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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Gestão Empresarial com
ênfase em Marketing e Recursos Humanos
Luís Augusto Paiva
EMPREENDEDORISMO
LINS – SP
2008
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LUÍS AUGUSTO PAIVA
EMPREENDEDORISMO
Monografia apresentada à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Gestão Empresarial com ênfase em Marketing e Recursos Humanos sob a orientação dos Professores M.Sc. Eduardo Teraoka Tófoli e M.Sc. Heloisa Helena Rovery da Silva
LINS – SP
2008
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LUÍS AUGUSTO PAIVA
EMPREENDEDORISMO
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de especialista em Gestão Empresarial com ênfase em
Marketing e Recursos Humanos.
Aprovada em:____/____/____
Banca Examinadora:
Prof. M.Sc. Eduardo Teraoka Tófoli
Mestre em Administração pela Uni-FACEF de Franca – SP
_______________________________________________________________
Prof. M. Sc. Heloisa Helena Rovery da Silva
Mestre em Administração pela CNEC/FACECA – MG
_______________________________________________________________
LINS – SP
2008
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DEDICATÓRIA
A todas as pessoas que direta ou
indiretamente contribuíram para a
conclusão desse trabalho.
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AGRADECIMENTOS
À DEUS pela vida e proteção;
À toda a minha família pelo companherismo;
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RESUMO
Já não é mais possível para o empresário dedicar-se basicamente a
tocar os seus negócios, sem as preocupações radicais com o ambiente externo e ao que vive. Nos dias de hoje, tudo isso ficou frenético e acontece que uma empresa pode perder mercado em questão de dias, isso se o seu principal executivo não estiver bem atento em tudo que acontece à sua volta, se mostrando com alto grau de competitividade, tendo uma visão diferenciada do mercado, e em fim, se mostrando melhor do que a média. É essa realidade que esta fazendo com que o empreendedor seja a peça chave de uma empresa, pois mesmo em situações difíceis, e altamente estressantes, ele pode visualizar as saídas e se imaginar vitorioso ao objetivo determinado. E ainda, se algo der errado e a sua visão lhe causar um fracasso, ele é capaz de se levantar e de começar tudo de novo. A tarefa de transformar potencial mercadológico em uma empresa de sucesso é de inteira responsabilidade do empreendedor. É preciso enfatizar que a técnica, por si só, não assegura o sucesso do empreendimento. Ele é produto da competência com que o empreendedor a escolhe, usa e ajusta em busca da concretização de sua meta e de seu projeto. Hoje em dia, pratica-se empreendedorismo em todas as áreas da nossa vida. O Brasil vive um momento especial para o empreendedorismo e os investidores estrangeiros estão compreendendo isso e vendo o Brasil como país das oportunidades. Percebendo esta importância o objetivo desse trabalho é de verificar a importância de um empreendedor dentro de uma empresa. Palavras-chave: Liderança; Inovação; Empreendedorismo.
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1: A diferença entre a formação gerencial e a formação
empreendedora ..........................................................................................
Quadro 2: Comparação entre o gerente tradicional e o empreendedor
tradicional ...................................................................................................
Quadro 3: Comparação dos domínios empreendedor e administrativo .....
Quadro 4: O processo empreendedor ........................................................
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 10
CAPÍTULO I – O QUE É EMPREENDEDORISMO? ....................................... 12
1 EMPREENDEDORISMO....................................................................... 12
1.1 Origem do empreendedorismo.............................................................. 12
1.2 Conceitos de empreendedorismo.......................................................... 13
1.3 Diferenças e similaridades entre o administrador e o empreendedor.... 15
1.4 A formação e o perfil do empreendedor ................................................ 15
CAPÍTULO II – O EMPREENDEDOR.............................................................. 18
2 O QUE É SER UM EMPREENDEDOR ................................................. 18
2.1 Conceitos .............................................................................................. 18
2.1.1 Origem dos empreendedores................................................................ 19
2.2 Características do empreendedor ......................................................... 20
2.3 O perfil do empreendedor...................................................................... 22
2.3.1 Características comuns ......................................................................... 25
2.3.2 Atividades empreendedoras.................................................................. 27
2.4 O líder empreendedor ........................................................................... 30
CAPÍTULO III – EMPREENDEDORISMO NO BRASIL................................... 33
3 COMO DESENVOLVER EMPREENDEDORISMO NO BRASIL .......... 33
3.1 O empreendedorismo no Brasil e programas voltados ao
empreendedor.................................................................................................. 35
3.2 O processo empreendedor.................................................................... 41
3.3 Empreendedorismo hoje ....................................................................... 43
3.4 Diferencial da empresa que possui profissional com perfil
empreendedor.................................................................................................. 44
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CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 46
REFERÊNCIAS ............................................................................................... 48
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INTRODUÇÃO
O mundo tem passado por várias transformações em curto período de
tempo, principalmente no século XX, quando foi criada a maioria das invenções
que revolucionaram o estilo de vida das pessoas. Geralmente essas invenções
são frutos de inovação, de algo inédito ou de uma visão de como utilizar coisas
já existentes, mas que ninguém anteriormente ousou olhar de outra maneira.
Por trás dessas inovações existem pessoas ou equipes de pessoas com
características especiais, que são visionários, que empreendem.
O empreendedorismo representa uma área do conhecimento da
administração que tenta acompanhar a velocidade das mudanças do
capitalismo na nova economia. Trata-se de uma nova cultura, uma nova
abordagem sobre a forma de se produzir riquezas.
O empreendedor na sociedade atual é uma das peças mais importantes
na economia, pois parte dele gera o crescimento nacional. É a partir de sua
criatividade, empenho, e criação de novos produtos e serviços que o mesmo se
destaca no cenário profissional.
Empreendedor é sinônimo de empresário, ou seja, empreendedores são
pessoas que exercem atividades empresariais. Entretanto, ser empreendedor
na concepção da psicologia, é ter alta necessidade de realização além das
tendências ou características comportamentais, e não implica necessariamente
em atuação empresarial. (DORNELAS, 2001)
Com isso foi realizada uma pesquisa bibliográfica, com o objetivo de
verificar a importância de um empreendedor dentro de uma empresa. Verificar
as ferramentas que o empreendedor utiliza nas empresas, entender como se
aplica o empreendedorismo dentro das empresas e pesquisar os benefícios
que um empreendedor traz para a empresa.
Durante a pesquisa surgiu o seguinte questionamento: para a empresa,
uma pessoa com perfil empreendedor, ajuda a mesma a melhorar o potencial
mercadológico?
Em resposta, percebe-se que a empresa que possui profissional com
perfil empreendedor, consegue ajudar a empresa melhorar seu potencial
mercadológico.
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O trabalho está assim dividido:
Capítulo I: trata dos conceitos do empreendedorismo?
Capítulo II: apresenta as características do empreendedor.
Capítulo III: retrata o empreendedorismo no Brasil.
Por fim, vem as considerações finais.
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CAPÍTULO I
O QUE É EMPREENDEDORISMO?
1 EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo designa os estudos relativos ao empreendedor, seu
perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de atuação.
Empreendedor é utilizado para designar, principalmente, as atividades de quem
se dedica a geração de riquezas, seja na transformação de conhecimentos em
produtos ou serviços, na geração do próprio conhecimento, ou na inovação em
áreas como marketing, produção, organização, entre outras. (WIKIPEDIA,
2008)
O empreendedor é o agente do processo de destruição criativa que, de
acordo com Schumpeter (apud FROES; MELO NETO, 1999), é o impulso
fundamental que aciona e mantém em marcha o motor capitalista,
constantemente criando novos produtos, novos métodos de produção, novos
mercados e, implacavelmente, sobrepondo-se aos antigos métodos menos
eficientes e mais caros.
1.1 Origem do empreendedorismo
Dolabela (1999), destaca que o empreendedorismo é um neologismo
derivado da livre tradução da palavra entrepreneurship e utilizado para
designar estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu
sistema de atividades, seu universo de atuação. A palavra empreendedor, de
emprego amplo, é utilizada para designar principalmente as atividades de
quem se dedica à geração de riquezas, seja na transformação de
conhecimentos em produtos ou serviços, na geração do próprio conhecimento
ou na inovação em áreas como marketing, produção, organização, entre
outros.
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Um exemplo inicial da primeira definição de empreendedor como "intermediário" é Marco Pólo, que tentou estabelecer rotas comerciais para o Extremo Oriente. Na idade Média, o termo empreendedor foi usado para descrever tanto um participante quanto um administrador de grandes projetos de produção. Em tais projetos, esse indivíduo não corria risco: simplesmente administrava o projeto usando os recursos fornecidos, geralmente pelo governo do país. A reemergente conexão de risco com empreendedorismo desenvolveu-se no século XVII, com o empreendedor sendo a pessoa que ingressava em um acordo contratual com o governo para desempenhar um serviço ou fornecer produtos estipulados. Finalmente, no século XVIII, a pessoa com capital foi diferenciada daquela que precisava de capital. Em outras palavras, o empreendedor foi diferenciado do fornecedor de capital (o investidor de risco na atualidade). Uma das causas para a diferenciação, foi a industrialização, as invenções desenvolvidas que eram reações às mudanças no mundo. (HISRICH; PETERS, 2004, p.27).
Em meados do século XX, estabeleceu-se a noção de empreendedor
como inovador. O conceito de inovação e novidade é uma parte integrante do
empreendedorismo nessa definição, sendo essas uma tarefa das mais difíceis
para o empreendedor. Exige não só a capacidade de criar e conceitualizar,
mas também a capacidade de entender todas as forças em funcionamento no
ambiente. A novidade pode ser desde um novo produto e um novo sistema de
distribuição, até um método para desenvolver uma nova estrutura
organizacional. (HISRICH; PETERS, 2004)
1.2 Conceitos de empreendedorismo
Empreendedorismo designa os estudos relativos ao empreendedor, seu
perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de atuação.
(WIKIPEDIA, 2008)
O empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor
dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros,
psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as conseqüentes
recompensas da satisfação e independência econômica e pessoal. Em quase
todas as definições de empreendedorismo, há um consenso de que se está
falando de uma espécie de comportamento que inclui: tomar iniciativa,
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organizar e reorganizar mecanismos sociais e econômicos a fim de transformar
recursos e situações para proveito prático, aceitar o risco ou o fracasso.
Para o economista, um empreendedor é aquele que combina recursos,
trabalho, materiais e outros ativos para tornar seu valor maior do que antes.
Para um psicólogo tal pessoa é geralmente impulsionada por certas forças – a
necessidade de obter ou conseguir algo, experimentar, realizar ou talvez
escapar à autoridade de outros. Para alguns homens de negócios, um
empreendedor aparece como uma ameaça, um concorrente agressivo,
enquanto para outros, o mesmo empreendedor pode ser um aliado, uma fonte
de suprimento, um cliente ou alguém que cria riquezas para outros. O
empreendedorismo é o processo dinâmico de criar mais riqueza. A riqueza é
criada por indivíduos que assumem os principais riscos em temos de
patrimônio, tempo e/ou comprometimento com a carreira ou que provêem valor
para algum produto e serviço. (HISRICH; PETERS, 2004)
O empreendedorismo oferece graus elevados de realização pessoal. Por
ser a exteriorização do que se passa no âmago de uma pessoa, e por receber
o empreendedor com todas as suas características pessoais, a atividade
empreendedora faz com que trabalho e prazer andem juntos, por esse motivo
deve-se motivar e estimular a introdução da cultura empreendedora nas
escolas, para que mais e mais os jovens aprendam a ter atitudes
empreendedoras na área que escolherem para atuar.
O empreendedorismo é um processo que faz com que uma pessoa, que
tenha formação superior ou não, se capacite, muitas vezes por intuição, a
desenvolver um negócio próprio. Isso tem tudo a ver com o desejo dessa
pessoa em distinguir-se pelo seu status ou por ver realizada uma idéia sua.
Isso tem tudo a ver com a cultura da pessoa. O empreendedorismo é algo que
se ensina, para ajudar a desenvolver na cabeça das pessoas o desejo de criar
algo novo, de lançar um serviço novo, de fazer algo diferente do que as
pessoas vêm fazendo.
Pode-se até dizer que, em boa parte, essa aspiração pelo novo é inata,
isto é, a pessoa já nasce com esse impulso empreendedor. Isso é o que
explica vários casos de pessoas que não tiveram formação especial, que não
vinham de famílias abastadas e que acabaram criando negócios, que se
tornaram verdadeiros impérios, como por exemplo, Samuel Klein (Casas
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Bahia), os Diniz (Pão de Açúcar), os Matarazzo (indústrias). Muitas vezes, a
análise da vida de muitos empreendedores revela que foram empregados de
alguma empresa, mas em determinado momento encontraram um jeito
especial, diferente, de analisar um serviço, de conceber um produto, descobrir
um nicho ou um segmento onde poderia sair vencedor. (MAINARDI, 2008)
1.3 Diferenças e similaridades entre o administrador e o empreendedor
O administrador tem sido objeto de estudo há muito mais tempo que o
empreendedor. As análises efetuadas sobre o trabalho do administrador e a
proposição desse autor de um modelo geral para interpretar esse trabalho
talvez resumam as principais abordagens existentes para se entender o
trabalho do administrador ao longo dos últimos anos. (DORNELAS, 2001)
Os administradores diferem em dois aspectos: o nível que eles ocupam
na hierarquia, que define como os processos administrativos são alcançados, e
o conhecimento que detém segundo o qual são funcionais ou gerais. Em
relação aos níveis, o trabalho administrativo pode ser identificado como: de
supervisão, médio e alto. Os supervisores tratam de operações de uma
unidade específica, como uma seção ou departamento. Os médios ficam entre
os mais baixos e os de alto nível na hierarquia de uma organização. E os
administradores de alto nível são aqueles que têm a mais alta responsabilidade
e a mais abrangente rede de interações. (DORNELAS, 2001)
O empreendedor de sucesso possui características extras, além dos
atributos do administrador, e alguns atributos pessoais que, somados a
características sociológicas e ambientais, permitem o nascimento de uma nova
empresa. De uma idéia, surge uma inovação, e desta, uma empresa.
1.4 A formação e o perfil do empreendedor
Assim como a formação gerencial, a formação empreendedora também
pode ser facilmente aprendida e desenvolvida, e ambas apresentam as
seguintes diferenças:
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FORMAÇÃO GERENCIAL
FORMAÇÃO EMPREENDEDORA
Baseada em cultura de afiliação. Baseada em cultura de liderança.
Centrada em trabalho de grupo e
comunicação de grupo.
Centrada na progressão individual.
Trabalha no desenvolvimento de
ambos os lados do cérebro com
ênfase no lado esquerdo.
Trabalha no desenvolvimento de
ambos os lados do cérebro com
ênfase no lado direito.
Desenvolve padrões que buscam
regras gerais e abstratas.
Desenvolve padrões que buscam
aplicações específicas e concretas.
Baseada no desenvolvimento do
autoconhecimento com ênfase na
adaptabilidade.
Baseada no desenvolvimento do
autoconhecimento com ênfase na
perseverança.
Voltada para aquisição de know-how
em gerenciamento de recursos e da
própria área de especialização.
Voltada para aquisição de know-how
direcionado para definição de
contextos que levem à ocupação de
um lugar no mercado.
Fonte: GREATTI; SENHORINI, 2000, p.31
Quadro 1: A diferença entre a formação gerencial e a formação empreendedora
De acordo com a formação recebida pela sociedade, o profissional pode
desenvolver tanto características gerenciais como empreendedoras, no
entanto, é de fundamental importância que o indivíduo trabalhe mais o seu lado
empreendedor, buscando sempre inovar e criar novos caminhos para realizar
as tarefas do seu dia-a-dia. Segue abaixo a comparação entre os perfis de um
gerente tradicional e de um empreendedor tradicional (Quadro 2).
continua
GERENTE TRADICIONAL EMPREENDEDOR
TRADICIONAL
MOTIVAÇÃO Motivado pelo poder. Motivado pela liberdade de
ação, automotivado.
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continuação
ATIVIDADES Delega sua autoridade. O
trabalho de escritório
mobiliza todas as suas
energias.
Arregaça as mangas.
Colabora no trabalho dos
outros.
COMPETÊNCIAS Usualmente formado em
administração. Possui
habilidades políticas.
Tem mais faro para os
negócios que habilidades
gerenciais ou políticas.
Freqüentemente tem uma
formação em engenharia.
CENTRO DE
INTERESSE
Sobretudo os
acontecimentos internos da
empresa.
Principalmente a tecnologia
e o mercado.
O ERRO E O
FRACASSO
Esforça-se para evitar os
erros e as surpresas.
Considera o erro e o
fracasso como ocasião
para se aprender alguma
coisa.
DECISÕES Aprova as decisões dos
seus superiores. Certifica-
se do que eles querem
antes de agir.
Segue a sua própria visão.
Toma as suas próprias
decisões e privilegia a ação
em relação à discussão.
ATITUDE
FRENTE AO
SISTEMA
Vê a burocracia com
satisfação; ela protege seu
status e poder.
Se o sistema não o satisfaz
ele o rejeita para constituir
o seu.
RELAÇÃO COM
OS OUTROS
Funciona tendo a
hierarquia como principio
básico.
As transações e as
negociações são os seus
principais modos de
relação.
Fonte: GREATTI; SENHORINI, 2000, p.36
Quadro 2: Comparação entre o gerente tradicional e o empreendedor
tradicional
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CAPÍTULO II
O EMPREENDEDOR
2 O QUE É SER UM EMPREENDEDOR
2.1 Conceitos
A palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer
dizer aquele que assume riscos e começa algo de novo. (WIKIPEDIA, 2008)
Essa palavra não é nova no meio empresarial, talvez tenha tido outras
denominações, mas a sua origem vem de longa data e é quase consenso geral
na visão de muitos autores.
Antigamente falava-se em comerciante, negociante, homem de negócios
e até mais recentemente empresários. Hoje, o termo empreendedor é muito
ouvido e debatido tanto no meio acadêmico como literário. São obras e revistas
e cursos que abordam o assunto, tornando este termo conhecido de todos.
Apesar de vários autores esboçarem um conceito próprio, todos acabam
concordando que para ser empreendedor de sucesso é preciso ter certas
caracetrísticas.
O empreendedor é o agente do processo de destruição criativa, é o impulso fundamental que aciona e mantém em marcha o motor capitalista, constantemente criando novos produtos, novos métodos de produção, novos mercados e, implacavelmente, sobrepondo-se aos antigos métodos menos eficientes e mais caros. (DEGEN, 1989, p. 2)
Empreendedor é o termo utilizado para qualificar, ou especificar,
principalmente, aquele indivíduo que detém uma forma especial, inovadora, de
se dedicar às atividades de organização, administração, execução;
principalmente na geração de riquezas, na transformação de conhecimentos e
bens em novos produtos – mercadorias ou serviços; gerando um novo método
com o seu próprio conhecimento. É o profissional inovador que modifica, com
sua forma de agir, qualquer área do conhecimento humano. Também é
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utilizado – no cenário econômico - para designar o fundador de uma empresa
ou entidade, aquele que construiu tudo a duras custas, criando o que ainda não
existia. (WIKIPEDIA, 2008)
Segundo Sebrae (2008), o empreendedor é uma pessoa que congrega
risco, inovação, liderança, vocação artística, habilidade e perícia profissional
em uma fundação sobre a qual constrói um time motivado. Esse grupo de
seres humanos, às vezes sem se conhecerem previamente, desenvolve uma
nova empresa.
2.1.1 Origem dos empreendedores
Para Degen (1989), há alguns fatores limitantes ao aparecimento de
empreendedores: a imagem social que um bom emprego possa proporcionar
pode ser um fator que iniba o início de um empreendimento, em razão do
conforto e do status que ele proporcione ao empregado. Enquanto isso, a
disposição para assumir riscos deve ser encarada como uma das
características essenciais no caráter do empreendedor, porém todos os
homens de negócios querem assumir riscos em um novo empreendimento. Já
os capitais sociais, que é formado pela nossa herança educacional, religiosa e
familiar, podem influenciar na nossa intelectualidade, conseqüentemente,
inibindo o espírito empreendedor que há dentro de nós.
Os executivos, ao contrário, seguiam as regras do jogo empresarial
mecanicamente. O motivo principal pelo qual ingressaram em empresas foi
evitar riscos, obter recompensas realistas, alcançar metas atingíveis, fazer
parte de uma equipe. Era cômodo trabalhar para uma grande organização, em
que tinham acesso a numerosos recursos, contavam com a aprovação de
superiores hierárquicos e a satisfação de subir todos os escalões, e recebiam
benefícios e aumentos salariais periódicos.
De acordo com Degen (1989) devem-se primordialmente analisar alguns
motivos que levam as pessoas, com potenciais para serem empreendedores,
não se tornarem efetivamente empreendedores. Segundo o autor, apesar de
muitos dos executivos das empresas agirem como verdadeiros
empreendedores, esses não o são, porque são inibidos pela imagem social e a
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segurança financeira que esses empregos oferecem, ou ainda pelo capital
social herdado. De acordo com Zoghlin (1994), os executivos experientes estão
se tornando empreendedores, pelo fato de serem demitidos das empresas, ou
por serem tolhidos da iniciativa empreendedora.
Essa idéia conflita diretamente com a opinião de Pinchot III (1989) e
Oliveira (1991), os quais entendem que o sujeito para ser empreendedor não
necessariamente tem que sair da empresa para fundar outra, mas pode ser
empreendedor na própria empresa onde trabalha. O empreendedor não é
apenas aquele indivíduo que fundou ou que é o dono da empresa, contudo
também é aquele que cria e tem idéias inovadoras, as quais, se postas em
prática, trarão resultados eficazes e, logicamente, sucesso para a empresa.
Para Drucker (1987), o empreendedor não é um capitalista, bem como
não é um empregador, embora possa ser as duas coisas, porém pode ser
também um empregado ou um auto-empregado, para tal, basta que ele seja
inovador.
Para Dolabela (1999) a situação econômica dos países, em especial de
terceiro mundo como Brasil impulsionaram o crescimento do
empreendedorismo para o desenvolvimento econômico local, regional e
nacional.
2.2 Características do empreendedor
Percebe-se que nesta visão atual o empreendedor é tido como uma
pessoa que têm uma visão mais abrangente, holístico, com habilidades
próprias e um espírito empreendedor desatável dos demais segmentos.
"O empreendedor é um ser social, produto do meio em que vive (época
e lugar). É um fenômeno regional, ou seja, o perfil do empreendedor pode
variar de um lugar para o outro". (DOLABELA, 1999, p. 28)
Desta forma, percebe-se que determinadas regiões que têm muitos
empreendedores, tem que ser levado em conta também além dos incentivos
fiscais, o espírito empreendedor dos cidadãos que residem nestas regiões. É a
questão cultural, social e acima de tudo o entusiasmo que as pessoas vêem
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nos seus semelhantes e acabam se contagiando passando também a ser
empreendedor.
Navarro (2000) vai mais longe e afirma que a discussão sobre o
empreendedor é muito ampla, mas o acesso ao seu conceito e aplicação não
tem a mesma proporção em nosso país, pois se hoje um em cada oito
brasileiros é empreendedor, a grande maioria o faz por necessidade.
Talvez seja por isso que muitas empresas acabam falindo antes dos
cinco anos de existência, pois acabam aventurando-se num negócio, sem
muitas experiências, agem assim mais por necessidade de sobrevivência do
que por espírito empreendedor. (NAVARRO, 2000)
Percebe-se então que para ser empreendedor é preciso ter iniciativas,
idéias, mudar e inovar constantemente e, isso passa pela busca da melhoria
contínua seja do produto, serviço ou do desempenho na função que exercer. O
empreendedor na realidade é um grande inquieto. Ele precisa estar se
desafiando, se superando com freqüência.
... a meu ver, o empreendedor é um otimista, uma pessoa repleta de energia voltada para realizar, portanto, analisa tudo com muito critério e não esquece nenhum detalhe, mas sem dar mais crédito ao pessimismo do que dá às oportunidades que podem surgir, mesmo em situações adversas. (NAVARRO 2000, p. 35)
Desta forma pode-se dizer que ser empreendedor, é ter uma concepção
de vida diferente da maioria das pessoas, ou seja, é realizar tarefas com metas
e objetivos bem definidos, é resolver problemas com decisão e iniciativa, é
enfrentar desafios, enfim é saber desafiar padrões e ir além do pensamento
comum que caracteriza a maioria das pessoas.
O importante é saber que o êxito de um empreendimento, tanto
profissional quanto pessoal, pode ser gerenciado, e isto está diretamente
relacionada com a prática de gestão. E quando se fala em prática de gestão, se
fala em intenção, propósito, objetivo. É preciso, portanto, ter foco em
resultados, pois gerenciar e inovar são a mesma coisa, mas a inovação deve
criar valor senão é uma mera novidade. (NAVARRO, 2000)
Cada empreendedor tem características especificas, mas certamente o
que não foge à regra é esse desejo de fazer as coisas diferentes, desejo de
inovar, o que caracteriza o espírito empreendedor e não conformista. Quem se
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deixa levar por esse espírito, sempre acha que as coisas podem ser melhores,
que pode ter autonomia para tomar suas decisões, conduzir sua carreira
desenvolver suas especialidades, sua competência, suas expertises. Alguém
que sabe que é o conhecimento especifico, o know how adquirido pela sua
experiência, com seus estudos, sua atualização, que irão lhe dar oportunidade
de fazer sucesso. Para ser bem-sucedido, o empreendedor deve ser
extremamente atualizado em relação ao mercado e às suas tendências. Existe
dentro dele uma certa ambição, sabe liderar equipes, trabalhar em grupo, ter
confiança em si e, ao mesmo tempo, nos outros. (MAINARDI, 2008)
2.3 O perfil do empreendedor
O que se pergunta no momento, é qual o perfil ideal de um
empreendedor, isto é, se existe um perfil a ser seguido, ou se o empreendedor
já nasce pronto, sabendo tudo, sem ser preciso se atualizar, comparar e acima
de tudo aprender?
Segundo Dolabela (1999) o perfil do empreendedor tem tudo a ver com
o meio ambiente onde vive, pois o mesmo é produto do meio em que vive, isto
é, se o indivíduo tem na família alguém empreendedor ou mora numa cidade
em que as pessoas estão sempre abrindo alguma empresa, investindo em
algum negócio, isto acaba contagiando-o, e motiva-o a ter o seu próprio
negócio, isto é, acabam se tornando empreendedores porque observam no seu
amigo ou parente alguma atividade que está lhe rendendo lucros e bem estar
social.
Reforça-se desta maneira a teoria de que o ambiente onde as pessoas
vivem acabam influenciando decisivamente o número de empresas a serem
criadas, desenvolvidas, gerando empregos e riquezas para a região ou país ao
qual pertence.
Em primeiro lugar é necessário confrontar os mitos sobre pessoas nascidas para o sucesso com as pessoas nascidas para o fracasso. Pesquisadores e estudiosos investigaram centenas de pessoas de grande sucesso e identificaram algumas características que estão presentes em todas elas, alguns caminhos que se repetem e que pode-se seguir para alcançar o próprio sucesso. (DUTRA, 2001, p. 14)
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A estas questões Dolabela (1999), afirma que o empreendedorismo não
é uma ciência, portanto, não existem paradigmas ou padrões a ser seguido.
Percebe-se que muitos vêem a empresa como um instrumento que vai
lhe permitir mostrar aos outros que ele tem capacidade de obter o sucesso e
ser destacado entre os demais. Entretanto, é preciso salientar que o
empresário precisa ser muito flexível e atento às inovações, para isto deve ter
conhecimentos diferenciados em cada etapa onde a empresa se encontra.
E quando se fala em inovação, é perceptível que somente aqueles
empreendedores que se atualizaram, se adequaram ao novo modelo
econômico mundial e que acima de tudo inovaram em suas empresas foram os
que ainda até hoje se sustentam em seus empreendimentos.
Ainda com relação a inovar, de acordo com Nobrega (2004), no
passado, tinha a ver com supervisionar, porém, ninguém precisa mais de
supervisores. Supervisão é coisa de industrial. O que está faltando hoje é
empreendedor voltado para a gestão em resultados. E, para isso é importante
que o empreendedor acredite em si e faça com que os outros também
acreditem no mesmo.
A empresa moderna precisa ser gerenciada como um todo, onde o
planejamento deve ser bem elaborado e acima de tudo deve haver cobranças
de comprometimento de seus colaboradores (funcionários).
Sabe-se que com o advento da globalização, ser empreendedor hoje no
Brasil não é muito fácil, é a concorrência acirrada, os impostos cada vez mais
verozes e a falta de comprometimento dos funcionários, causados pelo
despreparo dos mesmos. Citar exemplos de empresas bem sucedidas são
raros. Segundo o Sebrae (2008), de cada 100 empresas abertas no país, 35
não chegam ao final do primeiro ano de vida; 46 não sobrevivem ao segundo;
e, 56 desaparecem no terceiro ano de vida.
Percebe-se então o quanto é difícil ser empreendedor neste país, pois é
preciso ter muita competência para sobreviver num ambiente econômico, de
altos e baixos, com juros extravagantes e linhas de créditos reduzidas.
Mesmo assim, Chiavenato (1993), afirma que espírito empreendedor,
determinação e criatividade são fundamentais, mas têm se mostrado
insuficientes para muitas pessoas que abrem seu próprio negócio. A causa
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maior do fechamento de empresas pode estar na falta de informação e no uso
de modelos puramente intuitivos de gerenciamento.
Percebe-se então que para ser empreendedor, além da competência é
preciso ter um mínimo de conhecimento, estar atentamente informado e saber
usar as ferramentas de gerenciamento atuais, tais como montar uma equipe,
gerenciar a produção, cuidar do marketing e, principalmente das finanças.
Lobos (2002), explica que existem alguns traços de personalidade
percebidos nos verdadeiros empreendedores e cita-as como sendo a visão,
isto é, empreendedores que enxergam longe, onde normalmente seus
concorrentes ainda não perceberam. Afirma ainda que os empreendedores têm
que ter energia, uma força interna capaz de mover montanhas, e acima de tudo
precisam deixar sua marca em tudo o que realiza.
Percebe-se que na visão destes autores, os empreendedores são
visceralmente competitivos, isto é, querem ser os primeiros em tudo, ocupando
os espaços o tempo todo. Destacando-se dos demais, sendo audaciosos,
ambiciosos e tendo como meta o sucesso.
Diante destas colocações, pode-se então traçar algumas características
mínimas que os empreendedores deverão ter para obterem sucesso nos seus
empreendimentos. Sabe-se, entretanto, que não existe um modelo ou perfil a
ser recomendado, porém, diversos autores, baseado em experiências,
esboçam algumas características mínimas do empreendedor de sucesso.
(LOBOS, 2002)
Na verdade, o empreendedor pode ser comparado a um líder de banda,
que dá liberdade a todos os músicos, deles extraindo o que têm de melhor,
mas consegue transformar o conjunto em algo harmônico, seguindo uma
partitura, um tema, um objetivo. O empreendedor deve definir objetivos,
orientar a realização de tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos,
incentivar as pessoas no rumo das metas definidas e produzir condições de
relacionamento equilibrado entre a equipe de trabalho em torno do
empreendimento.
Precisa orientar para resultados, para o futuro, para o longo prazo e
conhecer muito bem o ramo em que atua, cultivando a imaginação e aprender
a definir visões; traduzindo seus pensamentos em ações; definindo o que deve
aprender para realizar as suas visões. É importante ser pró-ativo diante daquilo
25
que deve saber, ou seja, primeiramente definir o que quer, aonde quer chegar,
depois buscar o conhecimento que lhe permitirá atingir o objetivo.
De todas estas características, percebe-se que ser empreendedor é
muito mais do que ser apenas um aventureiro nos negócios, pois para tudo
precisa-se acima de tudo um planejamento. Por isso, é muito comum se ouvir o
nome de pessoas que tiveram sucesso nos seus empreendimentos. Entretanto
é comum também ouvir história de pessoas que atingem o topo e depois
desabam. Este é um drama que acontece desde o início dos tempos.
De acordo com Muoio (1999), o maior caso de confusão de identidade
na sociedade moderna diz respeito aos quatro marcos de sucesso público:
dinheiro, poder, fama e status. Ainda diz que não tem nada contra estas
ferramentas desde que estas sejam vistas como recursos, armas e não como
metas a alcançar.
Já em outra visão, Nóbrega (1999), diz que o futuro valorizará cada vez
mais o trabalhador da inteligência. E arremata assim: você tem duas opções:
ou caminha para o futuro com as próprias pernas ou será rebocado para lá.
Percebe-se então que não se pode ficar parado esperando que tudo
caia do céu. É preciso reagir. E aí talvez surja um grande dilema: como manter
ou melhorar o desempenho na empresa e ainda preservar a qualidade de vida.
Certamente o perfil empreendedor é inato. No entanto, a influência da
educação familiar e do meio cultural tem parcela significativa na formação de
empreendedores, no entanto a possibilidade de treinamento e desenvolvimento
dessas características pode auxiliar na formação de empreendedores, desde
que haja energia e determinação para tal.
2.3.1 Características comuns
Pode-se ter uma visão de quais são as características comuns que
proporcionam o sucesso do empreendedor ou promovem o novo diretor, ou um
empresário de sucesso, cada uma delas é um tesouro capaz de criar novos
negócios com êxito, segundo Dolabela (1999):
a) objetivo definido: os objetivos funcionam como um potente motor,
são capazes de impulsionar a empresa e as pessoas que nela
26
trabalham. Sem sua força orientadora dificilmente nos moveremos na
direção certa. Tudo deve girar e levar a um foco, é o motivo maior do
trabalho diário é o motivo maior da existência;
b) visão global: enxergar oportunidades que pessoas normais não
enxergam, procurar oportunidades no cotidiano das pessoas.
Procurar estar em constante transformação e antenado com as
tendências tecnológicas e mudanças no mercado. Geralmente o
empreendedor antevê as coisas, antecipa-se aos problemas para
não deixá-los acontecer;
c) iniciativa: o empreendedor não possui a chamada síndrome do
empregado, ele não segue somente o que é estabelecido, ou resolve
somente os problemas identificados, mas soluciona problemas e
falhas antes delas acontecerem. Realizam projetos pessoais pelo
simples prazer de ver algo que é seu sendo implantado;
d) velocidade: muitas são as idéias e os projetos que podem surgir de
acordo com a busca e criatividade, mas o aspecto velocidade poderá
ser determinante para o êxito da atividade. Não se deixa para
amanhã o que poderá ser feito agora, este é o lema do
empreendedor, porque amanhã ele já estará envolvido com outro
projeto e uma nova busca;
e) planejamento: o planejamento nada mais é do que estabelecer
objetivos secundários para se alcançar o objetivo principal, ou seja, é
a parte operacional do projeto, detalhado em pequenas ações pré-
estabelecidas, com prazos definidos e com a possibilidade de
avaliação periódica. Para o empreendedor o planejamento é
fundamental, pois, através dele se cria a estratégia do projeto, fica
atento aos riscos, e sabe da viabilidade ou não da sua idéia;
f) polivalência: existem empresários que, ao iniciar seu negócio já
dizem que não querem cuidar de dinheiro ou de outro setor
importante da empresa. Isto é um grande engano, pois esta teoria
não serve ao empreendedor, que precisa entender de tudo mesmo
para que possa liderar seus colaboradores, ou ainda mesmo para
avaliar o todo de seu projeto. Pois visões limitadas criam empresas
limitadas;
27
g) envolvimento: o empreendedor não possui horário fixo para trabalhar,
só sabe a hora de parar quando o projeto é finalizado. Não importa
se é dia, noite, final de semana, feriado. O projeto finalizado, e a
possibilidade de vê-lo em andamento, é que dita seus horários;
h) persistência: os empreendedores não desistem facilmente, sempre
procuram uma forma de continuar apesar das eventuais dificuldades,
pois nem sempre as coisas vão correr as mil maravilhas, mas o
importante é persistir em busca do sonho sem desistir nunca;
i) ousadia: outra característica básica de um empreendedor. É a busca
de fazer coisas diferentes, que ninguém ainda fez, é quebrar padrões
de comportamentos, quebrar regras de trabalho em busca de uma
maior produtividade;
j) persuasão: é mostrar na ótica do empreendedor que todos podem
ganhar com a sua idéia, é criar uma legião anônima de
colaboradores, enfim é saber vender a idéia;
k) competência: de nada adianta ter todas estas características, se não
for competente o bastante para colocá-las em prática. A capacidade
de realização é um grande quesito para o comportamento
empreendedor, pois é necessário disciplina, preocupação, perfeição
e cuidados com detalhes para que tudo possa correr da melhor
maneira possível;
l) autoconfiança: nada do que se viu anteriormente será possível se
realmente não acreditar na própria idéia, e não colocar para
funcionar a motivação interna. Pois o verdadeiro empreendedor, não
precisa de despertador para acordar cedo, tampouco de um chefe
para dizer o que e como fazer a coisa funcionar. O empreendedor é
liderado pela paixão e possui a consciência de que seu sucesso está
relacionado com a sua capacidade de sempre ter uma energia extra
e eletrizante. Sua motivação interior extrapola os limites de seu corpo
e mente, e freqüentemente é suficiente para contagiar a equipe.
2.3.2 Atividades empreendedoras
28
Dornelas (2001) declara que as atividades empreendedoras estão
associadas diretamente com a inovação e as atitudes comportamentalistas que
enfatizam a criatividade e a intuição.
A partir dessa reflexão, considerado um dos primeiros a tentar definir o
perfil do empreendedor, conclui-se que o surgimento de novos
empreendedores é em decorrência da criatividade, de saber conduzir os
projetos e ser um agente de mudanças.
Dolabela (1999) afirma que, apesar de os economistas terem percebido
a importância dos empreendedores sendo um dos fatores vitais para o
desenvolvimento econômico, eles são inadequados para explicar o complexo
comportamento dos empreendedores.
Para tentar entender o comportamento empreendedor, mesmo em um
mundo globalizado, se faz necessário valorizar a vivência no mercado de
trabalho, a região de origem, o nível educacional, a religião, a cultura familiar e,
todos os elementos que comprometa o perfil do empreendedor, ou seja, o
empreendedorismo é considerado um fenômeno regional, na medida em que a
cultura, as necessidades e os hábitos de uma região determinam
comportamentos. (DOLABELA, 1999)
De acordo com Dornelas (2001) o interesse da sociedade em relação
aos pequenos negócios é questão política, porque as micros e pequenas
empresas funcionam como fator de equilíbrio para a estrutura organizacional e
trabalho em conjunto com as grandes empresas. Outro fator é o econômico,
que cria grandes números de empregos, contribuindo muito para a geração de
receitas e na produção de bens.
Ainda de acordo com o autor muitos empresários não conseguem
manter suas empresas por muito tempo. Em função de vários fatores
contribuírem para isso, tais como à falta de dinheiro, escassez de recursos
próprios, entrada de novos concorrentes e mudanças das políticas do governo,
porém uma das coisas mais freqüente do fracasso está ligada diretamente aos
próprios empreendedores, isto é, à falta de habilidade administrativa,
financeira, tecnológica e mercadológica. Em contrapartida, a sobrevivência de
outras empresas é a força que empurra o empresário para o sucesso, é sem
duvida, a vontade de abrir o seu próprio negócio. Além disso, tem que haver a
disposição para buscar conhecimento e desenvolver comportamentos
29
adquiridos de empreendedores bem-sucedidos.
Segundo Filion (apud DORNELAS, 2001), empreendedores de sucesso
nunca param de aprender. Essa é uma das características mais marcantes dos
empreendedores bem-sucedidos. A aprendizagem, a aquisição e a expressão
de knowhow gerencial e técnico tornam-se o modo de vida dos
empreendedores de sucesso. Trata-se de uma forma contínua e
freqüentemente bem detalhada de monitoração – reflexão - digestão do que
está acontecendo. Isso conduz à correção, ao ajuste e à melhora do que é feito
e de como é feito. Os empreendedores são incentivados a aprender pela sua
visão, o que também lhes ajuda a estabelecer diretrizes para aquilo que
precisam aprender.
Dolabela (1999) acredita que o empreendedor tem que ter formas de
concepção do mundo e de si mesmo voltadas para atividades em que o risco, a
capacidade de inovar, perseverar e de conviver com a incerteza são elementos
indispensáveis para alcançar o sucesso. No entanto, o acúmulo de
conhecimento a respeito do que é ser empreendedor não será muito favorável,
conforme fatores apresentados anteriormente.
De acordo com Dornelas (2001), o empreendedorismo é uma revolução
silenciosa, que será para o século XXI, mais do que a revolução industrial foi
para o século XX.
As mudanças ocorridas na segunda metade do século XX fizeram com
que desaparecesse a figura do empreendedor para dar lugar ao profissional de
administração, porém mais atento aos interesses e necessidades dos
acionistas, empregados e consumidores. Mais tarde surge novamente o papel
do empreendedor, devido à sociedade capitalista sofrer a ausência de
investimentos significativos no setor industrial, não há praticamente geração de
empregos e, portanto, a possibilidade de retorno do crescimento é desfavorável
ocasionando negócios caseiros, comerciante de rua, entre outros.
Segundo Dornelas (2001), o interesse de toda a sociedade em relação
aos pequenos negócios é explicado pelo seu grande significado político e
econômico. Político porque as micros e pequenas empresas funcionam como
fator de equilíbrio da estrutura empresarial e coexistem com as grandes
empresas. Econômico porque geram grandes números de empregos, por isso,
contribuem muito na geração de receitas e na produção de bens.
30
Os estudos referentes ao perfil dos empreendedores vêm ao encontro
dos anseios, no sentido de mostrar que as palavras-chave que caracterizam o
perfil de um empreendedor frente aos desafios de gerenciar uma organização
do século XXI são segundo Leite (2000b): flexibilidade, atualização
permanente, motivação, envolvimento e comprometimento, criatividade,
comportamento pró-ativo, abertura à mudança, disponibilidade, capacidade de
adaptação, orientação para resolução de problemas, tenacidade e resistência a
situações estressantes.
2.4 O líder empreendedor
Percebe-se, entretanto que hoje em dia, para sobreviver em meio à
competitividade do ambiente empresarial, não basta apenas tornar-se líder: é
preciso liderar com criatividade, aprender-se a adaptar às situações e às
pessoas ao redor, respeitando limites e comportamentos diferentes.
Todos os líderes, em qualquer tempo, tiveram de lidar com a mudança e buscar saídas para problemas causados por imprevistos, acidentes da natureza - como terremotos-, guerras, fome, pestes e revoltas sociais. Talvez o que caiba seja uma atualização sobre os intervalos entre tempestade e bonança. Hoje, o espaço entre esses dois fenômenos é cada vez menor. A máxima, inclusive, poderia ser alterada para depois da tempestade, vem a bonança e depois, a tempestade novamente. (CARDOSO, 2002, p. 68)
Na verdade, percebe-se que liderança é um processo. Não existe
fórmula para ser líder, é a pessoa que precisa ser trabalhada, descobrir dentro
de si o potencial para dirigir pessoas. Querer ser líder, gostar de influenciar
pessoas e exercer o poder talvez sejam as características mais comuns.
É comum ouvir os conceitos de líder criativo; líder eficaz; líder camaleão.
Essas qualidades na verdade não são inatas de alguns privilegiados ou fruto de
poderes concedidos ou de hierarquia, mas com certeza, é possível aprender e
desenvolver uma das competências mais valorizadas num empreendimento; a
liderança, e esta competência segundo Shinyashiki (1999), pode ser dividida
em três grupos: lidar com as pessoas; lidar com as informações e lidar com
tecnologia.
Na verdade cada pessoa tem as suas aspirações pessoais, os seus
31
objetivos, as suas preferências, as suas características de personalidade, os
seus talentos e habilidades. Cada pessoa é única e ímpar. Da mesma forma,
entende-se que para que as pessoas possam trabalhar satisfatoriamente em
equipe, precisam de liderança.
Segundo Chiavenato (1993), a liderança constitui uma necessidade
típica do trabalho em equipe. Para fazer funcionar e produzir resultados, o
empreendedor precisa desempenhar muitas funções ativadoras. E reforça
ainda que a liderança é um fenômeno tipicamente social que ocorre
exclusivamente em grupos sociais. Na verdade ele quer dizer que liderança é
um tipo de influencia entre pessoas, isto é, uma pessoa influencia a outra em
função dos relacionamentos existentes entre elas.
Percebe-se que não basta ser apenas um empreendedor, pois é preciso
ter espírito de liderança e principalmente trabalhar em equipe, e para isto é
preciso estar atento às informações e as pessoas precisam ser multifuncionais.
Todos têm que estar alinhado no que se refere ao conhecimento.
E para trabalhar em equipe é preciso ter confiança, saber resolver os
conflitos e estar comprometido. Diante destas premissas, é importante refletir
quais as razões que levam um empreendedor a iniciar uma empresa.
Na verdade percebe-se que geralmente o empreendedor almeja em sua
vida conquistar uma posição destaque na sociedade em que vive e ser
respeitado por seus amigos. Também tem uma ânsia em aumentar o seu
status e prestígio na família, conseguindo desta forma um lugar de destaque e
prestígio na sociedade.
Mori (1998) afirma que o empreendedor vê a empresa como um
instrumento que vai lhe permitir mostrar aos outros que ele tem capacidade de
obter o sucesso e ser destacado entre os demais.
Percebe-se que o verdadeiro líder empolga, inspira e faz com que as
pessoas de seu convívio o sigam sem nenhum esforço aparente. Para Diniz
(apud MORI, 1998), liderança é a capacidade de inspirar, motivar e movimentar
pessoas a atingirem e superarem metas, ultrapassando aquilo que aparentava
ser seus limites.
É por essas razões que liderança tem que ter uma certa relação com
empreendedor, e esta liderança deve ser uma arte que vem de dentro das
pessoas e se descobre isto através do auto-conhecimento, pois quem tem clara
32
a sua missão torna-se automaticamente mais confiante e motivado e estas são
virtudes (confiança e motivação) que levam uma pessoa a ter sucesso, tanto
em sua vida particular como profissional.
Isso posto, quer dizer que ninguém consegue o sucesso sozinho, é
preciso saber trabalhar em equipe. Umas pessoas focam nos resultados,
outras focam nas pessoas e, se a liderança é a capacidade de influenciar
comportamentos e conduzir pessoas a um propósito, a um resultado, é preciso
saber qual foco escolher.
Percebe-se que todo o líder esbarra nesta dualidade: ou focar nas
pessoas ou focar no resultado.
Segundo Degen (1989), o sucesso na criação de um negócio próprio
depende basicamente do desenvolvimento, pelo empreendedor, de três etapas:
a primeira consiste em identificar a oportunidade de negócio e coletar
informações sobre ele; a segunda, em desenvolver o conceito do negócio, com
base nas informações coletadas na primeira, identificar riscos, procurar
experiências similares para avaliar esses riscos, adotar medidas para reduzi-
los, avaliar o potencial de lucro e crescimento e definir a estratégia competitiva
a ser adotada; e a terceira consiste em implementar o empreendimento,
iniciando pela elaboração do plano de negócio, definição das necessidades de
recursos e suas fontes, até sua completa operacionalização.
Percebe-se desta forma que ser empreendedor não uma tarefa muito
fácil, pois além das habilidades pessoais o indivíduo depende de fatores
externos tais como as tendências de mercado.
Percebe-se então que a liderança não é uma qualidade exclusivamente
inata e, geralmente, concretiza-se a partir de um planejado desenvolvimento de
competências, atitudes e comportamentos ao longo da vida dos indivíduos.
Da mesma forma, pode-se perceber que para ser líder não é
necessariamente preciso ser um empreendedor, mas para ser um
empreendedor de sucesso é preciso ter espírito de liderança.
Diante das concepções, constata-se que não existe um perfil ideal ou
modelo a ser seguido, porém para se ter sucesso é preciso seguir algumas
regras observadas em empreendedores de sucesso.
33
CAPÍTULO III
EMPREENDEDORISMO NO BRASIL
3 COMO DESENVOLVER EMPREENDEDORISMO NO BRASIL
No Brasil, o empreendedorismo começou a ganhar força na década de
1990, durante a abertura da economia. A entrada de produtos importados
ajudou a controlar os preços, uma condição importante para o país voltar a
crescer, mas trouxe problemas para alguns setores que não conseguiam
competir com os importados, como foi o caso dos setores de brinquedos e de
confecções, por exemplo.
Para ajustar o passo com o resto do mundo, o país precisou mudar.
Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram que se modernizar para
poder competir e voltar a crescer. O governo deu início a uma série de
reformas, controlando a inflação e ajustando a economia, em poucos anos o
País ganhou estabilidade, planejamento e respeito. A economia voltou a
crescer. Só no ano 2000, surgiu um milhão de novos postos de trabalho.
Investidores de outros países voltaram a aplicar seu dinheiro no Brasil e as
exportações aumentaram. Juntas essas empresas empregam cerca de 40
milhões de trabalhadores. (WIKIPEDIA, 2008)
As habilidades requeridas de um empreendedor podem ser classificadas
em 3 áreas:
a) técnicas: envolve saber escrever, ouvir as pessoas e captar
informações, ser organizado, saber liderar e trabalhar em equipe;
b) gerenciais: incluem as áreas envolvidas na criação e gerenciamento
da empresa (marketing, administração, finanças, operacional,
produção, tomada de decisão, planejamento e controle);
c) características pessoais: ser disciplinado, assumir riscos, ser
inovador, ter ousadia, persistente, visionário, ter iniciativa, coragem,
humildade e principalmente ter paixão pelo que faz.
34
Pesquisas recentes realizadas nos Estados Unidos mostram que o
sucesso nos negócios depende principalmente dos próprios comportamentos,
características e atitudes, e não tanto do conhecimento técnico de gestão
quanto se imaginava até pouco tempo atrás. No Brasil, apenas 14% dos
empreendedores têm formação superior e 30% sequer concluíram o ensino
fundamental, enquanto que nos países desenvolvidos, 58% dos
empreendedores possuem formação superior. Quanto mais alto for o nível de
escolaridade de um país, maior será a proporção de empreendedorismo por
oportunidade. (WIKIPEDIA, 2008)
De acordo com a formação recebida pela sociedade, o profissional pode
desenvolver tanto características gerencias como empreendedoras, no entanto,
é de fundamental importância que o individuo trabalhe mais o seu lado
empreendedor, buscando sempre inovar e criar novos caminhos para realizar
as tarefas do seu dia-a-dia. Com esta formação recebida, a pessoa ira adquirir
um perfil que poderá ser do gerente tradicional ou então, um perfil do
empreendedor tradicional.
continua
DOMÍNIO EMPREENDEDOR - DOMÍNIO ADMINISTRATIVO
PRESSÕES
NESTA
DIREÇÃO
DIMENSÕES
CHAVE DO
NEGÓCIO
PRESSÕES
NESTA
DIREÇÃO
Mudanças
rápidas:
1 Tecnológica
2 Valores
sociais
3 Regras
políticas
Dirigido pela
percepção de
oportunidades
ORIENTAÇÃO
ESTRATÉGICA
Dirigidos pelos
recursos atuais
sob controle
Critérios de
medição de
desempenho;
sistemas e
ciclos de
planejamento.
Orientação
para ações;
decisões
rápidas;
gerenciament
o de risco
Revolucionári
o com curta
duração
ANÁLISE DE
OPORTUNIDADES
Revolucionário
de longa
duração
Reconhecimen
to de varias
alternativas;
negociação da
estratégia;
redução do
risco
35
conclusão
Falta de
previsibilidade
das falta de
controle exato;
necessidade
de aproveitar
mais
oportunidades
; pressão por
mais eficiência
Em estágios
periódicos
com mínima
utilização em
cada estagio
COMPROMETIMEN-
TO DOS
RECURSOS
Decisão tomada
passo a passo,
com base em
um orçamento
Redução dos
riscos
pessoais;
utilização de
sistemas de
alocação de
capital e de
planejamento
formal
Risco de
obsolescência
; necessidade
de
flexibilidade
Uso mínimo
de recursos
existentes ou
aluguel dos
recursos
extras
necessários
CONTROLE DOS
RECURSOS
Habilidade no
emprego dos
recursos
Poder, status
e recompensa
financeira;
medição da
eficiência;
inércia e alto
custo das
mudanças;
estrutura da
empresa
Coordenação
das áreas-
chave de
difícil controle;
desafio de
legitimar o
controle da
propriedade;
desejo dos
funcionários
de serem
independentes
Informal, com
muito
relacionament
o pessoal.
ESTRUTURA
GERENCIAL
Formal, com
respeito à
hierarquia.
Necessidade
de definição
clara de
autoridade e
responsabilida
de; cultura
organizacional
; sistemas de
recompensa;
inércia dos
conceitos
administrativos
Fonte: HISRICH apud DORNELAS, 2001, p.31
Quadro 3: Comparação dos domínios empreendedor e administrativo
3.1 O empreendedorismo no Brasil e programas voltados ao empreendedor
36
No Brasil pode-se dizer que o empreendedorismo está apenas
começando, mas os resultados já alcançados no ensino indicam que estão no
início de uma revolução silenciosa. O primeiro curso de que se tem noticia na
área surgiu em 1981, na Escola de Administração de Empresas da Fundação
Getúlio Vargas, São Paulo, por iniciativa do professor Ronald Degen e
chamava-se Novos Negócios. Era uma disciplina do Curso de Especialização
em Administração para Graduados. Em 1984, o curso foi estendido para a
graduação, sob o nome de Criação de Novos Negócios – Formação de
Empreendedores e hoje é uma das trilhas obrigatórias a serem percorridas
pelos alunos de graduação. Mais tarde, o ensino de empreendedorismo foi
inserido nos cursos de mestrado, doutorado e MBA. A fundação Getúlio Vargas
já produziu duas teses de doutorado na área e tem uma em andamento.
(DOLABELA, 1999)
A USP – Universidade de São Paulo começou a oferecer o ensino de
empreendedorismo em 1984; em 1992, a Universidade Federal de Santa
Catarina criou a ENE – Escola de Novos Empreendedores; também em 1992, o
Departamento de Informática da Universidade Federal de Pernambuco, criava
o César – Centro de Estudos e Sistemas avançados do Recife, com objetivo de
ser um núcleo de aproveitamento industrial dos resultados acadêmicos.
(DOLABELA, 1999)
O movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990 quando entidade como o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas. Os ambientes políticos e econômico não eram propícios, e o empreendedor praticamente não encontrava informações para auxiliá-lo na jornada empreendedora. O Sebrae é um dos órgãos mais conhecidos do pequeno empresário brasileiro, que busca junto à essa entidade todo suporte de que precisa para iniciar sua empresa, bem como consultorias para resolver pequenos problemas pontuais de seu negócio. O histórico da entidade Softex pode ser confundido com o histórico do empreendedorismo no Brasil na década de 1990. A entidade foi criada com o intuito de levar as empresas de software do país ao mercado externo, por meio de várias ações que proporcionam ao empresário de informática a capacitação em gestão e tecnologia (DORNELAS, 2001, p. 38)
As ações recentes desenvolvidas começam a apontar para essa direção.
37
Os principais projetos voltados ao empreendedorismo, segundo Dornelas
(2001) são:
a) os programas Softex e GENESIS (Geração de Novas Empresas de
Software, Informação e Serviços), que apóiam atividades de
empreendedorismo em software, estimulando o ensino da disciplina;
b) ações voltadas à capacitação do empreendedor, como os programas
EMPRETEC e Jovem Empreendedor do Sebrae. E ainda o programa
Brasil Empreendedor, do Governo Federal, dirigido à capacitação de
mais de 1 milhão de empreendedores em todo país e destinando
recursos financeiros a esses empreendedores, totalizando um
investimento de oito bilhões de reais;
c) os diversos cursos e programas sendo criados nas universidades
brasileiras para o ensino do empreendedorismo. É o caso de Santa
Catarina, com o programa Engenheiro Empreendedor, que capacita
alunos de graduação em engenharia de todo país. Destaca-se
também o programa REUNE, da CNI (Confederação Nacional das
Indústrias), de difusão do empreendedorismo nas escolas de ensino
superior do país, presente em mais de duzentas instituições
brasileiras;
d) a recente explosão do movimento de criação de empresas de
Internet no país, motivando o surgimento de entidades como o
Instituto e-cobra, de apoio aos empreendedores das pontocom
(empresas baseadas em Internet), com cursos, palestras e até
prêmios aos melhores planos de negócios de empresas start-ups de
Internet, desenvolvidos por jovens empreendedores;
e) finalmente, mas não menos importante, o enorme crescimento do
movimento de incubadoras de empresas no Brasil. Dados da
ANPROTEC (Associação Nacional de Entidades de
Empreendimentos de Tecnologias Avançadas) mostram que em
2000, havia mais de 135 incubadoras de empresas no país, sem
considerar as incubadoras de empresas de Internet, totalizando mais
de 1.100 empresas incubadas, que geram mais de 5.200 empregos
diretos.
38
Ainda segundo Dornelas (2001), um último fator, que dependerá apenas
dos brasileiros para ser desmistificado, é a quebra de um paradigma cultural de
não valorização de homens e mulheres de sucesso que têm construído esse
país e gerado riquezas, sendo eles os grandes empreendedores, que
dificilmente são reconhecidos e admirados.
Apesar de não parecerem de forma estruturada, existem diversas fontes
de financiamento provenientes dos governos municipais, estaduais e federal, e
de que muitas vezes os empreendedores nunca ouviram falar. Talvez essa seja
uma falha que devesse ser sanada no curto prazo, para garantir o acesso à
informação para a maioria dos empreendedores do país. Alguns exemplos
serão apresentados na seqüência e devem ser considerados continuamente
pelos empreendedores quando identificarem a necessidade de capitalizar sua
empresa.
Segundo Dornelas (2001):
a) programa RHAE O programa de Capacitação de Recursos Humanos
para Atividades Estratégicas. É uma iniciativa do Ministério da
Ciência e Tecnologia, tendo como objetivo dotar o país de melhores
condições de competitividade no mercado mundial, por meio da
capacitação de recursos humanos. Suas duas metas básicas e
complementares são a ampliação e a consolidação da base
tecnológica brasileira em temas de caráter estratégico, identificados
e selecionados pelo governo brasileiro. O RHAE apóia de forma
complementar e com vistas ao fortalecimento da equipe, projetos de
pesquisa e desenvolvimento tecnológico, em temas estratégicos;
b) programa PIPE da FAPESP – O PIPE Programa de Inovação
Tecnológica em Pequenas Empresas – da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), foi iniciado em 1997,
financiando a pesquisa para inovação tecnológica diretamente na
empresa, tendo apoiado, até o ano de 2000, mais de 120 projetos em
pequenas empresas. O intuito é incentivar tais empresas a investir na
pesquisa de novos produtos de alto conteúdo tecnológico ou em
processos produtivos inovadores que possam aumentar sua
competitividade;
39
c) programa PROSOFT – em 1998 houve a primeira concessão de
crédito para empresas de software o programa funciona financiando
investimentos voltados para desenvolvimento, localização e
comercialização de software, vinculados a um plano de negócios
avalizado pela Sociedade Brasileira para Promoção de Exportação
de Software – Softex;
d) BNDES – a função do banco é contribuir para o desenvolvimento de
empresas competitivas, geração de empregos, redução de
desequilíbrios regionais, buscando níveis de rentabilidade adequados
aos recursos públicos. O banco é uma grande empresa, que não
opera no varejo e, por conseguinte, precisa de distribuidores de seus
produtos. Dentro do escopo do Programa Brasil Empreendedor, do
governo federal, desenvolveu-se uma série de mecanismos para
facilitar o acesso ao crédito por parte de pequenas e médias
empresas;
e) programas da Finep – A financiadora de Estudos e Projetos – Finep
– é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e
Tecnologia e tem como objetivo promover o desenvolvimento
tecnológico e a inovação no país. A Finep apóia empresas nascentes
e emergentes de base tecnológica; empresas incubadas e empresas
situadas em parques tecnológicos; empresas e instituições de
pesquisas;
f) projeto INOVAR – Capital de Risco Brasil – o projeto Inovar,
idealizado pela Finep, visa a construir um ambiente institucional que
favoreça o florescimento da atividade de capital de risco do Brasil, de
forma a estimular o fortalecimento das empresas nascentes
emergentes de base tecnológicas brasileiras, contribuindo, em última
instância, para o desenvolvimento tecnológico nacional, bem como
para a geração de empregos e renda;
g) programas Sebraetec e PATME do Sebrae – dos programas de
auxilio às pequenas empresas mantidos pelo sistema Sebrae -
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Brasileiras –
destacam-se o Sebraetec e o PATME, ambos visando a suprir
deficiências tecnológicas nas MPE (Micro e Pequenas Empresas
40
Nacionais). O Sebraetec é um serviço de consultoria tecnológica
para fornecer soluções rápidas e sob medida para problemas
específicos das micro e pequenas empresas. Geralmente são
problemas simples de ser resolvidos e as consultorias não
ultrapassam vinte horas. O público alvo do Sebraetec são as MPE
comerciais, industriais, de serviços e rurais, empreendedores e
empresas informais, em fase de formalização;
h) já o PATME – Programa de Apoio Tecnológico às Micro e Pequenas
Empresas, presta serviços de consultoria tecnológica mais
abrangentes e que proporcionam a inovação tecnológica na
empresa, já que visa a melhoria e aperfeiçoamento no produto ou
processo e não apenas a correção ou solução de problemas
pontuais, como no caso do Sebraetec. Entre as áreas de foco do
PATME, destacam-se: aperfeiçoamento/racionalização de
produtos/processos; estudo de viabilidade técnica e econômica do
produto ou do processo; consultoria tecnológica associada a
treinamento de recursos humanos, em projetos setoriais; implantação
de laboratório de controle de qualidade; desenvolvimento de
produtos e processos produtivos, entre outros;
i) programa Brasil Empreendedor – foi criado pelo governo federal,
com objetivo inicial de estimular o desenvolvimento das MPE para
promover a geração e manutenção de 3 milhões de postos de
trabalho e elevar o nível de capacitação empresarial de cerca de 2,3
milhões de empreendedores em todo o país.
Os agentes federais responsáveis pela operação do Programa Brasil
Empreendedor foram: Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da
Amazônia e Caixa Econômica Federal. A participação do Sebrae, e de suas
agências espalhadas em todo o país, também foi de suma importância, pois
sua responsabilidade foi a de desenvolver ações voltadas à capacitação
empresarial dos empreendedores em busca de recursos financeiros, por meio
de treinamentos nas áreas de marketing, análise financeira e de gestão
empreendedora para a preparação de um plano de negócios básico,
possibilitando às micro, pequenas e médias empresas adequação para o
acesso às linhas de crédito. (DORNELAS, 2001)
41
3.2 O processo empreendedor
Segundo Dornelas (2001) a decisão de tornar-se empreendedor pode
ocorrer aparentemente por acaso. Isso pode ser testado fazendo-se uma
pergunta básica a qualquer empreendedor que você conhece: o que o levou a
criar sua empresa? Não se surpreenda se a maioria das respostas for: não sei,
foi por acaso. Na verdade, essa decisão ocorre devido a fatores externos,
ambientais e sociais, a aptidões pessoais ou a um somatório de todos esses
fatores, que são críticos para o surgimento e o crescimento de uma nova
empresa. O processo empreendedor inicia-se quando um evento gerador
desses fatores possibilita o início de um novo negócio.
Quando se fala em inovação, a semente do processo empreendedor
remete-se naturalmente ao termo inovação tecnológica. Nesse caso, existem
algumas peculiaridades que devem ser entendidas para que se interprete o
processo empreendedor ligado a empresas de bases tecnológicas. As
inovações tecnológicas têm sido o diferencial do desenvolvimento econômico
mundial. E o desenvolvimento econômico é dependente de quatro fatores
críticos, que devem ser analisador, para então se entender o processo
empreendedor: o talento empreendedor resulta da percepção, direção,
dedicação e muito trabalho dessas pessoas especiais, que fazem acontecer.
Talento sem idéias é como uma semente sem água. Quando o talento é
somado à tecnologia e as pessoas têm boas idéias viáveis, o processo
empreendedor está na iminência de ocorrer. Porém existe ainda a necessidade
de um combustível essencial para que finalmente o negócio saia do papel: o
capital. O componente final é o know-how, ou seja, o conhecimento e a
habilidade de conseguir convergir em um mesmo ambiente de trabalho o
talento, a tecnologia e o capital que fazem a empresa crescer. (TORNATZKY et
al apud DORNELAS, 2001)
Segundo Dertouzos (apud DORNELAS, 2001), a inovação tecnológica
possui quatro pilares:
a) investimento de capital de risco;
b) infra-estrutura de alta tecnologia;
c) idéias criativas;
d) cultura empreendedora focada na paixão pelo negócio.
42
Cada fase do processo empreendedor tem seus desafios e
aprendizados. Verifica-se estilo de gestão, fatores críticos de sucesso,
identificar problemas atuais e potenciais, implementar um sistema de controle,
profissionalizar a gestão, entrar em novos mercados.
A seguir, seguem as fases do processo empreendedor.
IDENTIFICAR E
AVALIAR A
OPORTUNIDADE
DESENVOLVER
O PLANO DE
NEGÓCIOS
DETERMINAR E
CAPTAR OS
RECURSOS
NECESSÁRIOS
GERENCIAR A
EMPRESA
CRIADA
Criação e
abrangência da
oportunidade
1. sumário
executivo
Recursos
pessoais
Estilo de gestão
Valores
percebidos e
reais da
oportunidade
2. o conceito de
negócio
Recursos de
amigos e
parentes
Fatores críticos
de sucesso
Riscos e retornos
da oportunidade
3. equipe de
gestão
4. mercado e
competidores
Angels Identificar
problemas atuais
e potenciais
Oportunidade x
habilidade e
metas pessoais
5. marketing e
vendas
6. estrutura e
operação
Capitalistas de
risco
Implementar um
sistema de
controle
Situação dos
competidores
7. análise
estratégica
8. plano
financeiro
9 . anexos
Bancos
Governo
incubadoras
Profissionalizar a
gestão
Entrar em novos
mercados.
Fonte: HISRICH; PETERS, 2004, p. 83
Quadro 4: O processo empreendedor
43
As evidências mostram o quanto o empreendedorismo está
influenciando positivamente o desenvolvimento econômico, e como se tem
dado atenção ao assunto. Um panorama geral é apresentado do estágio de
desenvolvimento do empreendedorismo no mundo e no Brasil, bem como são
analisadas as perspectivas para os próximos anos. O surgimento do
empreendedorismo, passando pelas definições e comparações com os
conceitos administrativos, até o entendimento do processo empreendedor, é
abordado de forma objetiva visando a prover a reflexão e o interesse pelo
assunto. (DORNELAS, 2001)
3.3 Empreendedorismo hoje
Conforme nossa percepção e de diversos entendidos do assunto, este
século estará repleto de um grande número de pequenas empresas pelo globo,
pessoas de todos os países estarão escolhendo sistemas econômicos
ancorados em pequenos negócios altamente produtivos. Esta é a era do
empreendedorismo. O ressurgimento do espírito empreendedor é um dos
movimentos mais importantes da história recente da administração. Este
empreendedor tem introduzido produtos e serviços inovadores, ampliando as
fronteiras tecnológicas e criando novas formas de trabalho e abertos a novos
mercados globais. Atualmente, em função das mudanças globais, a
preocupação é em relação a como viabilizar o empreendedorismo, em termos
de possibilidade de carreira. (DORNELAS, 2001)
De acordo com o Sebrae (2008), quinhentas mil empresas foram criadas
no Brasil, entretanto a média anual de extinção destas foi de cinqüenta e sete
mil, portanto abrir empresas não significa emprendedorismo, como também,
possuir comportamento ou espírito empreendedor, por vezes, não é suficiente
para o sucesso e desenvolvimento de uma empresa. Neste sentido, também se
fez necessário a constituição de um ambiente favorável, gerador de novas
oportunidades de negócios.
Entretanto, a despeito de tantas deficiências, as pequenas empresas
são um dos principais motores do desenvolvimento econômico do Brasil,
44
gerando milhões de empregos e contribuindo para a redução da pobreza
regional.
Um país será verdadeiramente desenvolvido na medida em que souber
criar, para suas empresas, um ambiente no qual essas tenham condições de
melhorar e inovar mais depressa que suas rivais estrangeiras, isto é, as
empresas precisam de condições que lhe permitam criar inovações, o que
invariavelmente se dá pelo emprego adequado de tecnologia já existente.
(DORNELAS, 2001)
Hoje, o importante é saber empregar, adequadamente, as tecnologias
existentes e ser, capaz de perceber o advento das tecnologias emergentes, ou
seja, é evidente que não se cogita para o Brasil um papel de potência
responsável pelo surgimento de tecnologias emergentes, mas o Brasil poderia
saber utilizar e buscar adequadamente as tecnologias disponíveis no
estrangeiro.
3.4 Diferencial da empresa que possui profissional com perfil empreendedor
Tempos atrás se falava que todo profissional com perfil empreendedor
permanecia pouco tempo dentro das empresas. Hoje as empresas estão
buscando desenvolver esse perfil entre seus executivos e recrutando
profissionais que o apresentem.
Para explicar essa mudança, Moreira (2008) diz que antigamente, as
empresas tinham muita dificuldade em manter profissionais que tivessem muita
iniciativa, fossem criativos e pragmáticos porque suas características de gestão
e suas estruturas previam uma conduta mais previsível desses profissionais e
condicionavam procedimentos mais estáticos nas decisões internas. Hoje em
dia, as forças de mudança, com seu ritmo acelerado, impelem necessidades
novas e exigentes que requerem posturas mais ousadas, criativas e, por vezes,
corajosas.
O profissional com perfil empreendedor é perseverante, auto-exigente,
cuidadoso e disciplinado. Isso quer dizer que não é só talento que está em
jogo, mas também a vontade, o objetivo e o desejo de alcançar um resultado.
45
Ele planeja sua ação e faz. Ele não espera ter a vontade ele sabe que é
necessário ter ação. A disciplina permite definir metas, prazos, indicadores, e
outros condicionantes da ação. Empreendedores, acima de tudo, fazem!
(MOREIRA, 2008)
46
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Empreendedor é ter uma concepção de vida diferente da maioria das
pessoas, ou seja, é realizar tarefas com metas e objetivos bem definidos, é
resolver problemas com decisão e iniciativa, é enfrentar desafios, enfim, é
saber desafiar padrões e ir além do pensamento comum que caracteriza a
maioria das pessoas. Empreendedor é uma pessoa de autonomia,
autoconfiança, tem que acreditar que se pode mudar as coisas, que é capaz de
convencer as pessoas de que pode ainda possuir a capacidade de convencer
as pessoas de que a sua idéia é ótima e de que todos vão beneficiar-se delas,
deve saber persuadir terceiros.
Ser empreendedor é muito mais que ter a vontade de chegar ao topo de
uma montanha; é conhecer a montanha e o tamanho do desafio; planejar cada
detalhe da subida, saber o que precisa levar e que ferramentas utilizar;
encontrar a melhor trilha, estar comprometido com o resultado, ser persistente,
calcular os riscos, preparar-se fisicamente; acreditar na própria capacidade e
começar a escalada.
É criar um novo empreendimento que exige mais tempo e esforço do
que se imagina e é extremamente difícil e doloroso. Dirigir um empreendimento
bem sucedido não é somente um risco financeiro, é também um risco
emocional. Transformar uma idéia em um negócio é difícil. É preciso saber:
aonde se quer chegar e como chegar lá.
O brasileiro é empreendedor, mas tem de se preparar melhor. No Brasil
existe um grande numero de empreendedores, mas a oportunidade de criar e
manter um negócio por mais de três anos é relativamente baixa. E o maior
problema é a pouca informação, a falta de preparo, planejamento e
conhecimento específico sobre o negócio.
O empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil, nos últimos
anos, representa uma área do conhecimento da administração que tenta
acompanhar a velocidade das mudanças do capitalismo na nova economia,
além de exigir com que o individuo assuma todos os riscos sociais,
psicológicos e financeiros envolvidos no inicio de um empreendimento.
47
Atualmente, as empresas procuram por profissionais com perfil e espírito
empreendedor, já que o empreendedorismo é um dos fatores essenciais para
aumentar a riqueza do país e melhorar a condição de vida dos seus cidadãos.
Portanto, para manter-se no mercado competitivo, nada mais importante do
que atrair profissionais com o perfil do empreendedor.
Contudo, o objetivo da pesquisa foi alcançado, pois demonstrou-se
como é importante para as empresas, ter um profissional com perfil
empreendedor atuando para o seu desenvolvimento e crescimento para
melhorar seu potencial mercadológico.
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