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VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br

EMPREENDEDORISMO SOCIAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL:

UMA ABORDAGEM CONCEITUAL

Ademir Schmitt Junior (ICPG – UNIASSELVI )

[email protected]

Graziele Beiler (ICPG – UNIASSELVI)

[email protected]

Marcelo Walkowski (ICPG – UNIASSELVI)

[email protected]

RESUMO

Esse artigo propõe uma análise bibliográfica de definições sobre o que vem ser o

empreendedorismo social e responsabilidade social bem como abordar de que forma são

definidos os empreendedores sociais. Assim, o artigo tem como objetivo explorar os conceitos

de empreendedorismo social corporativo e responsabilidade social com suas características,

funções e percepções no meio da sociedade que esses estão inseridos. No que se refere a

metodologia e em relação aos objetivos, a pesquisa é exploratória, quanto à abordagem,

consiste numa pesquisa qualitativa. Com os resultados dessa pesquisa pode-se identificar que

o conceito de responsabilidade social é o envolvimento das empresas corporativas com

parcerias de interesse que objetivam o resultado de uma sociedade melhor e mais humanitária

e onde todos tenham vez. A parceria de empresas corporativas com instituições filantrópicas é

de grande valia, pois possibilita uma vida melhor e digna a muitas pessoas que são

consideradas excluídas da nossa sociedade e que se não forem acolhidas em projetos como

esses nunca terão uma chance de poder viver com dignidade e respeito. Se cada pessoa adotar

uma causa social e levar o projeto as empresas que conhecem fazendo a empresa corporativa

ter interesse em se beneficiar com a responsabilidade social e em melhorar a sociedade como

um todo, os problemas sociais seriam reduzidos muito mais rápidos do que os projetos

governamentais preveem.

Palavras-chave: Empreendedorismo; Empreendedorismo Social; Características;

Responsabilidade Social; Organizações.

ABSTRACT

This paper presents a literature review of definitions on which comes to social

entrepreneurship and social responsibility as well as address how social entrepreneurs are

defined. Thus, the article aims to explore the concepts of social entrepreneurship and

corporate social responsibility with its features, functions and perceptions surrounding society

that they are inserted. As regards the methodology and in relation to the objectives, the

research is exploratory, on the approach, consists of a qualitative research. The results of this

research can be identified that the concept of social responsibility is the involvement of

companies with corporate partnerships that aim to interest the result of a more humane and

better society, where everyone has time. The partnership of companies with corporate

philanthropy is of great value, because it enables a better life and dignity to many people who

are deemed excluded from our society and if they are not welcomed in projects like these can

never have a chance to live with dignity and respect. If each person to adopt a social cause

and take the development companies that know your company will have an interest in

corporate benefit to social responsibility and better society as a whole, the social problems

would be reduced much faster than the government projects predict.

Key words: Entrepreneurship, Social Entrepreneurship, Features, Social Responsibility,

Organizations.

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1. INTRODUÇÃO

A preocupação com as empresas privadas sempre foi algo muito estudado, mas e com

as empresas filantrópicas? Como ficam as comunidades que não tem um dirigente ou gestor

para administra-las? Com essa preocupação há pouco tempo, não mais que vinte anos surgiu o

empreendedorismo social que tem a finalidade segundo Vieira (2001) criar valores sociais por

meio da inovação e da força de recursos financeiros, independente da sua origem, visando o

desenvolvimento social, econômico e comunitário. Assim, o empreendedorismo social é

conduzido por duas fortes correntes: primeiramente, o desejo social natural muda

frequentemente os benefícios de uma inovação, de uma organização empreendedora e de uma

organização baseada na solução. Em segundo lugar, a sustentabilidade da organização e a

diversificação dos seus serviços requerem capital, frequentemente incluindo a criação de lucro

ou uma sociedade com organizações lucrativas.

A pesquisa em relação ao tema tem por objetivo explorar os conceitos de

empreendedorismo social, corporativo e responsabilidade social com suas características,

funções e percepções no meio da sociedade que esses estão inseridos e quem são seus gestores

e suas visões para o desenvolvimento das empresas seja social ou corporativa e da sociedade

como um todo.

Com o objetivo de aprofundar os conhecimentos acerca do tema e fazer emergir

variados pontos de vistas advindos dos diferentes autores analisados, foi realizada uma

revisão da literatura sobre empreendedorismo social, corporativo e responsabilidade social, na

qual foram consultados livros, artigos e periódicos on-line.

No que se refere aos procedimentos de pesquisa, esta se caracteriza como

bibliográfica, pois tem como objetivo ampliar o grau de conhecimento em empreendedorismo

social, corporativo e responsabilidade social. Vergara (2005, p.48) define pesquisa

bibliográfica como “[...] o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado

em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral”.

Em relação aos objetivos, a pesquisa é exploratória. Raupp; Beuren (2004, p. 80)

versam que esta pesquisa normalmente ocorre quando há pouco conhecimento sobre a

temática a ser abordada. Uma característica consiste no aprofundamento de conceitos

preliminares sobre determinada temática não contemplada de modo satisfatório

anteriormente. Assim, evidencia-se a necessidade de estudos mais aprofundados acerca

do tema empreendedorismo social, corporativo e responsabilidade social.

Quanto à abordagem, consiste numa pesquisa qualitativa, pois como define

Richardson (1989) os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem

descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas

variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais,

contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível

de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos.

A partir da análise bibliográfica primária foi realizada uma análise com os

conteúdos pesquisados a fim de diferenciar os conceitos de empreendedorismo social,

corporativo e responsabilidade social.

Na primeira parte encontra-se a introdução, com uma breve abordagem dos

conceitos e métodos de pesquisa. Na segunda parte está a fundamentação teórica

abordando os principais conceitos, as caracteristicas, as diferenças e comparações entre

empreendedorismo social, corporativo e responsabilidade social. Na terceira parte

encontram-se as principais conclusões e recomendações sobre os temas aboradados e por

último as referências bibliográficas utilizadas em toda a pesquisa para a elaboração do

artigo.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Na parte que diz respeito à fundamentação teórica serão abordados os conceitos e

entendimentos que se tem em relação ao que vêm ser o empreendedorismo social, como são

definidos os empreendedores sociais, as comparações entre sociedades tradicionais e

empresas sociais empreendedoras, comparações entre empreendedores de negócios e

empreendedores sociais e as principais diferenças entre o empreendedorismo empresarial e o

empreendedorismo social.

Os conceitos de responsabilidade social também serão abordados, pois muitas pessoas

ainda confundem esse termo com empreendedorismo social, sendo que são termologias com

conceitos distintos. Sobre o empreendedorismo privado ou corporativo irar-se abordar um

breve histórico com a evolução de seus conceitos.

E em uma última parte da fundamentação teórica, têm-se as principais características

que distinguem o empreendedorismo social, a responsabilidade social empresarial e o

empreendedorismo privado ou corporativo.

2.1 EMPREENDEDORISMO SOCIAL

A evolução do empreendedorismo vem sendo analisada há muitos anos, mas no início

da década de 90 que o Brasil vem se aprofundando no estudo do empreendedorismo. Os

estudos se aprofundam muito em empreendedorismo corporativo, voltado para o bem das

empresas privadas. Mas além do empreendedorismo corporativo temos estudos avançandos

em pesquisas para o entendimento de um conceito sobre o que vem a ser o empreendedorismo

social.

Megginson; Mosley; Pietri Jr. (1986) afirmam que as organizações sociais podem ser

divididas em 1) de serviços sem fins lucrativos, como: museus, igrejas e hospitais dirigidos

por grupos religiosos; 2) de proteção e benefícios mútuos, como: clubes privados, associações

de empregados e associações comerciais; e 3) organizações de bem estar, como: unidades de

saúde pública, biblioteca pública e áreas de recreação. Cabe-nos perguntar quem são as

pessoas que se encarregam de cuidar das tarefas sociais desta comunidade? Algumas

respostas surgiram durante a história, mas nem todas se mostraram corretas.

A primeira surgiu quando a Alemanha de Bismarck disse que os problemas sociais

podem e devem ser resolvidos pelo governo. “Esta ainda é, provavelmente, a resposta aceita

pela maioria das pessoas, em especial nos países desenvolvidos do Ocidente, embora seja

provável que a maioria não mais acredite plenamente nela”. Mais tarde tinha-se a resposta que

a organização teria que ser a comunidade na qual o indivíduo encontraria posição e função,

com a comunidade do local de trabalho transformando-se naquela pela qual seriam

organizadas as tarefas sociais. A resposta correta à pergunta: “Quem cuida dos desafios

sociais da sociedade do conhecimento? Não é o governo, nem a organização empregadora. A

resposta é um novo setor social separado (DRUCKER, 1996). Segundo o autor:

As antigas comunidades – família, vila, paróquia e assim por diante – quase

desapareceram na sociedade do conhecimento emergente. Seu lugar foi tomado pela

nova unidade de integração social: a organização. Enquanto a comunidade era uma

questão de destino, a organização tinha membros voluntários. Enquanto a

comunidade reivindicava a pessoa inteira, a organização era um meio para seus fins.

(DRUCKER, 1996).

Como ressaltam Melo Neto; Froes (2002, p.31) “O processo de empreendedorismo

social exige, principalmente, o redesenho de relações entre comunidade, governo e setor

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privado, que se baseia no modelo de parcerias”, tendo como principal objetivo (2002, p.11 e

12) “[...] retirar pessoas da situação de risco social e [...] o foco é nos problemas sociais, e o

objetivo a ser alcançado é a solução a curto, médio e longo prazos destas questões [...]

buscando propiciar-lhes plena inclusão social”. Intelectuais, políticos, empresários e

pesquisadores sociais apontam distorções, culpam o governo, criticam as políticas públicas e

identificam gestores e instituições corruptas, ineficientes e ineficazes.

Oliveira (2004) procurou em seu artigo fazer uma pesquisa envolvendo os principais

institutos internacionais que definem empreendedor corporativo e contatou que muitos já têm

um entendimento muito próximo de um conceito formal.

A School Social Entrepreneurship (SSE) do Reino Unido define o empreendedor

social como "alguém que trabalha de uma maneira empresarial, mas para um público ou um

benefício social, em lugar de ganhar dinheiro. Empreendedores sociais podem trabalhar em

negócios éticos, órgãos governamentais, públicos, voluntários e comunitários [...]

Empreendedores sociais nunca dizem 'não pode ser feito". (OLIVEIRA, 2004).

O Canadian Cente Social Entrepreneurship (CCSE) no Canadá entedem o

empreendedor social como "uma pessoa que vem de qualquer setor, com as características de

empresários tradicionais de visão, criatividade e determinação, e empregam e focalizam na

inovação social [...] Indivíduos que [...] combinam seu pragmatismo com habilidades

profissionais, perspicácias". (OLIVEIRA, 2004).

O Foud Schwab na Suíça define como "agentes de intercâmbio da sociedade por meio

de: proposta de criação de ideias úteis para resolver problemas sociais, combinando práticas e

conhecimentos de inovação, criando assim novos procedimentos e serviços; criação de

parcerias e formas/meios de auto-sustentabilidade dos projetos; transformação das

comunidades graças às associações estratégicas; utilização de enfoques baseados no mercado

para resolver os problemas sociais; identificação de novos mercados e oportunidades para

financiar uma missão social. [...] características comuns aos empreendedores sociais: apontam

idéias inovadoras e vêem oportunidades onde outros não vêem nada; combinam risco e valor

com critério e sabedoria; estão acostumados a resolver problemas concretos, são visionários

com sentido prático, cuja motivação é a melhoria de vida das pessoas, e trabalham 24 horas

do dia para conseguir seu objetivo social”. (OLIVEIRA, 2004).

Segundo o The Institute Social Entrepreneurs (ISE) nos Estados Unidos:

"empreendedores sociais são executivos do setor sem fins lucrativos que prestam maior

atenção às forças do mercado sem perder de vista sua missão (social) e são orientados por um

duplo propósito: empreender programas que funcionem e estejam disponíveis às pessoas (o

empreendedorismo social é base nas competências de uma organização), tornando-as menos

dependentes do governo e da caridade". (OLIVEIRA, 2004).

Já a Ashoka nos Estados Unidos dizem que "os empreendedores sociais são indivíduos

visionários que possuem capacidade empreendedora e criatividade para promover mudanças

sociais de longo alcance em seus campos de atividade. São inovadores sociais que deixarão

sua marca na história." (OLIVEIRA, 2004).

Jim Thalhuber (1999) diz que os empreendedores de organizações sociais, devem

gradualmente adaptarem-se às estratégias que ocasionam a mudança de sua cultura

organizacional. O países nos últimos anos vem sofrendo fortes conseqüências com a

desigualdade social e isso faz com que pessoas desenvolvam o perfil de empreendedor social

que é um conceito distinto do empreendedor corporativo. Para Brinckerhoff (2000, p. 11):

O centro do empreendedorismo social é uma boa administração. [...] os

empreendedores sociais são pessoas que estão constantemente procurando novas

maneiras de servir seus colaboradores e adicionar valor aos serviços existentes. [...]

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os empreendedores sociais devem: a) estar dispostos a correr riscos razoáveis em

favor das pessoas as quais a organização serve; b) entender a diferença entre precisar

e querer; c) entender que todos os recursos alocados são realmente investimentos

administrados; d) pesar o retorno social e financeiro de cada um dos investimentos;

e, e) sempre possuir uma missão, mas saber que sem dinheiro, não há missão que se

conclua. (BRINCKERHOFF, 2000, p. 11).

Segundo Ashoka Empreendedores Sociais eMackisey e Cia. INC (2001) os

empreendedores corporativos criam valores sociais pela inovação, pela força de recursos

financeiros em pról do desenvolvimento social, econômico e comunitário. Quando Leite

(2002) aborda o empreendedor corporativo diz que “empreendedores com uma missão social,

que é sempre central e explicita”. Rao (1998) salienta que empreendedores sociais, indivíduos

que desejam colocar suas experiências organizacionais e empresariais mais para ajudar os

outros do que para ganhar dinheiro.

Segundo Rouere e Pádua (2001) os empreendedores sociais são inovadores cujo

protagonismo na área social produz desenvolvimento sustentável, qualidade de vida e

mudança de paradigma de atuação em benefício de comunidades menos privilegiadas.

Os empreendedores sociais são aqueles que criam valores sociais por meio da

inovação e da força de recursos financeiros, independente da sua origem, visando ao

desenvolvimento social, econômico e comunitário. Assim, o empreendedorismo social é

conduzido por duas fortes correntes: primeiramente, o desejo social natural muda

freqüentemente os benefícios de uma inovação, de uma organização empreendedora e de uma

organização baseada na solução. Em segundo lugar, a sustentabilidade da organização e a

diversificação dos seus serviços requerem capital, freqüentemente incluindo a criação de lucro

ou uma sociedade com organizações lucrativas. (VIEIRA, 2001).

Melo Neto; Froes (2002) dizem que quando fala-se de empreendedorismo social está

se buscando novos paradigmas: “o objetivo não é mais o negócio do negócio [...] trata-se, sim,

do negócio do social, que tem na sociedade civil o seu principal foco de atuação e na parceria

envolvendo comunidade, governo e setor privado a sua estratégia.

Segundo Rouere; Pádua (2001) o empreendedorismo social: “constitui a contribuição

efetiva de empreendedores sociais inovadores, cujo protagonismo na área social produz

desenvolvimento sustentável, qualidade de vida e mudança de paradigma de atuação em

benefício de comunidades menos privilegiadas.”

Os quadros mostram uma comparação entre as empresas sociais tradicionais e as

empresas sociais empreendedoras. E uma comparação entre empreendedores de negócio e

empreendedores sociais.

Organização social tradicional Organização social empreendedora

Estatuto e regras direcionadas Missão direcionada

Hierarquia Time/trabalho orientados

Especialização de responsabilidade Integração de responsabilidade

Controle centralizado Descentralização/empowerment

Contabilidade conforme as regras Contabilidade conforme os resultados

Foco no que é melhor para a organização Foco no que é melhor para o cliente

Ênfase nos programas Ênfase no centro das competências

Valor uniforme Valor flexível

Qualidade baseada no padrão profissional Qualidade indo ao encontro ou excedendo as

expectativas do cliente

Gerenciamento dos custos Gerenciamento dos valores

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Ordem de serviço exclusiva Escolha e competição

Dependente de recursos Financeiramente auto-suficiente

Tentar ser todas as coisas para todas as pessoas Nicho-orientado

Quadro 1. Comparação entre as empresas sociais tradicionais e empreendedoras. Fonte: Adaptado de Thalhuber (2002, apud Oliveira, 2004).

Empreendedores de negócio Empreendedores sociais

Força é experiência pessoal, conhecimento e

energia

Força é sabedoria coletiva e experiência de organizações, é a

chave de financiadores

Foco em pequenos termos financeiros ganhos Foco na construção de longos termos da capacitação

organizacional

Sem limite no tipo ou liberdade de idéias Idéias baseadas na organização estão na missão e no centro de

competências

Lucro é um fim Lucro é um significado

Lucro embolsado e/ou distribuído para

acionistas

Lucro retorna à organização na ordem para servir mais

pessoas e/ou encontrar grandes resultados

Riscos pessoais e/ou financiador em ativos Riscos ativo organizacional, imagem e crença pública

Quadro 2. Comparação entre empreendedores de negócio e empreendedores sociais Fonte: Adaptado de Thalhuber (1999)

No quadro 2 apresenta-se a comparação entre empreendedores de negócio e

empreendedores sociais, o quadro 3 mostra a diferença segundo Melo Neto; Froes (2002) do

empreendedorismo empresarial e o empreendedorismo social.

Empreendedorismo empresarial Empreendedorismo social

1. É individual 1. É coletivo

2. Produz bens e serviços 2. Produz bens e serviços a comunidade

3. Tem o foco no mercado 3. Tem o foco na busca de soluções para os problemas sociais

4. Sua medida de desempenho é o lucro 4. Sua medida de desempenho é o impacto social

5. Visa satisfazer necessidades dos clientes e

ampliar as potencialidades do negócio

5. Visa respeitar pessoas da situação de risco social e

promovê-las

Quadro 3: Diferença entre empreendedorismo empresarial e empreendedorismo social Fonte: Adaptado de MELO NETO e FROES, 2002, p. 11

2.2 RESPONSABILIDADE SOCIAL

De acordo com Kotler (1994), o conceito de responsabilidade social está atrelado à

adoção e disseminação de um “código ético”. Para o autor, há que se estimular e promover o

entendimento desse código em toda a organização para, a partir daí, poder praticar uma

“consciência social” junto aos diversos públicos com os quais a empresa mantém relação. No

Brasil, um conceito similar ao proposto por Kotler (1994), advém de uma organização sem

fins lucrativos denominada Instituto Ethos - Empresas e Responsabilidade Social.

Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1998, p. 93) afirmam que responsabilidade social

“representa a obrigação da administração de estabelecer diretrizes, tomar decisões e seguir

rumos de ação que são importantes em termos de valores e objetivos da sociedade”.

Segundo os mesmos autores “algumas autoridades argumentam que as organizações

devem desempenhar atividades ligadas à responsabilidade social porque lucratividade e

crescimento decorrem do tratamento responsável de grupos com empregados, clientes e a

comunidade” (MEGGINSON; MOSLEY e PIETRI JR.,1998, P. 95).

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Melo Neto e Froes (1999) apresentam a responsabilidade social como o exercício da

cidadania empresarial, que pressupõe uma atuação eficiente da empresa em duas dimensões: a

gestão da responsabilidade social interna e a gestão da responsabilidade social externa.

Responsabilidade Social é a maneira de governar os negócios da empresa de tal

maneira que a torna parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social. A empresa

socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes

partes e conseguir incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender às

demandas de todos e não apenas dos acionistas ou proprietários. Para conciliar os interesses

organizacionais e manter-se socialmente responsável, faz-se necessária a existência de um

código ético consolidado e bem compreendido pelos dirigentes e funcionários das instituições

privadas. Hoje as empresas não têm dúvidas de que a responsabilidade social é um valor e um

Know How que precisam incorporar. No entanto, para incorporar leva mais tempo, porque não

depende só da vontade, depende da preparação de recursos humanos, de acesso ao

conhecimento. Os indicadores mostram que as empresas têm que fazer, em cada uma das

áreas, um esforço de médio e longo prazo para que sejam na íntegra socialmente responsáveis

(REVISTA EMPREENDEDOR, 2003).

2.3 EMPREENDEDORISMO PRIVADO OU CORPORATIVO

Cantillon (1755) foi um primeiros, sem não o primeiro, a citar alguma definição do

que viria a ser o empreendedorismo, que em sua percepção, seria a aquisição de matéria-

prima por um determinado preço e uma posterior venda à preço incerto, com possibilidades de

lucro, atribuía um certo risco que era tipo do empreendedorismo, uma aversão ao risco.

Schumpeter (1911) consolida esta posição adicionando o termo inovação. Ainda muito

antes de se falar em inovação na história Schumpeter visava que além de correr riscos o

empreendedorismo trazia algo de novo. A essência do empreendedorismo está na percepção e

exploração de novas oportunidades no ambiente de negócios... onde sempre tem haver com

deixar o emprego tradicional e procurar novas oportunidades (SCHUMPETER, 1928).

Pinchot (1989) identifica o empreendedorismo na necessidade do ser em realizar-se, e

que não é necessariamente estabelecida na infância e que pode vir a ser desenvolvida em

qualquer momento da vida desde que se tenha o desejo e a oportunidade. Nesse ponto o autor

coloca as necessidades como prioridade para o empreendedorismo acontecer, e que qualquer

ser pode vir a se tornar um empreendedor.

De modo geral os empreendedores detém o papel de identificar oportunidades e

converte-las em valores econômicos. Esses autores concebem o empreendedorismo como um

processo que ocorre em diferentes ambientes e cenários, causando mudanças no sistema

econômico mediante as inovações trazidas pelos indivíduos que geram ou respondem às

oportunidades econômicas que criam valor. (CHURCHILL; MUZYKA, 1996).

Empreendedorismo não é apenas a criação de negócios, é a arte de criar oportunidades a

assumir riscos calculados. Uma definição mais ousada do empreendedorismo. (KURATKO;

HODGETTS, 1998),

A definição de empreendedorismo dada pelo Centro para Empreendedorismo Arthur

M. Blank, da Babson College envolve liderança, identificação de oportunidades, bem como o

aproveitamento dessas para criar riqueza (GIMENEZ et al, 2000, p.11).

“O empreendedor é o agente do processo de destruição criativa que, é o impulso

fundamental que aciona e mantém em marcha o motor capitalista, constantemente

criando novos produtos, novos métodos de produção, novos mercados e,

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implacavelmente, sobrepondo-se aos antigos métodos menos eficientes e mais

caros” (DEGEN, 1989, p. 1).

Nesse sentido de analises de diferenciação, tem-se o quadro onde pode-se observar as

principais características do empreendedorismo social, da responsabilidade social e do

empreendedorismo privado.

Empreendedorismo

privado

Responsabilidade Social Empresarial Empreendedorismo social

É individual Individual com possíveis parcerias É coletivo e integrado

Produz bens e serviços para

o mercado

Produz bens e serviços para si e para a

comunidade

Produz bens e serviços para a

comunidade, local e global

Tem foco no mercado Tem o foco no mercado e atende a

comunidade conforme sua missão

Tem o foco na busca de soluções

para os problemas sociais e

necessidades da comunidade

Sua medida de desempenho

é o lucro

Sua medida de desempenho é o retorno

aos envolvidos no processo

Stakeholders

Sua medida de desempenho é o

impacto e a transformação social

Visa satisfazer necessidades

dos clientes e ampliar as

potencialidades do negócio

Visa agregar valor estratégico ao

negócio e atender expectativas do

mercado e da percepção da

sociedade/consumidores

Visa resgatar pessoas da situação

de risco social e promove-las,

gerar capital social, inclusão e

emancipação social

Quadro 4: Características do empreendedorismo social, responsabilidade social

empresarial e empreendedorismo privado. Fonte: Adaptado de Melo Neto; Froes (2002).

A implantação de uma cultura empreendedora tem uma razão de ser: “é o pano de

fundo para o fomento da inovação, da busca e identificação de oportunidades, do trabalho

criativo, para a organização do trabalho e dos processos empresariais de forma mais integrada,

para a eliminação de barreiras internas de comunicação, etc.” (DORNELAS, 2003, p. 16).

Sharma; Chrisman apud Dess et al. (2003, p.352) definem empreendedorismo

corporativo como “o processo pelo qual um indivíduo ou um grupo de indivíduos, associados

a uma organização existente, criam uma nova organização ou instigam a renovação ou

inovação dentro daquela organização”.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme a ideia central do estudo, abordou-se o objetivo geral explorarndo os

conceitos de empreendedorismo social, empreendedorismo corporativo e

responsabilidade social com suas características, funções e percepções no meio da

sociedade que esses estão inseridos e quem são seus gestores e suas visões para o

desenvolvimento das empresas, seja social ou corporativa e da sociedade como um todo.

Pode-se resaltar que o empreendedorismo social ainda não tem um conceito

formal definido e está sendo pesquisado nas empresas sociais e em cada empresa

socialmente gerida tem um caso específico a ser estudado.

De forma a ser entendida, pode-se colocar que o empreendedorismo social visa o

trabalho coletivo e não individual, seus produtos e serviços são destinados a comunidade,

seu foco é na busca de soluções para os problemas sociais causando assim um

desempenho de impacto social e visa sempre respeitar e ajudar as pessoas da sociedade

que se encontram em situação de risco promovendo-as ao convívio em sociedade.

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Seus gestores tem características distintas dos gestores de empresas privadas pois

prezam o bem estar da comunidade e lucro não é objetivo e sim um siganificado para

servir as pessoas mais necessitadas. Suas idéias são baseadas em missões organizacionais

e em centro de competências. São pessoas éticas, embora sabe-se que algumas

infelizmente se aproveitam das empresas sociais para beneficio próprio, mas a maioria

que geri esse tipo de empresa é capacitado e tem o respeito da comunidade da qual está

inserido.

O empreendedorismo corporativo difere do empreendedorismo social pois é

focado no trabalho individual produzindo bens e serviços para o mercado objetivando o

lucro e visando satisfazer as necessidades dos clientes e ampliar as potencialidades do

negócio.

Seus gestores tem características distintas dos empreededores sociais pois lucro é

um objetivo no negócio com distribuição aos investidores e não a comunidade e a

experiência pessoal e conhecimento são suas forças para o alcance dos objetivos.

A responsabilidade social é diferente do empreendedorismo social pois não é

baseado no trabalho coletivo, é individual e pode atuar com possíveis parcerias. Seus

produtos e serviços são feitos para si e para a comunidade, seu foco é o mercado mas

atende a comunidade conforme sua missão organizacional e não necessariamente atende

somente a comunidade em pról de uma sociedade melhor. Seu desempenho é medido

através do retorno de investimento de seus stakeholders e visa agregar valor estratégico

ao negócio atendendo as expectativas do mercado e da percepção da

sociedade/consumidores.

Observando o conceito de responsabilidade social pode-se concluir que a mesma é

o envolvimento das empresas corporativas com parcerias de interesse que objetivam o

resultado de uma sociedade melhor e mais humanitária e onde todos tenham vez. A

parceria de empresas corporativas com instituições filantrópicas é muito importante pois

possibilita uma vida melhor e digna a muitas pessoas que são consideradas excluidas da

nossa sociedade e que se não forem acolhidas em projetos como esses nunca teram uma

chance de poder viver com dignidade e respeito.

Pode-se recomendar com a análise desse estudo, que as empresas corporativas deviam

se preocupar com a responsabilidade social e adotar as empresas sociais como parceiras

objetivando a melhora dos indivíduos dentro da sociedade, dando a esses indivíduos que se

julgam excluídos a oportunidade de uma vida digna e de respeito com estudo, trabalho e

saúde.

Aos empreendedores sociais os sinceros votos de respeito, pois são pessoas únicas que

lutam por pessoas que nem conhecem, mas objetivam e acreditam que esses indivíduos

excluídos são capazes de serem pessoas dignas de respeito e aos gestores que se aproveitam

das empresas sociais para beneficio próprio que se retirem e deem a vez para pessoas éticas e

que irão realmente fazer algo de bom na gestão dessas empresas sócias.

Se cada pessoa adotar uma causa social e levar o projeto as empresas que conhecem

fazendo a empresa corporativa ter interesse em se beneficiar com a responsabilidade social e

em melhorar a sociedade como um todo, os problemas sociais seriam reduzidos muito mais

rápidos do que os projetos governamentais preveem.

REFERÊNCIAS

ASHOKA EMPREENDEDORES SOCIAIS e MACKISEY e Cia. Inc. Empreendimentos

sociais sustentáveis. São Paulo: Petrópolis, 2001.

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