encontro de jovens ii

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Grão de Mostarda Ministérios Cristãos Encontro de Jovens 2009 Sumário Impactando Gerações – Parte I...........................................2 O maior Impacto...........................................................2 Impacto................................................................2 O maior impacto........................................................... 3 Homens Comuns Podem Impactar Gerações......................................4 Fomos Chamados para Impactar..............................................5 Autoridade para Impactar: Dependendo de Deus..................................8 Impactando Gerações – Parte II.........................................11 Gerações que Compreendem o Propósito de Deus...................................11 Uma Geração que Busca e Atende ao Chamado do Senhor..........................12 O Mover de Deus sobre as Gerações...........................................14 Gerações que se Inspiram na Vida de Homens Usados por Deus......................15 A oração, nossa aliada para impactar as gerações.......................18 O que é oração?.........................................................19 Jesus, nosso modelo de fervor e oração.........................................20 A Oração do Senhor, Tua presença em minha vida.................................21 Oração intercessória:..................................................... 26 Reunião de Oração em um monte de feno (1806).................................27 Privilégios e Responsabilidades........................................29 Cultura de Adivinhações – Conflitos interiores....................................32 O fortalecimento surge através da prática do conhecimento da Palavra de..............34 O primeiro privilégio é termos a disponibilidade da Bíblia, a Palavra de Deus, ............35 O segundo privilégio é a Liberdade de Culto.....................................36 Leitura e Compreensão....................................................36 Jesus se revela àqueles que buscam a revelação..................................37 Jovem, você é forte....................................................39 O Jovem Timóteo.........................................................39 Jovens que impactaram sua geração..........................................40 Jovens Impactando Gerações – Visão Evangelística.......................44 “O mundo precisa de DEUS??”.................................................44 Vamos a uma segunda pergunta: ”Você sabe do que está falando??”...................44 E por que Evangelizar??....................................................45 Como Evangelizar??...................................................... 46 Como começa esse texto??..................................................50 A Natureza da Oração Cristã............................................52 Oferta a Deus...........................................................52 A Vontade de Deus....................................................... 52 Em Nome de Jesus........................................................53 O poder da oração reside no mais correto uso do nome de Jesus........53 Confissão de Pecado......................................................53 Gratidão...............................................................55 A Visão da Nação Santa.................................................58 1

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Grão de Mostarda Ministérios Cristãos Encontro de Jovens 2009

SumárioImpactando Gerações – Parte I.........................................................................................................................2O maior Impacto...............................................................................................................................................2

Impacto.........................................................................................................................................................2O maior impacto............................................................................................................................................3Homens Comuns Podem Impactar Gerações.................................................................................................4Fomos Chamados para Impactar...................................................................................................................5Autoridade para Impactar: Dependendo de Deus.........................................................................................8

Impactando Gerações – Parte II.......................................................................................................................11Gerações que Compreendem o Propósito de Deus..........................................................................................11

Uma Geração que Busca e Atende ao Chamado do Senhor.........................................................................12O Mover de Deus sobre as Gerações...........................................................................................................14Gerações que se Inspiram na Vida de Homens Usados por Deus.................................................................15

A oração, nossa aliada para impactar as gerações...........................................................................................18O que é oração?..........................................................................................................................................19Jesus, nosso modelo de fervor e oração.......................................................................................................20A Oração do Senhor, Tua presença em minha vida.....................................................................................21Oração intercessória:...................................................................................................................................26Reunião de Oração em um monte de feno (1806).......................................................................................27

Privilégios e Responsabilidades.......................................................................................................................29Cultura de Adivinhações – Conflitos interiores............................................................................................32O fortalecimento surge através da prática do conhecimento da Palavra de...............................................34O primeiro privilégio é termos a disponibilidade da Bíblia, a Palavra de Deus,...........................................35O segundo privilégio é a Liberdade de Culto................................................................................................36Leitura e Compreensão................................................................................................................................36Jesus se revela àqueles que buscam a revelação.........................................................................................37

Jovem, você é forte..........................................................................................................................................39O Jovem Timóteo.........................................................................................................................................39Jovens que impactaram sua geração...........................................................................................................40

Jovens Impactando Gerações – Visão Evangelística.........................................................................................44“O mundo precisa de DEUS??”.........................................................................................................................44

Vamos a uma segunda pergunta: ”Você sabe do que está falando??”.......................................................44E por que Evangelizar??...............................................................................................................................45Como Evangelizar??....................................................................................................................................46Como começa esse texto??..........................................................................................................................50

A Natureza da Oração Cristã...........................................................................................................................52Oferta a Deus..............................................................................................................................................52A Vontade de Deus......................................................................................................................................52Em Nome de Jesus.......................................................................................................................................53O poder da oração reside no mais correto uso do nome de Jesus..............................................................53Confissão de Pecado....................................................................................................................................53Gratidão......................................................................................................................................................55

A Visão da Nação Santa...................................................................................................................................58

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Impactando Gerações – Parte IO maior ImpactoPor: Prs. Ricardo e Raqueline Garcia

“Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações.” (Jeremias 1:5).

Impacto

Impacto é o que acontece quando a rota de um asteróide encontra-se com um planeta, como ocorreu há aproximadamente 50 mil anos, entre um pequeno meteoro, com 30 a 50 metros de diâmetro, e a Terra. Mais especificamente, perto de Winslow, Arizona, uma cratera de 1200 metros de diâmetro e 200 metros de profundidade foi formada pelo impacto.

Cratera de Barringer

Um meteoróide comum chega a entrar na atmosfera há 70 Km por segundo e já foram identificadas, pelo menos, 120 crateras, na Terra, formadas por esses impactos. Um impacto mais recente aconteceu em 1908, na Sibéria, em uma região remota conhecida como Tunguska. O objeto tinha aproximadamente 60 metros de diâmetro e desintegrou-se completamente antes de bater no solo. No entanto, todas as árvores foram derrubadas em uma área de 50 Km e o som da explosão foi ouvido em Londres.

Cientistas afirmam que o impacto de um meteoro ou asteróide há 65 mil anos foi responsável pela formação de uma cratera de 180 Km de diâmetro e também pela extinção dos dinossauros.

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Ao longo da história da humanidade podemos ver vários impactos que causaram grandes mudanças físicas, materiais, sociais, morais e espirituais.Descobertas científicas, guerras, movimentos, revoluções econômicas, sociais e espirituais têm impactado a vida do homem. Quanto maior o impacto, maior o efeito que ele causa, tanto no momento do choque, quanto em conseqüências para o futuro.

O próprio Deus tem impactado a história do homem de maneiras surpreendentes. Sua intervenção em vários momentos da vida humana impacta não somente o presente, mas também o passado e o futuro. Deus impacta a vida do homem para a eternidade. Imagine, por exemplo, quando Deus criou a mulher e a trouxe ao homem, que grande impacto sobre sua vida. Quando Deus deu nova chance à humanidade através de Noé e sua família, ou quando libertou Israel do Egito, guiando seu povo pelo deserto. Imagine uma multidão sendo guiada pelo deserto com uma grande nuvem durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite, no céu. As histórias de Abraão, o sacrifício de Isaac, Josué e muros de Jericó, Davi e Golias e a própria criação do universo e da Terra. Com esses e muitos outros acontecimentos a intervenção de Deus tem impactado a vida humana para a eternidade.

O maior impacto...

Não houve maior impacto para a vida humana do que a vinda de Jesus. Desde a queda do homem pelo pecado, nada poderia causar maior impacto do que Deus vivendo entre nós, principalmente seu sacrifício na cruz,para dar vida eterna ao homem. O sacrifício de Jesus no Calvário causou o maior impacto porque está ligado justamente à eternidade. Esses são os maiores impactos que podem ser causados: Impactos que influenciam o relacionamento de Deus com o homem. Só poderemos entender isso se compreendermos, pelo menos um pouco, qual a duração da eternidade e a importância da ligação entre o homem e seu criador.

Max Lucado declara em seu CD “Ele Escolheu os Cravos”:

“A história tem somente um evento principal. A história da humanidade é repleta de momentos importantes: A primeira faísca e o primeiro fogo; o primeiro rolar da primeira roda; o tratamento da primeira ferida. Quem ousa minimizar esses eventos, mas quem ousaria compará-los com a crucificação de Cristo.

A história tem somente um evento principal. As Escrituras têm somente um evento principal. Outros eventos são importantes, mas só um é essencial. A história de Jericó pode emocioná-lo, mas paredes derrubadas não podem redimi-lo. Moisés pode ensiná-lo o caminho, mas não uma solução para seus pecados. A vitória de Davi sobre Golias pode diminuir sua timidez, mas só a crucificação de Cristo o prepara para a eternidade. As escrituras têm somente um evento principal, até mesmo a vida de Jesus tem somente um evento principal, pois se não houvesse a crucificação de Cristo, não haveria verdade em Jesus Cristo. E quando falamos da sua vida, a verdade é a mesma.

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Remover a crucificação é remover a dobradiça da Porta da Esperança, a porta da sua esperança. Pois sem a crucificação não teria sido feito nenhum sacrifício pelos pecadores. Sem o sacrifício pelos pecadores, como enfrentar um Deus sem pecado. Poderá perdoar os seus próprios pecados? Sem a crucificação não haveria a ressurreição de Jesus e, sem a ressurreição de Jesus como você poderá ter vida nova? Você abrirá o seu próprio túmulo?

O perdão dos pecados, a ressurreição dos mortos. Esses são os legados da crucificação de Jesus. Não se deixe enganar, a crucificação de Jesus não é um evento na história. A crucificação é o maior evento da história.”.

Homens Comuns Podem Impactar Gerações

A vida de Jesus com certeza é o maior exemplo de impacto sobre a vida humana, mas Deus dá a oportunidade para que homens comuns também sejam usados para impactar as suas gerações. A vida do profeta Elias, assim como de muitos outros homens usados por Deus, demonstra essa realidade.

“Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos.”. (Tiago 5:17 e 18).

Deus pode usar um homem comum para impactar sua geração positivamente. Davi era apenas um jovem, o mais jovem entre os 8 filhos de Jessé, e foi muito usado por Deus. Ainda jovem, derrotou Golias, enfrentou os inimigos de Israel e sobreviveu à perseguição de Saul. Mais tarde, reinou sobre Israel deixando um grande legado para sua nação, que chegou até nós. Era apenas um jovem pastor de ovelhas, mas sua influência até hoje impacta os cultos cristãos através dos instrumentos musicais criados por ele, Salmos e também em toda cultura que envolve o louvor, as ofertas, a oração e a expressão do amor a Deus. Sem dúvida, Davi é um exemplo de um homem comum sendo usado por Deus desde a sua juventude.

Temos vários exemplos bíblicos de pessoas que buscaram servir a Deus e foram tremendamente usadas por Ele. Isso, sem limites de idade, posses ou posição social. Daniel e seus amigos eram ainda jovens quando foram levados para a Babilônia e impactaram de tal forma aquele reinado que o rei Dario, um homem que não servia a Deus chegou a escrever um decreto para todo o seu reino falando sobre o Deus de Daniel.

“Então o rei Dario escreveu aos povos, nações e homens de todas as línguas que habitam em toda a terra: Paz vos seja multiplicada! Faço um decreto pelo qual, em todo o domínio do meu reino, os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel, porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre; o seu reino não será destruído, e o seu domínio não terá fim. Ele livra, e salva, e faz sinais e maravilhas no céu e na terra; foi ele quem livrou a Daniel do poder dos leões.” (Daniel 6:25 a 27).

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Fomos Chamados para Impactar

Qual o sentido dos impactos? Qual é importância de seus acontecimentos ao longo da história?

Os impactos significam um grande potencial para mudanças no mundo. Um impacto pode romper com a inércia de um corpo, há muito adormecido, assim como pode parar outro corpo que anda em alta velocidade. Os impactos podem causar mudanças enormes, e é por isso que são tão importantes.

Não fosse pelos impactos causados por Deus, diretamente ou através homens chamados por Ele, na história, a humanidade já teria se destruído, consumida pela miséria do pecado.

Deus tem usado alguns homens para provocar profundas mudanças no mundo. E é para isso que nós também fomos chamados. Quando formos convictos dessa verdade, através do Espírito Santo, transformaremos a realidade das gerações que, de uma forma ou de outra, tenha contato com a mensagem que vivemos e pregamos.

Nosso impacto sobre o mundo deve ser através de uma vida de santidade, do testemunho, da pregação do Evangelho, do poder e da graça de Jesus Cristo. Toda espécie de influência que pudermos exercer sobre as pessoas deve impactá-las para provocar mudanças, direcionando-as ao Reino de Deus.

O relacionamento pessoal com Deus, a busca por Ele, refletirá diretamente no poder da influência que causamos. O tempo que investimos em oração, no conhecimento das Escrituras e na intercessão, potencializarão nossos esforços em tarefas específicas de evangelização e edificação.

Sobre a influência precisamos destacar: O homem não está em busca de orientações que possam ser obedecidas, mas sim, em busca de modelos que possam ser seguidos. Torne-se um referencial.

Deus tem chamado homens, cada um em seu tempo na história, para transformar o mundo através do evangelho. Podemos traçar uma linha interligando tais homens atuando em suas gerações, passando a tocha da fé às gerações que os seguiram, trazendo-a até aos dias em que vivemos.

Martinho Lutero é para nós exemplo de um homem que provocougrandes mudanças positivas em seu tempo, através do impacto que causou pelo conhecimento das verdades do evangelho. O que vivemos hoje em nossa fé deve-se bastante à sua vida.

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Fomos chamados para impactar gerações e transformar a vida em nosso momento na história. Para isso precisamos da convicção de nosso chamado, por Jesus Cristo.

Precisamos dessa convicção como a teveJohn Bunyan (1628), preso por pregar o evangelho, sendo um leigo. Ao ser questionado quanto a receber sua liberdade dependendo de que ele parasse de pregar, respondeu: “Se for solto hoje, pregarei amanhã”. Bunyan ficou preso durante 12 anos porque não se comprometeu a parar de pregar. Ele é o autor do livro “o Peregrino”, o livro cristão mais traduzido, desde seu lançamento.

Somente uma dedicação ao Reino de Deus que surge da convicção de Seu senhorio, é capaz de mudar nossa vida e, assim, transformar o mundo.Jonathan Edwards (1703), foi um homem que experimentou intensamente essa verdade. Quando foi ordenado ao pastorado, declarou: “Dediquei-me solenemente a Deus e o fiz por escrito, entregando a mim mesmo e tudo que me pertencia ao Senhor, para não ser mais meu em qualquer sentido, para não me comportar como quem tivesse direitos de forma alguma [...], travando, assim, uma batalha com o mundo, a carne e Satanás até o fim da vida.”

Antes de apresentar um de seus sermões, “Pecadores nas mãos de um Deus irado”, Jonathan Edwards passou três dias sem se alimentar e sem dormir, somente pedindo: “Deus, dá-me a Nova Inglaterra!”. Enquanto lia o seu sermão, de maneira calma e penetrante, o Espírito Santo mostrou às pessoas como estava o horror de suas realidades. Um homem correu para frente, interrompendo o sermão, clamando por oração e quase todos ficaram de pé ou prostrados no chão. O poder de Deus foi de tal maneira impactante sobre aquela vila que as pessoas pararam de brigar, deixaram a taverna vazia e ficavam em suas casas, se dedicando à leitura, oração e meditação, clamando: “O que devo fazer para ser salvo?” Mais de 300 almas foram salvas.

Um outro exemplo maravilhoso é o movimento dos Morávios, movimento no qual jovens se venderam como escravos para ter a oportunidade de evangelizar escravos. Em 1735, um grupo de morávios, em viagem num navio, passou por uma grande tormenta, a ponto de quase naufragar. Enquanto outros passageiros gritavam de medo, os moravianos cantavam hinos, acalmando a todos. O testemunho deste grupo foi tão forte que chegou a impactar a vida de John Wesley, que viajava no mesmo navio. John estava em uma viagem missionária e seu relacionamento com os morávios influenciou profundamente seu ministério.

Mais tarde, John Wesley, impactado por uma experiência que lhe trouxe a certeza de sua salvação, passou a usar todas as suas energias para pregar a salvação a outros. Nesse tempo, as pregações ocorriam somente dentro dos templos, mas John passou a pregar nas ruas, para até 20 mil pessoas de uma vez.Sua declaração era: “O mundo é minha paróquia”.

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Depois de exemplos como esses, podemos pensar que não temos a capacidade necessária para causar qualquer tipo de impacto em nossos dias, e isso é verdade. Mas fomos chamados para isso, fomos eleitos para impactar as gerações. Fomos chamados para sermos homens como esses que entregaram suas vidas para servir ao Senhor. E, quem nos chamou, tem o poder para nos capacitar.

Quem nos elegeu? Quem nos entregaria tal tarefa tão especial e nobre? Deus nos chamou e elegeu para a tarefa de impactar as gerações com o poderoso Evangelho de Jesus Cristo.

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (I Pedro 2:9).

Realmente, não poderíamos nos candidatar a essa eleição. Mas fomos comprados pelo sangue de Jesus e, agora, somos Sua propriedade exclusiva, cidadãos do Reino de Deus.

“vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.” (1 Pedro 2:10).

Alguns que ainda não conheceram o amor de Deus pensam que os Cristãos são presunçosos, orgulhosos, por declararem que vão viver no Céu, que são embaixadores do Reino de Deus, até mesmo porque declaram que são santos. É porque desconhecem o que aconteceu verdadeiramente. Não éramos povo de Deus, nem povo éramos, porque estávamos dispersos e desgarrados, mas agora, por causa da misericórdia de Deus, mesmo que não valíamos nada, fomos comprados pelo sangue de Jesus, chamados por Ele, feitos Seu povo, eleitos por Ele para anunciar as virtudes Dele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Sim, nós que vivíamos em trevas, agora vivemos em Sua maravilhosa luz.

Mesmo que nós não compreendamos esse amor e tamanho gesto de misericórdia, não temos como negar o que Ele fez por nós. Agora resta dizermos sim, Senhor, eu aceito e recebo o Teu chamado, a eleição do Senhor.

Em Apocalipse 1:5 e 6 mostra claramente que Jesus foi quem nos constituiu reino e sacerdotes para Deus. A capacidade realmente não é nossa por mérito, mas Deus age baseado em Sua natureza que é o amor, não por nosso mérito ou capacidade.

Nós nem mesmo teríamos condições de escolher a Jesus. Mas Ele, em Seu infinito amor escolheu-nos para Seu reino e confiou-nos a tarefa de expandi-lo.

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“Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu quem os escolhi para que vão e dêem fruto e que esse fruto não se perca. Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome.” (João 15:16).

“Agora, meus irmãos, lembrem do que vocês eram quando Deus os chamou. Do ponto de vista humano poucos de vocês eram sábios ou poderosos ou de famílias importantes. Para envergonhar os sábios, Deus escolheu aquilo que o mundo acha que é loucura; e, para envergonhar os poderosos, ele escolheu o que o mundo acha fraco. Para destruir o que o mundo pensa que é importante, Deus escolheu aquilo que o mundo despreza, acha humilde e diz que não tem valor. Isso quer dizer que ninguém pode ficar orgulhoso, pois sabe que está sendo visto por Deus. Porém Deus uniu vocês com Cristo Jesus e fez com que Cristo seja a nossa sabedoria. E é por meio de Cristo que somos aceitos por Deus, nos tornamos o povo de Deus e somos salvos. Portanto, como as Escrituras Sagradas dizem: “Quem quiser se orgulhar, que se orgulhe daquilo que o Senhor faz.” (1 Coríntios 1:26 a 31).

Autoridade para Impactar: Dependendo de Deus

Quando um candidato a qualquer cargo ou função é eleito, após tomar a posse ele é investido de uma autoridade que não tinha antes. Assim é para os que foram eleitos por Deus. O chamado foi feito, a eleição realizada, eu e você fomos comissionados e, a partir do momento que tomamos posse de nossa função, somos revestidos da autoridade para realizar tudo o que for necessário para cumprir totalmente nosso chamado. Somente depois de assumirmos a responsabilidade de impactar as gerações, teremos a autoridade para fazê-lo.

“Então Ele disse: Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Aos que crerem será dado o poder de fazer estes milagres: expulsar demônios, pelo poder do meu nome e falar novas línguas; se pegarem em cobras ou beberem algum veneno, não sofrerão nenhum mal; e, quando puserem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados.” (Marcos 16:15-18).

“Escutem! Eu dei a vocês poder para pisar cobras e escorpiões e para, sem sofrer nenhum mal, vencer a força do inimigo.” (Lucas 10:19).

Essa autoridade e poder são dados, não para que façamos as coisas independentemente, mas para que as façamos na dependência do Espírito Santo e em Sua comunhão. É o poder Dele agindo em nós que impacta as pessoas com sinais, prodígios, maravilhas, curas, libertações e, principalmente, com nosso testemunho. Fomos chamados para glorificar a Deus através de nossas vidas, ou seja, pelo modo com que vivemos, e comunicar o Poder do Evangelho de Jesus Cristo às pessoas.

Jesus nos conferiu esse poder através do Espírito Santo. Foi o que aconteceu no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja. Esse poder está disponível para nós também hoje, basta o buscarmos para a realização do propósito de Deus.

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“mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (Atos 2:8).

“Ao cumprir-se o dia e Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (Atos 2:1-4).

O Espírito Santo é quem nos dá poder para testemunhar sobre a vida em Jesus Cristo. Ele é poderoso. Mesmo quando testemunhamos com nosso viver ou falamos para as pessoas a respeito do Evangelho de Jesus Cristo, quem as convence é o Espírito Santo. Não é apenas um ato racional, afinal, a salvação é pela fé, e a fé não pode ser baseada na sabedoria humana. Dependemos Dele para impactar o mundo com o Evangelho.

Observe o que Jesus declarou aos discípulos a respeito da obra do Espírito Santo:

“Quando ele (O Espírito Santo) vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” (João 16:8).

Jesus também declarou a respeito do poder que movia sobre Ele:

“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.” (Lucas 4:18 e 19).

É esse ,mesmo poder que está sobre as nossas vidas. Nós recebemos o chamado e também o poder através do Espírito Santo para sermos Suas testemunhas:

“E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento.” (1 João 2:20).

“mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (Atos 2:8).

Esse poder é exercido quando estamos em comunhão com Deus, porque o poder flui Dele e através de nós, alcança outras pessoas. Se cortamos essa comunhão, não temos em nós o poder nem para nós mesmos, nem para os outros.

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Se não estivermos ligados a Jesus, conectados Nele, não poderemos comunicar Seu poder as pessoas. Essa dependência leva-nos a ter a mesma vida que ministramos aos outros.

“Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15:4-5).

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Impactando Gerações – Parte IIGerações que Compreendem o Propósito de DeusPor: Prs. Ricardo e Raqueline Garcia

Gerações que compreendem o propósito de Deus são gerações que se realizam. Cumprir aquilo para o qual foi-se criado é a maneira de confirmar a identidade e o propósito de uma vida ou geração.

Uma pessoa que não sabe para que vive, vive por viver, sem a noção do porque existe e para que foi criada. Ela está fadada a uma vida sem sentido, sem valor, onde os dias, um após o outro, não constroem um caminho para um alvo certo, algo de valor maior do que ela mesma. Desta maneira, os dias ou fases de sua vida tornam-se apenas fragmentos desconexos, vindo um após o outro apenas pelo fator tempo, jamais pelo fator propósito.

Podemos fazer com que nossas vidas se tornem mais valiosas. A cada dia ou fase que passamos podemos experimentar o acréscimo de mais valor a nossa vida. Isso é possível quando descobrimos o propósito de Deus para nós.

Uma geração inteira pode ser impactada ao descobrir seu propósito em Deus. Ele tem um propósito para você e para mim, para nossas gerações e para as futuras também, assim como teve para as gerações passadas.

Creio tanto na força do propósito divino que ouso a dizer que gerações diferentes, unificam-se pelo poder direcionador do propósito de Deus. Como numa corrida de revezamento, o bastão é passado de uma geração a outra mantendo o mesmo alvo, multiplicando a força, uma após outra, no desejo de alcançar o alvo comum a todas elas.

Desta maneira, podemos receber as palavras que cada geração antes da nossa recebeu, da parte de Deus. Esse é o bastão passado de geração a geração. Essas mensagens têm um foco e um alvo comum e, ao final da corrida, crianças, homens e mulheres de todas as gerações comemorarão o resultado da corrida de revezamento. Deus estará recebendo os vencedores dessa corrida.

“O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.” (Apocalipse 3:5).

“Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.” (Apocalipse 3:21)

As gerações são significativas para Deus. Ele tem propósito, tanto para as pessoas individualmente, quanto para gerações inteiras. Ele é quem traz as gerações à existência.

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“Quem fez tudo isso? Quem chama as gerações à existência desde o princípio? Eu, o Senhor, que sou o primeiro, e que sou eu mesmo com os últimos.” (Isaías 41:4).

Billy Graham, um dos maiores evangelistas de nossos tempos, declarou: “Cada geração é crucial, cada geração é estratégica.”.

Daphne Kirk escreveu em seu livro “Reconectando as Gerações”: “Deus escolheu cada geração; ele colocou seu amor em cada uma. As gerações não se sucedem continuamente sem um sentido de destino ou propósito. Elas são guiadas pelo Deus Todo-Poderoso que deseja que o destino de cada indivíduo e da geração como um todo se cumpra.”

Estamos em uma corrida de revezamento. Cada geração passa à outra o que recebeu do Senhor através da geração que a antecedeu.

“Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado; a sua grandeza é insondável. Uma geração louvará a outra geração as tuas obras e anunciará os teus poderosos feitos.” (Salmo 145:3-4).

“O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do Senhor, e o seu poder, e as maravilhas que fez.” (Salmo 78: 3-4).

“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias atee a consumação do século.” (Mateus 28:18 a 20).

Vamos cumprir a nossa parte nesta grande comissão. Conhecer a Deus através de sua Palavra, anunciar a Sua grandeza, pregar o evangelho e interceder por nossa geração.

Uma Geração que Busca e Atende ao Chamado do Senhor

Um dia estaremos diante de Deus para vivermos eternamente com Ele. Esse é o grande final da maratona de revezamento de geração após geração. A Igreja de Jesus em todas as gerações será a vencedora desta maratona. Precisamos ter em nosso coração a visão da última geração completando a Corrida de Revezamento dos Séculos, para darmos o máximo e cumprir o propósito de Deus para nossa geração. Nossa geração cumprirá o seu propósito se cada um de nós tiver a convicção desse propósito e cumprir com a sua parte nesta grande tarefa.

Somos parte da grande comissão instituída por Jesus. Como Deus chamou ao profeta Isaías, nos chama hoje para trabalharmos por Ele.

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“No ano da morte do reiUzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam do templo.Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava.E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!Então, um do serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado.Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.” (Isaías 6:1-8).

Nessa perspectiva Isaías recebeu o seu chamado: Alguém que enxerga a santidade de Deus, a sua grandeza e teme porque sabe não merecer ter visto o Senhor. Após perceber isto, Isaías passa por uma experiência poderosa: Um serafim toca os seus lábios com uma brasa viva e retira, assim, sua iniqüidade.Então, após ser santificado, Isaías ouve a voz do Senhor.

Deus não chega a pronunciar o nome de Isaías. Deus não disse: Isaías somente tenho a você para ir por mim. Absolutamente! O chamado de Deus aqui parece até despretensioso, como se não estivesse direcionado a ninguém. Mas para Isaias aquele era o momento, a melhor hora, onde ele poderia juntar-se ao propósito do grande Deus, e não perdeu a chance.

Isaías poderia ter respondido ao Senhor: Deus, vou ver se encontro alguém para fazer esse trabalho e, quando o encontrar direi que o Senhor o chama. Isaías não ouviu o seu nome, propriamente, mas foi como se tivesse ouvido, tamanho o desejo de servir a Deus e responder positivamente à sua pergunta.

Imagino Isaías olhando ao redor, quase não acreditando estar ouvindo a voz de Deus. Será que é comigo? Estou ouvindo Deus perguntar-me algo? Deus quer que alguém se responsabilize por um trabalho e eu posso ser esse alguém? Não posso esperar um segundo, vou gritar, antes que alguém o faça: “Eis-me aqui, envia-me a mim!”.

Esse é o tipo de homem que quero ser a cada dia. Alguém que não foge do chamado de Deus, à uma tarefa difícil, comprometedora, abrangente e poderosa. Quero ouvir o meu nome a cada vez que Deus fizer essa pergunta: “A quem enviarei e quem há de ir por nós?”

Talvez você ainda não tenha ouvido o seu nome, mas poderá ouvi-lo, se quiser atender ao chamado do Senhor. Busque por esse chamado, queira que Deus o chame e responda a Ele prontamente: Eis-me aqui, envia-me a mim.

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Sim, esta mensagem é para aqueles que querem receber uma responsabilidade. Aqueles que anseiam por atender ao desejo do coração do Pai. Deus nos deu a oportunidade de dizermos: Eis-me aqui. Isto significa um grande privilégio.

O Mover de Deus sobre as Gerações

Várias gerações receberam de Deus, manifestações especiais com o fim da realização de Seu propósito. Tais acontecimentos estão descritos tanto na Bíblia como também fazem parte da história da Igreja que Jesus Cristo fundou aqui na Terra, ao longo desses mais de 2 mil anos. São dons, habilidades que Deus confere, colocando pessoas em meio as gerações para impactá-las com o seu poder.

Um exemplo disso é João Batista, o profeta que anunciou, de perto, a chegada do Messias. Seu ministério foi profetizado por Isaías, conforme nos revela a Bíblia em Mateus 3, verso 3:

“Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. Porque este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.” (Mateus 3:1-3).

Jesus Cristo refere-se a João Batista como Elias que estava para vir.

“Mas para que saístes? Para ver um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que profeta. Este é de quem está escrito: Eis aí eu envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti.” (Mateus 11:9 e 10).

“Porque todos os profetas e a Lei profetizaram até João. E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir.” (Mateus 11:13 e 14).

João Batista não era Elias, mas sobre o que Jesus está falando? Jesus está dizendo sobre o cumprimento da profecia de que o poderoso Deus enviaria um mover profético, uma capacidade, uma habilidade para cumprir o seu propósito.

João Batista pregou, profetizou, batizou, e preparou o caminho para Jesus. Sua mensagem era simples e direta, também poderosa: Arrependei-vos pois está próximo o Reino dos Céus!

Jesus voltará em breve para buscar sua Igreja, logo Ele julgará a Terra. Eis a palavra profética que está para se cumprir mais uma vez:

“Eis que vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição.” (Malaquias 4:5 e 6).

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Podemos experimentar esse mover de “Elias” em nossa geração, preparar o caminho do Senhor, endireitar as veredas, pregar que o Reino de Deus está próximo e que é necessário arrepender-se e receber o perdão dos pecados através do sacrifício de Jesus. Deus derramará sobre esta geração o mover do Espírito Santo e converterá o coração dos pais aos filhos e dos filhos a seus pais. Essa éa geração que evangeliza, prega o arrependimento e a santificação, e declara que o Reino de Deus está próximo.

Gerações que se Inspiram na Vida de Homens Usados por Deus

Podemos nos inspirar na vida de homens usados por Deus em sua geração e pedir que Ele derrame sobre nossa geração o mesmo espírito, a mesma intenção, a mesma intensidade na obra do Senhor e o mesmo mover do Espírito Santo.

Eliseu pediu que ele mesmo recebesse como herança de seu mestre, Elias, porção dobrada de seu espírito e, isso, ele recebeu (2 Reis 2). Eliseu tornou-se, assim, o sucessor de Elias. O espírito significa mais que simplesmente a habilidade, significa a intenção, o caráter santo, a intensidade.

A Geração como Samuel

Peçamos a Deus que nos faça como os homens que Ele usou em suas gerações. Tenhamos o mesmo espírito e a mesma intenção que eles. Que nossa geração possa ser reconhecida pelos nomes desses homens, tamanha nossa identificação com o propósito que tiveram para suas vidas.Há um homem na Bíblia que admiro muito; seu nome é Samuel. Consagrado ao Senhor desde antes de sua concepção (1 Samuel 1:11), Samuel foi criado no templo, pelo sacerdote Eli.

A Geração como Samuel é aquela que ouve a voz Senhor e diz: Fala, Senhor, porque Teu servo ouve.

Esta é a geração que conhece a Deus. Busca a voz do Senhor e obedece quando Ele fala. É a geração que ministra na presença de Deus e O conhece por gastar, diariamente, tempo com Ele.

“Samuel ministrava perante o Senhor, sendo ainda menino, vestido de uma estola sacerdotal de linho.” (1 Samuel 2:18).

Esta geração cresce na presença de Deus.

“Abençoou, pois, o Senhor a Ana, e ela concebeu e teve três filhos e duas filhas; e o jovem Samuel crescia diante do Senhor.” (1 Samuel 2:21).

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Geração que é amada por Deus e pelos homens.

“Mas o jovem Samuel crescia em estatura e no favor do Senhor e dos homens.” (1 Samuel 2:26).

A geração de Samuel responde ao Senhor.

“Então, veio o Senhor, e ali esteve, e chamou como das outras vezes: Samuel, Samuel! Este respondeu: Fala, porque teu servo ouve.” (1 Samuel 3:10).

Outro exemplo a ser seguido: Daniel. A Geração como Daniel é a geração que não se contamina com as iguarias do rei, os manjares deste mundo, as impurezas e padrões mundanos.

“Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se.” (Daniel 1:8).

A geração que ora e busca a face de Deus.

“Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer.” (Daniel 6:10).

Geração a quem Deus revela os mistérios, porque está em Sua presença.

“Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite;Daniel bendisse o Deus do céu. Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade, porque dele é a sabedoria e o poder;” (Daniel 2:19- 20).

A Geração como Jeremias

É Deus quem traz à existência cada geração (Is 41:4). Ele determina o seu propósito e confere as habilidades necessárias ao seu cumprimento. No entanto, esta habilitação e o cumprimento do propósito não acontecem de maneira passiva.

Ouvir a voz de Deus, receber sua mensagem e responder positivamente a ela, exige um posicionamento de nossa parte. Tudo isso deve ser intencional, ou seja, devemos querer ouvir sua mensagem e respondê-la positivamente. Ao fazermos isso poderemos nos surpreender ao vermos que o propósito de Deus é maior do que poderíamos imaginar. Certamente os desafios também não serão pequenos, mas Deus estará conosco em todos eles.

A Geração como Jeremias é aquela que compreende o chamado de Deus e o seu propósito, dede antes que Ele a chamasse à existência. Essa geração

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argumenta com Deus à respeito de suas deficiências e recebe a capacitação que vem Dele, confiando em Sua presença e Seu propósito.

Apesar de poder ser inexperiente, ou sentir-se incapacitada, essa geração, exerce seu ministério com autoridade dada por Deus.

Como profeta, essa geração transmite as palavras que recebeu do Senhor ao povo e ministra o mover do Espírito Santo, para que haja cura.

“A mim me veio, pois, a palavra do Senhor, dizendo: Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações.Então, lhe disse eu: ah, Senhor Deus! Eis que não sei falar, porque não passo de uma criança. Mas o Senhor me disse: Não digas: Não passo de uma criança; porque a todos a quem eu te enviar irás; e tudo quanto eu te mandar falarás.Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor.Depois, estendeu o Senhor a mão, tocou-me na boca e o Senhor me disse: Eis que ponho na tua boca as minhas palavras.Olha que hoje te constituo sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares e também para edificares e para plantares.” (Jeremias 1:4-10).

Temos muito a nos inspirar nos homens usados por Deus para impactar suas gerações. O que dizer de Hananias, Misael e Azarias que não se prostraram diante da imagem de Nabucodonosor, não adoraram a outro deus, senão a Yaveh. Por isso experimentaram a presença do “Quarto Homem na Fornalha”, o anjo do Senhor, e não se queimaram. E sobre Davi que nos inspira a ser a geração que adora a Deus, louva o Seu nome, não teme os gigantes, reconhece seu pecado e pede perdão.

Deus nos chama a sermos uma geração consagrada a Ele, inspirada naquilo que Ele fez através dos homens que se dedicaram a ao Seu propósito.

Que Deus derrame sobre nós sua unção e capacitação para sermos a Geração como Elias, como João Batista, como Samuel, como Daniel e como Jeremias, também a Geração como os Moravianos, como John Wesley, Jonathan Edwards, John Bunyan. Talvez em uma geração futura, possam dizer: a Geração como Grão de Mostarda.

Este é o nosso tempo, Esta é a nossa vez de Impactar as Gerações

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A oração, nossa aliada para impactar as geraçõesPor: Pr. Rogério Mendes Teixeira  

“Invoca-me, e te responderei, anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas que não sabes.” (Jeremias 33:3).

"A oração é um instrumento poderoso não para fazer com que a vontade do homem seja feita no céu, mas para fazer com que a vontade de Deus seja feita na terra." (Robert Law, 1788-1874).

A oração é uma das práticas que Jesus nos ensina pela sua palavra e exemplo. Ela sempre fez parte da caminhada e vida do povo de Deus ao longo da história. No Velho Testamento encontramos relatos dramáticos a respeito de pessoas, servos e servas de Deus, que tiveram respostas as suas petições, as suas orações.

Um drama que podemos citar foi o vivido por uma mulher estéril, Ana. Naquele tempo, filhos representavam bênçãos, abundância da bondade de Deus, logo, não tê-los era uma maldição, uma tristeza. Seu marido, Elcana, tinha outra esposa com a qual tinha filhos, vocês podem imaginar o que acontecia. Certamente Ana era muito humilhada, mesmo desfrutando da compreensão e amor do seu marido.

Certa vez toda a família foi a Jerusalém, e Ana foi a “Casa de Deus” e ali orava intensamente, a ponto do sacerdote Eli pensar que ela estava embriagada. Reconhecendo a agonia daquela mãe, o sacerdote Eli a abençoou e declarou que Deus fizesse segundo o que havia no coração dela.

Nove meses depois, nasce, em resposta ao clamor daquela mãe, um menino chamado Samuel, que significa “Pedido a Deus”, o qual se tornou o maior juiz de Israel e um grande profeta.

Temos milhares e milhares de histórias semelhantes a essas, as quais poderíamos citar como exemplos para entendermos o valor e a importância da oração.

Quando olhamos essas histórias podemos até pensar que essas respostas são devidas aos esforços “heróicos” dessas pessoas, mas em geral, o heroísmo não tem muita vez na vida cristã, ainda mais quando se fala em oração. Nesse particular, todos nós não passamos de simples crianças caminhando e conversando com o nosso Pai, que desejamos que esteja próximo a cada um de nós .

Mas afinal, o que é oração?

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O que é oração?1

Oração é basicamente petição, solicitação. Isso fica bem evidente na Oração do Senhor, que veremos mais adiante, e em diversos outros textos. No ministério de Jesus, a noção de oração é bem clara, ou seja, é a de pedir e solicitar coisas a Deus: “Pedí, pedi e dar-se-vos-á...”.

Mas para nós, essa noção parece não nos agradar, principalmente pela idéia de que não passamos de pessoas “interesseiras”, pedindo a Deus coisas que queremos.

É assim que muitas vezes você se sente?

É claro que orar não é só pedir, muito menos uma questão meramente de pedir o que eu quero. Todos nós devemos saber que o nosso Deus não é um mordomo universal disposto a satisfazer os nossos desejos e necessidades. Não é isso. Por outro lado, a oração precisa dizer algo a nosso respeito. Se não for assim, a oração “morre” e não fará sentido algum para nós. À medida que vamos orando por situações e coisas concernentes a nossa vida e interesses, esse círculo de interesse crescerá inevitavelmente na vastidão do amor de Deus.

A oração faz parte do nosso relacionamento pessoal com Deus, é a maneira pela qual nos comunicamos com Ele como filhos e filhas, expondo os nossos corações, como amigos fazem uns com os outros. Podemos dizer que orar é “conversar com Deus a respeito daquilo que estamos fazendo juntos”, é dividir com Deus os nossos interesses a respeito daquilo que Ele também está interessado em nossa vida. Deus se importa com cada um de nós, e como todo relacionamento, espera que também os nossos interesses coincidam com os d’Ele, e assim caminhamos juntos, numa vida de diálogo com Deus.

Existem alguns elementos que devem acompanhar a nossa oração, como o louvor e a gratidão. Quando crescemos em conhecer o Senhor, o louvor passa a ser a nossa atitude e estilo de vida, gerando em nós convicção da grandeza e bondade de Deus, ao mesmo tempo em que lança os fundamentos para uma vida de oração efetiva. O louvor é fruto inevitável de um coração que conhece a Deus e que deseja viver num relacionamento de amor e aliança com Ele.

Assim como o louvor, a gratidão também é um acompanhamento de toda oração verdadeira, andando de mãos dadas com o louvor. Nossos corações se enchem de gratidão, pois temos a certeza que vivemos debaixo das provisões generosas e graciosas da mão do nosso Deus. Veja o que Paulo escreve aos filipenses:

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz

1 Conceitos e pensamentos extraídos do livro “Conspiração Divina” de Dallas Willard, capítulo 7.

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de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.” (Filipenses 4:6-7).

A nossa vida com Deus depende de como e do quanto investimos tempo em oração. E para exemplificar uma vida de fervor e oração, tomemos Jesus como nosso modelo.

Jesus, nosso modelo de fervor e oração.

"Que melhor guia poderemos encontrar para oração além do exemplo do próprio Cristo? Ele se dirigiu diretamente ao Pai. O apóstolo nos mostra o que devemos fazer, quando diz que Ele endereçou Suas orações Àquele que era capaz de livrá-lO da morte. Com isso ele quer dizer que Cristo orou corretamente, visto que recorreu ao Deus que é o único Libertador." (João Calvino, 1509-1564).

Como falamos anteriormente, temos muitos exemplos de oração, mas nesse momento, vamos virar o nosso olhar para alguém que teve uma profunda vida de oração, Jesus, que dedicou tempo e energia para essa parte essencial da sua vida devocional e ministerial. São diversos textos que retratam isso. Vejamos alguns desses momentos cruciais nos textos narrados pelo evangelista Lucas.

Antes de escolher seus “companheiros” para a realização do ministério

“E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus e, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos”. (Lucas 6:12-13).

Durante a sua transfiguração diante de três dos seus discípulos:

”E aconteceu que, quase oito dias depois destas palavras, tomou consigo a Pedro, a João e a Tiago, e subiu ao monte a orar. E, estando ele orando, transfigurou-se a aparência do seu rosto, e a sua roupa ficou branca e mui resplandecente”. (Lucas 9:28-29).

Momentos antes da sua crucificação:

“E, saindo, foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram. E quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação. E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava”. (Lucas 22:39-41).

A vida de Jesus foi permeada de oração, de diálogo com Deus. Jesus sabia que para viver nesse mundo, não havia outro caminho que não fosse através da oração, da conversa com seu Pai. Além de passar bastante tempo a sós em oração, certamente Jesus também orava na presença dos seus discípulos, conforme o texto que vimos sobre a “sua transfiguração”. Isso era tão evidente,

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que em determinado momento da sua vida e ministério, seus discípulos pediram: “Senhor, ensina-nos a orar.”.

Devemos pedir a Deus para nos ensinar a orar, devemos pedir que Ele nos ensine e nos ajude a compreender e andar nesse caminho planejado por Ele, o caminho da oração.

Ah! Como precisamos abrir a nossa alma e o nosso coração de forma sincera, consciente e efetiva diante de Deus, por meio de Cristo e cair diante do Senhor em oração.

Os discípulos pediram, e Jesus lhes ensinou a orar, e deixou um modelo: a Oração do Senhor – “Pai nosso...”.

A Oração do Senhor, Tua presença em minha vida2.

Jesus é sensível aos nossos pedidos, assim como foi ao pedido dos seus discípulos. Ele ensina a respeito da verdadeira oração. E ponderar a respeito das palavras de Jesus nos ajudará a fazer grandes progressos no aprendizado da oração, pois orar é uma maneira de falar, assim devemos aprender e entender as palavras e expressões ensinadas por Jesus, as quais devemos dizer a Deus. Sem dúvida, Ele é nosso mestre nessa questão. Então vamos ao texto:

“E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.

Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal, pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!” (Mateus 6:1-15).

O ensino de Jesus a respeito da oração é muito rico. Talvez estejamos vivendo um dos dias mais pobres espiritualmente, pois não nos apropriamos desse ensino hoje. Chegou a hora e o tempo em que vamos “restaurar o altar” dos nossos corações através da oração.

2 Ver também a palavra da Apostila do XIV Encontro Nacional: “A natureza da Oração”, por Iran Bernardes da Costa.

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Orar regularmente

Jesus começa seu ensino, dizendo: “E, quando orardes...”. Isso presume que os seus discípulos tinham um tempo particular e regular de oração. Quantos de nós hoje, temos separado tempo para orar?

Eu imagino que quase todos nós gostamos de esportes, principalmente porque somos jovens, cheios de energia e de vida. Todos sabem que para o atleta ser bem sucedido em suas atividades esportivas, ele precisa, além da paixão pelo que faz, de muita disciplina, muito tempo de treinamento e de preparo. Ele precisa de regularidade. Na vida espiritual, não é diferente. Somente a regularidade na oração nos ajudará a ter o hábito contínuo de orar, conforme Paulo escreve aos tessalonicenses: “Orai sem cessar.” (I Tessalonicenses 5:17).

Orar com simplicidade e sinceridade de coração

“Entra no teu quarto... não useis de vãs repetições.”. Deus não se deixa impressionar pela quantidade e beleza das nossas palavras. O Senhor vê o nosso coração. Eu creio que o que Deus deseja e espera é que oremos como quem fala com um amigo.

Lembro-me quando era adolescente, e não faz tanto tempo assim, que na minha igreja tinha um diácono que toda vez que era solicitado para orar, ele começava assim: “Excelentíssimo Pai...” com aquela voz impostada e estendendo cada sílaba. É assim que começamos a conversar com pessoas que temos intimidade? Na verdade, quando oramos, devemos rasgar os nossos corações diante de Deus, expor nossos sentimentos, desejos, ansiedades, preocupações, nossos pensamentos, nosso contentamento também, enfim, devemos falar do que estamos vivendo. Então, entre no teu quarto e converse com o Pai com sinceridade.

Dirigir nossa atenção a Deus

É importante saber a quem nos dirigimos em oração. Em Lucas nós encontramos no início da oração simplesmente “Pai”, enquanto Mateus é mais específico e identifica mais a pessoa a quem devemos nos dirigir: “Pai nosso que estás nos céus”.

O vocativo é de fundamental importância. Quando falamos com alguém, geralmente usamos um nome para distinguir essa pessoa das outras, indicando assim que queremos falar com ela especificamente. Não é assim na sua casa? Nós temos uma maneira de tratar com cada pessoa, e quando desejamos nos dirigir a elas, as chamamos daquele jeito. Quando nos dirigimos a Deus, não é diferente.

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Jesus nos ensina a chamar Deus de “Pai”, “Pai nosso que estás nos céus”, isso é poderoso. Essa estrutura mostra a nossa relação com Deus, e o apresenta como Pai, provedor, cheio de bondade e amor. Soberano que habita os céus, e também está próximo de cada um de nós.

Após nos ensinar a nos dirigirmos a Deus, com sinceridade de coração e com regularidade, Jesus nos ensina a pedir, a solicitar a Deus as suas provisões, e isso Ele nos apresenta em cinco petições ou categorias de petições:

Pedir que o nome de Deus seja considerado com respeito e estima Pedir que o Seu reino se estabeleça plenamente na terra Pedir que as nossas necessidades sejam supridas Pedir que os nossos pecados sejam perdoados Pedir que não caiamos em tentação e livramento do mal

“Santificado seja o teu nome” e “Venha o teu reino”

Essas duas petições estão diretamente relacionadas a Deus e sua posição na esfera humana. A primeira pede que o nome dele seja respeitado, honrado, venerado ao máximo. Muitos de nós sabemos que o nome é algo muito especial, de grande significado e revela quem somos, nossa identidade e nosso destino. Nos tempos bíblicos isso sempre foi uma realidade. Os judeus tinham uma reverência tão grande pelo nome de Deus, que muitas vezes nem ousavam pronunciá-lo.

Que filho não gosta de ver o nome dos seus pais sendo honrado, como pessoas brilhantes e honestas? Qual criança não se orgulha em ver que o seu pai é elogiado? No entanto, temos visto que isso não tem acontecido com o nome do nosso Pai. Precisamos pedir: “Santificado seja o teu nome”.

A outra oração, “Venha o teu reino” é derivada da primeira. Assim como esperamos que o nome do Senhor seja honrado, também devemos pedir que o seu governo seja estabelecido aqui na terra. Devemos entender o reino de Deus como “o alcance da sua vontade eficiente, é o seu domínio no qual aquilo que Ele prefere é o que acontece”3.

Conhecendo a bondade, o amor, a provisão do nosso Deus, quantos de nós não gostaria que isso se estabelecesse aqui de forma plena? Então oremos: “Venha, Senhor o teu reino, seja feita a tua vontade aqui na terra, como é no céu.”.

3 Extraído do livro Conspiração Divina de Dallas Willard.

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“O pão nosso de cada dia nos dá hoje”

Jesus nos disse que deveríamos nos tornar como crianças para entrarmos no reino de Deus, é difícil ver uma criança ansiosa pelas coisas do amanhã, com o que vai comer, vestir, enfim, os cuidados dessa vida.

Eu penso que é isso que essa petição nos ensina.

O que nós precisamos hoje? Qual a nossa necessidade para o “aqui e agora”? Peça ao Pai, ore ao Senhor que contém todas as provisões, o Deus que “não nega bem algum aos que o amam”. Lembra do maná no deserto? Havia uma porção certa para cada dia. Não podiam colher mais que o necessário, senão estragava. E quando chegava o dia anterior ao sábado, quando não podiam colher e nem trabalhar, Deus provisionava o maná para dois dias. Que ensino extraordinário?

Estamos vivendo em um tempo, onde as preocupações com o futuro ocupam a maior parte dos pensamentos e do coração das pessoas. Todos querem saber o que vai acontecer amanhã com a economia. Estão preocupados com o trabalho, se vai haver emprego, com a educação dos filhos, preocupam-se com a saúde, enfim, querem ter hoje a garantia da segurança futura. No entanto, Jesus nos ensina a olhar as aves dos céus, nos ensina a ver as flores no campo, nos ensina a pedir a Deus para nos suprir hoje.

É importante lembrar que esse ensino não nos isenta da responsabilidade de nos preparar para o futuro. Como pessoas sábias e prudentes, devemos nos preparar para o amanhã, estudando, buscando excelência em nossa formação, fazendo boa mordomia do nosso tempo, talento e bens, o que não podemos é confiar que isso nos dará segurança futura. Pois aqui Jesus nos ensina a confiar e depositar nossa fé em Deus, pois só Ele pode nos dar garantia de segurança tanto hoje como amanhã.

Perdoa os nossos pecados

Somos ensinados através da Bíblia e da nossa experiência que o nosso Deus e Pai é compassivo, piedoso e misericordioso, e é isso que torna a vida possível, pois “a misericórdia do Senhor é a causa de não sermos consumidos, pois elas se renovam a cada manhã” .

Essa petição esmaga o orgulho, pois reconhece que somos uns fracassados, que erramos o alvo da vontade de Deus. É só dessa forma que podemos receber o perdão.

Essa petição também solicita ao Pai que use conosco do mesmo perdão e misericórdia que usamos com nossos semelhantes. Isso implica em entender que quando somos alcançados pelo amor, pela graça e somos perdoados por Deus,

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será muito difícil agirmos diferente com os outros. Mas precisamos continuar contando com a piedade e a misericórdia de Deus. Sem elas a vida não tem esperança.

“E não nos deixes cair em tentação, livra-nos do mal” Essa petição está relacionada às dores, dificuldades e sofrimentos. Tentação aqui, não é necessariamente a tentação do pecado, embora as provações podem nos levar a pecar. Devemos entender que essa petição não é apenas um desejo de viver ausente de sofrimento, uma fuga da dor, mas ela expressa essencialmente, a nossa dificuldade de resistir às pressões da vida. Essa petição ressalta a nossa vulnerabilidade diante das dificuldades e sofrimentos, ela mostra que nós não devemos confiar nas nossas capacidades.

À medida que oramos pedindo a Deus que nos livre do mal, que nos ajude, isso vai imprimir em nossa mente e em nosso coração que dependemos dele para sermos vitoriosos. E mesmo, quando as dificuldades e sofrimentos nos abaterem, pois ninguém está livre disso, nós entenderemos que essas provações fazem parte do plano de Deus, e assim seremos aperfeiçoados em nossa caminhada com Cristo.

Através dessa petição, nós também podemos compreender que os sofrimentos e as provações não são a melhor maneira de Deus lidar conosco, embora muitas vezes sejam necessárias.

“Toda a disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; mas depois, produz fruto pacífico... fruto de justiça.” ( Hebreus 12:11).

Agora que entendemos um pouco sobre o ensino de Jesus sobre a oração, nada melhor que praticarmos.

Nossa Agenda de Oração4

A partir dessa vida prática, certamente nós seremos grandemente abençoados, seremos transformados, pois a oração tem esse poder. Muitas vezes começamos a orar querendo transformar Deus e as pessoas, mas no final, nós e nossos desejos é que são transformados.

Deus passa a contar conosco, Ele passa a nos solicitar para cooperarmos com Ele na transformação do mundo. Quando nos habituamos a orar, Deus compartilha conosco a sua agenda e as suas estratégias, assim, nossas gerações poderão ser impactadas.

4 Verificar os tópicos da Agenda de Oração do Ministério Grão de Mostarda.

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Oração intercessória:Uma provisão estratégica de Deus para impactar as gerações

Quando falamos de oração intercessória, falamos do tipo de oração na qual participamos da compaixão de Cristo por uma pessoa, circunstância ou necessidade. Essas orações têm como objetivo pessoas e circunstâncias de diversas partes do mundo. Às vezes não conhecemos os detalhes, mas sentimos o “peso de oração” e ficamos diante de Deus até que o nosso coração tenha paz gerada pelo Espírito Santo.

Jesus é o nosso grande intercessor, Ele orou por cada um de nós, pelo Reino de Deus e pela nossa unidade (João 17), a fim de que o mundo pudesse conhecer ao Pai.

Outro grande intercessor é o Espírito Santo, que em nosso coração se une a nós com “gemidos inexprimíveis”, apresentando a Deus petições profundas que simples palavras não podem expressar.

E Deus nos chama para fazer parte desse “time” de intercessores.

Há uma estatística que diz que aqueles que se convertem ao Senhor, o fazem durante a sua juventude. E outra estatística é que nunca antes o mundo foi povoado por maioria jovem. Metade da população da América Latina e da Ásia tem 30 anos para baixo. É bem verdade que esse quadro está se modificando, por isso a urgência de impactar a nossa geração, AGORA. Esse é o nosso tempo, é a nossa hora.

“A oração traz as realidades espirituais e celestiais para a terra”. Eu gosto de biografias. Enquanto preparava essa palavra, meu filho Pedro me perguntou o que eu estava lendo, e eu lhe respondi que era sobre a vida de Jonathan Edwards. E ele disse: “toda vez o senhor lê sobre ele”, e eu lhe respondi: “Ler a vida desse homem me inspira e me anima”. Jonathan Edwards era apenas um jovem quando se tornou pastor de uma das maiores igrejas dos EUA, daquela época em 1729, com cerca de 600 membros. Ele tinha o hábito de orar por horas enquanto caminhava pela floresta. Através das suas orações e pregações, Deus derramou o Seu Espírito Santo sobre aquele povo, gerando um dos maiores Avivamentos da história da igreja, que ficou conhecido como o grande Despertamento.

Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João, João Comênio. Esse foi outro homem que através da sua vida, oração e intercessão, marcou a sua época e tem impactado as gerações.

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No período da Reforma (1500-1600) havia entre 150 a 200 mil membros em quatrocentas igrejas espalhadas por toda a Europa Central. Mas, no levante das guerras no início do século XVII, por volta de 1618, a Boemia e a Moravia (Republica Checa) foram dominadas por um rei católico romano, o qual desencadeou uma terrível perseguição contra os “Irmãos”. Nesse tempo, havia na Boemia um pastor e professor da “Unitas Fratum”, chamado João Comênio. Ele se tornou líder do grupo dos Irmãos na Boemia, e com a perseguição tiveram que fugir do país. Peregrinaram durante sete anos, nos quais João Comênio ia ministrando aos Irmãos. Antes de deixar sua terra amada, ele pára e conduz o grupo em oração: ‘Senhor, preserva uma semente oculta’ em seu povo, uma que possa crescer e dar frutos mais tarde”. Comênio nunca mais viu sua terra natal. Por quase cem anos a Igreja dos Irmãos procurava fugir da perseguição, “parece que o mundo não tinha lugar para eles”.

Cem anos mais tarde, os descendentes desses irmãos peregrinos formam uma comunidade em Hernhut, na Alemanha, a comunidade dos Moravianos. Através da vida e oração desses irmãos, o mundo todo foi impactado. Esses homens e mulheres Moravianos arriscavam suas vidas para irem a qualquer parte do mundo, a fim de cumprir o seu propósito.

Muitos jovens optavam por não se casarem, e eles mesmos se vendiam para poderem ir como escravos para várias partes do mundo, e assim, alcançarem pessoas para Deus. Quando alguém lhes perguntava: “Porque vocês fazem isto?” Eles respondiam: “Por causa do valor. O valor de alguns milhares de pessoas que eu posso levar comigo para a eternidade é maior do que minha vida aqui na terra”. Isso era uma excelente troca de valores para eles.

Assim como os Moravianos foram resposta da oração de João Comênio, eu creio que o Grão de Mostarda, também seja. Eu creio que nós somos essa semente oculta no meio do povo de Deus, eu creio que chegou a nossa hora de crescer e produzir fruto. Que o Senhor nos levante para fazermos o que nos cabe, “impactar as nossas gerações”, com o poder de Deus, com um estilo de vida totalmente santo, com ética e com a moral do Reino de Deus.

Reunião de Oração em um monte de feno (1806)

Uma tarde de agosto de 1806. Quando o jovem Samuel Mills, e quatro amigos estavam voltando para o campo da faculdade Williams College, depois do seu tempo semanal de oração caiu uma chuva forte e eles procuraram um abrigo num monte de feno em um campo aberto. Mesmo debaixo do monte de feno, eles continuaram orando até a tempestade acabar, nesta oração eles fizeram uma decisão de se tornar missionários. Naquela época não existia nenhuma agencia missionária e através deles DEUS formou a primeira agência missionária na América do Norte em 1810.

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Adoniram Judson foi o primeiro missionário, de mais de 5000, que foram enviados dos Estados Unidos para todo o mundo. Hoje existe um monumento no lugar desta reunião histórica.

Muitos dos que visitam o monumento tem feito a mesma oração:

“Ó DEUS onde a água uma fez fluiu, por favor, deixa fluir de novo”

“Será que o relâmpago pode atingir a nossa geração de novo?”

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Privilégios e Responsabilidades Por: Pr. Daniel Rincon e Wesley de Souza 

“Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem.”  (2 Coríntios 2:14-15).

Somos vencedores e prósperos em Cristo Jesus. Ele “sempre” nos conduz em triunfo. Ele nos faz vencedores para que possamos ser testemunhas da fidelidade e da misericórdia de Cristo. Por isto, fazemos diferença onde quer que estejamos. Somos comparados a um “bom perfume”.  

O odor agradável, ou seja, a fragrância que exalamos é o do conhecimento de Cristo.

Por isto a palavra de Deus tem de estar impressa nas nossas mentes e nossos corações. A todo o momento temos que utilizá-la. No nosso dia-a-dia (trabalho, escola, passeios, festas) temos de manifestar o conhecimento de Cristo. Mas para que isto aconteça a palavra de Deus tem que estar presente, viva e operante em nossas vidas. 

“Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno.” (1 João 2:14b).

Neste versículo temos três características que os jovens devem ter ou desenvolver, porque lhe são inerentes (próprio, natural): a força, a permanência na Palavra de Deus e a vitória sobre o inimigo.  

Grande parte de jovens sentem uma necessidade natural de uma “marca individual”. Alguns adoram se agregar a outras comunidades que os identificam através do Orkut. Por exemplo, temos a comunidade “eu odeio acordar cedo” com 3.381.181 membros, a comunidade “eu amo fim de semana” com 2.417.591, etc. Essa necessidade de uma “marca” promove o crescimento de várias manias, grupos ou estilos de vida. Para exemplificar bem isto, podemos citar os Emos, os Piercings, as gírias, os estilos de roupas, as músicas, grupos de motoqueiros, “bombados” da academia.  

Os jovens procuram estes movimentos porque sentem a necessidade de agregar algo à sua personalidade. E normalmente, a intenção desses movimentos é o de “mostrar força”. É como se eles dissessem: “Somos exclusivos! Não precisamos de ninguém! Temos uma marca que nos deixa superiores aos outros. Todo o resto, não importa, é resto!” 

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Entretanto, a Bíblia fala que a verdadeira força está na permanência em algo diferente e contrário daquilo que o mundo diz. Trata-se de algo muito maior e eterno do que modas, comunidades, estilos ou tribos.

“Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós.”. A bíblia está dizendo: “Jovens, vocês são naturalmente fortes, desde que a palavra de Deus habite constantemente em vocês”. Permanecer é estado que sugere continuidade. Isso não é uma moda. Trata-se de uma situação constante de força.  

Apesar dessa orientação tão clara, os jovens estão cada vez mais distantes da única coisa que os fortalece: a palavra de Deus.

Os jovens que ainda estão “fora da Igreja”, veem a Bíblia como uma utopia, ou seja, um livro cheio de regras que não podem ser vividas e não tem nada a ver com o mundo atual.

Agora, os jovens que já estão “dentro da Igreja”, acreditam e respeitam a Bíblia com grande veemência. Entretanto, o mais preocupante é que alguns deles enxergam a Bíblia como leitura para velhos e para pastores. Estes jovens cristãos estão distanciados da palavra de Deus e, por conta disso, estão “fracos”. 

Temos algumas referências bíblicas de pessoas que eram fracas, pecadoras, inadequadas e sem conhecimento algum de Deus, mas buscaram, conheceram e obedeceram a palavra de Deus. Com isto se tornaram fortes e importantes no reino de Deus, a ponto de Jesus citá-las como exemplo.  

“Ninivitas se levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas.” (Mateus 12:41).

Como deverá ser a condenação dos Ninivitas? Por que os moradores de Nínive dirão alguma coisa no dia do Juízo? Jesus diz que eles têm esse poder porque “se arrependeram com a pregação de Jonas”. Então, a condenação deles será em torno desse motivo.

Creio que eles dirão: “Nós vivíamos em uma cidade muito pecadora e nós mesmos éramos grandes pecadores, a ponto de sermos condenados, por Deus, à destruição. Certo dia, entretanto, ouvindo a pregação de Jonas, nós nos arrependemos fortemente, a ponto de Deus desistir de nos destruir. Agora, vocês têm alguém que é maior do que Jonas e ainda não se arrependeram? Nós nos arrependemos com o “pequeno e fraco Jonas” e vocês não conseguiram se arrepender com o Grande Jesus? Merecem, sem dúvida alguma, serem condenados por isso.”

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Os ninivitas representam um povo, um grupo, uma nação. Trata-se de uma classe de pessoas que serão usadas por Jesus, como exemplo, para condenar aquela e esta geração.  

No próximo versículo, Jesus fala de outra pessoa: a rainha do Sul.

“A rainha do Sul se levantará, no Juízo, com esta geração e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão”. (Mateus 12:42).

Quem seria essa rainha do Sul, mencionada por Jesus? Que autoridade tem essa mulher para nos condenar? O que ela fez de tão importante para merecer tal honra? Vamos conhecer a sua história, que está relatada em 1 Reis 10:1-13.

“Tendo a rainha de Sabá ouvido a fama de Salomão, com respeito ao nome do Senhor, veio prová-lo com perguntas difíceis. Chegou a Jerusalém com mui grande comitiva; com camelos carregados de especiarias, e muitíssimo ouro, e pedras preciosas; compareceu perante Salomão e lhe expôs tudo quanto trazia em sua mente. Salomão lhe deu resposta a todas as perguntas, e nada lhe houve profundo demais que não pudesse explicar.

Vendo, pois, a rainha de Sabá toda a sabedoria de Salomão, e a casa que edificara, e a comida da sua mesa, e o lugar dos seus oficiais, e o serviço dos seus criados, e os trajes deles, e seus copeiros, e o holocausto que oferecia na Casa do Senhor, ficou como fora de si e disse ao rei: Foi verdade a palavra que a teu respeito ouvi na minha terra e a respeito da tua sabedoria.

Eu, contudo, não cria naquelas palavras, até que vim e vi com os meus próprios olhos. Eis que não me contaram a metade: sobrepujas em sabedoria e prosperidade a fama que ouvi. Felizes os teus homens, felizes estes teus servos, que estão sempre diante de ti e que ouvem a tua sabedoria!

Bendito seja o Senhor, teu Deus, que se agradou de ti para te colocar no trono de Israel; é porque o Senhor ama a Israel para sempre, que te constituiu rei, para executares juízo e justiça.

Deu ela ao rei cento e vinte talentos de ouro, e muitíssimas especiarias, e pedras preciosas; nunca mais veio especiaria em tanta abundância, como a que a rainha de Sabá ofereceu ao rei Salomão. Também as naus de Hirão, que de Ofir transportavam ouro, traziam de lá grande quantidade de madeira de sândalo e pedras preciosas.

Desta madeira de sândalo, fez o rei balaústres para a Casa do SENHOR e para a casa real, como também harpas e alaúdes para os cantores; tal madeira nunca se havia trazido para ali, nem se viu mais semelhante madeira até ao dia de hoje.

O rei Salomão deu à rainha de Sabá tudo quanto ela desejou e pediu, afora tudo o que lhe deu por sua generosidade real. Assim, voltou e se foi para a sua terra, com os seus servos.”.  (1 Reis 10:1-13.).

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Cultura de Adivinhações – Conflitos interiores

De acordo com estudiosos, ela era uma rainha árabe que, bem provavelmente, reinava sobre um país que é hoje o Iêmen. Naquela época, tratava-se de uma cultura totalmente voltada às adivinhações e enigmas. Gostavam muito de saber os “por quês” das coisas. Queriam respostas para muitas coisas. Entretanto, havia várias coisas que os árabes não conseguiam respostas. E isto para eles era terrível.

Essa rainha poderia estar passando por um conflito interno em não ter resposta para tantas coisas da vida:

O que acontece com a pessoa quando morre?

Quem dirige o Universo?

Qual deus é o mais poderoso?

Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?

O amanhã já está escrito e é impossível fugir dele? 

Ela precisava dessas respostas para ajudá-la a governar o povo e, também, para satisfazer a sua própria alma, que estava inquieta com tantas dúvidas. Os seus ajudantes, magos, adivinhadores de seu reino não sabiam responder a essas perguntas. 

Esforço Recompensado 

Certo dia, ela ouviu a respeito do Rei Salomão. A reputação de sua sabedoria corria o mundo. A Bíblia fala, em 1Reis 10:1, que a Rainha havia ouvido falar da fama de Salomão.

Ela resolve, em seu coração, procurar esse homem. Para isso, ela move todo o seu reino em prol dessa busca de respostas. Pega boa parte dos tesouros, elege uma caravana e prepara uma jornada para ir até Salomão.

A distância entre os dois reinos é de aproximadamente 2.400 quilômetros. Quanto tempo levaria para percorrer uma distância dessas de carro, em comboio? Agora, imaginem percorrer essa distância, em comboio, de camelo, carregando uma fortuna em ouro e jóias, no deserto, debaixo de um sol intenso.

Na realidade, foram 150 dias de viagem contando a ida e a volta. A viagem foi com temperaturas adversas o tempo todo. Intenso calor durante o dia e forte frio durante a noite. 

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Finalmente chegaram. A rainha teve a esperada audiência com Salomão. O texto diz que ela fez perguntas difíceis: “veio prová-lo com perguntas difíceis”.

Entretanto, para todas as perguntas, Salomão tinha respostas certas e concisas. Ela esclareceu todas as dúvidas que tinha, pois compareceu perante Salomão e lhe expôs tudo quanto trazia em sua mente.  

“Salomão lhe deu resposta a todas as perguntas, e nada lhe houve profundo demais que não pudesse explicar.” (vs. 3).

Imaginem como maravilhada a Rainha ficou em ouvir todas aquelas coisas. Ela estava alegre e satisfeita porque todas as dúvidas haviam sido esclarecidas.

Mais tarde, Salomão lhe mostrou todo o palácio. Ela vê como Salomão dirigia todas as coisas com ordem e sabedoria. A rainha de Sabá ficou ainda mais impressionada. 

“Vendo, pois, a rainha de Sabá toda a sabedoria de Salomão, e a casa que edificara , e a comida da sua mesa, e o lugar dos seus oficiais, e o serviço dos seus criados, e os trajes deles, e seus copeiros, e o holocausto que oferecia na Casa do Senhor, ficou como fora de si.” (vs. 4,5).  

Ela ficou tão maravilhada com tudo aquilo, que ficou como fora de si. Ficou sem fôlego.  

Aquela rainha veio ao reino em busca de respostas, e as encontrou. Entretanto, quando ela viu a forma como Salomão dirigia o reino, ficou como fora de si.

Muitas vezes, acreditamos que palavras ou que o conhecimento, por si só, são mais fortes que atos e atitudes, e isto não é verdade.

A rainha ouviu as respostas e nada aconteceu. Entretanto, quando viu, presenciou, assistiu e participou do reino, algo aconteceu.  

Isto mostra a força do conhecimento. Conhecimento guardado não tem valor.

Salomão usava toda a força de sua sabedoria na direção de seu reino. Sabedoria transformada em prática. Nesta situação, o conhecimento o fez forte. Salomão não era apenas sábio, ele era um homem que fazia a diferença. Sua sabedoria, o conhecimento e sua prática, transformava tudo e a todos que estavam ao seu redor.  

Alguns têm uma visão errada sobre a busca de conhecimento. Não se trata apenas de saber sobre as histórias bíblicas ou de decorar versículos. Isto é bom, mas não basta e não traz força.

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A fortaleza do conhecimento de Deus está no modo de como este conhecimento conduz diariamente a sua vida. Se vocês não usarem nos seu dia a dia serão fracos.

Mas se usarem o conhecimento de Deus, na prática, diariamente, vocês serão fortalecidos e terão condições de superar com êxito as “fases do amadurecimento”, que são difíceis e com muitas decisões  importantes a serem tomadas.

O fortalecimento surge através da prática do conhecimento da Palavra de Deus. 

Após a Rainha ter ficado deslumbrada, ela ofereceu todos os presentes que havia trazido para Salomão.

“A rainha do Sul se levantará, no Juízo, com esta geração e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão.” (Mateus 12:42). 

Ouvimos a condenação dos ninivitas. Como seria a condenação da Rainha?

Ela provavelmente dirá:

“No meu tempo, vi e ouvi a sabedoria de um homem e suas palavras mudaram todo o meu entendimento e minha vida. Toda a sua verdade curou a falta de paz que havia em minha alma.

Entretanto, fiquei pouco tempo na presença daquele homem. Tive que voltar para o meu reino. Tive que viajar 2400 quilômetros e dei boa parte de meu tesouro. Fui atrás da verdade de Deus, me esforçando e pagando caro por isso, mas valeu à pena.

Vocês, diferente de mim, têm acesso ao Rei na hora que querem. Tem acesso às suas verdades a qualquer hora. Entretanto, o ignoram, como se Ele não tivesse nada a acrescentar às suas vidas”.  

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”(João 8:32). Todos querem a liberdade sem conhecer a verdade. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. (João 14:6).  

Jonas foi um sinal de Deus para Nínive e eles aceitaram a palavra dada por Jonas, como se fosse a palavra do próprio Deus, e se converteram dos seus maus caminhos.

Salomão foi um sinal de Deus para a rainha de Sabá e ela aceitou a palavra dada por Salomão, como se fosse a palavra do próprio Deus e se converteu ao Deus de Israel.

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Agora Jesus era sinal de Deus para os judeus daquele tempo. Só que eles falharam em acolher a palavra de Deus e reconhecer a Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

No dia do Juízo essas pessoas se levantarão para condenar os judeus do tempo de Jesus, porque tiveram a oportunidade e o privilégio como ninguém antes teve e rejeitaram. Eles tiveram a oportunidade e o privilégio de ter o próprio Deus, ministrando a Sua palavra e a rejeitaram. Os judeus terão uma condenação mais completa, porque tiveram maiores oportunidades e privilégios. Eles rejeitaram a palavra e o próprio Deus.

Infelizmente costuma ser assim mesmo. Normalmente quem tem privilégios não costumam corresponder com as expectativas e cumprir com suas responsabilidades.

Um exemplo disso é quando alguns pais se esforçam sobremaneira para dar uma melhor educação aos filhos (escola, livros, etc.), esperando que aproveitem dessa oportunidade e privilégio. Na grande maioria das vezes, os filhos levam na brincadeira e não valorizam o grande esforço de seus pais.

Há um ditado antigo que diz: “Raramente o privilégio e a responsabilidade andam de mãos dadas”. 

Vamos pensar em dois dos nossos maiores privilégios e como estamos usando-os.

O primeiro privilégio é termos a disponibilidade da Bíblia, a Palavra de Deus, para todos.

Contudo ela não nos foi dada de graça. Ela nos custou muito caro.

Houve uma época em que era realmente difícil ensinar a bíblia na língua inglesa. Quando Wycliff escreveu para certo doutor na palavra de Deus, no ano 1350 d.C., pedindo a ele para ensinar o povo comum o evangelho na língua inglesa, ele respondeu, "Eu sei muito bem que estou alicerçado na lei de Cristo para realizar o seu pedido, mas, em nosso tempo, estamos tão longe da lei de Cristo, que se eu realizar o seu pedido, posso morrer, e tu sabes que o homem é constrangido a tentar poupar sua vida enquanto ele puder”.

Após esse tempo, John Foxe relata em sua obra “o livro dos Mártires” nos disse que naqueles dias os homens se assentavam todas as noites para ler e ouvir a palavra de Deus em Inglês. Alguns davam 40 libras, o equivalente a 130 reais, para que pudessem ouvir. Alguns davam uma carga de feno por alguns capítulos dos livros Tiago ou de Paulo traduzidos para o Inglês.

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Foi Tyndale quem deu à Inglaterra a sua primeira Bíblia impressa. Para fazer isso, ele sofreu a pobreza, o exílio, a amarga ausência de amigos, a fome, a sede, o frio, grandes perigos e inúmeras outras grandes lutas. No final foi martirizado pelas autoridades. Alguns anos antes, quando as autoridades tinham queimado a bíblia que tinha traduzido, ele disse: "Eles não fizeram nada além do que eu já esperava, só faltam agora me queimarem também".  

Não há nenhum livro que custou tanto como a Bíblia. Hoje ela se encontra em grande perigo de merecer a cínica definição de um clássico, um livro de que todo mundo já ouviu falar e que ninguém lê.

Temos o privilégio de possuir a Bíblia e esse privilégio é uma responsabilidade pela qual teremos de prestar contas.  

O segundo privilégio é a Liberdade de Culto

Temos também a liberdade de culto, que temos como um direito, também é um privilégio, que custou as vidas de muitos homens e mulheres. A tragédia é que tantas pessoas não tenham utilizado essa liberdade buscando o bem comum para todos. Este privilégio, também, é uma responsabilidade pela qual devemos prestar contas.  

Se um homem tem Cristo no coração, se ele tem a palavra de Deus escrita e tem a liberdade de ter a comunhão da Igreja de Cristo, ele é o herdeiro de todos os privilégios de Deus.

Todavia se ele ignorá-los ou recusá-los, como os judeus do tempo de Jesus fizeram, ele será um homem sob condenação. 

Leitura e Compreensão 

As igrejas têm se enchido de pessoas que não formaram o hábito de ler a Palavra. Se perguntarmos qualquer um o porquê disso, em sua grande maioria dirão que acham difícil compreendê-la. A Bíblia não é um livro de começo, meio e fim. A Bíblia é um todo. Ela é um conjunto de livros. Este é o significado da palavra bíblia. 

Igrejas com pastores eloqüentes enchem rapidamente porque eles têm respostas que as pessoas comuns foram incapazes de compreender. Quando dão significado às questões não entendidas, esses pastores se tornam famosos por revelar verdades ocultas ao povo.  

Voltando ao nosso texto base, é interessante observarmos que a rainha achava que Salomão era uma fraude. “Eu, contudo, não cria naquelas palavras, até que vim e vi com os meus próprios olhos.” (I Reis 10:7).

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Ela não acreditava inteiramente que ele tinha as respostas. Mesmo assim, ela criava expectativas em seu coração. Creio que se as expectativas da rainha fossem iguais às suas dúvidas, ela jamais teria levado tantos presentes.

Creio também que as expectativas eram maiores que as dúvidas. Tanto que ela levou muitos presentes ao rei. Acredito que ela não os teria dado, caso Salomão fosse uma fraude.  

Muitas pessoas mantêm expectativas erradas sobre o entendimento da palavra de Deus. Antes de começarem a ler, já acham que não irão entender nada do que lerão. Pensando assim, abrir a Bíblia e buscar um direcionamento é uma “perda de tempo”.

Melhor e mais fácil será o pastor pregar depois para que eu possa aprender. Para que me esforçar se tem alguém que faz isso por mim? Se ainda não sou líder de célula, para que perder tempo estudando a Palavra se não tenho a responsabilidade pregar? 

Jesus se revela àqueles que buscam a revelação 

“E com muitas parábolas semelhantes lhes expunha a palavra, conforme o permitia a capacidade dos ouvintes. E sem parábolas não lhes falava; tudo, porém, explicava em particular aos seus próprios discípulos.” (Marcos 4:33).

Jesus havia trazido revelação da verdade para todos. Era uma palavra que procedia da vontade de Deus. Entretanto, Jesus não explicou detalhadamente a parábola para todos. Explicou para o grupo que o procurou depois para tirar suas dúvidas.

Com isso Jesus estava dizendo: “Vocês querem aprender profundamente sobre minha sabedoria? Então, venham me procurar. Se esforcem para entender”.

Os que voltaram para casa depois da parábola não entendiam completamente o que haviam ouvido. Entretanto, foram com a Palavra de Jesus no coração.

Aqueles que procuraram Jesus tiveram pleno entendimento do que ele dizia:  

No versículo 11 do capítulo 4 evangélico de Marcos, diz: “Ele lhes respondeu: A vós outros vos é dado conhecer o mistério do reino de Deus; mas, aos de fora, tudo se ensina por meio de parábolas.”.

Se você quer ter revelações de Jesus, precisa ir atrás d’Ele, pesquisar, gastar tempo e buscar o significado do que Ele quer te dizer. 

Não temos o hábito de perguntar ou pedir revelações para Deus. Temos o hábito de pedir e agradecer. A verdadeira revelação da palavra somente vem com a

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intervenção do Espírito Santo. E essa intervenção só acontece através da busca constante de respostas.  

Conclusão 

Quando se escolhe um bom perfume, todos procuram a fragrância que melhor interage com a sua pele. Por conta disso, pequenas amostras de perfume, borrifadas pelas vendedoras em lojas em pequenos papeizinhos, não são suficientes para saber se aquele permanecerá na pele por um bom tempo. Não adianta ter um perfume agradável que dura apenas 3 minutos. Somente você poderá sentí-lo. Acredito que ninguém compra um perfume para ficar cheirando, em vez de usá-lo passando pelo corpo.

A intenção é que sua presença se torne agradável e marcante. Intenção.

A durabilidade da fragrância tem 3 níveis diferentes: aquela que dura até três minutos; aquela que dura entre 5 e oito horas; e aquela, produzida a partir de moléculas mais pesadas, que permanecem na pele entre 8 e 24 horas.

Temos um grande privilégio e uma grande responsabilidade de sermos o bom perfume de Cristo. Entretanto, esse perfume não será bom se durar pouco na sua vida. Existem pessoas que experimentam desse perfume por algumas poucas horas, uma ou duas vezes por semana e acreditam ser o suficiente. Temos de deixar de lado fragrâncias fracas e passageiras. 

O conhecimento de Deus é o perfume mais poderoso de todos os tempos. A interação desse perfume com a sua vida fará diferença em todos os lugares que você estiver, tornando aquele momento agradável e marcante na sua vida e das outras pessoas.  

“Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.” (1 Timóteo 4:12).

Exale a fragrância desse bom perfume. Torna-te padrão. Deixe o Espírito Santo trabalhar constantemente na sua vida, através da busca e conhecimento de Deus.

Que a sua força seja restabelecida através de uma incessante busca das verdades que o Senhor Jesus tem para a sua vida. Somos o bom perfume de Cristo, constantes, agradáveis, puros e poderosos para com Deus.

Amém.  

 

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Jovem, você é fortePor: Rogério Costa

“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mateus 28:18 a 20).

A grande comissão é responsabilidade de toda a igreja, inclui o ide a todas as nações e fazer discípulos, inclui também o ministério de ensino, que visa o desenvolvimento desses discípulos. O fazer discípulos envolve, em primeiro lugar, a necessidade do evangelismo ou da pregação do evangelho em todo o mundo. O jovem deve fazer discípulos, porque essa é a vontade do Pai.

Talvez, o jovem, sinta-se, despreparado, inadequado para realizar a obra de Deus, obedecendo ao mandamento de Cristo para fazer discípulos.

“.Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno.” (1 João 2:14 b).

No entanto, os jovens têm uma força natural, já a força espiritual é dada aqueles que habitam e permanecem na palavra. O conhecimento da palavra de Deus tem um efeito transformador no caráter do ser humano. Através dessa transformação, o jovem crente se torna espiritualmente forte; portanto a força espiritual é adicionada a energia física. Desse modo, estaremos qualificados a unir-se na batalha em prol da verdade e o resultado será a vitoria sobre o maligno.

O Jovem Timóteo

Timóteo era um jovem discípulo do apóstolo Paulo, natural de listra, uma colônia romana na província da Galácia. Desde a infância sua avó e sua mãe o instruíram nas Escrituras sagradas. Na segunda viagem missionária de Paulo, alguns dos cristãos chamaram sua atenção para este jovem crente, e Paulo decidiu levá-lo em sua viagem.

“Do qual davam bom testemunho os irmãos que estavam em Listra e em Icônio. Paulo quis que este fosse com ele; e tomando-o, o circuncidou, por causa dos judeus que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era grego.” (Atos 16:2-3).

Desde então Paulo e os anciões da Igreja impuseram as mãos sobre Timóteo para separá-lo e equipá-lo para o ministério.

Timóteo era rapaz inexperiente e a Igreja parecia ser muito grande para um jovem que estava assumindo um chamado Pastoral. Ele se sentia muito jovem para arcar com a responsabilidade de liderar uma Igreja. Eu creio que muitos jovens tem o mesmo sentimento de Timóteo no exercício ministerial. Paulo afirma à Timóteo na

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sua carta: “Se você seguir as minhas instruções, você será mais do que capaz de conduzir o trabalho.

“Ordena e ensina estas coisas. Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza. Até à minha chegada, aplica-te à leitura, {leitura: leitura pública das Escrituras} à exortação, ao ensino. Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido mediante profecia, com a imposição das mãos do presbitério. Medita estas coisas e nelas sê diligente, para que o teu progresso a todos seja manifesto. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes.” (1 Timóteo 4:11-16).

Timóteo era mais jovem do que muitos cristãos de Éfeso. Jovens não permitam que ninguém o despreze por você parecer um tanto jovem, pelo contrário torna-te exemplo no padrão, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza e isso permitirá que ninguém o trate com desrespeito.

Deus não escolhe lideres baseado em seus dons e habilidades naturais, do mesmo modo ele não escolhe alguém por sua Idade, Deus escolhe lideres baseado em sua disponibilidade e não em sua habilidade; resumindo Deus escolhe pessoas que tem disposição para andar em obediência diante Dele. Deus procura jovens que obedeçam a sua Palavra.

Vejamos então, outros jovens na história da igreja, que impactaram a sua geração.

Jovens que impactaram sua geração

Dwight Lyman Moody5

Havia muitas razões para que Moody não se tornasse um dos mais notáveis evangelistas e ministros de sua época. Nasceu no dia 5 de fevereiro de 1837 de pais lavradores, o sexto entre nove filhos. Quando tinha apenas cinco anos de idade, seu pai faleceu, deixando a sua mãe sozinha criar e sustentar a Dwight e seus oito irmãos, tendo, o mais velho, apenas doze anos.

Mostrando coragem e dedicação, a viúva Moody manteve todos os filhos sempre ao seu lado, apesar da insistência de amigos dizendo-lhe que deveria mandá-los para adoção. Foi nesta época que ela percebeu a falta de religião no seu lar e tratou, imediatamente de matricular todos na Escola Dominical. Assim, Dwight foi crescendo, mau estudante, começou a trabalhar cedo para ajudar a família, até que no dia em que completou 17 anos, resolveu ir embora, contra a vontade da mãe e dos irmãos. Seu destino era a cidade de Boston, onde achou emprego na sapataria que pertencia ao seu tio.

5 Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Dwight_L._Moody"

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Com o passar do tempo, sempre freqüentando a igreja de seu tio, tornou-se o maior vendedor da loja de sapatos, onde, aos poucos, foi acumulando uma grande soma de dinheiro. A religião para ele, porém, foi deixando de ser um hábito imposto e transformando-se em aceitação pessoal.

Mudou-se para Chicago em busca de maiores riquezas. Ainda como vendedor, ele ficou muito bem, em apenas 8 meses conseguiu juntar 5 mil dólares, valor que para aquela época era muito além de significativo para um rapaz de origem pobre como ele. Em outono de 1856, ele tomou um trem para Chicago. Ao chegar a Chicago, Moody passou a freqüentar regulamente a igreja. Em 1857 um despertamento espiritual varreu a cidade e Moody passou a se dedicar à oração, ao seu crescimento espiritual e ao evangelismo.

Daí em diante, em Moody acaba por escolher outros caminhos em sua vida que mudariam a direção. Um dia, fez uma visita na Escola Dominical de uma pequena igreja e pediu permissão para ensinar a uma das classes. O dirigente lhe respondeu: “Há dezesseis professores e somente doze alunos, mas o senhor poderá ensinar a todos os alunos que conseguir trazer à escola”. No domingo seguinte, Moody levou consigo dezoito meninos de rua, sem chapéu, descalços e de roupas sujas, para ensinar. E continuou a levar cada vez mais. Antes que terminasse o ano, seiscentos alunos em média assistiam à Escola Dominical, depois a assistência subiu para mil alunos e às vezes chegava a 1.500.

Moody sentia-se dividido entre dois mundos: o dos negócios e o religioso e sabia que logo teria que tomar uma decisão entre eles. Finalmente, após seis meses de dúvidas e grande agonia, decidiu que se entregaria completamente ao serviço do Senhor. Ele não possuía nenhuma das credencias esperadas de um líder espiritual, não possuía educação formal para exercer o ministério, além de que, quando se dedicou a obra do Senhor, mal sabia ler e escrever.

D.L. Moody, certa vez, ouviu casualmente alguém dizer: "Nossa época ainda está para ver o que Deus pode fazer usando um homem cuja vida seja inteiramente comprometida com Ele". Moody disse: "Eu serei esse homem". E por meio da vida de Moody, multidões se converteram a Cristo.

Como jovem, foi escolhendo este caminho, que Moody tornou-se conhecido nos Estados Unidos. Ficou conhecido como um dos maiores pregadores do mundo. E acabou tornando-se, depois dos apóstolos, o mais lembrado pelos cristãos de todos os tempos. Conta-se que pelo menos 500.000 pessoas foram diretamente influenciadas pelas pregações de Dwight Lyman Moody.

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Jonathan Edwards

Jonathan Edwards nasceu em uma boa família, seu pai e seu avó eram pastores e desde a mais tenra idade, conviveu e foi influenciado por pastores de renome, da primeira geração do movimento dos “Puritanos”.6

Pegou seu diploma de Bacharel aos dezessete anos e aos dezenove de Mestre em Teologia. Ainda muito jovem, com cerca de 20 anos, faz o que ficou conhecida como Resoluções de Jonathan Edwards, onde destacamos:

“RESOLVI que farei tudo aquilo que seja para a maior glória de Deus e para o meu próprio bem, proveito e agrado, durante toda a minha vida.RESOLVI que farei tudo o que sentir ser o meu dever e que traga benefícios para a humanidade em geral, não importando quantas ou quão grandes sejam as dificuldades que venha a enfrentar.RESOLVI jamais desperdiçar um só momento do meu tempo; pelo contrário, sempre buscarei formas de torná-lo o mais proveitoso possível.RESOLVI estudar as Escrituras tão firme, constante e freqüentemente, que possa perceber com clareza que estou crescendo continuamente no conhecimento da Palavra.”.

Aos 23 anos é convidado para ser pastor auxiliar da igreja do seu avó. Aos 26 anos assume o pastorado da igreja, uma das maiores dos EUA, com cerca de 600 membros. Foi ali que começou a ministrar sobre a importância da profundidade da vida espiritual. Através das suas mensagens o Espírito Santo leva o povo a experimentar um dos maiores e mais duradouros avivamentos dos EUA, o qual ficou conhecido como o “Grande Despertamento”.

Além de pastor, Jonathan Edwards era filósofo e escritor. Teve onze filhos, e um estudo universitário realizado em 1900 descreve dois homens que viviam no Nordeste dos Estados Unidos, ao mesmo tempo, durante os anos de 1700. Um era chamado Max Jukes; o outro era Jonathan Edwards. Jukes não era um cristão e educou seus filhos sem uma base cristã. O registro dos descendentes de Jukes não é preciso; no entanto, nós conhecemos muitos que passaram grande tempo na prisão; algumas das mulheres foram prostitutas; outros foram alcoólatras; alguns foram ladrões ou assassinos; muitos eram miseravelmente pobres.

Por outro lado, Jonathan Edwards amava o Senhor e ensinou a seus 12 filhos os princípios da Palavra de Deus. Edwards teve cerca de 929 descendentes. 62 foram médicos. 75 foram oficiais do exército ou da marinha. Houve mais de 100 advogados, com 30 que se tornaram juízes federais. Mais de 100 foram pregadores do evangelho ou professores de seminários; outros 86 foram professores de faculdades. 3 foram eleitos como governadores, 13 se tornaram membros do Congresso dos Estados Unidos; um foi vice-presidente dos Estados Unidos da América (Aaron Burr).7

6 “Puritanos” foi um termo usado durante o reinado da Rainha Elizabeth, para ridicularizar os cristãos ingleses que desejavam reformar a igreja da Inglaterra aos padrões bíblicos. 7

? Extraído do texto da Internet “A história de dois pais” - http://br.geocities.com/bereanas/HistoriaDeDoisPais-GWebb.htm

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Até hoje, os escritos e a vida de Jonathan Edwards continuam impactando a vida de muitas pessoas. Eu poderia citar vários nomes como Charles Finey, Hudson Taylor e o que Dizer dos Moravianos?

Moravianos

Em toda a história da igreja Deus sempre teve suas testemunhas, mas uma vez podemos perceber que nosso Deus preservou homens e mulheres que mantinham a fé viva em Cristo Jesus. Assim foi com o movimento dos irmãos Morávios. Os moravianos eram dedicados ao Senhor, mais de 2150 membros de sua igreja foram enviados como missionários, a ação missionária utilizou pessoas simples e comuns de coveiro a lavrador, de sapateiro a oleiro e até como escravo vendido. Marcaram um recomeço de um mutirão missionário a todas as nações. Certa fez foi feita a seguinte pergunta a um moraviano: “O que significa ser um moraviano?” ele respondeu “Ser um moraviano e promover a causa global de Cristo são a mesma coisa.”.

“Existia uma ilha onde o dono mantinha 3000 escravos para cuidar de sua plantação, o dono da ilha afirmava que ninguém iria para sua ilha para evangelizar seus escravos. Dois jovens moravianos foram tocados por DEUS para serem vendidos como escravo com propósito de evangelizar aqueles 3000 escravos, com o objetivo dar a aqueles escravos o maior presente que o ser humano pode receber que é o SENHOR JESUS. No dia da partida para ilha, as famílias estavam reunidas no porto para se despedirem dos jovens. Houve orações choros e abraços, amigos e familiares puderam dar o ultimo adeus para seus irmãos. E algumas pessoas falaram: porque vocês estão fazendo isso? Vocês nunca mais irão ver seus familiares e amigos, e vão ser escravos para o resto de suas vidas! Mas quando o barco estava se afastando do porto os dois jovens levantaram suas mãos e declararam em voz alta: ‘para Que o cordeiro que foi imolado receba a recompensa por seu sacrifício através das nossas vidas.”.

E nós, jovens? O que temos oferecido e o que ainda queremos oferecer ao Senhor Jesus como recompensa pelo Seu sacrifício? Que possamos dizer essa mesma frase e doar as nossas vidas para que Deus seja glorificado em nossa geração.

“Que o cordeiro que foi imolado receba a recompensa por seu sacrifício através de mim”.

Como precisamos dessa Visão e dessa Paixão. Precisamos da motivação correta para viver e cumprir a grande comissão de nosso Senhor Jesus Cristo. Ao refletirmos na história desses homens de Deus, talvez sejamos confrontados com algumas perguntas “Por que eu não estava lá fazendo parte daquele movimento tão Ungido e dedicado a Deus?”. A resposta está no titulo de um livro da missionária Daphne Kirk “Nascidos para um tempo como este”: Eles tiveram seu momento na história, AGORA NÓS ESTAMOS TENDO O NOSSO!

Jovens Impactando Gerações – Visão Evangelística Por: Prs. Marcos Inácio e Luciene

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“E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide, ensinai {ou fazei discípulos} todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as {coisas} que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém! “ (Mateus 28:18-20).

Quero começar com uma pergunta que parece ter uma resposta óbvia:

“O mundo precisa de DEUS??”

Mas sem respondê-la pra valer, a fundo, você nunca estará verdadeiramente sensibilizado para o evangelismo pessoal.

O Brasil é um país super religioso, onde vale tudo, menos negar sua natureza de pecado. As pessoas até acreditam em DEUS, mas vivem como se Ele não existisse. A fé é baseada apenas em função de necessidades próprias e não pelo interesse da vontade de DEUS. A grande maioria é manipulada pela mídia e pelas novelas que formam uma opinião distorcida do Cristianismo e dos cristãos, assim como o péssimo testemunho de muitos crentes tem dado valor pra muita gente querer o “Evangelho” à distância. Afinal, como Paulo diz, em 2ª Coríntios 3:2 “Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens”. Se ser crente é ser assim....

Isso aumenta a nossa responsabilidade de dar testemunho e fazer diferença. Só ganharemos o direito de sermos ouvidos se tivermos uma vida coerente, com um bom testemunho, amizade, envolvimento e também autenticidade. As pessoas precisam saber que nós temos algo a dizer que vale a pena ser ouvido, e isso, é credibilidade.

Vamos a uma segunda pergunta: ”Você sabe do que está falando??”

O texto que lemos nos diz sobre fazermos discípulos. Só poderemos levar alguém a JESUS se realmente já tivermos um relacionamento com Ele. Não levamos ninguém a um lugar onde não fomos antes. Evangelizar é uma conseqüência da nossa comunhão com DEUS e dos seus frutos. Falar espontaneamente de CRISTO não tem sido tarefa fácil para os cristãos, pelo contrário poucos são aqueles que obedecem a esse mandamento. Sabe o que pode tornar essa “tarefa” mais natural? Veja só:

Experimentar pessoalmente a graça de DEUS; Ter certeza de sua própria salvação; Desenvolver a salvação através de práticas devocionais (leitura bíblica,

meditação, oração, etc...) Ter comunhão regular com os irmãos da fé, ou seja, congregar; Ter amor a DEUS e desejar viver para a sua glória;

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Ter amor pelo outros; Ter uma vida equilibrada com um testemunho cristão autêntico; Ter pessoas-alvo; Adotar o evangelismo como um estilo de vida e não como um projeto ou

evento.

Você sabia? Se cada pessoa que ouvisse uma novidade e a contasse a mais duas, dentro de quinze minutos, o mundo inteiro ficaria sabendo dessa novidade em aproximadamente 10 horas. A igreja tem a melhor novidade do mundo!! Já se passaram mais de 17.000.000 de horas, e ....?

Precisamos ser mais diligentes no desenvolvimento da nossa salvação e entender que não podemos esconder uma luz forte debaixo de uma mesa, conforme Mateus 5:15 “nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador e dá luz a todos que estão na casa.” Se a nossa vida for transbordante do ESPÍRITO SANTO de DEUS, não há como ficarmos calados. E isso quer dizer viver a santidade.

Uma vida santa desperta a atenção das pessoas e é impossível que crentes e incrédulos não a percebam, D.L.Moody disse: “Uma vida santa produzirá uma profunda impressão. Os faróis marítimos não apitam, eles apenas brilham”. Uma vida santa é como uma luz envolvente que resplandece sobre aqueles que estão nos oceanos escuros e tempestuosos da vida, quando não há luz, não há um ponto de referência. O farol apagado funde-se com a escuridão e com o nevoeiro, o que o torna inútil e sem impacto. Por isso JESUS disse: “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao PAI de vocês, que está nos céus” (Mateus 5:16), e o apóstolo Paulo ordenou que nos tornássemos “puros e irrepreensíveis, filhos de DEUS inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada”, na qual devemos brilhar “como estrelas no universo” (Filipenses 2:15).

E por que Evangelizar??

Conforme Paulo em 1ª Coríntios 9:15-27, seria:

“15 Mas eu de nenhuma destas {coisas} usei e não escrevi isso para que assim se faça comigo; porque melhor me {fora} morrer do que alguém fazer vã esta minha glória. 16 Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! 17 E, por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada. 18 Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha de graça o evangelho de Cristo, para não abusar do meu poder no evangelho. 19 Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos, para ganhar ainda mais. 20 E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivera debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. 21 Para os que estão sem lei, como se estivera sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. 22 Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios,

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chegar a salvar alguns. 23 E eu faço isso por causa do evangelho, para ser também participante dele. 24 Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. 25 E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles {o fazem} para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, {uma} incorruptível. 26 Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. 27 Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” (1 Coríntios 9:15-27).

A evangelização é tarefa de todos nós e quero dar algumas motivações que devem nos sustentar nessa importante missão:

Obediência ao Ide, a grande comissão de JESUS, conforme Mateus 28:18-20 (que já lemos) e também Marcos 16:15-16.

É a solução de DEUS para o mundo. Ele agiu, nós precisamos anunciar! É vida que se expressa em amor. Romanos 5:8 “Mas Deus prova o seu amor

para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”. É conseqüência do desejo de expandir o Reino de DEUS. É agir como embaixadores do Rei. 2ª Coríntios 5:18-20: “18 E tudo {isso

provém} de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, 19 isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação. 20 De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, {pois,} da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus.”

É uma questão de saúde e vitalidade espiritual! É integrar pessoas no Corpo de CRISTO.

Como Evangelizar??

Existem várias maneiras de Evangelizar e a verdade é que só se aprende praticando! Vejamos alguns recursos que podemos utilizar no evangelismo pessoal:

Testemunho de Vida (Palavras, Ações e Atitudes); Seminários, Cursos (Ex. Veredas Antigas, Crown); Estudo Bíblico Indutivo (Ex. Primeiros Passos com Jesus); Célula e Celebração; Célula Ágape; Aconselhamento (surge informalmente, e conduz ao evangelismo); Livros, Músicas (CDs, vídeos); Relacionamento de Amizade.

Independente dos recursos utilizados, quero falar sobre quatro princípios indispensáveis:

Primeiro Princípio - O Plano da Salvação é o que as pessoas precisam saber. Conheça os versículos que revelam cada verdade, dê a razão para a sua fé:

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Deus ama você e tem um plano maravilhoso para a sua vida

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)

“O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.” ( João 10:10).

O homem é pecador e está separado de DEUS

“Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o {seu} rosto de vós, para que vos não ouça.” (Isaías 59:2).

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23).

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 6:23).

JESUS é a única solução para o homem –

“Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8).

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6).

“Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1 João 1:7).

Precisamos receber a CRISTO como Senhor e Salvador

“Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (João 1:12)

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; {é} dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2:8-9).

“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.” (Apocalipse 3:20).

“Todo o que nega o Filho também não tem o Pai; quem confessa publicamente o Filho tem também o Pai.” (1João 2:23).

Segundo Princípio - Os recursos utilizados dependerão das oportunidades. Crie oportunidades, mas o melhor método para você será sempre ter a sua vida totalmente submissa a JESUS, expressando o amor do SENHOR.

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Terceiro Princípio - Nós temos muitas oportunidades de desenvolver amizades e o nosso envolvimento é fundamental, desde que a nossa vida esteja baseada na Palavra de DEUS, nos tornando aptos a influenciar e não a sermos influenciados.

Quarto Princípio - A evangelização faz parte de um propósito maior, o de fazer discípulos, desta forma, tem como objetivo levar a pessoa a uma decisão que dê início a uma vida inteiramente nova. É necessário mostrar que não tem como ficar em cima do muro, é preciso decidir-se, posicionar-se. O batismo e os outros passos no desenvolvimento da salvação devem seguir à decisão por Jesus. No entanto, não tenha pressa, através de uma amizade genuína, conduza a pessoa a Jesus.

Nunca despreze alguém que rejeitar o Evangelho. Se você mostrar um amor incondicional dará a maior prova pra essa pessoa de que realmente existe um DEUS amoroso e interessado em sua vida. Continue orando, a decisão negativa pode não ser definitiva.

Estabeleça, através de oração e sob a direção do ESPIRITO SANTO, alguém do seu convívio como um “alvo” a ser evangelizado e assuma o seguinte compromisso diante de DEUS:

Orar diariamente pela salvação dessa pessoa; Viver de modo coerente com a Bíblia, sendo em todo o tempo um amigo

autêntico dessa pessoa; Falar de CRISTO à pessoa quando tiver oportunidade; Levar essa pessoa a alguma célula, celebração, acampamento, etc.., onde

ela poderá ouvir o Evangelho (...A fé vem pelo ouvir... e ouvir a Palavra de DEUS...);

Estar à disposição dessa pessoa na hora da sua decisão ao lado de CRISTO, bem como no seu crescimento inicial até ela firmar-se no Corpo de CRISTO.

OBS: não há férias para testemunhas de CRISTO; o ciclo é contínuo.

Quero falar um pouco mais sobre um recurso que eu particularmente aprecio muito: Estar disponível para ouvir e compartilhar, criando oportunidades para falar dos princípios bíblicos.

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6).

Um dos nomes de JESUS citado neste texto é “Conselheiro”. Sem dúvida, ele é o melhor exemplo que possuímos de um Maravilhoso Conselheiro!! Quando se relacionava com as pessoas, Ele jamais perdia a chance de ir a fundo em suas questões mais básicas, tendo sempre um recado específico para cada um.

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Pra começar nunca fale como se estivesse isento de problemas. Seja humilde e jamais arrogante, como Paulo nos adverte em 1ª Coríntios 10:12 “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia.”

A maturidade cristã é importante, muito mais do que a “experiência na vida”. É claro que quando vivenciamos um determinado problema, em geral temos mais “moral” para lidar com quem está passando o mesmo. Porém a inexperiência não deve nos deixar inseguros, como Paulo disse a Timóteo no capitulo 4, versículo 12 “Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza.” Ser exemplo!! E o importante é:

Dedicação a CRISTO: Ser um verdadeiro discípulo de JESUS para ter autoridade de apresentá-lo como modelo de vida. Ser alguém que o busca em oração, com sinceridade, e procura obedecer os seus mandamentos na dependência do ESPÍRITO.

Conhecer a Bíblia: Nos jornais e revistas seculares há “conselhos” que refletem muito bem os valores da nossa sociedade (individualismo, hedonismo, materialismo, narcisismo, etc...). Como cristãos, precisamos influenciar nossa sociedade com valores do reino, e isso só acontecerá se conhecermos a Palavra e o caráter de CRISTO.

Sinceridade: simplesmente querer ajudar ao próximo, sem outros interesses.

Objetividade: controlar sua própria emoção e tentar perceber com certa neutralidade o problema. Também significa não se perder em muitos rodeios. “Onde a Bíblia fala, nós falamos, onde ela cala, nós calamos”

Tolerância: ser flexível para compreender o sistema de valores do aconselhamento e não ter uma postura de juiz, o que intimida as pessoas e trava o processo. Ter paciência.

Empatia: significa colocar-se no lugar da pessoa para compreendê-la melhor, sem com isso mergulhar no dilema junto com ela.

Equilíbrio emocional: ter maturidade, aconselhar sem buscar satisfazer uma necessidade pessoal e egoísta.

Reconhecer seus limites: saber o momento de passar a bola. Se o assunto não é do seu domínio ou “mexe” com você, é preciso ter humildade para buscar ajuda de outra pessoa. Esteja sempre coberto por seus pais, seu líder ou seu pastor. (Efésios 4:27: “Não deis lugar ao diabo.”)

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Fuja das Falsas Motivações!

A curiosidade: que se expressa pela necessidade de obter informações que de nada ajudam o aconselhamento.

A carência afetiva: que revela uma necessidade de manter relacionamento e procurar as pessoas para conversar.

A necessidade de poder: de ter domínio sobre os outros, conhecer suas fraquezas, de endireitá-los.

A necessidade de socorrer: no sentido de que “você não é capaz, deixe isso comigo”.

Para finalizar quero usar um texto bíblico como exemplo de alguns princípios que precisamos alimentar em nós para evangelizar.

“26 E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. 27 E levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adoração, 28 regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías. 29 E disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. 30 E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse: Entendes tu o que lês? 31 E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse. 32 E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca. 33 Na sua humilhação, foi tirado {ou tirada a sua sentença} o seu julgamento; e quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra. 34 E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum outro? 35 Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus. 36 E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? 37 E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. 38 E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou. 39 E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho. 40 E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho {em} todas as cidades, até que chegou a Cesaréia.” (Atos 8:26-40).

Como começa esse texto??

“O anjo do SENHOR...” beleza, e ai o que acontece no versículo 27?? “...Levantou-se e foi...” o que seria isso? Disposição, prontidão, obediência, intimidade.... Como Isaías quando tem a visão da glória de DEUS no capitulo 6 e assim que ouve no versículo 8“... A quem enviarei, e quem há de ir {por} nós?” prontamente responde “eis-me {aqui,} envia-me a mim.” Precisamos disso na nossa vida: prontidão em obedecer.

Depois disso Filipe se contextualiza e usa a sua criatividade. Ele vê quem era aquele homem, ouve o que ele estava lendo (Livro de Isaías). Precisamos ouvir as pessoas primeiro, isso é criativo. No versículo 30 diz que correndo ao lado do

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carro pergunta: “Entendes o que lês?” Filipe cria uma oportunidade. JESUS também era extremamente criativo em sua pregações, falando por parábolas, contextualizando as pessoas na realidade delas (agricultores, criadores de ovelhas, mestres da lei...). DEUS nos dotou de criatividade, precisamos deixar que Ele use isso através de nós.

Versículo 35 “...começando nesta escritura...” Filipe demonstra conhecimento da palavra de DEUS e direciona para Evangelizar, falar sobre a redenção que vem através de JESUS CRISTO. Quantas vezes alguém nos pergunta sobre algum versículo e nós nem conhecemos? Precisamos ler a bíblia, ter intimidade com DEUS pra sermos direcionado por ele. Também precisamos de sabedoria pra quando formos abordados, mesmo em uma conversa banal de fila de banco ou hospital, canalizarmos essa oportunidade para pregar o evangelho.

Filipe também é autêntico e reconhece o arrependimento daquele homem. Assim que ele pede para ser batizado, Filipe conclui o processo de salvação. Fazer discípulos, essa é a nossa meta. Não adianta apenas pregarmos o evangelho (isso já é muita coisa), precisamos concluir o processo levando as pessoas ao reconhecimento e declaração do senhorio de JESUS CRISTO em suas vidas. Levá-las à decisão de estabelecer uma aliança com o nosso SENHOR, através do batismo. Isso envolve tempo, batalha, oração, disposição, investimento e testemunho pessoal.

Por último, o versículo 40: “E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho {em} todas as cidades, até que chegou a Cesaréia.” Evangelizar para Filipe era um estilo de vida. Aahhhhh como eu preciso disso! Aonde quer que eu esteja anunciar o evangelho. Precisamos ser verdadeiros faróis brilhando, sendo referência, sendo exemplo, despertando nas pessoas o desejo de ter o que temos (JESUS), de ser como somos, para, como Paulo disse, sermos aprovado por DEUS. É isso que você quer?

Que DEUS nos abençoe

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A Natureza da Oração CristãPor: Pr. Iran Bernardes da Costa

Uma vez o Sr. D. L. Moody estava ministrando a uma grande reunião de crianças em Edinburgo. Para obter a atenção da criançada, Moody iniciou fazendo uma pergunta, “O que é oração?” Aguardou por alguns segundos para ver se alguém se arriscaria, contudo estava já pronto para ele mesmo responder.

Para sua surpresa muitas mãozinhas levantadas, batendo palmas numa forma de dizer que queria dar a resposta. Então pediu a um dos voluntários que falasse e, de pronto uma criança replicou clara e muito corretamente. “Oração é uma oferta que fazemos a Deus contendo nossos desejos por coisas da concordância da vontade dele, em nome de Cristo, com confissão dos nossos pecados e com agradecimento e reconhecimento por sua misericórdia”.

Moody simplesmente comentou maravilhado, “agradeça a Deus, meu jovem, por teres nascido na Escócia”.

Esta boa definição de oração contém alguns elementos essenciais para se achegar à presença de Deus.

Oferta a Deus

Em primeiro lugar, a oração é uma oferta da criatura ao Criador; uma oferenda do pecador ao Santo; do humano ao Divino; da terra ao céu. Assim, a oração é um ato de doação; de vulnerabilização; de entrega; de grandeza de alma. Isto nos lembra a mulher que praticou boa ação para com Jesus, ungindo-o com o ungüento de nardo puro, feito com ervas, então, só encontradas na Índia. O apóstolo aos Hebreus assim descreve essa maneira de cultuar a Deus, “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hebreus 13:15).

A Vontade de Deus

O segundo elemento da oração são os nossos desejos harmonizados com a vontade de Deus. O apóstolo João lecionou sobre isto desta maneira: “E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito” (2 João 5:14,15).

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Em Nome de Jesus

E o terceiro elemento essencial da oração é que ela seja em nome de Jesus. Sobre isto foi o próprio Senhor Jesus quem ensinou. Em João 14:13-15, ele declara: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. Se me amais, guardareis os meus mandamentos.” E, ainda neste mesmo evangelho Jesus afirmou: “Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome. Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa” (João 16:23,24).

Jesus ministrou estas palavras em sua despedida dos seus discípulos. Sua partida estava próxima. Jesus repetiu estas expressões muitas vezes, indicando que eram promessas ilimitadas.

De acordo com a interpretação de Andrew Murray, o Gigante da Oração, as palavras “tudo quanto pedirdes em meu nome...” , “se me pedirdes alguma coisa em meu nome” tem o mesmo sentido de um “cheque assinado em branco”. De início, isto nos parece um absurdo. Como, poderia ele nos confiar um cheque assinado, em branco? É que ele confia em nós mais do que nós mesmos confiamos. Um resquício de cultura corrupta ainda permanece em nós. Eu, com um cheque assinado, em branco, vou fazer uma festa! Quando Jesus disse, “tudo quanto pedirdes em meu nome”, ele estava visualizando uma relação de tal comunhão entre ele e nós, que não restaria em nós nenhuma dúvida acerca do que ele pretendia que fizéssemos com aquele cheque. É uma relação de total confiança. Isto não acontece da noite para o dia. É um processo de crescimento na comunhão através da oração. Só depois de muitos anos; dia após dia, no recinto secreto é que nós ganhamos tal nível de comunhão. Neste estágio, o discípulo de Jesus tem a consciência dos interesses dele e age de acordo com seus interesses. O cheque não é para pagar minhas contas, mas para fazer face às demandas dele; não é para meus interesses, mas para os dele; não é para minhas banalidades, mas para as prioridades dele.

O poder da oração reside no mais correto uso do nome de Jesus.

Confissão de Pecado

Outro ponto indispensável em nossa oração é a confissão dos nossos pecados. Penitência é a palavra que melhor descreve esse estado de espírito. Penitência é uma condição do espírito humano em quebrantamento, vergonha por suas atitudes, palavras e ações em desconformidade com o caráter de Deus. É aquela tristeza produzida pelo Espírito Santo nos conduzindo de volta para o padrão

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moral de Deus. O espírito penitente, ou arrependido leva o cristão a reconhecer seu pecado e a buscar o perdão de Deus.

Um texto bíblico que muito nos ajuda é o Salmo 51, onde Davi registra sua queixa e lamentação diante de Deus pelo seu pecado. Jesus ensinou isto no episódio dos dois homens que foram ao templo para orar.

“Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de sis para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (Lucas 18:10-14).

Disse o garoto de Moody, “oração é algo que oferecemos a Deus”. Na verdade, o fariseu não ofereceu a Deus oração alguma. Ele orava para si mesmo. Certo homem num auditório fez uma observação um pouco cínica ao ouvir uma oração: “Nunca vi um pregador fazer tão eloqüente oração à sua platéia”. O fariseu realmente não foi ao templo para oferecer a Deus verdadeira oração; ele foi para informar Deus quão bom ele era.

O coletor de impostos ofereceu a Deus uma penitência sincera, “Sê propício a mim, pecador”. A melhor tradução deste texto diria, “a mim, o pecador”. Ou seja, o pecador por excelência. Diante daquele quadro Jesus concluiu: “É isto que quebra o coração da gente, uma oração que demonstra a pura autonegação; é a oração que ganha o coração do Pai”. Esta parábola nos ensina algumas coisas muito importantes sobre a oração.

Primeiro, ela nos ensina que a pessoa orgulhosa não é apta a orar. Ela não é capaz de orar. Ela não consegue entrar no recinto secreto, na presença de Deus. “A porta dos céus é tão baixa que ninguém pode entrar lá senão sobre os joelhos”. Nossa estatura nos impede de entrarmos no recinto secreto.

Uma outra coisa que Jesus nos ensina nesta parábola é que ninguém que despreza seu semelhante é capaz de orar a verdadeira oração. Na oração nós não podemos sobrepor aos nossos irmãos. Temos que sempre lembrar que todos somos participantes de um exército de sofredores, pecadores, às vezes cheios de sentimentos negativos, às vezes, impuros, e muito mais, todos necessitando dobrar os joelhos diante do trono da misericórdia de Deus.

E ainda, esta parábola nos ensina que a verdadeira oração ocorre quando nós emparelhamos nossa vida ao lado da vida de Deus. Não há dúvida de que o fariseu realmente fazia tudo aquilo - jejuava, dava o dízimo, não era como ou outro homem que era cobrador de impostos. Mas a questão não é se sou tão, ou

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melhor, do o outro; mas se sou aceitável diante de Deus. Nosso parâmetro não é o padrão que vemos nas outras pessoas, mas o padrão moral de Deus.

Quando Isaías viu o Senhor assentado no seu alto e sublime trono, então ele chegou a uma necessária conclusão, e exclamou: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de abios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Isto é penitência! É quebrantamento! É auto-aviltação! É humilhar-se perante o Senhor. Precisamos de um referencial não relativo ao caráter dos homens, mas relativo à santidade de Deus. Quando emparelhamos nossa vida com a santidade de Deus ou com a vida de Jesus, só nos resta uma única alternativa: clamar do profundo do nosso ser, “Sê propício a mim, o pecador!”

Uma vez Jesus realizou um milagre, intitulado a pesca maravilhosa. O apóstolo Pedro ficou extasiado com o poder e a glória de Deus presentes na vida de Jesus, ao encher de peixes aqueles dois barcos, a ponto de quase irem a pique. O texto diz, “Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador” (Lucas 5:1-11).

Gratidão

Gratidão Por Sua Misericórdia. Sim, este é o último ponto essencial da nossa oração, segundo a conceituação do menino, citado no início. Ações de graça e reconhecimento a Deus por sua misericórdia.

Um exemplo comovente temos em 2 Samuel 22, onde Davi apresenta a Deus um cântico em ação de graças, no dia em que o Senhor o livrou das mãos de todos os seus inimigos e das mãos de Saul. Ele disse:

“O Senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte e o meu refúgio” (vv. 1-3).

No livro dos Salmos temos um que é chamado de Hino de ingresso ao templo. É um salmo de ação de graças. Uma parte de diz: “Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome. Porque o Senhor é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade” (Salmo 100:4, 5).

Uma das maiores riquezas que o Senhor nos disponibiliza são os salmos, as antífonas, os hinos e os cânticos que nossos antepassados nos legaram. Através deles podemos adorar nosso Deus. Temos toda uma herança litúrgica, tanto da tradição do Velho Testamento, bem como dos Evangelhos, Atos, Epístolas e Apocalipse. Como exemplo, temos:

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Glória in Excelsis:

“Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lucas 2:14).

O Magnificat:

“Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador, porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada, porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome. A sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem. Agiu com seu braço valorosamente; dispersou os que, no coração, alimentavam pensamentos soberbos. Derribou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos. Amparou a Israel, seu servo, a fim de lembrar-se da misericórdia a favor de Abraão e de sua descendência, para sempre, como prometera aos nossos pais” (Lucas. 1:46-56).

O Benedictus: Este composto por Zacarias ao ensejo do nascimento de seu filho João Batista.

“Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo, e nos suscitou plena e poderosa salvação na casa de Davi, seu servo, como prometera, desde a antiguidade, por boca de seus santos profetas, para nos libertar dos nossos inimigos e das mãos dos que nos odeiam; para usar de misericórdia com os nossos pais e lembrar-se da sua santa aliança e do juramento que fez a Abraão, o nosso pai, de conceder-nos que, livres das mãos de inimigos, o adorássemos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os nossos dias. Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor, preparando-lhe os caminhos, para dar ao seu povo conhecimento da salvação, no redimi-lo dos seus pecados, graças à entranhável misericórdia de nosso Deus, pela qual nos visitará o sol nascente das alturas para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, e dirigir os nossos pés pelo caminho da paz” (Lucas 1:68-79).

Temos ainda mais um que também vem da habilidosa pena de Lucas. Simeão, homem justo e piedoso, aguardava a consolação de Israel; e estando na presença de Deus, o Espírito Santo veio sobre ele. Quando viu o menino Jesus, trazido pelos pais, toma nos braços a criança e louva a Deus, dizendo:

“Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu sevo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel” ( Lucas. 2:29-32).

Gratidão a Deus pela sua misericórdia! Reconhecimento a Deus por sua benevolência! Explosão de alegria por suas obras maravilhosas! Aleluia!

Os anjos, na noite escura de Belém, reconheceram a chegada do Messias, o enviado desde os tempos da eternidade; Maria explodiu de contentamento ao saber que seria a mãe do Salvador; Zacarias se comoveu diante de Deus, ao identificar seu filho João Batista, nestes termos, “Tu, menino, serás chamado

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profeta do Altíssimo”; Simeão, ao contemplar o Verbo-feito-carne, exclamou descansado, “despede em paz o teu servo, pois os meus olhos já viram a tua salvação!”

CONCLUSÃO

E, nós o que temos a comemorar? O que cada um de nós tem como motivo para explodir de agradecimento a Deus?

Neuza e Iran e nossa família. Estávamos no fundo de um poço; ministerialmente destruídos; sem fruto, sem honra, sem estima própria, sem identidade e sem destino. Tudo o que podíamos esperar era a morte, e foi o que aconteceu. No clímax da nossa dor e no mais deprimente estado da nossa dignidade, Deus se lembrou de nós.

Por longo tempo já vínhamos de batalhas de oração. Lembramos que naquelas madrugadas, na EQS 305/306, orávamos pedindo que o Senhor nos concedesse duas coisas: uma mensagem vital para o povo e um povo para ouvir aquela mensagem. Os próximos dois anos foram marcados por visões, revelações e profecias. Uma dessas profecias reza, “Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruído e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós outros. Comereis abundantemente, e vos fartareis, e louvareis o nome do Senhor vosso Deus...”. Esta palavra nos foi dada em abril de 1993. No dia onze de maio de 1994, na SQS 108, Bloco F, Apto. 106, uma semente foi plantada e que nasceu imediatamente.

Deus mudou a nossa sorte; “em lugar do espinheiro, cresceu o cipreste e em lugar da sarça cresceu a murta; e tornou-se isto glória para o Senhor e memorial eterno, que jamais será extinto” (Isaías 55:13).

Deus ouve e responde as orações conforme a sua vontade! Ele nos confiou o seu nome. Nós oramos com confissão de pecados e com gratidão. Durante os séculos passados, sevos de Deus tem orado e, sem saber, oraram por nós. Houve um homem enviado por Deus, cujo nome era João. João Comênio. Vamos ver apenas uma pequena lembrança do fez esse homem.

“No período da Reforma (1500-1600 havia entre 150 a 200 mil membros em quatrocentas igrejas espalhadas por toda a Europa Central. Mas, no levante das guerras no início do século XVII, por volta de 1618, a Boemia e a Moravia (Republica Checa) foram dominadas por um rei católico romano, o qual desencadeou uma terrível perseguição contra os “Irmãos”. Nesse tempo, havia na Boemia um pastor e professor da “Unitas Fratum”, chamado João Comênio. Ele se tornou líder do grupo dos Irmãos na Boemia, e com a perseguição tiveram que fugir do país. Peregrinaram durante sete anos, nos quais João Comênio ia ministrando aos Irmãos. Antes de deixar sua terra amada, Comênio pára e conduz o grupo em oração: ‘Senhor, preserva uma semente oculta’ em seu povo, uma que possa crescer e dar frutos mais tarde”. Comênio nunca mais viu sua terra natal. Por quase cem anos a Igreja dos Irmãos procurava fugir da perseguição, “parece que o mundo não tinha lugar para eles”.

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A Visão da Nação Santa

Uma noite o Senhor me deu uma visão. Eu via pessoas, muitas pessoas, vindo de todas as direções, do norte, do sul, do leste, do oeste, do noroeste e do sudeste, formando uma grande multidão.

O semblante de todas as pessoas era alegre e de uma forma especial, expressava muito compromisso, assim como uma satisfação imensa. Não sei dizer como eu tive essa impressão, mas era o que sentia ao olhá-las. Elas conversavam entre si, sorriam, mostravam suas famílias, erguiam as mãos e, embora não estivessem cantando, pareciam estar louvando.

Lembro-me da sensação de gozo em minha alma. Sentia que Deus estava se alegrando com aquela multidão.

Depois, algo me disse que aquela era uma nação que estava se formando. Aquele não era simplesmente um belo grupo, mas havia um grande senso de direção, um movimento organizado e dirigido pelo Espírito Santo. Também me lembro da sensação de uma responsabilidade pessoal por esse grupo.

Percebi mais tarde que esse grupo não estava isolado, mas todo aquele povo estava no meio de uma cidade. Às vezes via o grupo andando como em uma passeata, às vezes reunido em uma praça. Sempre estavam chegando mais pessoas que se ajuntavam ao grupo.

As pessoas não falavam, simplesmente, sobre o evangelho, mas, além disso, havia uma expressão notória de seus princípios de vida. Era como se o seu próprio jeito de viver impactasse a cidade com os princípios divinos. Muitas usavam faixas em suas testas dizendo: “Santidade ao Senhor” e, ainda, haviam muitos estandartes com declarações iguais e esta. Outros declaravam “Fidelidade”, “Pureza”, “Não ao Divórcio”, “Não ao sexo antes do Casamento”. Lembro também de um estandarte branco cintilante, com bordas douradas, onde estava escrito: “Leão de Judá”.

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Creio ser esta a Nação que Deus já começou a formar entre nós. Fazemos parte da grande nação de Deus na face da Terra, formada por gerações que já se foram, gerações do presente e outras que possivelmente virão. Não somos os únicos, mas unicamente discípulos. Creio também que Deus nos responsabilizou, uns pelos outros nesse pequeno grupo do MGM, como uma parte desta grande Nação, e podemos impactar as gerações no poder do nome de Jesus, através do nosso testemunho, do conhecimento de Deus através de sua Palavra, do poder da oração e da pregação do Evangelho.

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (1 Pedro 2:9)

“Pois agora vou fazer uma coisa nova, que logo vai acontecer, e, de repente, vocês a verão. Prepararei um caminho no deserto e farei com que estrada passem em terras secas.” (Isaías 43:19).

Impactando GeraçõesPreparai o Caminho do SenhorJovens MGM.

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Bibliografia

Impactando as GeraçõesBíblia de Estudo Almeida (João Ferreira de Almeida)Bíblia de Estudo NTLH (Soc. Bíblica do Brasil) Gigantes da Fé (Franklin Ferreira)Nascidos para um Tempo como Este (Daphne Kirk)Reconectando as Gerações (Daphne Kirk)Palavra “Houve um Homem (Iran Bernardes) Apostila “Lugar Secreto e Presença de Deus, Uma Antecipação da Eternidade (Min. Grão de Mostarda)Site “noveplanetas.astronomia.web.st”.

Oração, nossa aliada para impactar as geraçõesConspiração Divina, Dallas Willard, Ed. Mundo Cristão

Jovens impactando as gerações – Visão EvangelísticaManual de Estudantes em Ação – Mocidade para Cristo do BrasilLiderança Espiritual segundo Moody – Steve Miller

Jovem, Você é forteLiderança Espiritual segundo Moody, Steve Miler, Ed Vida. Os 100 Acontecimentos mais importantes da História do Cristianismo, A. Keneth Kurtis Ed. VidaApostila do XIIII Encontro Nacional do Ministério Grão de Mostarda

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