empresa brasil 29

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Empresa Brasil - 1

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Edição 29 - 2007 da publicação Empresa Brasil da CACB.

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Page 1: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 1

Page 2: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 2

Page 3: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 3

Page 4: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 4

SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO

Editorial

Boa leitura,

Hugo JuliãoPublisher

[email protected]

06 EntrevistaAdelmir Santana, senador (DEM/DF) epresidente do Conselho DeliberativoNacional do Sebrae

10 Uma agenda nacional16 Peso tributário20 Turquia e EgitoPor Nilton Pedro

24 Redução da informalidadePor Fernando Brites

26 CACB e Sebrae exportamconhecimento32 Porque a forma dacomunicação determinacomportamentosPor Cida Montijo e Reyes Marinho

34 Feira do Empreendedor

SEÇÕES

38 SEBRAEBoletim Informativo

41 CACBCBMAE

Empreender

Progerecs

Uma agendanacional

10

Entrevista comAdelmir Santana,

senador (DEM/DF) epresidente do

Conselho DeliberativoNacional do Sebrae

6

Turquia e Egitona vizinhança da

prosperidade

20

Capa

Nesta edição da revista Empresa Brasil você vai ter acesso a matérias quemostram o lado bom do nosso país, e outras o seu lado perverso. Noprimeiro caso, você conhecerá o resultado do esforço de um ano de reflexãode lideranças empresariais, reunidas no movimento Ação Empresarial, queresultou no documento Agenda de Princípios para o Brasil, que elencaalgumas prioridades que, nos parece também, são essenciais para omomento nacional. É a matéria de capa.

Na linha dos fatos positivos, temos ainda o registro do primeiro projeto decooperação internacional realizado pela CACB, com o imprescindível apoiodo Sebrae. Trata-se do programa Empreender Internacional. Um programaque exportará conhecimentos e experiências do vitorioso projetoEmpreender. Você confere ainda os números positivos da Feira doEmpreendedor, realizada em Brasília, no mês de maio.

No lado que aponta para os problemas do Brasil, trouxemos uma matéria,embasada em pesquisa realizada pela PricewaterhouseCoopers /BancoMundial, que mostra que o nosso país, outra vez, está no topo de coisasnegativas: é onde mais se gasta tempo com o cumprimento de obrigaçõesfiscais, em seus diversos níveis.

O entrevistado da edição é o senador Adelmir Santana, presidente doConselho Deliberativo Nacional do Sebrae, que trata de assuntosdiretamente ligados à agenda dos empresários brasileiros. Não deixe de ler.Confira também os artigos de Fernando Brites, Nilton Pedro, e de CidaMontijo e Reyes Marinho.

Page 5: Empresa Brasil 29

Palavra do presidente

Um forte abraço,

Alencar Burti

PublisherPublisherPublisherPublisherPublisher Hugo Julião B. da Costa / ProduçãoProduçãoProduçãoProduçãoProdução Juliano Azuma,Marcel Azuma / Diretora ComercialDiretora ComercialDiretora ComercialDiretora ComercialDiretora Comercial Mel Almeida / DiretorDiretorDiretorDiretorDiretorde Artede Artede Artede Artede Arte Josue Jackson / Editoração EletrônicaEditoração EletrônicaEditoração EletrônicaEditoração EletrônicaEditoração Eletrônica AlexandreRibas, Marcos Ribas / Gerente Operacional Gerente Operacional Gerente Operacional Gerente Operacional Gerente Operacional LeonardoMittaraquis / Colaboradores: Colaboradores: Colaboradores: Colaboradores: Colaboradores: Fernando Brites, Nilton Pedro,Reyes Marinho, Cida Montijo, Luiz Antônio Bortolin / Revisão Revisão Revisão Revisão RevisãoRosângela Dória - - - - - DRT-SE 1073 / Jornalista Responsável Jornalista Responsável Jornalista Responsável Jornalista Responsável Jornalista ResponsávelThaïs Bezerra - DRT-SE 364

Assessoria de Imprensa da CACBAssessoria de Imprensa da CACBAssessoria de Imprensa da CACBAssessoria de Imprensa da CACBAssessoria de Imprensa da CACBCoordenador: Hugo Julião / Priscila Ferreira / Monique Menezes/ Estagiária: Mariana Xavier

Administração e ComercializaçãoAdministração e ComercializaçãoAdministração e ComercializaçãoAdministração e ComercializaçãoAdministração e Comercialização

Representantes Comerciais: Representantes Comerciais: Representantes Comerciais: Representantes Comerciais: Representantes Comerciais: Brasília - Dane Magalhães(61) 8116-8690 / Sergipe-Alagoas - Jonatal Souza (79) 8801-2074/ Bahia - Júlio César Ferreira (Cartão Postal) (71) 3287-0833 / SãoPaulo - José Moraes Alfaya (11) [email protected] Escritório Distrito Federal

David da Costa SCN - Centro Empresarial Liberty Mall - Torre A -

Salas 316/317 -(61) 3315-9071 - Brasília/DF - CEP 70712-903 /

Circulação DF Itamar Amaral - (61) 8118-6311 / Escritório Sergi-

pe Rua Capitão Benedito T. Otoni, 477 - Bairro 13 de Julho - (79)

3246-4707 - Aracaju/SE - CEP 49020-050.

O aumento da arrecadação de impostos tem sido cons-tante no Brasil. Para este ano, as estimativas são de umcrescimento superior a 10%, superando os R$ 900 bi-lhões. Uma diferença de quase R$ 100 bilhões em re-lação ao valor arrecadado no ano passado. Diante des-se quadro extremamente positivo, fica difícil entendera insistência do governo federal em querer, mais umavez, renovar a CPMF, cuja previsão de arrecadação é deR$ 37 bilhões.

É necessário que o governo entenda que, ao instituir aCMPF, foi feito um contrato com a sociedade. Nessecontrato, que era provisório, com prazo determinado,estava previsto que os recursos seriam usados paramelhorar a saúde da população. No entanto, a contri-buição tornou-se quase permanente e o objetivo inici-al não foi alcançado, pois as dificuldades no setor desaúde continuam.

Acredito que o momento é bastante propício para umaredução gradativa da CPMF, ainda dentro do período degestão do atual governo. Seria uma forma desta admi-nistração cumprir com aquilo que as anteriores nãocumpriram e, dessa forma, demonstrando respeito aocontribuinte, restaurar a credibilidade do governo pe-rante a sociedade. Isso permitiria, inclusive, que futu-ros pactos fossem propostos, com a conivência destamesma sociedade, para soluções de problemas con-junturais do país, que fossem de caráter emergencial.

Essa medida deveria ser acompanhada da implemen-tação de um completo processo de gestão, que fechas-se os ralos dos gastos públicos, invertendo a trajetóriaatual, onde a arrecadação sempre é acompanhada doaumento das despesas. A nosso ver, também deveriaser mantida uma alíquota residual, apenas suficientepara cobrir os custos operacionais de sua cobrança,que seria usada como instrumento de fiscalização pelaReceita Federal.

É preciso dar um basta à prorrogação da CPMF, poisela impede que o Brasil cresça. Vamos, juntos, traba-lhar para o bem das futuras gerações.

Peso tributário16

Empreenderinternacional 26

Page 6: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 6

Entrevista

Empresa Brasil - 6

O senhor apresentou um projeto de

lei que mexe numa questão delicada:

a relação das empresas de cartões de

crédito com o mercado e com o con-

sumidor. Quais as razões que o leva-

ram a apresentar este projeto?

Até o início dos anos noventa a

ingerência do Estado na economia

brasileira era quase diária, inclusive

na formação de preços. A era da eco-

nomia de mercado, na plenitude do

termo, é relativamente recente no Bra-

sil. Desde então, passou-se a convi-

ver com um regime de preços estabe-

lecidos pelas forças de mercado,

onde a liberdade passou a ser a regra

e a interferência do Estado a exceção.

No entanto, não nos preparamos de-

vidamente para conter as vicissitu-

des decorrentes do abuso do poder

econômico. Um dos segmentos em

que esse despreparo parece trazer

enorme e terríveis conseqüências é o

de cartões de débito e crédito. Em

todo o mundo, em particular nos Es-

tados Unidos e na Europa, as auto-

ridades de defesa da concorrência e

do consumidor travam uma verdadei-

ra batalha contra as bandeiras e agen-

tes financeiros, acusados de práti-

cas colusivas. Enquanto isso, no

Brasil, as nossas autoridades de de-

fesa da concorrência e o próprio Ban-

co Central, regulador do sistema fi-

nanceiro nacional, quedam-se iner-

tes.

O senador Adelmir Santana (DEM-DF) é, há muitotempo, um ativista dos setores de comércio eserviço. Suplente, chegou à titularidade desenador em função da vacância do cargo dePaulo Octávio, que foi eleito e assumiu comovice-governador do DF. Nascido na cidade deNova Iorque, no Maranhão, está radicado emBrasília desde 1964. É formado em administraçãode empresas e foi funcionário público até 1971.Deixou o serviço público para trabalhar naindústria farmacêutica. Em 1986 deixou de serempregado e ingressou empresarialmente naárea. Com experiência e representatividade nosegmento, consolidou a rede de Drogarias Vison,formada atualmente por mais de vinte lojaslocalizadas em shoppings e quadras comerciaisdo Distrito Federal.Como empresário, Adelmir Santana é umaliderança das mais atuantes no DF: preside oSistema Fecomércio-DF, o Conselho Deliberativodo Centro de Tecnologia de Software de Brasília(Tecsoft), o Conselho Consultivo da AssociaçãoJunior Achievement (AJA/DF) e o Sindicato doComércio Varejista de Produtos Farmacêuticos(Sincofarma/DF). Em âmbito nacional, preside oConselho Deliberativo Nacional do Sebrae(biênio 2007/2008) e é vice-presidente daConfederação Nacional do Comércio (CNC) e daAssociação Brasileira do Comércio Farmacêutico(ABCFARMA). Também participa do Conselho

Adelmir SantanaConsultivo da Agência Nacional de VigilânciaSanitária (Anvisa) e do Conselho Deliberativo daAgência Brasileira de DesenvolvimentoIndustrial (ABDI).Em seu primeiro mandato como senador, aindacom pouco tempo de atuação, Adelmir Santanajá exerce papel de destaque assumindo diversasfunções na Casa, sempre por indicação de seuspares: é coordenador da Frente Parlamentar dasMPES, vice-presidente do Conselho de Ética eparticipa de 10 comissões permanentes, sendotitular em três delas: da Comissão de Serviçosde Infra-Estrutura (CI); da Comissão deConstituição, Justiça e Cidadania (CCJ); e daComissão de Assuntos Econômicos (CAE).O senador Adelmir Santana apresentou o Projetode Lei (PLS 203/2007) que prevê a fixação depreço diferenciado na venda de bens ou naprestação de serviços pagos com cartão decrédito em relação ao preço a vista. Tambémprevê a redução do tempo para o repasse dodinheiro aos empresários e o controle daselevadas taxas de juros cobradas pelasadministradoras. Adelmir é um defensor dasreformas necessárias para a redução damáquina administrativa e pretende caminhar emdireção às reformas tributária, política, fiscal,trabalhista e sindical. Confira algumas das suasidéias nesta entrevista concedida à revistaEmpresa Brasil.

Page 7: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 7Empresa Brasil - 7

Do que trata o projeto?

O projeto faculta aos estabeleci-

mentos comerciais fixar, nas vendas à

vista, preços mais baixos dos que

são cobrados quando o pagamento é

feito por cartões de crédito. No Bra-

sil, o consumidor não sabe quanto

custa usar o cartão de crédito. Não

sabe, por exemplo, que poderia pagar

cerca de 5% a menos pelo produto se

não utilizasse esse meio de tratamen-

to. Trata-se de um valor maior do que

o da inflação por 12 meses e também

superior a um ano de remuneração

real da poupança. Esse projeto é um

instrumento para alcançar o nosso

objetivo que é forçar uma revisão

dessas taxas.

Porque a fixação desses preços, a

que seu projeto alude, não é aplicada

no país?

As taxas extorsivas vêm camufla-

das no manto bem intencionado das

autoridades, que obrigam os comerci-

antes a cobrar de todos os consumi-

dores o mesmo preço, sejam eles por-

tadores ou não de cartões. Essa exi-

gência – repita-se, bem intencionada

– acarreta uma dupla injustiça: 1º-

cobra-se do não usuário de cartão

por um serviço que ele não utilizou;

e 2º- faz-se com que o consumidor de

menor renda, que não tem acesso aos

cartões, subsidie o custo do uso do

cartão por parte da camada de maior

poder aquisitivo. As bandeiras, habil-

mente, conseguiram convencer as

autoridades financeiras que a igual-

dade de tratamento é um benefício,

encobrindo o fato que igualdade en-

tre desiguais é, na verdade, mascara-

da injustiça. É exatamente este con-

sumidor mais carente quem deveria

ser o alvo primeiro da proteção das

autoridades. Precisamos, urgente-

mente, lançar luzes sobre essa ques-

tão, exigindo das autoridades o mes-

mo rigor que vem sendo demonstra-

do em outros países, e produzindo

uma legislação mais adequada à rea-

lidade deste mercado, valendo-nos,

inclusive, de experiência internacio-

nal exitosa. Esta é uma luta do con-

sumidor brasileiro

Uma outra questão que tem sido alvo

de suas preocupações refere-se ao

mercado informal no Brasil. Por

quê?

Os números dos negócios realiza-

dos na base da informalidade no Bra-

sil são impressionantes e ao mesmo

tempo preocupantes. Estudo feito

pelo Instituto de Pesquisa Econômi-

ca Aplicada (Ipea), ligado ao Minis-

tério do Planejamento, revela que

50,4% dos postos de trabalho gera-

dos pelo setor produtivo nacional,

em 2005, foram provenientes do setor

informal. Esse número é pouco me-

nor do que os 51% detectados em

igual pesquisa realizada no ano de

2000 e mostra que se não houver um

amplo trabalho de mobilização nos

Estados para incentivar a regulariza-

ção dos pequenos negócios, trazen-

do-os para o mercado formal, a situ-

ação continuará grave.

E como fazer essa mobilização?

O momento é mais do que ade-

quado para colocar este assunto em

pauta novamente. A Lei Geral das

Micro e Pequenas Empresas, aprova-

da no ano passado pelo Congresso

Nacional, após longa campanha con-

junta do Sebrae com os diversos seg-

mentos do País, entra em vigor no dia

1º de julho e deve contribuir signifi-

cativamente para a formalização de

milhares de empreendimentos, hoje

no setor informal, graças aos benefí-

Page 8: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 8Empresa Brasil - 8

cios que traz. A Frente Parlamentar

das Micro e Pequenas Empresas que

criamos no Congresso Nacional, da

qual faço parte, iniciou uma caravana

que está percorrendo as principais

cidades brasileiras para debater as-

pectos da lei com o empresariado lo-

cal. Teremos que sensibilizar os go-

vernantes de todos os Estados para

a importância da nova legislação. É

bom lembrar que com a criação do

Simples, em 2003, cerca de um milhão

e oitocentas mil empresas se legaliza-

ram e foram cadastradas no sistema.

Além desta mobilização, de que outra

maneira o problema da informalida-

de deve ser enfrentado?

Segundo o Ipea, a forma mais

correta de combater a informalidade é

a retomada do crescimento econômi-

co com a criação de um ambiente fa-

vorável às empresas. Sem um ambien-

te favorável, o crescimento econômi-

co brasileiro continuará bem abaixo

dos seus vizinhos e de outros países

em desenvolvimento. O que impede

esse crescimento maior do Brasil são

fatores estruturais, como o baixo ní-

vel de investimento há muitos anos,

a falta de investimento público e pri-

vado, além de uma carga tributária

agressiva causada pelos constantes

aumentos das despesas e dos custos

Estudo feito pelo

Instituto de Pesquisa

Econômica Aplicada

(Ipea), ligado ao

Ministério do

Planejamento,

revela que 50,4%

dos postos de

trabalho gerados

pelo setor produtivo

nacional, em 2005,

foram provenientes

do setor informal.

do governo. Precisamos quebrar

essa inércia se quisermos construir

um país competitivo e justo, com am-

biente saudável para os negócios e a

geração de empregos para a popula-

ção, reduzindo as desigualdades ain-

da existentes em nossa sociedade. E

todo este trabalho começa com a for-

malização dos milhões de informais.

Quais as suas expectativas sobre o

projeto que obriga a divulgação dos

impostos embutidos nos preços de

mercadorias e serviços (PLS 174/

06), que teve o parecer do relator,

aprovado recentemente na Comissão

de Meio Ambiente, Defesa do Consu-

midor e Fiscalização e Controle

(CMA)?

O projeto permitirá que o contri-

buinte saiba quanto de fato é o valor

do imposto embutido no preço final

do produto ou serviço. Ele regulamen-

ta o parágrafo 5º do artigo 150 da

Constituição Federal, que dá o direito

ao cidadão ter ciência da quantidade

de impostos que paga em suas aqui-

sições. Isso tornará mais visível a alta

carga tributária a que estamos subme-

tidos. Uma nova votação, em turno

suplementar, deverá acontecer no Se-

nado e depois o projeto segue para a

Câmara. Há uma expectativa de que,

também lá, ele seja aprovado. Estamos

torcendo para que isto aconteça, pois

é um importante passo no caminho da

conscientização do cidadão que, mui-

tas vezes, só toma conhecimento dos

impostos que incidem de forma dire-

ta como o IPTU, o IPVA e o Imposto

de Renda, por exemplo. Desta forma,

acredito, o consumidor passará a co-

brar mais dos entes públicos no que

se refere á qualidade dos serviços

que são disponibilizados pelos go-

vernos dos municípios, dos estados

e da Federação.nONONO ONONO OONONO ONO OON

Page 9: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 9

E sobre o Plano de Aceleração do

Crescimento (PAC), que análise o

senhor faz?

Sem dúvida, é uma espécie de

plano de governo amplo, com um

horizonte profundo e repleto de

boas intenções. Mas isso só não

basta. A nação não só esperava

como precisava de muito mais. Fal-

tou, por exemplo, apontar com clare-

za e transparência as fontes finan-

ceiras e impulsionadoras do tão

anunciado espetáculo do cresci-

mento. É uma pergunta que conti-

nua no ar: de onde vem o dinheiro

para alavancar o crescimento da

economia brasileira em 5%. Afinal,

para que haja esse crescimento de-

sejado é preciso investimentos dife-

renciados do poder público, que

hoje detém cerca de 40% do PIB na-

cional. Então, podemos dizer que

falta ao PAC a confiança, a credibi-

lidade e o ambiente de animação, fa-

tores psico-sociais tão importantes

para o Brasil entrar de uma vez por

todas no ritmo de crescimento das

demais nações do planeta que mar-

cham a passos acelerados, como a

Índia, a China, o Chile e a irmã Ar-

gentina. Há um clamor nacional pelo

crescimento econômico. Das roucas

vozes das ruas, que buscam o ga-

nha-pão na informalidade; às mais

altas e esferas da República.

Algumas medidas provisórias do

PAC já foram aprovadas. Além de

outras medidas relacionadas com o

projeto, como a que reduz o superá-

vit primário, por exemplo. A seu ver,

está havendo avanços na implemen-

tação do programa?

Realmente algumas medidas fo-

ram aprovadas. No entanto, proje-

tos mais polêmicos, como o que li-

mita o gasto com o funcionalismo

público federal, só devem ser apre-

ciados no segundo semestre. Acre-

dito que também os projetos que

tratam da legislação ambiental, das

agências reguladoras, da defesa da

concorrência, devem ficar para mais

adiante. São temas complexos que

exigirá muito esforço para serem

aprovados. Além disso, existem al-

gumas questões que vão demandar

muitas negociações dentro do Con-

gresso como a proposta de reforma

tributária que inclui a criação do Im-

posto de Valor Agregado (IVA), tan-

to em nível estadual quanto federal,

as prorrogações da CPMF, da DRU,

a reforma política, a PEC que trata

do Fundo de Participação dos Muni-

cípios e a Lei de Diretrizes Orçamen-

tárias, para citar algumas. Ainda

existe a possibilidade de trancamen-

to da pauta por medidas provisórias.

Portanto, o Congresso terá um papel

fundamental, mas não necessaria-

mente essencial, porque o que mais

trava o desenvolvimento do país

são, de um lado, a máquina governa-

mental e, de outro, a excessiva car-

ga tributária. Estes dois itens depen-

dem, em larga medida, do executivo

federal.

Como o senhor recebeu a indicação,

por unanimidade, para a vice-presi-

dência do Conselho de Ética do Se-

nado?

Foi com surpresa, mas com bas-

tante confiança. Ao lado do presi-

dente, senador Sibá Machado, e dos

demais membros, tenho a convicção

de que o Conselho dará celeridade

nos processos e clareza nas deci-

sões. De minha parte, tenho a certe-

za de que cumprirei com responsabi-

lidade mais este encargo que meus

pares me confiaram.

Empresa Brasil - 9

Page 10: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 10

Matéria de capa

A Agenda de Princípios para

o Brasil é uma iniciativa da

Ação Empresarial (ver

boxe). Trata-se de um conjunto de

princípios, valores e de prioridades

políticas que os seus signatários con-

sideram essencial para acelerar o de-

senvolvimento do país e aperfeiçoar

as instituições e a democracia. A

Agenda reúne, em um único documen-

Umaagendanacional

to, o resultado do

que pensam sobre o

país os represen-

tantes das organiza-

ções que compõem a

Ação Empresarial e de outros seg-

mentos da sociedade civil que partici-

param de um amplo processo de refle-

xão sobre os problemas nacionais,

que durou cerca de um ano.

Com o objetivo de validar e

ampliar o apoio dos brasilei-

ros, a Agenda de Princípios

para o Brasil foi entregue aos

principais dirigentes da nação.

Também está sendo enviada às

centrais sindicais, parlamenta-

res, governantes e outras ins-

tâncias de poderes constituí-

dos em todo o país. Além dis-

so, o cidadão, seja como pes-

soa física ou representando

uma organização, pode mani-

festar sua concordância com

as idéias contidas no docu-

mento por meio do site

www.agendaprincipiosbrasil.org.br. Os

temas abordados dão ênfase às medi-

das que se relacionam com a moder-

nização e a transformação estrutural

do Estado, como as reformas fiscal e

previdenciária e a racionalização e re-

dução dos gastos públicos.

Conheça o resumo de alguns itens

das seis prioridades nacionais rela-

cionadas na Agenda:

1. Crescimento Econômico e Desen-

volvimento Social

A necessidade do crescimento - O

Brasil tem crescido sistematicamente

menos que a economia mundial e

está ficando atrasado em relação a

países como Índia, China, Chile, Mé-

xico, África do Sul e outros.

As bases do crescimento - É preci-

so readequar o tamanho do Estado,

com redução da carga tributária e me-

lhoria dos gastos públicos, e remover

algumas das principais razões do bai-

O pesadelo dos elevados tributos atinge a todos os brasileiros. Como há muitosimpostos indiretos, a população não tem conhecimento do quanto sai de seubolso. A esperança é que o Congresso aprove o projeto de lei que estabelece aobrigatoriedade da menção dos tributos nas notas fiscais. Com isso, oconsumidor saberá exatamente o quanto de imposto está pagando e que vêmembutidos nos preços de produtos e serviços que ele adquire.

Page 11: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 11

xo crescimento.

Poupança e investimentos públicos

- A revigoração da poupança pública

mudará o cenário dos últimos 15

anos, em que o Brasil conviveu com

uma taxa de investimentos reduzida e

baixo crescimento. Sem capacidade

de poupança os investimentos públi-

cos minguaram, em especial em infra-

estrutura econômica e social, com

conseqüências negativas para a pro-

dutividade, crescimento econômico e

bem estar social.

Renda e ataque à pobreza - Man-

ter o atual ritmo de crescimento sig-

nifica que o Brasil levará 100 anos

para dobrar a sua renda per capita.

Eliminar a pobreza exige aceleração

do crescimento econômico e ações

melhor orientadas aos grupos mais

desprotegidos.

2. Estado de Direito e Segurança Pú-

blica

Estado de direito - O respeito à lei

é condição indispensável à paz pú-

blica e à preservação dos direitos

individuais do cidadão e do direito

à propriedade. O Estado não pode

ser leniente com a violação desses

direitos.

Paz pública - Garantir a segurança

pública é o dever primeiro do Estado

e também sua principal razão de ser.

É ela que protege a vida de cada um,

sua integridade física, liberdade de ir

e vir e usufruto das liberdades.

Segurança jurídica e contratos -

Respeitar integralmente os contratos

efetuados dentro da legalidade é ex-

pressão de segurança jurídica, essên-

cia da economia de mercado. O res-

peito aos contratos pressupõe justi-

ça ágil e eficaz, que garanta os direi-

tos das partes.

Difusão da propriedade: regulari-

zação fundiária e titularidade de ter-

ras - Regularizar a titularidade de ter-

ras urbanas e rurais reforça a cidada-

nia e promove o crescimento.

3. Educação e Saúde Pública

Igualdade de oportunidades - Pro-

piciar aos cidadãos níveis de educa-

ção compatíveis com as exigências

do mundo moderno e prepará-los

para o mercado de trabalho são con-

dições indispensáveis ao desenvolvi-

mento do país.

Educação de qualidade - Promover

educação de qualidade é fundamen-

tal. Este documento referenda os

compromissos do Movimento Todos

pela Educação:

- todas as crianças e jovens, de 4

a 17 anos, devem estar na escola;

- todos os alunos devem concluir

os ciclos do ensino fundamental e

médio;

- todas as crianças, aos 8 anos de

idade, devem saber ler e escrever;

- todos os alunos devem aprender,

pelo menos o mínimo adequado a

cada ciclo;

- a educação deve ter a garantia

dos recursos necessários para cum-

Xenia

Antu

nes

O Congresso tem uma participação muito importante na articulação para a implantação das reformas no país

Page 12: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 12

prir as metas de acesso, permanência

e sucesso escolar.

Saúde pública - Prover atendimen-

to médico-dentário-hospitalar de

qualidade à população, sobretudo

aos mais carentes, deve ser preocu-

pação maior do Estado. É tarefa inadi-

ável promover o saneamento e mo-

dernização do sistema e ampliar sua

abrangência com apoio dos hospitais

filantrópicos e privados.

Sociedade da informação - Asse-

gurar amplo acesso à informação tor-

nou-se uma questão chave do mun-

do moderno. Aprimorar a eficiência e

velocidade da geração e circulação

do conhecimento deve ser o objetivo

comum da sociedade.

4. Infra-estrutura

Custo Brasil - Enfrentar os custos

decorrentes de uma infra-estrutura

precária é um dos problemas da pro-

dução brasileira em geral e fator rele-

vante de perda de competitividade,

aumento de riscos e de sofrimento

das pessoas.

Participação do setor privado /

Marcos regulatórios - Estabelecer re-

gras claras, com visão de longo prazo

e respeito aos contratos, contribui

para atrair o interesse do investimen-

to privado em portos e conservação e

ampliação das malhas rodoviária e fer-

roviária, além da ampliação da oferta

de energia e telecomunicações.

Rodovias - Recuperar, em regime de

urgência, a malha rodoviária existen-

te e promover sua readequação e am-

pliação são medidas inadiáveis. A as-

sociação entre os setores público e

privado constitui alternativa para as

necessidades do desenvolvimento

nacional.

Ferrovias - Marcos regulatórios

adequados são necessários para a

promoção de inadiáveis aumentos na

Jorge Gerdau Johannpeter, coor-

denador geral da Ação Empre-

sarial, entregou a Agenda de

Princípios para o Brasil aos presi-

dentes do Senado, senador Renan

Calheiros, da Câmara, deputado Arlin-

do Chinaglia, aos líderes partidários,

ao presidente da República, Luís Iná-

cio Lula da Silva, e ao vice, José Alen-

car. Jorge Gerdau esteve acompanha-

do do deputado federal Armando

Monteiro Netto, presidente da Confe-

deração Nacional da Indústria (CNI),

e Carlos Eduardo Moreira Ferreira,

também da CNI; Flávio Benatti, da

Confederação Nacional dos Trans-

portes (CNT); Gabriel Jorge Ferreira,

presidente da Confederação Nacional

das Instituições Financeiras (CNF);

Luiz Gil Siuffo, líder da Confederação

Nacional do Comércio (CNC), Luiz

Otávio Gomes, membro do Conselho

Superior da CACB; Cristiano Buarque

Franco Neto, coordenador geral ad-

junto da Ação Empresarial e Marco

Polo de Mello Lopes, coordenador

executivo da entidade.

Nos encontros, Jorge Gerdau enfa-

tizou que o tão esperado crescimen-

to sustentável só será viabilizado

com o aumento da poupança. “De-

fendemos a maior criação de empre-

gos e renda. O Congresso tem um

papel importante nesta articulação.

Esta Agenda é a visão unificada do

empresariado e procura refletir tam-

bém os anseios dos trabalhadores e

da sociedade civil. É inadmissível

que o Brasil não consiga crescer pelo

menos 5% ao ano aproveitando as

boas condições da economia interna

e externa”, afirmou Gerdau. O presi-

dente da Câmara, Arlindo Chinaglia,

destacou que os princípios defendi-

dos no documento são os mesmos

da sociedade civil e defendeu a ur-

gência na adoção de medidas para a

aceleração do crescimento.

O senador Renan Calheiros anun-

ciou a criação de uma Consultoria Ins-

titucional para estabelecer um canal de

diálogo permanente com a sociedade

civil: “Temos que organizar o pensa-

mento do país. Fico muito satisfeito

ao ver que a Agenda de Princípios

reúne os principais pontos para serem

debatidos”. Ele acrescentou que o

PAC (Programa de Aceleração do

Crescimento) é importante, mas será

preciso avançar nas reformas.

O presidente do senado Renan Calheiros e o coordenador geral da AçãoEmpresarial, Jorge Gerdau

Documento é entregue aospresidentes da Câmara e do Senado

Page 13: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 13

capacidade de transporte de carga e

de passageiros.

Portos - Aprimorar a eficiência das

administrações portuárias, profissio-

nalizando e despolitizando seus sis-

temas de gestão, contribuirá para a

melhoria da competitividade em rela-

ção aos portos mundiais. Indispensá-

vel também ampliar investimentos

para aumento da capacidade de mo-

vimentação de carga.

Energia - Retomar investimentos

maciços para a aproveitar as condi-

ções naturais propícias relativas às

energias hidroelétrica e bio-renová-

veis deve ser meta brasileira. Incen-

tivo ao investimento privado no setor

é essencial. A alta incidência de im-

postos e encargos, reduzindo a com-

petitividade da energia brasileira, e

os entraves no processo de licencia-

mento ambiental são os principais

problemas a serem removidos.

Saneamento básico – Assegurar

acesso ao saneamento significa aten-

der a uma necessidade básica da po-

pulação e promover economia de re-

cursos escassos. Para cada unidade

de valor investido em saneamento, o

país economiza três unidades de va-

lor em saúde.

Agências reguladoras - Despoliti-

zar e fortalecer as agências regulado-

ras é condição básica para tornar o

processo regulatório mais técnico,

tornando o ambiente mais favorável

ao investimento privado.

5. Governança Pública

Reforma política e eleitoral - Pro-

piciar o fortalecimento das institui-

ções e a predominância de políticos

compromissados com os interesses

maiores do país é o que se espera de

uma reforma política e eleitoral. A le-

gislação eleitoral permissiva, com

poucos controles efetivos, sem meca-

nismos eficazes de fidelidade partidá-

ria, financiamento e atenção aos en-

tes federativos, favorece o fisiologis-

mo e a corrupção.

Reforma trabalhista/sindical -

Modernizar a legislação trabalhista e

sindical é exigência de um mundo em

aceleradas transformações. A legisla-

ção atual mostra-se cada vez mais

inadequada para reger relações que

requerem flexibilidade, agilidade e re-

presentatividade.

Emprego e informalidade - Incor-

porar o cidadão à formalidade é ques-

tão de cidadania. Na informalidade,

as pessoas têm menos oportunidades

para transformar seus bens em ins-

trumentos de seu desenvolvimento,

com prejuízo da produtividade e do

Os líderes empresarias e o presidente da Câmara

O presidente Lula foi a primeiraautoridade a receber a Agenda dasmãos dos líderes empresariais

Page 14: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 14

crescimento. Com maior incorpora-

ção de indivíduos e empresas ao mer-

cado formal haverá ativação da eco-

nomia, além de aumento na arrecada-

ção de impostos e contribuições pre-

videnciárias.

Reforma judicial - Agilizar as deci-

sões e democratizar o acesso à justi-

ça é próprio de um Estado moderno,

capaz de assegurar os direitos dos

seus cidadãos. Se a Justiça tarda, o

seu resultado é a injustiça e a quebra

dos contratos.

Desburocratização - Desburocrati-

zar a vida do cidadão e das empresas

é tarefa urgente. Cada vez mais os ci-

dadãos e as empresas estão presos a

uma rede de documentos, demandas

e papéis que dificultam o cotidiano e

reduzem a produtividade.

Transparência - Conhecer ampla-

mente as ações e gastos do Estado é

exigência da cidadania. Deve-se am-

pliar o acesso às contas públicas, de

forma a aprimorar o controle dos gas-

tos estatais nas três esferas do Exe-

cutivo, no Legislativo e Judiciário. A

tecnologia digital oferece meios que

deveriam ser melhor utilizados com

esse objetivo.

6. Reforma Fiscal e Previdenciária

Revisão de paradigma - Reduzir a

carga tributária aumenta a competiti-

vidade das empresas, reduz os pre-

ços e incentiva o crescimento. Ne-

nhum governo, nos últimos anos,

adotou políticas voltadas à redução

da carga tributária, que aumentou de

31,7% do PIB em 1999 para 37,37%

em 2005. Há necessidade de mudan-

ça de paradigma no que se refere ao

tamanho e funções do Estado.

A reforma da previdência - Refor-

mar a Previdência Social é necessi-

dade inadiável pois seu custeio one-

ra os cofres públicos e drena recur-

sos dos contribuintes que poderiam

ter melhor destinação social e eco-

nômica. Os benefícios previdenciári-

OBRASIL, apesar dos esfor-

ços recentes, continua na

contramão mundial em maté-

ria de tributos. Em 2006, a carga tri-

butária alcançou o recorde de 38,8%

do PIB, e cada brasileiro pagou, em

média, mais de R$ 4.400 em impostos.

Hoje, a maioria dos países trabalha

com um só tributo sobre o consumo-

o imposto sobre o valor agregado

A reforma necessáriaJorge Gerdau

A simplificação tributária é um caminhoinevitável. E o Congresso não pode ficarausente dessa discussão

(IVA). No Brasil, entretanto, dezenas

de tributos incidem sobre produtos,

mercadorias e serviços, em nível mu-

nicipal, estadual e federal, criando

instrumentos de controles burocráti-

cos que tornam complexa a vida dos

contribuintes. Com esse emaranhado

tributário, perde-se competitividade

e lógica econômica.

Para mudar essa situação, é preci-

so transformar o atual sistema tribu-

tário, arcaico e burocrático, e adotar

o IVA, que absorveria o IPI, ICMS,

ISS, PIS e Cofins e reduziria a cumu-

latividade dos impostos, um dos fa-

tores que emperram o crescimento.

Com o IVA, um empresário pagaria

apenas os tributos relacionados ao

valor adicionado, pela sua atividade,

aos produtos e serviços, à medida

que recebesse um crédito do valor

pago nas etapas anteriores da cadeia

produtiva. Esse modelo funcionaria

como um sistema de débitos e crédi-

tos, com número reduzido de alíquo-

tas, conforme a essencialidade dos

produtos e serviços.

Para garantir a eficiência desse sis-

tema, o IVA deveria ser cobrado pela

os subiram de 5,0% do PIB em 1995

para 7,6% em 2005. A reforma da pre-

vidência deveria contemplar três

grandes eixos:

1. Custeio - os benefícios devem

ser proporcionais às contribuições,

com a eliminação de privilégios;

2. Gestão - os problemas relativos

à ineficiência e corrupção devem ser

eliminados;

3. Modelo - a capitalização do sis-

tema deve ter a participação do setor

privado.

Reforma tributária e fiscal - Bus-

car a redução e simplificação dos im-

postos, para facilitar a vida das em-

presas e dos cidadãos e eliminar as

distorções que afetam a competitivi-

dade, são objetivos prioritários da

reforma tributária. É também necessá-

ria a revisão dos mecanismos de ge-

ração de despesas e das competênci-

as entre os entes federados quanto

às responsabilidades de dispêndios e

de tributação.

Page 15: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 15

União, e os recursos arrecadados se-

riam repassados automaticamente a

Estados e municípios, conforme cri-

térios definidos. Esse procedimento

levaria à simplificação do sistema tri-

butário e reduziria longas discussões

sobre o que gera ou não gera crédi-

tos tributários a serem abatidos nas

etapas posteriores da cadeia produ-

tiva. Essas discussões sobrecarre-

gam o Poder Judiciário.

A implantação gradativa do IVA,

somada à adoção da nota fiscal ele-

trônica, também reduziria a sonega-

ção. Isso porque um sistema eletrô-

nico, interligando empresas e fiscos,

permitiria a apuração automática dos

tributos (débitos e créditos). É funda-

mental também desonerar as exporta-

ções do Brasil, que continua expor-

tando tributos e perdendo espaço no

mercado externo. Para isso, poderia

ser criado um fundo para compensar

as vendas para o exterior a partir do

IVA incidente nas importações. Como

a carga tributária sobre as exporta-

ções é menor que a das importações,

haveria um balanceamento positivo

entre créditos e débitos, tornando a

estrutura viável.

Nesta semana o governo federal re-

úne-se com governadores para deba-

ter a proposta de tributação do ICMS

no destino-em vez de na origem. A

medida, que enfrenta resistências po-

líticas, seria um primeiro passo para

garantir um sistema tributário mais

justo. Cabe ao Congresso chamar

para si a responsabilidade da discus-

são e da implementação de novas

medidas nessa área.

O Brasil não pode se curvar a inte-

resses políticos e corporativos ad-

versos, que só aumentam o “custo

país”. A simplificação tributária é um

caminho inevitável. Resta saber se o

Brasil quer conquistar condições de

igualdade em relação a seus concor-

rentes ou se deseja continuar na

contramão da história.

___________________________________________________________JORGE GERDAU JOHANNPETER, 70,

é presidente do conselho deadministração do grupo Gerdau,

presidente fundador do MovimentoBrasil Competitivo (MBC) e

coordenador da Ação Empresarial.Fonte: O artigo foi publicado

originalmente na Folha de São Paulo

AAção Empresarial foi cria-

da em novembro de 1993,

por um grupo de empre-

sários brasileiros e teve como em-

brião, a formação de um centro de

estudos da Constituição da Repú-

blica Federativa do Brasil, denomi-

nado Centro de Estudos Constitu-

cionais - CEC. Seu gestor é o Ins-

tituto Brasileiro de Siderurgia - IBS.

Tem por objetivo identificar e de-

fender os interesses comuns do

empresariado, complementando o

trabalho que empresas e empresá-

rios desenvolvem através de seus

órgãos de classe.

São 55 as organizações partici-

pantes: 6 confederações, 7 federa-

ções e outras 42 associações, ins-

titutos, sindicatos e grupos de em-

presas. Os presidentes destas en-

tidades integram o Conselho Polí-

tico. O Coordenador Geral é o empre-

sário Jorge Gerdau Johannpeter.

As confederações e federações par-

ticipantes são as seguintes:

Confederações

CACB - Confederação das Associa-

ções Comerciais e Empresariais do

Brasil; CNA - Confederação Nacional

da Agricultura e Pecuária do Brasil;

CNC - Confederação Nacional do

Comércio; CNF - Confederação Naci-

onal das Instituições Financeiras;

CNI - Confederação Nacional da In-

dústria; CNT - Confederação Nacio-

nal do Transporte

Federações

Febraban - Federação Brasileira das

Associações de Bancos; Federasul -

Federação das Associações Comerci-

ais e de Serviços do Rio Grande do

Sul; Fenabrave - Federação Nacional

da Distribuição de Veículos Auto-

motores; Fenaseg - Federação Nac.

das Empresas de Seguros Privados

e de Capitalização; Fiep - Federação

das Indústrias do Estado do Para-

ná; Fiesp - Federação das Indústri-

as do Estado de São Paulo; Firjan

- Federação das Indústrias do Esta-

do do Rio de Janeiro

Dentre as demais organizações

que participam do movimento Ação

Empresarial estão a Associação

Brasileira para o Desenvolvimento

das Indústrias de Base (ABDIB);

Associação Brasileira da Indústria

de Alimentação (Abia); Associação

Brasileira das Indústrias Gráficas

(Abigraf); A Associação de Diri-

gentes de Empresas do Mercado

Imobiliário (Ademi); Associação

Nacional dos Fabricantes de Veícu-

los Automotores (Anfavea); e As-

sociação Brasileira de Celulose e

Papel (Bracelpa).

Ação Empresarial

Page 16: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 16

Pesquisa

Peso tributário

É comum ver, no Brasil, estudi-

osos questionando o sistema

tributário atual e defendendo

sua mudança. Nesse campo, o país en-

frenta dois problemas principais: o pri-

meiro deles é a alta carga tributária; o

segundo é a quantidade desses tribu-

tos. Adiciona-se a isso o tempo dedi-

cado pelo brasileiro a apurar, pagar e

atender a fiscalização, o chamado com-

pliance (termo originário do verbo in-

glês to comply, significa estar em con-

formidade com regras, normas e pro-

cedimentos).

O imposto pesa cada vez mais no

bolso dos contribuintes. Para pagar

todos os tributos embutidos nos

produtos e serviços, o brasileiro terá

de trabalhar, em 2007, 146 dias. É

como se desde o início do ano até o

dia 26 de maio ele trabalhasse só

para pagar os impostos. É um dia a

mais que em 2006, segundo pesqui-

sa do Instituto Brasileiro de Plane-

jamento Tributário. Esse acréscimo

foi decorrente do aumento do IPTU,

do IPVA e do ICMS em muitos esta-

dos brasileiros sobre itens de alto

consumo da classe média. Da déca-

da de 1970 aos dias atuais, a carga

tributária quase dobrou.

De acordo com a pesquisa

Paying Taxes – The Global Picture

(Pagando Taxas – O quadro global),

realizada pela PricewaterhouseCo-

opers (PwC) em parceria com o Ban-

co Mundial, o Brasil aparece no topo

do ranking como o que mais gasta

tempo com o cumprimento de obri-

gações com o fisco em seus diver-

sos níveis. São 2.600 horas anuais:

736 horas gastas sobre negócios,

491 horas sobre o trabalho, e 1.374

sobre o consumo.

O estudo foi realizado tomando

por base a carga tributária incidente

sobre as empresas de médio porte

em 175 países. A média geral foi de

332 horas ao ano. Em contrapartida

ao Brasil está a Suíça, onde se ne-

cessita apenas de 68 horas anuais

das atividades de uma empresa para

cumprir o dever com o fisco.

O ranking aponta o Brasil como o

país onde essas empresas fazem o pa-

gamento de 23 impostos ao ano. Isso

corresponde a 71,7% dos lucros co-

merciais auferidos nesses 12 meses.

De acordo com o estudo, mesmo

os vizinhos do Mercosul possuem

estruturas mais simples. De acordo

com Carlos Iacia, sócio da PwC, é

uma tarefa complexa fazer intercâm-

bio de consultores tributários entre

os países da América do Sul. Ele ex-

plica que a tributação sempre tem

uma base, uma conotação muito lo-

cal, em qualquer país do mundo.

A atual Constituição brasileira ti-

rou arrecadação da União e a trans-

feriu aos municípios. Contudo, elu-

cida Iacia, o resultado foi que o go-

verno federal passou a criar contri-

Estudo revela que o Brasil é o país quemais gasta tempo com o cumprimentode obrigações com o fisco: 2.600 horasanuais

Page 17: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 17

buições sociais, que não são, neces-

sariamente, divididas com os esta-

dos e municípios. Exemplo disso é a

Contribuição Social sobre o Lucro

Líquido (CSLL) que é, na realidade,

um imposto de renda. A antiga alí-

quota brasileira para pessoas jurídi-

cas era de 35%. Passou a ser de 25%.

Entretanto, com o CSLL - que adici-

onou 9% ao IR, a carga foi para 34%.

Esse adicional do CSLL fica apenas

com a União.

Também houve uma aceleração

de tributação com o Programa de In-

tegração Nacional (PIS), com a cria-

ção da Contribuição para o Financi-

amento da Seguridade Social (Co-

fins) e o surgimento das contribui-

ções: a Cide, sobre o consumo de

combustíveis e a CPMF, sobre mo-

vimentação financeira.

A pesquisa da PwC-Banco Mun-

dial também incorpora os custos de

natureza trabalhista. E o Brasil con-

tinua em desvantagem. No mercado

brasileiro, as demissões nem sempre

ocorrem automaticamente, por con-

ta dos custos. Mas, também, quan-

do há algum aquecimento da econo-

mia, as empresas hesitam em ampliar

o quadro de pessoal porque demitir

custa caro. No fim, tudo leva a uma

redução na competitividade do Bra-

sil na hora de atrair novos investi-

mentos estrangeiros.

Estudos revelam que Brasil, Rús-

sia, Índia e China (BRIC) têm sido

apontados, nos últimos cinco anos,

como os prováveis candidatos a cres-

cer de forma vigorosa, juntando-se

ao grupo dos países desenvolvidos,

nas próximas décadas. Mesmo fa-

zendo parte desse grupo, de acordo

com Iacia, o Brasil tem perdido es-

paço global.

No Brasil, quando se fala em car-

ga tributária, refere-se sempre ao per-

centual de quase 40% sobre o Pro-

duto Interno Bruto. Mas deve-se

acrescentar, também, o peso tributá-

rio do chamado compliance.

_____________________________________________________________________*Trechos desta matéria foram

baseados em informaçõescontidas na revista CEO da

PricewaterhouseCoopers (PwC).

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Empresa Brasil - 18

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Empresa Brasil - 19

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Empresa Brasil - 20

Artigo

Na vizinhança daprosperidade Nilton Pedro da Silva*

Para os que vivemos abaixo doEquador, em geral, Turquia eEgito, apesar dos estudos e

pesquisas que possamos haver rea-lizado sobre esses países, quandoos observamos, por meio de conta-tos diretos, suas heranças milenares,que, embora visíveis em suas mani-

festações culturais, exteriorizadas nalinguagem, nas artes, nos monumen-tos, na musica e em todas as outrasformas possíveis de expressões dospovos que constituem essas forma-ções socioeconômicas, ainda assimpodemos nos surpreender irremedi-avelmente.

A diversidade, como ponto ful-cral dessas culturas milenares, reve-la aos olhos dos observadores aten-tos, aspectos curiosamente seme-lhantes, independentemente da con-dição humana, que os torna politi-camente iguais, fato que deve nor-tear nossas observações sobre es-sas áreas consideradas, às vezesimpropriamente, muito diferentes.

Estudo recente (01/12/2005) daGoldman Sachs Economic Researchrelaciona a Turquia e o Egito no gru-po dos paises que devem acompa-nhar os chamados BRICs - Brasil,Rússia, Índia e China -, na saga daseconomias emergentes, denominan-do-os de N-11, os Next Eleven (Pró-ximos Onze), que inclui, ainda, emordem alfabética, Bangladesh, Co-réia, Filipinas, Indonésia, Irã, Méxi-co, Nigéria, Paquistão e Vietnã.

Visitados pela VI Missão de Eco-nomistas Brasileiros ao Exterior, Tur-quia (Istambul e Ancara) e Egito (Cai-ro), sensibilizaram positivamente acomitiva, tanto pelo esplendor desuas arquiteturas, entremeadas de re-gistros históricos exuberantes e re-veladores, quanto pelas verificações,in loco, de suas recentes trajetóriassocioeconômicas, não detectáveisem consultas bibliográficas ou nocyber space da Internet.

Istambul, Turquia

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Empresa Brasil - 21

O PIB da Turquia tem crescidonos últimos cinco anos a uma taxaanual de 7,5%, com a contribuiçãode 65% da indústria, através da par-ticipação majoritária dos setores tu-rístico, automotivo, têxtil (com tec-nologia de ponta), e químico, nestaordem.

Por outro lado, a localização es-tratégica da Turquia, que escoapelo Estreito de Bosforo mais de30% do petróleo do planeta, tem fa-vorecido a cooperação com a Chinaque, em certa medida, alavanca ocrescimento da economia mundialna atualidade.

O comércio internacional da Tur-quia com o Brasil, da ordem de 900milhões de dólares norte-americanos,apresenta-se francamente favorávelao Brasil, que exporta 800 milhõesde dólares e importa apenas 100 mi-lhões de dólares.

Com reservas internacionais daordem de 60 bilhões de dólares, for-mação bruta de capital fixo de 22%do PIB (5% pública e 17% privada),investimento direto estrangeiro emtorno de 20 bilhões de dólares nosúltimos dois anos, a Turquia, quehoje ocupa a vigésima posição entreas economias do mundo, deverá si-tuar-se, em 2025, na décima quintaposição, devendo recuar para déci-ma sexta posição, em 2050, pelas pre-visões da Golden Sachs EconomicResearch.

Possivelmente, em razão de suareconhecidamente problemática situ-ação energética, a Turquia, nas ques-tões de metrologia, tem dado priori-dade aos medidores de água, gás eenergia, denotando preocupaçãocom o consumo desses bens.

Com 30% da economia na infor-malidade e livre negociação entre

patrões e empregados, o governoturco realizou, há dois anos, uma re-forma que privilegia a redução dainformalidade, pagando ele próprio,a parte contributiva do trabalhador,em 49 das 81 províncias dos pais.

Na área de ciência e tecnologia aTurquia promove a instalação de tec-noparques, que funcionam dentrodas universidades.

Encontro dos ministros da indús-tria do Brasil e Turquia formalizouacordo de cooperação na área detecnologia industrial, com priorida-de para o setor automotivo, forman-do, para tanto, um grupo de estudossobre o tema.

Embora tenha apenas pequenaparte do seu território no continenteeuropeu, a Turquia tem reivindicadosua integração a União Européia, ne-cessitando, para tanto, discutir eharmonizar 35 temas, dos quais tra-tou apenas de um, o da ciência e tec-nologia.

Com populações, cada um, nacasa dos 70 milhões de habitantes,Turquia e Egito possuem disparida-des importantes no PIB (Turquia,349 bilhões; e Egito, 91 bilhões dedólares) e PIB per capita (Turquia,5.013 dólares; e Egito, 1.122 dóla-res), mas figuram entre os onze emer-gentes que sucedem imediatamenteos BRICs, sendo, portanto, dois dospróximos candidatos à prosperida-de da economia mundial. A Turquia,apesar da língua, cuja escrita foi re-volucionariamente modificada a par-tir de 1923 por Ataturk, ao adotar ca-racteres latinos, tem possibilidadesde crescimento acelerado maiores doque as do Egito.

Na metade dos anos setenta, oEgito iniciou uma reforma para abrirsua economia, até então extremamen-

te centralizada e carente de dinamis-mo, com tarifas alfandegárias eleva-das, que foram reduzidas, sucessi-vamente, de 20% para 16%, depoispara 9% e, recentemente, para 6%,ampliando, assim, as condições decompetitividade da economia egíp-cia.

A recente reforma, em andamen-to, iniciada em julho de 2004, con-templa modificações no sistema fis-cal e no setor bancário, com a priva-tização de alguns bancos egípcios,bem assim, na educação e no setorde infra-estrutura, que foi aberto àiniciativa privada, através de parce-rias publico/privadas, estando pre-vista a eliminação de todo tipo desubsidio até 2013.

O Egito celebrou acordo de livrecomércio com a Turquia e está emprocesso a celebração de acordo se-melhante com a Rússia. Também fo-ram celebrados os acordos de Aga-dir, com quatro países africanos, en-tre os quais o Marrocos e a Tunísia,e do GAFTA, para promover o livrecomércio com o mundo árabe, den-tre outros.

O PIB egípcio está estruturadoda seguinte forma: produtos manu-faturados (17%), petróleo e gás(30%), agricultura (16%) e serviços(37%).

Em 2006, as exportações brasilei-ras para o Egito somaram 1,349 bi-lhão de dólares, enquanto nossasimportações do Egito chegaram, ape-nas, a 37,7 milhões de dólares nomesmo ano.

A informalidade constitui a gran-de causa da inelasticidade da eco-nomia egípcia que, antes da reformade 2004, possuía 70% de suas ativi-dades no setor informal. Hoje, 70%da economia são representadas pelosetor privado.

O Egito é uma economia de mer-cado dirigida, que possui a melhorinfra-estrutura do Oriente Médio,contudo depois de meio século deeconomia de guerra e apesar da es-tabilidade conservada durante seismil anos e de sua integração à eco-nomia global, do ponto de vista doOcidente, não é considerada uma

Page 22: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 22

democracia.Diz-se que o Egito possui 20%

do patrimônio cultural da humanida-de, o que se constitui em forte atra-tivo para o turismo internacional.

Por possuir as mais baixas tari-fas do mundo em relação ao consu-mo de gás, água, eletricidade e imó-veis, o Egito apresenta-se como ce-nário atraente aos investimentos es-trangeiros.

A criação do Ministério do In-vestimento tem propiciado ao Egitoa atração de Investimento Direto Es-trangeiro (IDE), estando previstos,para 2007, IDE da ordem de oito bi-lhões de dólares.

Para a formação da força de tra-balho, que é da ordem de 21 milhõesde pessoas, entre 15 e 39 anos, o go-verno egípcio celebrou conveniocom dezenove universidades, dasquais cinco internacionais (france-

sa, alemã, americana, canadense einglesa).

Tendo em vista sua excepcionallocalização geográfica que, estandona África, o torna próximo da Euro-pa e da Ásia, o Egito vê atravessarpelos seus domínios territoriais cer-ca de 30% de todo o comercio inter-nacional mundial, sendo o Canal deSuez responsável pela arrecadaçãoanual de mais de três bilhões de dó-lares de taxas alfandegárias.

Com vultosos investimentos eminfra-estrutura, que ampliaram a ma-lha rodoviária em 300%, a ferroviáriaem 150%, a aeroportuária em 200%,além da construção de duas novaslinhas de metrô e a construção ouampliação de oito portos, o Egito pa-rece caminhar para a modernizaçãode sua economia.

Assim, o Egito, um pouco atrás,e a Turquia mais integrada à Europa

Cairo, Egito

parecem, ambos, preocupados comsua evolução socioeconômica, me-recendo o reconhecimento dos es-tudiosos quanto a sua efetiva vizi-nhança da prosperidade, revivendoa odisséia desuas esplen-dorosas traje-tórias históri-co-cu l tu ra i s ,com a econo-mia revivendoos seus pri-mórdios.

Nilton Pedro da Silva, doutor emeconomia e advogado, é consultor

independente e conselheiro doConselho Federal de Economia.

Participante da VI Missão deEconomistas Brasileiros ao

Exterior, que visitou a Turquia e oEgito, entre os dias 01 e 07 de

abril de 2007.

Page 23: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 23

Page 24: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 24

Artigo

Redução dainformalidade

Problemas,

oportunidades

e desafios

No ranking que avalia o grau de

liberdade econômica do

mundo, o Brasil ficou na 70ª

posição. A pesquisa Index of Eco-

nomic Freedom 2007 , elaborada

pelo instituto americano Heritage

Foundation, mostra que o país tem

60,9% de liberdade em sua econo-

mia, uma diferença de 0,8 ponto per-

centual em relação a 2006. Segundo

o estudo, “o país sofre com uma bu-

rocracia altamente ineficiente e

corrupta, que reduz as liberdades

para negócios e investimentos”.

Outro relatório – este divulgado

pelo International Finance Corpora-

tion, um dos braços financeiros do

Banco Mundial - revelou que o pro-

cesso de abertura de empresas no

Brasil é um dos mais burocráticos

entre os países da América Latina.

Além do alto custo - aproximadamen-

te R$ 900,00 - o empreendedor brasi-

leiro cumpre 15 procedimentos para

ter sua empresa aberta – somos o 2º

país do mundo nesse quesito, per-

demos apenas para o Chade. No que-

sito tempo, pode-se levar até 152

dias para conseguir ter a empresa

aberta – só ficamos à frente do Hai-

ti, Laos, Moçambique e Congo. En-

quanto isso, na Austrália é possível

abrir uma empresa em apenas dois

dias. Já para fechar uma empresa em

nosso país demoram-se, em média,

dez anos.

Além da excessiva burocracia,

ainda temos, de quebra, a alta carga

tributária e as taxas de juros extor-

sivas que tornam o crédito proibiti-

vo. Este conjunto, intransponível

ao pequeno empresário, é o princi-

pal responsável pela informalidade.

Mesmo as médias e grandes corpo-

rações enfrentam sérios problemas

para se manter em dia com o Fisco e

para cumprir todas as normas tra-

balhistas.

Por Fernando Brites*

Page 25: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 25

Pesquisa do SEBRAE constatou que no

Brasil uma em cada sete pessoas gostaria de

ter seu próprio negócio. Pelas

características de criatividade e a

adversidade a que é submetido o nosso povo,

somos o sétimo pais mais empreendedor do

mundo. Apenas o Governo faz ouvidos

moucos a esta realidade.

Estudo elaborado pela consulto-

ria Trevisan, a pedido do governo

federal é conclusivo:

>> a falta de planejamento e de

uma gestão eficiente, aliada ao peso

dos tributos e sua conseqüente bu-

rocracia, levam 71% das micro e pe-

quenas empresas a fechar suas por-

tas antes dos quatro anos de vida.

Metade fecha antes mesmo de com-

pletar um ano.

>> uma das causas de se manter

os empregados na informalidade é a

despesa de 103,46% para se contra-

tar legalmente no Brasil. Ou seja, um

trabalhador que ganha R$ 1.000,00,

por mês, custa R$ 2.030,00 para a

empresa e leva para casa apenas R$

850,00, por causa dos descontos em

seu salário.

>> estima-se que cerca de 65%

das empresas que encerram suas ati-

vidades não dão a devida baixa.

O estudo revela ainda que a falta

de adequação e de atualização das leis

trabalhistas – que no Brasil é única para

as grandes e pequenas empresas – e a

dificuldade de acesso à tecnologia de

gestão também desestimulam os negó-

cios. Com estes entraves, deixam de

ser abertas, por ano, 100 mil empresas

que poderiam gerar 300 mil empregos

diretos e 1,6 milhões

indiretos. 

Diante des te

panorama, em se-

tembro de 2004, o

pres idente Lula

encaminhou proje-

to de lei comple-

mentar para o Con-

gresso Nacional ,

com novas regras

para a abertura de pré-empresas,

com menos burocracia e menos tri-

butos, sendo aprovado no Con-

gresso e sancionado pelo presiden-

te no dia 14 de dezembro de 2006,

assumindo a denominação de Lei

Geral das Micro e Pequenas Empre-

sas ou Super Simples.

A Lei Geral associou a pré-em-

presa ao “pequeno empresário” men-

cionado no Código Civil Brasileiro.

Enquadram-se nesta condição os em-

preendedores individuais com recei-

ta bruta anual de até 36 mil reais que

estejam em fase de formalização. Pelo

projeto, não serão cobrados Impos-

to de Renda, CSLL, PIS, Cofins e IPI.

A lei visa possibilitar a “inclusão

previdenciária” dos informais. O em-

presário pagará 1,5% de seu fatura-

mento, que cobrirá a contribuição pa-

tronal ao INSS e, caso tenha empre-

gados, deverá recolher também 0,5%

para o FGTS.  

Espera-se que os estados repi-

tam a decisão da Receita Federal e

abram mão do ICMS. Prevê-se que a

tributação estadual seja de até 1,5%

do faturamento, ou R$ 45,00 mensais.

No caso dos municípios, o limite de-

verá ser de 2%, ou R$ 60,00 mensais.

É imperioso que a regulamentação

traga resultados práticos. O infor-

mal, que hoje não paga nada, passa-

rá a contribuir, ainda que seja com

um pouco. O mais importante é que

este é um passo, na direção correta,

para estimular a formalização. O Bra-

sil só tem a ganhar. Mas não é sufi-

ciente apenas a aprovação da lei. O

informal precisa ser convencido de

que quem está na informalidade não

consegue crescer.

A CACB é o sistema representati-

vo de classe mais bem estruturado,

contando com cerca de 2.300 Associa-

ções Comerciais (ACEs), com capilari-

dade em todo o Brasil. Se houver real

disposição dos governos para minimi-

zar os problemas da informalidade, as

ACEs estão aparelhadas e reúnem as

condições necessárias para desenvol-

ver, em conjunto, ações efetivas para

que se possa, em pouco tempo, resga-

tar para a formalidade boa parcela dos

milhões de informais que hoje peram-

bulam pelas ruas. As ACEs convivem

de perto com o problema e sabem como

resolvê-lo. Portanto, concretizada a

parceria, as ACEs,  de imediato, colo-

carão em prática essas ações, cumprin-

do as seguintes etapas:

Atração

Legal ização

Capacitação e

Acompanhamento

Tão importante quanto facilitar a

formalização é oferecer a essas pes-

soas capacitação e acompanhamen-

to. Esta é única forma de evitar que,

depois de formalizados, voltem à in-

formalidade ainda em piores condi-

ções, pois estarão devendo também

para o governo. Fica o alerta:Com muito imposto

e muita burocracia

obtem-se

muita informalidade

e muita pirataria

Infelizmente, gerou-se na

burocracia brasileira a

cultura de se criar

dificuldades para, na

ponta, vender

facilidades; e nos meios

políticos gerou-se a

cultura de que é dando

que se recebe o voto na

urna.

Não será concebível que para cada ação

desburocratizante, corresponda uma reação

burocratizante, de igual intensidade, em sentido

contrário, e que venha de forma disfarçada.

_______________________________________*Fernando Brites, presidente da

FACIDF e da ACDF, é diretor-financeiro da CACB

Page 26: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 26

Capacitação

CACB e Sebrae exportamconhecimentoConsultores internacionais sereuniram com especialistas econsultores brasileiros paratrocarem experiências dentro doprograma EmpreenderInternacional

Após visitas técnicas a seis

países, avaliados como po-

tenciais na implementação

do Programa Empreender Internaci-

onal, a CACB e o Sebrae passarão a

apoiar micro e pequenas empresas

em cinco destas nações. Durante

evento na Associação Comercial de

São Paulo, no mês de maio, África

do Sul, Chile, El Salvador, México e

Moçambique assinaram os termos

de adesão ao Programa. A avalia-

ção acerca dos países considerou o

ambiente político, as condições só-

cio-econômicas e o estágio de de-

senvolvimento das entidades em-

presariais.

Toda a equipe do Empreender Internacional reunida em Jaraguá do Sul

Diretor-técnico do Sebrae, LuizCarlos Barboza, e o presidente da

CACB, Alencar Burti, assinam ostermos de adesão

Page 27: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 27

O programa Empreender Interna-

cional é a conseqüência do suces-

so do programa Empreender, que foi

considerado uma das melhores ini-

ciativas de apoio a pequenos negó-

cios no mundo. No ano de 2005, na

África do Sul, associações comer-

ciais de mais de 60 países estiveram

presentes ao evento que proporci-

onou este reconhecimento do Em-

preender. A partir de então, vários

países mostraram interesse na

transferência de know-how do pro-

grama brasileiro.

Após o evento em São Paulo, os

consultores dos cinco países inici-

aram um curso de capacitação no

município de Jaraguá do Sul (SC),

com duração de 10 dias. Na oportu-

nidade, os representantes puderam

trocar informações com consultores

e especialistas brasileiros, tornan-

do possível construir uma rede de

relacionamento em favor do Empre-

ender Internacional. O coordenador

nacional do Programa Empreender,

Carlos Rezende, afirmou que a es-

colha da cidade catarinense para se-

diar o treinamento não ocorreu por

acaso: “Em Jaraguá do Sul está o

melhor exemplo de mobilização em-

presarial, a tal ponto que a cidade

foi eleita referência nacional com o

prêmio da CACB”.

Segundo Rezende, terminada a

etapa de capacitação, haverá um

EmpreenderO Programa Empreender nas-

ceu em 1991, em Santa Catarina, a

partir de um projeto de coopera-

ção internacional entre a Câmara

de Artes e Ofícios de Munique e

Alta Baviera da Alemanha e três

associações comerciais do estado.

Com notórios resultados po-

sitivos, a CACB e o Sebrae inicia-

ram, em 1999, a implementação de

pilotos do projeto em mais sete

estados e, a partir de 2001, o Pro-

grama foi implementado em todos

os estados brasileiros e no Dis-

trito Federal.

Evento em São PauloNatanael Miranda -superintendente,FACESP e EdsonLupatini -secretário Nacionalde Comércio eServiços do MDIC

Milton Dallari - diretor do Sebrae- SP e Alfredo Cotait Neto -secretário de RelaçõesInternacionais da Prefeitura deSP

Andreas Dohle - consultordo Empreender, Taicir Khalil- coordenador de Tecnologiada Facesp, Rodrigo Carrijo –do Programa Empreender,Carlos Rezende -coordenador nacional doPrograma Empreender,Ricardo Villela, do SebraeNacional

Luiz Alberto Gonçalves - vicepresidente da ACSP e Luiz Carlos

Furtado - presidente da Facisc

Equipe da África do Sul:Patrick Ellis, XolaniKubeka, Bonakele Arthure Johann du Pizani

Equipe do México: ManuelMartinez, Marco Antonio

Villaseñor e Priscila García

Yasmin Cisneros e Florde Maria Rodriguez, deEl Salvador; AlexsandroBecker, consultordo Empreender, eChristian Malebrane Maria AndreaMuñoz, do Chile

Osmar Vicentin, consultor do Empreender,Ancelmo Oliveira, diretor da CACB, Ardisson

Akel, presidente da Faciap e o dep. estadualMarco Bertaiolli, vice-presidente da Facesp

Page 28: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 28

planejamento para implementação

do Empreender em cada um dos pa-

íses. Alguns deles deverão come-

çar em um município, outros em

dois: “Depois os nossos consulto-

res irão visitar esses países, no sen-

tido de auxiliá-los na implementa-

ção do Empreender”. A meta é criar

cinco núcleos setoriais em três ci-

dades, em cada um dos países.

Quando indagado acerca das im-

pressões a respeito das parcerias

internacionais, Alencar Burti, pre-

sidente da CACB, diz serem as me-

lhores possíveis: “Eu acredito em

processo. Prefiro começar com paí-

ses que estão pré-dispostos a in-

vestir para que se tenha tempo de

avaliar as fraquezas e também as po-

tencialidades do projeto e, com tran-

qüilidade, fazer um projeto com es-

tratégias e com a velocidade neces-

sária porque o mundo não espera

ninguém, ele caminha na velocida-

de do som. Então, é importante que

nós tenhamos isso presente e con-

tinuemos nessa cruzada, onde nós

temos inúmeras barreiras que iremos

aprender a superar. Eu acredito nes-

se processo, pois é importantíssi-

mo para a pequena e a média empre-

sa que precisam tanto do mercado

interno quanto do externo, para pro-

gredir. Essa é a minha visão e acre-

dito que demos o primeiro passo”.

Luiz Carlos Barboza, diretor-téc-

nico do Sebrae, diz que o programa

vai permitir exportar conhecimento

e trazer inovações para compartilhar

com micro e pequenos empreende-

dores nacionais: “A cooperação in-

ternacional e a troca de experiênci-

as vai resultar em benefício para

micro e pequenos empreendimentos

no Brasil”. Segundo o gerente de

Desenvolvimento Regional Susten-

tável do Banco do Brasil, Rodolfo

Ribeiro, o programa mostra-se como

“ferramenta essencial na contribui-

ção do desenvolvimento das empre-

sas, ocasionando resultados econô-

micos, sociais e ambientais para os

componentes do grupo”.

Para o presidente da Federação

das Associações Comerciais e Em-

presariais de Santa Catarina (Fa-

“Foi muito interessante ver que a ex-

pectativa dos participantes era mui-

to parecida com as das pessoas que

participaram do primeiro Empreender

Nacional. É claro que deixando de

lado as peculiaridades da língua. Eu

me lembro que a expectativa no iní-

cio do Empreender era a mesma: será

que vai dar certo no Brasil. Mas tem

uma coisa comum a todos que é a

vontade de crescer e de ser útil.

Depoimento

ChristianeHufenüssler

A conceituação acadêmica mais

utilizada diz que empreender “é a ca-

pacidade de sonhar e correr riscos”.

E é isso que nos une, pois os iguais

se encontram nesses bons exemplos,

que podem parecer complicados, mas

que são factíveis.

Para nós, é um orgulho ver que

uma sementinha que nasceu em 03

cidades de Santa Catarina, vai agora

florescer pelo mundo (caminhando).

E é muito bom saber que nós, en-

quanto brasileiros, somos muito bons

para muitas coisas.”

Christiane Hufenüssler foi a primeira diretora do Empreender, presidente daAssociação Comercial de Jaraguá do Sul, presidente da Facisc, vice-presidente da CACB e atualmente faz parte do Conselho Superior da

Associação Comercial de Jaraguá do Sul.

Jaraguá do SulReunião na

sede da ACIJS

O anfitrião Paulo CésarChiodini, presidente daAssociação Comercial e

Industrial de Jaraguádo Sul (Acijs)

Os representantes de Moçambique,Augusto Monteiro Cebola e FranciscoAlfredo Magaia, ladeando osrepresentantes do Banco do Brasil,Sizenando Carvalho e Rodolfo Ribeiro

Page 29: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 29

cisc), Luiz Carlos Furtado, a esco-

lha do Estado para realizar a capa-

citação da primeira experiência in-

ternacional do Empreender é o re-

conhecimento da pujança do pro-

grama em Santa Catarina: “Nós te-

mos 350 núcleos setoriais, dividi-

dos em 104 cidades, num efeito mul-

tiplicador impressionante. Fomos o

berço do programa nacional e ago-

ra somos o berço do programa in-

ternacional”.

De acordo com o presidente da

Federação das Associações Comer-

ciais e Empresariais do Paraná (Fa-

ciap), Ardissom Akel, a aproximação

com os representantes de outros

países constitui o ponto inicial para

a construção de parceiros, para que

os negócios comecem a serem reali-

zados: “Eu tive contato com vários

representantes de países que esta-

vam aqui presentes e é um oportu-

nidade excelente para nós conhe-

cermos as particularidades, as dife-

renças e aqui lo em que somos

iguais”.

Ancelmo Oliveira, diretor da

CACB, considerou bastante gratifi-

cante a constatação do interesse

demonstrado não só pelos países

escolhidos como também pelo Se-

brae, que é o órgão que financia o

projeto: “Eu acho que tem tudo para

ter uma convergência de interesses

e de resultados, facilitando assim a

vida dos micro e pequenos empre-

sários que serão atingidos em di-

versos países”.

Participaram do evento em São

Paulo o presidente da CACB, Alen-

car Burti, o diretor-técnico do Se-

brae Nacional, Luiz Carlos Barbo-

za, o secretário nacional de Comér-

cio e Serviços do Ministério do De-

senvolvimento, Indústria e Comér-

cio Exterior (MDIC), o secretário de

Relações Internacionais da Prefei-

tura de São Paulo, Alfredo Cotait

Neto, o deputado estadual Marco

Aurélio Bertaiolli, vice-presidente

da Facesp, o gerente de desenvol-

vimento regional sustentável do

Banco do Brasil, Rodolfo Ribeiro e

dirigentes dos sistemas CACB e

Sebrae .

É uma grande experiência! É a oportunidade de se expor a uma nova

metodologia, obter informação com os consultores e focar nos grupos de

operação. Eu espero pegar tudo isso e implementar na África do Sul.

Bonakele Bonny Mbukelwa – África do Sul

O programa tem sido muito informativo e benéfico. Foi um presente

muito bom! As barreiras lingüísticas foram articuladas de um modo

excelente.

Patrick Ellis – África do Sul

Tudo pareceu-me fantástico! O material e os consultores são muito

bons! Está perfeito!

Marco Antonio Villaseñor – México

O programa é dinâmico, enriquecedor e é um desafio implementá-lo. A

interação com pessoas de diversos países é um bônus. Eu sempre

lembrarei com estima. As relações forçadas de hoje são os pilares para o

sucesso de amanhã. O time da CACB é maravilhoso!

Xolani Qubeka – África do Sul

Pareceu-me uma ótima experiência de aprendizagem, com ferramentas

muito úteis que apontam para o desenvolvimento empresarial. Parece-me

que será de muito proveito na aplicação em nossos países. Agradeço as

atenções e a boa vontade de nossos amigos brasileiros.

Manuel Flores Martinez – México

Tem sido, para mim, uma importante experiência conhecer o

Programa Empreender e sua metodologia, mas, principalmente, tem sido

uma grande satisfação conhecer os empresários que são parte desse

processo. Conhecer suas qualidades empresariais, seus compromissos

com a competitividade, o desenvolvimento de seus negócios e suas

cidades e regiões me faz sentir confiante em um mundo melhor, mais

próspero e democrático. Confio que o Chile e seus empresários também

conheçam essa experiência de desenvolvimento.

Andréa Muñoz Araya – Chile

O Programa é um sucesso e esperamos poder aplicá-lo em nosso país

para obter um maior desenvolvimento de nosso povo. Obrigado pela

oportunidade!

Augusto Monteiro Cebola – Moçambique

Depoimentos

Consultores Internacionais

Page 30: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 30

Page 31: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 31

Page 32: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 32

Artigo

comunicaçãoPor que a forma da

determinacomportamentos?

É impressionante o número deboas idéias que são desperdiçadas

diariamente por causa decomunicações truncadas e em

conseqüência da dificuldade deadministrar relacionamentos.

não cultivam essa arte”. Também, Sar-

miento um grande escritor argentino

disse em bom tom: “Cómase la lengua”

– querendo pontuar assim, a importân-

cia do ouvir.

Hoje, em ambientes corporativos

um dos temas mais solicitados para trei-

namentos ou palestras é a “Comunica-

ção” (ou a falta dela). Ouvimos sempre

que “é preciso melhorar a comunica-

ção” – num mundo moderno, cheio de

equipamentos eletrônicos, rápidos,

cujas mensagens chegam instantane-

amente, “MSN”, Orkut, celulares, palm

tops e toda essa parafernália da atuali-

dade. E se com tudo isso ainda não se

resolve, como entender esse paradoxo

de que “aqui não conseguimos nos co-

municar”?

É mister dizer que a comunicação

está diretamente ligada aos relaciona-

mentos que estabelecemos – está im-

pregnada de sentimentos e de emo-

ções, que vivemos a todo instante,

como já dissemos. Se os relacionamen-

tos têm arestas, deixam marcas, se so-

mos resistentes a todas as mudanças

a que somos submetidos constante-

mente é obvio que o processo da co-

municação, aparentemente tão simples:

emissor, mensagem (código comum) e

receptor; seria de fato eficaz e que bas-

tava só falar ou escrever, que o outro

nos entenderia.

Essa complexidade está estabele-

cida em ambas as partes, no emissor e

no receptor, ou seja, na intencionali-

dade destes que tendem a ser parciais,

a ouvir ou a entender conforme a con-

corrência dos fatos ou circunstancias

presentes no momento e na sua con-

juntura emocional.

Aí podemos falar da inteligência in-

terpessoal, que é a capacidade que o

indivíduo tem de manter relações, da

capacidade de compreender o outro, tra-

balhando de maneira cooperativa; tam-

bém da aptidão para manter relações

entre amigos e da habilidade para resol-

ver conflitos. Esquecemos-nos que

nossa natureza essencial se manifesta

nas relações que estabelecemos - que

não é possível sermos “bons” sozinhos

– que só nos realizamos através das

conexões que criamos. Somos profun-

damente influenciados por esse proces-

so - e mais, crescemos quando conse-

guimos restaurar os estragos da má ges-

tão comunicativa em que vivemos.

Por que a palavra pode determinar

o comportamento de uma pessoa? Os

padrões das organizações são pratica-

dos pelos nossos modelos de compor-

tamento – o nível de uma conversa

amistosa ou não, é determinada por

NÓS. Mas será que usamos nossa in-

Já dizia Plutarco, filósofo grego,

que “para saber falar é preciso

saber escutar”, observamos que

a máxima da época vale ainda hoje nas

relações que estabelecemos (ou não?)

dentro das empresas e na vida pessoal.

É que ambas se misturam – e não con-

seguimos administrá-las sem a interfe-

rência das emoções. Podemos pontuar

essas relações sob óticas diferentes,

mas que podem ser separadas pela sua

essência. Muitas vezes encontramos

ruídos num processo comunicativo que

advém daquele que recebe a informa-

ção, ele pode, por sua vez, distorcê-la

em função do que melhor lhe convém. É

como dizer de uma disposição a ouvir o

que bem se pretende.

Ouvir e falar não têm uma relação

tão proporcional quanto parece – se-

ria mais ou menos assim: ouvir, o do-

bro do falar. Ulisses Guimarães, um

velho político dizia que “a impaciência

é uma das faces da estupidez que aca-

ba não somente com carreiras jornalís-

ticas, mas também com executivos que

Page 33: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 33

teligência interpessoal para determiná-

la? Treinamos essa habilidade? Quan-

do alguém não entendeu nossa men-

sagem, perguntemo-nos: ”por que será

que não nos fizemos entender?” Não

temos que transferir a responsabilida-

de perguntando-nos: “por que será que

ele não nos entendeu”? Temos de ter a

percepção do “timing verbal”, ou seja,

colocar nossas opiniões “DENTRO” e

não “POR CIMA” da conversa geral

com outras pessoas; isto nos garanti-

rá, no mínimo, sermos agradáveis e

delicados com os outros.

Se conseguirmos dialogar com na-

turalidade, sem armas verbais, com a

pluralidade do mundo, se falarmos com

espontaneidade da profissão, sobre

política, religião, sexo, dinheiro, morte,

vida, das alegrias e das tristezas, tere-

mos uma maior qualidade de vida. Os

diálogos bem sucedidos trazem leve-

za, amainam, acalmam. E quando tudo

isso não se processa efetivamente, o

resultado é doença.

Assim, a forma da comunicação

pode, de fato, alterar nosso comporta-

mento?

Pense. “Nossas palavras são como

instrumentos cirúrgicos bioquímicos,

com os quais podemos suturar ou sec-

cionar a química dos outros; podemos

estimular ou abater o espírito dos se-

melhantes; alegrar ou entristecer; en-

contrar ou repelir almas afins”. A esco-

lha é sua.

comunicaçãoamentos?

Por Cida Montijo e Reyes Marinho

_______________________________________Cida Montijo - [email protected]

Reyes Marinho - [email protected] Consultoria

www.inter-ativa.com

Page 34: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 34

Evento

Empresa Brasil - 34

A primeira edição do circuito na

cional da Feira do Empreende-

dor 2007 foi realizada em Brasí-

lia, entre os dias 9 e 13 de maio, no

Centro de Convenções Ulysses Gui-

marães. Até o fim do ano, mais 11 cida-

des irão receber o evento realizado

pelo Sebrae, um espaço aberto para es-

timular a abertura de negócios e levar

informações a empreendedores e can-

didatos a empresários.

Na solenidade de abertura estive-

ram presentes o governador do Dis-

trito Federal, José Roberto Arruda, o

presidente do Conselho Deliberativo

Nacional (CDN) do Sebrae, senador

Adelmir Santana, o diretor-técnico do

Sebrae Nacional, Luiz Carlos Barbo-

Feira doEmpreendedor

za, o superintendente do Sebrae-DF,

Flávio Queiroga, e o presidente do

Conselho Deliberativo do Sebrae-DF,

Antônio Rocha da Silva, presidente

da Federação das Indústrias de Bra-

sília (Fibra).

Luiz Carlos Barboza falou da im-

portância da Feira em Brasília, que

abre a programação de todo o País.

“Não poderíamos começar de uma for-

ma melhor, com a Feira com essa

abrangência e qualidade”, elogiou.

“As pessoas entram neste local como

visitantes e têm a possibilidade de sair

como empresários”, disse.

O senador Adelmir Santana refe-

riu-se ao privilégio de Brasília, mais

uma vez, abrir o circuito nacional.

“Esse fato não poderia ser mais opor-

tuno, na cidade que constitui o maior

empreendimento da história do Bra-

sil”, afirmou. Ele elogiou os técnicos

e diretores da Instituição por incluir

como temas no circuito a tecnologia

da informação e a gestão ambiental.

“A gestão ambiental e a inclusão di-

gital ajudam a gerir negócios e a gerar

empregos”, observou.

O governador do DF, José Rober-

to Arruda, chamou a atenção para a

necessidade da formalização de negó-

cios e empregos no país. Ele lembrou

do crescimento de Brasília que, des-

de a década de 70, forçou a cidade a

perder seu perfil essencialmente polí-

tico e administrativo e a buscar no-

Feira em Brasília abre

circuito nacional

Diretor do Sebrae Luiz Carlos Barboza, governador José Roberto Arruda e o senador Adelmir Santana naabertura da Feira do Empreendedor 2007

Page 35: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 35Empresa Brasil - 35

vos caminhos para criação de

empregos. Ele afirmou que even-

tos como a Feira do Empreende-

dor despertam a capacidade de

se pensar o futuro.

Duzentos e oitenta estandes

foram distribuídos ao longo do

Centro de Convenções Ulysses

Guimarães. Segundo a gestora

nacional da Feira do Empreen-

dedor, Andréa Faria, o evento no

DF representa um marco: “A Fei-

ra em Brasília traz tendências im-

portantes para o circuito e repre-

senta um modelo a ser seguido

e que ressalta a oportunidade de

negócios”.

Durante a Feira, foram ofere-

cidos 130 cursos, oficinas e se-

minários. O evento foi dividido

nos espaços Informações Em-

presariais, Oportunidades de Negó-

cios e Capacitação. Na área de Infor-

mações Empresariais foram disponi-

bilizados serviços para formalização

e abertura de empresas, com a presen-

ça de órgãos do Governo Federal, Go-

verno do Distrito Federal (GDF), ins-

tituições financeiras públicas como o

Banco do Brasil e a Caixa Econômica,

entidades do Sistema S e outros. A

parte de Oportunidade de Negócios

ofereceu perspectivas de negócios em

diversas áreas, como a de Gestão Am-

biental e Tecnologia da Informação.

Na área de Capacitação, aconteceram

os cursos, palestras e seminários do

evento.

Balanço da FeiraNúmeros divulgados, resultado de

pesquisa realizada pelo Sebrae-DF,

mostraram que a Feira recebeu um pú-

blico superior a 42 mil pessoas e que

os negócios gerados dentro do even-

to ficaram em torno de R$ 9,94 milhões.

Deste valor, cerca de R$ 3,73 milhões

vieram da Rodada de Negócios, R$ 2

milhões de contratos e R$ 4,2 milhões

de outras fontes, como compras de

equipamentos, acesso a tecnologias

e busca de fornecedores.

A gestora da Feira do Empreende-

dor no Distrito Federal, Lucimar San-

tos – gerente da Unidade de Acesso

a Mercados do Sebrae/DF, ficou im-

pressionada com os números. “Espe-

rávamos que a feira fomentasse con-

tatos, mas também acabou gerando ne-

gócios. Os resultados mostram que

colocamos na Feira o que o cliente

queria”. Ela exemplifica afirmando que,

por conta do interesse dos clientes

por fornecedores, a edição de 2008 da

Feira no DF terá um salão reservado a

fornecedores de insumos, acessórios

e pequenas máquinas.

A Feira do Empreendedor também

se destacou pela intensidade

de sua programação, com

mais de cinco mil treinamen-

tos, entre cursos, palestras,

oficinas, videotecas e outras

atividades. Duzentos e ses-

senta e quatro expositores

montaram estandes nas áre-

as temáticas de Capacitação,

Oportunidade de Negócios e

Informações Empresariais.

Outros destaques da FeiraSegundo dados do Se-

brae/DF, na Estação Legali-

zação de Empresas realizaram-

se quatro mil atendimentos,

sendo 2,8 mil pessoas físicas

e 1,2 mil pessoas jurídicas,

que procuraram a Junta Co-

mercial, a Administração Re-

gional de Brasília, a Secretaria de Fa-

zenda do DF, a Vigilância Sanitária e o

Corpo de Bombeiros. No espaço fo-

ram finalizados 107 processos, entre

registro de empresas, alterações con-

tratuais e baixas.

A Loja Sebrae, localizada no Es-

paço Informações Empresariais, es-

treou consultoria por meio do Siste-

ma Brasileiro de Resposta Técnica

(SBRT) e atendeu duas mil pessoas.

Também foram comercializadas duas

Inclusão digital de empreendedores foi um dostemas abordados na Feira do Empreendedor deBrasília 2007

A Feira apresentou oportunidades de negócios e orientação empresarialnos mais variados setores da economia

Page 36: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 36

mil e duzentas publicações, com mais

de mil consultorias.

Perfil do públicoA pesquisa desenvolvida pelo Se-

brae/DF revelou que os empreende-

dores que pretendem abrir algum ne-

gócio formaram 20% do total de visi-

tantes, enquanto os empresários já

estabelecidos constituíram 22%. Os

outros 58% foram compostos por pes-

soas que não pertenciam a estes seg-

mentos.

Mais uma estatística que chama a

atenção no saldo final da Feira é que

65% do público presente à Feira do

Empreendedor jamais haviam compa-

recido ao evento. A pesquisa relata

que a maioria dos visitantes (21%)

tomou conhecimento do evento por

meio de amigos, familiares e conheci-

dos. A TV (19%) e placas, outdoors,

bus-doors, cartazes, folderes e simi-

lares (19%) ocuparam a segunda po-

sição como fonte de informação so-

bre a Feira do Empreendedor no DF.

A pesquisa realizada junto aos vi-

sitantes também apontou o grau de ins-

trução dessas pessoas. 46% por cento

delas possuíam curso superior comple-

to e 49% o ensino médio completo.

Apenas 5% não tinham o ensino mé-

dio completo. No quesito Motivo da

Visitação, 37% disseram ter ido para

conhecer o evento, 24% declararam que

foram em busca de negócios e 16%

procuraram capacitação. Outro dado

que chamou atenção foram as inscri-

ções pela internet: 99% dos participan-

tes se inscreveram pela Web.

Serviço

Agência Sebrae de Notícias

Abertura do circuito nacional da Feira do Empreendedor 2007 em Brasília

Mais de 42.000 pessoas passaram pelos 280 estandes da Feira do Empreendedor de Brasília 2007

Page 37: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 37

Page 38: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 38

Contabilistas debatem apoioà Lei Geral em Brasília

A ação contábil como diferen-

cial na implantação da Lei

Geral da Micro e Pequena

Empresa foi tema de seminário reali-

zado em Brasília, em 16 de maio. O

evento, realizado pelo Sebrae, Fede-

ração Nacional das Empresas de

Serviços Contábeis, Assessoramen-

to, Perícias, Informações e Pesqui-

sas (Fenacon) e Conselho Federal

de Contabilidade (CFC), marcou o

apoio do sistema contábil brasileiro

à nova Lei, em vigor desde dezem-

bro de 2006.

O evento contou com a presen-

ça do presidente do Sebrae, Paulo

Okamotto, do presidente da Fena-

con, Carlos José de Lima Castro, da

Seminário

presidente do CFC, Maria Clara Bu-

garim, dos deputados federais Vil-

son Covatti, Luiz Carlos Hauly, José

Pimentel e Calos Melles, do diretor-

geral do Departamento Nacional de

Registro do Comércio (DNRC), Luiz

Fernando Antonio, além de líderes

da classe contábil e outras autori-

dades.

Os anfitriões do evento fizeram a

entrega simbólica de certificados a

representantes dos 110 instrutores

que irão treinar 35 mil contabilistas

em todo o País. Em abril deste ano,

esses instrutores receberam treina-

mentos do Sebrae e da Fenacon so-

bre informalidade, legalização de

empresas e maiores detalhes da Lei

Geral. Eles irão atuar como multipli-

cadores dos conhecimentos recebi-

dos e levarão os conteúdos aos co-

legas de profissão em 150 cidades

brasileiras.

Para o deputado federal Carlos

Melles (DEM/MG), os contabilistas

representam a “alma da Lei Geral, e

com a sua nova formação, serão um

exército à frente na luta pelos peque-

nos negócios”. O presidente da Fe-

nacon, Carlos de Lima Castro, com-

plementou o pensamento do parla-

mentar e acrescentou: “Estamos for-

mando soldados imbuídos de boa

vontade para trazer à formalização

os empresários clandestinos, no mo-

mento que será um marco divisório

para o País”.

“Estamos nos preparando para

implementar a Lei que vai simplificar a

vida de muitos empresários brasilei-

ros. Vamos oferecer apoio e criar opor-

Presidente da Fenacon, Carlos José de Lima Castro, presidente da CFC, Maria Clara Bugarim, presidente doSebrae, Paulo Okamotto, deputados José Pimentel e Carlos Melles

Page 39: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 39

SEBRAE

Serviço

Tecnologia

O certificado digital é um

documento eletrônico

que identifica pessoas

e empresas no mundo digital, prova

suas identidades e permite o acesso

a serviços on line, com a garantia de

autenticidade e segurança. A

certificação digital é utilizada

atualmente para obtenção de

certidões e declarações da

Receita Federal, para transa-

ções bancárias, comércio ele-

trônico, assinatura de docu-

mentos eletrônicos e outros

procedimentos.

No dia 15 de maio, na Co-

ordenação de Tecnologia da

Secretaria da Receita Federal,

em Brasília, representantes da

Receita, do Sebrae e de outras

entidades participaram de reunião

sobre ‘Certificação Digital para Pe-

quenas Empresas’. A meta dos par-

ceiros é levar a certificação digital a

3,5 milhões de pequenas e microem-

presas em um prazo médio de três

anos.

A ação faz parte de convênio as-

sinado no fim de 2005 entre o Sebrae

Nacional e a Receita Federal com o

Certificação digital parapequenas empresas

Consultora do Sebrae Helena Rego, gerente doSebrae Bruno Quick e Donizetti Rodrigues,coordenador de Infra-Estrutura Tecnológica daReceita Federal

tunidades de acesso a conhecimento,

tecnologia, crédito e mercados e fazer

com que o sucesso chegue a todos.

Vamos resgatar a cidadania empresa-

rial no País”, disse o presidente do Se-

brae, Paulo Okamotto.

Contabilizando o sucesso

A presidente do CFC, Maria Cla-

ra Bugarim, também fez um breve ba-

lanço sobre o programa ‘Contabili-

zando o Sucesso’, realizado pelo Se-

brae, em parceria com a Fenacon.

Nos três primeiros anos de sua reali-

zação, o programa, iniciado em 1999,

já havia capacitado mais de duas mil

pessoas em 113 turmas. Para 2007, o

novo programa denominado ‘Rede

Contabilizando o Sucesso’ prevê a

participação das 27 unidades da Fe-

deração e tem como meta a redução

em 11% da taxa de mortalidade das

empresas.

objetivo de implementar a Lei Geral da

Micro e Pequena Empresa. O objetivo

do encontro foi definir e compartilhar

diretrizes para uma ampla dissemina-

ção da utilização da certificação digi-

tal pelas micro e pequenas empresas.

Bruno Quick, gerente de Políticas

Públicas do Sebrae Nacional, diz que

a reunião superou expectativas. “O

encontro permitiu o nivelamento de

informações sobre o que cada institui-

ção está fazendo e a percepção de in-

teresses sobre o tema, de reduzir gas-

tos, diminuir burocracia e de trazer mi-

cro e pequenas empresas à moderni-

dade”, comentou.

“A certificação digital também

permite às empresas comprarem,

venderem, participarem de pregões

eletrônicos, fornecerem ao Estado,

fechar negócios, fechar contratos

de câmbio, e deixa mais tempo para

o empresário gerenciar os negóci-

os”, acrescentou Quick.

“O encontro serviu para pensar-

mos em que ações podem ser execu-

tadas por autoridades certificadoras,

Receita Federal e Sebrae para viabi-

lizar e intensificar o uso de

certificação digital pelas mi-

cro e pequenas empresas,

pensando na implementação

do Simples Nacional”, expli-

cou Donizetti Rodrigues, co-

ordenador de Infra-Estrutura

Tecnológica e Segurança da

Informação da Receita Fede-

ral.

Renato Martini, do Insti-

tuto Nacional de Tecnologia

da Informação, considerou a

reunião instrutiva, por abor-

dar vários aspectos como custos e

logística. “A certificação digital é

uma ferramenta, que dentro de um

sistema de desmaterialização de pro-

cedimentos, dá segurança jurídica e

informacional”, afirmou.

Agência Sebrae de Notícias

Serviço

Agência Sebrae de Notícias

Page 40: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 40

SEBRAE

Quem acessa o site da Agên-

cia Sebrae de Notícias

(ASN), localizado no portal

do Sebrae Nacional (www.sebrae.

com.br) tem à disposição material jor-

nalístico produzido pelo veículo des-

de sua inauguração em 21 de maio de

2002. Todo o conteúdo da ASN dis-

tribui-se por quase mil e seiscentas

páginas, em seções como Agrone-

gócios, Arranjos Produtivos, Arte-

sanato, Capacitação, Moda, Empre-

endedorismo, Desafio Sebrae, Eco-

nomia, Pesquisa, Turismo, Política e

Legislação, etc.

As reportagens po-

dem ser reproduzidas,

desde que a ASN seja

citada como autora da

matéria. Vários veículos

utilizam trechos e a ínte-

Cinco anos da AgênciaSebrae de Notícias (ASN)Agência disponibiliza texto,

imagem e somgra deste material, que também ser-

ve para fomentar pautas nos gran-

des jornais, sites e emissoras de rá-

dio e TV brasileiras. Jornalistas en-

volvidos com o setor de micro e pe-

quenas empresas têm a agência

como fonte sobre fatos importantes

da área.

As matérias veiculadas na ASN,

em geral, vêm acompanhadas de fo-

tografias produzidas pela equipe da

Agência ou feitas pelo Sebrae nos

estados. O campo ‘Fotografia’, lo-

calizado na parte superior da pági-

na (http://asn.interjornal.com.br),

constitui-se em um banco de fotos

e permite o download das imagens

que possuem alta resolução para

impressão.

Outro recurso colocado recente-

mente à disposição de quem acessa

o site da Agência Sebrae de Notíci-

as são as sonoras, gravações que

acompanham várias matérias e que

trazem o depoimento de alguma fon-

te utilizada no texto do repórter. O

internauta também pode fazer o do-

wnload das sonoras. A sonora con-

tribui para o trabalho de emissoras

de rádio e funciona como mais um

conteúdo informativo para comple-

mentar a matéria.

O site da Agência oferece ainda

links para vídeos sobre empreendedo-

rismo e permite ao visitante se cadas-

trar para receber ‘newsletters’ com no-

tícias sobre empreendedorismo.

ConteúdoEmpretec, Desafio Sebrae, Mu-

lher Empreendedora, Feira do Em-

preendedor, Casos de Sucesso, Jo-

vens Empreendedores, Acesso a

Serviços Financeiros, Acesso a

Tecnologia, Gastronomia, Lei Geral

de Micro e Pequena Empresa, Tu-

rismo. Esses constituem alguns dos

temas abordados pela equipe da

ASN em sua cobertura jornalística.

A ferramenta de busca avançada no

endereço eletrônico da ASN permi-

te encontrar as notícias publicadas

por meio de palavras-chave e pela

data de publicação. O site traz, ainda,

reportagens que foram destaque na

mídia nacional e que envolvem o as-

sunto empreendedorismo.

As notícias são produzidas pela

equipe da Agência Sebrae de Notíci-

as, em Brasília, com seus correspon-

dentes em Minas Gerais, São Paulo e

Rio de Janeiro, todos pertencentes

ao quadro de pessoal da Informe Co-

municação e Marketing, empresa

prestadora de serviços de assessoria

de imprensa para o Sebrae Nacional.

Além dessa equipe, as assessori-

as de comunicação do Sebrae nos

estados também produzem reporta-

gens sobre assuntos regionais que

são publicadas nos sites da ASN e

das unidades estaduais.

Com o conjunto de notícias do

Nacional e dos estados, o leitor

tem à sua disposição um panora-

ma o mais diversificado e comple-

to possível sobre o universo do

Sebrae e das pequenas empresas

em todo o território brasileiro.

Serviço

Agência Sebrae de Notícias

Page 41: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 41

Page 42: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 42Empresa Brasil - 42

CACB é finalistaem concursointernacional

Durante os dias 4, 5 e 6 de

julho, dirigentes empresa-

riais e de câmaras comerci-

ais de mais de 100 países irão se

reunir em Istambul (Turquia) para o

5º Congresso da Federação Mundi-

al das Câmaras, da International

Chamber of Commerce (Câmara In-

ternacional de Comércio) – ICC,

que visa reconhecer, premiar e dar

visibilidade às ações promovidas

pelas associações empresariais de

todo o mundo.

Pela segunda vez consecutiva, a

CACB é uma das finalistas da

competição, com a inscrição do

Programa Capacitar Nordeste, de-

senvolvido em parceria com a Câ-

mara de Artes e Ofícios de Essen,

na Alemanha, e a Sequa, na cate-

goria Melhor projeto de coopera-

ção internacional entre câmaras

de comércio. O Capacitar Nordes-

te teve como principal objetivo

aumentar a competitividade das

micro e pequenas empresas. Para

isso, foram definidas estratégias

de profissionalização das associa-

ções comerciais em todas as suas

esferas: diretoria, colaboradores e

parceiros.

O programa foi implantado em

2005, em associações comerciais

do Maranhão, Ceará, Rio Grande

do Norte, Paraíba, Pernambuco,

Alagoas, Sergipe e Bahia. Como

pré-requisito, as associações deveriam

participar do programa Empreender. A

CACB avaliou os núcleos setoriais

existentes, as condições sócio-econô-

micas locais, entre outros fatores. O

processo resultou na escolha de 24

municípios. O sucesso do programa foi

observado antes mesmo do seu térmi-

no quando a Bahia, com recursos pró-

prios, acrescentou mais cinco municí-

pios ao programa.

A avaliação da perícia alemã indicou

os bons resultados da iniciativa, des-

tacando o envolvimento da CACB e

dos seus parceiros, a gestão do pro-

grama e a colaboração dos presiden-

tes e executivos das ACEs. Foram

avaliados itens como a lideranças, os

processos, as finanças, a contabilida-

de e a gestão de pessoas. Inclusive foi

recomendado que a metodologia fos-

se disseminada nas demais associa-

ções comerciais do Nordeste, e que vi-

esse até mesmo a ser utilizada como

base para o desenvolvimento de uma

ferramenta para o fortalecimento dos

municípios, por meio da atuação de

suas prefeituras.

Em Istambul, a apresentação dos

projetos será feita no primeiro dia do

congresso. No último dia, 6 de julho,

haverá o resultado do programa cam-

peão de cada uma das categorias. A

CACB foi convidada a expor sua expe-

riência na condução das 27 federações

e mais de 2.300 associações comerci-

ais em um workshop, a ser realizado

no dia 4 de julho. Em função da impor-

tância do prêmio e considerando que,

pela primeira vez, uma entidade empre-

sarial da América do Sul é convidada a

falar sobre sua experiência na condu-

ção de seus associados, o presidente

Alencar Burt convidou todos os pre-

sidentes de federações e associações

comerciais participantes a, se possível,

estarem presentes.

Em 2005, o Programa Empreender foi

escolhido como um dos melhores pro-

gramas do mundo voltados para as

micro e pequenas empresas, durante o

congresso realizado pela ICC em Dur-

ban (África do Sul). Desta vez, na Tur-

quia, a CACB concorre com quatro

projetos, provenientes da Câmara de

Indústria de Stuttgart, Câmara Empre-

sarial da Espanha e dois projetos do

Reino Unido. Mais informações po-

dem ser obtidas no site do congresso

www.istanbul2007.com ou pelo e-mail

[email protected].

Mais informações podem serobtidas no site do congresso

www.istanbul.com ou pelo [email protected].

Page 43: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 43

Após constantes resultados

positivos, com aproximada-

mente 32.000 empresas par-

ticipantes, distribuídas em 540 mu-

nicípios, o Programa Empreender

propõe dar um salto de qualidade

na forma de sua atuação, com o

foco na competitividade das empre-

sas.

O Empreender Competitivo con-

templa uma série de ações integra-

das, que se desenvolverão ao longo

dos 18 meses previstos para a sua

implementação. O foco principal do

programa é o apoio ao desenvolvi-

mento de ações, nos 22 estados par-

ticipantes do Empreender, junto às

empresas dos núcleos setoriais, ali-

nhadas às diretrizes do Sebrae e às

estratégias de cada unidade federa-

tiva, que promovam inovações nas

empresas melhorando a sua compe-

titividade.

Nesse sentido, foram publicados

dois editais de chamadas de proje-

tos, onde os Núcleos Setoriais que

desejassem obter o apoio do progra-

ma deveriam produzir pré-projetos,

orientados segundo o manual do

Geor, contemplando o diagnóstico

de antecedentes, a identificação do

público-alvo, o objetivo geral, o cro-

nograma físico e financeiro, a estra-

tégia de implementação e a organiza-

ção do processo de monitoramento

e avaliação.

Além desses itens, foi preciso evi-

denciar a definição do foco estraté-

gico, dos resultados finalísticos, das

ações a serem desenvolvidas, do

horizonte de planejamento e do pro-

cesso de monitoramento e avaliação.

Os projetos dos estados deveriam

ter uma contrapartida mínima de

25% dos valores, oriunda das enti-

dades empresariais, empresários ou

parceiros que não o Sebrae.

Na “Primeira Chamada” foram en-

viados 63 pré-projetos dos quais 21

foram aprovados, somando um valor

aproximado de R$ 1.500.000,00, que

beneficiaram 9 estados.

Atualmente, os projetos encon-

tram-se em fase de cadastramento

do Sigeor. Após a verificação da

conformidade do cadastramento,

será iniciada a fase de assinatura de

convênios e repasse de recursos.

Na “Segunda Chamada”, as coor-

denações do Empreender nos esta-

dos tiveram uma nova oportunidade

de apresentar pré-projetos para a

avaliação da coordenação nacional.

Em junho, todos os projetos apro-

vados, tanto da primeira, quanto da

segunda chamada, estarão cadastra-

dos no Sigeor e os termos de parce-

rias assinados para iniciar a fase de

execução e monitoramento nos Esta-

dos.

CACB analisa projetosde Núcleos SetoriaisApós “Segunda Chamada”, projetos estarão

cadastrados no Sigeor e os termos deparcerias assinados para iniciar a fase de

execução nos Estados

Serão criados quatro conselhos empre-

sariais dos setores mais representati-

vos do Empreender. A representativi-

dade será definida pela CACB consi-

derando não somente os segmentos

com a maior quantidade de empresas,

mas também o quão estratégico os se-

tores são para o desenvolvimento das

empresas e o fortalecimento do Empre-

ender.

O objetivo dos conselhos é contribuir

para a promoção e o fortalecimento dos

segmentos, propiciando um fórum para

discussão, buscando a auto-sustenta-

ção e a legitimidade do projeto Empre-

ender; desenvolver ações de mercado;

promover a cultura da cooperação; en-

caminhar junto a entidades públicas e

privadas os pleitos do setor que repre-

senta, buscando proporcionar o desen-

volvimento das empresas.

Outro importante objetivo dos conse-

lhos setoriais é gerar uma visão mais

sistêmica da competitividade dos nú-

cleos setoriais selecionados por cada

segmento, numa perspectiva de visão

de carteira de projetos e não apenas

focada nos resultados individuais de

cada núcleo.

Os conselhos serão compostos por

empresários líderes nos seus segmen-

tos/núcleos setoriais, desenvolvendo

suas atividades com o apoio da coor-

denação nacional do Programa. A peri-

odicidade de funcionamento e parame-

trização dos conselhos setoriais será

objeto de discussão conjunta entre

CACB e Sebrae. A CACB deverá ofere-

cer apoio logístico para a consolidação

dos conselhos usando a sua estrutura,

entretanto sua organização e orienta-

ção será desenvolvida com o apoio de

consultores com experiência nos seg-

mentos.

Implementação dosConselhos Setoriais

Empresa Brasil - 43

Page 44: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 44Empresa Brasil - 44

O Tribunal de Justiça de

São Paulo (TJSP), a

Federação das Asso-

ciações Comerciais de São

Paulo (Facesp) e a CACB, uni-

ram-se para criar o primeiro

Posto Avançado de Concilia-

ção Extraprocessual na Asso-

ciação Comercial de São Pau-

lo, o Pace ACSP. A referência é

o Setor de Conciliação do Fó-

rum João Mendes, coordenado

CACB firma convêniocom Justiça PaulistaAcordo prevê a implantação do Posto Avançadode Conciliação Extraprocessual na AssociaçãoComercial de São Paulo

pela juíza Maria Lúcia Pizzoti. “Tra-

ta-se de um importante instrumen-

to que deve ser usado com fre-

qüência”, afirmou a juíza, referin-

do-se aos Métodos Extrajudiciais

de Solução de Conflitos (Mescs).

A magistrada é também a coorde-

nadora do projeto firmado com a

CACB e o Sebrae.

Estiveram reunidos com a juíza

Maria Lúcia os representantes da

CBMAE, Danielle Moreira, superin-

tendente, e Flávio Giussani, con-

sultor interno; a consultora da Uni-

dade de Políticas Públicas do Se-

brae Nacional - responsável pelos

Métodos Alternativos de Acesso à

Justiça da instituição - Dulce Cal-

das; uma comitiva de Fernandópo-

lis e outra de São José do Rio Pre-

to, cidades do interior paulista. A

juíza detalhou o funcionamento do

Setor de Conciliação que já atua no

Fórum João Mendes, que servirá

Page 45: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 45

Ministro Augusto Nardes recebe equipe da CBMAE

No dia 23 de maio, uma equi-

pe da CBMAE, composta

por Danielle Moreira, Flá-

vio Giussani, Alexandre Gomes e

Dulce Caldas, representando o Se-

brae, reuniu-se com o ministro Au-

gusto Nardes, no Tribunal de Con-

tas da União (TCU). Dois temas fo-

ram tratados no encontro, cujo ob-

jetivo foi retomar e reforçar os elos

com o Tribunal. O primeiro, foi no

sentido de incentivar e propiciar

que o TCU, por meio de seu plená-

rio, rediscuta a possibilidade de

utilização da arbitragem nos con-

tratos administrativos. E o segun-

Objetivo foi retomar contatos com o TCU

do tratou da reali-

zação da 3ª Ofici-

na, agora com

maior amplitude,

onde seriam con-

vidados os depar-

tamentos jurídicos

das estatais, dos

bancos públicos,

dentre outros or-

ganismos. O mi-

nistro foi recepti-

vo à idéia.

A equipe foi re-

cebida por Ivo Mtzenberg, que esta-

va no exercício de Secretário Geral da

Empresa Brasil - 45

como base para as atividades do

PACE. Segundo Flávio Giussani, a

adoção da conciliação extraproces-

sual implicará na redução no núme-

ro de conflitos encaminhados ao

judiciário convencional: “A audiên-

cia de conciliação previamente à

distribuição da ação judicial produz

altos índices de sucesso na resolu-

ção do conflito“.

Em São Paulo, todo o processo

de articulação foi conduzido pela

juíza Maria Lúcia, pela Facesp,

sob a supervisão do superinten-

dente, Natanael Miranda, pela par-

ticipação efetiva do consultor Flá-

vio Giussani e pela doutora Dani-

elle Bastos, com o total apoio da

CACB e do Sebrae, através da

consultora Dulce Caldas. A experi-

ência do Pace ACSP será um mar-

co muito importante na construção

de um novo modelo de relações

entre o Judiciário e a sociedade.

Vai permitir que um grande núme-

ro de processos deixe de ser ajui-

zados, desafogando os tribunais.

E, para aqueles que não forem

conciliados, ainda haverá a dispo-

nibilização dos serviços das câma-

ras de mediação e arbitragem, per-

mitindo que se construa um novo

modelo de solução extrajudicial de

conflitos.

O TJSP, a CACB e o Sebrae pre-

tendem levar a experiência pioneira

para todas as comarcas do interior

de São Paulo. Onde houver uma

comarca e uma associação comerci-

al, o Fórum local será sensibilizado

para a necessidade de se criar um

Setor de Conciliação. A partir daí,

será autorizado um posto avançado

dentro da ACE, que disponibilizará

as suas instalações físicas para

este fim. Por força do Convênio, a

Facesp é quem estará ajudando a

disseminar este modelo nas outras

comarcas, sempre em parceria com

as associações comerciais locais.

Negociações para a implementação

de outros Paces no Estado já estão

em fase avançada em Jundiaí (ACE

Jundiaí), Santo André (Acisa), Ma-

rília (Acim), São José do Rio Preto

(Acirp) e Fernandópolis (Acif). Es-

tão em fase de sensibilização São

José dos Campos (ACISJC), Jacareí

(ACIJ), Limeira (Acil) e Campinas

(Acic). A idéia é levar o modelo

para vinte cidades estrategicamente

distribuídas, que podem ser deno-

minadas de cidades-pólo.

Haverá um desdobramento do pro-

jeto para mais sete estados: Rio Gran-

de do Norte, Sergipe, Piauí, Rio Gran-

de do Sul, Tocantins, Mato Grosso

do Sul e Distrito Federal. O exemplo

de São Paulo será oferecido aos tri-

bunais de justiças destes estados. O

papel das federações será similar ao

que a Facesp vem exercendo: o de

articular e motivar as ACEs e os Fó-

runs locais para a importância desta

solução.

Presidência, cujo titular é Maurício

Albuquerque Wanderley.

Foto Valter Campanato/ABr

Page 46: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 46Empresa Brasil - 46

Conselho Permanentede Executivos dasFederações

As ferramentas de

gestão conhecidas

no mundo corpora-

tivo exigem do gestor uma per-

manente atualização. A veloci-

dade na tomada de decisão é

cada vez maior.

Quando trabalhamos na rede

associativista deparamo-nos

com exigências que levam o

gestor a rever seus conhecimen-

tos e ajustar suas ações.

A CACB tem propósitos pe-

culiares já que seu orçamento

está baseado em contribuições

espontâneas. Assim, seus pro-

gramas exigem resultados volta-

dos à sustentabilidade da rede

associativista. É a contrapartida

esperada pelas ACEs.

Temos que ser competentes.

Não por opção, mas sim, por

falta desta! O processo é auto-

fágico em relação à incompetên-

cia: o sistema expurga natural-

mente o inativo, o passivo, o

apático, o perturbador, e outros

dentro desta mesma linha.

O Brasil de múltiplas cultu-

ras e diferentes modos de vida

não poderá ter um “padrão com-

portamental” em sua instituição

confederada. Temos que convi-

ver com leis reguladoras da

União, de cada Estado e de

cada Município. Ser flexível está

na receita do bom gestor.

Como “sobreviver”? É possível

encontrar o caminho da sustentabi-

lidade? Como ser “competente” di-

ante das diferentes culturas e cos-

tumes?

As respostas estão em nossas

bases. Nas ACEs, nas Federações,

nas instituições que direta ou indi-

retamente apóiam a rede liderada

pela CACB.

Pensando nestas bases estamos

criando o Conselho Permanente

dos Executivos das Federações –

Copef. Os 27 membros, represen-

tando quase 2500 ACEs e algo

como 2,5 milhões de empresas naci-

onais, terão no Copef a forma de

registrar seus programas, necessi-

dades ou conectar-se com diferen-

tes soluções em uso por outras Fe-

derações/Associações.

Integrar programas, agregar so-

luções, recomendar procedimentos

à CACB, contribuir na desobstru-

ção de canais que possam impedir a

implementação do Programa de Ge-

ração de Receitas e Serviços-Proge-

recs, aprovar a adoção na rede de

um determinado produto, compõem

algumas das muitas tarefas que o

Copef terá que enfrentar.

Confúcio deixou para a humani-

dade algumas “gotas” de sua sabe-

doria, dentre elas: “Tem

pessoas que reclamam que

as rosas tem espinhos e

outras ficam alegres por sa-

ber que nos espinhos existem ro-

sas.”

O Copef terá que reunir o grupo

de executivos que fiquem alegres ao

saber que existem soluções no meio

de tantos problemas em nossas

ACEs, Federações, grupos de traba-

lho. O Copef ajudará a construir este

“jardim de soluções”!

O primeiro programa voltado à

sustentabilidade das Federações e

das ACEs – o Progerecs – terá no

Copef o fórum de debate das solu-

ções nacionais para a micro, peque-

na e média empresa.

Boa sorte às Federações! Toma-

ra que tenhamos parceiros alegres

porque saberão “encontrar rosas”

em nosso Conselho.

Dr. Rubens Maluf Dabul – PhDBA– é consultor empresarial,professor universitário, e

superintendente da Federaçãodas Associações Comerciais e

Empresarias do Estado do Paraná– Faciap

41 – 3259-3000 e 9127-3033 –[email protected]

Page 47: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 47Empresa Brasil - 47

Ocorrerá, entre os dias 19 e

26 de agosto, o 2ºSeminário

do Progerecs – Programa

de Geração de Receitas e Serviços da

CACB – em Brasília. No evento, os

executivos do programa terão a opor-

tunidade, a partir de um debate em

bases consistentes, de encontrarem

soluções para determinadas ques-

tões como, por exemplo, o caso de

empresas de cartão de gestão.

De acordo com o presidente da

CACB, Alencar Burti, já existe um

Executivos buscamsoluções em semináriodo ProgerecsEvento ocorrerá entre os dias 19 e 26 deagosto, em Brasília. Cartão de gestão etelefonia serão alguns dos assuntos debatidos.

grupo de estudos com técnicos das

Federações de Santa Catarina e São

Paulo – Facisc e Facesp, respectiva-

mente –, com o propósito de buscar

a melhor solução

ao atendimento de

todo o sistema

CACB.

Dentre os benefícios que o car-

tão viabiliza estão a consignação

de até 30% do salário do funcioná-

rio em compras no comércio local; a

substituição da cesta básica por um

cartão, somente aceito em super-

mercados e afins; substituição do

vale refeição por cartão, aceito em

restaurantes; combustível, destina-

do a empresas que possuem frota;

além de planos de fidelidade e gift

(cartão de presente a ser retirado

em qualquer estabelecimento cre-

denciado).

Segundo Alencar Burti, soluções

também terão de ser encontradas no

segmento da telefonia. Com referên-

cia a essa prestação de serviços, por

solicitação da CACB, os departamen-

tos de tecnologia da Facesp e da As-

sociação Comercial e Empresarial de

São Paulo (ACSP) estão analisando

uma parceria com uma rede de televi-

são nacional. “A eventual aprovação

e homologação dessa tecnologia de

comunicação e informação ensejará

um leque de serviços para nosso sis-

tema e para nossos associados”, afir-

mou Burti.

Dentre os serviços citados estão

a telefonia sobre IP (VoIP), telefonia

móvel, cartão pré-pago para liga-

ções, vídeo conferência, aprendiza-

do à distância (via Internet), biblio-

tecas virtuais, acervo de cursos via

Internet e comunidades de aprendi-

zado. Haverá, também, a IPTV (rádio

e TV via Internet), além da TV

CACB, com um programa semanal

em canal aberto.

A finalidade

da Progerecs é

disponibilizar ser-

viços de interes-

se do sistema CACB que gerem re-

cursos a toda cadeia de entidades

filiadas para que se possa, ainda

com mais eficiência, atender às ne-

cessidades dos associados.

Page 48: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 48

Tecnologia e Inovação são fatores chave para o desenvolvimento de uma organizaçãoorientada para o futuro. Assim, ações para inovação baseadas em tecnologia eprocessos frente aos desafios do mercado são determinantes para a redução dacrescente inadimplência nas diversas formas de pagamento. Com base no contextoatual, a SystemCred desenvolveu uma solução tecnológica na gestão de crédito,especialmente para o sistema CACB / Progerecs(Programa de Geração de Receita eServiços): o RecebaBrasil. O diretor comercial da SystemCred, Jair Benassi,conversou com o coordenador executivo nacional do Progerecs, Luiz AntônioBortolin, sobre o assunto:

Solução tecnológica na gestão decrédito é desenvolvida para a CACBO RecebaBrasil visa a gestão e recuperação de chequesdevolvidos para todos os integrantes das ACEs emâmbito nacional

Luiz Antônio Bortolin - O que é

o RecebaBrasil?

Jair Benassi - O RecebaBrasil é

uma solução desenvolvida pela

SystemCred especificamente para

todo o sistema CACB, dentro do

programa Progerecs, que visa a

gestão e recuperação de cheques

devolvidos pelas alíneas 11, 12 e

13 para todos os integrantes das

Associações Comerciais em âmbi-

to nacional.

LAB - Quem é a SystemCred?

JB - Uma empresa de soluções,

especializada em gestão e recu-

peração de créditos e relaciona-

mentos. Nosso diferencial está na

inovação, em razão da utilização

de alta tecnologia e da capacida-

de de definir as melhores estraté-

gias de acionamentos e aborda-

gem em todo processo de cobrança,

conseguindo, por esta razão, melho-

res resultados.

LAB - O que ela oferece juntamente

com a CACB/Progerecs aos associ-

ados das ACEs?

JB - A SystemCred desenvolveu uma

solução denominada RecebaBrasil

para cobrança de cheques sem fun-

dos, bastando apenas ao usuário en-

trar no site www.receba brasil.com.br,

seguir as instruções de uso, que vai

desde a adesão ao contrato de pres-

tação de serviços, até o cadastramen-

to e gerenciamento do processo de

cobrança dos cheques.

LAB - Quais são as vantagens que a

pequena empresa tem com a utiliza-

ção do produto / serviço?

JB - Ela poderá utilizar um instrumen-

to de gestão via WEB, que possibili-

ta o acompanhamento à distância; o

cheque físico sempre ficará em poder

do lojista; quando houver a recupera-

ção do cheque, o cliente será informa-

do para retirá-lo no endereço indicado

pelo lojista; havendo quitação da dí-

Empresa Brasil - 48

Page 49: Empresa Brasil 29

Empresa Brasil - 49

vida, o cliente estará resgatando seu

crédito, fidelizando assim, esta relação

comercial. Além disso, é importante

destacar que hoje somos a única em-

presa no segmento que possui convê-

nio com a CEF para poder utilizar a

rede de lotéricas (mais de 12.000 pon-

tos) como canal de recebimento das

negociações realizadas.

LAB - Como a pequena empresa po-

derá ganhar - melhorar seu desem-

penho - com o produto / serviço?

JB – Com o acesso às ferramentas de

cobrança disponíveis somente para

os grandes volumes; tratamento de

dados que hoje também é oferecido

somente para grandes volumes;

equipe de cobrança treinada para

atingir os melhores resultados e ori-

entados pelo Código de Defesa do

Consumidor; processo de cobrança

efetiva, dentro dos parâmetros pré-

estabelecidos que independa de ação

do lojista ou de seus funcionários,

que manterão toda sua atenção para

as vendas.

LAB - Como será divulgado seu pro-

duto / serviço para os associados das

ACEs?

JB - A divulgação do produto será

realizada, primeiramente, por meio

dos seminários do Progerecs, onde

apresentaremos aos executivos das

Federações todo o modo de opera-

ção. Na seqüência, desenvolveremos

flyers para serem disponibilizados

aos associados das ACEs , além de

ações via Internet.

LAB - Como a empresa vê esta par-

ceria com a CACB / Progerecs?

JB - Esta parceria é de grande impor-

tância para a SystemCred, pois o ser-

viço RecebaBrasil visa atingir a classe

de associados vinculados as ACEs.

Com esta solução, a CACB / Proge-

recs juntamente com as Federações e

ACEs estarão cumprindo com um pa-

pel importante de inclusão do peque-

no e médio empresário a produtos e

serviços até então destinados para

as grandes empresas.

LAB - Quais dicas são importantes

para o comerciante?

JB - Procurar fazer um bom cadastro

no instante da venda para o seu clien-

te, quando o pagamento é realizado

através de cheque, pois a falta e a ma-

nutenção de um bom cadastro dificul-

tam na recuperação da inadimplência;

quando da primeira devolução do

cheque, por insuficiência de fundos,

já cadastrar o cheque para cobrança,

sem realizar a segunda apresentação,

pois assim haverá mais interesse do

cliente em regularizar a situação.

Empresa Brasil - 49

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CONFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS E EMPRESARIAIS DO BRASIL

DIRETORIA EXECUTIVA

BIÊNIO 2005/2007

Presidente

Alencar Burti

1º Vice-Presidente

Omar Carneiro da Cunha

Diretor Financeiro

Fernando Brites

Diretor Secretário

Jorge Santana de Oliveira

Superintendente

Paulo Chaves

Vice-Presidentes

Luiz Carlos Furtado Neves

Arthur Lopes Filho

Douglas Ramos Cintra

Francisco Derval Furtado da Rocha

Altair Correa Vieira

Pedro Jamil Nadaf

Pedro José Ferreira

Ridoval Darci Chiareloto

Sérgio Papini de Mendonça Uchoa

CONSELHO FISCAL

Titulares

Rubenir Nogueira Guerra - Presidente

João Porto Guimarães

José dos Santos da Silva Azevedo

Suplentes

José Elias Tajra

Júlio César Teixeira Noronha

Nilson Tavares Morais

SCS Quadra 03 - Bloco A

Ed. CACB

PABX: 61 3321-1311

Fax: 61 3224-0034

70.313-916 - Brasília - DF

ParaíbaFederação das Associações Com.e Empresariais da Paraíba - FACEPBPresidente: José Borges de MedeirosRua: Av. Floriano Peixoto, 715 1º AndarCidade: Campina GrandeCEP: 58100-001

ParanáFederação das Associações Com. e Empresariais do Estado do Paraná - FACIAPPresidente: Ardisson Naim AkelRua: Heitor Stockler de França, 356Bairro: CentroCidade: CuritibaCEP: 80030-030

PernambucoFederação das Associações Comerciais do Estado de Pernambuco - FACEPPresidente: José Sarto Lima de CarvalhoRua: Rua do Bom Jesus, 215- 1º AndarBairro: Recife AntigoCidade: RecifeCEP: 50030-170

Rio de JaneiroFederação das Associação Com., Ind. e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro - FACERJPresidente: Jésus Mendes CostaRua: Rua do Ouvidor, 63 6º AndarBairro: CentroCidade: Rio de JaneiroCEP: 20040-030

Rio Grande do NorteFederação das Associações Comerciais do Rio Grande do Norte - FACERNPresidente: Nilson Tavares Morais Rua: Av. Duque de Caxias, 191Bairro: RibeiraCidade: NatalCEP: 59012-200

Rio Grande do SulFederação das Associações Com. e de Serv. do Rio Grande do Sul - FEDERASUL Presidente: José Paulo Dornelles Cairoli Rua: Largo Visconde do Cairu, 17- 6º AndarBairro: Palácio do ComércioCidade: Porto AlegreCEP: 90030-110

RondôniaFederação das Associações Com. e Industriais do Estado de Rondônia - FACERPresidente: Ednei Pereira dos SantosRua: Duque de Caxias, 740 A, Ednei Pereira dos SantosBairro: CaiareCidade: Porto VelhoCEP: 78900-040

RoraimaFederação das Associações Comerciais e Industriais de Roraima - FACIRPresidente: Francisco Derval da Rocha FurtadoRua: Av. Jaime Brasil, 3223- 1º AndarBairro: CentroCidade: Boa VistaCEP 69301-350

Santa CatarinaFederação das Associações Comerciais e Empresariais de Santa Catarina - FACISCPresidente: Luiz Carlos Furtado Neves Rua: Av. Pref. Osmar Cunha, 183 Bl C- Sala 601 - Ed. Ceisa CenterCidade: FlorianópolisCEP: 88015-900

São PauloFederação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo - FACESPPresidente: Alencar BurtiRua: Boa Vista, 51 - 09º AndarCidade: São PauloCEP: 01015-911

SergipeFederação das Associação Com., Ind. e Agropastoris do Estado de Sergipe - FACIASEPresidente: Lauro Aurélio Vieira Sampaio VasconcelosRua: José do Prado Franco, 557Bairro: CentroCidade: AracajuCEP: 49010-110

TocantinsFederação das Associações Com. e Ind. Do Estado de Tocantins - FACIETPresidente: Pedro José FerreiraRua: ACSE 1 Qd 104 Sul, Conj. 2 , salas 205/206 1º Andar Lote 17Cidade: PalmasCEP: 77100-030

Instituições

AcreFederação das Associações Comerciais e Empresariais do Acre - FEDERACREPresidente: Rubenir Nogueira GuerraRua: Av. Ceará, 2351 Bairro: CentroCidade: Rio BrancoCEP: 65900-460

AlagoasFederação das Associações Comerciais do Estado de Alagoas - FEDERALAGOASPresidente: Sérgio Papini de Mendonça UchôaRua: Sá e Albuquerque, 467Bairro: JaraguáCidade: MaceióCEP: 57025-901

AmazonasFederação das Associações Comerciais e Empresariais do Amazonas - FACEAPresidente: José dos Santos da Silva AzevedoRua: Guilherme Moreira, 281, TérreoBairro: CentroCidade: ManausCEP: 69005-300

BahiaFederação das Associações Comerciais do Estado da Bahia - FACEBPresidente: Clóves Lopes CedrazRua: Miguel Calmom, 308 Ed. Nelson de Faria - 8°andarCidade: SalvadorCEP: 40015-010

CearáFederação das Associações Comerciais do Ceará - FACCPresidente: João Porto GuimarãesRua: Dr. João Moreira, 207Bairro: CentroCidade: FortalezaCEP: 60030-000

Distrito FederalFederação das Associações Comerciais e Industriais do Distrito Federal - FACIDFPresidente: Fernando Pedro de Brites Rua: SCS Qda.02 - Ed.Palácio do Comércio - 1°andarCidade: BrasíliaCEP: 70318-900

Espírito SantoFederação das Associações Comerciais Industriais e Agropastoris do Estado do Espírito Santo - FACIAPESPresidente: Arthur AvellarRua: Av. Jerônimo Monteiro, Ed. Henrique Lages, 268, 4°andarBairro: CentroCidade: VitóriaCEP: 29010-002

GoiásFederação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Góias - FACIEGPresidente: Ridoval Darci ChiarelotoRua: 143, Quadra 66, Lote 01, Setor MaristaCidade: GoiâniaCEP: 74170-110

MaranhãoFederação das Associações Empresariais do Maranhão - FAEMPresidente: Júlio César Teixeira NoronhaRua: Pç.Benedito Leite, 264Bairro: CentroCidade: São LuísCEP: 65010-080

Mato GrossoFederação das Associações Com. e Empresariais do Estado do Mato Grosso - FACMATPresidente: Pedro Jamil NadafRua: Galdino Pimentel, 14- 2ª Sobreloja -Ed. Palácio do ComércioCidade: CuiabáCEP: 78005-020

Minas GeraisFederação das Associações Com., Industriais, Agropecuária e Serv. Do Estado de Minas Gerais - FEDERAMINASPresidente: Artur Lopes Filho Rua: Av. Afonso Pena, 726 15º AndarBairro : CentroCidade: Belo HorizonteCEP: 30130-002

Mato Grosso do SulFederação das Associações Com. e Ind.do Mato Grosso do Sul - FACIMSPresidente: Leocir Paulo MontagnaRua: Brasil, 205 Anexo ao Sebrae/MSBairro: CentroCidade: Campo GrandeCEP: 79010-230

ParáFederação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará - FACIAPAPresidente: Altair Corrêa VieiraRua: Av. Presidente Vargas, 158 5º AndarCidade: BelémCEP: 66010-000

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