empresa privada

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1 1 Empresa Privada 1. Privada 2. Empresa 3. Empreendimento 4. Curva do Sino 5. Social e A-social 6. Empresa Coletiva 7. Pró-Comunidade 8. Deus Castiga 9. Castigos Sociais 10. Vigilância Vitória, quarta-feira, 30 de setembro de 2009. José Augusto Gava.

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o nome já diz muito, mas nós toleramos essa coisa sem limties durante tempo demais

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Empresa Privada

1. Privada 2. Empresa

3. Empreendimento 4. Curva do Sino

5. Social e A-social 6. Empresa Coletiva 7. Pró-Comunidade

8. Deus Castiga 9. Castigos Sociais

10. Vigilância

Vitória, quarta-feira, 30 de setembro de 2009. José Augusto Gava.

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Capítulo 1 Privada

O nome já diz tudo: privada. OS SIGNIFICADOS DE PRIVADA E EMPRESA PRIVADA

HOUAISS 1.0 substantivo feminino 1 vaso sanitário 2 Derivação: por extensão de sentido. Pequeno compartimento com porta onde fica o vaso sanitário; banheiro. Sinônimos: latrina, serviço, trono, vaso; ver

tb. sinonímia de latrina VISUALMENTE

WEB Empresa privada

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Empresa privada é aquela que não é de propriedade do Estado, ou seja, seu proprietário possui todos os direitos sobre

ela. Se as empresas privadas progridem mais ou menos que as

estatais é uma questão que já foi central no período da guerra fria.

Apesar de ser dono de uma empresa privada, a pessoa jurídica criadora da empresa ainda deve impostos ao Estado.

Nota - O conceito de 'empresa pública' em português não corresponde a public company, em inglês, que se refere a uma

empresa cujo capital é aberto, isto é, suas ações são negociadas em bolsa de valores e a propriedade está dispersa

entre inúmeros acionistas. Já 'empresa privada' (privately held company), em inglês, refere-

se tanto a empresas não estatais como àquelas cujo número de acionistas é

relativamente pequeno, e cujas ações não são negociadas publicamente.

Iniciativa privada Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Empresas constituidas de sócios sem participação do Governo (em qualquer esfera), pode ser de capital aberto ou

fechado, tendo como socios tanto pessoas físicas como pessoas juridicas. São as maiores responsáveis por

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investimentos no setor industrial brasileiro. Tem esse significado de vaso sanitário EMPRESA

substantivo feminino 1 obra ou desígnio levada a efeito por uma ou mais pessoas; trabalho,

tarefa para a realização de um objetivo; empreendimento Ex.: as navegações portuguesas constituem e. notáveis

2 organização econômica, civil ou comercial, constituída para explorar um ramo de negócio e oferecer ao mercado bens e/ou serviços

Exs.: e. de telecomunicações e. industrial

3 Derivação: por extensão de sentido. empresa como entidade jurídica; firma Ex.: a e. não pagou os impostos

PELA DIMENSÃO TRÂNSITO PESSOAL

empresa individual (1) empresa familiar (4 ou mais)

empresa grupal

empresa TRÂNSITO

AMBIENTAL empresa urbano-municipal

empresa estadual empresa nacional

empresa mundial (não há nenhuma, ainda, porque a globalização não se deu)

Naturalmente, para não confundi,r as do “transito ambiental” serão chamadas de empresas ambientais, ou devem receber qualquer outro nome.

Como você pode perceber por essa introdução, não tenho grande apreço pela empresa privada, pelo contrário, embora elas tenham feito coisas maravilhosas enquanto organizações (embora eu não tenha inveja, aplaudo quando vejo uma grande planta produtivorganizativa).

Sou anarco-comunista, mas como comunismo é superafirmação do comum, portanto doença psicológica, não seria apropriado dizer-me tal (e muito menos anarquista), sendo mais adequado dizer-me ANARCOMUM.

ANARCOMUM (dois pólos polares oposto-complementares do fim do caminho unidos como um só pelo centro) por suas figuras mais evidentes (não sou dependente deles, o lutador-guerreiro ANARCOMUM não pode ser parecido com nenhum dos dois isoladamente).

comum ANARCOMUM anárquico

(não existe nenhum)

MARX BAKUNIN

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O ANARCOMUM não pode padecer de nenhuma doença esquerdizante ou direitizante; ele deve estar centrado, sem superafirmação da esquerda ou da direita.

Pois bem, devo declarar-me ANARCOMUM. Não prego o fim do Estado do mesmo jeito que Bakunin nem a

comunidade de mesmo tipo propugnada por Marx. Assim como muitos desvios foram postos sob Cristo, também

vários erros foram cometidos sob Marx e Bakunin; seriam cometidos sob qualquer um, pois é a curva do sino que é atraída por qualquer teoria – vem gente boa e gente ruim, e afinal de contas há um ciclo de dominância (ora a gente boa domina, ora a gente ruim). É preciso pensar na utilidade da mensagem.

PARA MIM, É ÚTIL ISTO DE MARX, A COMUNIDADE

(estar próximo, sem enganar e sem ser enganado, é muito importante para

mim)

DE BAKUNIN, O FIM DO ESTADO (com a responsabilidade superior que isso significa em termos de

auto-crescimento)

COMUNIDADES CENTRADAS, VOLTADAS

PARA DENTRO FIM DA TRUCULÊNCIA ESTATAL,

FIM DO ESTADO GASTADOR

No conjunto estado voltado para a interioridade, para o amor, a

compreensão – sem falsas maioridades do ego, sem excessos egoístas da gente-umbigo que tanto compromete a ordem do mundo, e sem gastos extra-ordinários dos governos (que, no final das contas, são amontoados de estômagos fominhas).

Estou com 55 anos e esperei esse tempo todo para declarar meus sentidos de vida, que são estes dois:

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1. pelo lado da comunidade (COMUM): máximo de participação de todas as gentes (negros, brancos, amarelos e vermelhos; velhos e moços; adultos e crianças; mulheres e homens; todas as classes do ter A, B, C, D, E plenamente atendidas; todos buscando a igualdade democrática de norte e sul para além das palavras; representação no Congresso de fungos, plantas, animais e primatas; tratamento do lixamigo próximo de casa; tratamento TOTAL dos esgotos e várias outras propostas desenvolvidas);

2. pelo lado do Estado (ANARCO): pedagogia estatal (a respeito do funcionamento do Estado mínimo, o mais enxuto possível), vigilância estrita das contas; bloquear o tempo todo o crescimento inadvertido dele e muitas outras contestações.

Capítulo2 Empresa

Com certeza as empresas cumprem a curva do sino. SINO-SITE (deveriam criar um sítio para falar da CS, tão importante e significativa ela é)

empresas ricas

A

empresas médio-altas

B

empresas médias

C

empresas pobres

D

empresas miseráveis

E

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Naturalmente as empresas miseráveis são chamadas de micro-empresas e todo gênero de facilidades foi proporcionado a elas; por um lado isso é bom, porque ampara os fracos – por outro lado lhes tira valor de sobrevivência na luta por aptidão.

Sou contra as empresas, no puro sentido delas serem conhecidos vetores concentradores de rendas.

Capítulo 3 Empreendimento

O EMPREENDIMENTO DO MODELO PIRÂMIDE (todas as ações humanas são empreendimentos, no sentido de que empreendemos sempre: a geo-história da psicologia é a do empreendimento).

A

MBI

ENTE

S

mundo 8

eles

e n

ós c

onst

ituí

mos

jun

tos

um c

olet

ivo

de p

rodu

ção

nações 7 estados 6 cidades

-municípios 5

PE

SSO

AS

empresas (pré-cidades) 4 grupos (pós-cavernas) 3

famílias (cavernas) 2 indivíduos 1

VI

DA

PRIMATAS 0 ANIMAIS -1 PLANTAS -2 FUNGOS -3

EMPREENDER verbo

transitivo direto 1 decidir realizar (tarefa difícil e trabalhosa); tentar

Ex.: e. uma travessia arriscada transitivo direto

2 pôr em execução; realizar Exs.: e. pesquisas

e. longas viagens O CRÉDITO DO EMPREENDIMENTO HUMANO (tirei os “ismos”, índice de superafirmação ou doença psicológica) – nesta condição são afirmações psicológicas:

empreendimentos das pessoambientes da anarquidade (liberdade dos não-chefiados: a autoconsciência atinge o máximo)

empreendimentos das pessoambientes da comunidade (liberdade das comunidades)

empreendimentos das pessoambientes da socialidade (liberdade das sociedades)

empreendimentos das pessoambientes da capitalidade (liberdade dos capitais)

empreendimentos das pessoambientes da feudalidade (liberdade dos feudos) empreendimentos das pessoambientes da escravidade (liberdade dos

escravocratas) máximo de ampliação das liberdades e das responsabilidades correlatas

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O empreendimento não vai desaparecer quando passarmos do atual capitalismo à socialidade: as empresas continuarão a existir, com a diferença de serem então empresas sociais.

O CAPITALISMO ESTÁ MORRENDO (neste mesmo instante, com o anúncio de 2008, e as pessoas nem perceberam; na teoria dos ciclos do modelo pirâmide há isso do “anúncio”, um momento de inflexão antes de mergulhar verdadeiramente na crise, que devem acontecer 7,5 anos depois, portanto, lá por 2015/16)

E MESMO ASSIM FOI SÓ PARA 2 % (a ONU que anunciou em 2008)

50 % de todos 48 % de todos 2 % de todos ficam com 1 % das

rendas detém 49 % das rendas tomam 50 % das rendas

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20 ‰ 1.020 ‰ 25.000 ‰ 0,02 1,02 25,00

MORRENDO TODO DIA UM POUCO MAIS

RENTE AO CHÃO VOANDO NA ESTRATOSFERA

SUB-GENTE GENTE SUPER-GENTE 1

1.250

Foi isso que Cristo ensinou, foi isso que disseram os iluminados?

Capítulo 4 Curva do Sino

A Curva do Sino existiu, tal como a mostrou Gauss, e extremos

vão aparecer de um jeito ou de outro. Acontece que o Capitalismo geral, especialmente este de depois da queda da URSS (tal como previ) exacerbou, aumentou a concentração mais ainda.

POR QUEM BATE A CURVA DO SINO

cabeça (2 % ficam com 50 %): monetariamente, cabeção de 1.250

o barrigão da realeza vive-vegeta “pau a pau”: 48 % ficam com 49 %

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pés de barro do gigante (50 % ficam envolvidos em mortalha de 1 %)

Se a empresa é privada, também é privada a justiça judiciária capitalista, o governo executivo capitalista (ele executa as pessoas aos poucos), o legislativo capitalista, a polícia capitalista, o fisco capitalista e assim por diante, porque tudo no Capitalismo geral é capitalista. Não tem jeito, é capitalista.

Se o lucro é sacrossanto, se ele fica como um deus-dinheiro no santo dos santos da igreja capitalista ninguém pode tocar nele, exceto os privilegiadíssimos escolhidos.

O LUCRO NO SANTO DOS SANTOS (ele justifica tudo a favor de quem acredita nele)

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A concentração de rendas deveria ser uma lição para os ricos: os pobres e miseráveis foram acostumados a viver com 1 para cada 1.250 de que necessitam os ricos, significando para estes uma quantidade assustadora de carros, de espaços, de roupas, de jóias, de viagens, de penduricalhos.

DURANTE O EMPOBRECIMENTO vindouro os pobres e miseráveis poderão viver com quase nada, PORQUE ESTÃO ACOSTUMADOS; a luta pela aptidão do mais apto psicologicamente forçou-os a todos os tipos de audácia própria dos que nada possuem, forçou-os aos grandes arrojos, às extremadas ousadias e às intrepidezes; já os ricos nada sabem de MINIMAX, de fazer o máximo com o mínimo, pelo contrário, estão acostumados a despender grandes frações de matéria, de energia, de informação em troca de seus confortos.

A empresa privada, a empresa vaso sanitário vem – com a ajuda dos governos - tirando dos pobres e entregando aos ricos, que gastam com gosto mesmo, à vontade.

Como eu disse lá por 1977, agora não é somente o barco que está afundando, é o mar inteiro que está afundando.

Capítulo 5 Social e A-social

O capitalismo ainda funciona como um vaso sanitário (toda a

nossa civilização era, até há bem pouco tempo, assim, como um vaso: a casa ficava limpa e a sujeira saía por aí; em 1988 notei que no ES somente 4 % tinham serviço de tratamento de esgoto): desde que por aqui esteja bem, que se dane o mundo de lá e o mundo de amanhã.

O MUNDO CAPITALISTA (tudo destroçado: ar, água, terra/solo, fogo/energia e a vida) O MUNDO DE LÁ O MUNDO DE AMANHÃ

espaço tempo

é assim que os capitalistas

valorizam nossas vidas

megaengarrafamento em SP (assim

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assim valorizam nossa saúde valorizam nosso tempo)

passageiros tentam embarcar na superlotada estação da Sé do

metrô, em que houve restrições à circulação devido às fortes chuvas

Qual foi a nossa participação nisso? Todos nós participamos dessa meleca, uns mais e outros menos.

Nós usufruímos, mas não podíamos e não podemos opinar. Entrementes, quem fez de vontade própria (se conhecemos a natureza humana) vai renegar a participação ativa, assim como os chefes militares alemãs da Segunda Guerra passaram a culpa integralmente a Hitler, dizendo terem recebido ordens. Filho feio não tem pai.

Muito aceitável, desde que eu possa ir ao supermercado atochar meu carrinho e “queimar uma carne” com os amigos, churrasco regado a cascata de cerveja.

Durante todo esse tempo a Natureza estava pagando a conta, gastando seu capital de centenas de milhões de anos de Vida geral, 600 milhões de anos desde a “explosão cambriana”.

Como já vi há muito tempo, não é a Terra ou a Natureza que vão mal e estão em perigo, são os seres humanos; se desaparecermos, a Natureza viva começará de outro ponto e a Terra recomeçará a Vida geral. Somos nós que estamos sob ameaça, fomos nós que nos colocamos em perigo, não temos de culpar a ninguém, foi nossa estupidez. Eu mesmo tentei e tentei com quase todo mundo que conheci, mas foi inútil.

Como disse a meu filho, nada melhor para a humanidade, até como lição de humildade, que esta crise que está por acontecer e o modelo pirâmide previu, seja intensa e nos ameace mesmo, de modo a corrigirmos definitivamente nosso modo mesquinho de ser.

Capítulo 6 Empresa Coletiva

OS ELEMENTOS DA BANDEIRA DO CONHECIMENTO

ELEMENTOS BAIXOS ELEMENTO CENTRAL ELEMENTOS ALTOS Arte

matemática Magia

Religião Teologia

Ideologia Filosofia

Técnica Ciência A Ideologia-Política é uma só num total de 9, 1/9 ou 11,1 %; não

pode sozinha assumir todas as coisas, seria eminentemente errado fazê-lo.

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Tem de consultar os demais conhecimentos a todo instante, especialmente a Filosofia, a Ciência e a Técnica, porque estas pensam com mais afinco, sem falar na Matemática.

Como já falei (imitando Caetano) setecentas mil vezes, os indivíduos não são mais indivíduos puros há muitos milênios; caminhamos para indivíduos-mundo com a globalização – as nossas atitudes são O TEMPO TODO potencializadas pelos presentes de bilhões de seres humanos vivos e pelo tempo de bilhões que já morreram.

As empresas não podem mais depender de decisões solitárias e de avaliações demoradas e imperfeitas do “mercado”; nem podem, pior ainda, submeter-se aos trâmites demoradíssimos daquela pérfida economia estatal russa com seus planos plurianuais malucos (aliás, imitados pelo Brasil, o que achei bom em certa medida, porque pelo menos significava pesquisa).

Capítulo 7 Pró-Comunidade

Não pode haver isso de “mão invisível” de Adam Smith PORQUE o

modelo pirâmide mostra claramente que essa visão unilateral é errada (e transformá-la em doutrina é crime).

DUAS MÃOS (unidas ao corpo, que é co-mandado pela mente-cérebro)

MÃO INVISÍVEL COMBINAÇÃO MÃO VISÍVEL acaso, deixar fazer,

liberalismo necessário-acaso, livre-

planejamento necessidade, planejamento

NATUREZA i (ELI, Elea, Ele-Ela, Deus-Natureza), centro

DEUS

esquerda

superdimensionada

corpo reequilibrado,

equilíbrio reencontrado

direita

superdimensionada Assim como não somos mais indivíduos-indivíduos e sim

indivíduos-mundo, as empresas não podem mais não comportar info-controle coletivo. Em certa medida já é assim, naquela medida em que as leis e várias submissões interferem, mas deve ser mais que assim, deve ser completamente coligado. Empresas-indivíduos superporem-se ao mundo É ERRADO!

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Do mesmo modo como a gente-umbigo não pode mais pegar um carro de 1.500 kg e quatro ou cinco lugares para conduzir somente um e ocupar enorme espaço com estradas e estacionamentos, também as empresas devem ser submetidas a INFO-CONTROLE ESTRITO, quer dizer, ditatorial. Elas não podem sair por aí agindo a seu bel prazer. De modo nenhum!

Capítulo 8 Deus Castiga

SOMA FECHADA (não dá pra escapar, idiotas – inclusive eu -, pois é sistema fechado, não sai nada da Terra)

um sistema fechado dentro de outro

sistema fechado

este demorou muito para construir e

deu certo

este foi construído pelo ser humano e

deu errado

este não passa de sonho, de fantasia

dita científica A Terra, um planeta único a proteger

Introdução

A Terra não é apenas o nosso planeta, ela constitui a nossa única possibilidade de vida, ela é a herança para os nossos filhos e netos. A Terra,

com a sua atmosfera rica em oxigênio, que nos permite respirar, com a camada de ozônio, que nos protege das radiações ultravioletas, com a água, que nos evita a desidratação, e com as suas amenas temperaturas, oferece-nos o que nenhum dos milhares de estrelas, planetas ou outros corpos astrais

nos consegue dar - a vida. Este seria um muito bom motivo para a protegermos e a preservarmos para

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as gerações futuras. No entanto, diariamente, as agressões à Terra continuam sob as mais variadas formas. A caça ilegal e excessiva continua,

as leis de protecção às espécies não são respeitadas, os incêndios espalham-se tão rapidamente, quanto rapidamente se deitam esgotos de todo o tipo

para as águas dos rios e oceanos. O Homem dilapida rapidamente os recursos minerais e os recursos biológicos, não parando para reflectir que, uma vez

esgotado um recurso, este não se renova, antes arrasta consigo duas ou três espécies que dele dependem, que conduzirão à extinção de outras

espécies/recursos. A Terra é um sistema fechado, equilibrado, em que os próprios subsistemas

se auto-regulam. Ao Homem caberá a função de manter inalterado esse equilíbrio.

Os dois aspectos mais salientes da superfície litosférica são os continentes e

os fundos das bacias oceânicas.

O castigo de i Natureza-Deus para todos nós é que não somos i e, portanto, nossas soluções SEMPRE falham, porque é isso que é ser racional, falhar, pois nossas soluções só aproveitam parte da infinitude.

Capítulo 9 Castigos Sociais

1. poluição do ar (inclusive as manchas oceânicas); 2. poluição da água (inclusive dos oceanos); 3. destruição do solo; 4. abusos energéticos; 5. destruição das espécies (há um limite de até 20º Celsius de

temperatura média, citado no livro de José Rodrigues dos Santos, O Sétimo Selo; veja comentários nesta cartilha):

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6. aquecimento do planeta (inclusive derretimento dos pólos):

o gado não fornece só carne, a respiração dele fornece gás do

aquecimento

O Kilimanjaro derreteu totalmente

7. milhões de auto-flagelamentos a que estamos nos

submetendo. Tudo isso, você sabe, terá de ser pago no futuro por nosso rico

dinheirinho, quer dizer, por nosso trabalho: como se diz, aproveitamento pessoal capitalista do lucro e distribuição social do prejuízo.

Você e eu cagamos e seus filhos e os meus, seus netos e os meus é que trabalharão para repor toda essa festa dessa ganância destrambelhada, totalmente desbragada.

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Capítulo 10 Vigilância

Nenhuma empresa (privada ou do governo) está vivendo num

espaçotempo isolado, distante de nós, do qual estejamos isentos de problemas; TUDO que elas façam circula no nosso espaçotempo mundial, globalizado. Se for pequena empresa, pequenos problemas, e se for empresa gigante problemas que circularão o mundo.

Deste século e milênio para frente devemos vigiar. E castigar implacavelmente quem saia dos trilhos, porque os

erros de um ou de alguns não podem se abater sobre vários ou todos. Não há mais como desculpar.

DERRAMES EMPRESARIAIS (deixam seqüelas em nós) – não podemos mais tolerar isso e nenhuma desculpa. Multas não resolvem: só fechado a empresa sem contemplação, por maior que seja, inclusive a PETROBRAS.

Principais Vazamentos de Óleo com Navios no Mundo

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Nome do Navio Ano Local Vazamento de óleo (toneladas)

1 Atlantic Empress 1979 Tobago - West Indies 278,000

2 ABT Summer 1991 Angola 260,000

3 Castillo Bellver 1983 Saldanha Bay - South Africa 252,000

4 Almoco Cadiz 1978 Brittany - France 223,000

5 Haven 1991 Genoa - Italy 144,000

6 odyssey 1988 Nova Scota - Canada 132,000

7 Torrey Canyon 1967 Scilly Isles - UK 119,000

8 Urquiola 1976 La Coruna - Spain 100,000

9 Hawaiian Patriot 1977 Honolulu 95,000

10 Independenta 1979 Bosphorus - Turkey 95,000

11 Jakob Maersk 1975 Oporto - Portugal 88,000

12 Braer 1993 Shetland Island - UK 85,000

13 Khark 5 1989 Atlantic Coast - Morocco 80,000

14 Aegean Sea 1992 La Coruna - Spain 74,000

15 Sea Empress 1996 Milford Haven - UK 72,000

16 Katina P. 1992 Matupo - Mozambique 72,000

17 Assimi 1983 Muscat - Oman 53,000

18 Metula 1974 Magellan Straits - Chile 50,000

19 Wafra 1971 Cape Agulhas - Sauth Africa 40,000

20 Exxon Valdez 1989 Alaska - USA 37,000 Fonte do gráfico e da tabela: ITOPF

Enfim, o mundo antigo acabou com o fim do capitalismo (que poucos, ainda, podem ver, mas já é fato irreversível).

Agora resta construir o mundo novo. Serra, domingo, 10 de janeiro de 2010. José Augusto Gava.

ANEXOS Capítulo 1

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EM NOME DE MARX Capitalismo e Sistema Capitalista

Capitalismo é o sistema econômico que se caracteriza pela propriedade privada dos meios de produção e pela liberdade de iniciativa dos próprios

cidadãos.

No sistema capitalista, as padarias, as fábricas, confecções, gráficas, papelarias etc., pertencem a empresários e não ao Estado. Nesse sistema, a

produção e a distribuição das riquezas são regidas pelo mercado, no qual, em tese, os preços são determinados pelo livre jogo da oferta e da procura. O

capitalista, proprietário de empresa, compra a força de trabalho de terceiros para produzir bens que, após serem vendidos, lhe permitem recuperar o

capital investido e obter um excedente denominado lucro. No capitalismo, as classes não mais se relacionam pelo vínculo da servidão (período Feudal da Idade Média), mas pela posse ou carência de meios de produção e pela livre

contratação do trabalho e/ou trabalhadores. São chamados capitalistas os países cujo modo de produção dominante é o

capitalista. Neles coexistem, no entanto, outros modos de produção e outras classes sociais, além de capitalistas e assalariados, como artesãos e pequenos agricultores. Nos países menos desenvolvidos, parte da atividade econômica assume formas pré-capitalistas, exemplificadas pelo regime da meia ou da

terça, pelo qual o proprietário de terras entrega a exploração destas a parceiros em troca de uma parte da colheita.Outros elementos que

caracterizam o capitalismo são a acumulação permanente de capital; a geração de riquezas; o papel essencial desempenhado pelo dinheiro e pelos

mercados financeiros; a concorrência, a inovação tecnológica ininterrupta e, nas fases mais avançadas de evolução do sistema, o surgimento e expansão

das grandes empresas multinacionais. A divisão técnica do trabalho, ou seja, a especialização do trabalhador em tarefas cada vez mais segmentadas no

processo produtivo, é também uma característica importante do modo capitalista de produção, uma vez que proporciona aumento de produtividade. O modelo capitalista também é chamado de economia de mercado ou de livre

empresa. A primeira fase de expansão do capitalismo confunde-se com a revolução industrial, cujo berço foi a Inglaterra, de onde se estendeu aos países da Europa ocidental e, posteriormente, aos Estados Unidos. A evolução do

capitalismo industrial foi em grande parte conseqüência do desenvolvimento tecnológico. Por imposição do mercado consumidor os setores de fiação e

tecelagem foram os primeiros a usufruir os benefícios do avanço tecnológico. A indústria manufatureira evoluiu para a produção mecanizada, possibilitando

a constituição de grandes empresas, nas quais se implantou o processo de divisão técnica do trabalho e a especialização da mão-de-obra.

Ao mesmo tempo em que se desencadeava o surto industrial, construíram-se as primeiras estradas de ferro, introduziu-se a navegação a vapor, inventou-se o telégrafo e implantaram-se novos progressos na agricultura. Sucederam-se as conquistas tecnológicas: o ferro foi substituído pelo aço na fabricação

de diversos produtos e passaram a ser empregadas as ligas metálicas; descobriu-se a eletricidade e o petróleo; foram inventadas as máquinas

automáticas; melhoraram os sistemas de transportes e comunicações; surgiu a indústria química; foram introduzidos novos métodos de organização do trabalho e de administração de empresas e aperfeiçoaram-se a técnica

contábil, o uso da moeda e do crédito. Na Inglaterra, Adam Smith e seus seguidores desenvolveram sua teoria liberal

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sobre o capitalismo. Na França, após a revolução de 1789 e as guerras napoleônicas, passou a predominar a ideologia do laissez-faire, ou do liberalismo econômico, que tinha por fundamentos o livre comércio, a

abolição de restrições ao comércio internacional, o livre-câmbio, o padrão-ouro e o equilíbrio orçamentário. O liberalismo se assentava no princípio da livre iniciativa, baseado no pressuposto de que a não regulamentação das atividades individuais no campo socioeconômico produziria os melhores resultados na busca do progresso. A partir da primeira guerra mundial, o quadro do capitalismo mundial sofreu importantes alterações: o mercado

internacional restringiu-se; a concorrência americana derrotou a posição das organizações econômicas européias e impôs sua hegemonia inclusive no setor

bancário; o padrão-ouro foi abandonado em favor de moedas correntes nacionais, notadamente o dólar americano, e o movimento anticolonialista recrudesceu. Os Estados Unidos, depois de liderarem a economia capitalista mundial até 1929, foram sacudidos por violenta depressão econômica que abalou toda sua estrutura e também a fé na infalibilidade do sistema. A

política do liberalismo foi então substituída pelo New Deal: a intervenção do estado foi implantada em muitos setores da atividade econômica, o ideal do

equilíbrio orçamentário deu lugar ao princípio do déficit planejado e adotaram-se a previdência e a assistência sociais para atenuar os efeitos das

crises. A progressiva intervenção do estado na economia caracterizou o desenvolvimento capitalista a partir da segunda guerra mundial. Assim, foram

criadas empresas estatais, implantadas medidas de protecionismo ou restrição na economia interna e no comércio exterior e aumentada a

participação do setor público no consumo e nos investimentos nacionais. A implantação do modo socialista de produção, a partir de 1917, em um

conjunto de países que chegou a abrigar um terço da população da Terra, representou um grande desafio para o sistema de economia de mercado. As grandes nações capitalistas passaram a ver o bloco socialista como inimigo comum, ampliado a partir da segunda guerra mundial com a instauração de regimes comunistas nos países do leste europeu e com a revolução chinesa. Grande parte dos recursos produtivos foi investida na indústria bélica e na

exploração do espaço com fins militares. Essa situação perdurou até a desagregação da União Soviética, em 1991, e o início da marcha em direção à

economia de mercado em países como a China. Crítica ao capitalismo: A mais rigorosa crítica ao capitalismo foi feita por

Karl Marx, ideólogo alemão que propôs a alternativa socialista para substituir o Capitalismo. Segundo o marxismo, o capitalismo encerra uma contradição

fundamental entre o caráter social da produção e o caráter privado da apropriação, que conduz a um antagonismo irredutível entre as duas classes

principais da sociedade capitalista: a burguesia e o proletariado (o empresariado e os assalariados). O caráter social da produção se expressa

pela divisão técnica do trabalho, organização metódica existente no interior de cada empresa, que impõe aos trabalhadores uma atuação solidária e

coordenada. Apesar dessas características da produção, os meios de produção constituem propriedade privada do capitalista. O produto do trabalho social, portanto, se incorpora a essa propriedade privada. Segundo o marxismo, o que cria valor é a parte do capital investida em força de trabalho, isto é, o capital variável. A diferença entre o capital investido na produção e o valor de venda dos produtos, a mais-valia (lucro), apropriada pelo capitalista, não

é outra coisa além de valor criado pelo trabalho. Segundo os Marxistas, o sistema capitalista não garante meios de subsistência a todos os membros da sociedade. Pelo contrário, é condição do sistema a existência de uma massa

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de trabalhadores desempregados, que Marx chamou de exército industrial de reserva, cuja função é controlar, pela própria disponibilidade, as

reivindicações operárias. O conceito de exército industrial de reserva derruba, segundo os marxistas, os mitos liberais da liberdade de trabalho e

do ideal do pleno emprego. A experiência Marxista:

Depois de setenta anos de vigência, e muitas dificuldades internas decorrentes, principalmente, da instalação de burocracias autoritárias no

poder, os regimes socialistas não tinham conseguido estabelecer a sociedade justa e de bem-estar que pretendiam seus primeiros ideólogos. A União

Soviética, maior potência militar do planeta, exauriu seus recursos na corrida armamentista, mergulhou num irrecuperável atraso tecnológico e finalmente

se dissolveu em 1991. A Iugoslávia socialista se fragmentou em sangrentas lutas étnicas e a China abriu-se, cautelosa e progressivamente, para a

economia de mercado. O capitalismo, no entanto, apesar de duramente criticado pelos socialistas

(marxistas), mostrou uma notável capacidade de adaptação a novas circunstâncias, fossem elas decorrentes do progresso tecnológico, da

existência de modelos econômicos alternativos ou da crescente complexidade das relações internacionais.

Resumo Extraído de Enciclopédias

Projeto Renasce Brasil EM NOME DE BAKUNIN

PARTIDO ÁCRATA BRASILEIRO O Anarquismo no seu melhor aspecto é uma doutrina baseada na convivência

pacífica e na ajuda mútua, confiando assim, na solidariedade e na boa natureza humana. Proudhon, um dos idealizadores do anarquismo, era um que acreditava que a humanidade conseguiria alcançar esse estágio num processo natural e pacífico. O russo Bakunin duvidava desse processo e

pregava a violência para quebrar o sistema existente, única forma, segundo ele, para dar a liberdade e igualdade necessária a humanidade. Correntes

distintas de um mesmo ideal. Um mundo sem estado opressor, sem poderes onipotentes, onipresentes e oniscientes, aonde o indivíduo fosse o mais

importante. Onde a Acracia se diferencia do Anarquismo? Todos costumam dizer que a Acracia é sinônimo de Anarquismo. Morfologicamente podemos concordar,

mas historicamente não. O Anarquismo teve grande influência do comunismo , principalmente na mão de radicais como Bakunim. Nós Ácratas não concordamos que uma doutrina que se julgue libertária condene a

propriedade privada. Consideramos nefasto para sociedade os sistemas governamentais, mas consideramos que a liberdade econômica, a

propriedade, os direitos civis são a melhor demonstração de um regime sem opressores. É o Governo que promove a desigualdade social, não a

propriedade. O proprietário não é o usurpador, mas sim os governante. Precisamos desmistificar algumas colocações impostas ao longo dos tempos

sobre a Acracia e suas doutrinas: 1- A imagem de ideal utópico imposta a Acracia é fruto da mentalidade torpe predominante nos pretensos regimes democráticos e socialistas. Para esses

sistemas o binômio Liberdade/Igualdade são conflitantes. Na democracia dá-se ao indivíduo, pelo menos no papel, liberdade de ação para chegar até o

seu próprio limite (ou mais além). No Socialismo apregoam a igualdade a todo custo, cerceando a liberdade individual em prol do coletivo. Ora, sabemos

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que a liberdade democrática esbarra num pequeno detalhe: As pessoas não nascem iguais, não recebem tratamentos iguais, e portanto dificilmente um

pobre poderá competir com um rico. No socialismo a igualdade é no estilo:"todos são iguais, mas existem alguns

mais iguais que os outros"(que também serve para a igualdade democrática). A Acracia não promete o paraíso, como tentam ridicularizar nossos

opositores. Muito pelo contrário. O que pretendemos é acabar com a hipocrisia de todos os regimes existentes. Eles sim prometem coisas absurdas. O indivíduo naturalmente sempre será livre e concomitantemente diferente

de qualquer outro. Não será este ou aquele sistema político que promoverá a LIBERDADE/IGUALDADE/FRATERNIDADE.

O que a Acracia pretende é erradicar o maior opressor e formulador de desigualdades da sociedade:

O ESTADO. Viva o Liberalismo sem Estado.

2- O paradoxo de que uma doutrina que abomina o ESTADO não pode existir em forma de partido.Ora, a não ser pela força e através da violência (que a

história cansou de mostrar os resultados ) a única maneira legítima de se discutir idéias e sistemas é no campo político. Devemos seguir o caminho

natural para abolir o Estado opressor, mas usando os mecanismos existentes, dentro da lei, pois a Acracia abomina a dominação de poucos; não a lei. É lógico que um partido acrata não pode lançar candidatos para cargos

majoritários, mas a nível de legislação faz-se necessário essa "incoerência" até o dia em que a sociedade tenha ciência de sua capacidade para gerir seus

próprios problemas. Os possíveis representantes acratas na política são necessários para ter acesso a legislação e alcançar um número maior de pessoas, além da questão da legalidade. Ou isso, ou a clandestinidade,

agregada a uma militância revolucionária... Sabemos o que acontece com os "revolucionários" que tomam o poder. Despotismo, populismo, opressão, corrupção. O canhão muda de lado.

Para que ESTADO? A função do Estado é, segundo o próprio Estado, assegurar os direitos básicos do cidadão: Saúde, segurança, educação, direitos civis, etc. A muito que a

sociedade vem arcando, cada dia mais, com a manutenção desses direitos. Os abastados, com recursos próprios, já promovem a educação dos seus,

escolhem seus médicos, elaboram sua segurança e até mesmo promovem sua própria justiça. Os desfavorecidos, que deveriam ser o alvo do paternalismo

do estado, se não contarem com o auxílio de associações fraternais (formadas pela sociedade, não pelo Estado) morrem na porta dos hospitais, que muitas vezes são fechados por falta de pagamento do ESTADO. O sistema de ensino público, salvo raríssimas exceções, está fadado ao fracasso. As instituições

formadas pelo Estado para garantir a segurança ameaçam o cidadão e frequentemente ameaçam o próprio estado. O Estado julga-se acima da justiça e é grande responsável pelo atraso da mesma. O Estado é uma

gigantesca máquina emperrada que consome todo o dinheiro arrecadado em Impostos extorsivos. O Estado serve para favorecer essa malta de ineptos,

favorecer gerações de parasitas que elegem e reelegem um fantoche a cada quatro anos. O Estado é a vontade dos poderes econômicos mais espúrios da

sociedade. A eleição é uma Ode ao dinheiro, ao lobby, ao nepotismo e a troca de favores.

Por que uma eleição para primeiro mandatário, cargo tão "altruísta", custa milhões de dólares? Por que empresas financiam essas campanhas bilionárias?

Em que Estado está o Estado?

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O estado está falido em todo o Mundo, mudando apenas o estágio de decomposição, graças ao aumento populacional e a globalização.

No Brasil, após anos de desgoverno chegamos a bancarrota em todas as instituições federais. O exército está falido. A previdência está falida. O

ensino está falido. O ESTADO está falido. Consegue subsistir emitindo dinheiro, aumentando os impostos e rolando as dívidas.

" Mas é díficil gerir as aposentadorias, os hospitais, as forças armadas, os bancos, as siderúrgicas, diz o governo. Precisamos privatizar."

Sem dúvida nenhuma, tudo o que o governo faz a iniciativa privada faz melhor e mais barato. (palavras do próprio governo)

Privatizem tudo, inclusive o Estado. O Estado é muito "poderoso" para ficar a mercê de uma única cabeça, ou a

bel prazer de um seleto grupo. Por outro lado é impotente se o povo resolve tomá-lo à força. Para que precisamos de instituição tão ambígua. Para

sustentar uma turba de parasitas. Para cumprir protocolos. Para defender a soberania nacional.

Ora, propaganda bélica estúpida. Quem defende a nação não é o estado, é o povo. Na hora da luta é o povo que morre na frente de batalha, não seu

dignitários. O Estado não "sou eu", o estado somos nós.

Como seria sem Estado? Passamos séculos sob o jugo de déspotas, populistas, tiranos, salvadores,

camaradas, companheiros e toda espécie de políticos demagogos que lutaram pelo povo para chegar ao PODER e lá chegando viraram o PODER contra o

povo. É difícil agora imaginar um sistema diferente, até mesmo por comodidade ou medo. Mas não se enganem. Não existe um governo para o povo, pelo povo. A única forma legítima do povo governar é justamente a

falta de Governo. Onde sobra Governo falta povo e vice-versa.

Descentralizar o poder, entregando-o ao povo. Tudo é melhor administrado pela livre associação. A iniciativa privada dá certo porque tem dono. O

Estado não tem dono. O Estado se julga o dono do povo. Lutamos por um mundo sem um único dono, sem um patrão único, sem um

líder único. O dono, o patrão, o líder será o indivíduo. Mas como controlar os serviços básicos?

Na prática a Acracia já impera a tempos, pois se você parar para analisar, o Estado já está ausente de nossa vida por força de sua incompetência. Na

esfera mais baixa até a mais baixa. EX: O buraco na sua rua foi tampado pelo governo municipal num piscar de olhos? Será que não foi você que se mobilizou juntamente com os vizinhos,

acionando imprensa,associação comunitária, as vezes até mesmo pegando pá e picareta?

Diariamente vemos mutirões, campanhas para operar fulano, para recuperar ruas, teatros, estradas.

O Estado está fazendo papel de mediador entre comunidade e iniciativa privada, levando uma comissão muita alta que não poderemos suportar por

muito tempo. Pare para pensar quantas vezes você já foi chamado a colaborar com campanhas além de impostos extras, compulsórios e a

tributação "normal". Não vou ser ingênuo em afirmar que a natureza humana é solidária em todos os níveis, mas é inerente ao ser humano a necessidade

de viver bem e transformar o mundo num lugar melhor para se viver. Nesse novo século temos visto o surgimento de diversas ONG's ( Organizações

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Não Governamentais ) que vêem anunciar o arauto de uma nova era aonde a sociedade será auto-suficiente. Estas organizações são um ensaio da ACRACIA plena, aonde os interesses comuns são alcançados sem prejuízo do individual.

Outra grande aliada, criada neste novo milênio, para desmantelar o poder estatal é a globalização, principalmente das informações. Um dos grandes

mecanismos de opressão sempre foi a força e o controle das informações. A INTERNET vem mostrar que pelo menos no campo das idéias o homem já pode

se considerar realmente livre. ( Até chegar a censura no Ciberespaço ). Congresso

Após formuladas as leis e diretrizes básicas para uma convivência pacífica e ordeira, assim como o Estado esta instituição não precisará mais existir, para sugar nossas reservas e mudar a regra do jogo de acordo com seus interesses

e na calada da noite. Qualquer alteração necessária será resolvida por plebiscito ou através das instituições afetadas. Para que precisamos de

legisladores de plantão? Para votar novas leis? Agilidade? Quanto tempo o congresso leva para votar uma nova lei de interesse popular? Meses , até

mesmo mandatos inteiros são "empurrados" para votar uma única emenda. Quantas decisões específicas de uma atividade econômica não são atrasadas

por uma aprovação dessa casa? Para que precisamos desses pseudo representantes de plantão?

Impostos Os impostos serão abolidos. Você pagará pelo serviço que utilizar. Você

pagará tarifa para a companhia de limpeza urbana pela coleta de lixo. Você pagará um Plano de Saúde que cobrirá TODAS as enfermidades. Você pagará a

escola para seu filho. Pedágios manterão as estradas. Você pagará pela segurança diretamente a empresa de segurança, cobrando resultados.... Você já paga tudo isso? Então para que você paga imposto? Com o fim dos impostos

e o aumento de usuários o custo desses serviços diminuirá e a qualidade melhorará, inclusive valendo o princípio da livre concorrência. Ou seja, você

pagará tudo o que já paga hoje para ter um bom padrão de vida. Com a diferença que não terá que pagar impostos para nutrir o estômago sem fundo do Governo. Sua contribuição fiscal será paga diretamente ao prestador de serviço, descentralizando os fundos e evitando desperdício e desvios. Os

preços serão competitivos e acessíveis a todas as classes. Quem quiser pagar mais caro pelo "Status" terá inteira liberdade, mas todos os serviços terão o

mesmo padrão de qualidade, garantido não por um orgão regulador, mas pela própria liberdade de mercado. As classes não serão destruídas, mas tanto o

topo como a base serão diminuídos. A pirâmide social existente no momento, com milhões de pobres e alguns bilionários, será transformada em um

LOSANGO JUSTO, aonde os bilionários e os miseráveis serão raridade. Não é intenção do Partido Ácrata promover a igualdade extrema entre as classes e sim promover a liberdade de ser o que quiser. Aqueles que apesar de tudo não conseguirem arcar com seu próprio sustento terão ajuda de ONG's e

associações filantrópica, como aliás, já acontece hoje em dia. Nós ácratas não temos a pretensão de resolvermos todos os problemas do Mundo, mas entendemos que o Mundo não suportará por muito tempo o

gigantismo, a ineficiência e a fome do Estado Moderno. A globalização está nos mostrando a fragilidade das instituições: O mercado de valores é um jogo

manipulado pelos Estados e está a beira de um colapso total. Alguma coisa tem de ser feita URGENTE. O Comunismo já caiu, não podemos esperar a

queda total do império capitalista para agirmos.

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CHEGA DE IMPOSTO MAL EMPREGADO

CHEGA DE FANTOCHES

CHEGA DE ELEIÇÕES FORJADAS

CHEGA DE AUTORITARISMO

SEM ESTADO . AUTOGESTÃO VIVA A LIVRE INICIATIVA

Nosso Partido Acrata Brasileiro não se considera radical. Somos um reestudo do Anarquismo do início do século. Nosso anarquismo se limita ao campo

político. Não somos contra a Propriedade Privada. Concordamos que o mundo seria melhor se todos fossem iguais e se não houvesse preocupações com

Propriedade. Mas por outro lado, não somos hipócritas, nem ingênuos e ponto de negar uma instituição já existente. Consideramos um grave desrespeito a

liberdade individual, querer abolir nessa altura da história os direitos adquiridos. Foi exatamente nesse ponto que tentativas igualitárias falharam no passado. Esse partido difere de outros existentes pelo simples fato de não estar vinculado aos ideais de nenhum manifesto. Se houver um manifesto a ser seguido esse manifesto ainda será criado, com a participação de todos.

Não será imposto nada a ninguém. HENRIQUE COSTA

[email protected]

Capítulo 5 APESAR DE FICÇÃO HÁ MUITOS DADOS NESTE LIVRO DE JOSÉ RODRIGUES

DOS SANTOS

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O livro da minha vida – “O Sétimo Selo”, por Ana Sara Janeiro 18, 2009 por Fernando Rebelo

O Sétimo Selo é um romance da autoria de um grande jornalista, professor e escritor: José Rodrigues dos Santos.

Um cientista é assassinado na Antárctida e a Interpol contacta Tomás Noronha

para decifrar um enigma com mais de mil anos, um segredo bíblico que o criminoso rabiscou numa folha e deixou ao lado do cadáver: 666.

O mistério em torno do número da Besta lança Tomás numa aventura de tirar o fôlego, uma busca que o levará a confrontar-se com o momento mais temido

por toda a humanidade: O Apocalipse. De Portugal à Sibéria, da Antárctida à Austrália, O Sétimo Selo transporta-nos numa empolgante viagem às maiores ameaças que se erguem à sobrevivência da humanidade, ou seja, as alterações climáticas que o nosso planeta sofre actualmente e que num futuro próximo nos trarão bastantes complicações.

Estamos na presença de um romance baseado em informação científica actualizada de modo a que nós, leitores, consigamos ter consciência da base

do problema que teremos que resolver para manter a espécie humana a salvo! Espero assim que tenha conseguido cativá-los a ler uma história que conseguiu

trazer um grande contributo para uma nova visão do que nos rodeia. Ana Sara, 12ºA, nº5

Entrevista a José Rodrigues dos Santos

Alterações Climáticas - um desafio à nossa sobrevivência

Quercus Ambiente -Qual é a relação que mantém com o ambiente? Considera-

se uma pessoa preocupada com o tema? É-o há muito tempo, ou despertou para o tema mais recentemente?

José Rodrigues dos Santos. A minha preocupação com o ambiente é a de um

cidadão normal. Nem mais, nem menos.

QA - Como descreveria a forma como as questões ambientais foram sendo abordadas pelos meios de comunicação ao longo das últimas duas décadas?

Consegue identificar tendências claras?

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JRS. Penso que os meios de comunicação têm dado crescente atenção aos problemas ambientais, reflectindo uma maior sensibilidade do público para o

assunto.

QA - Como vê o papel dos meios de comunicação na promoção de uma cidadania ambiental?

JRS. Parece-me fundamental.

QA - É comum a BBC apresentar excelentes documentários sobre questões

ambientais em horário nobre. Acha que seria possível uma situação idêntica nas televisões portuguesas?

JRS. Neste momento, penso que só na RTP. Mas não creio que possamos

atingir o nível da BBC, que dispõe de recursos gigantescos.

QA - Como descreveria o papel das ONG de ambiente na mediatização das questões ambientais?

JRS. Tem sido importante, por desempenharem um papel que frequentemente

contraria a versão oficial.

QA - Qual a sua opinião sobre a forma como a questão das alterações climáticas tem sido abordada pelos media portugueses, particularmente pela

televisão?

JRS. Tem sido talvez um pouco pífia, mas é algo que vai mudando aos poucos.

QA - Parece-lhe que tem havido alguma evolução visível (para melhor ou para pior)?

JRS. Sim. Para melhor.

QA - As alterações climáticas surgem hoje como um tema quotidiano. Até que ponto os meios de comunicação contribuíram para a “banalização” do tema

entre os cidadãos?

JRS. Bem, não se pode acusar os meios de comunicação de darem pouco ao ambiente e, na mesma penada, acusá-los de darem muito. O tema será

banalizado se a cobertura não reflectir o problema real.

QA - O José Rodrigues dos Santos alteraria a forma como as alterações climáticas são tratadas pela televisão pública nacional?

JRS. Apenas o faria na medida em que estou especialmente informado sobre o

assunto.

QA - É a primeira vez que a sua obra literária se debruça sobre questões ambientais. Porquê agora e por que razão resolveu olhar, especificamente,

para a temática das alterações climáticas e da energia?

JRS. Porque acho que são os grandes desafios imediatos à sobrevivência da nossa civilização e do nosso modo de vida. Os problemas do fim do petróleo e

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do aquecimento global vão-nos afectar de um modo muito profundo e é bom que as pessoas comecem a tomar consciência disso e que os políticos

comecem a lidar com o problema.

QA - Ao longo do seu novo livro “O Sétimo Selo” são muitos os dados que são apresentados. Até que ponto estes retractam a realidade e até que ponto são

ficção? De que forma foi garantido o rigor científico e técnico desta obra?

JRS. O romance teve revisão científica do professor Filipe Duarte Santos, que pertence ao painel da ONU que analisa as alterações climáticas, e do doutor Nuno Ribeiro da Silva, o maior perito português na questão energética. O que é ficcional é a narrativa, o enredo. Os dados científicos apresentados não são

ficcionais.

QA - O Sétimo Selo” parece estar marcado por algumas preocupações pedagógicas na forma como se explicam determinados fenómenos ao pormenor. Esta preocupação foi consciente ou resultou do seu próprio

processo de reflexão e aprendizagem?

JRS. Acho que é um pouco das duas coisas. A minha ideia é que as pessoas compreendam o problema das alterações climáticas de uma forma escorreita,

através de uma narrativa de ficção que seja cativante.

QA - Quando alguém termina a leitura desta obra, qual gostaria que fosse a “moral da história” retirada?

JRS. Talvez a de que é melhor pressionar os políticos a agir, subsidiando a

investigação e a aposta em transportes de baixo consumo energético e penalizando as soluções que recorrem aos combustíveis fósseis.

QA - Em sua opinião, os cenários mais negros em termos de alterações do

clima nos próximos anos e décadas ainda podem ser evitados? Considera que a inovação tecnológica será o elemento fundamental, ou serão necessárias

mudanças mais profundas ao nível dos padrões de vida?

JRS. Este é um ponto que divide os cientistas. Muitos acham que já é tarde de mais. Mas há outros que pensam que, se agirmos imediatamente e de uma

forma decisiva, ainda vamos a tempo de evitar o pior. Conhecendo a capacidade de auto-regulação do planeta, acredito que estes últimos estejam

certos. Se assim for, temos de investir forte na investigação para arranjar soluções alternativas aos combustíveis fósseis, e é preciso taxar pesadamente

o alto consumo de combustíveis fósseis.

QA - No futuro, voltaremos a encontrar o Tomás de Noronha a desvendar novos enredos ligados a questões ambientais?

JRS. Não sei. A ver vamos.

QA - Para terminar, se pudesse pedir três desejos ambientais, quais seriam?

JRS. Comprem um híbrido, não fumem e plantem uma árvore (que não arda

facilmente). Jornal Quercus Ambiente n.º 26

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20/03/2008 - 10:35

Lixo: Veja quanto tempo cada coisa leva para se decompor no fundo dos oceanos

Da Revista Náutica

Há anos Náutica mantém e divulga, com a ajuda do cartunista Ziraldo, a campanha "Só Jogue no Mar o que o Peixe Pode Comer". O objetivo é

conscientizar as pessoas de que mesmo o que os olhos não vêem fazem, também, muito mal a natureza. Como o lixo no mar, que há anos

combatemos, mostrando quanto tempo cada simples coisa leva para desaparecer totalmente nos oceanos. Os números são impressionantes. Veja

aqui alguns exemplos e surpreenda-se também.

Matéria originalmente publicada na Revista Náutica N°208

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As espécies mais perigosas do mar

Encontrei no blog CHONGAS, que diz ser um blog sem credibilidade, mas

atesto, é a pura mentira. O lixo descontrolado é sim uma grande ameaça aos mares. E mais ainda,

acabam sendo “engolidos” por outras espécies que acabam morrendo, e só por isso já podem ser considerados as criaturas mais perigosas dos mares. Se as pessoas e nossos governantes considerassem e compreendessem a

importância dos oceanos. Além de ser importante para a locomoção, lazer, alimentação, ele também é

o nosso principal amortecedor climático. Mas, me parece que só agora as pessoas estão se dando conta disso, principalmente os tomadores de decisão.

Desde da Expedição SALVAR O PLANETA É AGORA OU AGORA, é que o Greenpeace está pedindo a proteção dos oceanos como uma das formas de

combater o aquecimento global. Sabe-se que os oceanos possuem a capacidade de absorver até 90% de todo o CO2, e aproximadamente 40% do

CO2 emitido pelo homem. Será que isso ainda não é motivo para o tema fazer parte das COnferências INternacionais como a que será realizada em

Copenhaguem? Duvido.

Hoje, finalmente, li uma notícia que me deixou mais animada. Durante a Conferência Mundial dos Oceanos (WOC – sigla em inglês), cientistas e outros

atores estão falando sobre o assunto e tentando incluir essa pauta nas próximas negociações. Vamos acompanhar?

Precisamos criar áreas marinhas protegidas para manter os oceanos limpos e saudáveis para que voltem a realizar seu papel natural como sumidouro de

CO2. Salvar o PLaneta: é agora ou agora!

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T E R Ç A - F E I R A , 4 D E N O V E M B R O D E 2 0 0 8 Poluição dos Oceanos

Poluição – Impacto ocorre todos os dias.

O oceano não é uma esponja absorvente, como já se chegou a pensar. Pelo contrário, os mares de hoje lembram bem mais uma lixeira.

Embora seja difícil saber a quantidade exata de poluentes lançados ao mar, uma coisa é certa: todos os dias, os oceanos recebem toneladas de resíduos –

alguns tóxicos, outros nem tanto. Não importa. Caiu no mar, no mar fica. E é aí que mora o perigo: 77% dos poluentes despejados nos oceanos vêm de

fontes terrestres e tendem a se concentrar nas regiões costeiras. Justamente o habitat marinho mais vulnerável. Ora, ele é também o habitat mais

habitado por seres humanos. A população que mora no litoral ou nele passeia nos fins de semana e feriados é uma das grandes responsáveis pelo lixo que acaba se depositando no fundo

do mar. Produzimos cada vez mais lixo e nos descartamos dele com uma velocidade cada vez maior.

Um estudo feito pela Academia nacional de Ciências dos Estados Unidos estima que 14 bilhões de quilos de lixo são jogados (sem querer ou

intencionalmente) nos oceanos todos os anos. Não é à toa que as descargas de detritos urbanos produzem efeitos tão nocivos.

(Folha de S.P, 17/5/98, Caderno Especial).

Capítulo 6 ELES NOS CONVENCERAM DE QUE CRESCIMENTO ECONÔMICO ERA BOM (e nós não quisemos raciocinar sobre as profundidades dos subterrâneos, desde

que do “lado de cima” estivéssemos recebendo os produtos)

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Crescimento econômico Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

É preciso fazer uma distinção entre os vários tipos de crescimento econômico.

A forma mais clássica e tradicional de se medir o crescimento econômico de um país é medir o crescimento de seu Produto Interno Bruto - PIB.

Em economia se demonstra que há uma relação direta entre o nível de investimentos (formação bruta de capital fixo - FBKF) de um país e o ritmo de

crescimento de seu PIB. Pode-se entender essa relação matemática de forma intuitiva: é só com o aumento da capacidade produtiva (mais fábricas, mais geração de energia, mais empregos) que se consegue obter um aumento sustentável na renda de

um país. Quando a capacidade produtiva de um país está sendo subutilizada, pode-se obter - mediante medidas governamentais de estímulo - por curtos períodos

de tempo, um crescimento causado por uma melhor utilização da capacidade produtiva já existente. Mas esse crescimento de curto prazo, apelidado de vôo

de galinha, não se sustenta se não for acompanhado, simultaneamente, por novos investimentos na produção.

Um dos países que mais tem crescido nas últimas décadas, de forma sustentada e é sempre olhado com inveja pelos demais, é a China, que

manteve uma taxa de crescimento médio de seu PIB de 11,45% a.a. entre 1991 e 2003. No mesmo período o Mundo cresceu, em média, 4,41% a.a. e o

Brasil apenas 1,98% a.a. Uma rápida análise dos dados macroeconomicos na China nos explica o por

quê desse forte e contínuo crescimento: a taxa de investimento (FBKF- formação bruta de capital fixo) na China foi acima de 28%, em média, nos anos 80 - e desde então tem aumentado ainda mais, atingindo patamares

acima dos 40% nos anos 2002 e 2003. A comparação com o Brasil deixa evidente o por quê do Brasil não crescer

como a China: Em 2007 IBGE recalculou as seguintes taxas de investimento no Brasil: em 2005 foi de 16,3% do PIB. Em 2004, 16,1%. Em 2003, 15,3%. Em 2002, 16,4%. Em 2001, 17% e em 2000 16,8%, quase e metade das taxas

chinesas.[1] O comportamento da taxa de poupança da China revela comportamento

similar à da taxa de investimento (FBKF) no período de 1980 a 2003, saindo de uma média de 35% nos anos 80 para um patamar acima dos 40% na década de

90 e início do novo século.[2] Portanto, aumentar o ritmo de crescimento do PIB brasileiro - que já foi dos maiores do Mundo, até 1980, e desde então é dos menores - devemos tomar

medidas para aumentar sua taxa de investimento (FBKF).[3] Formas de crescimento

O crescimento econômico, quando medido apenas pelo PIB, pode ser muito desigual de um país para outro.[4]

Isso porque taxas de crescimento iguais de PIB escondem grandes variações na melhoria do bem estar das pessoas e do seu IDH (que é um método

padronizado de avaliação e medida do bem-estar de uma população). Para citar um exemplo, Sri Lanka, Trindad e Uruguai, que tiveram o mesmo

declínio na taxa de mortalidade infantil, tiveram crescimentos - medidos pelo PIB - completamente diferentes.

Certos tipos de crescimento, que poderíamos chamar de predatórios, podem levar à degradação dos recursos ambientais e naturais de alguns países, como

a Indonésia, a Nigéria e a Rússia, o que por sua vez pode afetar as

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perspectivas de crescimento futuro. O crescimento é um dos fatores fundamentais na redução da pobreza e na

melhora do IDH, mas seu impacto sobre a pobreza pode variar enormemente. O caso do milagre brasileiro, durante a ditadura militar, é sempre citado

como uma década em que o país obtve índices recordes de crescimento de seu PIB, sem que isso tivesse contribuído significativamente para diminuir sua

desigualdade econômica. Perguntado sobre o porquê de existirem tantas diferenças no crescimento entre países, disse Vinod Thomas, o novo Diretor do Banco Mundial para o

Brasil (2005): A razão fundamental é a desigualdade de renda, que reduz o impacto de

qualquer crescimento sobre a pobreza. As ações que diminuem a desigualdade não só aumentam o crescimento, como melhoram o seu impacto

sobre a pobreza. Um maior acesso à educação e um ensino de melhor qualidade são fatores determinantes na qualidade do crescimento de um

país... Outro importante fator que afeta a distribuição da renda são as

transferências públicas de recursos – através de programas como a previdência social e outros. Políticas que aumentem o efeito equalizador

dessas transferências -- tais como mudanças na alocação de recursos visando transferências direcionadas aos mais necessitados -- contribuem para reduzir

gradualmente a desigualdade da renda. [5] No Brasil: o "Programa de Aceleração de Crescimento - PAC"

Foi anunciado, pelo Governo Federal, em 22 de janeiro de 2007, o Programa de Aceleração de Crescimento - PAC" que é um conjunto de medidas de

políticas econômicas que visam acelerar o crescimento econômico no Brasil.[6] O Programa de Aceleração de Crescimento - PAC" prevê investimentos de R$

503 bilhões até 2010, com prioridade para a infra-estrutura, como portos e rodovias, e objetiva permitir ao país crescer “de forma correta, porém mais acelerada” do que o vem sendo registrado nos últimos anos. Seu objetivo é

"acelerar o crescimento sem comprometer a estabilidade".[7] Desigualdades sociais

Augusto de Franco afirma que é comum o argumento de que para haver crescimento econômico deve-se ter, num primeiro momento, uma

concentração de riquezas na mão de uma minoria socialmente privilegiada. As pessoas que normalmente afirmam isso acreditam que em um segundo

momento o "bolo" seria então divido, o que viria finalmente a beneficiar todos os integrantes daquela população[8].

Franco explica que este pensamento, comum nos meios empresariais, é embasado pela crença de que, supostamente, alguns poucos devem prosperar

para então oferecer emprego aos demais integrantes da sociedade. "A natureza, a educação ou o acaso" seriam o que permite a alguns poucos "a

missão de gerar riquezas", enquanto aos demais a função secundária de subordinar-se a estes, os provedores de emprego.

Justamente esta concepção, conclui Franco, é o que faz com que o status quo não se altere. Criando a ilusão de uma elite provedora e de uma coletividade

incapaz de empreender e gerar riqueza. Ver também

• Wirtschaftswunder • Coeficiente de Gini

• Concentração de renda • Desigualdade econômica • Distribuição de renda

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• Escola keynesiana • Lista de países por igualdade de riqueza

• Pobreza • Renda básica de cidadania

Referências 1. ↑ GRABOIS, Ana Paula. Taxa de investimento fica menor entre 2000 e 2005 na nova série do IBGE. Valor Online, in: UOL Economia, 21/03/2007 -

11h42 2. ↑ Flávio Vilela. China: crescimento econômico de longo prazo. in Rev.

Econ. Polit. vol.26 no.3 São Paulo July/Sept. 2006 3. ↑ Entrevista: Jorge Gerdau Johannpeter afirma que a nação cresceu

muito e a classe dominante, pouco. Revista CartaCapital, no. 272, dezembro 2003

4. ↑ (em inglês) SCHUMPETER, Joseph E. On the Concept of Social Value. in Quarterly Journal of Economics, volume 23, 1908-9. Pp. 213-232

5. ↑ THOMAS, Vinod. Mais crescimento, melhor crescimento. O Globo, 15/02/2002.

6. ↑ Confira as principais medidas do Programa de Aceleração do Crescimento. Economia. São Paulo: da Redação, UOL Economia, 22/01/2007,

13h57 7. ↑ Veja alguns pontos do PAC divulgados pelos ministros.Economia:

pacote econômico. Globo.com, 22/01/2007, 11h24m, atualizado em 22/01/2007, 12h57m

8. ↑ Franco, Augusto de. Pobreza & Desenvolvimento Local. Aed: Brasília, 2002. p.53-54. Bibliografia

• (em inglês) http://www.telegraph.co.uk/money/main.jhtml?xml=/money/2003/03/20/cn

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Capítulo 9 Otimismo Multiplicador

O fim do petróleo e outros mitos Newton Müller Pereira

O final do século XX, a virada do milênio, aguçaram a sensibilidade

apocalíptica em personalidades do meio acadêmico, as quais nos brindaram com profecias catastrofistas amplamente divulgadas na mídia, assim

celebrando outros tantos finais em paralelo ao do milênio que inexoravelmente se avizinhava. Diferentemente deste último, porém, todos

os demais finais previstos têm caído em descrédito antes mesmo de seus formuladores assentarem as bases de sustentação científica (?) para suas

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peremptórias assertivas. Ao Fim da História, apregoado por Fukuyama, foi dedicado tempo e espaço exagerados nos meios de divulgação, como se tal fosse a grande descoberta do século, algo como a cura do câncer ou da Aids. Ao Fim da Ciência e ao

Fim da Ideologia, num novo milênio tecnologicamente determinado e governado por especialistas, foram dedicadas toneladas de papel nos

centros geradores do saber. Ao Fim do Neoliberalismo até banqueiro alemão deu palpite e, pasmem, com grande repercussão na mídia nacional. Ao Fim

do Mundo, então, nem se fale! Com tantos finais a rondar, fomos também contemplados com outra pérola

do apocalipse, mais uma daquelas que põem fim a alguma coisa cara à humanidade, à sociedade, e que, recorrentemente, é alardeada na mídia nacional e internacional. Refiro-me, desta vez, ao Fim do Petróleo. Fim

esse que de tão próximo, dez anos, se tanto, arrastaria consigo o modo de produção atual, o capitalismo, a sociedade contemporânea, enfim, seria o

final dos finais. Sendo consumido em maiores quantidades do que a natureza é capaz de

prover, não há como negar, o petróleo vai acabar, ou melhor, pode acabar. O problema é quando vai acabar, futuro ainda incerto. Para melhor precisar

esse quando, uma quantidade enorme de prognósticos foi e vem sendo elaborada desde que o ouro negro jorrou em Titusville, Pensilvânia, em 1859. A partir de então, a cada nova revisão dos prognósticos sobre até quando contaremos com esse recurso tão determinante ao modelo de desenvolvimento atual, mais à frente se vislumbra o horizonte de seu

esgotamento, contrariando, sempre, afoitos e pessimistas. Estes, contudo, não cessam de proclamar suas profecias.

Dentre os prognósticos e suas respectivas metodologias de elaboração, o realizado por M. King Hubbert, em 1956, prevendo a dinâmica do declínio

das reservas de óleo nos Estados Unidos, e suas sucessivas revisões e extensões em nível global, tornaram-se referenciais obrigatórios. Inclusive

para Colin Campbell e Jean Laherrère que, neste final de milênio, publicaram na conceituada revista de divulgação Scientific American, sob o

título O fim do óleo barato, a mais recente peça apocalíptica sobre o assunto.

Os autores mencionados subtraíram das estimativas divulgadas pelo Oil and Gas Journal e pela revista World Oil, que informam dados oficiais

fornecidos pela indústria do petróleo e gás natural, alguns bilhões de barris em áreas onde a expectativa de ocorrência não condizia com as avaliações geológicas e econômicas deles próprios. Contudo, não sendo essa subtração

significativa em relação ao volume das reservas globais apontadas pela indústria, à época 1020 bilhões de barris, Campbell e Laherrère

submeteram os parâmetros estatísticos usualmente utilizados nessas estimativas a um tratamento de choque. Passaram a considerar a média,

extraída da curva gaussiana que representa distribuição temporal do óleo já produzido mais aquele ainda por ser produzido (life-cycle model), e não o nível de probabilidade 90, como a expressão mais provável dos volumes de

óleo convencional ainda passíveis de serem produzidos. Ora, não são necessários profundos conhecimentos para apontar a

fragilidade do exercício realizado por Campbell e Laherrère. Sem maiores comentários a respeito do ineditismo da opção pela média, observa-se que os autores remeteram ao campo da ficção pelo menos 40% das reservas de óleo do planeta (óleo que pode ser produzido com a tecnologia disponível e

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aos níveis de preço atuais) ao descartar o nível de probabilidade 90 como valor aceitável. Em outras palavras, os autores restringiram as

possibilidades de acerto das estimativas das reservas existentes de óleo a meros 50%, quando o professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite, mesmo dando eco a Campbell e Laherrère sobre o fim do petróleo barato, nos

ensina, em matéria na Folha de São Paulo sob o título O fim do petróleo, que ...'Hoje conhecemos suficientemente o planeta, pelo menos no que diz respeito ao petróleo, para poder traçar a curva de Gauss de sua produção global, com um nível de incerteza inferior a 10%', ou seja, com nível de

certeza superior a 90%. Ao aceitarmos que a indústria do petróleo opera com um nível de certeza, quanto a possibilidade de produzir o total das reservas estimadas, superior a 90%, não poderemos ao mesmo tempo concordar com os 50% adotados por

Campbell e Laherrère. E, ao não concordar, passaremos a posicionar, necessariamente, o fim do petróleo e, conseqüentemente, o fim do

petróleo barato, em horizontes além dos dez anos prognosticados pelos autores.

Mas vamos ao que interessa de fato, ao que deve balizar a discussão quanto ao esgotamento ou não das reservas globais de petróleo. Reservas de

petróleo, como ademais de todos os recursos minerais, são o resultado de investimentos prévios em pesquisa, em exploração e em tecnologia. E,

sendo assim, dinâmicas no tempo. Dinamismo esse que gera a expectativa de que avaliações sucessivas possam acrescentar novos volumes de óleo a cada estimativa anterior. O que não quer dizer, absolutamente, que as

reservas aumentarão indefinidamente. Há difusos limites físicos para tanto e bem mais precisos do ponto de vista tecnológico e econômico. Na contramão da perspectiva do fim do petróleo barato estão as

reavaliações das reservas petrolíferas mundiais realizadas pelo United States Geological Survey em 1997 e 2000, órgão que assessora o governo

norte-americano em suas ações para manter o fluxo de insumos minerais e energéticos para a indústria daquele país. Diga-se de passagem, país com

enorme dependência do subsolo alheio em matéria de petróleo. Essas reavaliações, diferentemente do que foi vaticinado por Campbell e

Laherrère, informam que as reservas de petróleo vêm sendo sistematicamente sub-avaliadas pelo órgão, permitindo-lhe concluir que '... um desbalanceamento num futuro próximo entre a demanda e o suprimento de óleo devido à exaustão dos recursos mundiais é pouco provável'. Sendo pouco provável também, nessas circunstâncias, o fim do petróleo barato.

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O USGS estima as reservas identificadas em 1100 bilhões de barris de óleo, as quais somadas aos recursos ainda não identificados do tipo convencional,

430 bilhões de barris, totalizam 1530 bilhões de barris de óleo. Se nada mais vier a ser adicionado a esse número e o consumo de petróleo se mantiver no patamar atual (75 milhões de barris/dia), ainda teríamos

petróleo para usar por mais 50 anos. Período por demais longo para afirmar que o petróleo ainda continuará sendo o principal combustível da matriz

energética mundial. Como escreve Cerqueira Leite, '... daqui a 40 anos ... já teremos encontrado uma alternativa para o petróleo...', logo, não se

justifica prognosticar seu fim. Cenários publicados recentemente pelo Grupo Shell e pela Agência

Internacional de Energia, já no presente milênio, dão conta que é muito improvável acontecer escassez de óleo antes de 2025, horizonte que pode ser estendido para 2040 através de ganhos de eficiência em veículos e do lado da demanda de um modo geral. Também informam que o custo de produção do barril de óleo deverá se manter, pelo menos até 2025, num patamar inferior aos US$ 20, pressionado por avanços tecnológicos. Os

custos decrescentes do biofuel e da conversão gas to liquids, ambos já bem abaixo dos US$ 20 por barril equivalente de óleo, impõem limites ao

aumento dos preços do barril de petróleo. Num cenário de grande dinamismo inovador, mais otimista que o anterior, em 2030 já deveremos estar adquirindo células combustíveis nas redes de

distribuidores e supermercados para abastecer nossos veículos e suprir nossas necessidades energéticas domésticas, mudando, assim, radicalmente nosso perfil energético e o da matriz energética mundial. Nessa situação, o petróleo, muito antes de se esgotar, perderá seu apelo como combustível, firmando-se como fonte de matérias-primas para outros setores industriais.

Sem demanda significativa, seus preços se tornariam tremendamente deprimidos: 'Oil is not need'.

Por tudo isso, entendo que a '...advertência inequívoca de Campbell e Laherrère...' sobre o fim do petróleo barato pode ser tudo, menos

inequívoca. Pensando bem, não se trata senão de outro daqueles tantos presságios que assolaram o Fim do Milênio.

Newton Müller Pereira é geólogo pela UFRGS, mestre pela UFBa, doutor pela EPUSP, pós-doutorado pelo SPRU, UK. Professor do Departamento de Política Científica e Tecnológica do IG/Unicamp, atuando no campo das políticas e economia dos recursos naturais e do meio ambiente, e no de

avaliação de programas tecnológicos. Exerceu a coordenação da pós-graduação do Departamento, a coordenação da pós-graduação e a direção

do Instituto de Geociências. Para ler sobre o assunto:

_ Adelman, M.A. and Lynch, M.C. - Fixed view of resources limits creates undue pessimism. Oil and Gas Journal, v95, n014.

_ Campbell, J. C. and Laherrère, J. H. - The End of Cheap Oil. Scientific American, March, 1998.

Ivanhoe, L. F. - Update Hubbert curves analyze world oil supply. World Oil, 1997.

_ IEA - World Energy Outlook 2002: Executive Summary. _ Cerqueira Leite, R. C. de - O fim do petróleo. Folha de São Paulo

10.05.98. _ Shell International Limited - Exploring the Future: Energy Needs, Choices

and Possibilities - Scenarios 2050. London, 2001.

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_ UNDP - World Energy Assessment: Overview. New York, 2000. _ USGS World Petroleum Assessment 1997 e 2000. Atualizado em

10/12/2002http://www.comciencia.br [email protected] © 2002

SBPC/Labjor Brasil

O MUNDO ESTÁ DERRETENDO Editoria: Mudanças Climáticas

Sexta-feira, 2 mai 2008 - 11h45

Glaciares tibetanos estão na lista do aquecimento global Pesquisadores ligados à Universidade da Califórnia, EUA, alertaram que o

derretimento recorde verificado na camada do gelo glacial ártico, ocorrido em setembro de 2007, pode ocorrer novamente em 2008. De acordo com os cientistas, existem 60% de chances de que o derretimento previsto supere o recorde anterior, já que as temperaturas continuam em elevação e existe

uma preponderância de camada de gelo recente e mais fino.

As previsões, feitas pelos pesquisadores do Centro de Pesquisas

Astrodinâmicas da Universidade da Califórnia, são baseadas em dados de satélites e recordes de temperatura e indicam que existem 3 chances em 5 de que o valor do mínimo anual de gelo será quebrado neste inverno. Se as previsões estiverem corretas esta será a terceira vez em cinco anos que o

recorde de derretimento no Ártico será batido. As observações mostram que a camada de gelo perene do Ártico já diminui

10% na última década, culminando com o recorde verificado em 2007, quando a cobertura atingiu 2.54 milhões de quilômetros quadrados, 736 mil

quilômetros menor do que a estimada em 2005.

Gelo Recente e Fino "A atual cobertura de gelo é mais fina e mais nova do que as camadas anteriores, o que colabora para um rápido processo de derretimento e

consequentemente um novo recorde", disse Sheldon Drobot, que lidera o grupo de pesquisadores junto ao departamento de ciências aeroespaciais da Universidade. Segundo Drobot, 63% do gelo atual do Ártico é mais novo que a

média e somente 2% é mais antigo. "As mudanças no mar do Ártico é um dos mais claros e óbvios sinais das

mudanças climáticas", alerta Dobrot. "O declínio continuado terá efeitos negativos em vários tipos de vidas selvagens, principalmente ursos polares,

morsas e focos". Para os humanos, no entanto, grandes zonas livres de gelo no Ártico por longos períodos podem oferecer um grande potencial para as navegações

comerciais entre a América do Norte e Europa. O declínio da camada de gelo ampliará a Passagem Noroeste, que corta o Estreito de Bering, Mar de

Chukch, Mar de Beaufort até chegar aos arquipélagos canadenses e atingir o

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Atlântico.

Baseados nas condições das correntes sobre o mar de gelo, o professor e

pesquisador aeroespacial Jim Maslanik observou que a Rota do Mar do Norte - a linha de navegação que cai desde o Atlântico até o Pacífico ao longo da

costa da Rússia, pode permanecer aberta até o verão. "Se as condições forem favoráveis é possível que áreas livres de gelo se desenvolvam até próximas ao

Pólo Norte", disse Maslanik.

Equipe A equipe de pesquisas que desenvolveu o trabalho pertence ao Sistema de

Previsão do Gelo do Ártico Regional, da Universidade do Colorado, e é o único grupo no mundo que atualmente faz previsões sobre a dinâmica da camada de gelo na região do Ártico. Os fundos para as pesquisas provêm do NSF, a Fundação Nacional de Ciências, dos EUA e ligada à NOAA, a Administração

Nacional Atmosférica e Oceânica.

Métodos Para atingir seus objetivos, os cientistas utilizam dados de sistemas passivos de microondas, emissões de radar e altímetros laser, fornecidos por satélites da Nasa, NOAA e Norad, o Departamento de Defesa americano. O leque de

dados é completado por bóias oceânicas que medem parâmetros meteorológicos e rastreiam as camadas de gelo, que para fins de estudo são

subdivididas em seções de 25 km quadrados. Cada seção de camada de gelo tem características próprias, que os cientistas chamam de assinaturas. Através dessas assinaturas é possível determinar sua

espessura, aspereza, cobertura de neve e detalhes de seu formato geológicos.

Com os dados coletados a equipe de pesquisadores faz as previsões de derretimento e acertadamente previu os recordes de derretimento

observados nos anos de 2005 e 2007 Fotos: No topo, um dos pesquisadores da Universidade do Colorado durante pesquisa no Ártico. Crédito: James Maslanik. Na seqüência, imagem captada pelo satélite Envisat mostra a rota ao longo da costa do Canadá totalmente

navegável no mês de setembro de 2007. Cortesia: ESA. Direitos Reservados

Ao utilizar este artigo, cite a fonte usando este link: Fonte: Apolo11 -

http://www.apolo11.com/mudancas_climaticas.php?posic=dat_20080502-114814.inc

setembro 24, 2009 Derretimento de gelo na Antártida e na Groenlândia acelera, mostra

satélite da Nasa

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Em vermelho, as áreas de afinamento (Mapa: British Antarctic Survey)

Derretimento de gelo na Antártida e na Groenlândia está mais rápido - Dados de satélite da Nasa detalham ação de glaciares, os ‘rios de gelo’.

Geleiras antárticas estão perdendo 9 metros por ano. Pesquisa do British Antarctic Survey (BAS) e da Universidade de Bristol

publicada nesta quarta-feira (23) pela revista “Nature” aponta uma aceleração da perda de gelo via glaciares da Antártida e da Groenlândia. No caso do continente antártico, os cientistas analisaram 43 milhões de dados colhidos por satélites da Nasa, a agência espacial americana. Para avaliar a situação na Groenlândia, foram 7 milhões de medições. Nos dois casos, o

período analisado é de 2003 a 2007. Do G1, em São Paulo. Um glaciar é um “rio de gelo” alimentado pelo acúmulo de neve. Ele escoa

das montanhas para regiões mais baixas, onde o gelo pode derreter, se romper no oceano na forma de icebergs ou reforçar uma plataforma de gelo. Plataforma é a extensão plana, flutuante, dos mantos de gelo, com espessura de 100 a 1.000 metros. Um manto de gelo é a capa de até 4 quilômetros que

cobre a rocha. Flui do centro do continente em direção à costa, onde alimenta plataformas.

Os cientistas chegaram a concluões nada animadoras: essa “dinâmica de afinamento” atinge, agora, todas as latitudes da Groenlândia; ela se

intensificou em áreas costeiras estratégicas da Antártida; para piorar, está também penetrando profundamente o interior dos mantos. Na Groenlândia,

os especialistas estudaram 111 glaciares que se movem rapidamente e localizaram 81 afinando em um ritmo duas vezes mais veloz do que o de

glaciares de movimento lento, na mesma altitude. Também descobriram que a perda de gelo em muitas geleiras da Antártida e da Groenlândia é maior do que o ritmo de queda de neve no interior dos territórios. Na região antártica, as geleiras que afinam mais rápido são a da Ilha Pine, a Smith e a Thwaites. A

perda de gelo ocorre a um ritmo de 9 metros por ano. “Fomos surpreendidos ao ver um padrão tão forte de afinamento das geleiras em uma área costeira tão vasta”, afirmou Hamish Pritchard, coordenador do

estudo e membro da BAS. “A diluição é disseminada e em alguns casos o afinamento se estende centenas de quilômetros em direção ao interior.” A equipe de Pritchard avalia que correntes marítimas mais quentes em

contato com a costa e derretendo a área frontal dos glaciares é a causa mais provável do fluxo mais acelerado das geleiras em direção ao oceano. “Essa forma de perda de gelo é tão parcamente compreendida que permanece a parte mais imprevisível do futuro aumento do nível dos oceanos”, completa

Pritchard. O satélite que forneceu as informações analisadas foi o ICESat (Ice, Cloud and

Land Elevation Satellite), lançado em janeiro de 2003, que cumpre uma

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órbita polar. A BAS , com sede em Cambridge, mantém 5 estações de pesquisa na

Antártida, dois navios e cinco aeronaves. EcoDebate, 24/09/2009

O crepúsculo de uma civilização e alvorecer de uma nova era. Bruno Engert Rizzo

Em 02/02/2007 foi divulgado em Paris o relatório do Painel

Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU. Apesar da situação de caos climático ter sido pauta dos jornais nos últimos

cinco anos, poucas pessoas e principalmente autoridades mundiais, vêm dedicando ao assunto à atenção merecida.

Os maiores poluidores do mundo não admitem mudar suas políticas industriais e de desenvolvimento e já anunciaram que não têm intenção de impor limites

às emissões de gases que contribuem para o aquecimento. As previsões são alarmantes e é certo que nos próximos 100 anos a

temperatura média venha a subir alguns graus, elevando o nível do mar, destruindo cidades e mesmo inviabilizando a vida em algumas partes do

planeta, extinguindo espécies, entre outras conseqüências. Os céticos, que classificavam como alarmista o discurso de uma corrente cada vez maior de cientistas, agora têm provas irrefutáveis que estamos

diante de um dos maiores desastres da humanidade. Mas essas são previsões que virão a se concretizar ao longo dos próximos 100 anos, segundo o relatório mencionado. Esse é um horizonte muito longo para pessoas egoístas e de visão curta, que não conseguem pensar nem na próxima

geração, o que dirá no destino da humanidade. Entretanto, estamos caminhando a passos largos para um problema muito mais grave e próximo, que por uma razão desconhecida não é debatido. O planeta tem atualmente aproximadamente 6,5 bilhões de habitantes. Segundo as previsões mais otimistas da própria organização das Nações

Unidas, em 2030 serão aproximadamente 8 bilhões de habitantes. É possível que em 2050 a população do planeta estabilize em torno de 9 a 10 bilhões de habitantes. Seja qual for o número certo, é absolutamente incompatível com

um planeta que hoje já demonstra sinais de esgotamento. De um lado temos uma população mundial que está longe de estacionar. Do outro temos um balanço de oferta x demanda de energia, alimento e água

potável que simplesmente não fecha. Na realidade o quadro atual já é crítico, se considerarmos que grande parte da população mundial não tem água nem alimento em quantidades mínimas compatíveis com as necessidades humanas. Ou seja, se toda população do planeta consumisse água, alimento e energia para atender às necessidades

básicas, já viveríamos uma gigantesca crise. Os hidrocarbonetos derivados do petróleo e do gás natural são os esteios da

civilização humana e atualmente responsáveis por mais da metade da energia primária ofertada no planeta.

Para que se tenha uma noção mais exata da origem da energia primária gerada no planeta:

35,3% vêm do petróleo; 21,1% vêm do gás natural;

23,2% vêm do carvão; 9,5% da biomassa tradicional inclusive lenha;

6,5% provem de origem nuclear; 2,2% provem de origem hidroelétrica;

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1,7% provem do álcool, biodiesel e outros derivados de biomassa; 0,5% provem de fontes renováveis como sol, vento, movimento de marés,

geotérmicas e outras. Ou seja, 79,6% da energia primária vêm de combustíveis fósseis. E aí esta a

crise que virá muito antes dos 100 anos. O petróleo tem um horizonte muito bem conhecido. Estima-se que no ano de

2010 teremos atingido o pico de produção e que a partir desse ano, provavelmente entraremos no ramo descente da curva mundial de produção

de petróleo com progressivo esgotamento de jazidas exploradas, das reservas conhecidas e a encontrar.

De 2010 a 2040 o petróleo se tornará, portanto, cada vez mais escasso e caro no planeta. Ou seja, a partir de 2010, o petróleo terá que ser

progressivamente substituído por outras fontes, que em 2040 terão de suprir praticamente toda produção de energia que provem do petróleo. É

importante frisar, que a demanda por energia, tende a crescer no mínimo na proporção do crescimento da população mundial.

A fonte alternativa seria num primeiro momento, o gás natural. Entretanto seu horizonte também é finito. Estima-se que as reservas mundiais totais de gás natural, talvez possam suprir a humanidade por 60 anos na atual taxa de

consumo. Entretanto, caso seja necessário empregar o gás para suprir a demanda não atendida pelo petróleo, seu horizonte se encurta.

O carvão é o hidrocarboneto mais abundante no planeta. Porém seu uso é altamente poluente e a substituição do petróleo pelo carvão agravaria o

fenômeno do aquecimento numa velocidade muito grande. Além disso, seria necessária uma reestruturação de dimensão planetária não só para

transportar, mas também para transformar o carvão em energia. Petróleo e gás são transportáveis em dutos, carvão não.

As demais opções são economicamente inviáveis e por mais esforço que se faça, nenhuma alternativa atualmente conhecida poderia suprir a demanda

dos hidrocarbonetos na quantidade necessária em tempo hábil. Estamos falando num cronograma para um projeto de substituição em escala mundial,

que deveria estar preparado para entrar em inicio de operação em exíguos três

ou cinco anos, para estar operacional daqui a 10 anos. Mas essa não é a matiz mais sombria do quadro. Normalmente quando se fala

em energia, pensamos em transporte, eletricidade, máquinas e motores. Ledo engano!

Existe uma energia mais vital. Alimentar uma população de 6 bilhões de habitantes só é viável com agricultura intensiva, atualmente altamente

dependente de energia, água, fertilizantes e pesticidas. Ainda que se encontrasse uma solução para a energia e admitindo que água

não seria um problema, fertilizantes e pesticidas vêm da indústria petroquímica que sem o petróleo não existe.

Sem incorporar artificialmente nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio – NPK - à terra, é inviável manter a produção de alimentos nos níveis atuais, muito menos aumentá-la para suprir a população mundial que ainda crescerá consideravelmente nas próximas décadas. A amônia, subproduto do petróleo e do gás natural é um dos insumos básicos para a fabricação de pesticidas e a principal fonte de nitrogênio. Não existe outra fonte capaz de substituir esse insumo a custo aceitável e nas quantidades necessárias. Talvez esses fatos expliquem melhor a guerra do Iraque e a conturbada geopolítica do Oriente

Médio. Todo esse cenário sombrio terá conseqüências inimagináveis. A geopolítica terá que ser revista com outras premissas. O planeta sofrerá

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grandes alterações diante das quais o homem está impotente. Pior ainda estamos diante de uma experiência nunca antes vivida e não sabemos ao certo quais as conseqüências. A civilização da fartura, do consumo, do esbanjamento, da insanidade, da corrupção e do egoísmo talvez tenha

chegado ao seu auge e poucos se deram conta. Se conseguirmos superar a grave crise de escala mundial que se aproxima, talvez possamos encontrar

um novo caminho para construir uma civilização verdadeiramente equilibrada, que efetivamente possa proporcionar bem estar a todos.

Em 04/02/2007 Comentários, críticas e sugestões:

09/01/2007 | EDIÇÃO Nº 448 EFEITO ESTUFA

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As novas rotas do Norte Um novo estudo marca uma data para o derretimento das geleiras. E –

acredite – isso pode ter um lado bom RENATA LEAL

Ogelo do oceano ártico está derretendo mais rápido do que se previa. Um estudo divulgado na semana passada sugere que, por volta do

verão de 2040, praticamente não haverá mais gelo eterno por lá. Seria uma das

conseqüências mais drásticas do aquecimento global, provocado pela emissão de gases

poluentes na atmosfera. Para analisar o degelo na região do Ártico, a

equipe do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos (CNPA) utilizou

supercomputadores que simularam sete cenários futuros, com base nos modelos

matemáticos mais atualizados para prever as mudanças climáticas. Eles usaram dados sobre a variação na cobertura de gelo do Ártico desde 1870,

incluindo o decréscimo significativo observado entre 1979 e 2005. Concluíram que, se o aquecimento global continuar no ritmo atual, o Ártico terá um

período de estabilidade, seguido de retração brusca. Numa das simulações, a área de gelo no verão diminui de 5,9 milhões para

1,9 milhão de quilômetros quadrados num período de dez anos. Em 2040, não haveria praticamente mais nada. No inverno, as geleiras também seriam afetadas. Sua espessura cairia de 3,6 metros para apenas 90 centímetros.

"Como o gelo diminui, o oceano transporta mais calor para o Ártico", afirma a líder do estudo, Marika Holland, do CNPA. "As águas abertas também

absorvem mais os raios solares, o que acelera o ritmo de aquecimento e leva à perda de mais gelo."

A situação gera um paradoxo. Alguns empresários estão pensando em como tirar proveito das vantagens econômicas geradas pelo degelo do Ártico. Nos últimos dois anos, pelo menos 17 navios quebra-gelos estiveram na região. Eles mostram que há possibilidades de abertura de outras rotas marítimas. Com a retração do Ártico, o caminho entre a Europa e a Ásia ficaria mais

curto. Isso facilitaria o transporte de mercadorias, sobretudo da China, do Japão e da Coréia.

A rota pelo Mar do Norte, atualmente navegável em alguns dias do ano, é 40% mais curta que o caminho tradicional, pelo Canal de Suez, no Oriente Médio. Com o derretimento do Ártico, essa rota seria navegável durante pelo menos

seis meses. A outra, entre os oceanos Pacífico e Atlântico, seria uma

AUTONOMIA Petroleiro no litoral do

Alasca. Com o derretimento, os

navios poderão ir mais ao norte

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alternativa ao Canal do Panamá. Ela serviria de conexão entre o Pacífico e os portos do Atlântico nos EUA e na Europa. E provocaria uma verdadeira

reorganização das rotas marítimas. Também aumenta a possibilidade de exploração do petróleo no Ártico. Isso até então era considerado inviável pelo alto custo. Além de petroleiros, a região atrairia mais turistas em transatlânticos e pescadores em busca de espécies locais. Um obstáculo seria o sistema de localização por satélite

(GPS), irregular em latitudes elevadas. Além disso, os mapas de profundidade marinha da região são baseados em dados coletados há mais de 200 anos.

As apostas no petróleo da região já estão em curso. Os oleodutos que distribuem o petróleo extraído na Sibéria estão próximos da capacidade

máxima. Com isso, os russos precisarão de navios para escoar sua produção. Uma possibilidade é usar o Porto de Murmansk, na parte oeste do Mar de

Barents, como base (acompanhe no mapa ao lado). Como os poços de petróleo estão concentrados na parte leste do mar, congelada durante dois

terços do ano, navios quebra-gelos poderiam fazer a exploração e o transporte. Em Murmansk, onde há menos gelo, o óleo seria transferido para outros navios petroleiros maiores. É nisso que apostam os empresários russos.

A companhia russa Sovcomflot encomendou três navios quebra-gelos de grande porte para o trabalho.

Embora pareçam promissoras, as novas rotas marítimas podem não compensar os danos globais do efeito estufa. As conseqüências do degelo no

Ártico vão além de ursos-polares se afogando. Com o aumento na temperatura da água, o nível do mar tende a subir. Nos últimos cem anos, ele se elevou de 10 centímetros a 20 centímetros. Agora, deve subir mais.

Com o oceano mais quente, o número de fenômenos como furacões e tufões também aumenta. O derretimento do Ártico altera ainda as correntes

marinhas e transforma o clima no resto do planeta. Segundo estudo recente do Observatório Lamont-Doherty, de Nova York, alterações nas correntes

marinhas podem levar frio ao oeste europeu e desregular as estações do ano. Haveria longos períodos de seca, maior variação de temperatura e fenômenos

climáticos imprevisíveis, como o El Niño. Um estudo recente mostra que o custo pode chegar a 20% do PIB dos países ricos. Meia dúzia de novas rotas

marítimas talvez não compense esse prejuízo.

Segundo estudo divulgado por pesquisadores americanos na semana passada, o gelo desaparecerá no verão de 2040

Fontes: Conselho para Transporte Marinho no Ártico e Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas dos EUA