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Liderança e Empreendedor http://www.portalcmc.com.br/lid_art33.htm Artigos › Liderança Atualizado em 27 de maio de 2009, às 16h06 Empreendedorismo e Liderança nas empresas Por Sonia Jordão A quantidade de empreendedores no Brasil é muito grande e isso é muito bom. Geralmente estas pessoas começam um negócio quando conhecem muito bem um produto, um segmento de mercado ou um determinado setor de empresas; ou ainda porque estão com alguma reserva financeira disponível, porque querem ser seus próprios patrões ou estão tendo dificuldades de voltar ao mercado de trabalho. Muitas vezes esquecem que terão de ser bons líderes para conseguir fazer o negócio crescer, senão correm o risco de terem uma empresa com um só funcionário: o proprietário. Ser líder é diferente de ser administrador, gerente ou chefe. Liderar é lidar com pessoas, administrar é lidar com recursos, papéis, coisas, processos. Um chefe pode ser nomeado numa hierarquia, independentemente de possuir ou não as qualidades necessárias. Você pode ser um gerente e não conseguir ser o líder da equipe e pode ser o líder da equipe sem ser o chefe. Um bom líder precisa possuir várias virtudes, entre elas: competência (conhecimento, habilidades e atitude/ação), ética (integridade e honestidade), entusiasmo, empatia, autoconfiança, sensibilidade, humildade, imparcialidade, saúde, autoconhecimento, motivação e inteligência acima da média. É fundamental que goste de se relacionar com pessoas, que saiba ouvir e que seja observador. O empreendedor precisa atentar para o fato de que a presença de um líder é fundamental para o sucesso de qualquer negócio. O ideal é que procure desenvolver habilidades de liderança caso não seja um líder nato. É necessário que tenha alguém para conduzir o grupo de onde está até onde precisa estar. Para fazer com que a equipe faça voluntariamente o que precisa ser feito. Para extrair o melhor de cada colaborador e com isso conseguir obter os resultados positivos. Os pequenos empresários costumam cometer alguns erros na administração de seus negócios, muitos por falta de liderança, entre eles posso citar: - Não se conhecem suficientemente para saber as competências que lhes falta para buscar treinamento ou pessoas com tais capacidades; - Não conhecem o ponto de equilíbrio de seu negócio e gastam mais do que podem; - Contratam pessoas que não são adequados às funções. Não é proibido contratar amigo ou parente, mas é proibido contratar gente incompetente para a função; - Adiam decisões que precisam ser tomadas rapidamente; - Não suprem seus colaboradores e a si mesmos com os treinamentos necessários. Não têm uma política de treinamentos; - Assumem compromissos que não têm capacidade de cumprir; e - Esquecem que os clientes são o maior patrimônio das empresas. Todos os colaboradores na organização precisam “servir” o cliente e não “servir” o patrão. Sem clientes o negócio está fadado ao fracasso. Ser líder é difícil, mas é bom. Para se tornar um bom líder é preciso procurar estar preparado, ser proativo e ser reflexivo. É importante ainda se auto- avaliar, procurar melhorar continuamente e ter entusiasmo e otimismo. Um outro problema que acontece é que algumas vezes o empreendedor transfere toda a responsabilidade de liderança para o gerente de sua empresa. Quanto mais delega atribuições mais o líder penetra na essência de sua função: que não é "fazer" e sim "fazer os outros fazerem". Agora o empresário não pode ignorar que quando ele delega continua com a responsabilidade pelo êxito ou fracasso do empreendimento. Por isso ele precisa acompanhar aqueles que recebem a tarefa, pedir que prestem contas temporariamente e não só no final do ano. Controlar o uso de todos os recursos, inclusive os recursos humanos. Se o gerente não tiver sucesso ele será o culpado: ou por ter contratado errado, ou por não ter treinado da maneira correta ou ainda por não ter controlado suficientemente. "Sonia Jordão é engenheira, consultora, palestrante e facilitadora de cursos. Autora do livro “A Arte de Liderar – Vivenciando Mudanças num Mundo Globalizado”. Site: www.soniajordao.com.br E-mail: [email protected] Mais artigos

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Liderança e Empreendedor

http://www.portalcmc.com.br/lid_art33.htm

Artigos › Liderança Atualizado em 27 de maio de 2009, às 16h06

Empreendedorismo e Liderança nas empresas Por Sonia Jordão

A quantidade de empreendedores no Brasil é muito grande e isso é muito bom. Geralmente estas pessoas começam um negócio quando conhecem

muito bem um produto, um segmento de mercado ou um determinado setor de empresas; ou ainda porque estão com alguma reserva financeira

disponível, porque querem ser seus próprios patrões ou estão tendo dificuldades de voltar ao mercado de trabalho.

Muitas vezes esquecem que terão de ser bons líderes para conseguir fazer o negócio crescer, senão correm o risco de terem uma empresa com um só

funcionário: o proprietário.

Ser líder é diferente de ser administrador, gerente ou chefe. Liderar é lidar com pessoas, administrar é lidar com recursos, papéis, coisas, processos.

Um chefe pode ser nomeado numa hierarquia, independentemente de possuir ou não as qualidades necessárias. Você pode ser um gerente e não

conseguir ser o líder da equipe e pode ser o líder da equipe sem ser o chefe.

Um bom líder precisa possuir várias virtudes, entre elas: competência (conhecimento, habilidades e atitude/ação), ética (integridade e honestidade),

entusiasmo, empatia, autoconfiança, sensibilidade, humildade, imparcialidade, saúde, autoconhecimento, motivação e inteligência acima da média. É

fundamental que goste de se relacionar com pessoas, que saiba ouvir e que seja observador.

O empreendedor precisa atentar para o fato de que a presença de um líder é fundamental para o sucesso de qualquer negócio. O ideal é que procure

desenvolver habilidades de liderança caso não seja um líder nato. É necessário que tenha alguém para conduzir o grupo de onde está até onde precisa

estar. Para fazer com que a equipe faça voluntariamente o que precisa ser feito. Para extrair o melhor de cada colaborador e com isso conseguir obter

os resultados positivos.

Os pequenos empresários costumam cometer alguns erros na administração de seus negócios, muitos por falta de liderança, entre eles posso citar:

- Não se conhecem suficientemente para saber as competências que lhes falta para buscar treinamento ou pessoas com tais capacidades;

- Não conhecem o ponto de equilíbrio de seu negócio e gastam mais do que podem;

- Contratam pessoas que não são adequados às funções. Não é proibido contratar amigo ou parente, mas é proibido contratar gente incompetente para

a função;

- Adiam decisões que precisam ser tomadas rapidamente;

- Não suprem seus colaboradores e a si mesmos com os treinamentos necessários. Não têm uma política de treinamentos;

- Assumem compromissos que não têm capacidade de cumprir; e

- Esquecem que os clientes são o maior patrimônio das empresas. Todos os colaboradores na organização precisam “servir” o cliente e não “servir” o

patrão. Sem clientes o negócio está fadado ao fracasso.

Ser líder é difícil, mas é bom. Para se tornar um bom líder é preciso procurar estar preparado, ser proativo e ser reflexivo. É importante ainda se auto-

avaliar, procurar melhorar continuamente e ter entusiasmo e otimismo.

Um outro problema que acontece é que algumas vezes o empreendedor transfere toda a responsabilidade de liderança para o gerente de sua empresa.

Quanto mais delega atribuições mais o líder penetra na essência de sua função: que não é "fazer" e sim "fazer os outros fazerem". Agora o empresário

não pode ignorar que quando ele delega continua com a responsabilidade pelo êxito ou fracasso do empreendimento. Por isso ele precisa acompanhar

aqueles que recebem a tarefa, pedir que prestem contas temporariamente e não só no final do ano. Controlar o uso de todos os recursos, inclusive os

recursos humanos. Se o gerente não tiver sucesso ele será o culpado: ou por ter contratado errado, ou por não ter treinado da maneira correta ou ainda

por não ter controlado suficientemente.

"Sonia Jordão é engenheira, consultora, palestrante e facilitadora de cursos. Autora do livro “A Arte de Liderar – Vivenciando Mudanças num Mundo

Globalizado”.

Site: www.soniajordao.com.br

E-mail: [email protected]

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Artigos › Liderança Atualizado em 14 de maio de 2008, às 21h49

Liderança: um papel a ser exercido, não um cargo Por Carlos Cruz

Após algumas transformações na maneira de se fazer gestão, ampliando o foco que antes estava restrito aos negócios para as pessoas e como elas

podem e devem trabalhar, essa figura passou a ser o centro motivador de grandes conquistas, uma vez que é capaz de impulsionar o crescimento de

outras pessoas e das empresas em que elas se encontram. Mas ainda temos que tomar cuidado para não interpretarmos de maneira errada o que vem

a ser a liderança e como exercê-la de modo positivo.

Ao longo dos anos instituem-se, nas maiores empresas do mundo, políticas de governança baseadas em estruturas verticais e sólidas. Isso fazia com

que cada pessoa soubesse exatamente o que deveria fazer e quem eram as pessoas responsáveis por dar as ordens. A flexibilidade era muito baixa e os

profissionais funcionavam como que em uma grande máquina, cuja velocidade de trabalho era ditada de cima para baixo.

Hoje a situação é muito diferente, as pessoas dentro de uma organização assumem diversos papéis para conseguirem executar com sucesso suas

tarefas. A verticalização deu espaço aos organogramas horizontais, que priorizam a intercomunicação entre as diferentes áreas de uma mesma

empresa. Os resultados não são mais vistos apenas como fruto da somatória dos bons desempenhos pessoais, é preciso que toda uma equipe se motive

e conquiste objetivos comuns.

Essa evolução trouxe mudanças em relação à forma de se gerenciar. Antes, se cada um era visto como um componente isolado e responsável apenas

por suas atividades, direcionado pela antiga figura do chefe, hoje, esse mesmo indivíduo faz parte de um verdadeiro time, com influência direta nos

resultados de todos. Por isso, a figura do profissional centralizador foi substituída pelos líderes, capazes de interagir com uma série de indivíduos,

estimulando-os a obter os melhores resultados, da maneira mais colaborativa possível e ainda priorizando o auto-desenvolvimento.

Como saber se posso ser um líder?

Ao contrário do que muitos pensam, exercemos a liderança todos os dias, em maior ou menor escala, dependendo do perfil de cada indivíduo e da

situação em que nos encontramos. Diferentemente do que acontecia no passado, esse título não é concedido pela empresa, ou seja, a liderança não

representa um cargo, mas, sim, um papel a ser exercido. Isso faz com que você possa liderar independentemente do seu "status". Desde o mais

simples funcionário até o presidente de uma multinacional, todos têm a capacidade de fazer isso. O líder é aquele que facilita aos profissionais da sua

equipe brilharem, se desenvolverem constantemente e, principalmente, perceberem a sua importância para o sistema onde estão inseridos.

Por isso, se deseja tornar-se um líder trabalhe muito, pague o preço e desenvolva suas competências. Sejam quais forem suas atribuições, alcance a

excelência. Lembre-se que se você conseguir melhorar 1% a cada dia, no final do ano terá atingido um índice de crescimento superior aos 300%. Com

certeza isso será reconhecido pelo grupo e, conseqüentemente, pela empresa em que trabalha. Não se deixe guiar apenas pelo "status" e pelo poder

que um cargo de liderança pode lhe trazer, já que esse não deve ser o objetivo de um profissional que exerce esse papel. Deseje, sim, ser uma pessoa

capaz de realizar transformações em benefício de seus companheiros de trabalho e de sua empresa.

Qual deve ser o foco do trabalho de um líder?

Existem dois grandes focos de trabalho para um líder: nos resultados e nas pessoas. Você pode se perguntar qual é o "melhor", correto? Bom, nesse

caso minha resposta é simples, os dois! Como em outros aspectos de nossa vida, é importante mantermos o equilíbrio para obtermos sucesso. Quando

se persegue apenas os resultados, corremos o risco de deixarmos nossa equipe desmotivada e sem a atenção que devem receber. No caso contrário,

quando trabalhamos apenas para o bem estar de nossos companheiros de trabalho podemos deixar de atingir nossas metas. Por isso, o líder deve estar

atento aos resultados e ao modo como eles estão sendo conquistados. Não podemos ter uma equipe que bate as metas todos os meses, mas que não

tem um bom relacionamento ou estão sempre em situações de desgaste emocional. O contrário também não é desejado, um grupo de profissionais

muito bem emocionalmente, mas que não gera conquistas e crescimento para a empresa. Portanto, é importante obter resultados através do

desenvolvimento da equipe.

Quais competências um líder deve ter?

Acredito que para se tornar um bom líder é preciso desenvolver algumas competências, independentemente do cenário em que você pretende atuar. Por

isso, analise como anda trabalhando e reflita sobre os sete pontos que vou descrever abaixo, considerados básicos:

• Desenvolva a visão de curto, de médio e de longo prazo - O líder precisa ter uma visão de futuro atraente e realista, com parâmetros bem

definidos para a questão dos números. Assim, ele poderá inspirar e mobilizar a equipe por meio do compartilhamento de suas expectativas

e as formas de alcançá-las

• Oriente-se para resultados em equipe - Além de ter uma visão futura bem definida, é necessário criar estratégias que envolvam as pessoas

para o alcance de resultados extraordinários. Muitos profissionais em cargo de liderança falham com a equipe por dedicarem a sua atenção

apenas com metodologias e números, esquecendo, assim, do desenvolvimento de competências

• Tenha bom senso de realidade - O líder tem que perceber que a equipe, os desafios, a empresa, os clientes e o mercado nunca são e nem

serão como ele gostaria que fosse. Portanto, encarar a realidade e fazer não só o que gosta, mas o que é preciso ser feito para o sucesso

dos negócios e da equipe é uma característica fundamental para um líder extraordinário e orientado para bons resultados, que permitam

crescimentos na área profissional e pessoal

• Mantenha-se flexível - A flexibilidade ajuda um líder a fazer o que for preciso para alcançar os resultados esperados. Caso seja preciso

mudar de rumo, treinar a equipe de uma forma diferenciada, ou até mesmo, colocar a mão na massa para solucionar um problema, ele

terá que fazer. Estar preparado para modificar o caminho até o destino final é essencial

• Reconheça a equipe - O verdadeiro segredo de uma equipe de sucesso é a forma e a freqüência com que um líder fornece feedbacks

positivos. Uma dica para fortalecer o comprometimento da equipe está em agendar reuniões quinzenais para parabenizar a equipe e

comemorar os resultados mais importantes do período

• Conheça a si mesmo - Muitos líderes frustram-se por não conhecerem o perfil das pessoas que formam sua equipe, mas antes é preciso

buscar o auto-conhecimento. Aconselho a todo líder passar por programas de coaching, terapias, treinamentos, entre outros. Quando um

líder conhece seu ponto fraco ele pode transformá-lo em ponto forte ou até mesmo contratar um braço direito para suprir sua necessidade,

o grande desafio é que muitos não se permitem enxergar esses pontos a serem trabalhados.

Carlos Cruz atua como Coach Executivo e de Equipes, Conferencista em Desenvolvimento Humano e Diretor da Up Treinamentos & Consultoria.

Site: www.carloscruz.com.br