emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

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1 SENAI-MT- Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Curso: Auxiliar de Pessoal. Emissão de Documentos e Encargos Organização de Arquivo

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Page 1: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

1

SENAI-MT- Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Curso: Auxiliar de Pessoal.

Emissão de Documentos e

Encargos

Organização de Arquivo

Page 2: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

2

Nome: Cristiane Rosa

Monica Ribeiro

Natasha Cristina

Page 3: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

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Índice

1.0 Emissão de Documentos e Encargos--------------------------------------------- 04

1.1 Ata ---------------------------------------------------------------------------------- 04

1.2 Edital ------------------------------------------------------------------------------- 05

1.3 Declaração ----------------------------------------------------------------------- 06

1.4 Atestado -------------------------------------------------------------------------- 08

1.5 Procuração ---------------------------------------------------------------------- 08

1.6 Comunicado ou Aviso -------------------------------------------------------- 09

1.7 Convocação ---------------------------------------------------------------------- 10

1.8 Recibo ----------------------------------------------------------------------------- 10

1.9 Ofício ------------------------------------------------------------------------------ 11

1.10 Carta ----------------------------------------------------------------------------- 13

1.11 E-mail --------------------------------------------------------------------------- 16

1.12 Requerimento ----------------------------------------------------------------- 17

2.0 Organização de Arquivos ------------------------------------------------------------ 19

2.1 Finalidade ------------------------------------------------------------------------ 19

2.2 Função ---------------------------------------------------------------------------- 20

2.3 Classificação dos Arquivos--------------------------------------------------- 20

2.3.1 Quanto á Entidade que o mantém ------------------------------- 20

2.3.2 Quanto á Natureza dos documentos que quarda ------------ 20

2.3.3 Quanto á Extensão de sua Localização ------------------------ 21

2.3.4 Quanto ao Estágio de Evolução de seus documentos ----- 21

2.4 Método de Arquivamento ---------------------------------------------------- 22

2.4.1 Método Alfabético --------------------------------------------------- 22

2.4.2 Método Numérico --------------------------------------------------- 23

2.4.3 Método Alfa-Numérico --------------------------------------------- 23

2.4.4 Método Cronológico ------------------------------------------------ 24

2.4.5 Método Geográfico ------------------------------------------------- 25

2.4.6 Método Ideológico (CDU)------------------------------------------ 25

2.4.7 Método Decimal ----------------------------------------------------- 28

2.4.8 Método Decimal Universal --------------------------------------- 28

2.4.9 Método Automático ------------------------------------------------ 29

Page 4: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

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1.0 - Emissão de Documentos e Encargos.

Os documentos administrativo podem ser : Ata, Edital, Declaração, Atestado, Procuração,

Comunicado ou Aviso, Convocação, Recibos, Ofício, Carta, E-mail, Requerimento.

1.1 Ata.

São formas de registro, em que se relata o ocorrido numa sessão, convenção, congresso,

reunião, assembléias. Documentos, geralmente, de caráter confidencial e de circulação

restrita.

O cuidado de quem lavra ou redige uma ata é não deixar espaço onde se possa, mais

tarde, alterar o texto original. Caso haja erro, o redator deve escrever "digo" e fazer, logo

em seguida, a devida correção.

Se o erro for percebido no final, o redator deve escrever "Em tempo: onde se lê...... leia-se

......", na ata não se usa abreviaturas e os números devem ser escritos por extenso.

Após a leitura e a aprovação do texto final, todas as pessoas que participaram a reunião

devem assinar o documento.

Exemplo: CONSELHO DE REUNIÕES DO CONDOMÍNIO MORADA DO SOL

Ata da 21ª- Reunião Ordinária

Aos oito dias do mês de maio do ano de dois mil e doze, no terceiro andar do bloco “A” da

Avenida dos Estudantes, 125, no Condomínio Morada do Sol, localizada na cidade de

Rondonópolis-MT. Sob a presidência do Sr. José Carlos Andrade, reuniu-se o Conselho de

Reuniões do Condomínio Morada do Sol. Estiveram presentes os Conselheiros André da Silva,

Claúdia Gomes e Miguel Arruda e os moradores Júlio Carneiro, Marcos Araújo e Gisele Carvalho.

Aberta a sessão, foi lida e, em votação, aprovada a ata da reunião anterior..................................

Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a sessão. E, para constar, eu, Maria Coutinho,

secretária do Conselho, lavrei a presente ata, que, após lida e aprovada, segue devidamente

assinada por mim e pelos demais participantes. Condomínio Morada do Sol, 08 de maio de 2012.

assinaturas:

Maria Coutinho

Secretaria do Conselho

José Carlos Andrade,

Presidente.

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1.2 Edital

É uma forma de comunicação oficial que contém um aviso, uma informação ou uma

convocação e que se publica pela imprensa e/ou se afixa em local público.

Como a área de atuação da administração pública é muito ampla, há inúmeros tipos de

editais, dependendo da comunicação que se pretenda fazer. Abaixo estão alguns

exemplos mais comuns de editais e suas finalidades.

EDITAL DE CONCORRÊNCIA: contratação de serviços a serem prestados ao órgão

público (construção de escolas, estradas, fornecimento de equipamentos, etc.);

EDITAL DE CONCURSO: contratação de funcionários (professores, técnicos, serventes,

etc.);

EDITAL DE CONVOCAÇÃO: convocação de pessoas ou empresas para uma determinada

finalidade (ex: nova etapa de um concurso, concorrência, etc.);

LEILÃO: venda de produtos, equipamentos, prédios, veículos, etc.

Na administração privada, o edital é empregado, por exemplo pelas sociedade anônimas

na convocação de seus acionistas para a realização de suas assembléias (gerais,

ordinárias, extraordinárias).

Exemplo:

UNIVERSIDADE ANHANGUERA

Departamento de material

Rua XV de Agosto, 100

EDITAL Nº- 1/20 – DM

Registro e Revalidação de Firmas Fornecedoras

Em cumprimento ao artigo 111 do Decreto-Lei nº 211, de 08 de maio de 2012, faço público

que a Universidade Anhanguera está promovendo o registro de novas firmas fornecedoras, bem

como a revalidação das já cadastradas, cujos interessados deverão requerer, apresentando os

seguintes:

1 . Comprovação de personalidade jurídica através de :

– Declaração de firma, com cédula de identidade, para firmas individuais;

2 . As entidades estrangeiras deverão anexar a competente autorização do Governo

Federal para funcionamento do País.

3 . Prova do cumprimento, por parte dos responsáveis pela empresa, do disposto na

legislação eleitoral, na do serviço militar e na relativa a estrangeiros.

4 . Inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes.

Os requerentes que apresentarem registro de Ministério da Fazenda ficam isentos da

apresentação dos documentos nele arrolados.

Serão expedidos Certificados de Registro de Fornecedor aos processos deferidos.

Rondonópolis-MT, 08 de maio de 2012.

João Gomes,

Diretor do Departamento de Material.

Page 6: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

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1.3 Declaração.

É prova escrita, documento, depoimento, explicação. Nele se manifesta a opinião,

conceito, resolução ou observação.

É um instrumento de comunicação, usado quando se quer afirmar a veracidade de um fato,

pode ser feita de dois modos: verbal e escrita.

A declaração também é definida como um depoimento.

Exemplo pessoa jurídica:

Timbre da Empresa (cabeçalho)

CNPJ xxxx.xxxx.xxxx/0001-xx

Declaração

(7 a 8 espaços)

Declaramos, para os devidos fins, que José da Silva foi empregado desta Empresa durante oito anos. Por

motivos alheios a nossa vontade, o mesmo foi dispensado de suas funções, mas nada há que venha em

desabono de sua idoneidade moral.

(3 espaços)

Rondonópolis, 16 de Janeiro de 2xxx.

(3 espaços)

Manoel Pires

Departamento Pessoal

rodapé

Exemplo de pessoa física:

título (DECLARAÇÃO...) em letra maiúscula;

dados do declarante (nome, RG, CIC, residência, naturalidade);

ato da declaração em si (fato que se quer ter como declarado);

data (local, dia, meses e ano);

Assinatura (nome do declarante).

DECLARAÇÃO

Declaro para os devidos fins, que fui vitima de furto em ---/----/---, ocorrência registrada no xx DP.

BO, nº xxxxx, no mesmo dia, levaram os seguintes documentos pessoais: RG, CPF, CNH, também,

os cartões de créditos; América Express, Visa, Cartão 24 horas, talão de cheques do Banco xxxx e

Agência xxx.

A partir desta data não me responsailizo por cheques emitidos, bem como pelo mau uso dos

documentos.

Rondonópolis, xx de xxxxx de 2xxx.

Page 7: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

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Declaração de Dependência:

Eu, (...................), (Nacionalidade), (Estado Civil), (Profissão), Carteira de Identidade nº

(.................), C.P.F. nº (....................), Carteira de Trabalho nº (..........), série nº (.....), residente e

domiciliado na Rua (............................), nº (....), bairro (.........), Cep (...............), Cidade (...............),

no Estado (....), empregado da Empresa (...............), com sede em (............), na Rua

(.........................), nº (....), bairro (..........), Cep (...............), no Estado (...), inscrita no C.N.P.J. sob o

nº (.........), e no Cadastro Estadual sob o nº (......), declaro, para fins de retenção do Imposto de

Renda na Fonte, nos termos do artigo 642 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto

3.000/1999), que mantenho sob minha exclusiva dependência (NOME DO DEPENDENTE),

(VÍNCULO DE DEPENDÊNCIA), portador do CPF nº (................) e do RG nº (..................), nascido

em (.../.../....), residente e domiciliado na Rua (.................................), nº (...), bairro (...........), Cep

(.................), Cidade (...............), no Estado (....).

Estando ciente da obrigação, a mim atribuída, de informar ao Empregador qualquer

alteração ou baixa do vínculo acima referido, no prazo máximo de (....) horas de sua ocorrência.

Por ser verdade, assino a presente.

(Local, data e ano)

(Nome e assinatura do empregado)

Page 8: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

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1.4 Atestado

É uma declaração, um documento firmado por uma autoridade em favor de alguém, que

certifica, afirma, assegura, demonstra alguma coisa que interessa a outrem.

A declaração e o atestado são semelhantes.

Atestado é uma declaração, um documento firmado por uma autoridade em favor de

alguém ou algum fato de que tenha conhecimento.

Exemplo de Atestado:

ATESTADO

Atesto, para os devidos fins, que conheço o Sr....,brasileiro, solteiro, nascido em,

....de...de......, na cidade de Avaré, filho de........e........., portador da Carteira de Identidade

n°........., residente e domiciliado nesta cidade, na rua............, n°...., nada sabendo em

desabono à sua conduta, até a presente data.

Rondonópolis, 08 de maio de 2012

José Carlos Pimenta

Firmas reconhecidas em cartório.

1.5 Procuração

É o documento pelo qual uma pessoa ou empresa delega poderes e direitos a outra, para

que esta possa decidir e agir em nome da primeira. As duas pessoas envolvidas na

procuração têm designações específicas:

Mandante, constituinte ou outorgante – quem passa a procuração;

Mandatário, procurador ou outorgado – quem recebe a procuração.

A procuração deve ser redigida em papel de formato ofício. Quando redigida em

computador, emprega-se obviamente, a folha padronizada do formulário. Há dois tipos de

procuração: a pública (é lavrada, isto é, feita) em cartório por tabelião. Nesse caso, depois

de redigida em livro próprio do cartório e assinada pelo outorgante, o tabelião faz o que se

chama de traslado, isto é, uma cópia, que é entregue ao outorgado. A procuração do tipo

particular é passada diretamente do outorgante para o outorgado. Nesse tipo, há apenas a

necessidade de se reconhecer, em cartório, a firma (assinatura) do outorgante e, se for o

caso, das testemunhas.

Page 9: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

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Exemplo de Procuração:

Nome___________________________________________________,

Nacionalidade_____________, Estado Civil__________, Idade_____,

Endereço_________________________ RG_____________________, CNPJ ou

CPF________________________________ pelo presente instrumento

particular de procuração e na melhor forma de direito, nomeia e constitui

seu bastante procurador o Sr.(a) ________________________________;

Nacionalidade__________, Estado Civil, _____________ Idade ______,

Endereço _____________________________, RG _________________,

CNPJ _____________________, a quem confere amplos e gerais poderes

Para praticar atos e assinar os documentos necessários ao fiel e cabal

Desempenho do presente mandato.

...................................., .............. de .............................. de ...............

Ass. ........................................

1.6 Comunicado ou Aviso

É apenas um comunicado de uma pessoa para outra. Burocraticamente, é um ofício de um

ministro a outro. É empregado no comércio, na indústria, no serviço público e na rede

bancária. Serve para ordenar, prevenir, noticiar, convidar. Significa economia de tempo e,

se redigido em linguagem clara, favorece a eficácia da comunicação.

Exemplo de Comunicado ou Aviso:

Aviso nº- 20/ETE – SP

Avaré, 08 de maio de 2008.

Senhor Ministro,

Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do “Primeiro Encontro Regional

sobre o Uso Eficiente da Água no Setor Público”, a ser realizado em 10 de maio próximo, às 9 horas, no

auditório da Escola Técnica de Avaré - ETEc, localizada à rua: Álvaro Lemos Torres, 651 – Bairro Brabância.

O Seminário mencionado inclui-se na atividade do “Programa Nacional das Comissões

Internas de Saneamento”, instituído pelo Decreto nº- 111.254, de 20 de Agosto de 1995.

Atenciosamente

Nome

Cargo do signatário

Page 10: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

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1.7 Convocação

É um convite no âmbito administrativo. Não é um convite é uma ordem, no qual a pessoa

que recebe a convocação é obrigada a ir.

Exemplo de convocação:

CONVOCAÇÃO

Convocamos os senhores acionistas a participarem da ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

que será realizada na Av. Beira Mar nº 222. 1º andar, nesta cidade, a fim de deliberarem sobre os

seguintes assuntos:

1) alteração da razão social;

2) reestruturação da diretoria administrativa.

Rondonópolis, 17 de junho de 2012

Gustavo Moura

Presidente do Conselho de Administração

1.8 Recibos

Sempre que ocorre uma transação comercial, faz -se necessário o recibo.

É um comprovante escrito em que o emissor declara ter recebido de alguém o que se

especifica no texto desse documento. É usado nas relações comerciais rotineiras para

declarar os mais variados tipos de recebimento: dinheiro, mercadorias, documentos, etc.

No caso de empresa, é comum a adoção de um impresso personalizado (com logotipo e

timbre), onde constam as possibilidades mais comuns de recebimentos. No

preenchimento, o funcionário apenas indica o nome e a identificação do pagador, o valor,

põe a data e assina.

Exemplo de Recibo:

Recebi do sr.........................brasileiro, residente e domiciliado nesta capital, na rua........., n°......, a quantia de

R$........................., (valor por extenso), referente à venda que lhe fiz de um............, de minha propriedade,

dando-lhe por este recibo a devida quitação, tendo como testemunhas os

senhores............................e............................

Manaus, .....de.......de 2004

.............................................................

Testemunhas: ...........................................................

Page 11: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

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1.9 Ofício

É um tipo de documento de correspondência muito utilizada nos órgãos públicos,

originalmente é uma correspondência oficial, podendo ser usado também por empresas,

clubes e associações, e, ainda atualmente, como correspondência protocolar entre as

entidades públicas ou particulares.

Consta no manual de Redação da Presidência da República que a linguagem utilizada

deve ser formal sem ser rebuscada, devemos segui a padronização conforme disposições

federal.

Modelo de Ofício:

Modelo1

Ofício nº ___/___

Senhor (nome do destinatário)

(cargo)

(empresa ou órgão)

Eu, (nome), brasileiro, (estado civil), (profissão), inscrito no CPF sob o nº (informar), residente e

domiciliado à (informar endereço), sirvo-me do presente para solicitar a Vossa Excelência

(descreva sua solicitação) com a finalidade de (descrever o fim a que se deve o pedido).

Limitado ao exposto, fique com meus votos de estima e consideração.

(localidade), (dia) de (mês) de (ano)

(assinatura)

(seu nome)

———

Modelo 2

Ofício nº (número)/(ano)

À Secretaria de Trânsito

Município de Serrariano – SR

Rodrigo Carlos Machado, brasileiro, solteiro, lenhador, inscrito no CPF sob o nº (informar),

residente e domiciliado à Rua dos Bosques, nº 181 – Jardim do Bosque, nesta cidade, vem

respeitosamente à presença de Vossa Senhoria solicitar a colocação de um quebra molas em meu

bairro, em frente ao Colégio Municipal, tendo em vista que o trânsito de veículos flui em velocidade

elevada no local, colocando em risco a integridade física dos pedestres, especialmente das

crianças que frequentam aquele estabelecimento de ensino.

Page 12: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

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Certo de que a solicitação será atendida, fique com meus votos de estima e consideração.

(local), (dia) de (mês) de (ano)

(assinatura)

(nome)

———

Observações:

Quando o ofício tiver mais de uma pagina, o fecho e a assinatura se darão na pagina

seguinte, mas o destinatário e endereçamento ficam sempre na primeira pagina.

O estilo utilizado e dentrado;

Quanto ao endereçamento no envelope, se os oficios forem dirigidos às autoridades

tratados por vossa excelência, terá a seguinte forma:

Excelentíssimo Senhor

Fulano de tal

Presidente de Ordem dos Advogados do Brasil.

Rua da Constituição, nº 100.

Quando se empregar Vossa Senhora no corpo do ofício, o endereçamento apresentará

desta forma:

Senhor:

Fulano de tal

Secretário Municipal de Saúde

Rua da Paz, nº30

04140-000 São Paulo/SP

Os fechos foram simplificados, conforme Portaria nº4, de 6 de março de 1992, da

Secretária da Administração Federal, ha apenas dois tipos:

Respeitosamente:

Para o Presidente da República e todas as autoridades do primeiro escalão inclusive doa

estados.

Atenciosamente:

Para as demais autoridades, sendo da mesma hierarquia ou hierarquia inferior.

Page 13: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

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1.10 Carta

A carta de carater empresarial exige um esforço de adaptação ao destinatário.

Quando for endereçada de um superior a um subordinado, ou vice-versa, ou de uma

sociedade comercial a um cliente etc, certamente tem como finalidade fornecer pressão ou

causar boa impressão.

Devemos atentar aos seguintes aspectos:

- a clareza da expressão, bem como certas formas de apresentação e polidez definidos a

partir da respectiva posição hierárquica, entre remetente e destinatário.

Quanto a estética sofremos influência dos modelos americanos, os quais foram sendo

adaptados e hoje copiados pela maioria das empresas é o chamado estilo em bloco,

anteriormente, o mais usado era o estilo dentado por causa das aberturas dos parágrafos,

vejam os exemplos:

Dentado

Em Bloco

em Bloco

E

Podemos optar por qualquer um dos estilos, dependerá da padronização adotada, em

cada empresa, quanto á comunicação escrita.

Qualquer comunicação escrita ou impressa devidamente acondicionada e endereçada a

uma ou várias pessoas é uma carta.

Utilize os seguintes componentes:

data: cidade, dia, mês e ano;

texto: desenvolvimento do assunto;

fecho de cortesia: Atenciosamente ou Cordialmente;

assinatura: nome e cargo.

P.S: É a abreviatura de Post Scriptum, expressão latina que quer dizer “escrito

posteriormente”. Às vezes é colocado no rodapé da carta, após a assinatura, para

mencionar um detalhe ou aspecto que não tenha sido mencionado pelo redator na

carta. De um lado pode denotar desatenção; de outro, é um grande economizador

de tempo, já que permite reparar um esquecimento sem ter de se escrever uma

nova carta. Pode e deve ser usado, mas sempre que possível é melhor que

lembremos de coisas importantes antes de fechar a carta.

Xxxxxxx

Xxxxxxx

Xxxxxxxx

xxxxxx

Xxxxxxxxx Xxxxxxxxx

Xxxx Xxxxxxxxxx Xxxxxx

Xxxxxxx

Page 14: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

14

Deve obedecer a especificações, tais como:

estética cuidadosamente digitada, sem erros ou rasuras;

deixar dois espaços duplos abaixo dos dizeres impressos (timbre);

vocativo: seguido do assunto a ser trabalhado.

Exemplo1 de Carta :

De: EMPREGADOR

Para: EMPREGADO

NESTA

REF: ABANDONO DE EMPREGO

Prezado Senhor EMPREGADO:

O Sr. EMPREGADO, trabalhando nesta empresa desde (..........), vem

continuamente se ausentando de seus serviços, causando problemas e transtornos, vez

que sua função é de alta responsabilidade, não havendo outro funcionário que o possa

substituir.

Em razão disso, venho por meio desta solicitar o retorno imediato do Sr.

EMPREGADO ao trabalho, sob o risco de se caracterizar o abandono de emprego,

motivando a rescisão do contrato de trabalho por justa causa1.

Sem mais

Assino a presente

(Local data e ano).

(Nome e assinatura do Empregador)

Ciente em (data)

(Nome, Nº da CTPS e assinatura do Empregado)

Page 15: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

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Exemplo 2 de Carta:

ABCW Corretora de Seguros Gerais LTDA (papel Timbrado)

(3 espaços)

010/x (nº de expedição pode parecer isolado, ou com abrev. da espécie do documento ou

seta).

São Paulo, 6 de Janeiro de 2xxx (na data o dia é sem zero, alinhado a esquerda ou a direita,

conforme a opção estética. O nome do mês em minúscula, inclusive a letra inicial. No ano

não ha ponto nem espaço depois do milhar e termina-se com ponto final).

(3 espaço)

À (destinatário uso de A, a, ao, ou para é facultativo)

Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais

Departamento de Fiança Locatária

AT: SR Celso Fagundes (AT: é a única abreviatura possível junto ao destinatário dentro da

carta). ( na carta moderna o endereço do destinatário e colocado no envelope, salvo os

casos em que o envelope é recortado).

(3 espaço)

Prezado Senhor (o vocativo é um termo sintático que serve para nomear um interlocutor a

quem se dirige a palavra e deve concordar em gênero e número com este. O uso da vírgula

depois do vocativo foi instituído conforme o manual de Redação da Presidência da

República embora o uso dos dois pontos está correto de acordo com a gramática).

Assunto: PAC 22/2164 (é facultativo, mas quando houver necessidade o certo é indicar com

a palavra "assunto" seguida de dois pontos).

(2 espaço)

Fomos informados que o comprometimento de renda apurados considerando os

documentos enviados está fora dos padrões de aceitação do produto porto aluguel.

Solicitamos nova analise do pedido, para tanto, anexarmos, outros extratos bancários para

composição de renda.

obs.: As indicações, no exemplo, dos espaços entre as partes da carta são meramente

ilustrativas, de acordo com a quantidade de texto estes espaçamentos podem aumentar ou

diminuir, vale lembrar que a carta não pode ser um aglomerado de texto e informações, o

visual deve ser limpo.

Page 16: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

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1.11 E-mail

Com o advento da Internet a comunicação por e-mail tornou-se essencial nas relações

comerciais (interna e externa).

Veja como redigir um e-mail

Regras de Ouro:

Na hora de responder, seja ágil. Redija textos curtos, de fácil e rápido assimilação.

Quando a quantidade de informações for muito grande, prefira transformá-las em arquivos

anexados, Os textos de corpo de mensagem devem ser sempre curtos.

Letras maiúsculas ou em negrito são como um "grito" eletrônico. Evite-as.

Nos e-mails de negócio, evite usar abreviaturas e ícones de emoção.

Cuidado com as respostas.

Se alguém quer saber sua opinião sobre determinado assunto, evite as respostas

pomposas e longas. Evite também as curtas demais.

Leia sempre o que escreveu.

Não há nada mais desagradável do que receber um texto repleto de erros de ortografia ou

concordância, escrito de maneira rápida.

Não use linhas compridas.

O padrão dos textos para Internet é de cem caracteres por linha.

Desta forma, o destinatário consegue ler texto na tela cheia, sem ter de usar a barra de

comandos para encontrar o final da frase.

Nos e-mails devemos usar de diplomacia. Por isso, manter sempre uma atitude positiva,

tentar incluir na resposta trechos do e-mail do cliente, o que fará sentir-se respeitado.

Em vez de "Em resposta a seu pedido, informamos que.... ", escrever: "Em resposta a sua

solicitação das cotações, informamos que....".

Além disso, foco no receptor, clareza, concisão vocabular e expressividade são outros

ingredientes fundamentais para uma boa comunicação eletrônica.

Exemplo:

De: [email protected]

Para: [email protected]

Cc: (bom cópia) [email protected]

Enviada em: terça-feira, 3 de junho de 2xxx 21:04

Assunto: Orçamento Seguro Automóvel

Anexar: orçamento-strada adventure.doc

Senhora Mariana:

Page 17: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

17

Recebemos seu e-mail de 02/06/2008 solicitando as cotações para o veiculo Fiat

Strada Adventure 1.6 Flex-Power. 2008/2008.

Portanto, anexamos, para conhecimento e análise, arquivo contendo os quatro

melhores orçamentos.

Aguardo retorno e qualquer duvidas consulte-nos.

Atenciosamente.

Rosangela Silva

Atendimento Auto

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Checkeb by AVG Free Edition

Version 7.5.516/Vírus Database:269.21.3/1308 - Realese date 3/3/aaa.

Use o tom correto:

A instantaneidade do e-mail dispensa alguns formalismos da carta, mas cuidado com os

exageros na informalidade, principalmente, quando o e-mail é utilizado como memorando

ou para substituir contatos telefônicos internos.

Nos casos em que o e-mail substitui o envio de informações através da carta externa

tradicional, por ser um meio mais moderno e rápido de comunicação, a redação mantém a

formalidade exigida pela situação e a estética segue a padronização da empresa.

1.12 Requerimento

É um meio de comunicação escrita usado para fazer um pedido a uma autoridade pública.

Será sempre redigido na terceira pessoa.

É a sua estrutura:

a. invocação - pronome de tratamento adequado e titulo da pessoa a quem se dirige;

b. preâmbulo - identificação de requerente (nome, numero do documento de identidade,

nacionalidade, estado civil, endereço, profissão);

c. texto - exposição do que o requerente solicita, e justificativa;

d. fecho - onde aparecer formulas como: Neste termos pede deferimento.

Termos que pedem deferimento.

e. data e assinatura do requerente.

Page 18: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

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Exemplo:

Sr. Diretor da Administração da Rede de Vendas da Caixa Econômica Federal

(7 espaços destinado ao despacho da autoridade)

Luiz de Oliveira, brasileiro, casado, engenheiro, CREA nº 001.004-SP vem, solicitar a V.sa.

inscrição no convênio de prestação de serviço "Conectividade e Certificação Eletrônica" para a

empresa BIG Embalagens, CNPJ 01.002.002/0001-03, juntando para este fim o contrato de

convênio, devidamente assinado e reconhecido firma.

(3 espaços)

Nestes termos, pede deferimento.

São Paulo, 16 de Janeiro de 20xx.

(2 espaços)

Luis de Oliveira.

Page 19: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

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2.0 Organização de Arquivos

Conjunto de documentos manuscritos, gráficos, fotográficos, etc., recebidos ou produzidos

oficialmente por uma entidade ou por seus funcionários, e destinados a permanecer sob a

custódia dessa entidade ou de seus funcionários.

Lugar onde se recolhem e guardam esses documentos.

Conjunto organizado de recortes de jornal, de revistas, correspondência particular,

anotações pessoais, etc., para consulta

Móvel, geralmente de metal e com gavetas, para guardar documentos. Conjunto de dados

ou de instruções, armazenado em meio digital e identificado por nome.

Em arquivologia, arquivo é um conjunto de documentos criados ou recebidos por uma

organização, firma ou indivíduo, que os mantém ordenadamente como fonte de informação

para a execução de suas atividades. Os documentos preservados pelo arquivo podem ser

de vários tipos e em vários suportes. As entidades mantenedoras de arquivos podem ser

públicas (Federal, Estadual Distrital, Municipal), institucionais, comerciais e pessoais.

No Brasil, a política de arquivos públicos e privados é gerenciada pelo Conselho Nacional

de Arquivos (Conarq), órgão ligado ao Arquivo Nacional.

Do latim archívum, lugar onde se guardam os documentos.

*Lugar onde se guardam documentos

*Conjunto de documentos escritos, fotográficos, microfilmes, etc.

*Conjunto de dados organizados, segundo a sua natureza e o seu uso,

em suporte magnético.

2.1 Finalidade

Os arquivos possuem duas finalidades: a primeira é servir à administração que o produziu;

a segunda é servir de base para o conhecimento da história da entidade que os gerou.

Eles são utilizados, num primeiro instante, para o cumprimento das atividades

administrativas da instituição que o produziu, e constituem, com o decorrer do tempo, em

meios de se conhecer o seu passado e a sua evolução. A função principal dos arquivos é

possibilitar o acesso às informações que estão sob sua responsabilidade de guarda, de

maneira rápida e precisa.

Servir a administração: Fornecem informações e documentos necessários ao

desenvolvimento das atividades, facilitam o acesso aos documentos, preservam a

documentação da empresa, possibilitam o controle da produção de documentos e colocam

à disposição dos usuários documentos que fornecem informações de caráter probatório ou

simplesmente informativo.

Page 20: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

20

Servir à História: Fornecem informações e/ou documentos para reconstituir ou escrever a

história política, social ou econômica de uma nação. Também servem de memória de uma

empresa e constituem uma importante fonte de pesquisa.

2.2 Função

Recolher e ordenar todos os documentos que circulam na empresa;

Avaliar e selecionar os documentos, tendo em vista sua preservação ou eliminação;

Garantir o fluxo dos pedidos de documentos provenientes dos diversos órgãos da

empresa;

Arquivar os documentos, visando a recuperação da informação;

Conservar e assegurar a integridade dos documentos, evitando danos que possam

ocasionar a sua perda;

Executar as funções específicas conforme a organização e administração da

instituição.

2.3 Classificação dos Arquivos

Os arquivos podem ser classificados conforme os seguintes aspectos:

2.3.1 QUANTO À ENTIDADE QUE O MANTÉM

De acordo com a entidade mantenedora, a bibliografia arquivística divide os arquivos em públicos ou privados.

Arquivos públicos: são aqueles mantidos pelos órgãos públicos

em todas as suas esferas (federal, estadual e municipal) em todos os

poderes (executivo, legislativo e judiciário). São ainda considerados arquivos públicos aqueles mantidos por entidades privadas encarregadas

da gestão de serviços públicos. Arquivos privados: são aqueles mantidos por entidades privadas

(pessoas físicas ou jurídicas).

2.3.2 QUANTO À NATUREZA DOS DOCUMENTOS QUE GUARDA

Considerando as características dos documentos mantidos em

um arquivo, podemos classificá-los em especiais ou especializados. São arquivos especiais: aqueles que mantém sob sua guarda

documentos de formas físicas diferenciadas e que, por isso, requerem medidas especiais quanto ao seu armazenamento, guarda e conservação.

Em resumo, são aqueles arquivos que guardam documentos que, se não

Page 21: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

21

forem conservados de maneira especial, terão sua conservação seriamente comprometidas em virtude de suas características físicas.

São exemplos de arquivos especiais:

- arquivo de fotografias; - arquivo de CD´s; - arquivo de disquetes;

- arquivo de microfilmes; e - arquivo de fitas de vídeo

São arquivos especializados: arquivos que mantém sob sua guarda

documentos de áreas específicas do conhecimento, ou seja, aqueles que não

misturam assuntos diversos em seu acervo.

São exemplos de arquivos especializados: - arquivos de engenharia; - arquivos médicos;

- arquivos de imprensa; - arquivos de arquitetura.

2.3.3 QUANTO À EXTENSÃO DE SUA LOCALIZAÇÃO

Esta classificação é utilizada para diferenciar os arquivos com relação ao local em que são instalados. Em geral, o arquivo pode ser

instalado nos próprios setores que utilizam os documentos no dia-a-dia, quando são chamados de arquivos setoriais ou, quando conveniente para a instituição, pode ser instalado em um único local, recebendo os

documentos provenientes dos diversos setores da instituição, quando é chamado de arquivo central/geral, por funcionar de forma centralizada.

Nos dois casos (setorial ou central), deverá existir uma unidade de controle/coordenação centralizada, de forma que as atividades de

arquivo (normas, procedimentos e operações) sejam realizadas de maneira padronizada.

2.3.4 QUANTO AO ESTÁGIO DE EVOLUÇÃO DE SEUS DOCUMENTOS Quanto ao estágio de evolução dos documentos (ciclo de vida) os arquivos se classificam em: correntes (arquivos de primeira idade), intermediários (arquivos de segunda idade) e permanentes (arquivos de

terceira idade). Em geral, os documentos mais novos e mais utilizados serão

conservados nos arquivos correntes, os documentos menos utilizados e que ainda não prescreveram serão armazenados nos arquivos

intermediários e aqueles que, já tendo cumprido sua função administrativa, mas que devam ser conservados para preservar a memória (história) da instituição, serão armazenados no arquivo permanente.

Page 22: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

22

2.4 Método de Arquivamento

2.4.1 Método Alfabética

A classificação alfabética é o sistema de classificação mais conhecido, o mais utilizado e o

mais antigo de todos. Se à primeira vista nos dá a sensação de ser o mais simples de

aplicar, essa simplicidade é aparente. Quando a documentação a ser classificada é pouco

numerosa e se refere a pessoas físicas, são poucos os problemas que surgem. Contudo,

se o volume da documentação for elevado surge o problema dos homônimos.

Da mesma forma quando a documentação diz respeito a denominações de organismos ou

empresas, freqüentemente em forma de siglas, a sua classificação pode tornar-se

complexa e de difícil resolução.

No sistema de classificação alfabético, os grupos principais são ordenados pelas letras do

alfabeto e dentro de cada grupo os documentos a serem classificados organizam-se

segundo a ordem alfabética da palavra-chave, permitindo intercalar, continuadamente,

novos documentos no lugar correspondente. É por isso considerado um sistema aberto.

A coincidência do primeiro apelido numa série de documentos obriga a tomar como

recurso uma nova palavra-chave para servir de orientação na classificação de

documentos. Este procedimento pode não resolver o problema e terá de se arranjar uma

terceira palavra-chave para a sua resolução e assim sucessivamente. Os critérios assim

aplicados para solucionar estes problemas são subjetivos e susceptíveis de serem

escolhidos segundo o capricho do técnico que classifica no momento, e pode originar

aplicações diferentes para um mesmo organismo.

Este problema só pode ser ultrapassado com a elaboração e aplicação de normas que

regulam as classificações, como já acontece em alguns países, por exemplo na França.

Independentemente das normas a serem aplicadas, há um determinado número de regras

que se utilizam genericamente e que permitem, à partida, encontrar a palavra-chave do

documento a ser classificado para, posteriormente, ser ordenado por ordem alfabética.

Antes de proceder a explanação destas regras, convém referir, que qualquer denominação

é susceptível de decomposição em várias palavras-chaves. Por exemplo, o nome

Francisco Manuel Costa pode descompor-se em três palavras-chave: a primeira,

Francisco; a segunda, Manuel; e a terceira, Costa. Isto quer dizer, que qualquer uma das

partes do nome de uma pessoa ou organização é susceptível de ser escolhida como

palavra-chave e pode ser ordenado alfabeticamente.

É muito importante a existência de regras, normas e procedimentos a serem adotados para

que os critérios a aplicar nas organizações sejam uniformes. As regras que se encontram

Page 23: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

23

nesta hiperligação são básicas e podem ser adaptadas a qualquer organização ou serviço

de forma a proporcionar critérios uniformes.

2.4.2 Método Numérica

A classificação numérica utiliza a seqüência natural dos números inteiros para ordenar os

elementos de um conjunto de documentos. Este sistema de classificação é utilizado em

conjunto com outros sistemas, normalmente, com o sistema alfabético, para que se

possam arquivar ou recuperar os documentos. Está combinação pode ser traduzida em

ficheiros remissivos, ordenados alfabeticamente, ou mediante a utilização de meios

informáticos que permitirão a localização os documentos para posterior utilização.

Este sistema tem como vantagens principais: o fato de permitir a classificação de um modo

indefinido e sem interrupções; possibilita a detecção imediata da falta de um processo ou

documento pela ausência do número seqüencial correspondente, já que se torna mais fácil

ler números do que letras e permite uma arrumação dos documentos ou processos de

forma rápida e expedita.

O principal inconveniente é o fato de se tornar muito difícil a localização de um documento

ou processo quando se lança erradamente um número.

2.4.3 Método Alfa-numérica

A classificação alfa-numérica resulta da combinação dos sistemas de classificação

alfabética e numérica. Baseia-se, na atribuição de um número ou conjuntos de números a

uma determinada classe alfabética para posterior arquivamento e localização.

Este sistema misto permite diminuir substancialmente o risco de erro no arquivamento dos

documentos e processos, já que estes são localizados pelo número atribuído a classe,

procurando-se a seguir, na seqüência alfabética. A probabilidade de erro fica assim

restringida ao espaço compreendido pela classe.

Exemplo:

O nº 1 corresponde à classe compreendida entre: Aa – Al

O nº 2 corresponde à classe compreendida entre: Am – Az

O nº 3 corresponde à classe compreendida entre: Ba – Bl

Page 24: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

24

O nº 4 corresponde à classe compreendida entre: Bm – Bz

O nº 5 corresponde à classe compreendida entre: Ca – Cl

O nº 6 corresponde à classe compreendida entre: Cm – Cz

E assim sucessivamente...

Se quiser-mos localizar um processo referente a Costa, José Gonçalves, temos de o

procurar no nº 6 (Cm - Cz) e dentro desta classe encontra-se arquivado por ordem

alfabética.

2.4.4 Método Cronológica

A classificação cronológica tem por base a possibilidade em agrupar determinado número

de documentos de acordo com as divisões naturais do tempo: anos, meses, semanas, dias

e horas. Este sistema, como se pode observar, é muito semelhante ao sistema numérico

simples e utiliza-se, muitas das vezes, em combinação com outros sistemas classificativos,

sobretudo, o alfabético.

A localização de um documento classificado cronologicamente requer um conhecimento

perfeito da data exata (ano, mês ou dia) sem a qual não será possível localizá-lo. Este tipo

de classificação não oferece especiais dificuldades quando se procede a incorporação de

novos documentos. Quando se pretende localizar e recuperar os documentos é necessário

elaborar fichas remissivas alfabéticas, por exemplo de assuntos, que possibilitam a

indicação da data do documento.

As conservatórias do Registro Civil, por exemplo, são serviços onde a ordenação e

pesquisa de documentos é elaborada mediante recurso às datas de nascimento,

casamento, morte e de outros assuntos. Este tipo de classificação é aplicado em arquivos

de documentos de origem contabilística: facturas, pagamentos de contribuições,

ordenados e outros assuntos relacionados com esta e em Arquivos Históricos e

Etnográficos, uma vez que proporciona a ligação do passado ao presente e nos

mostrando-nos a evolução das instituições ao longo da história.

Page 25: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

25

2.4.5 Método Geográfica

Este sistema utiliza um método idêntico ao cronológico com a diferença de que os

documentos são classificados e agrupados com base nas divisões

geográficas/administrativas do globo: países, regiões, províncias, distritos, conselhos,

cidades, vilas, aldeias, bairros, freguesias, ruas e outros critérios geográficos e de

localização.

Este sistema é combinado com outros sistemas classificativos, como por exemplo; o

alfabético, o numérico ou o decimal, com vista a um melhor acondicionamento e

localização dos documentos e a sua informação.

O sistema de classificação geográfica resulta do fato de haver necessidade de localizar

fatos ou pessoas num espaço geográfico determinado, como por exemplo; as coleções ou

séries filatélicas que normalmente são agrupadas por localidades, países, regiões e outros

critérios relacionados com estes. É muito utilizado em museus etnográficos e de arte

popular.

2.4.6 Método Ideológica

A classificação ideológica, também designada como ideográfica, metódica ou analítica

baseia-se, fundamentalmente, na divisão de assuntos, idéias, conceitos e outras divisões,

sendo os documentos referentes a um mesmo assunto ou objeto de conhecimento,

ordenados segundo um conceito chave ou idéia de agrupamento, colocando-se a seguir,

de forma alfabética.

Este sistema parte da análise de um assunto e divide-o em grupos e sub-grupos com

características cada vez mais particulares e restritas exigindo um certo controlo e disciplina

devido à grande variedade de palavras com significados análogo.

Para aplicar este sistema é necessário elaborar um instrumento de trabalho que sirva de

orientação para a classificação de assuntos nos arquivos e que se designa normalmente

por classificador ou listagem por assuntos. O classificador deve ser elaborado respeitando

um determinado número de regras, tais como, evitar as abstrações (por abrangerem

matérias demasiado vastas) e afastar a utilização de palavras com significados análogos,

colocando-se na lista uma remissiva para a palavra-chave que está a ser utilizada.

Para que o nosso trabalho fique completo deve-se submeter a listagem a uma cuidadosa

avaliação pelos utentes do arquivo, de forma a poder introduzir os melhoramentos

necessário que permitam a recuperação dos documentos arquivados Este instrumento

deve ser periodicamente revisto e atualizado, e deve refletir a estrutura interna do

organismo.

Page 26: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

26

As principais vantagens atribuídas a este sistema classificativo resultam do fato de se

poder ter uma visão global dos assuntos que são abordados na documentação, permitir o

agrupamento dos documentos de acordo com o seu conteúdo, ser extensível até ao infinito

e de ser altamente flexível.

A técnica que se costuma aplicar na divisão dos assuntos é a seguinte:

Divisão do assunto em capítulos

Divisão de cada capítulo em famílias

Divisão de cada família em grupos, representando assuntos especializados

Divisão eventual de cada grupo em sub-grupos, indicando uma divisão particular

2.4.7 Método Decimal

O sistema de classificação decimal pode ser considerado um critério classificativo

resultante da combinação da classificação numérica com a ideológica.

Este método classificativo foi idealizado pelo bibliotecário norte-americano Mevil Dewey

que a definia, na essência, como uma classificação de assuntos relacionados a um índice

relativo. Não só foi criada para a arrumação dos livros nas prateleiras mas também para

indicações nos catálogos, recortes notas, manuscritos e de um modo geral, todo material

literário de qualquer espécie. Foi aplicado pela primeira vez a partir de 1851, na biblioteca

de Amhrest College de Massachussets, nos Estado Unidos da América e com bons

resultados.

A classificação decimal consiste, essencialmente, na divisão dos assuntos ou matérias em

10 grupos de primeira ordem ou categoria (0 a 9) que por sua vez se podem subdividir em

grupos de segunda ordem e assim sucessivamente. Assim, por exemplo, ao grupo de

primeira categoria ou principal é atribuída a seguinte numeração:

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Sendo as divisões de segunda categoria e derivadas do grupo 5 as seguintes:

50 51 52 53 54 55 56 57 58 59

Ainda se pode subdividir o grupo de segunda categoria o nº 55 noutro de terceira

categoria:

550 551 552 553 554 555 556 557 558 559

Page 27: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

27

Com este sistema pretendia-se abranger a totalidade dos assuntos ou matérias que iriam

ser objeto de classificação, baseando-se no principio de que a formação dos números

decimais é ilimitada e entre dois números decimais, consecutivos da mesma ordem,

podem intercalar-se outros dez da ordem imediatamente inferior.

Exemplo:

51. Expediente e arquivo

510. Expediente e arquivo em geral

511. Arquivo

512. Selecção documental

513. Reprografia

514. Entrada e saída de correspondência

5140. Entrada de correspondência

5141. Saída de correspondência

515. Serviços auxiliares

5150. Serviços auxiliares em geral

5151. Transportes pelas cantinas

516. Telefone

517. Viaturas

Apesar deste sistema de classificação ter imensos simpatizantes devido à sua aparente

simplicidade acontece, porém, que enferma de alguns inconvenientes, entre os quais, a

rigidez que impõe na divisão dos vários ramos do conhecimento humano; é um sistema

relativamente moroso, quer na sua construção, quer na sua aplicação à organização

espacial do arquivo e posterior localização, exigindo pessoal especializado.

Page 28: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

28

2.4.8 Método Decimal Universal (CDU)

A classificação Decimal Universal (CDU) é um esquema de classificação uniformizado e

normalizado, amplamente usado nacional e internacionalmente, que visa cobrir e organizar

a totalidade do conhecimento humano.

Henri Lafontaine e Paul Otlet publicaram, em 1905, a primeira edição do que viria a ser a

Classificação Decimal Universal. Esta primeira edição do Manuel du Repertoire

Bibliografique Universal é um desenvolvimento do esquema base utilizado por Dewey que

distribui a totalidade do conhecimento em dez grandes classes, que por sua vez, são

divididas em dez subclasses que se dividem em dez grupos. Cada conceito é traduzido por

uma notação numérica ou alfanumérica por exemplo, ao conceito geral de educação

corresponde a notação numérica 37.

A CDU baseia-se em três princípios fundamentais os quais são:

Classificação: por ser uma classificação no sentido restrito da palavra agrupa ideias nos

seus aspectos concordantes.

Universalidade: inclui cada um dos ramos do conhecimento humano, encarando-os sob

os vários aspectos.

Decimalidade: a totalidade do conhecimento humano é dividida em dez classes, cada

uma das quais, por sua vez, se subdivide de novo decimalmente, pela adição de cifras

decimais.

Este sistema é mais utilizado em bibliotecas e serviços de documentação para a

elaboração de ficheiros por assuntos ou matérias e posterior catalogação e arrumação do

material bibliográfico. Em Portugal, o uso deste sistema de classificação é generalizado,

tanto nas Bibliotecas Universitárias, como nas Bibliotecas Públicas e Escolares.

A CDU tem vindo a ser continuamente ampliada e modificada para fazer face ao

surgimento de novos conceitos e conhecimentos do saber humano, principalmente, na

área da ciência e tecnologia.

A CDU é composta por:

Uma tabela principal de matérias, que enumera hierarquicamente o conhecimento, nas

referidas 10 classes. As divisões principais são:

0 Generalidades

1 Filosofia. Psicologia

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29

2 Religião. Teologia

3 Ciências Sociais

4 Classe atualmente não usada

5 Ciências Exatas. Ciências naturais

6 Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia

7 Arte. Arquitetura. Recreação e Desporto

8 Lingüística. Língua. Literatura

9 Geografia. Biografia. História

Cada classe principal subdivide-se decimalmente em subclasses que por sua vez também

se subdividem em áreas cada vez mais especializadas.

As tabelas auxiliares, que representam não assuntos, mas formas de os especificar (por

lugar, tempo, forma, língua, etc.), flexibilizando muito mais a representação dos conceitos.

Um índice, lista alfabética de conceitos. A cada conceito corresponde uma notação que

serve de guia na consulta da tabela principal, para mais fácil e rapidamente se localizar a

notação adequada ao assunto que se pretende pesquisar.

Uma das principais vantagens desta classificação reside na sua dimensão universal e

internacional, dada a sua independência face a todas as expressões idiomáticas, o que

facilita enormemente a pesquisa e a troca de informação ao nível internacional.

No seguimento do exemplo anterior, tal significa que a notação 37 e o conceito que lhe

está associado, é igual em todas as bibliotecas do mundo que adoptem este sistema de

classificação.

O seu grande inconveniente resulta da sua aplicação que exige pessoal altamente

especializado dado que é um grande risco classificar matérias diferentes com o mesmo

número.

2.4.9 Método Automática

As operações de classificação podem ser objeto de uma automatização em moldes

parciais, já que a inteligência humana continua a ser indispensável para selecionar o

Page 30: Emissão de documentos e encargos e organização de arquivos

30

assunto principal e determinar as informações secundárias. Atualmente a sua aplicação é

feita a título experimental em algumas bibliotecas.

A classificação automática assenta no seguinte princípio geral: ao caracterizar diversos

objectos de uma colecção organizando-os por séries de atributos (data, forma, língua,

domínio, e outros), é possível comparar, agrupando, de dois em dois e contar para cada

par o número de atributos comuns. O resultado conduz à colocação em conjunto dos

objectos que possuem características frequentes, constituindo classes não à priori mas sim

à posteriori.

O interesse que desperta a classificação automática situa-se ao nível da pesquisa

documental. Ela permanece sem utilidade em organizações que já possuem a

classificação física das obras, sendo incapaz de recriar automaticamente um esquema

classificatório. A concepção e desenvolvimento de uma linguagem classificatória e a sua

aplicação a um determinado fundo documental são de competência exclusiva do domínio

do homem.

A Associação Internacional para a Classificação situada na Alemanha publica sob o

patrocínio da FID (Federação Internacional de Documentação, a revista International

Classification onde se apresentam estudos sobre a teoria dos conceitos, a terminologia

sistemática e a organização do saber. Estas organizações e outras interessam-se pelos

métodos matemáticos aplicáveis neste domínio.