empreender n.º 11

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www.vidaeconomica.pt NEWSLETTER N.º 11 | JANEIRO/FEVEREIRO 2012 CASO EM DESTAQUE Empresárias criam objetos únicos P. 9 Índice Actualidade .............................. 1 Artigo .......................................... 2 Editorial ...................................... 2 Opinião....................................... 3 Entrevista................................... 4 Artigo .......................................... 5 Breves ......................................... 6 Opinião....................................... 8 Caso em destaque.................. 9 A Beta-i (Associação de Promoção da Inovação e Empreendedorismo), em parceria com o Billy the Group, abriu o prazo para as candidaturas à quarta edição do BetaStart, pro- grama de aceleração de ideias. O objetivo desta edição – para além de ajudar os participantes a desenvolver ideias que num curto espaço de tempo resultem em verdadeiras ‘start-up’ – é sensibilizar os empreendedores para o potencial que a área da web-mobile e do turismo tem no atual contexto nacional e internacional. As inscrições para a quarta edição do BetaStart estão abertas até ao dia 6 de fevereiro, seguindo-se o pro- cesso de seleção que acontece no dia 18 de fevereiro através de um júri que ouvirá as ideias dos candidatos. Serão selecionadas 10 projetos com o máximo de três Turismo e web mobile no centro de concurso de empreendedorismo BetaStart lança quarta edição ACTUALIDADE elementos por projeto. O programa é gratuito, existindo um ‘finders-fee’ de 5% quando o projeto seja selecionado por um investidor via Beta-i. O BetaStart arranca no dia 25 de fevereiro para proporcionar aos empre- endedores uma platafor- ma que incentive e crie as condições necessárias para que desenvolvam as suas ideias de forma rápida e sustentada. Ter- minado este período, pretende-se que as ideias dos participantes atinjam um estado de maturação elevado para se transformarem em verdadeiras ‘start-up’ capazes de dar passos concretos no mercado, não só a nível na- cional mas também a nível internacional. No dia 30 de março os projetos acelerados serão apresentados a um grupo de 30 investidores constituído por empresas de capital de risco, business angels, financeiras, entre outras. “EmprEEndEdorismo opçõEs dE financiamEnto” PROGRAMA EMPREENDER à 5ª PROGRAMA 18:20 – Receção dos Convidados 18h30 – Início da Sessão – Mónica Monteiro 18h35 – Empreendedorismo – Opções de Financiamento Bancário 18h55 – Empreendedorismo e o QREN Caixa de Crédito Agrícola 19h15 – Debate aberto aos participantes Dr. Mário Rui Silva, Diretor operacional do Programa ON 2 19h25 – Conclusões e Encerramento – João Luís de Sousa 19h30 – Fim da Sessão NORTESHOPPING 9 DE FEVEREIRO 2012 INFORMAçõES/CONFIRMAçõES Patrícia Flores Telf.: 223 399 466/00 patriciafl[email protected] ENTRADA LIVRE PUB

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Newsletter Empreender

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www.vidaeconomica.ptnewsletter n.º 11 | Janeiro/fevereiro 2012

Caso em destaque

Empresárias criam objetos únicos

P. 9

Índice

actualidade .............................. 1

artigo .......................................... 2

editorial ...................................... 2

opinião....................................... 3

entrevista ................................... 4

artigo .......................................... 5

Breves ......................................... 6

opinião....................................... 8

Caso em destaque .................. 9

a Beta-i (associação de Promoção da inovação e empreendedorismo), em parceria com o Billy the Group, abriu o prazo para as candidaturas à quarta edição do Betastart, pro-grama de aceleração de ideias. o objetivo desta edição – para além de ajudar os participantes a desenvolver ideias que num curto espaço de tempo resultem em verdadeiras ‘start-up’ – é sensibilizar os empreendedores para o potencial que a área da web-mobile e do turismo tem no atual contexto nacional e internacional.as inscrições para a quarta edição do Betastart estão abertas até ao dia 6 de fevereiro, seguindo-se o pro-cesso de seleção que acontece no dia 18 de fevereiro através de um júri que ouvirá as ideias dos candidatos. serão selecionadas 10 projetos com o máximo de três

turismo e web mobile no centro de concurso de empreendedorismo

BetaStart lança quarta edição

aCtualidade

elementos por projeto. o programa é gratuito, existindo um ‘finders-fee’ de 5% quando o projeto seja selecionado por um investidor via Beta-i. o Betastart arranca no dia 25 de fevereiro para proporcionar aos empre-endedores uma platafor-ma que incentive e crie as condições necessárias para que desenvolvam as suas ideias de forma rápida e sustentada. ter-

minado este período, pretende-se que as ideias dos participantes atinjam um estado de maturação elevado para se transformarem em verdadeiras ‘start-up’ capazes de dar passos concretos no mercado, não só a nível na-cional mas também a nível internacional. no dia 30 de março os projetos acelerados serão apresentados a um grupo de 30 investidores constituído por empresas de capital de risco, business angels, financeiras, entre outras.

“EmprEEndEdorismoopçõEs dE financiamEnto”

Programa emPreender à 5ª

Programa

18:20 – Receção dos Convidados

18h30 – Início da Sessão – Mónica Monteiro

18h35 – Empreendedorismo – Opções de Financiamento Bancário

18h55 – Empreendedorismo e o QREN Caixa de Crédito Agrícola

19h15 – Debate aberto aos participantes Dr. Mário Rui Silva, Diretor operacional do Programa ON 2

19h25 – Conclusões e Encerramento – João Luís de Sousa

19h30 – Fim da Sessão

NORtEShOPPINg 9 DE FEvEREIRO 2012

informações/ConfirmaçõesPatrícia Florestelf.: 223 399 466/[email protected]

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newsletter n.º 11 | Janeiro/fevereiro 2012

em primeiro lugar quero desejar um bom ano a todos. Muito se tem falado que 2012 será um ano de grandes de-safios para o país, para as empresas e para todos os que por necessidade ou por desejo precisam empreender.Como dizia o nobel da economia Jo-seph stiglizt no congresso “Prever o futuro”, promovido pela aPeD, “auste-ridade não é solução” para a crise que a europa e o nosso país em particular enfrentam. É fundamental dinamizar a economia e apostar no empreen-dedorismo. Mas como o fazer quan-do diariamente somos bombardea-dos com noticias negativas? Como acreditar que é possível?

“A adversidade desperta em nós ca-pacidades que, em circunstâncias fa-voráveis, teriam ficado adormecidas.” Horácio – poeta

acreditando nas palavras do poeta e no ditado popular - a necessidade aguça o engenho!Durante dois anos de projecto “em-preender” temos relatado casos em que o engenho e muita perseve-rança originaram bons resultados. Com estes casos aprendemos que é fundamental que as empresas sejam flexíveis. não há espaço para eleva-dos custos fixos, por isso é essencial trabalhar em rede. Desenvolver competências de coo-peratividade entre diferentes agen-tes da cadeia de valor e estratégias “win-win” é a receita para ultrapassar os desafios que nos esperam nesta época de crise. essa é também a nota que nos deixa o Professor luís lobão nesta edição.num ambiente de extrema comple-xidade é importante que todos nas organizações estejam focados nos objectivos colectivos e não nos seus objectivos individuais. fomentar um clima organizacional de confiança numa época tão conturbada é funda-mental para estimular o intra-empre-endedorismo e a inovação a essencial para competir globalmente. É na di-ferença dos elementos das organiza-ções que está a chave para o futuro. Como diz o meu amigo vitor Briga “ ninguém é perfeito, mas uma equipa pode ser!”Gostaria de terminar salientando o conselho dado pelos empreende-dores antónio leite Castro e Jorge afonso silva na sua entrevista ao empreender “a palavra chave é Pro-fissionalismo. aquilo que fazemos, temos de o fazer com o nosso melhor empenhamento e competência, e olhar criticamente para os resultados. a confiança é indispensável para ter aceitação num mundo empresarial. É vital que os clientes possam confiar no resultado do trabalho e na pessoa.”espero que este ano seja um ano re-pleto de oportunidades para empre-ender. não perca o próximo empre-ender à 5ª já em fevereiro.Pode continuar a acompanhar o nos-so projecto em http://ve-empreen-der.blogspot.com/

mónica [email protected]

editorial

nasceu no iPaM de aveiro o BiZness Preview. trata-se de um gabinete de apoio aos empreendedores da região e que nasce no âmbito do projeto “aveiro empreendedor”. “a atividade do Gabinete BiZness Preview consiste num acompanhamento individualizado a todos os que pretendam perceber o potencial da sua ideia de ne-gócio, de modo a identificar atempadamente os riscos associados à sua implementação, contribuindo assim para uma tomada de decisão mais ponderada e infor-mada”, explica o presidente das talent Universities new leaders. Caetano alves acrescenta que o principal ob-jetivo é “observar, em janeiro de 2014, a sobrevivência de pelo menos 80% das sociedades constituídas por aconselhamento deste gabinete”. este novo gabinete adota uma metodologia ativa e personalizada, daí que programe cada acompanha-mento em três sessões individuais com o promotor e uma sessão interna onde especialistas avaliam a ideia de negócio e a proposta de valor. Caetano alves recorda ainda que a taxa de sobrevi-vência, após dois anos, verificada em Portugal situa-se nos 54% contra os 70% registados nos países da oCDe. segundo o responsável isto acontece pela precipitação

por parte dos promotores. “raramente encontrámos um promotor de um projeto que tenha resposta efeti-va para a pergunta básica: Quem compra o seu produto e quanto paga por ele?”. a mesma fonte adianta ainda que “ser empreender hoje é como ir às compras: é um processo recheado de facilitismos, o que não é de todo mau, mas dadas as características da sociedade portu-guesa, há certo tipo de incentivos que deixam muito a desejar e prejudicam muitas famílias, pois são poucos os empreendedores que procuram apoio de gestão antes de tomar a decisão de constituir uma sociedade”. Mas que impacto tem o BiZness Preview para a região de aveiro? “este projeto tem como meta avaliar, no mí-nimo 300 potenciais empreendedores e as suas ideias de negócio em 17 meses. se considerarmos que pelo menos 20/25 por cento das ideias têm potencial de se tornarem num negócio de sucesso estaremos a criar no mínimo quatro a cinco postos de trabalho por mês, que, por sua vez, irão gerar uma dinâmica na economia da região, através da contratação de serviços básicos, arrendamentos, entre outros.”

Patrícia [email protected]

Gabinete de Apoio ao empreendedor nasce em Aveiro

artigo

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newsletter n.º 11 | Janeiro/fevereiro 2012

o novo ambiente competitivo, as novas institucionalidades vigen-tes e a nova idéia do papel dos governos marcaram uma série de transformações que fizeram renascer o interesse sobre o pa-pel que os pequenos produtores podem ter na reestruturação pro-dutiva, assim como no desenvol-vimento de regiões e países. esse interesse coincide com o reco-nhecimento de sinergias coletivas geradas pela participação em ca-deias produtivas que efetivamen-te fortalece as chances de sobrevi-vência no mercado cada vez mais competitivo.as grandes mudanças ambientais, as incertezas, a complexidade e intensidade competitiva, têm le-vado ao surgimento de diferentes modelos e redes organizacionais. nesse sentido, tais mudanças ocorrem simultaneamente, com a emergência de um novo paradig-ma tecnológico, que impõe um processo produtivo mais intensi-vo em conhecimento, alterando significativamente o ambiente competitivo e colocando novos formatos institucionais para as

pequenas e médias empresas.na discussão atual, a capacidade de se articular cadeias produtivas competitivas, em espaços locais, depende da sobremaneira de sua inserção complementar as suas congêneres em nível local. as transformações que decorrem do processo de globalização, as-sociadas a outras, tecnológicas e institucionais, impactam profun-damente as formas de organiza-ção e as premissas de desenvolvi-mento de cada país ou região. as estratégias dos grandes agentes econômicos implicam em esco-lhas de regiões que se integram ou que possuem dificuldades para se convergirem, o que vem redefinindo hierarquias e dinâmi-cas de crescimento econômico de territórios em toda aldeia global.Destaca-se, também, que a inser-ção dos empreendimentos no mundo dos negócios em nível global requer a perceção, por par-te das instituições públicas e pri-vadas dos estados, de que a com-petição não só está mais acirrada como as vantagens competitivas passam a depender cada vez mais

da interação sinérgica entre as di-mensões empresarial, estrutural e sistêmica. a primeira dimensão tem a ver com a capacidade em-preendedora dos agentes econô-micos; a segunda, com a infraes-trutura (logística) local/regional e a terceira está relacionada às principais tendências em níveis nacional e internacional.Cooperatividade sistêmica é uma expressão estranha! Cooperati-vidade sistêmica é o exercício da cooperação entre os agentes que compõem um determinado todo, beneficiando todas as partes que o constituem e o meio onde ele se insere. a cooperação, dependen-do do seu grau, tem a capacida-

de de contabilizar ganhos sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais que podem advir da cooperação, entrando em conta-to com o conceito de vantagens cooperativas sistêmicas e tendo a oportunidade de verificar que elas decorrem da aplicação de es-tratégias cooperativas elaboradas e implementadas por agentes que se articulam em modelos organi-zacionais especiais. a competitividade vem sendo tra-tada como se fosse à majestade absoluta de todos os processos de desenvolvimento. Com um discur-so monofônico, seus pregadores alardeiam a necessidade de se sacrificar tudo: ignorar princípios, esquecer cresças, violentar-se, violentar os outros, desconside-rar tratos e contratos, danificar ambientes efetivos e físicos. a competitividade é mesmo essa panacéia? Qual seu verdadeiro papel nos processos sociais e eco-nômicos? Quais os seus alcances e limites? Por que é dado esse tipo de tratamento ao fenômeno da competição? Qual a relação da competição com a cooperação?

criando uma vantagem cooperativa

oPinião

luís augustolobão mendes

Professor da Fundação Dom Cabral

Regulamento em livraria.vidaeconomica.pt

Os pontos acumulam-se na sua conta individual “Pontos com Vida” que, em qualquer momento, pode transformar num vale de desconto e utilizar exclusivamente numa única aquisição de produtos na LIVE. A conversão dos pontos é concretizada pela geração de um vale na proporção de 10 pontos para 1 euro (10 pontos = €1).

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newsletter n.º 11 | Janeiro/fevereiro 2012

“natureza das multinacionais não incentiva ao intraempreendedorismo”

Pragmasis desenvolve software para a banca

entreVista

Num mercado competitivo como o das tecnologias de informação, a Pragmasis distingue-se pela dimensão e pela agilidade da empresa, o que permite responder de imediato às necessidades de cada cliente, como salientam Alfredo Leite Castro e Jorge Afonso Silva.

Empreender – A Pragmasis é uma empresa que desenvolve software para um setor de mercado bas tante especifico – a banca. Qual é especificamente a vossa área de atuação?Alfredo Leite Castro – a Pragmasis tem atuado pri mordialmente no desenho e implementação de soluções informáticas para os canais presen-ciais da banca, especifi camente as agências ban-cárias. a nossa ferramenta de de senvolvimento de aplicações, aP.net – application Pla tform, permite construir eficazmente soluções à medi-da de cada instituição financeira. Jorge Afonso Silva – É de salientar que, no de-senrolar dos projetos para os nossos clientes, atuamos fortemente como consultores durante a fase de desenho e arquitetura da solução fi-nal, de modo a transferir a nossa experiência e “know-how”.

E – Segundo a vossa experiência, as empresas multinacionais promovem as condições para que se desenvolva o intraempreendedoris-mo?LC – a natureza intrínseca das multinacionais não in centiva a que tal aconteça. as soluções a propor aos clientes são quase sempre as depen-dentes do catálogo de produtos da empresa, complementadas com os serviços necessários a cada implementação específica. a dimensão do mercado nacional, na perspetiva duma multina-cional, não justifica normalmente os custos de “start-up” dum projeto de raiz ou inovador.JAS – nos anos recentes, talvez porque a compo-nente serviços ganhou uma maior ênfase para as multinacionais, temos visto uma maior aber-tura destas às iniciativas de projetos de âmbito local.

E – Quais foram os principais desafios que encon traram para criarem a vossa própria empresa?LC – o nosso desconhecimento dos trâmites inerentes à criação duma empresa, amplificada pelo otimismo de quem inicia uma nova etapa, fizeram-nos ultrapassar as burocracias sem que tenham ficado traumas. JAS – Um dos desafios que enfrentámos na altu-ra da criação da Pragmasis foi a aceitação pelos

potenciais clien tes da nossa nova identidade. o mercado alvo viu-nos du rante anos como em-pregados duma multinacional, e uma compre-ensível inibição inicial teve de ser vencida. outra dificuldade teve a ver com natural urgência em criar de raiz a ferramenta tecnológica necessária para atingirmos os nossos objetivos. os primei-ros meses foram dedicados à implementação do produto aP – application Platform, numa versão que suportasse os/2 (então predominante na banca) e simultaneamente windows.

E – De que forma a Pragmasis promove e fo-menta a inovação na sua intervenção com os seus clientes?LC – a faceta que exprime melhor a filosofia da Prag masis é o pragmatismo. Perante os requi-sitos dum pro jecto, preferimos soluções já pro-vadas que satisfaçam as necessidades. na Prag-masis estudamos primeiro as tecno logias emer-gentes, esperamos que as mesmas estabilizem demonstrando a sua validade, e então inovamos as nossas soluções.JAS – Qualquer inovação tecnológica ou fun-cional que introduzimos num projeto é sempre equacionada em ter mos vantagem versus risco.

E – Atuando a Pragmasis num setor alta-mente competitivo (TI), em que os grandes “player” são in ternacionais, o que diferencia a empresa face à con corrência?LC – o “commitment” da Pragmasis nos projetos é um dos fatores que pensamos ter grande valor para os clientes. também a dimensão e agilidade da empresa per mite-nos responder de imediato às necessidades e requisi tos específicos de cada cliente. a competição, particular mente a interna-cional, não tem esta flexibilidade.

JAS – o que também nos diferencia é a nossa postura de sinceridade para com os clientes.

E – Nos últimos anos assistiu-se a uma revolu-ção profunda no mercado bancário com a chegada da banca eletrónica. O vosso ne-gócio foi de alguma forma afetado por esta nova realidade?LC – sim, e de um modo positivo. alargámos a abran gência das nossas soluções técnicas. JAS - temos hoje um portfólio de ferramentas e solu ções que cobrem amplamente muitos dos requisitos de ti na banca, em particular na componente de infraestruturas aplicacionais distribuídas. Uma percentagem significativa das operações nacionais executadas por “banca electró nica” depende de componentes e solu-ções desenvolvidos pela Pragmasis.

E – As novas tecnologias são uma área extrema mente atrativa para os jovens. Que conselho daria aos jovens que quisessem em-preender nessa área?LC – a palavra chave é profissionalismo. aqui-lo que fazemos, temos de o fazer com o nosso melhor empenha mento e competência, e olhar criticamente para os resul tados. a confiança é in-dispensável para ter aceitação num mundo em-presarial. É vital que os clientes possam confiar no resultado do trabalho e na pessoa.JAS – ter abertura de pensamento que leve à curiosi dade na pesquisa de novas soluções, à aceitação crítica de inovações, a progredir profis-sionalmente. finalmente, en contrar um nicho de atividade em que possamos exercer excelência é um fator decisivo de sucesso.

mónica monteiro

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newsletter n.º 11 | Janeiro/fevereiro 2012

artigo

“A mudança não assegura necessariamente progresso,mas o progresso implacavelmente requer mudança.”

(Commager)

em tempos de crise é normal ver-mos tudo e todos em manifesta-ções e em lutas constantes contra alguma coisa. fazem-se greves frequentemente e mobilizam-se pessoas para a rua com o intuito de “fazer barulho”. É assim em todo o lado e Portugal não é exceção.Concordo que devemos manifes-tar a nossa opinião e não estou aqui com nenhum pretexto polí-tico. estou a escrever esta crónica porque acho que as pessoas an-dam a perder demasiado tempo a pensar em tudo menos nas pró-prias pessoas.sabemos que os governantes go-vernam para os números e para os ratings, e, não tenho competência técnica ou cientíica para analisar se o fazem bem ou mal. tenho “apenas” a minha opinião formada como cidadão contribuinte que na verdade, não interessa nada para agora.Custa-me saber que as medidas de austeridade continuam e vão continuar. Custou-me abrir uma empresa, fazer contas, planear tudo e, poucos meses depois, ter que fazer tudo novamente porque surgiam “programas de estabilida-de e crescimento” constantemen-te. Confesso que por muitas vezes pensei se abrir a empresa seria uma boa opção, mas acabei por seguir o caminho dos chineses que simbolizam a crise como “pe-rigo e oportunidade”. tenho cons-ciência do perigo mas, também encontro diversas oportunidades por explorar.Custa-me também saber que nes-te natal as pessoas vão ter ainda menos poder de compra. Como profissional que trabalha o mer-cado, é difícil perceber como se pode crescer se as pessoas per-dem poder de compra, ou seja, vão comprar menos. tenho a hu-

milde visão influenciada de que, se vendemos menos, os postos de trabalho são comprometidos, a taxa de desemprego aumenta e não conseguimos “estabilidade e crescimento”. todavia, deixemos este tipo de análise para os espe-cialistas na matéria.isto são factos que me incomodam, mas está na altura de começarmos a pensar nas pessoas. Chega de exigir tudo ao nosso governo, cada um de nós tem que assumir um compromisso pessoal. a mudança deste país depende da mudança de atitude de cada um de nós e não exclusivamente de quem nos governa. todos sabemos que é preciso mudar alguma coisa, mas ignoramos que essa mudança co-meça em nós. tudo muda quando nós mudamos.

“Você deve ser a mudança que você deseja ver no mundo”.

(Gandhi)

os governantes em democracia são escolhidos pelo povo (por nós), como tal, não podemos es-tar constantemente a queixar-nos das suas decisões. sou apologista de que devemos deixá-los fazer o seu trabalho e nós devemos fazer o nosso.Desculpem a sinceridade, mas estou-me a borrifar para o rating e que Portugal seja considerado ” lixo”. Óbvio que este cenário não tem nada de positivo e relembro que considero importante termos

posição e opinião relativamente a isso, mas eu faço o meu papel todos os dias, e esse é o meu foco. sendo “lixo” ou não, trabalho para produzir e para criar postos de trabalho. os desafios estão à nos-sa frente e os obstáculos são uma constante, mas o sucesso depen-de mais de nós do que dos outros.

“Acho fascinante que a maioriadas pessoas planeie as fériascom mais cuidado do que as suas vidas. Talvez porque fugiré mais fácil que mudar.”

(Jim rohn)

as parcerias são o segredo dos novos negócios e, se estivermos munidos de gente competente, podemos alavancar muitos novos projetos empresariais.Procurem aquilo que gostam de fazer e façam-no. acreditem que ninguém o fará por vocês. Deixem de lado as desculpas. Chega de apontar o dedo a terceiros e cul-par os outros de tudo.não percam tanto tempo da vos-sa vida a pensar na crise ou na Moody´s. Já sabemos que a trans-parência nesta área é um tema de-licado e confuso e, a não ser que essa seja a vossa vocação, não per-cam muito tempo a entender isso.Por vezes começo a imaginar o que seria se os milhares que se manifestam contra a austeridade se unissem para o desenvolvi-mento de novos negócios. Como imaginam que seria?olhem à vossa volta, para os vos-sos colegas, amigos, familiares e conhecidos e vejam como juntos

podem mudar, criar e produzir. fa-çam algo de bom por vocês e pe-las pessoas. Mudem!não quero incentivar ninguém a desprezar a liberdade de expres-são e o seu direito de palavra. estou concretamente a tentar influenciar alguém, uma pessoa que seja, a mudar de atitude e a ir atrás daquilo em que acredita. somos obrigados a fazer escolhas e por vezes teremos que abdicar de uma festa, de um concerto, de jantar fora ou mesmo das nossas férias para investirmos em nós e naquilo em que acreditamos.não se deixem contaminar pelo pessimismo e pela multidão que se encostou a este cenário de crise para desculpar todos os problemas que tem na vida. a crise não des-culpa tudo. temos de “injetar” oti-mismo para muitas empresas que perderam a sensibilidade para ino-var e esqueceram-se de se adaptar ao novo ambiente. não desistam!todos sabemos e é um facto que para a maioria das pessoas que têm ambição e atitude empreen-dedora, a escassez de recursos fi-nanceiros predomina, mas há mui-tos outros recursos que se pode e deve aproveitar. Com a taxa de desemprego tão elevada, o que custa reunir pessoas e arriscar na criação de novos projetos? Jun-tar competências pode ser muito mais valioso do que qualquer fi-nanciamento.

“Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos.”

(Galeano )

com ou sem crise a opção de mudança é sua

Paulo moraisGestor de Marketingwww.mktmorais.com

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newsletter n.º 11 | Janeiro/fevereiro 2012

BreVes

Projeto inovAdor Promove vAlorizAção doS reSÍduoS floreStAiS

Depois de uma experiência de 38 anos em ges-tão de negócios em ambiente multinacional, Jorge santos criou, em agosto de 2011, a Gre-enfiber tech, uma empresa a operar na área das cleantech.tendo como matéria-prima as fibras vegetais numa combinação inovadora com polímeros, a Greenfiber tech desenvolveu uma fórmula que resulta num produto compósito, designa-do smart Composite. trata-se de uma gama de produtos inovadores mais sustentáveis do que a madeira e compósitos de madeira com termo-plástico (wPC – wood Plastic Composite). a indústria de construção naval e civil dos eUa e Canadá são os principais mercados dos smart Composite, que poderão ser aplicados em bar-cos, terraços, jardins, piscinas, spas, mobiliário de exterior, entre outros. Utilizando tecnologias de transformação já existentes, os smart Composite inovam no processo de produção. ao seleccio-nar e combinar propriedades específicas das fibras vegetais, detectadas e isoladas em labora-tório sueco, com polímeros de propriedades sin-gulares, o resultado é uma alternativa de maior valor e mais eficaz.Desta forma são valorizados “com mais eficácia os desperdícios da indústria da fileira florestal (coco, casca de arroz, sisal, cânhamo e outros), garantindo produtos com características únicas que reúnem um conjunto de benefícios”, referiu à ve o Ceo e fundador da Greenfiber tech, Jorge santos.neste momento, a Greenfiber tech está disponí-vel para a entrada de capital de risco e outros in-vestidores. Quanto ao futuro do negócio, a curto prazo está prevista a abertura de uma fábrica no distrito do Porto que empregará mão-de-obra qualificada. Para além disso, “há um conjunto vasto de outras aplicações que podem integrar as matérias- primas desenvolvidas pela Greenfi-ber tech, o que garante uma maior longevidade à empresa em termos de desenvolvimento. no-vos mercados, novas aplicações, diferentes tec-nologias e novos clientes”.

Para o primeiro ano, está prevista uma factura-ção na ordem de 1,5 milhões de euros. a partir daí, com o desenvolvimento dos diversos pro-dutos e a empresa a trabalhar a uma velocidade cruzeiro, estima-se chegar aos 18 a 20 milhões de euros por ano, só com exportações.a Greenfiber tech é uma empresa criada no âm-bito do eiBtnet, programa que apoia a criação de empresas inovadoras e de base tecnológica promovido pela net – novas empresas e tec-nologias s.a. (BiC Porto). a empresa encontra-se instalada no edifício Promonet, usufruindo dos apoios necessários nesta fase de arranque.

noniuS inveSte2,5 milhõeS de euroS no mercAdo externo

a nonius, empresa tecnológica portuguesa es-pecializada em soluções tecnológicas para a hotelaria, vai investir 2,5 milhões de euros na in-ternacionalização com o apoio da Caixa Capital, do Grupo Caixa Geral de Depósitos. Como refere a empresa em comunicado de imprensa, “o au-mento dos capitais próprios, com a entrada do novo investidor institucional, vai permitir à no-nius a execução de um plano de investimento global de 2,5 milhões de euros com os objetivos de aumentar o volume de negócios atual de 2 milhões de euros para 10 milhões de euros e aumentar as exportações de 20% para 80% das vendas até 2015”.

conSultorA SquAdrA lAnçA ofertA formAtivA em vendAS

a squadra, marca de serviços de consultoria na área de Marketing & Sales Management, vai mi-nistrar um curso formativo em vendas, visando dotar as empresas e os profissionais de vendas das competências base para a função comercial. o curso possui uma vertente prática, a qual per-mite que estas competências sejam adquiridas ou atualizadas de forma sustentada, com exem-plos e partilha de casos reais.

este workshop será ministrado no Porto a 16 de fevereiro e a 23 seguinte em lisboa. a formação é dirigida a Comerciais, Gestores de Clientes, Delegados Comerciais e a qualquer profissional que tenha interesse por esta temática. este curso intensivo é também direcionado a todos os que procuram a área comercial como uma saída pro-fissional de futuro.a primeira parte do programa incide no tema da importância da comunicação no contexto da venda. a segunda será sobre as técnicas de ven-da para o sucesso.a squadra é o novo projeto profissional liderado por rafael Cerveira Pinto, à frente de uma equipa especializada e com uma vasta experiência pro-fissional executiva nas áreas de Marketing e ven-das, em empresas de grande sucesso e prestígio.o modelo de negócio está assente numa rede de capital humano e integra uma rede de par-ceiros independentes, especializadas em áreas como estudos de Mercado, relações Públicas, Design e Comunicação, Marketing Digital, in-centivos Qren, internacionalização, entre outras, que permite ter acesso direto ao parceiro mais adequado, para responder às necessidades de cada projeto.

Pme têm novA linhAde crédito diSPonÍvel

a linha de Crédito PMe Crescimento já está dis-ponível com um valor global de 1500 milhões de euros, com dotações específicas para Micro e Pequenas empresas de 250 milhões de euros e para empresas exportadoras de 500 milhões de euros. esta linha destina-se fundamentalmente a financiar novos investimentos em ativos fixos corpóreos ou incorpóreos, ou ao reforço do fun-do de maneio ou dos capitais permanentes.

QUEM TEM DE ENTREGAR

DECLARAÇÃO DE IRS?

QUAIS OS FORMULÁRIOS A

ESCOLHER?

ONDE DEVO DECLARAR O SUBSÍDIO DE

DOENÇA (BAIXA)?

ESTIVE DESEMPREGADO. TENHO DE DECLARAR

ESSES VALORES?

QUAL A FÓRMULA DA VENDA EM CASO DE PERMUTA?

TENHO UMA VIATURA QUE A MINHA EMPRESA ME EMPRESTA. ISTO É

CONSIDERADO UM RENDIMENTO?

PAGUEI UMA INDEMNIZAÇÃO À MINHA ENTIDADE PATRONAL, PARA ME

DESVINCULAR. DEDUZO NO IRS?

POSSO DEDUZIR OS IMPOSTOS QUE PAGUEI NAS RENDAS RECEBIDAS?

QUEM RECEBE A PENSÃO DE ALIMENTOS TEM DE A DECLARAR COMO UM

RENDIMENTO?

QUE DESPESAS SÃO CONSIDERADAS DE SAÚDE?

O NÚMERO DE CONTRIBUINTE NOS RECIBOS É OBRIGATÓRIO OU NÃO?

O MEU FILHO TEVE DE IR ESTUDAR PARA FORA DO CONCELHO. OS GASTOS COM

ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO, SÃO ACEITES?

R. Gonçalo Cristóvão, 111, 6º esq. • 4049-037 PORTONas encomendas de valor superior a €15, oferta dos portes de correio.

http://livraria.vidaeconomica.pt [email protected] 223 399 400

Novidade

Guia de Poupança Fiscal – IRS 2011

32

O campo do nº fiscal português fica em branco e os dados da entidade gestora ‘estrangeira’ é identificada nos campos mais à direita.

(585 € / mês – cada um), como este tipo de agregado não paga IRS até estes montantes, não terá uma vantagem fiscal com investimento (é muito idêntico ao exemplo 3).

Caso avance a proposta de OE2012, este tipo de dedução passa a ter, já a partir de 2012, um limite de dedução de 2.093,10 €, que até aqui não tinha.

4.2 - Deduções específicas da categoria B (trabalhadores independentes / empresários em nome individual / recibos verdes)Existem duas formas de apurar este tipo de rendimentos: através da contabilidade organizada ou através do regi-me simplificado.

Só o regime de contabilidade organizada permite dedu-ções específicas desta categoria e essa cai fora do âmbi-to deste guia.

4.3 - Deduções específicas da categoria F (rendimentos prediais)As despesas de manutenção e conservação que incidam sobre um bem arrendado são dedutíveis ao valor bruto recebido. Nos casos de propriedade horizontal, ou seja,

VERDADEIRA POUPANÇA FISCAL

Os montantes investidos nestas rubricas (seguros de vida, de acidentes pessoais e saúde para profissões de desgaste rápido) constituem uma verdadeira poupança, já que não há um limite a investir e, no caso do seguro de vida, é algo que num futuro acabará por reverter para alguém (ao contrário do seguro de saúde, que tem uma aplicação exclusivamente imediata).

Investir neste tipo de seguro até que valores?

Ex1. Não casados – Tratando-se de um sujeito passivo solteiro / viúvo ou divorciado e sem descendentes, se au-ferir abaixo de 8.000 € brutos / ano (571 € / mês), como não paga IRS, não terá uma vantagem fiscal.

Ex2. Não casados – Tratando-se de um sujeito passivo solteiro / viúvo ou divorciado mas com um descendente, se auferir abaixo de 11.000 € brutos / ano (785 € / mês), como este tipo de agregado não paga IRS até estes mon-tantes, não terá uma vantagem fiscal com investimento.

Ex3. Casados – Tratando-se de um casal sem descen-dentes, se auferirem abaixo de 16.000 € brutos / ano (585 € / mês – cada um), como este tipo de agregado não paga IRS até estes montantes, não terá uma vanta-gem fiscal com investimento.

Ex4. Casados – Tratando-se de um casal sem descen-dentes, se auferirem abaixo de 16.000 € brutos / ano

Realidade de 2012

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newsletter n.º 11 | Janeiro/fevereiro 2012

a maioria de nós gosta muito do re-sultado final, principalmente quando não ficamos agarrados a empates ou decisões que têm de ser divididas. É mais interessante olhar para um cenário definitivo onde uma equipa ganha, e a outra perde (se formos nós os vencedores, melhor ainda!). isto também é verdade no desporto em geral. todos gostamos daqueles que aparecem e dão nas vistas nos episódios de sucesso das suas equi-pas. É habitual ganharmos afetos à volta de quem marca mais golos, ou daqueles que marcam mais pontos, etc.. no final comentamos: “ele mar-cou dois golos… ele marcou mais de trinta pontos, foi bestial…” Mas, para eles o terem feito, alguém teve de colocar lá a bola! alguém teve de a recuperar na defesa! alguém teve de atrapalhar, ou provocar problemas, ao ataque do adversário! ele marcou, mas, alguém fez com que isso fosse possível! será que perguntamos, tantas vezes quanto as necessárias, quem foram essas pessoas? será que as reconhecemos o suficiente?o treinador Dean smith tornou a equipa de norte Carolina famosa no basquetebol Universitário dos eU, não só pelos resultados que al-cançou mas pelos comportamentos que os jogadores exibiam enquanto jogavam. a sua filosofia apoiava-se na máxima: “Play smart; Play Hard and Play together”! Porém, reco-nhecia, tal como muitos de nós, que esta frase para além de ser bonita quando é escrita ou lida, ganha uma beleza que a diferencia se for tor-nada real. isto é, se deixar de estar limitada aquilo que se diz, para es-tar expressa nos comportamentos e atitudes dos jogadores marcando, com clareza, que é uma mensagem cultural sentida e vivida por todos. Um dos sinais que era importante dar para que todos sentissem que estavam juntos (together) era agra-decer ao colega sempre que ele fa-zia um bom passe. segundo Dean smith, esta ideia deveria ser visível a todos os que apoiavam a equipa, e à própria imprensa, ao ponto deste agradecimento se revelar num ato

público de apreciação. era uma re-gra, tal como qualquer outra. Come-çou por ser praticada nos primeiros anos dentro das sessões de treino, até ao momento que deixou de ser necessário porque já fazia parte da filosofia de jogo da equipa de Ca-rolina do norte. este treinador ia ao ponto de dizer que: “mesmo quan-do falhamos uma bola fácil debaixo do cesto deveremos dizer obrigado, ou até pedir desculpa, ao colega que passou a bola. ele cumpriu o seu trabalho, nós é que não…”

as pessoas gostam de ser reconhe-cidas. nesse sentido esta regra ia ao ponto de permitir que o jogador que passa a bola aparecesse associado às imagens mais marcantes do jogo. sempre que um jogador marca um golo, ou um cesto, o que acontece? o público olha para ele, os fotógra-fos, os jornalistas que relatam o jogo e as câmaras de televisão ficam, na maioria das vezes, presos a este joga-dor. Dean smith conhecia bem este tipo de hábitos que caracterizam os espetáculos desportivos. apro-veitando esta realidade, conseguiu que os jogadores que passam bem a bola aparecessem a festejar, ou a se-rem cumprimentados, pelos colegas. isto, porque o jogador que marcava o cesto corria de imediato ao seu encontro num gesto que sendo sim-

ples, ou exuberante, dizia: “obrigado, este cesto devo-o a ti. ou, desculpa, falhei o cesto… não cumpri com a minha parte.” este foi um hábito que todos os que jogaram nas equipas de Dean smith interiorizaram. não só enquanto jogadores, mas enquanto pessoas, para o resto das suas vidas.nem sempre aqueles que ajudam as equipas nos pequenos detalhes, nas tarefas mais complicadas e menos visíveis, têm o devido reconheci-mento. admito, que a minha opinião é um pouco mais forte. È muito di-fícil estas pessoas conseguirem um reconhecimento à medida das suas contribuições. isso acontece um pouco no desporto, mas, essencial-mente, nas empresas, onde a cultura de jogar em equipa oferece fortes oportunidades de melhoria nem sempre aproveitadas face à pressão e competitividade acrescida dos mercados. Quando uma equipa de vendas alcança os seus objetivos, ou até os ultrapassa, quem tradicional-mente ganha viagens de incentivo e prémios sobre o valor faturado? se fosse na equipa de Dean smith, de-pois de atingirem o objetivo de ven-das (aquilo a que no basquetebol chamamos - marcar o cesto da vitó-ria), certamente teríamos os vende-dores e o seu principal responsável a abdicarem dos seus egos, enquan-to corriam para o armazém, para a área de desenvolvimento de produ-to, do Marketing, ou da faturação, para saudarem os colegas dizendo: “obrigado, pelas boas bolas que vo-cês passaram! esta vitória só foi pos-sível com a vossa contribuição.”lembro-me de um treinador norte-americano, com quem tive o privilé-gio de trabalhar, dizer-me: “Mário, é fundamental encontrarmos razões para permear aqueles que jamais terão oportunidade para ganhar algum tipo de prémio.” nessa altura, com 23 anos de idade, esta expres-são teve pouco impacto em mim. o facto, é que não a esqueci. ao longo do tempo fui aprendendo até que ponto aquilo que ele dizia era im-portante. Principalmente, quando passamos a maioria do tempo nas

empresas a falar de motivação, em-penho e resultados. e quando gas-tamos muito pouco tempo a perce-ber, ou a mudar o que for necessário, para ganharmos essa mesma moti-vação, capacidade de entrega e per-formance. Quando o contexto, ou ambiente vivido, não faz com que as pessoas se sintam bem, é frequente ver as empresas a gastarem muito dinheiro em formação, em estudos de consultoria, em reuniões e proje-tos inovadores com uma máquina de comunicação montada somente com esse propósito. Contudo, tem sido muito discutível, e pouco pal-pável, até que ponto existe um re-torno à volta desses investimentos. Com honestidade, sinto que tentam resolver o problema da maneira er-rada. isto é, teimam em encontrar soluções para problemas que sen-tem sem determinarem, de uma forma concreta, e estruturada, as causas que verdadeiramente con-dicionam estes reflexos. e, principal-mente, quando nem sequer tentam, não conseguem mudar, ou não têm força para influenciar, a força políti-ca instalada na organização.Dean smith percebeu, desde muito cedo, que o desempenho da sua equi-pa seria tanto melhor quanto mais identificação cultural existisse entre os jogadores enquanto jogavam. sendo claro que ele, como líder da equipa, se recusava a falar de palavras bonitas que não tivessem um efeito prático sobre a disciplina coletiva.Pois bem, falar de trabalho em equi-pa numa organização exige regras muito claras que todos devem prati-car. falar do conceito em si só parece-me pouco. tal como este treinador fez, é importante que nas empresas as suas lideranças sejam capazes de ajudar, suportar, e treinar as pessoas a praticarem aquilo que se diz. toge-ther na equipa de Carolina do norte tinha uma determinada expressão. numa outra equipa pode ter expres-sões diferentes. seja como for, uma coisa é certa - uma empresa, onde as pessoas que a gerem e os seus cola-boradores não têm os mesmos valo-res, jamais funcionará bem!

mário HenriquesManagingPartner

do High Play [email protected]

www.highplay.pt

Nem sempre aqueles que ajudam as equipas nos pequenos detalhes, nas tarefas mais complicadas e menos visíveis, têm o devido reconhecimento

Agradeça a quem lhe passa a bola!

oPinião

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newsletter n.º 11 | Janeiro/fevereiro 2012

trasHCHik transforma peças antigas em obras de arte

emPreSáriAS criAm oBjetoS únicoSTendo como cenário de fundo o Oceano Atlântico, é de uma conversa na varanda de um hotel no Funchal que nasce um projeto que assenta na arte e paixão pelo antigo - a tRASHCHIkSofia de Almeida Santos e Cláudia Cor-reia da Silva são assistentes de bordo e ambas tem uma forte ligação à arte. Sofia desde cedo se habituou às viagens aos antiquários e aos leilões com os seus pais. Cláudia, artista plástica e autodidata, tem participado em exposições nacionais e in-ternacionais onde apresenta as suas telas.A tRASHCHIk nasceu da procura de mobi-liário “diferente dos outros”. Pretende criar objetos únicos e exclusivos, pre¬ferindo o estilo eclético à uniformidade, o charme ao estan¬dardizado. “Somos apaixonadas desde sempre por arte. A arte enche-nos de emoções. O que quisemos foi transpor para a decoração essas emoções”, afirma Sofia Santos.A recuperação de peças antigas, a sua transformação e até mudança de fun-cionalidade está na base do trabalho desen¬volvido por esta equipa de criado-ras e empresárias.O processo inicia-se com a observação do objeto e com a identificação do destino a dar ao mesmo. Depois desta fase, tanto o objeto como o seu projeto de recuperação são en¬viados para uma equipa de tra-balho (quatro pessoas) que pro¬cedem à transformação final.“Procuramos criar peças únicas e com muito carisma. Algo que marque presen-ça no lar. Passamos muito tempo nas nos¬sas casas e achamos que, como tal, devemos transformá-las em algo que seja a expressão de nós próprias”, afirma Sofia.O mundo é a fonte de inspiração para o trabalho desen¬volvido. Uma cons-tante atenção à realidade envolvente é po¬tenciada pelas constantes viagens que as criadoras realizam. “Inspiramo-nos no que é português, na poesia, nas emoções. Tentamos não copiar tendên-cias a não ser que estas nos di¬gam algo. No fundo apenas tentamos agradar

Ficha técnica:coordenadora: Mónica Monteirocoordenadora-adjunto: Patrícia Florescolaboraram neste número: Luís Lobão; Marc Barros; Mário Henriques;Mónica Monteiro; Patrícia Flores; Paulo Ferreira; Paulo MoraisPaginação: José Barbosacontacto: [email protected] aqui outras newsletters do Grupo

Caso em destaque

http://ve-empreender.blogspot.com

“Somos apaixonadas desde sempre por arte”, salientam Sofiade Almeida Santos e Claudia Correia da Silva, criadoras da tRASHCIk.

Ver versão integral:http://ve-empreender.blogspot.com

os nossos olhos. Apenas isso”, assegu-ram as criadoras.Embora ambas continuem a exercer a sua atividade profissio¬nal, a ideia sempre

foi a criação de um negócio que além de ren¬tabilidade financeira também propor-cionasse satisfação pessoal. Um conceito inovador e um estilo eclético

Nem sempre aqueles que ajudam as equipas nos pequenos detalhes, nas tarefas mais complica-das e menos visíveis, têm o devido reconhecimento.

“todo o SuceSSo do mundo A nÍvel monetário Se tornArá incomPleto Se não SentirmoS um enorme PrAzer no que fAzemoS”

E – Pensaram em algum momento que poderia não ser a melhor altura para iniciar a tRASHCHIk?Sofia de Almeida Santos – Muito sinceramente. Não. Além do mais, acreditamos que por vezes é no meio de grandes crises que novos mercados têm a sua grande oportunidade. Não temos pressa para o sucesso. Vamos caminhando e esta é ape-nas mais uma fase desse percurso. Somos positivas por natureza.

E – O facto de manterem as vossas carreiras profissionais facilitou a vossa decisão?Cláudia Correia da Silva – Obviamente que termos a segurança de um bom empre-go nos deu a possibilidade de arrancarmos para este projeto. A nossa saudável situ-ação financeira decorrente de um trabalho seguro, sem dúvida, nos alavancam para projetos mais arrojados pois sabemos que deles não dependemos. Se corresse mal nunca ficaríamos ‘sem chão’. O cansaço é o lado negativo. A paixão é assim mesmo.

E – Porquê no mercado da arte? Porquê recuperar/reutilizar peças antigas?SAS – Pela mesma razão de que ainda agora falamos: Paixão. Adoramos a ideia de aproveitar o velho ou antigo. Na vida nada se destrói... Tudo se transforma.

têm sido os fac¬tores diferenciadores des-ta dupla de criativas. A tRASHCHIk conta já com a assinatura em 47 diferentes pe-ças e as criado¬ras encontram-se atual-mente a recuperar 19 peças a pedido de um cliente para decoração de uma casa.As novas tecnologias foram o canal ini-cialmente escolhido para dar a conhecer a tRASHCHIk, através de um blogue com o mesmo nome. Rapidamente o “passa-a-palavra” fez crescer a visibilidade do projeto e rapidamente as empresá¬rias estavam a ser convidadas para participa-rem em entrevis¬tas televisivas e a serem noticia em revistas da especialidade. “Mas o segredo deve-se, sem dúvida, ao ‘querer muito’ aliado a uma boa dose de sorte”, garantem as empreendedoras. Neste momento, podemos encontrar peças da tRASHCHIk nas lojas Voa Sto-re, no Chiado, na Fusion, em Cascais e tam¬bém online através do blogue. Embora seja ainda um projeto bastante recente, podemos dizer que os resultados são de facto significativamente positi¬vos. “Continuamos a achar que o sucesso é a soma de vários ingredientes. Criatividade. Vontade de Vencer. Paixão pelo que se faz. Estratégia e muita, muita sorte”, sa-lienta Cláudia Silva. Para o futuro, desejam apenas continuar a criar “O que a arte tem de bonito é que nunca sabemos o que provoca nas pesso-as, a quem mais ‘toca’ ou se gosta ou não se gosta”, conclui.