha até nós e transforme o nosso coração.

Lado A: Abençoai a vossa Igreja e o vosso povo, para que a Campa-nha da Fraternidade seja um momento forte de conversão. Sejam criadas as condições necessárias para que todos vivamos em segurança, na paz e na justiça que desejais. Amém.

T: Senhor, que a vossa graça venha até nós e transforme o nosso coração.

Canto: Hino da CF

1. Ó povo meu, chegou a mim o teu lamento, conheço o medo e a insegurança em que estás. Eu venho a ti, sou tua força e teu alento, vou te mostrar caminho novo para a paz.

/: Onde pões tua confiança? Segurança, quem te traz? É o amor que tudo alcança; só a justiça gera a paz! :/

(Enquanto cantamos, mostramos os cartazes: o da CF e o da frase escrita.)

Reconstruir o bem num mundo violento

A: A família cristã deve ser inteiramente penetrada de amor sincero e fraterno, de modo que, sem fraqueza ou simulações, seja capaz de enfrentar todas as situações.

Leitor(a) 1: É no seio da família que recebemos os primeiros funda-mentos da paz e da solidariedade. Aprendemos a amar, perdoar, partilhar, acolher e a ter sensibilidade para com os outros.

T: “O amor seja sincero. Detestai o mal, apegai-vos ao bem. Que o amor fraterno vos una uns aos outros...” (Rm 12,9-10).

L 2: Numa família, crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos têm a mesma importância. Os jovens têm a força, o ideal, os sonhos; os idosos possuem a experiência de vida e a sabedoria.

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L 3: Na família, todos devem colocar-se, com simplicidade, a serviço uns dos outros.

T: “Sede zelosos e cuidadosos, fervorosos de espírito, servin-do ao Senhor, alegres na esperança, pacientes e fortes na tribulação e perseverantes na oração” (Rm 12,11-12).

L 1: Vemos muitos acontecimentos que marcam tragicamente as fa-mílias, desde as questões de convivência até a perda de valores e a multiplicação das injustiças sociais.

L 2: Infelizmente, em muitos lares existem conflitos sérios que geram diferentes tipos de violência: brigas entre casais, entre pais e filhos; violência contra a mulher; agressão aos filhos; alcoolismo, ou outras dependências químicas; abuso sexual e outros problemas.

L 3: A missão da Igreja, diante da fragmentação e desvalorização das famílias, é evangelizar, defendendo a família. Precisamos urgentemente redimir a dignidade de nossas famílias.

T: “O fruto da justiça será a paz! A prática da justiça resultará em tranquilidade e segurança duradouras” (Is 32,17).

L 1: O profeta Isaías, inspirado por Deus, fortalece em nós a esperança de um mundo novo, onde reinam a justiça e os direitos humanos, que geram paz e prosperidade.

Canto: Ilumina, ilumina

1. Minha prece de pai é que meus filhos sejam felizes. Minha prece de mãe é que meus filhos vivam em paz. Que eles achem os seus caminhos! Amem e sejam amados! Vivam iluminados!

2. Nossa prece de filhos é prece de quem agradece. Nossa prece é de filhos que sentem orgulho dos pais. Que eles trilhem os teus caminhos! Louvem e sejam louvados! Sejam recompen-sados!

/: Ilumina, ilumina nossos pais, nossos filhos e filhas! Ilu-mina, ilumina cada passo das nossas famílias! :/

A Palavra de Deus ilumina

A: Com alegria, aclamemos o livro da Palavra de Deus, cantando:

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Canto: Como são belos

1. Como são belos os pés do mensageiro que anuncia a paz! Como são belos os pés do mensageiro que anuncia o Senhor

/: Ele vive, Ele reina, Ele é Deus e Senhor. :/Leitor(a) da Palavra: Proclamação do evangelho de Jesus Cristo,

segundo Mateus, capítulo 5, versículos 1-10 (Mt 5,1-10).

(Momento de silêncio para interiorizar a Palavra.)

A: Vamos refletir sobre o texto que nos ensina a viver a paz, o amor fraterno, a felicidade e a liberdade.– Podemos voltar ao texto e ler alguns

versículos.– Quais são os grupos de pessoas

incluídas nas bem-aventuranças de Jesus?

– De que forma se pode promover a paz em nossas famílias, nas comunidades, em nosso trabalho, por onde andamos?

(Tempo para conversar.)

Aprofundar a Palavra

A: O Sermão da Montanha é um resumo dos ensinamentos de Jesus no anúncio do Reino e na transformação que esse Reino deve produzir.

L 1: O projeto de Jesus é o grande fundamento que ilumina o agir humano na construção da paz e da justiça social.

T: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abun-dância” (Jo 10,10).

L 2: Jesus veio implantar o Reino de Deus. A nós Ele confia a missão de colaborar na construção e na transformação do seu Reino de amor e justiça.

T: “Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus” (Mt 5,3).

L 3: Jesus nos ensina a agir com misericórdia. Misericórdia significa ter o coração voltado para as fragilidades humanas e para as ne-

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cessidades do próximo. Agir sempre com misericórdia é construir a paz e a segurança.

T: “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7).

L 1: No seguimento de Jesus, vivemos seus ensinamentos. Mesmo assim, todos os dias, a violência bate à porta de nossas famílias e de nossas comunidades.

T: “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos e filhas de Deus” (Mt 5,9).

L 2: A justiça social, isto é, a promoção da dignidade humana é fun-damental para que tenhamos “segurança publica”.

T: “Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados” (Mt 5,6).

L 3: Nas bem-aventuranças, Jesus nos ensina a superar a nós mesmos, a superar o nosso egoísmo, o individualismo e o comodismo, para assumir seu projeto de vida e de salvação.

Canto: Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser con-solado; compreender que ser compreendido; amar que ser amado, pois é dando que se recebe; é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Assumindo compromisso

A: A vivência da fé nos impulsiona para o compromisso do amor fraterno, da solidariedade e da caridade. “A fé sem ação é morta” diz São Tiago (Tg

2,17). Para que a paz e a segurança aconteçam no dia-a-dia, é necessário o nosso empenho por mudanças de atitudes.– Promover e apoiar as Pastorais ligadas às famílias de nossas

paróquias que ajudam a superar os problemas da violência doméstica e orientam na sua missão educadora.

– Atuar junto aos meios de comunicação, através do envio de cartas, participação de debates e entrevistas, para que se

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empenhem em campanhas de conscientização sobre o uso das drogas, do álcool e das armas.

(Deixar que o grupo decida e assuma algum compromisso.)

Oração e bênção final

A: Rezemos, pedindo a Deus Pai que nos ilumine na construção de projetos que nos levem a alcançar a paz e a segurança de nossas famílias, formando uma sociedade mais justa e fraterna.

(Preces espontâneas. Após cada prece, todos respondem.)

T: Ó Deus da vida, dai força às nossas famílias e às nossas comunidades.

A: Em sinal de unidade e vida fraterna, façamos a oração do Pai Nosso de mãos dadas:

T: Pai Nosso...A: Pela intercessão de Nossa Senhora do Desterro e de Santa

Catarina:

T: Abençoe-nos o Deus de bondade e misericórdia, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém

Canto: É bom ter família

1. É no campo da vida que se esconde um tesouro. Vale mais que o ouro, mais que a prata que brilha. É presente de Deus, é o céu já aqui, o amor mora ali e se chama família.

/: Como é bom ter a minha família, como é bom! Vale a pena vender tudo o mais para poder comprar esse campo que esconde um tesouro, que é puro dom, é meu ouro, meu céu, minha paz, minha vida, meu lar. :/

2. Até mesmo o céu desejou ser família para que a família dese-jasse ser céu. Nela se faz a paz no ouvir, no falar, e na arte de amar, o amargor vira mel.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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9º Encontro

JUVENTUDE E A PROMOÇÃO DA PAZ

“Que ninguém te menospreze por seres jovem” (1Tm 4,12).

Ambiente: Bíblia, vela, casinha, fotos de jovens da família, fotos de encontros e de grupos de jovens.

Acolhida: Além de acolher todos e todas com alegria, o grupo pode preparar uma acolhida especial para os jovens e adolescentes que se fazem pre-sentes.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos. Vamos iniciar o nosso encontro, partilhando a experiência do compromisso que assu-mimos na semana passada.

(Tempo para conversar.)

Canto: /: Agora é hora de silêncio interior. De deixar Cristo falar sua mensagem de amor. :/

A: Irmãos e irmãs em Cristo, que o Deus da Vida nos anime a va-lorizar todos os jovens que se empenham na promoção da paz, numa sociedade violenta e conflituosa que a tantos exclui.

Todos(as): Vidas pela vida, vidas pelo Reino. Todas as nossas vidas, como as suas vidas, como a vida d’Ele, o Mártir Je-sus!

A: O Reino de Deus é paz e justiça, é gozo no Espírito Santo. Cristo, vem dar-nos um coração jovem, vem abrir-nos as portas do teu Reino. Com alegria, saudamos a Trindade Santa:

T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Canto: Deixa-me ser jovem

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/: Deixa-me ser jovem, não me impeças de lutar, pois a vida me convida a uma missão realizar :/

1. Deixa-me ser jovem, ser livre pra cantar. Não reprimas, não re-proves o meu jeito de sonhar. Fazer também a história e não ser ignorado. Preservar os meus valores e não ser massificado.

2. Muitos jovens, sem saber, esbanjaram sua idade. Alienados, se entregaram aos dragões da sociedade. Não me sinto der-rotado, mas eu quero me explicar. De tanto ser explorado, eu me pus a protestar.

Refletindo o tema

A: É um grande desafio ser jovem cristão nos dias de hoje. É uma grande oportunidade de o jovem mostrar quem realmente ele é, de fazer a diferença, de ajudar a mudar a sociedade.

T: Bem-aventurados os jovens sábios, porque serão também puros de coração e simples de espírito: Eles anunciarão a Paz!

Leitor(a)1: Olhando nossa realidade, percebemos situações sociais desfavoráveis. Felizmente, porém, ao contrário do que se diz ou pensa, há muitos jovens empenhados na luta pela paz e justiça, elementos fundamentais da vida.

T: Bem-aventurados os jovens pacíficos, porque serão vistos como herdeiros da terra de Deus!

L 2: Os jovens devem ser sensíveis para descobrir sua vocação de ser amigos e discípulos de Cristo. São chamados a ser “sentinelas do amanhã”, comprometendo-se na renovação do mundo, à luz do Plano de Deus (DA).

T: “Eu, o Senhor, te chamei para a justiça, te tomei pela mão. Eu te encarreguei de seres a aliança de um povo, luz das nações” (Is 42,6).

L 3: Os jovens cristãos são chamados a servir a seus irmãos e irmãs, especialmente aos mais necessitados, dando um pouco de seu tempo e de suas vidas. Eles têm capacidade para se opor às falsas ilusões de felicidade e aos paraísos enganosos das drogas, dos prazeres, do álcool e de todas as formas de violência (Cf. DA).

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T: Bem-aventurados os jovens humildes, porque eles saberão acolher a verdade escondida no coração de todas as pessoas que encontrarem ao longo do caminho!

A: Em sua procura pelo sentido da vida, são sensíveis para procurar descobrir o chamado particular que o Senhor Jesus lhes faz e são capazes de dar respostas generosas.

T: “Eu, o Senhor, te chamei para a justiça, te tomei pela mão. Eu te encarreguei de seres a aliança de um povo, luz das nações” (Is 42,6).

L 1: Como discípulos e missionários, as novas gerações são chamadas a transmitir a seus irmãos e irmãs jovens, sem distinção alguma, a corrente de vida que procede de Cristo e a compartilhá-la em comunidade, construindo a Igreja e a sociedade.

T: Bem-aventurados os jovens humildes, porque eles saberão acolher a verdade escondida no coração de todas as pessoas que encontrarem ao longo do caminho!

L 2: O Senhor, que nos concedeu o dom da vida, que nos agraciou com a inteligência e nos permitiu integrar o corpo vivo da Igreja, nos permita, cada vez mais, promover a paz e a justiça, vivida entre os mais diversos grupos de jovens.

T: “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu cami-nho? Guardando a tua Palavra, Senhor” (Sl 119,9).

L 3: Nossa missão vai além de só trazer os jovens para as atividades da Igreja. Consiste também em despertar sua vocação e seu papel na sociedade e nos seus grupos de convivência.

T: “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu cami-nho? Guardando a tua Palavra, Senhor” (Sl 119,9).

Canto: Jovem Galileu

1. Um certo dia, à beira-mar, apareceu um jovem Galileu. Nin-guém podia imaginar que alguém pudesse amar do jeito que ele amava. Seu jeito simples de conversar tocava o coração de quem o escutava

/: E seu nome era Jesus de Nazaré. Sua fama se espalhou, e todos vinham ver o fenômeno do jovem pregador que tinha tanto amor. :/

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2. Em plena rua, naquele chão, naquele poço e em casa de Si-mão naquela relva, no entardecer, o mundo viu nascer a paz de uma esperança. Seu jeito puro de perdoar fazia o coração voltar a ser criança.

A: O sábio conselho do apóstolo Paulo a seu amigo, o jovem Timó-teo, também é válido para qualquer um de nós. Após acolher a Palavra de Deus, cantando, ouçamos com atenção o que Paulo escreve.

Canto: Buscai primeiro

1. Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vós será acrescentado. Aleluia, aleluia.

2. Não só de pão a gente viverá, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Aleluia, Aleluia.

Leitor(a) da Palavra: Proclamação da primeira carta de São Paulo a Timóteo, capítulo 4, versículos de 10 a 16 (1Tm 4,10-16).

A: Vamos reler novamente o texto bíblico e conversar, relacionando-o com o tema do encontro.

T: “Juventude e promoção da paz”.

(Tempo para conversar.)

Aprofundamento da Palavra

A: Essa mensagem leva-nos a uma reflexão sobre os verdadeiros valores que devemos deixar como herança aos nossos descen-dentes: um bom nome, honestidade e caráter.

T: “Ninguém te menospreze por seres jovem” (1Tm,4,12).L 1: Felizmente, ainda não foram totalmente encobertos pelo tempo

muitos velhos e salutares costumes, praticados por aqueles que mantêm, como norma de sua conduta, os princípios do evangelho.

T: “Ninguém te menospreze por seres jovem” (1Tm,4,12).L 2: O cristão tem o dever de deixar, ao longo de seu caminho, pega-

das que demonstram que segue o exemplo de Cristo. Por isso, não teme dizer, sem nenhum orgulho ou vaidade: sigam o meu exemplo, pois eu estou seguindo o exemplo de Cristo!

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T: “Ninguém te menospreze por seres jovem” (1Tm 4,12).

Canto: Jovem Galileu

1. Naquelas praias, naquele mar, naquele rio, em casa de Zaqueu, naquela estrada, naquele sol, e o povo a escutar histórias tão bonitas. Seu jeito amigo de se expressar enchia o coração de paz tão infinita.

/: E seu nome era Jesus de Nazaré. Sua fama se espalhou e todos vinham ver o fenômeno do jovem pregador que tinha tanto amor. :/

Compromisso

A: Nos dias atuais, a sociedade exige muito dos jovens, mas nem sempre apresenta opções válidas e suficientes de vida digna, de trabalho, impedindo-os de contribuírem com seus princípios e valores cristãos para a construção de uma sociedade mais justa e harmoniosa. Ques-tionamentos:– Como despertar os jovens de nossas comunidades para se

engajarem nos trabalhos da Igreja, participarem, se possível, dos GBF e lutarem por uma sociedade mais justa e solidária, que promova a paz?

(Momento para conversar e ver como executar essa ação de grande valia, nas nossas comunidades.)

Oração e bênção

A: A bondade e a graça de Deus são presença permanente em nossa vida e na caminhada pastoral da nossa Igreja. Rezemos em dois lados, pedindo ao Senhor da vida que nos abençoe:

Lado A: Ó Deus, tu és a luz verdadeira e a paz que reconcilia a huma-nidade. Vem, conforta o teu povo com a paz da justiça e afasta

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de nós a inveja e as divisões. Envia a todos nós o teu Espírito Santo, hoje e sempre.

T: Amém!Lado B: Deus da paciência e da consolação, fica conosco em nossas

lutas e dificuldades, agora e sempre! Abençoa a tua Igreja e todo o teu povo.

T: Trindade Santa, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.Canto: Utopia

1. Quando o dia da paz renascer, quando o sol da esperança bri-lhar, eu vou cantar! Quando o povo nas ruas sorrir, e a roseira de novo florir, eu vou cantar!

Quando as cercas caírem no chão, quando as mesas se en-cherem de pão, eu vou cantar! Quando os muros que cercam os jardins, destruídos, então os jasmins vão perfumar!

/: Vai ser tão bonito se ouvir a canção, cantada de novo. No olhar do homem a certeza do irmão: reinado do povo. :/

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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10º Encontro

EDUCAR PROMOVE A JUSTIÇA E A PAZ

“E Jesus crescia em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens” (Lc 2,52).

Ambiente: Bíblia, casinha, cartaz da Campanha da Fraternidade, coração grande de papel, material escolar (livro, caderno, lápis, cane-ta), e de formação (livro de catequese, dos GBF e outros livros de evangelização).

Acolhida: Animador(a) ou os donos da casa recebem os participantes e os apresentam uns aos outros, manifestando a alegria em acolhê-los nesse encontro.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos. Vamos lembrar os compromissos assumidos no encontro anterior e partilhar as experiências que fizemos ao colocá-los em prática.

(Tempo para lembrar.)

A: Irmãos e irmãs, hoje nos encontramos para refletir um pouco sobre a missão pastoral da Igreja (nossa missão) diante dos desafios que a sociedade apresenta no sistema educacional. Lembramos ainda a Campanha da Fraternidade deste ano, que aborda a Segurança Pública e nos impulsiona para a promoção da cultura da paz. Iniciemos com o sinal que nos identifica como cristãos.

Todos(as): Senhor, dá-nos um coração aberto, firme e disposto para ouvir teus apelos e responder ao teu chamado. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

A: Rezemos agora em dois coros o Salmo 92, manifestando nossa alegria em louvar o Senhor e a felicidade em sermos por ele muito amados.

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Lado A: É bom louvar ao Senhor e cantar salmos ao vosso nome, ó Altíssimo.

Lado B: Proclamar, de manhã, a vossa misericórdia, e, durante a noite, a vossa fidelidade.

Lado A: Pois vós me alegrais, Senhor, com vossos feitos; exulto com as obras de vossas mãos.

T: É bom louvar ao Senhor e cantar salmos ao vosso nome, ó Altíssimo.

Lado B: Senhor, como são grandes as vossas obras! E quão profundos os vossos pensamentos!

Lado A: Não compreende estas coisas o insensato, nem as percebe aquele que não entende nada disso.

Lado B: Como a palmeira florescerão os justos, elevar-se-ão como o cedro do Líbano.

T: É bom louvar ao Senhor e cantar salmos ao vosso nome, ó Altíssimo.

Lado A: Plantados na casa do Senhor, na casa de nosso Deus hão de florir.

Lado B: Até na velhice eles darão frutos, continuarão cheios de seiva e verdejantes.

Lado A: Para anunciarem quão justo é o Senhor, meu rochedo, e como não há nele injustiça.

T: É bom louvar ao Senhor e cantar salmos ao vosso nome, ó Altíssimo.

(Enquanto cantamos, voltemos nossos olhos para os símbolos.)

Canto: /: Javé, o Deus dos pobres, do povo sofredor, aqui nos reuniu pra cantar o seu louvor; pra nos dar esperança e contar com sua mão na construção do Reino, Reino novo, povo irmão. :/

Refletir o tema, olhando a vida

A: A palavra “Educação” tem muitos sentidos. Quando se fala em educação, nem todos pensam a mesma coisa. O que pensamos nós, ouvindo esta palavra? Vejamos algumas ideias.

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Leitor(a) 1: Educação é o desenvolvimento da pessoa no sentido físico, intelectual, moral, social e espiritual. A educação proporciona felici-dade à pessoa, sua integração na comunidade e na sociedade.

L 2: “Educar é conquistar o coração, animá-lo com alegria e satisfação em busca do bem comum” (João Paulo II).

L 3: A Igreja sempre teve viva a consciência de que lhe cabe educar. Por isso, a educação é uma das suas grandes preocupações, já a partir da família.

T: “Quando a Igreja evangeliza e consegue a conversão do ser humano, também o educa...” (Doc. Puebla).

L 4: Mesmo com as preocupações e os esforços de alguns setores públicos, da Igreja e dos educadores e dos estabelecimentos de ensino, ainda vemos grandes desafios na educação.

T: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abun-dância” (Jo 10,10).

L 1: São escolas que não funcionam direito por falta de salas, carteiras, professores, bibliotecas, laboratórios e computadores; material didático insuficiente e de má qualidade; professores mal pagos e mal treinados, sem cursos de atualização.

L 2: São situações de medo, de insegurança, causadas pela vio-lência presente no dia-a-dia das escolas por parte de alunos e professores.

T: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abun-dância” (Jo 10,10).

L 3: Mas também já existem louváveis iniciativas com o fim de aproxi-mar a escola dos pais e da comunidade, p.ex., o projeto “Amigos da escola”.

L 4: Fato lamentável é, sem dúvida, que ainda haja um elevado número de jovens analfabetos; são em torno de 20 milhões de brasileiros com 15 anos ou mais que não sabem ler ou escrever.

Canto: /: Lutar e crer, vencer a dor, louvar o Criador. Justiça e paz hão de reinar e viva o amor.:/

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A Palavra de Deus ilumina

A: A Palavra de Deus nos mostra como Jesus foi aprendendo, como buscou instruir-se, como passou pelo processo de “ouvir e fazer perguntas”, nesse caso, na “escola” do templo. Essa Palavra é capaz de lançar luzes sobre a nos-sa realidade e é fonte inesgotável de inspiração para a comunidade cristã. Acolhendo a Palavra que nos alimenta e salva, cantemos:

Canto: Teu povo aqui reunido

1. Teu povo aqui reunido procura vida nova. Tu és a esperança, o Deus que nos consola.

/: Fala, Senhor! Fala da vida! Só Tu tens palavras eternas, queremos ouvir! :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo se-gundo Lucas, capítulo 2, versículos de 41 a 48 (Lc 2,41-48).

(Momento de silêncio para a interiorização da Palavra.)

Aprofundando a Palavra

A: Vamos relembrar algumas ideias do texto de Lucas.

Lado A: “Depois de três dias, o encontraram no templo, sentado entre os mestres, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas”.

Lado B: “Todos aqueles que ouviam o menino ficaram maravilhados com sua inteligência e suas respostas”.

T: “Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens.”

A: Na prática de Jesus, vamos perceber muitos ensinamentos im-portantes para todos nós.– O que mais nos chamou atenção no texto de Lucas?– Como era o jeito de Jesus ao agir com as pessoas?

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– O que podemos aprender com Jesus nesta passagem do Evangelho?

– Quem são (ou foram) as pessoas que tiveram influência espe-cial e nos ajudaram mais no processo da nossa educação?

(Tempo para partilhar, pensar e escrever os nomes. Enquanto cantamos, colocamos os nomes

escritos no grande coração.)

Canto: Amar como Jesus amou. Sonhar como Jesus sonhou. Pensar como Jesus pensou. Viver como Jesus viveu. Sentir o que Jesus sentia. Sorrir como Jesus sorria. E ao chegar ao fim do dia, eu sei que dormiria muito mais feliz.

A: No fato narrado por São Lucas, Jesus mostra como ser aluno, como ser alguém que quer aprender. Depois, ao longo da sua vida pública, ele é o Mestre, que ensina com simplicidade e sabedoria. Suas parábolas têm sutileza, mas respeitam a inteligência de quem escuta.

T: “Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens” (Lc 2,52).

L 1: Crescer em sabedoria, enquanto se cresce também em tama-nho, e em idade, é certamente uma grande meta e um grande desafio. A Igreja e a escola podem ser parceiras da família nessa conquista.

L 2: A pedagogia de Jesus é ensinar de acordo com a vontade do Pai, através dos acontecimentos.

T: Jesus, Mestre da verdade, queremos pautar nossas ações na tua pedagogia divina.

L 3: Aprender com Jesus é compreender sua pedagogia, baseada na coerência entre o que Ele faz, diz e é.

L 4: Jesus ensina de maneiras diferenciadas e progressivas e apre-senta os valores do Reino de acordo com a situação de cada pessoa.

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade de 1998

/: Venha, povo de Deus, celebrar nosso encontro de frater-nidade. É Jesus, nosso Mestre e Senhor, que nos chama a viver a unidade.:/

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1. Educar para a vida a pessoa deve ser compromisso cristão. Ó Senhor, que a justiça e o amor sejam metas da educação.

Compromisso

A: Na vivência cristã, somos todos educadores na busca da paz e da justiça. Não podemos ficar somente refletindo, devemos assumir alguma ação concreta. Os compromissos propostos podem ser alterados conforme a necessidade do local.

– elaborar um projeto de alfabetização para as pessoas que não sabem ler. Se na nossa comunidade já existe, podemos divulgá-lo e dar o nosso apoio;

– verificar no nosso bairro a participação nos trabalhos das “As-sociações de pais” e no projeto “Amigos da escola” e como dar a nossa contribuição;

– formar, dentro das possibilidades, um grupo de pessoas, como: alunos, pais, professores, orientadores, pedagogos, aposen-tados, e elaborar um texto coletivo em prol de melhorias na educação, enviando cópias para rádios e autoridades locais (prefeito, secretário da educação).

(Tempo para conversar e assumir o compromisso mais adequado para a situação da comunidade.)

Oração e bênção final

A: Vamos rezar uma parte da oração da Campanha da Fraternidade:

Lado A: Bom é louvar-vos, Senhor, nosso Deus, que nos abrigais à sombra de vossas asas, defendeis e protegeis a todos nós, vossa família, como uma mãe, que cuida e guarda seus filhos.

Lado B: Senhor, que a vossa graça venha até nós e transforme nosso coração. Abençoai a vossa Igreja e o vosso povo, para que a Cam-panha da Fraternidade seja um forte instrumento de conversão.

Lado A: Sejam criadas as condições necessárias para que todos vivam em segurança, na paz e na justiça que desejais. Amém.

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A: No final deste encontro, pedimos a bênção de Deus.

T: Abençoai-nos, Senhor, Pai da luz, Mestre Jesus, Espírito da Sabedoria, Trindade Santa. Amém.

Canto: O Senhor me chamou

1. O Senhor me chamou a trabalhar, a messe é grande a ceifar. A ceifar o Senhor me chamou. Senhor, aqui estou!

/: Vai trabalhar pelo mundo afora! Eu estarei até o fim contigo! Está na hora, o Senhor me chamou. Senhor, aqui estou! :/

2. Dom de amor é a vida entregar, falou Jesus e assim o fez. Dom de amor é a vida entregar, chegou a minha vez!

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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11º Encontro

COMUNICAÇÃO E POLÍTICA – CAMPOS DE EVANGELIZAÇÃO

“Quando foi que te vimos com fome..., com sede..., como forasteiro, nu, doente ou preso...?” (Mt 25,37ss).

Ambiente: Casinha, vela e bíblia, água, alimento (pão, feijão...), rádio, jornais e revistas, ou-tros meios de comunicação, se possível.

Acolhida: De forma alegre e espontânea, pelas pessoas da casa ou pelo animador(a).

Motivação e oração inicial

Animador(a): Sejam todos bem-vindos e bem-vindas ao nosso en-contro. De forma especial queremos saudar a família do(a)..., rezando:

Todos(as): Senhor, abençoai a família que hoje nos acolhe.

A: Vamos partilhar a experiência do encontro anterior e dos compro-missos assumidos:

(Tempo para partilha.)

A: Reunidos por Cristo, façamos o sinal de nossa fé:

T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

A: Rezaremos a Oração do Pai Nosso da Libertação Integral, em dois coros:

Lado A: Pai, não sois primeiro nosso juiz e Senhor, mas nosso Pai, porque ouvis o clamor de vossos filhos oprimidos.

Lado B: Que estais no céu, para onde se dirige nosso olhar na luta.

Lado A: Santificado seja vosso agir libertador contra os que oprimem em vosso nome.

Lado B: Venha a nós a vossa justiça, a começar pelos empobrecidos.

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Lado A: Seja feita a nossa libertação, que principia na terra e termina no céu.

Lado B: O pão de cada dia, que juntos produzimos, dai-nos juntos comê-lo.

Lado A: Perdoai-nos o nosso egoísmo, na medida em que combatemos o egoísmo coletivo.

Lado B: E não nos deixeis cair na tentação de explorar e de acumular.

T: Mas livrai-nos da vingança e do ódio contra o mau que oprime e reprime. Amém.

Canto: Ó Trindade, vos louvamos

/: Ó Trindade, vos louvamos, vos louvamos pela vossa comunhão! Que esta mesa favoreça, favoreça nossa co-municação. :/

1. Contra toda tentação da ganância e do poder, nossas bocas gritem juntas a palavra do viver, a palavra do viver.

Refletindo o tema

A: No encontro de hoje vamos refletir sobre a evangelização no cam-po da política e dos meios de comunicação social. Perceberemos que a política e os meios de comunicação social influenciam direta e indiretamente a nossa vida.

Leitor(a) 1: Entende-se por política a busca do bem comum, a preo-cupação com as grandes questões sociais, ambientais, éticas e todas as demais que atingem as pessoas e a sociedade.

L 2: A política bem entendida procura soluções para os problemas imediatos das pessoas, dos grupos, das categorias profissionais e das classes sociais.

L 3: Ela também deve se empenhar por conhecer as causas da situa-ção de miséria de tantas pessoas, por criar estruturas e instituições que favoreçam a superação de todas as injustiças e que ampliem o acesso aos direitos fundamentais da vida.

A: Em dois coros, vamos ler uma adaptação de um texto de Bertold Brecht, que fala sobre política: “O Analfabeto Político”.

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Lado A: O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.

Lado B: Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

Lado A: O analfabeto político se orgulha e estufa o peito, dizendo que odeia a política.

Lado B: Não sabe que com a sua omissão política favorece a triste realidade da prostituição, do menor abandonado, e do pior de todos os bandidos, que é o político trapaceiro, de mau caráter, corrupto e a serviço das empresas que exploram.

A: Diante dos rumos que a política vem tomando, a Igreja se preocu-pa com a formação ética, moral e espiritual do ser humano, como fundamento da “democracia” em relação ao projeto de Deus.

Canto: /: Irá chegar um novo dia, um novo céu, uma nova terra, um novo mar. E nesse dia os oprimidos numa só voz a liberdade irão cantar.:/

A: Os Meios de Comunicação Social certamente são de grande utili-dade no mundo em que vivemos, mas, infelizmente, nem sempre estão a serviço da verdade, da paz e da vida.

L 4: O termo “Meio de Comunicação Social” refere-se ao instrumento ou à forma de como o conteúdo é transmitido.

L 1: Quando se refere à comunicação de massa, pode ser considerado o mesmo que mídia.

L 2: Antigamente, as formas de comunicação se limitavam a conversas e cartas escritas.

L 3: Com o tempo, veio a imprensa e o jornal, depois o telefone, o rádio, até chegar às mais diversas formas de hoje:

Lado A: Comunicação Sonora: telefone, rádio.

Lado B: Comunicação Escrita: jornais, diários e revistas.

Lado A: Comunicação Audiovisual: televisão, cinema.

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Lado B: Comunicação Multimídia: diversas formas de apresentar informações, como textos, sons e imagens, em um só meio de comunicação.

Lado A: Comunicação Hipermídia: TV digital e internet.

A: A Igreja deve-se posicionar frente aos desafios dos novos meios de comunicação social, que a evangelização não pode ignorar, pois a comunicação é essencial para a evangelização.

L 4: A Igreja busca desempenhar sua missão profética na denúncia das injustiças e das exclusões sociais, visando à conscientiza-ção a respeito da construção de uma sociedade alicerçada nos verdadeiros valores cristãos.

T: “O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados” (Mt 10,27).

A Palavra de Deus ilumina

A: Vivemos na era da Internet, e as possibilidades de acessar a Sagrada Escritura se multiplicaram. Mas o meio mais fácil, para nós, nos nossos Grupos Bíblicos em Família, é ainda abrir a nossa Bíblia, ler e meditar a Palavra de Deus, buscar nela a orientação para a nossa vida.

Preparando-nos para ouvi-la agora, cantemos:

Canto: Dá-me a palavra certa

/: Dá-me a palavra certa, na hora certa e do jeito certo, e pra pessoa certa. Dá-me a cantiga certa, na hora certa e do jeito certo, e pra pessoa certa.:/

1. Palavra é como pedra, preciosa, sim. Quem sabe o valor cuida bem do que diz. Palavra é como brasa, queima ate o fim. Quem sabe o que diz há de ser mais feliz.

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Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho escrito pela comuni-dade de Mateus, capítulo 25, versículos de 31 a 40 (Mt 25, 31-40).

A: Vamos ler novamente em nossa Bíblia e comentar o texto.

(Tempo para ler novamente o texto e para contar.)

A: Podemos conversar um pouco sobre as ações neste Evangelho:1. Por que fazer alguma coisa em favor dos pequeninos significa

fazer isto ao próprio Jesus?2. Qual a diferença entre o modo de ver de Jesus e o modo de

agir da sociedade? 3. Como podemos viver esses ensinamentos de Jesus no dia-a-

dia?

Aprofundando a Palavra

A: Nesta passagem, Jesus nos diz como será o nosso julgamento na hora da morte, pois, certamente, não será só no julgamento final que vamos ouvir esta sentença.

L 1: Se tivermos vivido com os olhos e o coração abertos para as ne-cessidades das pessoas ao nosso redor e tivermos feito a nossa parte com generosidade e amor, ouviremos sua Palavra:

T: “Vem, bendito, bendita de meu Pai! Eu estava com fome, com sede... e tu me deste atenção, apoio, ajuda”.

L 2: Seja na política, no empenho diário pelo bem comum, no pequeno ambiente do nosso dia-a-dia ou numa responsabilidade maior que nos é confiada, podemos e devemos acolher, visitar, vestir os mais pobres... Jesus dirá:

T: “Todas as vezes que tu fizeste isso a alguém que precisava da tua ação corajosa e decidida, foi a mim que socorreste”.

L 3: Se soubermos transmitir as notícias, sobretudo a Boa Notícia do Evangelho, pela partilha do pão da palavra, de um conselho opor-tuno ou de um consolo ou conforto pela comunicação silenciosa do nosso testemunho de vida, podemos ouvir um dia:

T: “Recebe em herança o Reino que meu Pai te preparou”.Canto: A necessidade era tanta

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1. A necessidade era tanta e tamanha que a fraternidade saiu em campanha, andou pelos vales, subiu as montanhas foi levar o seu pão. A dor era tanta, a injustiça tamanha, que a luz de Jesus que o seu povo acompanha o iluminou pra viver em campanha em favor dos irmãos.

Um só coração e uma só alma, um só sentimento em favor dos pequenos e o desejo feliz de tornar o país mais irmão e fraterno vão fazer de nós povo do Senhor, construtores do amor, operários da paz, mais fiéis a Jesus; vão fazer nossa Igreja uma Igreja mais santa e mais plena de luz.

Compromisso

A: Somos chamados e chamadas à construção de uma sociedade nova. Que tal começar por nós mesmos, nossa família, nossa comunidade, nosso bairro, as-sumindo compromissos para o bem comum?– Despertar nossa consciência

crítica como receptores de mídia, como atitude interior necessária para a comunica-ção da verdade e da paz.

– Contribuir para a formação política dos cristãos, para que exerçam sua cidadania como sujeitos da construção de uma sociedade justa e solidária.

(Tempo para refletir e assumir um compromisso).

Oração e bênção final

A: Com a mão direita sobre o ombro de quem está ao nosso lado, rezemos juntos:

T: Deus tenha compaixão de nós, mostre-nos a sua face, para que se conheça na terra o seu caminho, entre todos os povos a sua salvação. Amém

Pai Nosso...

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Canto: Povo novo

1. Quando o Espírito de Deus soprou, o mundo inteiro se iluminou. A esperança na terra brotou, e um povo novo deu-se as mãos e caminhou.

/: Lutar e crer, vencer a dor, louvar o Criador. Justiça e paz hão de reinar. E viva o amor! :/

2. Quando Jesus a terra visitou, a boa nova da justiça anunciou. O cego viu, o surdo escutou, e os oprimidos da corrente libertou.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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12º Encontro

A MISSÃO DA PASTORAL CARCERÁRIA

“O Espírito do Senhor está sobre mim, pois Ele me ungiu, para anunciar a Boa Noticia

aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos...” (Lc 4,18).

Símbolos: Bíblia, vela, casinha, cruz, cartaz da Campanha da Fraternidade, recortes de revista e jornal que mostrem a realidade da Segurança Pública, das prisões. Recortes de revista e jornal que mostrem gestos de justiça e de paz.

Acolhida: Pelas pessoas da casa

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãs e irmãos, sejam bem-vindos e bem-vindas ao 12º encontro dos Grupos Bíblicos em Família. Iniciemos com a partilha do compromisso assumido na semana anterior.

(Tempo para partilhar.)

A: O tempo pascal é um tempo de graça, propício para a vivência da Páscoa do Senhor. O Cristo Ressuscitado se manifesta no cotidiano de nossas lutas e de nossa união pela superação de todo tipo de injustiça social.

Canto: /: Javé, o Deus dos pobres, do povo sofredor, aqui nos reuniu pra cantar o seu louvor, pra nos dar esperança e contar com sua mão na construção do Reino, Reino novo, povo irmão. :/

A: Com fé e confiança no Cristo Ressuscitado, tracemos o sinal da cruz sobre nós, dizendo:

Todos(as): Em nome do Pai...A: Jesus amou na gratuidade, doando-se totalmente pela humani-

dade. Viver o amor e a gratuidade de Jesus leva a preocupar-se

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com os excluídos, os marginalizados, os encarcerados e os mais empobrecidos.

T: Senhor, com tua graça reconhecemos em cada ser humano a dignidade de serem teus filhos e tuas filhas.

Canto: /: Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou. Eu vejo sua luz no povo, por isso alegre estou! : /

A: Jesus nos ensina a rezar com simplicidade, pedindo assim ao Pai:

T: Pai nosso que estais no céu...A: A Oração de São Francisco é uma mensagem de paz para o

mundo atual. Cantemos:

Canto: Oração de São Francisco

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.

Onde houver erro, que eu leve a verdade. Onde houver de-sespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser con-solado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado, pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Refletindo o tema do encontro

A: Neste encontro vamos lembrar mais uma vez a temática da Cam-panha deste ano: “Fraternidade e Segurança Pública”, refletindo sobre a missão da Pastoral Carcerária, que atua em defesa da vida das pessoas privadas de sua liberdade por terem cometido algum delito. Em silêncio, olhemos os recortes de revistas e jornais que trouxemos.

(Tempo para contemplar os símbolos que trouxemos.)

Canto: /: Onde pões tua confiança? Segurança, quem te traz? É o amor que tudo alcança; só a justiça gera a paz! :/

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A: Segurança pública é um dever do Estado. Ela é também um direito e responsabilidade de todos nós, cidadãos e cidadãs.

Leitor(a) 1: Constatamos que, muitas vezes, a violência tem sua ori-gem nas desigualdades sociais, como a falta de trabalho digno, moradia, educação, saúde, situações que ameaçam a dignidade da pessoa.

T: “O fruto da justiça será a paz. De fato, o trabalho da justiça re-sultará em tranquilidade e segurança permanentes” (Is 32,17).

L 2: A sociedade é marcada por muitas situações de conflitos violentos. O clima de insegurança gerado pelo sistema sócio-político e eco-nômico leva muitos de nossos irmãos e irmãs para a delinquência, quase como que não tendo direito de escolha ou oportunidades na vida.

T: Queremos a paz positiva, baseada nos valores humanos, como a solidariedade, a fraternidade, o respeito para com o “outro”.

L 3: A missão profética da Igreja é exercida pela Pastoral Carcerária no submundo dos cárceres, procurando levar as pessoas presas a uma experiência pessoal com Jesus Cristo, fortalecendo nelas a esperança de um mundo novo, onde reinem a justiça e o direito, que geram amor e paz.

L 4: A Pastoral Carcerária é formada por grupos de pessoas volun-tárias: leigos e leigas, religiosos e religiosas, padres e diáconos, que desenvolvem ações evangelizadoras da Igreja no ambiente carcerário, uma realidade complexa e dolorosa.

T: A Pastoral Carcerária é motivada pela Palavra de Jesus: “Eu estava na prisão e vocês me visitaram” (Mt 25,36) e também pela carta aos Hebreus: “Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles” (Hb 13).

L 1: A ação evangelizadora da Pastoral é um meio privilegiado de conscientizar a população para sensibilizar-se também com as injustiças praticadas no próprio sistema prisional.

L 2: O encarcerado costuma ser visto pela sociedade como ameaça, sem ter direito a nada, porque cometeu delitos e está preso.

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Canto: Nossa alegria é saber que, um dia, todo esse povo se liber-tará. /: Pois Jesus é o Senhor do mundo. Nossa esperança se realizará. :/

A Palavra de Deus ilumina

A: Para construir a cultura da paz nas pessoas, na família, na co-munidade e na sociedade, Deus ensina seus caminhos através de seu Filho Jesus. Aclamemos com alegria a Palavra de Deus, cantando. Em seguida, ouçamos com atenção.

Canto: Fala, Senhor

/: Fala, Senhor, fala, Senhor, palavra de fraternidade! Fala, Senhor, fala, Senhor. És luz da humanidade! :/

1. A tua Palavra é fonte que corre, penetra e não morre, não seca jamais.

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo se-gundo Lucas, capítulo 4, versículos de 14 a 21 (Lc 4,14-21).

(Tempo para dizer ou ler algum versículo que nos chamou atenção no texto.)

Aprofundando a Palavra de Deus

A: Nesse texto bíblico, o evangelista Lucas relata o programa de atividade de Jesus, sua missão libertadora em favor dos pobres e oprimidos.

L 3: Jesus começa sua vida pública percorrendo diversas aldeias da Ga-lileia, e vai a Nazaré, cidade onde viveu sua infância e juventude.

Estando na Sinagoga, Jesus prontificou-se a fazer a leitura. Abriu o livro no texto do profeta Isaías, que dizia:

T: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois Ele me ungiu para anunciar a Boa Notícia aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos...” (Lc 4,18).

L 4: As palavras ditas pelo profeta Isaías, muito tempo antes da chegada de Jesus, são repetidas agora pelo Messias, que as complementa, dizendo:

T: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir” (Lc 4,21).

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L 1: Esse texto revela a missão que Jesus se propõe: libertar os cativos, dar vista aos cegos, justiça aos oprimidos e, sobretudo, proclamar a graça do Senhor para com seus filhos e filhas.

T: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois Ele me ungiu, para anunciar a Boa Noticia aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos...” (Lc 4,18).

L 2: Aprendemos com Jesus e testemunhamos os seus ensinamentos nos diversos modos e meios de evangelizar.

L 3: Construir a paz, fruto da justiça social, é um meio de evangelização que encaminha as pessoas para a reconciliação, a fraternidade e a comunhão na luta para que todos possam viver dignamente.

T: “Alegrai-vos, trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, tende um mesmo sentir e pensar, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco” (2Cor 13,11).

L 4: O trabalho da Pastoral Carcerária consiste na visita aos presos, zelando pelos seus direitos, pela sua dignidade humana, e na ajuda aos seus familiares.

T: “Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles” (Hb 13,3).

L 1: A Pastoral colabora com as políticas públicas, divulga as experi-ências positivas e denuncia a falta de assistência médica, social e jurídica. Promove parcerias e articulação com órgãos governa-mentais e não-governamentais, tais como:

L 2: Pastorais Sociais; projetos de reintegração do encarcerado; Con-selhos da Comunidade; Defensoria Pública; Ministério da Justiça; Departamento Penitenciário Nacional; Secretarias de Justiça e de Administração Penitenciária Estadual, e outras instâncias...

Canto: Quero ver no meu irmão a imagem dele, meu irmão que até nem tem o necessário pra ter paz. Quero ser pro meu irmão a resposta dele, eu que vivo mais feliz e às vezes tenho até demais.

Compromisso

A: Para anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, é necessária uma vivência firme na fé e comprometida com o seu projeto de vida. A Pastoral Carcerária, a partir da sua atividade fundamental, que

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é a visita aos presos, procura atuar com projetos especiais de reintegração social, defendendo uma justiça social inclusiva.

Vejamos como podemos contribuir com a Pastoral Carcerária:

– Apoiar, ajudar, divulgar e implantar (participar, se possível) o trabalho da Pastoral Carcerária nos municípios onde há cár-ceres (cadeias, prisões, penitenciárias).

– Procurar criar, junto à Pastoral Carcerária e à Pastoral Familiar, estruturas de atendimento para ajudar os familiares dos presos (encarcerados) nas nossas comunidades.

– Conhecer e apoiar os Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEG), promovendo a melhoria da segurança dos nossos bairros e comunidades.

– Conhecer os trabalhos que a Pastoral Carcerária executa: p.ex., as oficinas da Promoção e Inclusão Social, dando opor-tunidades de trabalho e geração de renda aos presos, como o projeto “Estampa Livre”, na Penitenciária de Florianópolis. Contato: 48 2107 2323.

(Tempo para ver que compromisso se pode assumir.)

Oração e bênção final

A: Rezemos, pedindo a intercessão de Nossa Senhora, Mãe de Jesus, nas nossas lutas, conquistas e vitórias na promoção da paz como fruto da justiça.

T: Ave Maria... Nossa Senhora, Rainha da Paz, rogai por nós.

A: Façamos nossas preces espontâneas.

(A cada duas preces respondamos.)

T: Senhor, fortalecei-nos na fé, para que possamos com alegria e entusiasmo continuar a missão de anunciar a vossa paz e vossa justiça.

A: Pela interseção de nossa Senhora, pedimos a bênção de Deus:

T: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Canto: Senhora da Esperança

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1. Senhora da esperança, o povo te saúda com confiança, hoje pede a tua ajuda.

/: Senhora da esperança, ó mãe de Deus criança, protege o nosso povo com teu grande amor. :/

2. Senhora da esperança, divina padroeira, és Mãe que não se cansa de ser nossa medianeira.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

É importante saber:

Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEG): uma ação em que o cidadão colabora com o serviço policial e se torna um agente solidário, ajudando a prevenir e evitar ocorrências. Vamos aumentar o numero de CONSEG’s. Vamos cobrar do governo ajuda para manter esses conse-lhos comunitários, promovendo a segurança e fazendo do agente solidário um agente de promoção da inclusão social, através do estímulo à cultura e ao esporte.

Defensoria Pública: é um órgão que garante às pessoas o acesso à justiça, aos direitos, ou seja, a informação e a educação para a cidadania.

Através da Defensoria Pública, o Defensor Público tem como função orientar juridicamente e defender os indivíduos e coletivos.

Santa Catarina hoje não conta com este direito, e cabe a nós a responsabilidade de lutar por sua implementação. Procure se informar com Ionara da Cunha (ASA), tel. 48 3224 8776.

Participe da coleta de assinaturas para a implementação da Defensoria Pública no Estado, que será divulgada no de-correr do ano. Estará circulando em todas as paróquias.

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13º Encontro

O ESPÍRITO SANTO – AÇÃO DE DEUS NO MUNDO

“A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem de todos” (1Cor 12,7).

Ambiente: Casinha, bíblia, 7 velas acesas (sim-bolizam os dons do Espírito Santo); recor-tes de jornais e revistas, com imagens de pessoas pregando o Evangelho, ajudando os pobres...

Acolhida: Pelas pessoas da casa ou animador(a) do grupo.

Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos. Vamos iniciar o nosso encontro, partilhando a experiência do compromisso que assu-mimos na semana passada.

(Tempo para conversar.)

Motivação e oração inicial

A: Com muita fé e alegria nos reunimos para rezar e para refletir sobre a presença e ação do Espírito Santo na nossa vida e na vida da comunidade. Iniciemos em nome da Santíssima Trindade.

Todos(as): Em nome do Pai...Canto: Vem, Espírito Santo

/: Vem, Espírito Santo, vem. Vem iluminar! :/1. O nosso encontro vem iluminar. Nossas famílias vem iluminar.

Nossa Igreja vem iluminar. Todo o povo vem iluminar.

A: Rezemos em dois coros

Lado A: Oh, vinde, Espírito criador, as nossas almas visitai, e enchei os nossos corações com vossos dons celestiais.

Lado B: A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor, nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor.

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T: Ao Pai e ao Filho Salvador por vós possamos conhecer. Que procedeis do seu amor fazei-nos sempre firmes crer.

Refletindo o tema

A: Hoje vamos refletir sobre a presença e atuação do Espírito Santo de Deus em nossa vida e no mundo, mesmo em meio a tantas formas de violência. O Espírito Santo distribui seus dons e ca-rismas a todos. Façamos com que produzam frutos de justiça, segurança e paz em nós e em nossa comunidade.

Leitor(a) 1: Muitas pessoas vivem seus carismas, promovendo a paz na própria família e na comunidade em que vivem.

T: “A cada um é dada a manifestação do Espírito, em vista do bem de todos” (1Cor 12,7).

L 2: Algumas pessoas participam da Associação de Moradores do seu bairro ou comunidade, promovendo a colaboração de todos na construção do bem comum.

L 3: Outras pessoas participam da organização e funcionamento do Con-selho Comunitário de Segurança (CONSEG), do Conselho Municipal e Assistência Social ou de outras organizações que lutam pelo bem-estar do povo.

T: “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo” (1Cor 12,4).L 4: Um grande número de pessoas de fé participam do Conselho de

Pastoral da Comunidade (CPC), do Conselho Paroquial de Pastoral (CPP), das Pastorais, como: Catequese, Liturgia, Movimentos, As-sociações e Serviços da Igreja.

T: “Há diferentes atividades, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos” (1Cor 12,6).

A: Mesmo diante de todas as manifestações do Espírito Santo de Deus, muitas pessoas estão preocupadas com o grave problema da violência e anseiam por mais segurança pessoal e pública.

L 1: Costumamos dizer que o povo brasileiro é um povo pacífico. Entretanto, nossa sociedade convive diariamente com situações de conflitos violentos e em clima de muita insegurança.

T: A paz é fruto da justiça.

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L 2: A triste realidade das favelas de nossas cidades é, muitas vezes, a consequência da expulsão das pessoas do campo, da falta de emprego ou de terra para trabalhar, e até mesmo da precariedade ou inexistência de recursos de saúde pública no campo.

T: “Eu vi a opressão do meu povo no Egito e desci para libertá-lo” (Ex3,7).

L 3: Entretanto, também aí a presença e atuação do Espírito Santo produz muitas vezes gestos admiráveis de solidariedade e ajuda mútua, de paciência, de perdão e paz.

T: “Não vos deixarei órfãos: eu vou, mas voltarei a vós” (Jo 14,18).

A Palavra de Deus nos Ilumina

A: Aclamemos a Palavra de Deus, que nos anima a reconhecer e valorizar os nossos carismas e dons na força do Espírito Santo, para a superação da violência e a construção da paz em nós e entre nós.

Canto: /: A nós descei, divina luz! A nós descei, divina luz! Em nossas almas acendei o amor, o amor de Jesus:/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, capítulo 12, versículos de 4 a 11 (1Cor 12,4-11).

(Pausa para interiorização da Palavra de Deus.)

A: Vamos refletir sobre o texto que foi proclamado e partilhar as nossas impressões.– Destaquemos duas ou três frases importantes do trecho da

Carta de São Paulo aos Coríntios.– Qual é a finalidade da manifestação do Espírito Santo em cada

pessoa?– Qual é a inspiração que o Espírito Santo nos dá para superar-

mos a violência?

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Aprofundando o tema com a Palavra

A: São Paulo nos garante que a cada um é dada a manifestação do Espírito Santo, em vista do bem de todos. Se assim juntarmos os dons que o Espírito Santo nos dá a cada dia, poderemos, juntos, construir um mundo de mais paz e harmonia, superando conflitos, ódios e violência.

L 4: O Espírito Santo é o amor do Pai e do Filho derramado em nossos corações. A nossa primeira atitude cristã é colocar nossa confiança em Deus, que nos criou à sua imagem e semelhança, por amor e para o amor.

T: “No Senhor ponho minha confiança” (Sl 56).

L 1: Entretanto, confiar em Deus não é transferir nossas responsabi-lidades todas para Ele.

L 2: Deus age ao nosso lado, mas não em nosso lugar. Ele espera que nós sejamos os construtores da paz, da justiça e da segurança.

T: “A cada um é dada a manifestação do Espírito, em vista do bem de todos” (1Cor 12,7).

L 3: É pelo Espírito Santo que Jesus continua presente e atuante no nosso dia-a-dia e na vida da Igreja.

L 4: Para realizarmos o projeto de felicidade que Deus nos oferece, precisamos viver as nossas relações humanas e sociais a partir do princípio de sermos criados por Deus, que é o amor, e movidos pelo Espírito Santo.

T: “Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós” (1Jo 4,12).

L 1: A não-violência é o meio mais eficiente para se quebrar a cultura da vingança e do ódio, até mesmo da guerra.

L 2: Para isso, é necessário fortalecer a cultura do amor, da tolerância, do diálogo e do perdão, como caminhos para a superação de todas as formas de violência.

T: “Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem” (Mt 5,44).

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A: A luta pela construção da paz e a superação da violência é com-promisso da pessoa, da família, da paróquia, da escola, enfim, de cada organismo público ou particular que atua em nossa so-ciedade.

Canto: Quando o Espírito de Deus soprou

1. Quando o Espírito de Deus soprou, o mundo inteiro se iluminou. A esperança na terra brotou e um povo novo deu-se as mãos e caminhou.

/: Lutar e crer, vencer a dor, louvar o Criador. Justiça e paz hão de reinar. E viva o amor! :/

2. Quando Jesus a terra visitou, a boa nova da justiça anunciou. O cego viu, o surdo escutou, e os oprimidos da corrente libertou.

Compromisso

A: Muito refletimos este ano sobre o tema da Campanha da Fraternidade. Fraternidade e Segurança Pública. O Espírito Santo nos move a traba-lharmos com os nossos dons, com discernimento e atitudes concretas, para melhorar a situação de insegu-rança nos nossos ambientes de vida e trabalho.– Conhecemos os dons que o Espírito Santo nos deu?– Como podemos colocar esses dons a serviço da comunidade?– Quais são as necessidades da nossa comunidade? – Como podemos ir ao encontro e atender essas necessidades?

(Tempo para conversar e assumir um compromisso.)

Oração final e bênção

A: Concluindo o nosso encontro, façamos nossas preces a Deus, para que nos ajude a transformar os dons recebidos do seu Es-pírito Santo em frutos de justiça, paz e segurança.

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L 3: Senhor nosso Deus, faze que todos os habitantes da terra, unidos num só Espírito, busquem sempre mais ser um só coração e uma só alma.

Canto: Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra!L 4: Tu que encheste o universo inteiro com o teu Espírito, ajuda a

todos nós na construção de um mundo novo de justiça e paz.

Canto: Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra!L 1: Tu que distribuíste com abundância os dons do teu Espírito a cada

um de nós, ajuda-nos a multiplicar as nossas obras a serviço de nossa comunidade.

Canto: Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra!L 2: Tu que nos prometeste o Espírito da Verdade, envia-nos o mesmo

Espírito, para que ele faça de nós testemunhas da tua verdade.

Canto: Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra!A: Com muito amor e confiança em Deus, rezemos:

T: Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...A: Que o Senhor nos abençoe, nos ilumine e nos guarde em seu

amor.

T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.Canto: Pelas estradas da vida

/: Ó, vem conosco, vem caminhar, Santa Maria, vem! :/1. Pelas estradas da vida, nunca sozinho estás, contigo pelo

caminho, Santa Maria vai.

2. Mesmo que digam os homens: “Tu nada podes mudar!” Luta por um mundo novo, de unidade e paz.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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14º Encontro

CONTINUANDO A MISSÃO DE JESUS

“Eis que estou convosco todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28,20).

Ambiente: Bíblia, vela acesa, flores, casinha, sandálias, cruz, pano roxo e pano branco, pão e uvas (se possível), cartaz do livreto e da Campanha da Fraternidade.

Acolhida: Pelas pessoas da casa

Motivação e oração inicial

Animador/a: Queridos irmãos e irmãs, é sempre uma alegria nos reunir na presença de Deus e celebrar a vida nos Grupos Bíblicos em Família, a “Igreja nas casas”. Hoje celebramos o fim deste tempo litúrgico e nos preparamos para o novo tempo da Igreja, o “Tempo Comum”. Iniciemos o nosso encontro, cantando com muita fé:

Canto: Em nome do Pai, do Filho também, em nome do Espírito Santo. Amém

A: Vamos acolher os símbolos que marcaram nossa caminhada deste Tempo litúrgico, cantando:

(Enquanto cantamos, entram os símbolos: flores, casinha, sandálias, cruz, pano roxo e pano branco, cartaz:

do livreto e da Campanha da Fraternidade.)

Canto: Somos gente da esperança

1. Somos gente da esperança que caminha rumo ao Pai. Somos povo da Aliança que já sabe aonde vai.

/: De mãos dadas, a caminho, porque juntos somos mais, pra cantar um novo hino de unidade, amor e paz. : /

A: O Espírito Santo de Deus nos impulsiona a viver em comunidade, no seguimento de Jesus. Ser discípulo e discípula e missionários

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do Reino é ser a luz de Cristo no mundo para todos os irmãos e irmãs.

Todos(as): “Recebereis o poder do Espírito Santo que virá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra” (Atos 1,8).

A: Anunciar o projeto de Jesus é promover a paz, a justiça e o amor fraterno, é defender a vida na sua totalidade e a dignidade de todos os irmãos e irmãs. Rezemos em dois coros.

T: Deus, Pai de bondade e Mãe de ternura, nós te pedimos por toda ação missionária de nossa Igreja.

Lado A: Que sejamos defensores da paz e promotores da dignidade humana.

Lado B: Protagonistas na renovação da comunidade e construtores de uma sociedade mais justa e solidária.

Lado A: Senhor Jesus, desperta em nós a vocação de sermos teus seguidores, anunciando e testemunhando o teu Evangelho.

Lado B: Espírito Santo, fortalece-nos na missão como discípulos e missionários, no compromisso de servir, edificando o Reino de Deus.

T: Gloria ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo. Amém

Refletindo o tema

A: A Igreja é chamada e convocada a ser testemunha da verdade no anúncio da Boa Nova, através do serviço e da participação na construção de uma nova sociedade.

Leitor(a) 1: Jesus enviou os apóstolos em missão, de dois em dois, por todo o mundo, para anunciar a Boa Noticia, com as seguintes recomendações:

T: “Ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel! No vosso caminho, proclamai: O Reino de Deus está próximo” (Mt 10,6).

A: Lembremos o episódio da conversão de Saulo, que, de cruel perseguidor, se tornou o grande missionário, estímulo e modelo de fé para nós.

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L 2: Durante a viagem a Damasco, Saulo ouviu uma voz:

L 3: “Saulo, Saulo, por que me persegues?’”

L 4: Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” (At 9,4-5)

T: “Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo. Entra na cidade, e ali te será dito o que deves fazer” (At 9,6).

A: Convertido, Paulo inicia sua missão com gratuidade, confiança e convicção, anunciando o Evangelho da Ressurreição de Jesus Cristo. Ele também é perseguido, e isso é sinal da autenticidade do seu testemunho.

T: “Anunciar o Evangelho não é para mim motivo de glória, é an-tes uma necessidade que me é imposta. Ai de mim, se eu não evangelizar” (1Cor 9,16).

L 1: A nossa missão é viver intimamente com Cristo, aprendendo com Ele, sendo discípulos autênticos, para ajudar as pessoas a viver como ele ensinou.

T: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda cria-tura!” (Mc 16,15).

A Palavra de Deus ilumina

A: No seio da comunidade, a Palavra de Deus se faz vida, esperança, realidade e com-promisso no empenho pela construção de um novo mundo. Cantemos com alegria, acolhendo a Palavra de Deus.

Canto: /: Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre. Ontem, hoje e sempre, aleluia. :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho segundo Mateus, capítulo 28, versículos de 16 a 20 (Mt 28,16-20).

(Momento de silêncio para interiorizar a Palavra.)

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Aprofundando a Palavra

A: Neste texto, Mateus relata a ordem que Jesus dá aos que o se-guem. Vamos ler novamente os versículos de 18 a 20.

(Tempo para ler e ouvir.)

A: Ouvimos a ordem de Jesus aos que o seguiam naquela época. E para nós hoje, o que ele fala, pede e ensina?

(Tempo para conversar.)

A: Jesus veio implantar o Reino de Deus. O Evangelho segundo Mateus começa com a promessa de que Jesus é o Messias, o Filho de Deus presente e vivo no meio da comunidade.

T: Emanuel, o “Deus conosco”, isto é, Deus com a gente no cotidiano da vida.

L 2: Mateus termina o seu Evangelho com a ordem de Jesus:

T: “Ide, pois, fazei discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19).

L 3: Pelo batismo, somos chamados a participar da grande família de Deus e a inserir-nos na comunidade que se compromete a viver de acordo com os ensinamentos de Jesus.

T: “Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado” (Mt 28,20).

L 4: A nossa missão é a mesma dos Apóstolos, a mesma de Paulo e de todos os seguidores de Jesus. Sejamos como o Apóstolo Paulo, ao ouvir o chamado de Jesus. Façamos do projeto de Jesus o nosso projeto de vida.

T: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abun-dância” (Jo 10,10).

L 1: Como discípulos e missionários, formamos a comunidade se-guidora de Jesus, com a certeza de que Ele está e permanece conosco, alimentando e confirmando nossa esperança.

T: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20).

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L 2: São Paulo é para nós e para toda a Igreja um grande exemplo na construção de uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária, conforme ensina Jesus.

T: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei” (Jo 13,34).L 3: Por meio do Espírito Santo, Jesus convoca homens e mulheres

a serem seus discípulos e discípulas, missionários autênticos no anúncio da sua Palavra e de sua Ressurreição.

Canto: /: Jesus Cristo é o Senhor, o Senhor, o Senhor. Jesus Cristo é o Senhor, glória a Ti, Senhor. :/

Assumindo compromisso

A: Este tempo litúrgico nos levou a uma reflexão profunda de nossas atitudes, visando a uma constante conversão. No meio de tantas tribulações e desa-fios que enfrentamos no dia-a-dia, Je-sus continua nos enviando a serviço, no compromisso com os mais pobres, e com os que ainda não conhecem seu Evangelho e seus ensinamentos. – Como discípulos e missionários, que compromisso podemos

assumir para fortalecer os Grupos Bíblicos em Família na co-munidade?

– Quais as atitudes de conversão que podemos concretizar em benefício do bem comum para todos e todas, diante das rea-lidades e necessidades que enfrentamos na dia-a-dia?

(Tempo para conversar e ver como executar os compromissos mais necessários.)

Oração e bênção final

A: Finalizando este momento de oração e refle-xão, queremos unir-nos às Igrejas e Comu-nidades cristãs que celebram juntas neste mês a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, numa Celebração ecumênica da Palavra de Deus. Digamos juntos o lema da Semana de Oração:

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T: “Serão um, em tuas mãos” (Ez 37,15).

A: Senhor, que nos chamastes e enviastes a evangelizar, ensinai-nos a amar e a servir, sendo discípulos missionários autênticos na construção do vosso Reino.

T: Tornai-nos firmes na fé, dai-nos coragem, paciência e perse-verança, para que possamos continuar com alegria e entu-siasmo a vossa missão.

A: Façamos agora nossas preces espontâneas.

(A cada duas preces, cantamos:)

Canto: /: Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra. :/

A: A oração do Pai Nosso mostra a simplicidade e a intimidade da pes-soa com Deus, reconhecendo-o como Deus único e absoluto.

Lado A: Nesta oração, Jesus nos ensina a viver o amor, a unidade e a fraternidade. Revela-nos que Deus é o nosso Pai, o Pai de toda a humanidade.

Lado B: Sua paternidade nos abraça a todos como seus filhos e filhas, sem exceção.

Lado A: Quem diz a Deus “Pai” tem que dizer ao outro irmão, irmã. Como filhos e filhas de Deus,formamos uma grande família, onde o amor é o principio, a lei, o dom, que salva e alegra a vida.

A: Rezemos, em comunhão com todas as Igrejas e Comunidades cristãs do mundo inteiro, pela paz e pelo crescimento da unida-de visível da Igreja de Cristo. Unidos na fraternidade universal, rezemos o Pai Nosso ecumênico.

T: Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Per-doa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre, Amém.

(Com as mãos estendidas em direção aos alimentos, pedimos a bênção.)

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A: Que Deus abençoe estes alimentos, “o pão e as uvas”, que são para nossa caminhada símbolo de partilha, de unidade e de co-munhão com Deus e com os irmãos e irmãs.

Canto: Somos a Igreja do Pão, do Pão repartido e do abraço da Paz. Somos a Igreja da Paz, da Paz partilhada e do abraço e do pão.

A: Que Maria, a fiel discípula missionária de Jesus, interceda por nós, pedindo ao Senhor da messe que ilumine a nossa caminhada.

T: Abençoai-nos, Pai, Filho, e Espírito Santo. Amém. Canto: Ide, anunciai

1. Ide por todo o universo meu Reino anunciar, dizei a todos os povos que eu vim pra salvar! Quero que todos conheçam a luz da verdade, possam trilhar os caminhos da felicidade.

/: Ide anunciar minha paz, ide sem olhar para trás! Estarei convosco e serei vossa luz na missão. :/

2. Vós sois os meus mensageiros e meus missionários, ide salvar o meu povo de tantos calvários. Minha verdade liberta e a vida promove, meu Evangelho ilumina e as trevas remove.

Atenção: Coordenadores e coordenadoras, finalizamos mais um tempo litúrgico. Propomos que organizem na

comunidade ou na paróquia uma tarde de estudo com os membros dos GBF sobre o novo livreto “Tempo Comum”,

vendo também a organização da celebração inicial.

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Anexo 1

PASTORAL CARCERÁRIA

A Pastoral Carcerária é reconhecida e organizada nacionalmente para atuar na promoção de ações evangelizadoras da Igreja no ambiente carcerário. Essa evangelização se realiza através da presença solidária de seus agentes no interior das prisões: ouvindo os presos, intermediando suas reivindicações e necessidades, velando por sua integridade física e psíquica, defendendo seus direitos previstos na legislação internacional e nacional e contribuindo para a sua reabilitação.

Neste sentido, a Associação Beneficente São Dimas (ASBEDIM), fundada em 1971, foi constituída como entidade de caráter beneficente e filantrópico com declaração de utilidade pública municipal e estadual. Sua atuação circunscreve o sistema prisional da Grande Florianópolis, apoiando e subsidiando ações da Pastoral Carcerária de Florianópolis, que possibilitam promoção e inclusão social aos privados de liberdade e suas famílias.

ASBEDIM: atua através de várias atividades, em parceria com a Pastoral Carcerária e outras instituições e entidades, tais como: Ação Social Arquidiocesana (ASA); Movimentos da Igreja, Paróquias; Comis-são de Assuntos Prisionais e de Direitos Humanos – OAB; Economia Solidaria; Associação Hábeas Corpus; e outras.

Iniciativas e atividades desenvolvidas em favor dos detentos

Visitas; Central de Doações; Parceria com Bibliotecas; Oficinas de trabalho; Assistência Jurídica; Contato com as Famílias; Atividade Física; Correspondências; Formação de Agentes Prisionais; Oficina de Artesanato; Apoio ao Egresso (ex-presidiário); Parceria com o Serviço Social; Formação Profissional

Da vasta programação de 2008 vale destacar: Missas mensais; Chás Beneficentes; Comemoração dos 2 anos da Oficina de Serigrafia; Inauguração da Sala de Assessoria Jurídica e Confecção 07; Missas

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de Natal e fim de Ano, com entrega de lembranças de Natal; Confra-ternização da Pastoral Carcerária.

ORIENTAÇÕES PARA SUA SEGURANÇA

– Se por ventura presenciar um assalto, mantenha-se afastado do local e evite interferir, protegendo sua vida. Ligue para 190, contate a Polícia Militar e repasse as informações possíveis. Após a saída do agressor, procure ajudar a vítima.

– O álcool é um problema que diz respeito a todos os cidadãos, causando violência e até crimes no âmbito familiar e no trânsito. Se dirigir, não beba. Você pode obter ajuda, participando das reuniões dos Alcoólatras Anônimos (AA).

– Jamais aceite bebida oferecida por estranhos, pois ela pode conter drogas que o deixarão vulnerável. Proteja-se.

– Em caso de movimentação estranha na casa vizinha, com entrada frequente de pessoas e veículos, avise a polícia.

– Ao usar o caixa eletrônico, observe ao seu redor, verifique se há pessoas de atitudes suspeitas nas imediações, ou algum carro ou moto parada. Sua atenção é sua proteção.

– Nunca aceite ajuda de estranhos ao utilizar caixas eletrônicos. Mesmo que aparente ser prestativa, sua intenção pode não ser ajudar. Evite fazer grandes saques nesses caixas.

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Anexo 2

Oração dos Grupos Bíblicos em Família

D. Murilo S. R. Krieger

Senhor Jesus, tu nos garantiste:“Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no

meio deles” (Mt 18,20).Por isso, acreditamos em tua presença, quando nos reunimos nos

Grupos Bíblicos em Família.Em nossos encontros, Senhor Jesus, somos iluminados por tua Pala-

vra, fortalecidos pela oração comunitária e enriquecidos por tua graça.

Somos, também, confortados pela presença de irmãos e irmãs que, como nós, querem ser discípulos e missionários teus.

Porque queremos ser teus discípulos, ensina-nos a fazer a vontade do Pai, a estar atentos às necessidades dos que sofrem e a ser “alegres na esperança, fortes na tribulação e perseverantes na oração” (Rm 12,12).

Porque queremos ser teus missionários, dá-nos um coração generoso e entusiasta, um coração como o teu: incansável no anúncio de que Deus é amor.

Nossos encontros bíblicos nos preparem para o domingo, Dia do Senhor, quando somos convidados a nos reunir ao redor de teu Altar.

Ali te ofereces ao Pai por nós e nos alimentas com tua Palavra e com o Pão da vida; ali aprendemos que amar é assumir a cruz de cada dia.

Tua Mãe Maria, Nossa Senhora do Desterro, interceda por nossas famílias e nossos grupos, para que saibam imitar a Família de Nazaré.

Assim estaremos nos preparando para viver um dia com a Santíssima Trindade, numa alegria que não terá fim. Amém.

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Anexo 3

Hino dos Grupos Bíblicos em Família

Letra: Ir. Clea Fuck. Música: Pe. Ney Brasil

1. Igreja nas casas! Os grupos se encontram em torno da Bíblia, Palavra de Deus. Refletem, conversam, e rezam, e cantam, na prece entrelaçam a terra e os céus.

/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família :/

2. Igreja nas casas! Assim foi no início, aí se encontravam os grupos cristãos. Por isso, o símbolo é hoje a casinha. A mística é o grupo de irmãs e irmãos.

3. Igreja nas casas! Modelo é a Trindade. Pessoas diversas constroem comunhão. Partilham suas buscas, seus sonhos, problemas, e tudo se torna fraterna oração.

4. Igreja nas casas! O centro é a Bíblia, resposta divina a humanas questões. Assim, a oração, reflexão da Palavra, motiva e orienta concretas ações.

5. Igreja nas casas! São células vivas da comunidade em torno a Jesus. Ninguém é cristão isolado, sozinho, amor verdadeiro à unidade conduz.

6. Igreja nas casas! A arquidiocese nos chama e convida a evangelizar. Os grupos refletem o rosto da Igreja, que é graça presente em todo lugar.

/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família :/

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Equipe de elaboração e revisão do conteúdoAdelir Raupp

Cleber Oliveira RodriguesIonara da Cunha

Diác. José Antônio SchweitzerDiác. Wilson Fábio de Castro

Elísio Marcelo FinatoIr. Clea FuckJoel Spcart

Jupira Silva da CostaLuiz Senna

Maria Angelina da SilvaMaria Glória da Silva LuzPe. Alcides Albony AmaralPe. João Francisco Salm

Pe. Ney Brasil PereiraRafael Rodrigo de Melo

Silvia Togneri

Equipe de Editoração Digitação: Maria Glória da Silva Luz Revisão Redacional: Diác. José Antônio Schweitzer Revisão Teológica: Dom Vito Schlickmann Apresentação: Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger Revisão Final: Ir. Clea Fuck Editoração eletrônica e capa: Atta (José Valmeci de Souza)

Coordenação Arquidiocesana de PastoralLeda Cassol VendrúscoloPe. Dr. Vitor Galdino Feller

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Equipes de Articulação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família (GBF)

Coordenação ArquidiocesanaMaria Glória da Silva Luz (48) 3224 4799 ou (48) 3033 1091 – (48)9634-4667

Rua: Esteves Júnior, 447 – Centro. 88015-130 – Florianópolis – SCE-mail: [email protected]

Equipe Arquidiocesana de Articulação ComarcalComarca de Santo Amaro

Osvaldo Prim – (48) 3245 9020Diác. Bruno João e Anita Steffen Degering – (48) 3252 0164

Comarca de São JoséJelcinei Paz – (48) 3254 0201

Osmarete Terezinha S. Barbosa – (48) 3247 8886Maria Ida Gonçalves – (48) 3242 3697

Comarca da IlhaLucelene Faustina Sabino – (48) 3232 7004

Diác. Pedro Carbonera – (48) 3333 7897Volmar de Souza Netto – (48) 3733 4941/ 9998 6800

Comarca do EstreitoMargarete Severino Pereira – (48) 8425-4674Diác.Wilson Fábio de Castro – (48) 3234 7264

Comarca de BiguaçuMaria da Glória Agassi – (48) 3246 5945

Ir. Viola Feltrim – (48) 3243 5014

Comarca de TijucasPe. Revelino Seidler – (47) 3369 4062

Lucelaine Souza Loudetti – (48) 3265 0807

Comarca de ItajaíMarilene Melo – (47) 3365 1426 – 3365 1640

Pe. Flávio Feller – (47) 3365 1047Noêmia Mariana da Silva – (48) 3344 2561

Comarca de BrusqueAna Regina Stocker Petermann – (47) 3350 5679/ (47) 9902 7282

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AVALIAÇÃO

As Equipes de Redação e de Articulação dos Grupos Bíblicos em Família pedem que você colabore com o sucesso dessa Prioridade Pastoral de nossa Arquidiocese, respondendo ao seguinte questioná-rio e enviando a resposta, até o dia 20 de junho de 2009, endereçado à Coordenação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família ou E-mail: [email protected]

1) Quanto aos grupos:

a) Quantos grupos há na sua comunidade?

2) Quantas pessoas costumam participar das reuniões do seu grupo?

– Todas as pessoas colaboram com a leitura, reflexões e sugestões? Sim ( ) Não ( ) Algumas ( ).– Existe a preocupação de convidar outras pessoas, principalmente

as que se encontram afastadas da Igreja? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).

3) O conteúdo do livreto:

– Os assuntos tratados nos encontros são importantes para a Igreja, para a sua paróquia, para a sua comunidade?

Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– As ideias e compromissos propostos são assumidos pelos gru-

pos? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– Ajudam a transformar a vida das pessoas e da comunidade? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).

4) A linguagem do livreto:

– Dá para entender bem tudo o que está escrito? Tudo ( ) A maior parte ( ) Muito pouco ( ).

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– Se não dá para entender tudo, qual é a principal dificuldade?

5) Os cantos:

– Os cantos estão de acordo com os temas tratados? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ). – Os cantos são conhecidos pelo seu grupo? Todos ( ) A maioria ( ) Alguns ( ) Nenhum ( ).

6) Como é elaborado o planejamento dos Grupos Bíblicos em Família na sua Paróquia?

7) Avalie a caminhada dos Grupos Bíblicos em Família na sua comu-nidade e na sua paróquia:

– Três pontos positivos:

– O que e como poderia ser melhor: