emergência a bordo e sobrevivência

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ESCOLA DE AVIAÇÃO Apostila Módulo Técnico Curso de Comissário de Vôo Emergência a bordo e Sobrevivência Atualizada em 17/05/07 Praça Itália – Av. Beira Mar, nº 406 – Grupo 205 – Centro – Castelo Cep.: 20021-060 - Rio de Janeiro – RJ – Tel (21) 2240-6438 / 2531-0003 Site: www.ciadoar.com.br 1

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ESCOLA DE AVIAÇÃO

ApostilaMódulo Técnico

Curso de Comissário de Vôo

• Emergência a bordo e Sobrevivência

Atualizada em 17/05/07Praça Itália – Av. Beira Mar, nº 406 – Grupo 205 – Centro – Castelo

Cep.: 20021-060 - Rio de Janeiro – RJ – Tel (21) 2240-6438 / 2531-0003Site: www.ciadoar.com.br

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CIA DO AR DO RJ – ESCOLA DE AVIAÇÃO

Conteúdo Programático

1. EMERGÊNCIA A BORDOATMOSFERA.SISTEMA DE OXIGÊNIOEVACUAÇÃO DA AERONAVETURBULÊNCIACOMBATE A PRINCÍPIO DE INCÊNDIO A BORDOCARGA PERIGOSAATOS ILÍCITOS A BORDO

2. SOBREVIVÊNCIA SELVA, MAR, GELO, DESERTO NAVEGAÇÃO TERRESTRESOBREVIVÊNCIA SELVASOBREVIVÊNCIA MARSOBREVIVÊNCIA GELO SOBREVIVÊNCIA DESERTO

EMERGÊNCIA A BORDO

A T M O S F E R A

A atmosfera é um envelope gasoso que cobre a terra.

Um dos primeiros problemas relacionado a fisiologia tem a ver com o fato de que apressão dos gases na atmosfera muda conforme nós subimos e descemos, outros fatores,tal qual a mudança de temperatura, também precisam ser entendidos para que nóspossamos nos proteger desses perigos potenciais. A atmosfera nos protege de perigos deraios ultra-violetas, raios cósmicos meteoritos. Ela também protege a terra de variaçõesbrusca de temperaturas ajuda animais e plantas com o seu conteúdo gasoso e deixa que achuva as faça brotar.

COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA NITROGÊNIO (N2) 78 % Maior porção do peso e pressão

atmosfera. Gás inerte no corpo,sendo apenas utilizado por células etecidos.

OXIGÊNIO (O2) 21 % Essencial para a vida animal, ajudano metabolismo ( transforma glicose/ energia )

ARGONIO (A) % NeutroNEON (Ne) % NeutroHÉLIO (He) % NeutroKRYPTON (Kr) % NeutroXENÔNIO (Xe) % NeutroHIDROGÊNIO (H) % NeutroDIÓXIDO CARBONO % Para a produção do metabolismo

MÉTODOS DE EXPRESSAR A ATMOSFERA

A atmosfera também é atingida pela força gravitacional da terra.

A pressão atmosférica é o combinado de peso (ou força) de todos os gases daatmosfera em qualquer ponto.

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Em 1924, o departamento de meteorologia dos USA, junto com o Departamento deMedidas, determinaram adiante os valores usados para medida, em um dia padrão, ao níveldo mar. Essa pressão atmosférica padrão pode ser expressa de diversas maneiras,dependendo do método de medida.

Essas maneiras são:

IncrementoPadrãonívelmar

Método

P S I (libra por polegada quadrada ) 14,7

Esse é o peso da atmosfera em librasempregada em uma polegada aoquadrado

In / Hg ( polegadas de mercúrio ) 29,92

Essa é a altura em polegadas que umacoluna de mercúrio vai subir num tubode vácuo, quando submetido ao peso daatmosfera.

Mm / Hg ( milímetrosde mercúrio ) 760

Essa é a altura em milímetros que umacoluna de mercúrio vai subir num tubode vácuo, quando submetido ao peso daatmosfera.

hPA 1013.2

Pressão atmosférica padrão a nível domar

DIVISÕES FÍSICAS DA ATMOSFERA:O envelope de ar que envolve a Terra varia em pressão e temperatura através de toda a suaaltura. Isto se deve ao diferente aquecimento de ar pelo calor emitido pela Terra.Os raios solares golpeiam a Terra num ângulo muito baixo nos pólos e quase verticalmentena linha de equador. Portanto mais calor é emitido no ar no equador, do que nos pólos,causando maior ascensão do ar que pode variar de altura da Troposfera.Divisões da atmosfera com suas características:

TROPOSFERA 30.000 pés nos pólos e50.000 pés no equador

Temperatura variável, vapord`água, turbulência,tempestades,etc...

TROPOPAUSA Separa a Troposfera daEstratosfera

Região de estabilidade detemperatura ( isotermia).

ESTRATOSFERA 50.000 pés a 50 milhas Pequena quantidade vapor d`água,turbulência pequena. Camada naqual tem início a difusão luz solar.

IONOSFERA 50 milhas a 600 milhas Proteção contra raios UV. Camadaonde tem início a filtragem raios doSol.

EXOSFERA 600 milhas a 1.000 milhas Gradualmente se torna o vácuoESPAÇO Acima das 1.000 milhas

O que respiramos------------------------------------------------------------------------------ ARQual a pressão a nível do mar --------------------------------------------------------- 14,7 PSIQual a temperatura a nível do mar ----------------------------------------------------- + 15o CGradiente térmico: a cada 1.000 ft ( 304,8 cm)que subirmos, a temperatura diminui –2°CAté que altitude temos o composto Ar----------------------------------- 330.000 PÉS = 100KMRelação entre ft (pés) e metro--------------------------- 3 ft = 1 metro (APROXIMADAMENTE)Altímetro ------------------------------------------------------------------------- mede a altitudeMetro ------------------------------------------------------------------------------ mede a alturaBarômetro -------------------------------------------------------- --------------- mede a pressãoPressão é qualquer força ( peso ) atuando sobre uma área. Pressão Atmosférica é a pressão que exerce a atmosfera ( mistura dos gases) sobre asuperfície da terra devido ao peso do ar (força da gravidade).

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Quanto maior a ALTITUDE menor será: PRESSÃO/TEMPERATURA/ DENSIDADEMECANISMO DE RESPIRAÇÃO

Nenhuma pessoa pensa para respirar. Respiramos pelo diferencial de pressão.

•Os nossos pulmões são pressurizados; a pressão interna dos pulmões é igual

pressão atmosférica a nível do mar ( 14,7 PSI ). A absorção de oxigênio pelo sanguedepende do diferencial de pressão interna dos pulmões e a pressão atmosférica.

•Quando se inspira a contração do diafragma provoca a expansão da caixa torácica,

aumentando o volume dos pulmões e baixando a pressão interna dos mesmos.

•Quanto mais subirmos a pressão atmosférica diminui, dificultando a absorção do

oxigênio pela corrente sanguínea, acarretando uma baixa oxigenação do sangue“HIPÓXIA”.

MEDICINA AEROESPACIAL• É a ciência que estuda os efeitos da altitude no organismo do homem bem como os

meios de proteção a estes efeitos. Os problemas mais comuns são osaerobarotraumas, o mal do ar e a fadiga aérea. Podem ocorrer também a hipóxiaem casos de despressurização, assim como o aeroembolismo.

HIPÓXIA• É a baixa de oxigênio no organismo e existe em diversos níveis com diferentes

classificações. Pode ter relações com problemas físicos, anemia, obstrução devias aéreas, intoxicação e baixa da pressão atmosférica ( hipóxiahipobárica). Esta última é a mais relacionada com a atividade aérea.

• Atitude a tomar --------------- ministrar oxigênio

SINTOMAS DE HIPÓXIA Ao nível do mar ----------------------- normal 10.000 pés ------------------------------ dor de cabeça, cansaço exposição prolongada. 14.000 pés ----------------------- dor de cabeça, sonolência, tontura, cianose, dificuldades visuais, perda da coordenação motora, mudança de personalidade. 18.000 pés ----------------------------- todas as acima,porém mais críticas. 22.000 pés ----------------------------- convulsão, colapso, coma. 25.000 pés ----------------------------- convulsão, colapso e coma em 5 minutos

HIPERVENTILAÇÃOAlta oxigenação na corrente sanguínea e baixo índice de gás carbônico no sangue.Atitude a tomar -------------------respirar dentro de um saco de (enjôo) ou falar alto.

SINTOMAS DE HIPERVENTILAÇÃO• Sonolência, tonteira, cianose, sensação de frio e/ou calor, aumento do ritmo

respiratório, perda da coordenação motora, redução ou perda da visão.

AEROEMBOLISMOOcorre normalmente acima dos 30.000 pés, e caracteriza-se pela transformação de

líquidos no organismo para o estado gasoso (bolhas). Estes gases podem causar váriosefeitos, sendo o mais conhecido o BENDS (Blood Embolism Nytrogen DensitySindrome), que é um grupo de sintomas como dores nas juntas e articulações, coceira,pressão no peito e até imobilidade.

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AEROBAROTRAUMA

São problemas causados pela expansão de gases no organismo quando hádiminuição da pressão atmosférica. Quando os gases se expandem no ouvido médio,caracteriza-se o Otobarotrauma; quando nos seios da face, o Sinusobarotrauma ouAerossinusite; nos dentes, a Aerodontalgia. Pode-se sofrer essa expansão também noaparelho digestivo.

Nos casos mais sérios, comunicar o fato a cabine de comando, que pode diminuir aaltitude da aeronave, reduzindo o desconforto.

Como medidas simultâneas, recomenda-se:• Otobarotrauma – deglutir, bocejar, mover o maxilar inferior em várias direções ou

aplicar umidade e calor ( molhar um pequeno pano em água bem quente, espremerbem, colocar dentro de um copo plástico e tampar com ele o ouvido que estiverdoendo). Caso a pessoa esteja com obstrução nasal, oferecer um descongestionante:

• Sinobarotrauma – aplicar descongestionante nasal;• Aerodontalgia – oferecer somente analgésico.

MAL DO ARTem relação com os movimentos da aeronave, como acelerações e desacelerações,

subidas, descidas e curvas. Só acontece com pessoas predispostas ao problema.• Sintomas:Sonolência, sentimento de insegurança e ansiedade, suores frio, palidez, salivação,

náuseas, vômitos, dores de cabeça, estado vertiginoso, baixa temperatura, micçõesfreqüentes e alterações do ritmo cardíaco.

• Além da orientação médica, ameniza o problema:Consumir refeições leves e saudáveis, pobres em gorduras; manter a maior distância

possível de cigarros; ficar quando possível, no local de menor trepidação e ruído daaeronave, com iluminação reduzida.

FADIGA AÉREAAtinge quem cruza vários fusos horários, e está em constante alteração do

padrão sono-vigília. Também tem relação com a tensão antecipada do vôo, alimentaçãoirregular, mudanças climáticas, ruídos e vibrações, e atenção às tarefas de bordo.

• Podem acarretar sintomas clínicos como:Dor de cabeça, falta de apetite, esquecimento, astenia, diarréia ou constipação,

palpitações, irritabilidade, baixa capacidade de concentração, insônia, dor no peito, tiquesfaciais, perturbações visuais e auditivas, emagrecimento, redução da atividade sexual,tremores, agressividade, sarcasmo, uso imoderado de álcool. Podendo evoluir para quadrosneuróticos como fobias, ansiedade, depressão, obsessão, compulsão, além de dependênciade drogas.

Para evitar a instalação desse quadro, é importante o bom planejamento daescala de vôos e tomar as seguintes medidas:

• Utilizar o hotel para descanso e lazer, sem descartar as atividades externas quesejam saudáveis e ao ar livre; não se isolar, procurar se abrir com os colegas assimcomo escutá-lo; praticar esportes; esquecer o relógio eventualmente; não deixar debuscar orientação médica.

AVIÃO PRESSURIZADO• A altitude pressão interna da cabine vai estar sempre abaixo de 8.000 pés.• É criada uma condição artificial para que possamos trabalhar em altitudes em que

normalmente não haveria pressão suficiente para realizarmos o mecanismo derespiração.

CABINE DE AERONAVE PRESSURIZADA

A altitude pressão interna da cabine será compatível com o ser humano, para que possamos respirar sem o auxílio de equipamentos de oxigênio.

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COMO SE PRESSURIZA UMA CABINE DE AVIÃOO ar é sangrado dos motores ----- vais para os packs ------ onde será: resfriado,

purificado, condicionado e jogada no interior da cabine ------ o controle da temperaturainterna da cabine bem como a pressão é controlado pelo cockpit.A circulação do ar nointerior da cabine, entra por passagens no teto saindo por grades no piso junto afuselagem.

VANTAGENS DAS CABINES PRESSURIZADAS• Permite vôos em grandes altitudes, sem a necessidade do uso de equipamento

auxiliar de O2.• Diminui a freqüência do Aeroembolismo e expansões gasosas são mínimas.• Permite controlar satisfatoriamente o aquecimento e ventilação da cabine.

DESVANTAGENS DAS CABINES PRESSURIZADAS• Ameaça de uma despressurização rápida, por falhas ou alterações estruturais.• Necessidade de se ter compressores para pressurização.• Necessidade de se ter equipamentos de oxigênio suplementar.

FATORES QUE INTERFEREM NA VELOCIDADE DA PERDA PRESSÃO• Diâmetro do orifício por onde ocorre a saída da pressão.• Diferencial de pressão (quanto maior for a diferença entre a pressão interna da

cabine e a pressão externa, maiores serão as conseqüências).• Tamanho da cabine.

EFEITOS DA DESPRESSURIZAÇÃO• No interior da cabine:

Queda brusca da pressão e temperatura, ocasionando intensa neblina de curta duração,denominada condensação.

• No organismo humano:Saída brusca do ar dos pulmões ( sai violentamente pela boca e nariz )Ofuscamento momentâneo da visãoExpansão dos gases ( provoca dores )Sintomas de Aeroembolismo.Sintomas de Hipóxia.

TIPOS DE DESPRESSURIZAÇÃOExplosiva ----------------- menos de 1 segundo ---- nada a fazer.Rápida -------------------- entre 1 e 10 segundos--- pegar a máscara de O2.Lenta ---------------------- avisar a cabine de comando e toda a tripulação.

Retirar os passageiros num raio de 3 metros do ponto devazamento, acomodando um passageiro a mais emcada conjunto, o passageiro leva o seu cinto de segurança.

Qual a primeira atitude a ser tomada quando ocorre uma despressurização • Pegar a 1a máscara do sistema fixo de oxigênio, colocar sobre a boca e nariz e

respire normalmente.• Quando ocorre uma despressurização de cabine, a providência a nível técnico é uma

só ----- descer com a aeronave para uma altitude de segurança ( abaixo dos 8.000pés ).

WAP (Walk Around Procedures) - procedimentos de emergência após despressurização(ajeitar alguma máscara do sistema fixo, providenciar oxigênio terapêutico, acalmar ospassageiros, etc... )

SITUAÇÕES DIVERSAS• Adulto acompanhado de uma criança -------- máscara primeiro no adulto, depois na

criança.

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• Passageiros dormindo no piso da aeronave ------ proibido, pois as máscaras dosistema fixo de O2 não chegam ao passageiro.

• Aglomerações de passageiros nas galleys ---- proibido, não há máscara do sistemafixo de O2.

• Toaletes possuem 2 máscaras do sistema fixo de O2 ---- adulto com uma criança notoalete.

• Deficiente visual a bordo ----- ao embarcar, devemos orienta-lo quanto ao sistemafixo de O2.

• Adulto com criança de colo ---- cinto somente no adulto.• Estação dupla de comissários --- quem vai fazer o quê , na evacuação?• Fechamento de portas ---- verificar os trilhos do encaixe da porta

FUNÇÃO DO COMISSÁRIO DE VÔO• Prever segurança do passageiro e prover o seu conforto.

É DEVER DO COMISSÁRIO DE VÔO• Antes de qualquer decolagem ou pouso o comissário deve checar a cabine ( cintos

afivelados, mesas recolhidas, encosto da poltrona na vertical, não fumar e nem estarusando aparelhos eletrônicos ).

DEFINIÇÃO DE SEGURANÇAÉ a arte de reduzir a um mínimo as possibilidades de risco.

• Os procedimentos de segurança tem a finalidade de prevenir.Ex: vacinas nos bebês. CONECIMENTO►TREINAMENTO►TREINAMENTO►TREINAMENTO = CONDICONAMENTO.

DEFINIÇÃO DE EMERGÊNCIAÉ toda situação anormal que põe em risco a segurança da aeronave e seus

ocupantes.• Procedimentos de emergência tem a função de remediar.

SEGURANÇA Segurança é um dos itens em que a análise do quadro dos transportes brasileiros

revela uma situação insustentável.• Que as estradas brasileiras são inseguras já se sabia, mas não tanto.

O dado trágico é de uma pesquisa da Coppead.

No Canadá, morrem por ano, três (3) pessoas por mil (1.000) Km de rodovias.Nos Estados Unidos , Sete (7). Na França, dez (10). Na Itália, vinte e um (21).NO BRASIL,duzentos e treze (213).Todos os itens de comparação revelam um quadro espantoso.Os acidentes de trânsito são o segundo maior problema de saúde pública, é acausa da ocupação de 62% dos leitos de traumatologia dos hospitais do país.Por ano morrem, aqui, 34.000 pessoas em acidentes nas estradas.Isso equivale a um BOEING caindo a cada 36 horas.Seriam 243 acidentes aeronáuticos por ano (no Brasil), cada avião transportando140 passageiros.

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SITUAÇÕES CRÍTICAS EM AVIAÇÃO Decolagem e pouso

OBSERVAÇÕES IMPORTANTESO speech, filmes de demonstração, as demonstrações de segurança realizadas pelos

comissários, cartões sempre alerta, informam aos passageiros as instruções de segurança,as saídas de emergência, o uso do colete salva vidas, as máscaras do sistema fixo de O2,os itens proibidos de usar a bordo, etc.., de forma que sejam capazes de proceder a atosbásicos para sua sobrevivência.

O que deve ser claro para nós comissários, é que um fogo a bordo deve sercombatido com o extintor adequado, mas que uma jarra de suco, coca cola, uma manta,etc... resolvem o problema em parte.

O passageiro deve sentir no comissário além da cortesia, amabilidade, a segurançade estarem sob os cuidados de profissionais tecnicamente preparados.PROTEJA-SE, DESTA FORMA VOCÊ SERÁ CAPAZ DE PROTEGER SEUS CLIENTES.

PRINCIPIOS BÁSICOS DE EVACUAÇÃO DE UMA AERONAVE• Tempo padrão para uma evacuação ---------- 90 segundos• A evacuação somente é iniciada após a parada total da aeronave e o corte dos

motores.• Deve-se analisar todas as situações, julgar e decidir.

ROTAS DE EVACUAÇÃO:• Utilizar o maior número possível de saídas de emergência.• Os comissários devem ter ciência do tempo disponível para a preparação da cabine,

do tipo de emergência ( fogo a bordo, problemas no trem de pouso,etc...)

PORTAS ------- são saídas de emergência preferenciais

JANELAS ------ são saídas de emergência restritas

POSTOS DE EVACUAÇÃOComissário responsável por porta, deverá abri-la.Comissário que não é responsável por porta, deverá posicionar-se na linha divisória dacabine (LDC)

SINAL CONVENCIONALOs comissários devem saber qual o sinal para o início da evacuação ( sonoro, visual etc... ).

ANALISAR A EVACUAÇÃO• Hierarquia X evidência • Hierarquia = Comandante / Co-piloto / Chefe de equipe/ qualquer comissário.• Evidência = fogo a bordo / pouso na água / fumaça intensa a bordo/ danos

extensos na aeronave.• As ordens transmitidas aos passageiros devem ser: claras, enérgicas e precisas.• Procurar transmitir as ordens aos passageiros, sempre na afirmativa, nunca use a

palavra NÃO. Ex: Não use esta saída (errado) // venha por esta saída (correto).

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• Use mímica / linguagem dos sinais ------------- linguagem internacional.

ABERTURA DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA• Checar a área externa:• Nível da água• Fogo ou combustível derramado• Arestas ( pontas da fuselagem, são muito finas e cortam como uma navalha).• Se a saída de emergência não abrir, redirecionar os passageiros para a saída mais

próxima.

CINTOS DE SEGURANÇA Os cintos de segurança dos tripulantes são denominados TÓRACO ABDOMINAL.Os cintos de segurança dos passageiros são denominados ABDOMINAL.Os extensores de cinto são usados em conexão com os cintos das poltronas de passageiros,caso necessário. É importante a verificação dos terminais das extensões, devem ser do tipo“macho e fêmea” para que possam ser conectados ao cinto da poltrona.

POSIÇÃO DE IMPACTO DE PASSAGEIROSa) abraçar as pernas, os braços passam por baixo dos joelhos, rosto apoiado sobre as coxas( colocar sobre as coxas, travesseiros, mantas, casacos a fim de amenizar o atrito do rostocom as pernas); b) as mãos entrelaçadas na nuca flexionando o corpo para a frente;c) mãos entrelaçadas na nuca e a cabeça apoiada no encosto da poltrona a sua frente( pessoas muito altas, senhoras grávidas, obesos ).

POSIÇÃO DE IMPACTO DE COMISSÁRIOSa) Usar o cinto tóraco abdominal, mãos apoiadas sobre as pernas, cabeça apoiada noencosto de cabeça (comissário sentado de costa para a cabine de comando).b) Usar o cinto tóraco abdominal, mãos apoiadas sobre as pernas, queixo apoiado no peito( comissário sentados de frente para a cabine de comando).

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POUSO DE EMERGÊNCIA PREPARADO• Comandante do vôo comunica ao Chefe de equipe a emergência (TEST)

• Chefe de equipe faz um briefing com comissários (TEST)• Os comissários posicionam-se ao longo dos corredores (evitar o pânico )• Speech de emergência ( comunicação aos passageiros da situação )

Os comissários preparam a cabine:

a-) volumes soltos na cabine, acomodar nos toaletes ( item portas toalete)

b-) retirar objetos pontiagudos, óculos, dentaduras, sapatos salto alto, etc...

c-) selecionar pax ( extras a bordo, militar, desportistas) para nos auxiliar

d-) redistribuir pax( idosos, grávidas, crianças, obesos, etc...)

e-) checar a cabine e galleys

Vestir os coletes salva vidas (comissário coloca nas crianças )

Tomar posição de impacto

Checar a área externa após o pouso / antes de abrir as saídas emergência

Abertura das portas ( hierarquia X evidência )

COMANDOS VERBAIS• COMANDANTE :

Para assumir a posição de impacto ... IMPACTO IMPACTOPara comandar a evacuação ...Atenção, iniciar a evacuação de emergência.

• COMISSÁRIOS:Soltem os cintos e saiam / release your seat belts and get outVenham por aqui. Formem duas filas / Come this way. Form two lines.Use aquela saída / Use that wayPulem / JumpSaiam / Get out

AÇÕES IMEDIATAS E SIMULTÂNEAS - PROCEDIMENTOS1° afastamento da aeronave acidentada ( provável explosão e/ou fogo)2o reunir todos os sobreviventes em lugar seguro3o prestar primeiro socorros ( medicina de catástrofe )4o acionar o TLE (transmissor localizador de emergência)5o procurar deitar ou recostar os feridos (maior conforto)6o providencie uma proteção para os feridos (abrigo temporário)

OBS: após estas providências procure descansar física e mentalmente, até que setenha recuperado do choque após o desastre.

AÇÕES SUBSEQUENTES - PROCEDIMENTOS

1o distribua tarefas2o organize o acampamento

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T = tempo disponível E = tipo de emergência S = sinais convencionaisT = transmitir informações adicionais

3o provisões sob a responsabilidade de uma só pessoa4o um grupo procura água5o um grupo procura alimento6o um grupo procura e junta material combustível

• Só retornar ao interior da aeronave, após os motores terem esfriados e ocombustível derramado ter evaporado

TIPOS DE SAÍDA E COEFICIENTE DE EVACUAÇÃO:

• SAÍDA TIPO “A “ ---------- COEFICIENTE -------- 90 a 100 PAX / 90 SEG ( Porta )

• SAÍDA TIPO “I “ ---------- COEFICIENTE -------- 50 a 55 PAX / 90 SEG ( Porta )

• SAÍDA TIPO “II “ --------- COEFICIENTE -------- 30 a 40 PAX / 90 SEG ( Porta )

• SAÍDA TIPO “III “ --------- COEFICIENTE -------- 20 a 30 PAX / 90 SEG ( Janela )

• SAÍDA TIPO “IV” ----------COEFICIENTE --------- 15 a 20 PAX / 90 SEG ( Janela)

EMBARQUE DE PASSAGEIROS COM UM MOTOR EM FUNCIONAMENTO:Existem algumas situações em que por alguma necessidade técnica, um dos motores

da aeronave deve permanecer em funcionamento. Neste caso, o embarque oudesembarque dos passageiros deverá ser efetuado do lado oposto ao motor emfuncionamento.

ABASTECIMENTO DE AERONAVE COM PASSAGEIRO A BORDO:

Procedimentos estabelecidos para o abastecimento da aeronave com passageirosa bordo:

Antes do início do abastecimento da aeronave, o chefe de equipe deve fazer umanúncio, através do “PA” ; - Srs passageiros, sua atenção por favor. Informamos que estaaeronave estará sendo reabastecida durante os próximos minutos. Em atenção às normasde segurança Internacionais, alertamos a todos sobre a proibição de fumar, acenderfósforos, isqueiros ou outros objetos que produzam faíscas. Alertamos ainda que, senecessário, sigam rigorosamente as instruções dos tripulantes.

Deve ser feita a intercomunicação entre a cabine de comando e o solo, através dointerfone. È de responsabilidade do funcionário da manutenção no solo, informar a cabinede comando o início e o término do abastecimento, bem como quaisquer anormalidades queocorrer durante o mesmo.

Um tripulante técnico deverá estar a postos na cabine de comando e ali permanecerdurante todo o abastecimento da aeronave, com as seguintes atribuições:1 – em caso de necessidade, dar a ordem de evacuação da aeronave, através do “PA”, ououtra ordem que se fizer necessária.2– Informar ao controle no solo, qualquer anormalidade surgida no abastecimento3– Efetuar o cheque de abandono da cabine.4– A porta dianteira da aeronave deverá estar aberta conecta a uma plataforma deembarque ( finger) ou a uma escada.5 – A porta traseira da aeronave deverá estar aberta, conectada a uma plataforma deembarque (finger) ou a uma escada, na impossibilidade desta permanecer aberta, dever-semantê-la fechada com a escorregadeira armada e o comissário responsável a postos até ofinal do reabastecimento, para acioná-la caso necessário.

STERILE COCKPIT:11

Evitar as comunicações com a cabine de comando após os avisos “ preparar para apartida “ até o nivelamento da aeronave, e “preparar para o pouso “ até o corte dosmotores, exceto em casos de emergência ou anormalidades operacionais.

T U R B U L Ê N C I A• A agitação vertical do ar quando atua sobre uma aeronave, causa movimentos que

tornam o vôo desagradável.• A turbulência de céu claro (CAT – Clear Air Turbulence) é a principal causa de

ferimentos em tripulantes e passageiros em incidentes com aeronaves comerciais.• Atualmente não existem meios ( radares ou satélites ) que consigam detectar este

fenômeno com antecedênciaAs principais causas de turbulência são de origem meteorológicas.

O tempo de duração de uma turbulência pode ser de alguns segundos ou atémesmo superior a algumas horas.

O perigo não se traduz apenas em tempo mas principalmente em intensidade.Esta situação, sem dúvida, é uma das mais rotineiras e que quase sempre afeta os

passageiros física e emocionalmente.A previsão de uma turbulência nem sempre é possível e, cabe aos comissários

medidas preventivas tais como:a-) Observar desde o início do vôo que toda a bagagem de mão seja acomodada em locaisespecíficos (bins).

b-) Todo o material de comissária, após o seu uso deve ser guardado e o compartimento devidamente trancado e travado.

c-) Os passageiros quando sentados, mesmo que o aviso luminoso de “Atar cintos”, esteja desligado, devem permanecer confortavelmente com os cintos afivelados.

d-) Evitar aglomerações nas galleys e nos corredores.

e-) Manter portas dos compartimentos, sempre fechados.

f-) Não deixar objetos cortantes ou perfurantes soltos nas galleys.

g-) As estações de comissários deverão estar desimpedidas e pronto para uso.

De acordo com a intensidade, a turbulência poderá ser classificada em:• Leve, Moderada, Forte e Severa .

Nem sempre a prevenção é suficiente para nos sairmos bem em uma turbulência, poispodemos ser surpreendidos durante o serviço de bordo, devendo então, avaliar a situação.

Caso a turbulência seja moderada, poderemos retornar com o serviço às galleys,guardando todo o material rapidamente e então assumir a sua posição na estação decomissários.

Caso a turbulência seja forte ou Severa, devemos sentar na poltrona maispróxima e aguardar que a mesma passe. Os trolleys ( carros de bebidas e alimentação )devem ser travados ( freios ) e se possível colocar sobre os mesmos mantas, a fim deevitar que o material solto provoque ferimentos aos ocupantes da cabine ( paxs ou cmros). Sempre que possível devemos contatar o comandante do vôo, para instruçõesgerais.

Passada a turbulência, cabe ao comissário, uma vistoria na cabine para atenderpossíveis manifestações de pânico e auxílio aos passageiros.

CONSIDERAÇÕES DE SEGURANÇA• Quando o motor estiver em marcha lenta, a área de sucção tem um raio de 12,65

metros.

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• Quando o motor estiver com potência de decolagem o raio aumenta para 16,5metros.

• As zonas de perigo de gás de escapamento estendem-se até 275 metros parapotência de baixa velocidade.

A.P.U ( AUXILIARY POWER UNIT )É um motor instalado no cone da cauda da aeronave, que supre dois tipos de

energia ( elétrica e pneumática ). Tem seus controles na cabine de comando.A A P. U funciona no solo, decolagens, pousos e em vôo como fonte alternativa.Através do ar sangrado da A.P.U. , é possível se dar a partida nos motores.Um extintor de fogo está localizado na parte direita inferior da fuselagem.

Em solo a APU pode ser substituído pelo GDU ( Ground Power Unit ) produz energiaelétrica, e pela LPU ( Low Pressure Unit ) que produz força pneumática.TREM DE POUSO

O recolhimento e a extensão dos trens são ativados hidraulicamente.Podem ser baixadas mecanicamente e travadas por queda livre.

CONDIÇÕES DE ALTITUDE E PRESSÃO – BASEADA NA ATM PADRÃO ICAO

M E T R O S P É S P R E S S Ã O TEMPERATURA°CNÍVEL DO MAR NÍVEL DO MAR 14,7 PSI + 15O C 1.500 5.000 12,2 PSI + 5o C 2.348 8.000 10,9 PSI - 0,8o C 3.048 10.000 10,1 PSI - 4,8o C 4.572 15.000 8,2 PSI - 14,7o C 6.096 20.000 6,7 PSI - 24,6o C 6 705 22.000 6.2 PSI - 28,6o C 7.620 25.000 5.4 PSI - 34.5o C 9.114 30.000 4.4 PSI - 44,4o C 10.668 35.000 3.4 PSI - 54.3o C 12.192 40.000 2.7 PSI - 56,5o C 12.801 42.000 2,4 PSI - 56,5o C 18.288 60.000 1,04PSI - 56,5o C

SISTEMAS DE OXIGÊNIO DAS AERONAVES:

1. SISTEMA FIXO DE OXIGÊNIO: A aeronave possui 2 sistemas separados de oxigênio• Um para o cockpit ( cabine de comando) e um outro • para a cabine principal ( cabine de passageiros)

SISTEMA FIXO DE OXIGÊNIO PARA A CABINE DE COMANDO• O oxigênio que supre a cabine de comando provém de um cilindro independente

localizado no porão dianteiro ou no compartimento de aviônica.• Uma vez acionado o sistema , é liberado do cilindro o oxigênio chegando ao usuário

através de dutos, passando então, para mangueiras e daí para as máscaras • oro nasal da cabine de comando.

OBS: todo o tripulante viajando de EXTRA e ocupando assento no cockpit, deve checar asua máscara do sistema fixo de oxigênio de emergência.

SISTEMA FIXO DE OXIGÊNIO PARA A CABINE DE PASSAGEIROA pressão dos cilindros pode variar de 1.600 a 1.800 PSI, e estão alojadas no

compartimento de carga dianteiro. O oxigênio flui dos cilindros, liberado através de válvulasshutt off , passando em alta pressão através de dutos, até o regulador, onde a pressão éreduzida. Em seguida, já com baixa pressão, o oxigênio passa através de dutos, para asPSUs (personal service units ), sobre as poltronas de passageiros, sobre os assentos decomissários e nos toaletes .

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Uma válvula aneróide de comando de pressão da cabine ( 14.000 pés ) atuapneumaticamente na abertura do compartimento das máscaras, propiciando a quedaautomática das mesmas. A abertura dos compartimentos pode ser comandadaeletricamente e manualmente.

A máscara não fornece oxigênio até que o usuário puxe em direção ao rosto amesma, dando abertura da válvula de corte das PSUs.

GERADOR DE OXIGÊNIOFLIGHT SAFETY FOUNDATION. INC. FEVEREIRO DE 1972.

A invasão das grandes altitudes pelos aviões pressurizados em geral - altitudesonde predominavam os aviões militares - propicia a revisão do assunto de sistemas desuprimento de oxigênio para qualquer avião civil que precise de oxigênio suplementar ememergência.

A indústria aeronáutica está mudando para o oxigênio químico às vezes conhecidocomo oxigênio em estado sólido ou vela de oxigênio.

• Uma vela de clorato típica deve conter o seguinte:CLORATO DE SÓDIO (Na Clo3) 84% ---- OXIDANTELIMALHA DE FERRO (Fé) 6% ------------- COMBUSTÍVELDIÓXIDO DE BÁRIO (Ba O2) ---------------- INIBIDOR DE CLOROFILTRO DE FIBRA DE VIDRO/PÓ ---------- SEPARADOR

Durante o uso, a vela é inflamada no extremo que possui um núcleo inserido nele,rico em combustível, sendo o inflamador um dispositivo de percurso ou uma espoletaelétrica.

Depois de inflamada a vela, o Clorato de Sódio se decompõe em Cloreto de Sódio elibera o Oxigênio. Parte do Oxigênio, combina com o Ferro e produz Óxido de Ferro, e outrosprodutos são gerados no processo da combustão. Oxigênio, Cloro e algumas partículasdesprendem-se da superfície em decomposição da vela e passam para os filtros deixando oOxigênio completamente puro para o consumo.

A vela não possui válvulas de corte “liga”e “desliga”e uma vez que o processo sejainiciado, ele não pode mais ser interrompido. A vela continuará queimando até se esgotar.Por este motivo, o aparelho não se presta para o uso no tipo demanda, mas tão somenteem emergência.

O Oxigênio produzido é demasiadamente quente para a respiração quando édescarregado e as impurezas como o Cloro e Aerosol de Cloreto de Sódio podem serdescarregadas no gás. Uma vez que o Oxigênio fica muito quente para a respiração logoque deixa a vela, ele precisa ser conduzido num certo comprimento de mangueira, ou outromeio de arrefecimento , até se aproximar da temperatura ambiente no tempo em que levapara atingir a máscara.

O Clorato de sódio precisa ser aquecido a 478o C – quase 900o F – para decompor-secompletamente e transformar aproximadamente 45% do seu peso em oxigênio gasoso.

A temperatura na decomposição do núcleo enriquecido de Ferro é próxima de 1.900o

F e a temperatura na decomposição da mistura da vela atinge 1.100o F. Com isolamento as temperaturas superfície dos geradores podem variar entre 300 e500o F.

SISTEMA FIXO DE OXIGÊNIO PARA A CABINE DE PASSAGEIROSO sistema de oxigênio fixo é suprido por gerador químico em cada unidade de

serviço. Quatro máscaras, de oxigênio de fluxo contínuo, estão conectadas em cada geradorno PSU. Um gerador com duas máscara está localizado sobre cada estação de comissáriosem cada toalete.

As máscaras caem automaticamente se a altitude de cabine atingir 14.000 pés ouem qualquer altitude se for comandado o switch de acionamento elétrico no cockpit.Puxando-se uma das máscaras, todas cairão com fluxo contínuo de oxigênio.O tubo condutor de oxigênio da máscara, possui indicador da passagem do fluxo, atravésdo aparecimento de um êmbolo de cor verde.

O oxigênio flui por aproximadamente 15 minutos e não pode ser cortado.IMPORTANTE:

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• Durante a reação química do gerador, os módulos poderão atingir temperaturas deaté 285o C, motivo pelo qual não devem ser tocados.

• Abertura e fechamento manual dos compartimentos das máscaras. • Nas PSUs, estações de comissários e nos toaletes, introduzir lateralmente na porta

do compartimento, algo achatado tipo crachá.

SISTEMA PORTÁTIL DE OXIGÊNIO PARA USO TERAPÊUTICO• OXIGÊNIO TERAPÊUTICO – é constituído de cilindros portáteis com capacidade de

311 litros. Quando carregados em sua capacidade normal, indicarão nos respectivos manômetros 1.800 PSI a 21o Celsius.

• Cada cilindro está equipado com uma alça de lona para seu transporte e possui 2 saídas de fluxo contínuo: HI na cor vermelha, com fluxo de 4 litros por minuto. LO na cor verde, com fluxo de 2 litros por minuto.

As máscaras deste sistema são do tipo oro nasal e misturadoras, são de plásticotransparente, descartáveis e estão ligadas a uma mangueira em cuja extremidade seencontre um pino metálico de encaixe, sendo 3 máscaras de adulto e 1 para criança, porcilindro de oxigênio.

ADEQUAÇÃO:A finalidade deste sistema é atender aos ocupantes da aeronaveque se encontram com deficiência respiratória.

OPERAÇÃO:Adaptar o pino de encaixe da mangueira ao cilindro.Girar a válvula de abertura no sentido anti-horário.Verificar se o fluxo está saindo normalmente ( indicador no tuboplástico ).Indicação vermelha: bloqueio do fluxoIndicação verde: liberação a passagem do fluxo.

CHEQUE PRÉ-VÔO:Verificar se os cilindros estão devidamente fixados.Verificar se o manômetro indica pressão mínima de 1.500 PSI.A quantidade mínima de máscaras por cilindro.

APLICAÇÃO DE OXIGÊNIO:1. Manter o passageiro sentado e reclinar o encosto da poltrona.2. Desapertar-lhe as vestes que possam dificultar os movimentos respiratórios.3. Limpar-lhe o rosto removendo a maquiagem, transpiração e gorduras existentes.4. Retirar do suporte o cilindro de oxigênio portátil mais próximo.5. Verificar a pressão do manômetro.6. Mandar avisar ao comandante de que se vai utilizar o oxigênio portátil.7. Verificar se o tubo condutor de oxigênio não ficou retorcido.8. Aplicar a máscara sobre o rosto do passageiro, cobrindo a boca e nariz.9. Colocar o cilindro ao lado do passageiro (se a poltrona estiver vazia).10.Abrir algumas entradas de ar (arejar o local).11.Agasalhar o passageiro.12.Vigiar o passageiro (ficando ao lado - apoio moral).13.Observar assiduamente o manômetro.14.Não permitir que fumem nas proximidades.

• Aplicar oxigênio para recém nascidos ------ remover a máscara e posicionar aextremidade do tubo a 10 cm do rosto do bebê, utilizando a saída com fluxo de 4 litrospor minuto.

• Aplicar oxigênio para asmático -----umidificar o oxigênio (remover a máscara eposicionar o tubo dentro de um copo com água morna ,utilizando a saída com fluxo de4 litros).

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• Aplicar oxigênio por um longo tempo ---- para evitar ressecar o rosto e mucosas, de10 em 10 minutos passar um pano úmido no rosto do passageiro, oferecendo umpouco de água para beber.

VARIAÇÃO NA UTILIZAÇÃO Poderá ser utilizado no WAP, desde que a aeronave nivele fora do nível de segurança,

para a abertura de uma PSU ou na assistência a passageiro com sintomas de insuficiênciarespiratória.

SISTEMA PORTÁTIL DE OXIGÊNIO PARA USO EM EMERGÊNCIA • E.P.R. (equipamento de proteção respiratória ):• CAF ( capuz anti fumaça ) e / ou máscara FULL FACE.• Encontra-se no capitulo de Combate a Incêndio, as explicações .

SAÍDAS DE EMERGÊNCIANa generalidade, entendem-se por saída de emergência, toda e qualquer abertura

por onde possam passar com relativa facilidade uma ou mais pessoas que se encontrembloqueadas em determinado espaço fechado numa situação de acidente.Nos aviões existem sempre propositalmente determinadas aberturas que se destinamespecialmente a satisfazer a situação mencionada. Estas aberturas são designadas comosaídas de emergências.

Nas aeronaves comerciais, que transportam passageiros, todas as saídas queestejam a + 2 metros de altura (estando a aeronave com os pneus dos trens de pousoarriados) deverão estar providos de equipamentos auxiliares de EVACUAÇÃO.

Nas saídas a nível de piso, os equipamentos exigidos são as escorregadeiras.O material usado na fabricação das escorregadeiras é uma mistura de borracha de

neoprene, podendo ser na cor amarela ou prateadas (aluminizadas).Nas saídas por uma janela de emergência, os equipamentos exigidos são as cordas.Todas as cordas são revestidas com neoprene e látex.

Todas as saídas da cabine de passageiros, podem ser abertas internamente eexternamente.

Existem nos aviões duas espécies de saídas de emergência:As que exercem função dupla, isto é, servem de entrada e saída de passageiros,

tripulantes ou materiais e, simultaneamente, quando necessário e após execução de umatransformação sempre muito simples, de Saídas de Emergência - PORTAS.

Aquelas que são exclusivamente Saídas de Emergência, sendo utilizadas apenaspara essa função - JANELAS. OPERAÇÃO

As saídas de emergência da cabine de passageiro, são operadas internamente eexternamente, em qualquer situação.

ABERTURA DE UMA JANELA DE EMERGÊNCIA SOBRE A ASA.Para se abrir internamente uma janela da cabine de passageiros,( Boeing 737

200/300) deve-se segurar com uma das mãos o suporte que se encontra na parte inferiorda mesma e, com a outra mão, puxar o comando superior da janela para baixo e, jogá-lapara fora da aeronave.• Seqüência correta para sair por uma janela de emergência: perna, cabeça, tronco e

perna. PORTAS - DESCRIÇÃO

1. Alavanca de abertura e fechamento da porta2. Compartimento inferior que aloja o escape slide3. Visor da área externa4. Visor do manômetro do escape slide5. Tira indicativa da posição do escape slide (armado/desarmado)

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Operação em situação normal de abertura e fechamento da porta:• Abertura Interna – girar a alavanca da porta 180o, no sentido nariz/cauda,

empurrando-a para fora até o seu travamento junto a fuselagem.• Fechamento Interno – pressionar a trava , localizada junto a dobradiça superior da

porta, trazendo-a para dentro e girar a alavanca no sentido cauda/nariz.• Abertura Externa – puxar a alavanca da porta ( com as duas mãos)

girando no sentido nariz cauda.• Fechamento Externo – destravar porta e proceder ao fechamento no

sentido inverso ao da abertura.

OBS:Todas as portas são homologadas como saída de emergência, desde que estejam como equipamento auxiliar de evacuação – escape slide (escorregadeiras).Os escape slide estão localizados na parte inferior das portas.

EQUIPAMENTOS AUXILIARES NA EVACUAÇÃO - CORDAS.São equipamentos auxiliares para evacuação por uma janela.

Localização - teto da cabine de comando, acima dos assentos dos pilotos, alojadas emcompartimento especial.

Batente superior das saídas sobre a asa. Estas são conectadas através de ganchos,em alça especial, na parte superior da asa. Estas cordas somente serão utilizadas em casode amerissagem.

ESCAPE SLIDE (RAMPA ESCORREGADEIRA)Classificam-se em: Não Infláveis e Infláveis As infláveis subdividem-se em: semi-automáticas e automáticas

• ESCORREGADEIRAS NÃO INFLÁVEIS (SIMPLES)Era uma lona retangular, em cujas extremidades os comissários seguravam, formando umtobogã.

• ESCORREGADEIRA INFLÁVEL SEMI-AUTOMÁTICAAo se abrir uma porta equipada com uma escorregadeira inflável semi-automática, estandoa mesma armada, esta cairá por força da gravidade e ficará pendurada pelo lado de fora daaeronave; para inflar, deve-se puxar uma alça (comando manual de inflação) de corvermelha, na qual está escrito a palavra “PULL “ localizado junto ao pé direito do operadorna faixa próxima a barra de fixação.

• ESCORREGADEIRA INFLÁVEL AUTOMÁTICA1. As escorregadeiras infláveis automáticas são projetadas para que inflem sem a

necessidade de se puxar comando algum.2. Ao se abrir uma porta em emergência, a mesma deve cair de seu alojamento por força

da gravidade e inflar automaticamente ( tempo de inflação 5 a 10 segundos), se istonão ocorrer, deve-se puxar o comando manual de inflação.

3. Estão instalados na parte inferior das quatro portas (principais e de serviço de galley).4. No Boeing 737, o escape slide é do tipo inflável, automática ou manualmente. 5. É inflado por pressão de ar através de um cilindro em cujo manômetro deverá marcar

2.700 a 3.000 PSI ou seta na faixa verde.6. O ar do cilindro supre apenas 40% da necessidade da escorregadeira, os outros 60%

são aspirados pelos “venturis”, do meio ambiente.7. Constitui-se de um estojo fixado na parte inferior da porta e uma barra metálica, que

deverá ser conectada aos ganchos no assoalho da aeronave, para que o mesmo tenhacondições de ser operado.

8. Essa barra metálica deverá ser obrigatoriamente conectada nos ganchos apropriados,toda vez que uma porta for fechada e a escada ou finger recolhidos .

9. Sua desconexão somente poderá ser realizada após a parada total da aeronave e ocorte dos motores.

10.Para operar o escape slide abre-se a porta com firmeza, ficando o mesmo em posiçãode inflação (inflação automática), em seguida deve-se puxar com firmeza o comando

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manual de inflação (inflação manual), localizado junto ao pé direito do operador nafaixa próxima a barra de fixação. Se houver falha nos dois sistemas, o escape slidepoderá ser usado com rampa de abandono não inflado ( escape slide simples ),bastando para tanto que duas pessoas desçam até o solo e estique-o pelas alçaslaterais.

OBSERVAÇÕES: • A evacuação través de uma escorregadeira (ESCAPE SLIDE) inflável só deverá ser

comandada quando “cessar o ruído dos venturis “.• Sempre que se abrir em emergência uma porta equipada com escorregadeira inflável

automática, deve-se estar atento para a possibilidade da mesma cair para o interiorda aeronave. Nesta situação, o tripulante deverá empurrar o pacote daescorregadeira para fora da aeronave, como última opção, deve-se fura-lacom qualquer objeto pontiagudo.

• Para seu devido uso, a posição correta será pular na posição sentados, devendoantes tirar os sapatos.

• Também pode ser usada como auxílio à flutuação, em caso de amerissagem.• Todas as portas do BOEING 737 estão equipadas com escape slide infláveis

automáticas, aluminizadas, com pista simples para uso em situações de evacuaçãoda aeronave.

FLUTUADORESSão os assentos de passageiros, encosto e assentos das poltronas de comissários,

bem como o encosto das poltronas do cockpit e assento do banco escamoteável / dobráveldo observador.

LUZES O interior das aeronaves possuem luzes de entrada, de serviço ( work light), sobre

os visores (Windows Light), luzes no teto (Ceiling light), luzes individuais de leitura, luzesnos toaletes, luzes de emergência,etc... Para a decolagem e o pouso, as luzes internas dacabine de passageiros devem estar no mínimo possível.

LUZES DE EMERGÊNCIA INTERNAS.As luzes que iluminam, internamente as saídas de emergência, estão localizadas

sobre a porta da cabine de comando, uma sobre cada saída de emergência ( portas ejanelas ), além das luzes indicativas no teto da aeronave, e pontos de luzes ao longo doassoalho (brancas e vermelhas)

São portáteis a do cockpit, a das portas (principal e de serviço), e em algumasaeronaves a das janelas de emergência.Possuem bateria própria de níquel e cádmio.

As luzes de emergência quando no seu alojamento, o Switch deverá estarposicionado em armed, para obterem condições de recarregar pela energia elétrica doavião, bem como funcionamento automático.Possuem ainda as seguintes características:

• um conjunto formado de duas lâmpadas • uma chave interruptora com duas posições: ON e ARMED

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• Para usar uma luz portátil de emergência, primeiro remove-se a tampa. A luz éremovida pressionando-se os fixadores em ambos os lados do conjunto. Se oSwitch no cockpit estiver em ARMED a luz acenderá ao ser removida do seu localde adaptação.

• Caso contrário posicionar o switch para ON, a fim de acende-lo.• As luzes de emergência sobre a asa se acenderão com a retirada da janela.

LUZES DE EMERGÊNCIA EXTERNASHá luzes de emergência em cada lado da aeronave, iluminando rotas de evacuação

(portas, a saída de emergência sobre a asa e a área dos flaps).

SISTEMA DE ÁGUA• As aeronaves são equipado com reservatório de água, localizado no porão.• É pressurizado através do sistema pneumático, suprindo as pias dos toaletes e

galley .• Há uma chave para cortar o suprimento, localizada sob as pias dos lavatórios.• Após ser utilizada, tanto nas pias das galleys e toaletes, a água servida é escoada

para fora da aeronave através de válvulas de drenagem aquecidas ( a fim de evitaro congelamento).

• A água usada nos vasos sanitários é reciclada e reutilizada, sendo drenada para forado avião somente no solo, pelo serviço de apoio.

• Abaixo das pias dos toaletes há um aquecedor (boiler) que mantém a água datorneira entre 51 e 57o C . No boiler há uma luz âmbar que, se iluminada, indica queo mesmo está ligado.

• O reservatório de água possui um indicador de quantidade.

TOALETESOs toaletes , localizam-se nos setores dianteiro e traseiro, com vasos sanitários do

tipo “recirculante”, cujo fluxo indica um ciclo no qual o líquido flui no vaso, contendocorante, desinfetante, e desodorante. A água usada no vaso vai para um reservatório.

Embaixo das pias de cada toalete, existe um extintor de freon que é acionadoautomaticamente caso a temperatura atinja 170o F (72oC), e uma válvula shut-off para ocorte de água daquele toalete.

Existem também painéis de serviço, os quais podem ser drenados, limpos erecarregados.

No teto de cada toalete, encontra-se um estojo contendo duas máscaras de oxigênio,para serem usadas em caso de despressurização, bem como sinais de RETURN TO CABIN,que acendem simultaneamente com o sinal de APERTAR CINTOS.

As aeronaves estão equipado com detectores sonoro de fumaça, instalados nointerior de cada toalete. Havendo necessidade, as portas dos toaletes podem serdestravadas e abertas pelo lado externo.

COMPARTIMENTO DE CARGALocalização: No ventre da aeronave, com acesso pelo lado direito.

São pressurizados com o mesmo diferencial de pressão das cabines, são aquecidos,porém não ventilam. Os animais vivos devem ser transportados no porão dianteiro porqueeste é levemente mais aquecido do que o traseiro e, deverá ser deixado mais espaço parao animal (1/3 para a carga e 2/3 para o animal).

COMPARTIMENTO DE BAGAGEM (BIN)Ao longo de toda a cabine existem compartimentos de bagagem , localizados acima

das poltronas de passageiros, em ambos os lados da aeronave. Cada BIN suporta um pesomáximo de 34 kg (70 libras) no maior.

GALLEYSO conjunto de galleys dispõe de acomodação para os meal troleys, material de

comissária, fornos, pias, boilers, geladeiras, bem como painéis de controle dosequipamentos elétricos acima mencionado e seus respectivos disjuntores.

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A energia elétrica destinada às galeys é controlada por um interruptor ( galey power)localizado na cabine de comando, embora exista disjuntores (circuit brake CB ) para cadaequipamento elétrico da galey.

ESTAÇÃO DE COMISSÁRIOS• Localizados sempre próximo as portas.

As estações podem ser simples ou duplas, e estão equipadas com cinto de segurança“tóraco abdominal” , e os assentos são retráteis.

Acima das estações de comissários há alojamento com máscaras do sistema fixo deoxigênio.

PAINÉISExistem diversos painéis, que através de interruptores e/ou sistemas nele

incorporados possibilitam:1. acionamento da iluminação da cabine de passageiros2. estabelecimento da comunicação a bordo3. identificação de uma chamada de comissários4. a observação de avisos luminosos5. o acionamento das luzes de emergência6. operação dos equipamentos elétricos nas galleys

PAINÉIS LUMINOSOS INDICADORES DE CHAMADAEstão localizados no teto da cabine principal, setores dianteiro e traseiro.

Compõe-se de luzes coloridas, que indicam as chamadas de pax, cockpit, comissários.

Amarela ---------- chamada de toalete para comissário. desligar no próprio botão de chamada.

Azul --------------- chamada de passageiro para comissário. desligar no módulo de serviço PSU.

Rosa --------------- chamada do cockpit para comissário. chamada de comissário para comissário. desligar nos painéis dianteiro ou traseiro dos comissários, botão RESET.

PAINÉIS DAS GALLEYSDisjuntores / luz de acionamento da térmica / interruptor da térmica / interruptor da luz deserviço / interruptor do boiler.

PAINEL DA ESTAÇÃO DE COMISSÁRIOS Interfone / P.A / interruptor de luz de entrada / interruptor de luz de serviço / interruptorde luz do teto da cabine / interruptor de luz das janelas da cabine de passageiro / Reset( botão que apaga a luz indicativa de chamada do interfone) / Attendant ( botão dechamada para comissários ) / Captain ( botão de chamada para a cabine de comandante ).

SISTEMA DE COMUNICAÇÃOO sistema P.A ( Passenger Address) possibilita a tripulação fazer alocuções e a transmitirmúsica aos passageiros.Qualquer anúncio da cabine de comando é prioritário e sobrepõe-se ao anúncio da cabine depassageiro e a música.

UNIDADE DE SERVIÇO AO PASSAGEIRO ( PSU –passenger service units)Estão localizadas acima de cada conjunto de poltronas de passageiros .Nela dispomos:luzes individuais de leitura1 alto falante1 botão de chamada de comissários1 estojo, contendo 4 máscaras de oxigênio( sistema fixo)Na parte lateral, sinais audiovisuais de “APERTAR CINTOS”( FASTEN SEAT BELTS) e NÃOFUMAR (NO SMOKING).

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FARMÁCIAS ( conjunto ou Kit de 1o Socorros)As aeronaves devem estar equipadas com farmácias padronizadas de acordo com osregulamentos vigentes. São compostas de dois Kits distintos.

• O Kit dos comissários, contém medicamentos para serem utilizados em caso deferimentos ou sintomas d e distúrbios leves.

• O Kit do Médico, é de uso exclusivo do profissional da área médica devidamenteregistrado. Este Kit contém equipamento médico-cirúrgico, seringas e injeções paraserem aplicados nos casos de sintomas mais graves.

• No interior dos Kits há relações de medicamentos com a respectiva indicação de uso.• Há também uma folha de relatório para lançamentos dos medicamentos utilizados. É

de responsabilidade do comissário a anotação dos medicamentos utilizados, bemcomo o fechamento com lacre ao final do vôo. Caso haja necessidade de uso do KitMédico, o chefe de equipe deverá fazer um relatório que inclua o nome , endereço eas condições do paciente, o nome do médico e o CRM, bem como o diagnóstico.

A quantidade de farmácias a bordo em cada tipo de aeronave, obedece aregulamentação da ANAC ( Agencia Nacional da Aviação Civil ).

• 00 a 50 passageiros - 01 Farmácia.• 51 a 150 passageiros – 02 farmácias• 151 a 250 passageiros – 03 farmácias• acima de 251 passageiros – 04 Farmácias

ITENS A SEREM OBSERVADOS NOS EQUIPAMENTOS PORTÁTEIS AO REALIZAREMO CHEQUE PRÉ-VÔO: Extintor de água ---------------------------- lacre e sua fixaçãoExtintor de halon---------------------------- lacre, sua fixação e manômetro ( faixa verde)Cilindro portátil de O2 terapêutico ------ sua fixação, manômetro, máscaras oro-nasalMachadinha --------------------------------- sua fixaçãoLuvas de amianto --------------------------- sua presença a bordoMegafone ------------------------------------ sua fixação. Pilhas, botão liga desligaChave da porta da cabine de comando --- sua presença a bordoRádio farol de emergência (TLE) -------- sua presença a bordo e sua fixação.Escape slide ---------------------------------- manômetro Kit de sobrevivência na selva -------------- sua presença a bordoFarmácia -------------------------------------- sua presença a bordo ( quantidades exigidas)

PORCENTAGEM DE ACIDENTES POR FASE DO VÔO / ETAPAS DO VÔOa) taxiamento ---------------------------- 3,3 % -------------------------- xxb) decolagem----------------------------- 12,9 % -------------------------- 1%c) subida inicial ------------------------- 8,9 % -------------------------- 1%d) subida --------------------------------- 6,3 % ------------------------- 13%e) vôo cruzeiro -------------------------- 5,6 % ------------------------- 60 %f) descida -------------------------------- 7,2 % ------------------------- 10 %g) aproximação inicial ----------------- 7,4 % ------------------------- 11 %h) aproximação final ------------------- 22 % ------------------------- 3 %i) pouso ---------------------------------- 26,3 % ----------------------- 1 %

RESTRIÇÕES AO USO DE ARTIGOS ELETRÔNICOS• USO PERMITIDO EM TODAS AS FASES DO VÔO

Máquinas fotográficas com flash embutido, marca passos, relógios eletrônicos, aparelhosauditivos, equipamentos médicos eletrônicos (imprescindíveis)

• USO PROIBIDO NAS FASES DE DECOLAGEM E POUSO

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Câmeras filmadoras e de vídeo, gravadores de fita k7, calculadoras e agendas eletrônicas,barbeadores elétricos, laptops, notebook, e etc ( não inclusos no item abaixo).

• USO PROIBIDO NO INTERIOR DO AVIÃOPagers (teletrim, motorola e etc) toca discos CD e DAT, telefones celulares, jogoseletrônicos (gameboy e etc ), lap tops e notebook equipados com impressora, mouse semfio, ou CD Room, rádios transmissores e receptores de FM e GPS, controles remotos emicrofones sem fio, TVs portáteis.

• USO DO TELEFONE CELULAR A BORDO.Em cumprimento a nova portaria DAC número 02/DGAC, de 04/01/2002, que

modifica o RBHA 91.21 e nele introduz o parágrafo (d), fica permitido a utilização detelefones celulares a bordo das aeronaves, observando-se estritamente o que estabeleceeste novo parágrafo, como se segue:RBHA 91.21 (d) – Não obstante o estabelecido no parágrafo(a) (1) desta seção, podem serusados telefones celulares a bordo de aeronaves operadas segundo o RBHA 121 ou 135,desde que a aeronave: (1) Tenha configuração máxima para passageiros de 10 ou mais assentos; e (2) Esteja estacionado na rampa, no local designado para embarque ou desembarque depassageiros, com os motores desligados e com a(s) porta(s) aberta(s).

OBS: Esta norma é válida tanto para início de vôos, vôos em trânsito e durante oreabastecimento.COMBATE A PRINCÍPIO DE INCÊNDIO

Presume-se que o primeiro contato de nossos antepassados com o fogo, data daPré-história e tenha sido possível através de manifestações naturais com relâmpagos, queao atingir árvores e mata seca, provocaram focos de incêndio, mostrando-se uma forçapoderosa e devastadora.

Utilizando seu raciocínio e experiências imprevistas, o homem pré-históricoconseguiu intencionalmente obter o fogo através de mecanismos simples como o atrito depedras e, mais tarde, com artefatos mais sofisticados e eficientes.

As técnicas de obtenção de fogo eram dominadas na época, penas por poucos eeram tidas como místicas e sobrenaturais.

Neste período de introdução, o fogo foi utilizado para o aquecimento das cavernas e,mais tarde, para iluminação e cozimento de alimentos.

Algumas civilizações antigas, como a japonesa, utilizaram o fogo como meioindustrial, forjando artefatos metálicos com perfeição antes mesmo da era Cristã.

Na idade Média, o homem já dominava as técnicas de fundição, além de aperfeiçoaras técnicas culinária. Graças ao aprimoramento dessas técnicas o homem se desenvolveurapidamente até os dias atuais, onde elas se tornaram imprescindíveis a sobrevivênciahumana.

Os Alquimistas, em seus estudos sobre os elementos fundamentais do planeta,ressaltaram a importância do FOGO junto a ÁGUA, a TERRA e o AR.

No século XVIII o célebre químico francês, Antoine Laurent de LAVOISIER iniciou osestudos da química moderna, passando-se a conhecer com detalhes o fogo como fenômenoquímico e, a partir dessa época, o homem começou a controlá-lo e utilizá-lo a seu serviçocom mais eficiência.

Com o advento da revolução industrial, ocorrida no final do século XIX, o homem deua grande arrancada na pesquisa científica e no desenvolvimento de seu parque industrial,aumentando sua capacidade de produção e conseqüentemente os riscos de acidentes e deincêndios.

Em nosso século o homem tem conseguido processar um número cada vez maior deinformações, difundindo-as com grande velocidade, fazendo uso de tecnologia de ponta emlaboratórios sofisticados desenvolvendo produtos químicos complexos e perigosos eequipamentos com alto risco de utilização.

Nos dias atuais, como na Pré-História, o fogo continua a nos ajudar, mas tambémnos tem demonstrado todo o seu poder de destruição quando o homem perde o controlesobre ele.

As técnicas, equipamentos e materiais de combate a incêndio vem sendodesenvolvido pelo homem moderno, através de estudos científicos e tecnologias avançadas,

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com a intenção de resguardar sua vida e seu patrimônio do fogo descontrolado tornandosua ação inócua ou com o menor efeito possível.

TEORIA DE COMBATE A INCÊNDIO

Nesta parte da matéria vamos ver e rever alguns dos conceitos básicos de química efísica aplicados ao combate a incêndio.

1-COMBUSTÃO1.1- COMBUSTÃO --- é um fenômeno químico que modifica a estrutura físico-química damatéria, através de uma reação química exotérmica irreversível, podendo ou não emitir luze calor.1.2- FOGO é combustão controlada pelo homem, em seu benefício, sob forma de luz e calor.1.3- INCÊNDIO --- é toda combustão que foge ao controle do homem, devendo ser extinta(interrompida) imediatamente, para que não produza efeitos devastadores.

2-ELEMENTOS ESSENCIAIS DA COMBUSTÃOPara que uma combustão ocorra é necessário uma perfeita interligação entre trêselementos, são eles: COMBUSTÍVEL / COMBURENTE / FONTE TÉRMICA.

2.1-COMBUSTÍVEL --- é toda substância ou elemento capaz de alimentar uma combustãoservido como campo de propagação, sofrendo transformações físico-químicas substanciais,produzindo sub-produtos, em sua grande maioria , perigosos e nocivos ao ser humano.• Através de estudos concluiu-se que nas CNTP (Condições Normais de Temperaturas e

Pressão) todas as substâncias orgânicas, são combustíveis.• Fora dessas condições, as substâncias podem ser combustíveis dependendo

exclusivamente da temperatura e pressão do ambiente.• De uma forma geral, para iniciar uma combustão, os combustíveis sólidos e líquidos

necessitam modificar seu estado físico para o estado gasoso (sublimar e vaporizarrespectivamente).

2.2-COMBURENTE --- é o elemento químico responsável pela ativação e aceleração dacombustão, sendo fornecido, normalmente, pelo ambiente combinando-se ao combustívelem partes adequadamente proporcionais.• O comburente mais conhecido em nossa atmosfera é o oxigênio, porém outros

comburentes menos conhecidos podem ser encontrados na natureza.• O antimônio (liga metálica leve), por exemplo, queima com vigor em atmosfera de cloro

na ausência completa de oxigênio. • Para relembrarmos, a camada atmosférica terrestre nas CNTP é composta basicamente

por: 78% nitrogênio / 21% oxigênio / 1% de outros gases.• Isto indica que a maior concentração de oxigênio possível em nossa atmosfera é de

21%(saturação máxima nas CNTP) do volume total de ar do ambiente.• Através de estudos, comprovou-se que a intensidade de uma combustão pode ser

alterada de acordo com a concentração de oxigênio existente no ambiente.• Entre 0% e 8% de oxigênio, não há combustão conhecida ou detectada.• Entre 8% e 16% de oxigênio, a combustão ocorre de forma lenta, sendo detectada por

uma baixa emissão de calor.• Entre 16% e 21% de oxigênio, a combustão ocorre de forma viva, dissipando grande

quantidade de energia térmica e luminosa (luz e calor).

2.3-FONTE TÉRMICA --- é qualquer fonte de ignição com quantidade de calor suficientepara elevar a temperatura de uma determinada substância combustível, até que ascondições do ambiente formado permitam o início da combustão.

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PONTOS NOTÁVEIS DA COMBUSTÃO

a) PONTO DE FULGOR --- é o ponto em que a temperatura alcançada por uma substânciaé suficiente para desencadear a emissão de gases ou vapores inflamáveis, que aoentrarem em contato com uma fonte de ignição externa iniciam uma combustãointermitente e desordenada devido a emissão insuficiente desses gases ou vaporesinflamáveis, cessando imediatamente após a retirada da fonte inicial de ignição.

b) PONTO DE INFLAMAÇÃO--- é o ponto em que a temperatura alcançada pelasubstância produz uma emissão suficiente de gases ou vapores inflamáveis, que aoentrarem em contato com uma fonte externa de ignição mantém uma combustãocontínua e uniforme, mesmo com a retirada da fonte inicial de ignição.

c) PONTO DE IGNIÇÃO --- é o ponto em que a temperatura alcançada pela substânciaé suficientemente elevada para dar início à combustão dos gases ou vaporesinflamáveis, sem que haja a incidência de uma fonte externa de ignição.

PRODUTOS PONTO DE FULGOR PONTO DE IGNIÇÃOMETIL – ETIL - ACETONA -6,7O C 516O CALCOOL ETILICO 12,6O C 371O CTOLUENO 4,4O C 480O CGASOLINA - 42O C 257O CTHINNER 11,7O C 339O CÓLEOS COMBUSTÍVEIS 37,7O C a 110O C 254O C a 407O CQUEROSENE 38o C a 40o C 254o C

3 - TRIANGULO DO FOGO• Como foi visto, para que uma combustão ocorra é necessário que os três elementos

essenciais da combustão estejam presentes no ambiente em proporção adequada.• Essa proporção é representada graficamente, a título de ilustração, por um triangulo

qualquer, cujos lados representam os elementos essenciais de uma combustão.• Comburente / calor / combustível• Modernamente descobriu-se que mais um elemento atuava na combustão, a

REAÇÃO EM CADEIA. A esse novo elemento atribui-se a responsabilidade pelamanutenção da combustão, com expressivo aumento em sua velocidade, formando odenominado QUADRILÁTERO DO FOGO.

• As reações secundárias que ocorrem durante a combustão são, igualmente, reaçõesem cadeia que determinam o surgimento de fragmentos químicos ativos,denominados radicais livres.

4 - TRANSMISSÃO DE CALORO calor é uma forma de energia pura gerada a partir da vibração das moléculas de

um corpo, que segundo KELVIN, cessa quando a temperatura do corpo chega a –273o C ou0o K ( zero grau absoluto).

A transmissão de calor ocorre pela diferença de temperatura existente entre oscorpos, passando do mais quente para o menos quente.

Essa transferência de calor ocorre pelos seguintes meios: Condução / Convecção / Irradiação.

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4.1 - CONDUÇÃO --- é a transmissão de calor que ocorre entre corpos com contato físicodireto, sendo também conhecido como transmissão por contato. (o calor passa de moléculaa molécula, através dos corpos).

4.2 – CONVECÇÃO --- é a transmissão de calor que ocorre pela ação das correntes de umdeterminado fluído aquecido, que se deslocam de regiões mais quentes para as menosquentes. (o calor se transmite através de um meio circulante, seja: ar ou líquidos).

4.3 – IRRADIAÇÃO --- é a transmissão de calor por meio de raios ou ondas térmicas,processadas através do espaço com ar ou vácuo, sem que haja contato físico entre oscorpos. (o calor é transmitido sem a necessidade de intervenção da matéria).

CONCLUSÃO: Quando um incêndio ocorre em um compartimento fechado, podemos presenciar

todos os meios de propagação do calor agindo ao mesmo tempo. O foco principal doincêndio gera grande quantidade de calor que é irradiado em todas as direções aquecendoas camadas de ar mais próximas, produzindo uma grande área de circulação de ar comtemperatura mais elevada e com menor densidade, que se concentra nas partes maiselevadas do compartimento, além de elevar a temperatura de tudo que estiver em contatodireto com o calor do foco principal dando início à combustão desses corpos.

As condições geradas nesse compartimento irão torná-lo em poucos minutos umambiente completamente inóspito ao ser humano.

CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOSOs incêndios podem ser classificados tecnicamente por vários aspectos, sendo o mais

importante e conhecido, aquele que os classifica quanto ao combustível que o alimenta,determinando os procedimentos, cuidados especiais e os materiais e equipamentos quedevem ser empregados para uma rápida e eficiente extinção.

CLASSE “A”---são os incêndios envolvendo materiais sólidos comuns de base carbônica,tendo como principais características deixarem cinzas como resíduos e arderem tanto nasuperfície como em profundidade.

São exemplos de materiais combustíveis nos incêndios de classe “A” : papel, tecidos,plásticos comuns (PVC, ABS,...), plásticos reforçados como as fibras de vidro e carbono,acrílicos, entre outros.

O calor aplicado diretamente nas substâncias sólidas carbônicas, inicia a combustãogradativa das camadas da superfície até atingir o núcleo do corpo, mantendoininterruptamente, o suprimento de calor e comburente. O ciclo formado faz dos incêndiosde classe “A” , persistentes e de difícil interrupção.

Essa classe de incêndio permite comumente a reignição, pois apenas uma extinçãosuperficial não é suficiente para desativar totalmente a combustão da substância.

O procedimento de se revolver o material combustível com a finalidade de facilitar ainfiltração de substâncias extintoras nas camadas mais profundas é chamado de“RESCALDO”. CLASSE “B” --- são os incêndios envolvendo os líquidos inflamáveis em geral, tendo comoprincipais características não deixarem resíduos sólidos e arderem apenas na superfície.

São exemplos de combustíveis líquidos: querosene, gasolina, óleos em geral, graxas,tintas, álcool vegetal e mineral e demais derivados do petróleo.

Os líquidos inflamáveis são compostos carbônicos que passam para o estado gasosoa temperaturas relativamente baixas, o que os torna extremamente perigosos, pois com umponto de inflamação baixo, essas substâncias emitem grandes quantidades de gases ouvapores inflamáveis na temperatura ambiente, o que possibilita uma rápida ignição comgrande liberação de calor.

Como os comburentes são em sua maioria gases, estes tendem a se acumular nasuperfície do líquido, não permitindo a combustão interna do líquido.

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CLASSE “C” --- são os incêndios em equipamentos elétricos energizados. Essa classe deincêndio, leva em consideração o risco de choque elétrico e não o material de que éconstruído.

Alguns equipamentos elétricos considerados vitais ou que estejam ligados a fontesvitais, não permitem seu desligamento total e portanto se mantém energizados, outrospossuem a capacidade de acumular grande quantidade de energia quando desligados dafonte principal, fazendo dessa classe de incêndio a mais arriscada para o operador deequipamentos de combate a incêndio, devendo ser selecionadas as substâncias extintorasnão condutoras de eletricidade.Exemplos: geradores, transformadores, TV, ar condicionados, painéis overhead etc..

CLASSE “D” --- são os incêndios em substâncias químicas consideradas especiais quenecessitam de técnicas e equipamentos especiais para sua extinção.

São exemplos dessas substâncias os elementos radioativos, os metais pirofóricos( magnésio, selênio, antimônio, lítio, cádmio, potássio, zinco, titânio, sódio e zircônio), osexplosivos, os gases inflamáveis e as substâncias que podem trazer risco de contaminação.

FASES DO INCÊNDIO:Eclosão / Incubação / Generalização ou flash over / Propagação / Extinção.

6- MÉTODOS DE EXTINÇÃOSão técnicas e procedimentos adotados com a finalidade de interromper uma

combustão em andamento, através da interferência direta nos estágios intermediários dareação ou pela supressão total, parcial ou controle de um ou mais elementos essenciais dacombustão.São quatro os métodos de extinção:6.1 – ISOLAMENTO --- consiste na remoção da parte do combustível intacto para um localafastado do foco do incêndio ou fonte térmica, ou pela retirada, da porção de combustívelem chamas, para um local seguro e afastado do combustível não queimado.

Este método se torna ineficiente em compartimentos fechados que possam restringir ouimpedir a movimentação do combustível.

6.2 – ABAFAMENTO --- é a extinção realizada pela redução da taxa de oxigênio do ambienteou pela interposição de um elemento neutro, evitando o contato direto entre a camadasuperficial do combustível e o ar atmosférico.

Algumas substâncias combustíveis especiais, trazem incorporadas a sua estruturamolecular o comburente necessário para queima total de sua massa combustível.

6.3 - RESFRIAMENTO --- é a extinção realizada pela redução da temperatura da substânciacombustível, neutralizando sua capacidade de atingir o ponto de fulgor ou inflamação,cessando a emissão de gases ou vapores inflamáveis, impedindo a combustão.

6.4 – EXTINÇÃO QUÍMICA --- é a extinção realizada pela interferência direta na reação decombustão, quando um produto químico específico age sobre os reagentes em combustão,formando subprodutos através da união dos radicais livres a esses produtos impedindo aformação de gases ou vapores inflamáveis. A quebra da reação em cadeia ocorre a nívelmolecular e é o principal método de extinção dos extintores químicos. Impede quemoléculas incandescentes entrem em contato com os vapores emanados do combustível,evitando a propagação do fogo.

7 – AGENTES EXTINTORES e EXINTORESSão substâncias utilizadas no combate a incêndio, com características especiais,

definidas para cada classe de incêndio ou método de extinção. Trata-se de certas substâncias químicas, sólidas, líquidas ou gasosas que são

utilizadas na extinção de um incêndio, dispostas em aparelhos portáteis de utilizaçãoimediata (extintores).

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Basicamente existem dois grupos de agentes extintores, os que ABAFAM e os queRESFRIAM.

7.1 –AGENTE EXTNTOR ÁGUA - é um composto inorgânico estável no estado líquido nasCNTP, que se vaporiza a 100o C, mantendo sua composição molecular até aproximadamente1.500o C, quando se inicia a dissociação molecular dando origem ao hidrogênio e o oxigêniopuro formando uma mistura adequadamente inflamável.

A água não produz subprodutos perigosos quando em contato com as chamas ousuperfícies aquecidas, apenas o vapor d’água, é boa condutora de eletricidade e entre assubstâncias ordinárias é a que possui maior necessidade de absorver calor do meio parasua vaporização.Ação:É baseada exclusivamente no método de resfriamento.Eficiência:Sua eficácia máxima é conseguida nos incêndios de classe “A”.Restrições:Nos incêndios de classe B, a água pode ampliar a área de incêndio.Nos incêndios de classe C, a água NÃO pode ser utilizada, por se tratar de substância boacondutora de eletricidade, podendo levar o operador a morte.Precauções:Verifique com atenção se a extinção foi completa, caso haja dúvida execute o “rescaldo” ese necessário utilize outras substâncias a base de água, como sucos, refrigerantes, etc...Caso seja necessário, a utilização da água em equipamentos elétricos, MESMODESLIGADOS, verifique se não há a possibilidade de uma segunda fonte de energia o estaralimentando ou que em seu interior tenha sido acumulada energia.

EXTINTOR PORTÁTIL DE ÁGUA PRESSURIZADA (água-glicol /anti-congelante)É composto por um cilindro metálico pressurizável que armazena 1,5 litros de um

composto a base de água e glicol, com alcance útil de aproximadamente 6 metros comtempo de utilização de, pelo menos 30 segundos.

A pressurização do cilindro principal é feita através de uma pequena cápsula de CO2,ar comprimido ou nitrogênio, instalada na parte interna do punho do extintor que, quandogirado no sentido horário, o lacre é rompido e a cápsula é perfurada, liberando o gás para ocilindro principal, ao mesmo tempo destravando o gatilho e quando este é pressionado aválvula se abre permitindo que o composto seja impelido para o exterior através de um

tubo sifão.CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS:Cilindro metálico na cor cinza.Conjunto superior (bico cônico ejetor, gatilho e válvula).Punho com trava do gatilho e cilindro de gás propelente.1,5 litros de água/glicol.Alcance de 6 metros com duração de 30 segundos. OPERAÇÃO:Retire o extintor de seu suporte, levando-o até próximo aolocal do incêndio.Gire o punho no sentido horário até que se rompa o lacre ea cápsula de pressurização seja perfurada.Pressione o gatilhoAponte o jato para a base das chamas, mantendo oextintor na posição vertical.CHEQUE PRÉ-VÔOFixação ao suporteEstado geral de conservaçãoValidade da cargaIntegridade do lacre

7.2– AGENTE EXTINTOR HALON (1211) --- é um composto halogenado estável no estadogasoso, pertence à família dos gases FREONS cuja composição química molecular básica édesignada pela sigla BCF (BROMOCLORODIFLUORMETANO), tendo como principais

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características, a alta densidade, baixa toxidade e condutividade elétrica, é inerte, incolor,não deixa resíduos e não reduz a visibilidade.

Por serem compostos fluorcarbonados (CFC), sua utilização está sendo proibida pordestruir a camada de ozônio.

Ação:É baseado essencialmente na extinção química, pelainterferência direta dos radicais livres do halon, queinterceptam os estágios intermediários da combustão.Sendo um gás de alta densidade, o halon age,secundariamente, por abafamento.Eficiência:É indicado, por ordem de eficiência, para os incêndios declasse “ C, B, A ”.O halon foi testado, em laboratório, em incêndio de classe Ccom tensões de até 10.000 Volts, mostrando ser um produtoextremamente seguro e eficiente nessas condições.Precauções:Nos incêndios de classe “A e C “, pode permitir a reignição,devido a ação apenas superficial, tornando-se necessário orescaldo.O uso do E.P.R. é obrigatório em ambientes confinados oucom circulação de ar deficiente.

Os subprodutos do halon mostraram, em laboratório,serem fortemente irritantes para as mucosas servindo como

sinal de sua presença perigosa e determinando o imediato abandono do local.EXTINTOR PORTÁTIL DE HALON 1211 (BROMOCLORODIFLUORMETANO)

É composto por um cilindro confeccionado em alumínio ou plástico reforçado quemantém o halon no estado líquido pressurizado junto com o nitrogênio a 10% que éutilizado como propelente secundário, gatilho e punho formando um único conjunto e ummanômetro acoplado a válvula, tendo um alcance útil de 1,5 metros por aproximadamente10 segundos.

Quando o gatilho é pressionado, o BCF é impelido pelo nitrogênio para o ambienteatravés do tubo sifão, vaporizando-se pela redução de pressão.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICASCilindro em liga leve, na cor vermelha.Conjunto superior (gatilho, trava, válvula, bico ejetor de baquelite na cor preta emanômetro).Contém 1Kg de Halon/Nitrogênio a mistura de 9/1Alcance de 2 metros por 10 segundos aproximadamente.

OPERAÇÃORetirar o extintor do seu suporte, levando-o até próximo ao local do incêndio.Remover a trava do gatilho rompendo o lacre.Pressionar o gatilho.Produzir uma camada uniforme do produto sobre a superfície do combustível afetado,através de movimentos em forma de leque, mantendo o extintor na posição vertical.

CHEQUE PRÉ-VÔOFixação ao suporteEstado geral de conservaçãoValidade da cargaIntegridade do lacreIndicação do manômetro na faixa verde

7.3 – AGENTE EXTINTOR DIÓXIDO OU BIÓXIDO DE CARBONO (CO2) --- é umcomposto orgânico estável, no estado gasoso nas CNTP, formado por um átomo de carbonoe dois de oxigênio, é mais pesado que o ar, é inerte e ocorre por um curto espaço de tempo.Eficiência:

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O CO2 pode ser empregado, por ordem de eficiência , nos incêndios de classe “C, B, A “.Nos incêndios de classe “C “, foi testado em tensões de até 220.000 Volts a 4 metros dedistância com segurança.Mesmo sob frio mais intenso, o CO2 se mantém em condições de uso.Sua maior eficiência é conseguida através da saturação do ambiente da combustão antesque este alcance temperaturas elevadas.Restrições:Nos incêndios de classe “A “ mostrou ser eficiente apenas nas fases iniciais da combustão,sendo contra indicado em substâncias que apresentem a formação de brasa com elevadatemperatura ocorrendo uma rápida dissipação e imediata reignição das chamas.Precauções:

Devido a expansão causada pelo aumento de temperatura acima de 165o C, aredução de sua densidade acarretará a conseqüente ascensão e diluição do CO2 no aratmosférico.

Quando utilizado em incêndios de classe “Ä “, permite a reignição nas fases maisavançadas da combustão necessitando do “ rescaldo”.Sua eficiência fica reduzida quando utilizado em locais abertos ou com fortes correntes dear.

Em ambientes confinados pode levar o operador a uma insuficiência respiratória,sendo obrigatória o uso de E.P.R.

Indivíduos que apresentem sinais de terem inalado o CO2, recuperam-serapidamente em contato com o ar livre ou através de respiração artificial, em casos maisgraves.

Em pessoas com as roupas em chamas, não dirigir o jato para o rosto e não usarjato prolongado.

O agente extintor ao sair do tubo difusor atinge uma temperatura de –80o C,portanto não devemos segurar o cilindro mas apenas o punho do extintor.

EXTINTOR PORTÁTIL DE CO2 (GÁS CARBÔNICO) É composto por um cilindro de aço reforçado que mantém o CO2 a uma pressão de

900 PSI, utilizando o nitrogênio como gás propelente auxiliar. Possui, ainda, um sistema dedisparo (gatilho) acoplado ao punho e um tubo difusor com alcance útil deaproximadamente 1 metro e tempo de utilização não inferior a 20 segundos.Quando o gatilho é pressionado, a válvula se abe e o gás, sob alta pressão é impelido parafora do cilindro até o início do tubo difusor, onde encontra o “quebra-jato”, que é uma peçaresponsável pela formação da nuvem carbônica, através do turbilhonamento do jato inicialdentro do tubo difusor.CARACTERÍSTICAS TÉCNICASCilindro em aço reforçado sem costura, na cor vermelho.Conjunto superior (gatilho, válvula, mangote metálico e tubo difusor).Contém 1Kg de CO2 (3/4 do volume) e 0,3Kg de nitrogênio (1/4 do volume).Alcance de 1,5metros e duração de 25 segundos aproximadamente. OPERAÇÃORetire o extintor do suporte, levando-o até o local do incêndio.Rompa o lacre e remova o pino trava do gatilho (caso exista)Pressione o gatilho firmementeDirija o jato em leque, de modo que a nuvem formada cubra paralelamente toda a camadado combustível afetado.Mantenha o extintor na posição vertical.

Atenção: NÃO segure o extintor pela base(fundo), ou toque no tubo difusor durante eimediatamente após o disparo, pois, devido a brusca redução de pressão e conseqüenteredução de temperatura podem ocorrer o congelamento do fundo do cilindro e do tubodifusor, além de pequenos choques por eletricidade estática.

CHEQUE PRÉ-VÔOFixação ao suporteEstado geral de conservação.

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Validade da carga.Integridade do lacre.

7.4 – AGENTE EXTINTOR PÓ QUIMICO SECO (PQS) --- é um pó incombustívelquimicamente preparado para a extinção, sendo apresentado sob a forma de um fino talcocomposto basicamente de bicarbonato de sódio, cálcio, ou potássio, acrescido de algunsaditivos.

As substâncias utilizadas na fabricação do PQS não são, em geral, tóxicas, irritantesou abrasivas, além de possuírem baixa condutividade elétrica.Quando aplicado diretamente no foco da combustão, o bicarbonato de sódio (cálcio oupotássio) é transformado em carbonato de sódio (cálcio ou potássio), bióxido de carbono evapor d’água.Ação:É baseado no processo de abafamento. Recentemente descobriu-se que a composiçãoquímica do PQS produzis, também, a extinção química.Eficiência:Por ordem de eficiência, PQS pode ser empregado em incêndios classes “B, C, A “.Nos incêndios de classe “C e A“, é eficiente apenas nas fases iniciais da combustão,podendo permitir a combustão interna.

Precauções:Nos incêndios de classe “A”, é necessário o “rescaldo”.Nos incêndios de classe “C”, em equipamentos eletro-eletrônicos que operam com tensãoelevada e em locais úmidos, o uso do PQS deve ser evitado, pois pode permitir a ocorrênciado arco voltaico.Durante e imediatamente após grandes descargas de PQS em ambientes confinados,provocam dificuldades de respiração, visão e em casos muito graves pode ser letal, sendoobrigatório o uso do E.P.R.

EXTINTOR PORTÁTIL DE PÓ QUÍMICO SECO – PQS• 900 gramas de bicarbonato de sódio e 100 gramas de nitrogênio• Capacidade: 1 Kg• Alcance: 2 metros aproximadamente.• Duração: 25 segundos• Características:cilindro metálico na cor vermelha, manômetro, punho de metal.• Descrição: cilindro de metal, alça empunhadora de metal, gatilho, bico ejetor,

pino/argola de segurança, manômetro e tubo sifão.

Seu funcionamento, seqüência de operação e o cheque pré-vôo são idênticos ao extintorde Halon. TABELA DE UTILIZAÇÃO DE EXTINTORES

AGENTEEXTINTOR

MÉTODO DEEXTINÇÃO

CLASSE A CLASSE B CLASSEC

ÁGUA (LÍQUIDO ) RESFRIAMENTO OTIMO NÃO NÃOCO2 ( GÁS ) ABAFAMENTO REGULAR* REGULAR BOMBCF ( GÁS ) EXT QUÍMICA /

ABAFAM.REGULAR* BOM OTIMO

PQS (SÓLIDO PÓ) ABAFAM. / EXTQUÍMICA

REGULAR* OTIMO REGULAR

( * ) não extingue totalmente a combustão, podendo permitir a reignição. EXTINTORES FIXOS DE INCÊNDIO

Os extintores fixos, como o próprio nome indica, encontram-se em locais de difícilacesso ou que não tenhamos controle imediato e não possam ser retirados. Encontram-sefixos na APU, MOTORES, PORÕES DE CARGA E TOALETES.

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NA CABINE DE PASSAGEIROS:Nos toaletes, dentro do compartimento abaixo das pias.

CARACTERÍSTICAS:Pequenos, na cor preta e com uma forma arredondada, possui dois ejetores, sendo umapontado para o aquecedor de água (boiler) e o outro para a lixeira.

AGENTE EXTINTOR:Gás freon.

ACIONAMENTO:É um extintor automático, que dispara quando temperatura ambiente atingir 170o F.Os ejetores possuem uma espécie de cera nas extremidades, que derretem à altastemperaturas, liberando o conteúdo do extintor.

SISTEMA DE DETECÇÃO DE FOGO E FUMAÇASão sistemas ligados a sensores que monitoram temperaturas e condições do ar do

ambiente, detectando degradações críticas dessas condições, bem como a presençaperigosa de gases provenientes da combustão, alertando a tripulação através de sinaisvisuais e sonoros localizados em painéis de alarme instalados na cabine de comando e nostoaletes.

Os sensores estão instalados nas nasceles dos motores, nos compartimentos daAPU, de carga, dos sistemas eletrônicos, nos toaletes e em outros locais consideradoscríticos.

Os sensores que detectam chama são normalmente sensores termovelocimétricos(detectam aumentos rápidos de temperaturas no ambiente), quando instalados em locaisonde não sejam sentidas grandes mudanças de temperatura.

Nos compartimentos dos motores podemos encontrar os pares termo elétricos, quesão calibrados para não reconhecerem determinadas faixas de temperatura, alertando ospilotos, caso essas temperaturas ultrapassem determinados limites.

EQUIPAMENTOS AUXILIARES DE COMBATE A INCÊNDIO

1 – E.P.R ( EQUIPAMENTYO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA) capuz anti fumaça (CAF) e/ou máscaras full face com cilindro misto de oxigênio

CAPUZ ANTI FUMAÇA ( smoke hood ) DESCRIÇÃO: Unidade composta de duas capas flexíveis,interna e externa, de poliéster revestido de PVCresistente ao calor e as chamas, incluindo o visorplástico.Diafragma de neoprene que veda a parte inferior docapuz, em torno do pescoço.Reservatório metálico de formato anelar, contendooxigênio sob pressão e uma alavanca para oacionamento do sistema.Sistema de absorção de CO2 para manter suaconcentração abaixo de 4%.Válvula de pressão positiva que estabiliza a pressão

interna do capuz entre 1 e 2 milibares.Diafragma acústico para permitir a comunicação oral, mesmo que estejam usando interfoneou megafone.

FLUXO DE OXIGÊNIO:Quando o sistema for acionado, o fluxo de oxigênio passará através de um orifício

calibrado, onde será ajustado em função de duas variáveis : tempo de utilização do capuz econsumo de oxigênio,

O fluxo será contínuo e poderá ser percebido, pelo usuário, um leve ruído.

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Inicialmente a pressão será mais forte com a finalidade de eliminar o ar tóxico da cabineque tenha ficado retido no interior da capuz, logo a seguir, o fluxo baixará para um nívelcompensatório de acordo com o consumo do usuário.

A pressão interna do capuz será sempre positiva, isto é, maior que a pressão dacabine.

A temperatura interna do capuz nuca excederá +40o C, porque a alta pressão dofluxo de oxigênio refrescará o interior do mesmo.

ABSORÇÃO DE CO2O sistema de absorção do dióxido de carbono não permitirá que a concentração

ultrapasse o percentual de 4%, não obstante, no final da utilização o usuário poderá ter asensação de estar respirando em ritmo acelerado, trata-se de um sistema dehiperventilação, que não envolverá nenhum risco.

ADEQUAÇÃO C.A.F. é destinado a proteger os olhos e o sistema respiratório do usuário contra a

fumaça e/ou gases tóxicos, nas seguintes condições:a) combate a um princípio de fogo a bordob) pouso em emergência com fumaça densa na cabinec) evacuação da aeronave com fumaça densa na cabine

VARIAÇÃO NA UTILIZAÇÃO O C.A.F. poderá ser utilizado no cheque pós despressurização “WAP”.

MÁSCARA FULL FACEDESCRIÇÃO:Unidade composta de uma máscara de borracha com visor plástico e tirantes para fixar eajustar.Uma válvula de demanda com tubo de borracha.Um cilindro misto (válvula de fluxo contínuo e válvula de fluxo por demanda) de oxigênio,com 311 litros.

FLUXO DE OXIGÊNIO:Quando o sistema for acionado na válvula de fluxo contínuo, o oxigênio irá fluir

100% na saída de 4 litros por minuto.Quando o sistema for acionado na válvula de demanda, o oxigênio irá fluir 100% a

pedido da capacidade pulmonar.

ADEQUAÇÃO A máscara FULL FACE, é destinado a proteger os olhos e o sistema respiratório do

usuário contra a fumaça e/ou gases tóxicos, nas seguintes condições:d) combate a um princípio de fogo a bordoe) pouso em emergência com fumaça densa na cabinef) evacuação da aeronave com fumaça densa na cabine

2 – LUVAS KEVLARO par de luvas Kevlar é um equipamento auxiliar no combate a incêndio porque o

material empregado na sua confecção é um isolante térmico, protegendo mão e parte dosbraços do usuário.

3 - MACHADINHADe um modo geral, a machadinha é considerada um equipamento auxiliar no

combate a um incêndioPossui um lado cortante e outro perfurante e seu cabo é revestido de borracha

isolante ( resistência aproximada de 20.000 volts).No combate a um incêndio a machadinha pode ser utilizada para cortar fios

energizados, romper e remover painéis e facilitar a remoção de objetos com altastemperaturas. Num pouso de emergência, ocorrendo deslocamento de partes internas da

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aeronave, a machadinha poderá ser utilizada para desobstruir a área de acesso a algumasaída ou mover pessoas presas a destroços. Em todas as aeronaves comerciais, amachadinha encontra-se localizada na cabine de comando, podendo haver exceções.

INCÊNDIO A BORDO DE AERONAVES INCÊNDIO EM TOALETES:CLASSE “A”

Causa prováveis – pontas de cigarros acesas ou fósforos jogados sobre papéis ououtros materiais de fácil combustão depositados nas lixeiras. CLASSE “C”

Causas prováveis – super aquecimento do motor elétrico que aciona a descarga dovaso sanitário ou do aquecedor da água da pia; curto circuito nas fiações de painéis ou nailuminação do toalete.

PROCEDIMENTOS QUE DEVERÃO SER ADOTADOS:1- verificar o funcionamento do alarme “detector de fumaça “.2- verificar o fluxo de água da descarga do vaso sanitário e da torneira de água quente.3- verificar a trava das portas das lixeiras.

INCÊNDIO EMGALLEYS:CLASSE “A”

Causa prováveis – pontas de cigarros acesas ou fósforos jogados sobre painéis ououtros painéis de fácil combustão depositados nas lixeiras das galleys, cigarros acesosprovenientes de material retornado das bandejas.

CLASSE “C” Causas prováveis – manuseio inadequado de equipamento elétrico, curto circuito nos

painéis, super aquecimento de térmicas que permanecem ligadas, embora vazias;colocações de papéis, papelão ou panos nos fornos; gorduras de alimentos.

PROCEDIMENTOS QUE DEVERÃO SER ADOTADOS1- verificar o perfeito funcionamento de todo o equipamento elétrico das galleys.2- cuidar para que as térmicas vazias estejam desligadas.3- se um disjuntor (CB) saltar, após 3 minutos deve-se pressioná-lo. Caso torne a saltar.Comunicar a cabine de Comando imediatamente.4- caso seja percebido cheiro de queimado ou fumaça saindo dos fornos, deve-sedesconectar os fusíveis correspondentes.

INCÊNDIO NA CABINE DE PASSAGEIROS:CLASSE “A”Causa prováveis – colocação de material inflamável (jornal, revistas, mantas, etc... ) sobreas grades de retorno do ar na área inferior das paredes; passageiros insistindo em fumar,mesmo sendo proibido.CLASSE “C”Causas prováveis – colocação de papelão ou panos para vedação das luzes individuais quenão apagam; curto circuito na fiação da iluminação da PSU ou dos interruptores das luzesindividuais ou do sistema de áudio.

PROCEDIMENTOS QUE DEVERÃO SER ADOTADOS1 – cada comissário deverá verificar, no inicio e ao término do vôo (inclusive escalas), que aárea sob sua responsabilidade se encontra em perfeita ordem.2 – verificar que todo o equipamento de emergência esteja em seus respectivos lugares edentro dos limites de validade, com lacres de segurança e presilhas devidamenteajustadas.3 – manter desimpedido o acesso a todo equipamento de emergência.4 – manter uma vigilância contínua.

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5 – realizar rondas periódicas durante os plantões, principalmente nas áreas reservadas aosfumantes.

PROCEDIMENTOS GERAIS EM CASOS DE COMBATE A INCÊNDIO A BORDO DEAERONAVES.

Ao se detectar fumaça ou fogo a bordo de uma aeronave, duas ações imediatas sãorequeridas:

1o combater o fogo imediatamente, utilizando-se o extintor adequado a classe de fogo.Dirigir o jato do extintor para a base das chamas com movimentos de varredura.2o simultaneamente, outro comissário deverá comunicar à cabine de comando e mantê-lainformada sobre o andamento do combate a incêndio.

AÇÕES SUBSEQUENTESA - um outro comissário deverá equipar-se com o EPR, par de luvas de amianto e trazerpara a área afetada o maior de extintores adequados a classe de incêndio.B – a equipe deverá fazer um revezamento para que não haja intoxicação pela inalação defumaça.C – avaliar a necessidade da realização de rescaldo. Se for necessário, o tripulante deveráutilizar a machadinha e o par de luvas de amianto para remover painéis, antes, o cuidadode desligar todos os circuitos da área afetada. Rescaldar, utilizando extintor de água ouqualquer líquido a base de água.D - retirar da área do fogo os passageiros e todo o equipamento portátil de oxigênio.E - consultar o comandante sobre a necessidade de se executarem os procedimentos deevacuação de fumaça da cabine, aplicáveis ao tipo de aeronave.F - se for necessário, aplicar oxigênio em quem tiver inalado fumaça demasiadamente.

COMBATE A INCÊNDIO EM TOALETESAo soar o alarme do detector e fumaça, tomar as seguintes providências:

1- equipar-se com o extintor de halon e o equipamento de proteção à respiração CAF2 -antes de abrir a porta do toalete para combater o fogo, sentir a temperatura da mesma.

*se a porta não estiver muito quente, abri-la calcando-a com o pé e combater o incêndiode acordo com os procedimentos gerais. *se a porta estiver muito quente, não abri-la.3 – trazer o maior número de extintores adequados à classe de incêndio, para a área dotoalete.4 – fazer um furo na parte superior da porta, utilizando o lado perfurante da machadinha ouabri-la o mínimo possível (fresta), o suficiente apenas para colocar o bico ejetor do extintor.5 – despejar a carga total de um extintor de halon.6 – aguardar um pouco.7 – abrir a porta do toalete, calcá-la com o pé e combater o fogo utilizando um extintor dehalon e equipado com o equipamento de proteção respiratória.8 – avaliar a necessidade de realizar o rescaldo. Todos os circuitos elétricos da área deverãoestar desligados. Para a realização do rescaldo podem-se utilizar extintores de água ouqualquer líquido à base de água.

FOGO EM HOTÉISA sobrevivência em um incêndio no hotel onde se esteja hospedado começa logo

após o registro. Ao chegar ao andar e ao quarto, deve-se verificar todas as saídas e rotas deemergência em caso de incêndio.

Em incêndios, algumas pessoas morrem queimadas, mas a grande maioria morreintoxicada por fumaça, envenenada por gases e/ou pânico. O pânico , geralmente, éconseqüência da ignorância sobre como proceder. Havendo plano de escape de incêndio,aumenta-se muito a chance de sobrevivência. Condicionar-se aos seguintes procedimentos.

CHEQUE DAS SAÍDAS1. Fazer reconhecimento do local, procurando conhecer a exata localização dos

extintores.

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2. Caminhar por todo o corredor do andar e verificar quantas saídas de emergênciaexistem.

3. Em caso de fogo nunca utilizar os elevadores ( se o fogo estiver nos andaresinferiores, o elevador poderá parar em uma área cheia de fumaça ou fogo).

4. Verificar se as saídas de emergência estão em condições de uso. 5. As portas abrem? 6. As escadas estão desimpedidas?7. Contar quantas portas existem entre oo quarto e a saída de emergência. Verificar

também se há algum objeto no corredor que possa servir de orientação.8. Em caso de incêndio o corredor poderá estar cheio de fumaça ou escuro e saber

antecipadamente a distância e o caminho a ser percorrido será de grande valia.9. Se o hotel tiver um sistema de alarme de fogo, procurar a localização do alarme

mais próximo10.Procurar saber também como usá-lo, pois poderá ser necessário ativá-lo no escuro

ou sob fumaça densa.

CHEQUE DOS QUARTOSÉ importante conhecer os recursos de que se dispõe no interior do quarto, pois pode

ser necessário permanecer no interior do mesmo caso o fogo bloqueie a saída.Muitas pessoas conseguiram sobreviver a incêndios permanecendo em seus quartos,protegidas contra a fumaça e/ou gases tóxicos, enquanto aguardavam ser resgatadas.

COMO MEDIDA DE PRECAUÇÃO DEVE-SE:1. Colocar a chave do quarto sempre no mesmo lugar (preferencialmente próximo a

cama) e;2. levá-la consigo ao deixar o quarto durante o incêndio, pois pode-se encontrar o

caminho obstruído, sendo necessário retornar ao mesmo.3. Experimentar janelas. Verificar se abrem e como funcionam. Se houver mais de uma

janela, escolher a melhor para eventual saída de emergência.4. Observar através da janela para ver o que há do lado de fora. Certificar-se da

possibilidade de sair por ela. Lembrar que pular de uma altura de mais de 2 metrosgeralmente provoca ferimentos graves.

5. Saber utilizar o telefone. Caso haja um início de fogo no quarto, avisar imediatamenteà telefonista ou diretamente o Corpo de Bombeiros. Procurar controlar as chamasempregando recursos disponíveis, visando extinguir ou contornar o incêndio, massomente tente apagá-lo se tiver certeza que poderá fazê-lo.

6. Ao tentar escapar de um prédio em chamas, deve-se considerar a hipótese de ter queretornar ao quarto por não conseguir ultrapassar as chamas. Por isso, deve-se fechara porta ao sair, impedindo, assim que as chamas nele adentrem.

EM CASO DE ALARME DE INCÊNDIODeve-se proteger o corpo, isto é, nunca tirar a roupa; ao contrário, acrescentar

outras peças, se possível umedecidas. Improvisar filtros de gases, protegendo boca e nariz.Caso haja evidência de fumaça no quarto, não levantar, ROLAR da cama e ENGATINHAR,pois a fumaça tem a tendência a subir, deixando a área próxima ao chão melhor oxigenada.

Testar a temperatura da porta com o dorso da mão antes de sair do quarto. Se amaçaneta ou a porta estiver quente, NÃO ABRIR. Se não estiver quente, abri-la, masmesmo assim, devagar e preparado para fechá-la com rapidez, se necessário.

Verificar o corredor, se tudo estiver normal, dirigir-se à saída de emergência maispróxima. Caso haja fumaça no corredor, caminhar junto as paredes, contando o número deportas. Assim se saberá a que distância está a saída. Se a saída mais próxima estiverbloqueada, tentar chegar a outra. Nunca utilize os elevadores.Descer sempre, isto é, ao chegar a saída de emergência, procurar descer até o andartérreo. O fogo provoca calor, fumaça e pânico; por isso, ao descer as escadas, deve-sefazê-lo segurando o corrimão. Agindo assim, o corrimão servirá como orientação e proteção,evitando ser derrubado por pessoas em pânico.

Se nos andares debaixo o fogo ou a fumaça estiver tão denso que impeça apassagem, deve-se voltar para cima. Nessa situação, caso haja fogo nos andares superiorese se o acesso for possível, deve-se buscar o terraço.

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Tirar proveito do vento, colocando-se no prédio em posição segura ao deslocamento daschamas. Ter calma; não correr e sim andar.

NA IMPOSSIBILIDADE DE SAIR DO QUARTO1. Se a porta ou a maçaneta estiver quente, isto quer dizer que o corredor deve estar em

chamas, impedindo a passagem. NÃO DEVE-SE ABRIR A PORTA NEM ENTRAR EMPÂNICO.

2. Permanecer no seu quarto em tal situação pode significar maiores chances desobrevivência.

3. Molhar toalhas e lençóis e vedar as frestas da porta para evitar que a fumaça entre noquarto. Resfriar o local molhando as paredes, piso e janelas.

4. Encher a banheira de água. Ela poderá ser necessária para combater o fogo. Nuncaentre na banheira com água, esperando com isto, escapar do fogo. A água pode estarfervendo.

5. Se houver fumaça no quarto e esta for muito densa, tentar conseguir ar. Abrir as janelasem cima e embaixo. Calor e fumaça normalmente saem por cima. Deve-se respirar pelaabertura inferior. Usando um cobertor, pode-se fazer uma tenda sobre a cabeça ecolocá-la para fora da janela (somente se na área externa não houver fogo ou fumaça).

6. Se a janela não abrir, quebrá-la. Caso não consiga quebrá-la, procurar um dos cantos,pois aí encontrar-se-á ar circulando.

7. Procurar se fazer notar. Se o telefone estiver funcionando, usá-lo para pedir ajuda; casocontrário, agitar lençol do lado de fora para chamar a atenção dos bombeiros.

a. Finalmente, se não houver saída e a permanência no quarto se tornarimpraticável, será necessário decidir a melhor maneira de sair.

Seja qual for a atuação durante um incêndio – fuga ou proteção – as observaçõesabaixo são válidas e devem sempre ser seguidas:

• TESTAR A PORTA ANTES DE ABRI-LAS (se estiverem quentes não abri-las).• FECHAR AS PORTAS ATRÁS DE SI.• ANDAR JUNTO AO SOLO sempre que houver fumaça no loca.• NUNCA UTILIZAR ELEVADORES utilize sempre as escadas.• NÃO DAR OUTRA CHANCE AO FOGO tendo conseguido escapar, não retornar.

F O G OO original deste artigo é de autoria do Cap. R. H. kauffman. Publicado no AMERICAN AIRLINES FLIGHT MAGAZINE e no AVIATION MEDICAL BULLETI

Você já esteve num hotel ou prédio comercial durante um incêndio?Trata-se de uma experiência aterradora e você deveria começar a pensar no assunto desdejá. Por exemplo, como você teria agido caso estivesse num dos seguintes incêndios?

“The Gulf Hotel”, Houston, Texas ------------- 54 mortos.“The La Salle Hotel”, Chicago Illinois ---------- 61 mortos.“Wincoff Hotel”, Atlanta, Georgia -------------- 119 mortos.“Edifício Andraus”, São Paulo-------------------- 13 mortos.“Edifício Joelma”, São Paulo --------------------- 181 mortos e 387 feridos.“Edifício Andorinha”, Rio de Janeiro ------------ 45 mortos e 85 feridos.

É claro que tem havido centenas de incêndios com milhares de mortos mas ..., seráque todas essas vidas teriam que ser consumidas assim?Durante os últimos 23 anos tenho estado sempre a pernoitar fora de casa, em hotéisespalhados pelos quatro cantos do mundo; quando em Nova York ou Paris, não raro osmembros de uma mesma tripulação se encontram dentro de magazines de grandesproporções como a Printemps, Macy`s , Corte Inglês; mas não nos damos conta de quãomal preparados estamos para enfrentar uma situação de incêndio envolvendo evacuação(ou aprisionamento) de milhares de pessoas num só edifício.

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Isto não acontece só com conosco: falha generalizada ..... Os hotéis e magazines não temculpa que justifique um mau preparo:

SOBREVIVÊNCIASSOBREVIVÊNCIA NA SELVA

KIT DE SOBREVIVÊNCIA NA SELVA Cada conjunto ( bolsa ) de sobrevivência na selva contém :

02 frascos de 60 ml contendo purificador de água 03 caixas de fósforos , total de 150 palitos 01 manual de sobrevivência 01 espelho de sinalização ( de metal ) 01 apito plástico 20 analgésicos 06 sacos plásticos com água ( 125 ml ) 02 foguetes pirotécnicos ( baquelite ) pacotes de açúcar com 06 gramas cada 50 pacotes de sal com 01 grama cada 01 faca de sobrevivência na selva contendo: - 01 bússola dissociável ( pode ser removida do cabo ) - 02 chumbinhos para pesca - 02 anzóis ( um pequeno e um médio ) - 01 rolo de nylon ( mais ou menos 2,5 m ) - 01 agulha ( tipo para costura ) - 01 alfinete ( tipo fralda ) - 02 anéis de aço ( acoplado ao cabo da faca ) - 01 cabo de aço ( mais ou menos 20 cm )

AÇÃO IMEDIATA - PROCEDIMENTOS Após a evacuação da aeronave acidentada , os sobreviventes devem: Afastar-se o mais rápido possível ( possível explosão e /ou fogo ); Reunir todos os sobreviventes em local seguro ( próximo ao local do acidente ); Prestar os primeiros socorros ( hemorragias , traumatismo craniano , fraturas

expostas ); Acionar o T L E ( rádio beacon rescue 99 - o mesmo será explicado na aula de

sinalizadores ); Procure deitar ou recostar os feridos em posição que lhes dê conforto;

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Providencie uma proteção para os feridos ( abrigo temporário ); Se houver necessidade faça uma fogueira; Após estas providências procure descansar física e mentalmente , até que se tenha

recuperado do choque do desastre; Após o descanso trate de organizar o acampamento , distribua tarefas; As provisões devem ficar sob a responsabilidade de uma só pessoa; Procure juntar todo material combustível que puder; Procure água e alimentos; Só retornar ao avião, após os motores tenham esfriado e o combustível

derramado tenha se evaporado; Dar início a um diário (data, condições meteorológicas no momento do acidente,

causa prováveis do acidente , número de mortos , feridos , quantidade de raçõeslíquidas e sólidas etc... );

PERMANECER JUNTO A AERONAVE OU ABANDONÁ-LA; É mais aconselhável permanecer junto a aeronave esperando o grupo de

salvamento. A maior parte dos salvamentos bem sucedidos tiveram lugar enquanto as

tripulações permaneceram junto as respectivas aeronaves .Se você se decidir a permanecer junto a aeronave , analise bem os seguintes

problemas:Qual o seu estado de saúde, quais os cuidados de higiene que poderá manter qual a

situação sanitária do acampamento ?- Quais os seus recursos a proteção ?- Qual o seu suprimento?- Como obterá alimento? O grupo de busca e salvamento tem mais facilidade em visualizar a área onde o avião

caiu do que um grupo de pessoas caminhando na selva. O grupo de busca e salvamento iniciará as buscas a partir do último ponto ( latitude /

longitude ) transmitido pela aeronave antes da queda ou dos sinais do T L E . Permaneça na área por um período de um semana , facilitando assim as equipes de

busca e salvamento. Se neste período não for avistado nenhum sinal das equipes,começar a pensar em partir em busca de socorro.

CONSERVACÃO DA SAÚDE - VESTUÁRIO Conservar a saúde em bom estado é requisito de especial importância em uma

sobrevivência . Saber defender-se bem do frio e /ou calor e de como encontrar água ealimento , será de grande importância para a preservação da saúde.

POUPE SUAS FORÇAS - evite a fadiga em excesso , procure dormir o temposuficiente para repousar , mesmo que não consiga conciliar o sono , deite-se edescanse.

Aprenda a encarar a situação com calma e só pesar todas as possibilidades a seufavor.

Quando estiver em marcha, descanse 10 minutos em cada hora.Nas horas mais quentes do dia, repouse na sombra.

CUIDE DOS SEUS PÉS - eles são de grande importância, pois são o nosso meio detransporte. Se os pés doem, pare e cuide deles, isto evitará complicações futuras .• Nas paradas para o descanso , examine os pés , e veja se há áreas vermelhas ou

bolhas.• Nos pontos onde o calçado atrita contra a pele , ponha esparadrapo. Se houver bolha

perfuras , colocando sobre o local um gaze esterilizada.• Para melhor proteção improvise um sapato ( panos , plásticos , casca de árvores

etc...

INFECÇÕES CUTÂNEAS - Conserve as unhas curtas , evitando arranhar-se.

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A epiderme constitui a primeira linha de defesa contra as infecções .Aplique logo um anti-séptico a qualquer arranhão , como a qualquer pequeno

corte ou mordida de inseto.

DOENÇAS INTESTINAIS : a diarréia e outras doenças do intestinos poderão sercausadas pela mudança da água e alimentação , por água contaminada ou por alimentosestragados , por fadiga excessiva , por comer demais em tempo de calor , etc...

Mantenha um asseio pessoal rigoroso , lave as mãos com água e sabão antes decomer.

O tratamento da diarréia em local onde há poucos recursos - o doente deverádescansar e jejuar durante 24 horas - poderá beber bastante água purificada .

Depois de 24 horas passadas , poderá começar com sopa e chá, devendo evitaralimentos açucarados e amidados . as refeições deverão ser leves e freqüentes epoderá beber água a vontade , dosada com tabletes de sal.

VESTUÁRIO: a roupa limpa faz com que você se sinta melhor e permaneça livre dasinfecções da pele e parasitas do corpo . Os componentes do grupo deverão examinaruns aos outros , a cata de possíveis parasitas , tais como : piolhos , carrapatos , sanguesugas , etc...

Lembre-se de que o maior, o verdadeiro perigo , nas florestas tropicais, érepresentado pelos insetos .

Durma completamente vestido, especialmente a noite ; coloque a extremidade dascalças para dentro do cano das meias ou da boca do calçado. Proteja a cabeça ecubra as mãos.

Esfregue nas mãos e partes do corpo descoberta ,“barro , óleo extraído de cocosou frutos como o pequi”;

JORNADA ( DESLOCAMENTO )É mais aconselhável permanecer junto a aeronave e esperar o salvamento . A maior parte dos salvamentos bem sucedidos tiveram lugar enquanto as

tripulações permaneceram junto a aeronave .

ABANDONE O LOCAL DO ACIDENTE SOMENTE QUANDO :a) tiver a certeza de que conhece a sua localização , e que poderá alcançar ponto deabrigo, alimentação e socorro;b) após ter esperado vários dias ( uma semana ) , você se convence da poucapossibilidade de socorro; Caso você tenha decidido levantar acampamento e partir analise os seguintes problemas : a-) o que fazer com os feridos, doentes ( os que não tem possibilidade de deslocar-se nafloresta ) b-) alimentação c-) em que direção deverá seguir d-) cuidados nos deslocamentos e-) o que deverá levar consigo em viagens

1-) Deve-se dividir o grupo em 2 sub-grupos . Um ficará no acampamento (sobreviventes que tem dificuldades ou não podem andar ) O outro grupo parte em busca de socorro. Os mortos deverão ser enterrados e o local demarcado para futura exumação.2-) Toda a ração ( sólida e líquida ) deverá ser dividida em 3 partes; o grupo que parteem busca de socorro, levará o dobro da ração dos que ficam no acampamento.

3-) A direção a ser seguida deverá ser marcada , deixando no acampamento umaSETA - indicando a direção - O caminho trilhado deverá ser marcado com ( pedras oumarcas nas árvores, etc ) - Um mapa deverá ser rabiscado registrando pontosgeográficos ( rios, montanhas, planícies etc... );

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4-) Caminhar em fila indiana , distancia entre os sobreviventes de ½ metro. Caminhardurante 50 minutos e descansar 10 minutos em cada hora. Ao descansar deitar-se voltadosempre na direção em que estão seguindo. Usar roupas protegendo todo o corpo,cuidados com os pés, contornar obstáculos ( montanhas íngremes, pântanos,espinheiros ,etc ...). Montar o acampamento ao cair da tarde. 5-) Nos deslocamentos, é orientado que se leve o estritamente necessário ( muda deroupa, sapato, água, alimentação , facão , material de orientação , etc.. ) enfim , o pesoda mochila deverá ficar em torno de 12 kg , não ultrapassando os 15 kg.

NAVEGAÇÃO TERRESTRE A navegação terrestre é definida como sendo a técnica empregada no deslocamentode um ponto a outro do globo terrestre , utilizando , para tanto , instrumentos precisos quenos permitam traçar direções corretas e seguras entre esses dois pontos “conhecidos edeterminados”. Um dos instrumentos mais antigos e conhecidos e empregados na navegação é aBÚSSOLA MAGNÉTICA , que foi inventada pelos chineses e amplamente empregada nanavegação marítima pelos grandes navegadores na época dos descobrimentos e , graças aela , o homem navegou por todos os cantos do nosso planeta. Com o avanço da tecnologia o homem desenvolveu equipamentos de auxílio anavegação ( sistemas inerciais ,GPS , NDB , VOR , entre outros ) que nos permitemalcançar qualquer parte do planeta com maior precisão e rapidez , no entanto , algumassituações podem nos obrigar a utilizar meios rudimentares para essa tarefa , como emsituações de emergência .

Como sobrevivente, a maneira mais prática de você orientar-se é , sem dúvida ,utilizando o RELÓGIO, O SOL, AS ESTRELAS, OS ACIDENTES GEOGRÁFICOS,NINHO DOS PÁSSAROS, MUSGOS NAS ÁRVORES, GPS, BÚSSOLAS, ...O QUE SIGNIFICAM AS PALAVRAS LATITUDE E LONGITUDE ?

Como você viu, os paralelos permitem determinar a distância de um ponto qualquerem relação ao Equador. Essa distância, medida em graus, é chamada de latitude.

O Equador é a linha de referência, o ponto ZERO. Como essa linha divide o globo em hemisférios Norte e Sul, a latitude pode ser Norte ouSul.

A medida da latitude varia de 0o a 90o ao norte e de 0o a 90o ao sul.

Os Meridianos, por sua vez, permitem estabelecer uma medida chamada Longitude.

Ao medir as linhas utilizadas pararepresentar os paralelos, você verificouque uma delas, a que divide o globo emduas metades, é mais comprida que asoutras.

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Já ao medir as linhas que representam os meridianas, você observou que todas temcomprimento igual.Como escolher, entre os meridianas, a linha de referencia, o ponto Zero.

A medida da longitude varia de 0o a 180o a leste(E) e de 0o a 180o a oeste (W).

Por um acordo internacional estabelecido em 1884, convencionou-se que o meridianaque passa pelo Observatório Real de Greenwich, na cidade inglesa que tem o mesmo nome,seria utilizado como meridiana inicial para medir a longitude.

Longitude é, portanto, a distância de um ponto qualquer da superfície terrestre emrelação ao meridiana inicial ou meridiana de Greenwich. Com essa linha dereferência divide o globo em leste e oeste, a longitude pode ser leste ou oeste.

Do mesmo modo que a latitude, a longitude é medida em graus.

Para localizar um ponto na superfície terrestre,precisamos saber tanto a latitude quanto a longitude, ouseja, suas coordenadas geográficas. É o cruzamento deum paralelo com um meridiana que nos dará sua posiçãoexata

A DIREÇÃO OBTIDA PELA OBSERVAÇÃO DO SOL( NASCER E PÔR ) Você poderá achar o NORTE pela observação do sol.

Coloque o braço direito na direção do nascer do sol(LESTE )

O braço esquerdo ficará apontado na direção ( OESTE ) Na frente fica o ( NORTE ) Nas costa fica o ( SUL )

A DIREÇÃO OBTIDA PELA ESTRELA POLAR No hemisfério Norte existe uma estrela , chamada Estrela Polar , que nunca se

afasta mais do que 1o aproximadamente , do Pólo Norte Celeste.Em outros termos , a linha reta que liga um observador , situado no hemisfério Norte , a

Estrela Polar , nuncase desvia mais do que1o do NorteVerdadeiro . Podemos localizar aEstrela Polar com oauxílio daconstelação UrsaMaior ou daconstelação daCassiopéa , que sãodois grupos deestrelas que seencontram muitopróximos do PóloNorte Celeste .CONSTELAÇÃO DOCRUZEIRO DO SUL

No Hemisfério Sul , a Estrela Polar não é visível . Ali , o Cruzeiro do Sul é aconstelação que melhor se distingue . Ao voar para o Sul , o Cruzeiro do Sul surge poucoantes da Estrela Polar deixar de ser avistada, atrás.

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Uma linha imaginária , passado pelo eixo longo do Cruzeiro do Sul , aponta para oPólo Sul .

O Cruzeiro do Sul não deverá ser confundido com uma cruz maior , não muitodistante da verdadeira e conhecida como “Falsa Cruz” que não aponta para o Sul e sua

estrelas tem menos brilho. O Falso Cruzeiro do Sul tem uma estrela bem no centro ,completando as 5 estrela , ao passo que o Cruzeiro do Sul verdadeiro possui 5estrelas, sendo uma excêntrica. Destas 5 estrelas do Cruzeiro do Sul verdadeiro , 2

contam-se entre as mais brilhantes nos céus; são as estrelas dos braços Sul e Leste.

Orientação pelo Cruzeiro do Sul.A DETERMINAÇÃO DA DIREÇÃO COM BASE NA CONSTELAÇÃO DE ORION: A Constelação de Orion, consiste de sete estrelas . as três que se acham em fila,mais próximas uma das outras, chamam-se Cinta de Orion. A linha pela qual passa a linhaNorte-Sul, do diagrama, é exatamente onde passa o Equador Celeste. Não importa ondevocê se encontra sobre a superfície terrestre, a estrela “ Equatorial” (ou que marca oEquador) eleva-se exatamente a leste de você e desce sobre o horizonte exatamente aOeste.

MÉTODO DA ESTACA PARA DETERMINAR O MEIO DIA LOCAL APARENTE Crave no chão , uma pequena estaca na vertical em terreno plano. Verifique o

alinhamento da estaquinha por meio de um prumo ( um barbante com um pesoqualquer amarrado na ponta ) . Algum tempo antes do meio dia comece a marcara posição ( pela sombra ) da extremidade da sombra da estaquinha . Registre aposição dessa extremidade , correspondente a cada hora. Continue a marcar atéque a sombra da estaquinha se torne apreciavelmente mais longa . A hora em que asombra se projeta mais curta no chão , é o momento exato em que o sol atravessao meridiano local : isto é – o meio dia local .

A determinação do meio dia local pelo método da estaquinha e respectiva sombra ,também lhe indicará o rumo . A linha da sombra mais curta é , igualmente , alinha do meridiano local , ou seja a linha NORTE SUL .

ORIENTAÇÃO PELO RELÓGIO

Ao norte da linha do equador :Quando o sol está visível , segure o seu relógio (análogo) horizontalmente , e

coloque-ode modo que o ponteiro das horas aponte na direção do sol. A metade do espaço entre o ponteiro das horas e o número 12 será o

correspondente a direção SUL

Ao sul da linha do equador :

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Quando o sol está visível , segure o seu relógio (análogo) horizontalmente , ecoloque-o de modo que o número 12 aponte na direção do sol.

O NORTE ficará na metade do espaço entre o número 12 e o ponteiro das horas.( fazer o desenho no quadro )

Processo do relógio (para quem está no hemisfério Sul).

Observação dos Fenômenos NaturaisA observação de vários fenômenos naturais também permite o conhecimento,

grosso modo, da direção N-S. Assim, os caules das árvores, a superfície das pedras, osmourões das cercas etc. são mais úmidos na parte voltada para o sul. Entretanto, peladificuldade de penetração da luz solar, não será comum na selva a observação dessesfenômenos.

Construção de Abrigos pelos AnimaisOs animais, de modo geral, procuram construir seus abrigos com a entrada voltada

para o norte, protegendo-se dos ventos frios do sul e recebendo diretamente o calor e a luzdo sol. No interior da selva amazônica, devido à proteção que ela proporciona barrando osventos frios, este processo de orientação não apresenta grande confiabilidade.

Orientação pelo “Global Position Sistem” (GPS)A orientação pelo GPS dependerá da potência do sinal recebido dos satélites. No

interior da selva a recepção deste sinal é prejudicada pela cobertura vegetal ficando autilização do GPS restrita às áreas de céu aberto. O GPS poderá ser utilizado para auxiliarna orientação e navegação na Amazônia, principalmente quando em rios, igarapés e regiõesdescampadas. O GPS além de fornecer coordenadas geográficas do local, uma vezregistrado um azimute, também permite navegar seguindo aquela direção, pois aoafastar-se da mesma emitirá um aviso sonoro.

BÚSSOLA MAGNÉTICA É um instrumento destinado a indicar o NORTE MAGNÉTICO terrestre utilizando

uma agulha imantada que é induzida pelo campo magnético da terra.

Uma bússola é composta : LIMBO - é um disco graduado de 01o em 01o ou de 05o em 05o graus de 0o a

360o , o que nos permite determinar uma direção magnética ( rumo magnético )entre dois pontos , conhecida na navegação terrestre como AZIMUTE .

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AGULHA - é uma peça na forma de ponteiro em que uma das extremidades éimantada apontando sempre na direção do norte magnético terrestre , estando,levemente apoiada sobre um eixo .

CAIXA - é o envoltório de proteção do limbo e agulha .OBS.1 : Alguns tipos de bússola especificas para a navegação terrestre possuem umsistema de massa e alça de mira , o que facilita a marcação de objetivos.TIPOS DE BÚSSOLA1o Bússola de Limbo fixo: O limbo está fixado à caixa estando a agulha livre sobre o limbo.2o Bússola de Limbo móvel: O limbo e a agulha formam um único conjunto girando livres dacaixa.OBS.2: As bússolas de limbo móvel, permitem a obtenção do azimute de forma direta, nãonecessitando de cálculos, como veremos adiante na seção utilização. CARTAS

São mapas regionais construídos especialmente para a navegação, comdeterminadas características que lhe conferem esta denominação.

QUADRÍCULASSão quadrados que dividem as cartas com dimensões definidas em graus, minutos e

segundos de arco de latitude e longitude, que variam de acordo com a escala da carta.Um grau de arco de latitude medido na quadrícula corresponde à 60 NM ( sessenta

milhas náuticas), logo, cada minuto de arco de latitude corresponde à 1NM ( uma milhanáutica).

As quadrículas estão orientadas para o NORTE VERDADEIRO da terra e, portanto, hánecessidade de convertermos os rumos encontrados (verdadeiros) em rumos magnéticos(AZIMUTE) para podermos utilizá-los.

ISOGÔNICASSão linhas que identificam regiões de mesma declinação magnética contendo o

ângulo de declinação e em que direção ela ocorre LESTE (E) ou OESTE (W), devendo sersubtraída ou somada, respectivamente, do rumo verdadeiro encontrado na carta.

VARIAÇÃO MAGNÉTICA ANUALA posição do norte magnético terrestre varia anualmente em decorrência da variação

da inclinação do eixo de rotação da terra; essa variação é fornecida nas cartas na partereferente as informações e legendas, em graus ( ° ), minutos ( ` ), segundo ( `` ),acrescido da direção ( E ou W ) e deve ser somada ou subtraída da declinação magnéticaindicada pela isogônica média do percurso.

OBS: isogônicas e variações anuais de mesma direção são somadas e de direções opostassão subtraídas.

OBTENÇÃO DE AZIMUTE E DISTÂNCIA

1° utilize uma carta de navegação visual ( WAC ), encontrada nas pastas denavegação na cabine de comando;

2o localize os pontos de partida (A) e a ser atingido (B) na carta; 3o trace uma linha ligando esses dois pontos; 4o utilizando um transferidor ou régua de plotar, determine o rumo verdadeiro entre

A e B partindo do meridiano mais próximo do ponto de partida; 5o some W ou subtraia E o valor da declinação magnética da isogônica média do

percurso, ao rumo obtido; 6o atualize a carta, calculando a variação anual desde o ano de sua confecção,

somando W ou subtraindo E ao valor obtido ao resultado do passo 5° 7o o resultado dos cálculos obtidos nos passos 5o e 6o determinam o rumo magnético

ou AZIMUTE.

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AZIMUTE - é a direção magnética a ser seguida .

CONTRA-AZIMUTE - é a direção para retornarmos ao ponto de partida ( o sentido opostoao azimute ) , podendo ser calculado da seguinte forma :

8o utilizando um fio, régua, ou qualquer outro meio, meça a distância entre A e B eatravés de um meridiano próximo, leia essa medida em graus, minutos e segundosde arco de meridiano, obtendo a distância a ser percorrida em NM.

OBS: um passo humano possui em torno de 50cm em condições normais, em terreno firmee nivelado, no entanto, na selva ou terrenos acidentados, esse passo fica reduzido paraaproximadamente 20 cm; servindo essa medida como base de cálculo para o número depassos a serem percorridos.

Lembre-se que quanto mais preciso forem seus cálculos, maiores serão suaschances de atingir seu objetivo.

FORMAÇÃO DO GRUPO DE NAVEGAÇÃOO grupo a ser formado poderá possuir um mínimo de 3 ( três ) integrantes , dentre

os quais pelo menos 2 ( dois ) com experiência em navegação e 1O Socorros e quetodos estejam em boas condições físicas , no entanto , por questão da segurança do grupoe a de seus integrantes , este deverá possuir 5 ( cinco ) ou mais elementos capazes demanter a navegação. Visando garantir o sucesso da navegação , cada integrante do grupo deveráreceber funções específicas e instrução adequada de modo que todos estejam aptos aexecutar todas as funções no grupo de navegação em forma de rodízio.

FUNÇÕES DOS INTEGRANTES DO GRUPO DE NAVEGAÇÃO

1 – HOMEM BÚSSOLA : ë o responsável pela marcação do azimute , servindo comonavegador , garantindo a manutenção da direção do deslocamento do grupo

2 – HOMEM PONTO : é o responsável pelo balizamento do objetivo ( alvo ) dentro docampo visão do homem bússola auxiliando na marcação e manutenção do azimute durantecada etapa ( perna ) da navegação .

3 – HOMEM MARCO : É o responsável pela guarda do ponto exato de partida de cadaperna , aguardando a confirmação do contra-azimute da perna , pelo homem bússola .

4 – HOMEM PASSO : Ë o responsável pela contagem dos passos dados pelo grupo, bemcomo o cálculo da distância equivalente e os passos restantes para o final da perna oupara o destino .

PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE NAVEGAÇÃO COM BÚSSOLA:

1- O homem bússola encontra a direção do azimute ( previamente calculado a ser seguidoindicando-o ao homem ponto. 2- O homem ponto se desloca nesta direção até atingir o ponto mais afastado possíveldentro do campo de visão do homem bússola , onde deverá parar mantendo-se de costaspara o ponto de partida . 3- O homem bússola efetuará os ajustes de direção necessários ( direita e esquerda ) dohomem ponto , para que este fique exatamente na direção do azimute . 4- Após os ajustes estarem concluídos , o homem ponto guardará esta posição.

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Se o Az menor que 180o , Caz = Az + 180o

Se o Az maior que 180o , Caz = Az – 180o

5- O homem marco assume a posição exata do homem bússola que deverá se deslocar atéa posição do homem ponto assumindo exatamente essa posição .6- O homem bússola , após assumir a posição exata do homem ponto , vira-se para aposição do homem marco identificando-o na posição oposta a 180o de sua atual posiçãoconferindo o contra-azimute .OBS : Caso o contra-azimute não seja confirmado, retorne para o 3o procedimento ,reiniciando a navegação deste ponto em diante . Caso o contra-azimute esteja correto ,prossiga para o 7o item.7- O homem passo conta os passos dados entre a posição do homem marco e a do homem

ponta , calculando a distância percorrida e a percorrer .8- O homem marco é liberado de sua posição juntando-se ao grupo na posição seguinte .9- O grupo retorna ao 1o procedimento iniciando um novo trecho até que o seu objetivotenha sido alcançado . OBS : Marque bem a sua trilha para que possa regressar ao ponto de partida com rapideze eficácia em caso de necessidade , lembre-se que pequenos desvios no início danavegação podem levar a erros de posição fazendo com que se passe do objetivo sempercebê-lo.

UM PASSO HUMANO EM UM DESLOCAMENTO NA SELVA POSSUI EM TORNO DE 20CM DE DISTÂNCIA “.

EQUIPAMENTOS DE SINALIZAÇÃO EM SOBREVIVÊNCIA:

Os serviços de Busca e Salvamento com a utilização de aeronaves, têm origemmilitar durante as Segunda Guerra Mundial. As operações SAR têm a finalidade de localizar,socorrer e retornar à segurança os ocupantes da aeronaves ou embarcações em perigo.Atualmente são as forças armadas ( Força Aérea Brasileira e Marinha do Brasil), que tem aresponsabilidade de prestar essa assistência de fundamental importância para salvar vidas.O acionamento das missões SAR ( Search and Rescue _ Busca e Salvamento ) ocorrequando aeronaves solicitam auxílio dos órgãos Air Traffic Control – Controle de TráfegoAéreo ( ATC) ou quando uma aeronave desaparece e não há indicação de sua posição.

COPAS – SARSATAs pessoas comuns não possuem ciência que existe um sistema internacional de

SAR, integrado por vários países signatários de um acordo internacional. Seu objetivo éreduzir o tempo de localização de aeronaves ou embarcações em grave ou eminenteperigo, com diminuição de custos das missões de Busca e Salvamento.

Integrado pela Rússia, Estados Unidos, Canadá e França, o sistema globalizado,conhecido como COPAS – SARSAT, está apoiado por constelações de satélites, portransmissores localizadores de emergência, centro de controle de missão e por umasofisticada rede de transmissão de dados e telefonia os quais possibilitam a cobertura doglobo terrestre.

A Rússia possui os satélites Comicheshaya Sistyema Poiska Avarivnich Sudov _Sistema Espacial de Busca de Embarcações em Situação de Emergência ( COPAS ). OsEstados Unidos possuem os satélites Search and Rescue Satélite-Aided Traking System _Sistema de Busca e Salvamento por Rastreamento de Satélites ( SARSAT ), que monitorama Terra 24 horas por dia em busca de sinais de emergência.

SATÉLITES DE ÓRBITAS POLARES:Viajando a 25.000 Km/h, com uma cobertura de mais de 4.000 km de diâmetro, os

SARSAT dão a volta completa na Terra a cada 102 minutos, com uma órbita de cerca de 850km de altitude. Um pouco mais alto a 1.000 km de distância da Terra, os COPAS levam 105minutos para completar o circuito. Pelo menos 4 satélites devem sempre estar em órbitapermanente, tendo 7 o número atual, sendo monitorados pelos 4 países acimamencionados.

Possuem esta designação por terem uma órbita predominante obrigatoriamentesobre um dos pólos, sendo a designação de sua trajetória conhecida como Low Earth Orbit _Órbita Terrena Baixa ( LEO)

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Os satélites do COPAS_SARSAT são projetados para detectar sinais de emergêncianas freqüências 121.5 Mhz, 243.0 Mhz, 406.0 Mhz.

SATÉLITES GEOESTACIONÁRIOSApoiando os Satélites de Òrbitas Polares no programa COPAS_SARSAT, encontram-se

os Geostacionary Operational Environmental Satellites _ Satélites Operacionais AmbientaisGeostacionary ( GOES)

De origem americana, tendo como função primária à previsão meteorológica,permanecem como o nome já os classifica, estacionários em relação a Terra a 36.000 Kmsobre a linha do Equador.

ESTAÇÕES DE RECEPÇÃO TERRENA ( LUT )As Local Usuary Terminal – Terminal de Usuário Local (LUT) também conhecidas

como estações de recepção terrena, recebem os sinais de emergência enviadas pelossatélites de Òrbita Polares e/ou Geoestacionários. Processa a localização do transmissore/ou sua identificação, quando disponível e transmite a informação ao Centro de Controlede Missão (MCC).

TRANSMISSOR LOCALIZADOR DE EMERGÊNCIA (RADIO BEACON RESCUE 99)

ESPELHO, APITO, LANTERNAS, CORANTE MARCADOR DEÃGUA,

FOGUETES PIROTÉCNICOS, SINAIS CONVENCIONAIS, FUMAÇA, PAINÉIS,

FOGUEIRAS,

TRANSMISSOR LOCALIZADOR DE EMERGÊNCIA ( T L E )

Radio Beacon Rescue 99 = Rádio Farol de Emergência 99.

Este sinalizador deve ser acionado imediatamente após a evacuação dos ocupantesde uma aeronave acidentada , para fornecer as equipes de busca e salvamento ascoordenadas do local do acidente .

É uma unidade compactada , operada por uma bateria ativada a base de água .Acima do estojo da bateria há um cordel de aproximadamente 18 metros de

comprimento cuja finalidade é manter o equipamento preso a embarcação ou a margemde algum curso d’água .

O transmissor tem , fixado em sua cúpula , uma antena dobrada para baixo , presaparalelamente ao corpo do mesmo por uma fita adesiva porosa , solúvel em água .

Quando for colocado na água , a fita se dissolve , liberando a antenaautomaticamente e deixando-a posicionada na vertical para a transmissão de sinais.Quando colocado em água salgada , começa a transmitir em 5 segundos e em água doceem 5 minutos.

Para se interromper a transmissão , basta colocá-lo na posição horizontal .Uma vez retirado da água , e depois que sua bateria tiver secado, não voltará a

transmitir .

O RADIO FAROL DE EMERGÊNCIA 99 , vem acondicionado em um invólucro de plásticotransparente , hermeticamente fechado e que tem , no seu interior, envelopes de sílica –gel,cuja finalidade é evitar a penetração de umidade, o que poderia danificar a bateria .

Há uma etiqueta indicativa do teor de umidade que , alterando a sua cor , permiteuma verificação visual da integridade da bateria , com as seguintes indicações :• AZUL - OK• ROSA - SUBSTITUIR

OPERAÇÃO NA ÁGUA 47

a) abrir o invólucro plástico b) liberar o cordel de amarração e fixá-lo a embarcação ou as margens de um cursod’água.c) Jogar o radio farol na água

OPERAÇÃO EM TERRA a) abrir o invólucro plástico, cuidando para não rasgar o saco plástico .b) romper manualmente a fita solúvel para liberar a antena .

c) recolocar o radio farol dentro do saco plástico ( ououtro recipiente ) , na posição vertical , colocando água ouqualquer líquido a base de água até o nível indicado nocorpo do equipamento.

CHEQUE PRÉ-VÔO Verificar :a) a fixação do radio farol a aeronaveb) a integridade do invólucro plásticoc) o placar indicativo do teor de umidaded) os pacotes de sílica-gel

FICHA TÉCNICA :Freqüências : 121.5 mhz em VHF // 243.0 mhz emUHFAlcance : Horizontal 250 milhas náuticas( aproximadamente 460 Km ) Vertical 40.000 pés ( aproximadamente 13.000 m )Duração da transmissão : 48 horas aproximadamente A sinalização com o radio farol é PRIORITÁRIA .

PERÍODO INTERNACIONAL DO SILÊNCIO;

OCIDENTE: 15’ aos 18’ e dos 45’ aos 48’ de cada hora.

ORIENTE: 00’ aos 03’ e dos 30’ aos 33 de cada hora.

ESPELHO DE SINALIZAÇÃO Nos kit de sobrevivência encontram-se dois tipos distintos de espelhos

sinalizadores, servem para sinalização diurna e tem sua eficácia aumentada em diasensolarados. Nos dias enevoados os observadores de bordo de uma aeronave podemavistar o brilho do espelho antes que os sobreviventes possam avistar a aeronave.

O espelho de vidro, encontrado nos kits de sobrevivência no mar ( barcos eescorregadeiras- barcos ) possui uma das faces espelhadas; na outra há instruções parasua utilização.OPERAÇÃO : 1) segurar o espelho a poucos centímetros da face e focalizar o alvo através do visor .Projetar o feixe luminoso na mão, preferivelmente . 2) Colocar a mão na mesma direção do alvo .3) Retirar a mão da frente, para que o feixe luminoso seja projetado diretamente no alvo.

O espelho de metal , encontrado nos kit de sobrevivência na selva tem ambos oslados espelhados , sendo que na sua parte central há um orifício ( visor ) que permitefocalizar diretamente o alvo.OPERAÇÃO:1) segurar o espelho a poucos centímetros de distância da face , e focalizar a aeronaveatravés do visor.

Na falta de espelho de sinalização, você poderá usar um espelho comum de bolsa ,tampa de lata ou qualquer fragmento de metal não pintado.

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O espelho de sinalização nos dias claros e de céu limpo , tem um alcance de 10milhas , quando usado corretamente. Devemos iniciar a sinalização ao avistarmos aaeronave ou ouvirmos ruídos de motores.

APITOUsado a noite ou em nevoeiros .Finalidade : para atrair a atenção de navios , pessoas na praia ou para localizar aposição de alguma embarcação ou de náufragos que tenham se afastadodemasiadamente .

LANTERNA ACIONADA A ÁGUA

É uma pequena lanterna que possui, numa das extremidades, uma lâmpadaconectada a uma bateria e, na outra, um tampão vermelho. Possui também, no seuinterior, uma bateria ativada a base de água, duração da bateria 8 horas.

OPERAÇÃO : 1) Remover o tampão vermelho e colocar água no interior da lanterna .2) Fechar o tampão e agitar a lanterna .

A partir da terceira hora começará a diminuir a intensidade da luz emitida . Pode-seentão, trocar a água recarregando, assim, a bateria .

CORANTE MARCADOR DE ÁGUA O corante marcador é um saquinho de pano contendo um produto químico que reage coma água , alterando o seu PH . Produz uma mancha verde ( clara ou escura ) quepermanece ativa durante aproximadamente três horas .É um sinalizador para usodiurno.

Sendo que sua eficácia aumenta em dias ensolarados . Pode ser avistado de 8 a 10milhas de distância e cerca de 10.000 pés .

OPERAÇÃO 1) Abrir o plástico protetor , liberando o saco de pano que contém o produto químico .2) Fixá-lo a embarcação ou as margens de algum curso d’água .3) Mergulhá-lo na água , agitando-o até produzir a mancha verde

FOGUETES PIROTÉCNICOS ( FUMÍGENOS )

Os foguetes pirotécnicos possuem formato cilíndrico e podem ser de METAL ouBAQUELITE. Ambas as extremidades são utilizáveis, sendo um dos lados para sinalizaçãodiurna e outro para sinalização noturna.

O agente sinalizador do lado diurno é fumaça de cor alaranjada e o lado noturno,fogo de magnésio .

Identifica-se o lado noturno de um foguete pirotécnico da seguinte maneira :Foguete de metal : pontos em alto relevo na tampa e saliências na borda . Foguete de baquelite : a letra “ N “ em alto relevo na tampa .

OPERAÇÃO Para se operar um foguete pirotécnico ( metal ou baquelite ) deve-se seguir as instruçõescontidas no rótulo.

PRECAUÇÕES Deve-se manter o foguete pirotécnico numa posição que forme um ângulo de 45O em

relação a linha do horizonte , para fora do barco ( mar ) e a favor do vento .Quando na utilização do lado noturno , em sobrevivência no mar , cuidar para que

os pingos de magnésio não caiam sobre as bordas ou no interior do equipamento coletivode flutuação .

Caso ao acionar o lado diurno , o foguete irromper em chamas , deve-se mergulhá-loem água até começar a sair fumaça .

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SINAIS CONVENCIONAIS ( 5 )

Se necessário , envie mensagens a aeronave de busca e salvamento , através doquadro de sinais visuais TERRA / AR , usando todos os recursos disponíveis ou seja :

Tronco de árvores , sulcos na terra , grandes ou pequenas seções da aeronave ,coletes salva vidas , próprio corpo , etc ...

Y= afirmativo ,yesN = negativo , no^= seguimos nesta direção V = necessitamosassistência X = necessitamosassistência médica

SINAIS VISUAIS AR / TERRA ( RESPOSTA DO AVIÃO )

1 ) mensagem recebida e entendida de dia ou com luar forte - balançando as asas de noite - fazendo sinais verdes com uma lâmpada ou com pirotécnicos

2 ) mensagem recebida e não entendida de dia ou com luar forte - fazendo uma curva de 360o pela direita de noite - fazendo sinais vermelhos com uma lâmpada ou com pirotécnicos

SINALIZAÇÃO COM FUMAÇA ( BRANCA / PRETA )

Distribua diversas fogueiras, num raio de 50 a 100 metros da aeronave, de maneiraque possam ser rapidamente ativadas, quando alguma aeronave vier a ser avistadadurante o dia, ou ouvido ruído de motores durante a noite .

Faça fumaça preta ( durante o dia ) colocando na fogueira , borracha ou óleodos motores

Faça fumaça branca ( durante a noite ) colocando na fogueira, folhas verdes,musgos ou pequenas quantidades de água .

PAINÉIS Coloque objetos brilhantes, ou de coloração viva , sobre as asas do avião e ao redor

do mesmo. Chapas de carenagem postas com o lado sem pintura para cima , coletes salvavidas e/ou escorregadeiras, contrastam com o verde das árvores e do capim, ajudando asua localização .

PEQUENAS FOGUEIRASA chama, quer das fogueiras, quer obtida pela queima de materiais fosfóricos, será o

recurso para sinalizar durante a noite. Apesar de, normalmente, as buscas se efetuarem àluz do dia, poderá acontecer que qualquer outra aeronave passe pelo local e observe o sinal.

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ANIMAIS VENENOSOS E PEÇONHENTOSPara evitar picadas de animais, existem algumas medidas preventivas que se devem

tomar:1. andar sempre com uma vara, batendo nas folhas, galhos, capins, etc... o ruído

espantará os animais, e a própria vara servirá como defesa.2. antes de sentar ou deitar, verificar o local com a vara ou com os pés, evitar sentar

sobre árvores caídas, pois são lugares preferidos, pelo frescor e sombra, para abrigarserpentes.

3. ao vestir sacudir as roupas.4. examinar os calçados antes de calçá-los, pois são locais preferidos por escorpiões.5. ter cuidado ao mexer em folhas de palmeiras, montes de folhas ou palha e paus

amontoados.6. evitar andar na mata isolado. Quando possível, deslocar-se no mínimo em grupo de

três pessoas.7. é sempre importante se ter noções de 1o socorros.

ANIMAL PEÇONHENTONa selva há inúmeros animais que poderão atuar como inimigo do homem, se este

não estiver capacitado a evitá-los ou a debelar os malefícios que poderão decorrer da suapeçonha ou do seu veneno.

Animal Peçonhento - É aquele que segrega substâncias tóxicas com o fim especial deserem utilizadas como arma de caça ou de defesa. Apresentam órgãos especiais para a suainoculação. Portanto, para que haja uma vítima de peçonhamento, é necessário que apeçonha seja introduzida por este órgão especializado, dentro do organismo da vítima.

Os animais peçonhentos mais importantes compreendem as serpentes, asaranhas, os escorpiões, os marimbondos, as águas vivas, as caravelas, etc...FUNÇÃO DA PEÇONHA

Possui uma dupla ação: paralisante e digestiva. Em virtude da reduzida mobilidadedas serpentes, elas necessitam de um meio para deter os movimentos da sua vítima, demodo a poder ingeri-la. Daí a função paralisante da peçonha. A digestão nos ofídios, comonos demais animais, faz-se por decomposição dos alimentos que é facilitada pela inoculaçãoda peçonha, anterior à ingestão da vítima.

AÇAO PATOGÊNICA DA PEÇONHAVários fatores interferem na ação patogênica da peçonha. Será de acordo com estes

fatores que haverá maior ou menor gravidade para uma vítima de empeçonhamento.Local da Picada

No caso dos gêneros “Crotalus” (cascavel) e “Micrurus” (coral), cujas peçonhastêm ação neurotóxica, quanto mais próxima dos centros nervosos a picada, maior agravidade para a vítima. E, também, no caso da picada de qualquer ofídio peçonhento, se aregião atingida for muito vascularizada maior será a velocidade de absorção e os efeitosserão mais precoces.Agressividade

A surucucu-pico-de-jaca e a urutu, além do grande porte e, conseqüentemente,glândula da peçonha também avantajada, são as mais agressivas, trazendo maior perigopara a vítima.Quantidade Inoculada

Estará na dependência do período entre uma picada e outra, bem como da primeirae das subseqüentes picadas, quando realizadas no mesmo momento. As glândulas dapeçonha levam 15 dias para se completarem.Toxidez da Peçonha

A peçonha crotálica é mais tóxica do que a botrópica e ambas, menos que aelapídica.

OFÍDIOSCLASSIFICAÇÃO

No BRASIL, temos classificadas como principais, dentro da sistemática animal, asseguintes famílias e gêneros ofídicos:

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FAMÍLIA GÊNERO NOME VULGAR

VIPERIDAE

CROTALUSBOTHROPSBOTHRIOPS

LACHESIS

CASCAVELJARARACASURUCUCU-DE-PATIOBASURUCUCU

ELAPIDAE MICRURUS CORAL

BOIDAEBOAEUNECTES

JIBÓIASUCURI

Disposição Dentária

Os ofídios podem ainda ser classificados quanto à disposição dentária, cujoconhecimento é importante, porquanto permite reconhecer se o animal é ou nãopeçonhento. Assim, serão:

Áglifas - Todos os seus dentes são iguais, inclusive os maxilares, maciços eretrógrados, servindo para auxiliar a impelir a presa para trás. São consideradas nãopeçonhentas. Exemplo: família BOIDAE.

Opistóglifas - Possuem um ou mais pares de dentes bem salientes e chanfradoslongitudinalmente, localizados na parte posterior da arcada dentária superior.Apesar de o aparelho inoculador ser mais aperfeiçoado que nas áglifas, sualocalização e ranhura não muito perfeita dificultam a inoculação e favorecem adispersão da peçonha, sendo raros os casos de acidentes humanos com esta espécie.Exemplo: falsas corais.

Proteróglifas - Apresentam um ou mais pares de dentes bastante aumentados eprofundamente chanfrados, localizados na parte anterior do maxilar superior. Seusistema inoculador já é bem mais perfeito que o das anteriores. São perigosos.Exemplo: corais venenosas.

Solenóglifas - Possuem um ou mais pares de dentes maxilares grandes, móveis,por estar sua inserção revestida por uma mucosa, possuindo um canal interior. Seuaparelho inoculador é perfeito, ficando pronto a introduzir a peçonha na vítima, qualagulha de injeção, indo as presas à frente quando o ofídio abrir a boca. Exemplo:família VIPERIDAE. Observação: Toda solenóglifa é peçonhenta.

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Disposição dentária dos ofídios.Órgãos Sensoriais

Visão - Ao contrário do sabedoria popular, os ofídios têm boa visão, exceto quandotrocam a pele. Porém sua posição relativa, normalmente próxima ao solo, reduz seucampo visual.

Olfato - É utilizado pelos ofídios para perseguir suas presas e para a reprodução, àprocura do par para o acasalamento. Utiliza sua língua para captação de odores.

Detetores térmicos - Em alguns ofídios são identificados certos detetores térmicos,denominados escamas supralabiais, na Família Boidae, e fossetas loreais, naFamília VIPERIDAE, servindo ainda para captar vibrações do ar.

Excetuando-se as corais, todas as serpentes peçonhentas do continente americano,se caracterizam por apresentarem um orifício entre as narinas e os olhos, chamado “fosseta loreal”, é um órgão termoreceptor.

Movimentos Podem os ofídios realizar os seguintes movimentos:

1. - deslizar (reptar);2. - projetar-se sobre a presa (bote);3. - saltar;4. - escalar alturas em planos inclinados ou verticais;5. - mergulhar tanto na água como na areia;6. - nadar.

Vivenda

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Os ofídios podem ter hábitos:1. - subterrâneos, exemplo: Micrurus (corais);2. - terrestres, exemplo: Crotalus (cascavel);3. - aquáticos, exemplo: serpentes marinhas;4. - arborícolas, exemplos: Sucururu-de-Patioba e Jibóia;5. - terrestres, aquáticos e arborícolas, exemplo: sucuri.

Presença dos OfídiosNa selva, as serpentes não são encontradas tão facilmente, como popularmente se

admite. Cumpre lembrar que elas surgem em maior número numa determinada área, emdecorrência do aparecimento do próprio homem que, após instalado, trata de prover a suasubsistência mediante o cultivo do milho, da macaxeira, da batata doce etc. Procurandoalimentos, virão em conseqüência os roedores, como cutias, mucuras, cutiaras e pacas,que, por sua vez, atrairão os ofídios. Daí, a incidência maior destes nos campos e cerrados.

DIFERENCIAÇÃO Não Peçonhentos:

1. - cabeça estreita, alongada, coberta por placas;2. - olhos grandes com pupilas redondas;3. - corpo coberto por escamas achatadas e lisas; 4. - cauda longa, afinando gradual e lentamente;5. - quando perseguidos, fogem;6. - movimentos rápidos;7. - hábitos diversos;8. - ovíparos (põem ovos).

Peçonhentos:1. - cabeça triangular, bem destacada do corpo e coberta por escamas, à semelhança

do corpo;2. - olhos pequenos, com pupilas em fenda vertical;3. - existência de fosseta loreal entre os olhos e as narinas;4. - escamas ásperas, em forma de quilha (carinadas);5. - cauda curta, afinando bruscamente;6. - hábitos noturnos;7. - movimentos lentos;8. - quando instigados, tomam posição de ataque;9. - ovovivíparos - seus ovos são incubados no interior do organismo materno e,

posteriormente, os filhotes são expelidos vivos.

Estas características são regras a serem observadas contudo jamais poderãorepresentar a certeza de ser um ofídio peçonhento ou não, principalmente no caso doGênero Micrurus (corais), que foge totalmente a estas regras e das jibóia e sucuri quepossuem várias características de peçonhentas e não são.

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Diferenciação entre ofídios venenosos e não venenosos.

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Cascavel.

Jararaca.

Caiçara.

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Jararacuçu.

Urutu.

Sucuri.

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Surucucu-bico-de-jaca.

Coral.

Cobra-cipó.

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Jibóia.

PRIMEIROS SOCORROS Generalidades

Para tratar uma vítima de empeçonhamento ofídico apenas a aplicação do soroantiofídico poderá anular o efeito da peçonha. No entanto, somente poderá ser realizadopor pessoal habilitado e dotado com o equipamento específico pois as complicações quepodem advir da soroterapia serão potencialmente mais fatais que a própria peçonhainoculada no indivíduo

Somente uma equipe de saúde poderá reverter as complicações, que são comuns naadministração de soro antiofídico, através de procedimentos médicos específicos(entubação endotraqueal, utilização de adrenalina, corticóides etc). Entre as complicaçõesestá o choque anafilático que engloba : edema de glote, alteração de consciência,hipertensão, braquicardia, apnéia etc.

O tratamento médico realizado até seis horas após o acidente com ofídiosnormalmente não deixa seqüelas e não é fatal em seres humanos (exceto nos debilitados enos que possuem pequeno peso corporal, como as crianças). Se a inoculação da peçonhaocorrer em local muito vascularizado os riscos serão maiores, pois os efeitos serão maisprecoces.

Ações Imediatas numa Situação de Sobrevivência Manter o acidentado em repouso. Limpar o local da picada com água e sabão. Elevar o membro afetado (visando reduzir a possibilidade de necrose local). Não romper lesões bolhosas (que surgem, normalmente, após seis a doze horas da

picada), pela possibilidade de gerar uma infecção secundária de origem bacteriana. Não garrotear o membro afetado (para evitar a necrose na região). Não sugar o ferimento, exceto se a picada ocorreu até 30 minutos antes (após isto, a

picada já estará na corrente sangüínea do indivíduo e não mais no local). Não fazer sangria pois a peçonha altera o tempo de coagulação e poderá provocar

uma grande hemorragia, gerando um choque anafilático. Pode ser administrada água ao vitimado. Simultaneamente ao atendimento deve ser procurado, por outros elementos,

identificar e, se possível, capturar o ofídio causador do acidente conduzindo à equipemédica que realizará o tratamento.

Havendo a possibilidade de evacuar, em até seis horas, o indivíduo acidentado atéum local onde possa receber tratamento médico especializado, isto deverá ser feitode imediato.

Não havendo condições de evacuar o acidentado até um centro médico no prazo deseis horas ele deverá continuar bebendo água. Caso não haja a expectativa deresgate ou evacuação em menos de doze horas e não tenha náuseas ou vômitos oindivíduo poderá consumir alimentos leves, visando fortalecê-lo. Se o vitimado

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sentir fortes dores poderá receber o analgésico DIPIRONA por via oral,intramuscular ou endovenosa, em ordem crescente de gravidade, ou TYLENOL(PARACETAMOL) por via oral. Não deve ser administrado ácido acetilsalicílico(ASPIRINA, AAS, MELHORAL...) e anti-inflamatórios (VOLTAREN, CATAFLAN,BIOFENAC, FENILBUTAZONA...), pois agravam o quadro hemorrágico (interno ouexterno).

De qualquer forma, mesmo que tenha passado o prazo de seis horas, todos osesforços devem ser feitos no sentido de evacuar o acidentado para um CentroMédico.

Aplicação de soro por via subcutânea.

INSETOS E ESCOLOPENDRAS (LACRAIAS)

As abelhas, vespas e lacraias podem produzir acidentes dolorosos pela inoculaçãode peçonha através do "ferrão" que produz no organismo a liberação de agentes alérgenosque, por sua vez, provocarão a liberação de histamina. As reações locais são a sensação de ardência ou queimadura e a formação de edemas.As reações gerais podem ser determinadas por picadas múltiplas, principalmente na face,no pescoço e na cabeça.

A gravidade do caso estará na dependência do número de picadas ou de ter a vítimase tornado alérgica por picadas anteriores. Nestes casos, o quadro clínico rapidamente seagravará com o estado de choque anafilático e a morte por edema de glote. Quase todos oscasos mortais são devidos a estas manifestações.

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COSTASBARRIGA

FACE INTERNA DO ANTEBRAÇO

FACE INTERNA DA COXA

O tratamento consiste em retirar o “ferrão” com uma agulha esterilizada,incidindo na base daquele, projetando-o para cima. Não deve ser pressionado o “ferrão”para evitar a inoculação adicional de veneno na organismo do indivíduo. Para atenuar ossintomas locais podem ser administrados analgésicos e anti-histamínicos na proporção deuma ampola (50 mg) de PROMETAZINA (FENERGAN) por indivíduo.

Lacraia ou centopéia.

ESCORPIÕES

Há cerca de 150 espécies de escorpiões no BRASIL. Dentre elas as mais comuns sãoo Tityus serrulatus, no Sul, o Tityus bahiensis, no Centro Sul, e o Tityus cambridgei, naAMAZÔNIA e NE.

CARACTERÍSTICAS

O maior número deacidentes ocorre nos meses quentes e70% dos casos devem-se ao Tityusbahiensis, também chamado de escorpiãopreto. O Tityus cambridgei também preto,porém de porte menor , é o únicoencontrado na Amazônia e o acidente queprovoca é de menor intensidade que oTityus serrulatus.Hábitos - Ocultam-se em lugaressombrios e frescos, debaixo de paus,tábuas, pedras, e picam ao seremmolestados. Na Selva AMAZÔNICA, écomum serem encontrados em plenasáreas inóspitas, chegando a causarsurpresa pelo seu número.AÇÃO DA PEÇONHA

Predominantemente neurotóxica,deixando no local da picada apenas um

sinal puntiforme, sem reação. Provoca dor muito intensa, leve hipotensão arterial,taquicardia e sudorese (suor).

PRIMEIROS SOCORROS

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a. A exemplo dos acidentes com ofídios e aranhas, o soro antiescorpiônico só deverá seradministrado por uma equipe de saúde, pois exige procedimentos médicos que se nãoforem respeitados poderão causar o óbito, o que a picada do escorpião raramente causaria. b. Devem ser administrados sedativos e analgésicos pois a dor, que é o principal sintoma,deverá ser combatida. Anti-histamínicos terão efeitos coadjuvantes.c. Compressas quentes devem ser utilizadas, visando reduzir a dor e a inflamação locais.

Espécie dos mais peçonhentos

ARANHAS

As aranhas venenosas, no BRASIL, pertencem a vários gêneros, com mais de 50espécies, espalhadas por todo o território, com predominância nos Estados do Sul. Osprincipais são: Phounetria, Loxosceles, Latrodectus, Ctenus, Lycosa e Eurypelma.

CARACTERÍSTICAS

Freqüência - O maior número de acidentes ocorre nos meses frios, durante as horasquentes do dia, e 50% dentro das habitações, sendo 63% dos casos atribuídos à Phoneutriafera e 9% à Lycosa.

Hábitos - As aranhas peçonhentas, em geral, não vivem em teias, e quando as fazem sãoirregulares e não em forma geométrica. Constituem exemplos mais comuns:- Armadeira (Phoneutria fera) - encontrada em montes de telhas, tijolos ou tábuas velhas.São agressivas . Os machos possuem menores dimensões. - Tarântula (Lycosa) - aranhas encontradas em jardins, debaixo de paus podres, pedras oucapim alto, e que picam ao serem tocadas.- Viúva-negra (Latrodectus) - vive em vegetação rasteira, nas proximidades de areia. É amais perigosa, por ter sua peçonha ação neurotóxica, provocando os mesmos sintomasocorridos com a picada da Phoneutria.- Caranguejeira (Eurypelma) - aranha cabeluda encontrada nas regiões tropicais. Atinge até25 cm de comprimento. Alimenta-se de lagartixas e rãs e sua picada produz dor local quepode perdurar por 48 horas, além de sintomas nervosos

Armadeira.

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Viúva-negra.

Caranguejeira.AÇÃO DA PEÇONHA

A ação da peçonha das Lycosas (tarântulas) é proteolítica. A dor no local da picadapraticamente não existe, mas causa necrose da pele (ação dermotóxica) em cerca de 30%dos casos. As Lycosas são as menos perigosas.

A peçonha dos demais aracnídeos mencionados tem uma ação neurotóxica, atuandosobre os centros nervosos. No local da picada, os aracnídeos deixam como vestígio umsinal puntiforme ou uma erosão epidérmica. Dificilmente fazem vítimas fatais e, no caso,somente em indivíduos em más condições físicas, em crianças, ou ainda em pessoas depequena massa corporal. Entre 24 e 48 horas após a picada ou a aplicação da terapêuticaanalgésica, os sintomas desaparecem.

PRIMEIROS SOCORROSA exemplo do tratamento com ofídios a aplicação de soros antictênicos só poderá ser

administrada por uma equipe de saúde, pois as complicações que podem advir sãopotencialmente mais fatais que a picada das aranhas.A dor, que é o principal sintoma, deve ser combatida energicamente com analgésicos esedativos.

Os anti-histamínicos são indicados, na proporção de uma ampola ( 50 mg) dePROMETAZINA (FENERGAN), para reduzir os efeitos da picada.Quando houver necrose e infecção, sintomas muito raros, poderão ser administradosantibióticos sob prescrição médica.Compressas quentes devem ser utilizadas, visando reduzir a dor e a inflamação locais.

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Sempre que possível o acidentado deverá ser evacuado e conduzido a um centro médico afim de receber o tratamento indicado.

ANIMAL VENENOSO - É aquele que, para produzir efeitos prejudiciais ou letais, exigecontato físico externo com o homem ou que seja por este digerido. Como exemplos deanimais venenosos existem o sapo-cururu os sapinhos venenosos e o peixe baiacu.

SAPO CURURU - é incrivelmente tóxico. A fêmea põe cerca de 35.000 ovos , duas vezespor ano. Leva a morte qualquer animal que o ingerir ( cobras mesmo as mais venenosas,lagartos, jacarés de água doce, etc... ) devido a sua toxidez

. SAPO CURURUSAPINHOS VENENOSOS

Os sapinhos venenosos são animais pertencentes a seis espécies, sendo a mais letala do DENDROBATES que mede de 1,5 a 6,2 cm. Existem na Amazônia e se apresentam em cores muito vivas (vermelho, azul e amarelo)

Os sapinhos venenosos possuem glândulas com produtos alcalóides que, em contatocom outro ser vivo, secretam (liberam) o veneno que tem penetração ativa sobre a pele, asmucosas e afetam o sistema nervoso do predador, levando-o à morte.

Alimentam-se de pequenos animais peçonhentos, especialmente da formigaTUCANDEIRA, e potencializam seus venenos produzindo material altamente letal que éarmazenado em suas glândulas secretoras.

Já se registraram casos letais com seres humanos e até o momento, não existeantídoto conhecido.

Sapinhos venenosos.

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PEIXES VENENOSOS CARACTERÍSTICAS

OS PEIXES DE CARNE VENENOSA:Não existem regras simples para distinguir os peixes desejáveis dos indesejáveis.

Muitas vezes, encontram-se peixes perfeitamente comestíveis, em um local, cujamesmíssima espécie, em outro local, constitui alimento nocivo ou mesmo perigoso. Essanocividade pode ser causada pelas condições naturais do ambiente em que vive o peixe, oupelo seu regime alimentar e até pela estação do ano. O cozinhá-lo não destrói o veneno.

Características dos peixes de carne venenosa; a quase totalidade, vive em águas pouco profundas de lagunas ou recifes; quase todos são da família do baiacu; tem a pele dura, parecendo crosta, coberta de placas ósseas ou de espinho; possuem boca pequena, semelhante a bico de papagaio; as guelras apresentam pequenas aberturas; as nadadeiras ou barbatanas do ventre são pequenas ou inexistente.

ÁGUA IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA DA ÁGUA

A escassez e o uso abusivo da água doce constituem hoje uma ameaça aodesenvolvimento e a proteção do meio ambiente. A saúde e o bem estar de milhões depessoas e os ecossistemas estão em perigo e a solução passa necessariamente por umagestão planejada dos recursos hídricos.

O fato de a superfície da Terra ser formada por muita água pode levar à falsaconclusão de que se trata de um bem abundante e inesgotável – o que não é verdade, pelomenos em relação a água doce, própria para o consumo humano e para a produção dealimentos. Na composição de toda a massa líquida do globo terrestre, 97% da água sãosalgadas e vem dos mares e Oceanos e 2% concentram-se nas geleiras, em lugares quaseinacessíveis. Água doce, mesmo, essencial à manutenção dos ecossistemas do planeta,não passa de 1% do total, armazenada em lençóis subterrâneos, lagos e rios e naatmosfera.

Outro fator que contribui para aumentar a escassez é a sua distribuição irregular pelomundo; 60% de toda a água doce existente encontra-se em apenas dez paises, e o Brasil éum deles, com cerca de 14%.O Amazonas é proprietário de 20% dos mananciais de água doce do planeta e responde por80% das reservas hídricas brasileiras, espalhadas pelos 1.577.820,2Km.

VEJA QUANTO TEMPO ALGUNS PRODUTOS LEVAM PARA SE DECOMPOR NOS RIOS EMARES:

• cascas de frutas e guardanapos .................. 3 meses• latinhas de alumínio e pilhas .......................100 a 500 anos• pontas de cigarro e fósforos ........................2 anos• jornais..........................................................2 a 6 semanas• embalagens de papel....................................1 a 4 meses• chicletes ......................................................5 anos• sacos e copos plásticos.................................200 a 450 anos• garrafas e frascos de vidros e plásticos........tempo indeterminado

(Recursos Hídricos/Projeto Terra – o Globo / Projeto de Marketing. Rio de Janeiro29/11/2001)

O homem é um ser “homeotérmico”. Independente do ambiente, mantém uma temperatura corporal constante, num

equilíbrio térmico regulado através do suor.

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A temperatura interna do corpo humano precisa de equilíbrio entre a produção e aperda de calor, processo regulado pelo “hipotálamo”, que se inicia pela contraçãomuscular, dos vasos sanguíneos e pelo funcionamento das glândulas sudoríparas, quefabricam o suor. (explicação do Dr. MAURÍCIO CARAM da UFRJ).Mecanismos importantes da perda de calor; a produção e evaporação do suor, sãofacilitados pelas áreas descobertas do corpo, pela ventilação e pela temperatura ambiente.O que permite que o calor seja transferido da pele para o ar ambiente.

Em condições normais, a radiação é responsável pela perda passiva de 65% de calorcorporal para uma superfície mais fria.Quando a temperatura ambiente é superior a 37,2o Celsius , a evaporação responde por20% da perda corporal do corpo. A umidade do ambiente, no entanto, diminui a eficiênciada evaporação.

A sudorese é um mecanismo fisiológico e necessário. Falhas no mecanismo decompensação de calor provocam sudorese intensa.

Nos estados febris, a sudorese é o mecanismo a que o organismo recorre paraimpedir que a temperatura se eleve acima dos 40o Celsius. Para baixar a febre, a indicação médica e molhar-se com água a 1o C abaixo da temperaturamedida pelo corpo.

Quando o suor é muito intenso, o melhor é beber muito líquido, procurando umambiente mais frio e molhar o corpo com água fria.

A água será em todas as ocasiões, uma das necessidades mais importantes.

Em uma sobrevivência , sendo a ração de água inferior a 1/2 litro por pessoa,deve-se beber toda a água de uma só vez e não alimentar-se.

Médicos da U.S.NAVY comprovaram na última grande guerra ( 1939/1945 ) , queum homem privado de alimentos , mas com abundância de água para beber , e evitandoao máximo qualquer esforço físico , pode ter uma sobrevida de 20 a 30 dias , dependendoda sua compleição física e condições ambientais , por outro lado a ausência total de águaleva a uma sobrevida em torno de 10 dias .

A água é o mais importante dos líquidos do organismo, sendo o solventeuniversal e o meio de embebimento da matéria orgânica . É indispensável para afunção das proteínas , servindo de veículo para as principais reações metabólicas, econcorrendo para manter a regulação da temperatura corporal através da evaporação,conduzindo calor para o exterior.

O balanço hídrico é regulado por dois mecanismos : a SEDE, que leva a umaumento da ingestão dos líquidos, e a ATIVIDADE DOS RINS, que retém ou excretaágua .

EQUILÍBRIO HÍDRICO

Normalmente, o conteúdo de água do organismo é bem equilibrado. A ingestãode água , através de bebidas e conteúdo aquoso de alimentos sólidos e da águade oxidação , é compensada pela excreção na urina , nas fezes , respiração etranspiração . Neste tópico veremos como se processa a entrada e saída de águado corpo humano.

ENTRADA DE ÁGUA NO ORGANISMOEm condições normais , o consumo de água no organismo varia de 2500ml a

3000ml diários, provenientes de três fontes principais : a água natural , a águapresente nos alimentos sólidos(água de constituição ) e a água de oxidação .

ÁGUA NATURAL É ingerida em maior quantidade , como a água de bebidas e os alimentos

líquidos ( sopa , leite , refrescos , etc ... ) . Numa dieta normal de uma pessoa adulta ,habitualmente oscila em torno de 1200ml.

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ÁGUA DE CONSTITUIÇÃOEstá presente em todos os alimentos , e de uma maneira geral podemos

considerar , como média , que a água entra na composição dos alimentos sólidosnuma variação de 75 a 80%.

Estes alimentos , no organismo , representam cerca de 1000ml de água . Isto não significa que em uma situação de sobrevivência , deve-se consumir a maiorquantidade possível de alimentos , como forma de hidratar o corpo humano , pois seránecessário a ingestão de água natural para metabolizar esses alimentos .

ÁGUA DE OXIDAÇÃOCom uma dieta normal de 2500 calorias , formam-se cerca de 300ml de água

produzidas metabolicamente. Além disso , a água é um dos principais produtos dacombustão de proteínas , gorduras e carboidratos no interior do organismo.

PERDAS DE ÁGUA NO ORGANISMO

VIA PULMONAREsta perda é obrigatória e constante , onde a água é excretada em forma de

vapor durante a respiração . Um homem adulto perde por esta via, cerca de 200 a400ml, num período de 24 h

Esta perda varia de acordo com o grau de umidade da atmosfera, aumentandoem duas circunstâncias : Febre e Dispnéia.

VIA CUTÂNEAA perda de água por esta via , num período de 24 horas , varia entre 300 a

400ml juntamente com alguns sais no suor , dependendo da temperatura , umidade doar e da atividade corporal .

VIA RENALO rim sadio , em circunstâncias fisiológicas , elimina diariamente no adulto em

regime alimentar livre , cerca de 1500ml de urina . O rim é capaz de excretar urinaabundante ou reduzida , concentrada ou diluída , ácida ou alcalina , procurando sempreconservar os níveis normais de sais no meio interno .

VIA DIGESTIVA Nas fezes, o indivíduo normal elimina cerca de 100 ml por dia de água . Em

situações normais , essa perda não é significativa, exceto nos casos de diarréias, ondea quantidade de água perdida aumenta bastante.

PERDAS ADICIONAISAlguns tipos de ferimentos podem ocasionar uma perda adicional de água ,

mas para o náufrago a que mais comumente pode ocorrer é a perda através de vômitosrepetidos , provocados pelo enjôo.

QUANTIDADE NECESSÁRIA DE ÁGUA Vários fisiologistas têm pesquisado qual é a quantidade mínima de água ,

necessária á vida humana . O trabalho mais conhecido neste campo é o donorte-americano Dr. E.F.ADOLPH , que constatou que o período de sobrevida de umsobrevivente depende de três fatores . Da temperatura ambiente, da sua atividadecorporal durante o período de sobrevivência e da quantidade de água disponível.

Este fatores estão inter-relacionados , quanto maior o trabalho físico efetuado poruma pessoa , maior será a quantidade de água necessária para equilibrar a desidrataçãodo seu corpo, provocado pela perda de água através do suor .

A necessidade de água aumenta também com uma maior temperatura ambiente ,especialmente quando o corpo é submetido a trabalhos pesados em condições climáticasquentes.

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Os estudos mostram que as pessoas exposta diretamente aos raios solares semnecessariamente estar trabalhando, necessitam três vezes mais água que a sombra .

No Brasil , o Estado-Maior das Forças Armadas ( EMFA ) prescreve o consumodiário em 750ml de água para que os sobreviventes se mantenham em condiçõespsicofísicas favoráveis .

Nas primeiras 24 horas , após o abandono da aeronave acidentada , verifica-se umirreprimível desequilíbrio orgânico , e conseqüentemente uma maior excreção urinária,na qual o excesso de água é eliminado . Portanto, não se deve beber água nesse período,pois fatalmente ela não seria retida pelo organismo , e sim perdida através da urina .Asrações de água só devem ser utilizadas após este período .Como regra geral todos devem receber a mesma quantidade de água , reservando-seuma cota extra para os feridos.

MÉTODOS DE PURIFICAÇÃO DE ÁGUA.Toda água deve ser purificada antes de ser bebida ( em sobrevivência )

1o PELA FERVURA durante 1 minuto pelo menos .

2o TINTURA DE IODO adicionando 8 gotas de tintura de iodo em um litro de água ,esperar durante 30 minutos antes de beber.

3o PURIFICADOR DO KIT usar de acordo com as instruções da bula .

EXCEÇÕES A REGRANão necessitam purificar :

1o ÁGUA DE ORIGEM VEGETAL - ( COCO - CIPÓ DE CASCA GROSSA - CACTOSBOJUDO ( cabeça de grade e/ou xique xique )

2o ÁGUA DA CHUVA - desde que colhida diretamente

MEIOS DE OBTENÇÃO DE ÁGUA

NA SOBREVIVÊNCIA NA SELVAA água será, em todas as ocasiões , uma de suas necessidades mais importantes .

Comece procurando logo por água . Mesmo em tempo frio , o corpo necessita ,normalmente, de dois litros de água por dia, para manter sua eficiência .A necessidade de água na floresta densa é muito menor do que no deserto .

1-) Água da chuva2-) Água do Kit de Sobrevivência 3-) Água de origem vegetal4-) Água depositada nos vegetais 5-) Destilador solar de terra 6-) Trilha dos animais 7-) Rios ,lagos ,pântanos, etc...8-) Orvalho

ÁGUA DA CHUVA - quando colhida diretamente não necessita purificar .Junte a água da chuva em um pequeno buraco , forrado com um plástico ou lona. Nasárvores das quais escorre a água , aos pingos , coloque um pano limpo a volta do troncoe deixe uma das extremidades do pano gotejar para dentro de uma vasilha. Purifique estaágua colhida indiretamente.

ÁGUA DO KIT DE SOBREVIVÊNCIA - Utilizada para fins medicinais

ÁGUA DE ORIGEM VEGETAL - Poder-se-á obter água de algumas plantas , que poderáser utilizada diretamente , sem nenhum tratamento ( purificação ) .

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Os cocos contêm água refrescante. Os cipós, são as vezes , boa fonte de água . A águaproduzida será pura e fresca , nunca beba de um cipó que produza líquido leitoso ouamargo . O melhor cipó e o de casca grosa . Além dos cipós, pode-se obter água de certoscactos bojudos como o cabeça de grade e xique-xique.

ÁGUA DEPOSITADA NOS VEGETAIS - Nas regiões tropicais , há gravatás e parentesdo abacaxi , bromélias , etc..., que se podem achar no solo ou nos ramos de árvores ecujas folhas resistentes e bem chegadas uma as outras sobrepondo-se , como escamas ,costumam conter apreciável quantidade de água de chuva . Passe a água por um pano, afim de eliminar a maior parte das impurezas e os insetos aquáticos ( coar ) e depoispurifique .As hastes dos bambus, algumas vezes, contêm água nas juntas ocas, faça umfuro bem junto a base de cada segmento entre os nós e recolha a água em uma vasilha edepois purifique .

DESTILADOR SOLAR - poderá fornecer 1.500ml de água por dia .Devemos cavar um buraco de aproximadamente 1 metro quadrado com 50 cm de

profundidade , colocar um recipiente no fundo para coletar a água e cobrir com um plásticofino de aproximadamente 2 metros quadrados .Obs: O destilador Solar dá bons resultados em áreas onde os raios solares podem incidirdiretamente sobre o plástico a maior parte do dia .

TRILHAS DOS ANIMAIS - As trilhas dos animais do mato muitas vezes vão dar a uma águade fonte, córrego ou lagoa. Siga a trilha, mas tenha cuidado.

RIOS, RIACHOS, PÂNTANOS, LAGOS, NASCENTES, MANANCIAIS E BREJOS, nos trópicos,pode ser bebida sem riscos , após ter sido purificada. As vezes, a água terá aparênciaturva , ou uma coloração qualquer . Poder-se-á filtrar essa água , em parte , através depanos .

ORVALHO é formado quando há condensação direta da umidade da atmosfera sobresuperfícies que irradiam rapidamente o próprio calor esfriando a camada de ar contígua . Lembre-se que dependendo das condições do vento e temperatura , pode-se terformação contínua de orvalho durante toda a noite , portanto com uma esponja ou panoenxugue o orvalho ,quanta vezes forem possíveis , esta água deve ser purificada .

SOBREVIVÊNCIA NA SELVA

• ALIMENTAÇÃO• PROVISÕES RESTANTES DA AERONAVE• CONTEÚDO ENERGÉTICO• ALIMENTOS SILVESTRES DE ORIGEM VEGETAL• PLANTAS TROPICAIS• PREPARO DOS ALIMENTOS

Após a evacuação da aeronave, afastamento devido a possível explosão, e as açõesimediatas ( acionamento do TLE, prestar os 1o SOCORROS, procurar dar um confortomaior aos feridos), partiremos para um levantamento das rações líquidas e sólidas econstrução de abrigos.

1o Verifique as rações sólidas e água de que dispõe; • calcule o número de dias que poderão passar, antes do resgate chegar (7 dias)• dividir as rações sólidas em 3 partes• separe duas (2) partes para ser consumida na primeira metade do período calculado

até o salvamento.• o 1/3 restante será guardado para a segunda(2a) metade desse período estimado

(7 dias)2o Se decidirem que um grupo fique no acampamento e outro grupo parta em busca desocorro, deve-se:

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• dar a cada pessoa que parte em busca de socorro, o dobro do alimento que deveráreceber aquelas pessoas que permanecerem no acampamento;

3o Se a ração de água, por pessoa, for inferior a ½ litro ao dia, deve-se:• evite ingerir alimentos farinhosos, secos e/ou condimentados;• o comer aumenta a sede;• em tais casos, os melhores alimentos, são os que contém um alto teor de

carboidratos (balas, frutas, tabletes de frutas cristalizadas, etc...);• beber toda a água de uma só vez;

REQUISITOS DE ENERGIAA sua cota de energia estará assegurada se os alimentos que dispuser, contiverem:

* CARBOIDRATOS – de origem vegetal ( açúcar, frutas, farináceos e cereais)

* PROTEÍNAS – de origem animal, principalmente ( carne, peixes, ovos, leite, queijos).As proteínas são combustível de alto valor, mas sua finalidade principal é a de

conservar e refazer os tecidos do organismo.Noventa gramas (90g) de proteínas é a quantidade que necessitamos

diariamente, sob quaisquer condições. Quando consumimos mais do que necessitamos, aquantidade adicional é transformada em gordura ou queimada como combustível orgânico.

GORDURAS• em parte de origem vegetal ( azeite de oliva, óleo de girassol, soja, algodão,

amendoim, coco, etc... )• em parte de origem animal ( manteiga e banha )

A não ser em quantidade muito pequenas, as gorduras não constituem elementoessencial para a nutrição humana. A ingestão contínua de alimentos gordurosos, poderáacarretar a formação de ácido ( ketose), que exige muita água para a sua eliminação.

ALIMENTOS PREPARADOSSão as rações para uma permanência em condições atípicas, que encontramos nos

KITS DE SOBREVIVÊNCIA.Foram preparadas para dar sustento adequado, você poderá consumir a ração

diretamente, sem que seja necessário prepará-la de qualquer modo.Poupe a ração de emergência, se puder substituí-la por outro alimento de suficiente

valor nutritivo.

ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETALExistem umas 300.000 espécies de plantas silvestres no mundo.

Grande número dessas espécies podem ser ingeridas.Você deve aprender a superar sua aversão a certos e determinados alimentos.Muito poucas são as plantas que produzem efeito mortal quando ingeridas em

pequenas quantidade. Não coma um alimento estranho sem prová-lo.Cozinhe primeiramente uma amostra, em seguida ponha um pouco da porção na

boca, mastigue-a e conserve a porção na boca por 5 minutos.Se passados estes minutos, o paladar não estranhar o gosto da porção, poderá

comer sem susto.Se o paladar estranhar e o gosto da porção for desagradável, um gosto abrasador,

que queima, um gosto amargo e que causa náuseas, enjôo, tal gosto é um aviso de perigo,então não coma.

Lembre-se que as azeitonas tem um gosto amargoso, e de que o limão é ácido, demodo que o gosto menos agradável, não significa necessariamente de um veneno.

De um modo geral não há perigo em ingerir substâncias que são procuradas pelospássaros e mamíferos ( entretanto existem algumas exceções), também os alimentosprocurados por roedores ( camundongos, coelhos, cutias, pacas, caxinguelês, etc...),Ou pelos macacos, e por vários animais onívoros ( que comem de tudo), não constituirãoperigo para o homem.

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Quando em dúvida sobre se a planta é comestível ou não, cozinhe a mesma.• O veneno dos vegetais é tornado inócuo pelo cozimento, com exceção do

COGUMELO.Todo alimento que contém “AMIDO “, deve ser cozido, pois cru é indigesto.

COMO ESCOLHER PLANTAS COMESTÍVEIS • evite comer plantas com gosto amargo ( o gosto amargo é um guia seguro)• evite comer plantas que tiverem sumo leitoso, evite este sumo em contato com a

pele, excetua-se desta regra o ( abiu, sapoti, figo, mamão). O sumo do mamãoverde nos olhos, pode causar cegueira.

• Evite comer plantas que possuem pêlos. REGRA GERAL : TODO ALIMENTO QUE FOR CABELUDO, AMARGO E LEITOSO, NÃOPONHA NA BOCA, SE NÃO CONHECER.

PARTES COMESTÍVEIS DAS PLANTAS As plantas, sejam aquáticas ou terrestres, oferecem os seguintes elementos comestíveis:

• grãos ou sementes --- dos capins bravos, gramíneas, milho, arroz, sorgo, soja,etc... esses grãos são feculosos (amidosos) e constituem excelente alimento base.Esses grãos e sementes deverão ser comidos após fervidos ou assados.

• frutos maduros, aliviam a sede e ajudam a economizar a ração de água, (amorassilvestres, framboesa, morangos, mamão, banana da terra/d`água/ são Tomé,etc ...)

• folhe-los ou bainha --- são as folha novas e macias, devem ser cozidas.

• suco --- das plantas que contém açúcar, podem ser desidratados ao ponto decalda ou xarope, pela fervura lenta, a fim de eliminar a água.

• raízes --- a grande maioria das raízes possuem amido (inhame, mandioca, aipim,etc ...)devem ser cozidos pois cru é indigesto. A maioria dos inhames são venenososem estado natural, mas perfeitamente comestíveis após o cozimento.

• nozes --- coqueiro, cajueiro, pinheiro (pinhão), são árvores que produzem este tipode alimento. De todos os alimentos que a floresta nos oferece, as nozes são as maisnutritivas. Os pinhões ficam melhor cozido.

• -casca --- a parte interna da casca de grande número de árvores, serve comoalimento. A parte interna da casca serve para fazer farinha.

A parte externa da casca quando verde e fina e a parte interna na cor branca, sãoaproveitadas como alimento. A parte externa da casca na cor marrom (castanho) contémtanino, que é muito amargo.

A casca do pinheiro é rica em vitamina “C”, a parte interna da casca desta árvore,depois de seca é comida crua.

• flores --- são comestíveis.• folhas sumarentas---(sucosas) escolha as mais novas e macias, mas cozinhe-as.• talos --- açucena branca d`água, são ricas em fécula, excelente alimento (aipo).• haste --- grandes talos, são achados em milhares de plantas (cana de açúcar).• tronco --- O AMIDO é extraído do tronco da palmeira “sagüeiro” e de outros troncos,

pelo processo de rachar o tronco e remover a substância mole e esbranquiçada dedentro. Essa polpa, é lavada em água e a substância branca (amido puro) é despejadaem uma asilha. Depois de lavada pela segunda vez , poderá ser empregada diretamentecomo farinha.

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• O PALMITO, toda palmeira contém o miolo chamado de palmito.• A parte do tronco onde se deve retirar o palmito, está situado entre o início das folhas e

o topo.• bulbo ---são excelentes fontes de alimentação ( lírio, cebola, narciso).• brotos --- os rebentos de todos os fetos de vegetais são encaracolados (anelados)

suculentos e o valor alimentício corresponde a “couve ou aspargos”.• Quase todos os brotos são cobertos de fiapos, os quais lhes dão gosto amargo, retire os

fiapos esfregando-os dentro da água, se o gosto for muito amargo, ferva os brotosdurante 10 minutos, mude a água e torne a ferver durante 30 ou 40 minutos.

PLANTAS AQUÁTICASSe desenvolvem ao longo das margens dos rios, nos lagos e poços (naturais).As plantas que crescem diretamente na água , são de valor latente como alimento,

seus caules são sumarentos. Algumas espécies são conhecidas como rabo de gato oucapim elefante e açucena branca d`água.

Os brotos bem novos do capim elefante, lembram o gosto do aspargo, na época dafloração o pólen amarelo é abundante, formando pequenos bolos, o talo mais próximo àraiz também é comestível.

As açucenas branca d`água, o talo é comestível, a bainha nova das sementes, podeser fatiada e comida como uma verdura qualquer; as sementes possuem um gosto amargomas possuem alto grau nutritivo, podendo ser secas ao sol e após ser esfregadas entrepedras para fazer farinha. GENERALIDADES DA CAÇA

• A maior parte dos animais de sangue quente e com pêlos, é cauteloso e difícil depegar.

• Para caçar é preciso habilidade e paciência.• O melhor método para o principiante é a caça de espera. Isto em um ponto onde os

animais costumam passar (trilha, o local onde matam a sede ou onde costumampastar).

• Esconda-se em um ponto dos locais indicados acima, mas de modo que o vento • sopre do local para você e não vice-versa. • Fique absolutamente imóvel. A caça não deve perceber movimento algum.• A melhor hora para caçar é pela manhã bem cedo ou à noitinha.• Ao caminhar observe se descobre sinais de caça, (trilha de animais, vegetação

rasteira pisada ou excrementos ).• A caça é mais abundante e é mais fácil de ser encontrada próxima à água, nas

clareiras de florestas, nas orlas de bosques,etc...• Partes da caça que possuem vitaminas essenciais, coração, fígado e rins.

ALIMENTAÇÃO DE ORIGEM ANIMAL • A caça pode ser abatida de várias maneiras: tiro, laço (enforcamento), tacape ou

tronco de árvore ( bordoada), faca, etc...• A retirada do pêlo ou penas, poderá ser feita através de uma faca ( ponta fina e bem

afiada ), canivete ou pelo método do sopro ( fazer uma pequena incisão na pele eintroduzir um canudinho / caneta bic/ mangueira do sistema fixo de O2/ talo demamoeiro ou outra árvore/etc,... e soprar até que a pele se descole da carne.

• Esfole e extraia as vísceras de todo o animal que caçar.• Tenha cuidado ao remover o fel, a bexiga e as glândulas odoríferas quando houver. A

carne poderá tornar-se impura.• Sangre e limpe (remova as vísceras) de todos os pássaros que caçar.• As aves que se alimentam de peixes, tem a carne com odor de óleo de peixe. • O gosto da carne é de puro óleo de peixe.• A melhor carne do lagarto é o do traseiro e do rabo; a melhor carne de tartaruga é a

das patas, pescoço e do rabo; procure descobrir os ninhos das tartarugas nas areiasdas praias e recolha seus ovos.

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• Todas as cobras são comestíveis (com exceção da “cobra do mar”) para isto,corte um palmo da cabeça e um palmo do rabo jogando-os fora.

• Nunca despreze os passarinhos e seus ninhos ( procure caçá-los à noite ).• Alguns insetos e vermes podem ser consumidos: tanajura (formiga ), escaravelhos,

tapuru ( verme do coco), gafanhotos, etc...

Para tirar o couro

MÉTODOS DE CAÇA A caça por meio de laço --- ( o rastro fresco e excrementos são os principais

indicadores da passagem da caça em geral ); Todos os laços e todas as armadilhas devem ser de construção simples e devem

ser armados após construído o acampamento e sempre antes de cair a noite. Disponha as armadilhas onde a trilha é mais estreita. Arrume obstáculos de modo que obriguem o animal a passar pelo laço. A abertura do laço deverá ser bastante larga para deixar passar a cabeça do

animal, mas não o corpo. Procure deixar tudo com o aspecto mais natural possível. O laço deverá ser feito de barbante forte ou de fios de nylon, dispondo a volta de

um buraco ou entrada de cova. Esconda-se atrás de qualquer obstáculo ou entãodeite-se de bruços no chão, a pouca distância do laço. Com um movimento rápido,aperte o laço, quando o animal puser a cabeça de fora ou adiantar-se,ficando com o laçono meio do corpo.

Laço com o nó corredio --- a armadilha que prende e iça a presa bem alto eque consiste de um nó corredio ligado a uma árvore bem nova, tem a vantagem de logomatar a presa ao mesmo tempo que a mantém fora do alcance dos outros animais.

Troncos que caem / gatilho tipo 4 --- Os animais de tamanho médio e grandepodem ser capturados por meio de armadilhas ligadas a troncos que caem quando oanimal agarra a isca ou agita o laço.

Atiradeira --- você poderá confeccionar uma atiradeira do tipo simples por meiode uma forquilha de pau, tirada de um galho de árvore e tiras de borracha obtidas decâmaras de ar. Com a prática, você poderá acertar muito bem em qualquer animalpequeno.

Arapuca --- é uma armadilha de confecção fácil e rápida, serve para capturaranimais de pequeno porte.

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Fosso --- é uma armadilha de confecção fácil, serve para capturar animais depequeno porte. Cavar um buraco, colocar no fundo espetos de bambu pontiagudos,cobrir o local com material da região;

Chiqueiro (Obs: para manter qualquer felino no seu interior os troncos deverão estarunidos uns aos outros, assim a armadilha terá firmeza e solidez).

Mundéu.

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Mundéu associado a laço.

Arapuca.

Laço com dois tipos de gatilho.

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Outro tipo de laço.

Armadilha com pistola.

GENERALIDADES DE PESCA Equipamentos --- o seu equipamento de pesca deve conter: anzol e linha para a

pesca (kit de sobrevivência). Iscas --- procure descobrir o que comem os peixes nesta ou naquela área. Como isca

use ; insetos, mariscos, minhocas, objetos pequenos e brilhantes, pedaços de panoscores vivas, etc...

Confeccionar --- você poderá confeccionar anzóis com pedaços de arame,alfinetes, fivelas de cinto, distintivos da empresa preso a roupa, etc..., você podeconfeccionar a linha de pesca com fios da roupa, cordéis de sapato, plantasfibrosas, etc...

Se o peixe não mostrar interesse pela isca, procure fisgá-lo com uma ara delgadae pontiaguda, como fazem os índios ou agarrá-los com o próprio anzol,montando uma garateia.

Uma rede de pesca é melhor e mais eficiente do que uma linha de pesca; na partesuperior da rede tem flutuadores e na parte de baixo existem pesos ( rede de

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guelras ), como flutuadores pode ser usado pedaços de troncos e como pesospequenas pedras. A rede deve ser colocada atravessada ao da margem (riachos).

Na água doce, o melhor lugar para se pescar é o poço onde há maior profundidade.Nas corredeiras é o poço natural ao pé das cachoeiras.

Na pesca temos umas poucas regras de segurança a observar: pesque quando a maré estiver baixando ou quando mais baixa ( baixa-mar), tenha cuidado quando estiver próximo ou sobre rochas de superfície escorregadias, mantendo-se afastado da arrebentação. Antes de desistir de pescar, pesque em todas as águas, em todas as profundidades e

a qualquer hora do dia ou da noite. Camarões e lagostins são atraídos por facho de luz ( lanternas ou archotes ) pesque-os com rede de mão ( fácil de ser confeccionados). As lagostas, caranguejos e crustáceos de água doce, em geral, são formas de fauna

aquática que se arrastam pelo fundo, à profundidades que variam de 3 a 10 metros.Para pescar estes animais use o “puçá”, o anzol tipo garateia, tendo como iscacabeça de peixe ou miúdos de um animal qualquer.

Nos lagos e nas correntes caudalosas, os peixes tendem a aproximar-se dasmargens e das áreas rasas, pela manhã e à tarde.

Curral de peixe, a armadilha para peixes nada mais é, basicamente, do que umcercado ( uma cerca ), com a entrada do “curral”, larga a princípio, se vaiestreitando para dentro do curral. A entrada deve ser no sentido da corrente nopreamar. O local da cercada a ser construído deverá ser escolhido quando a maréestiver cheia (preamar); a construção deverá ter lugar na maré baixa (baixa-mar).Nos currais bem construídos, os peixes podem ser retidos durante vários dias, poisas águas que vem ao curral lhes trazem alimentos.

Os baixios dos mangues são, freqüentemente, bons campos de pescarias. Na maré baixa, cachos de ostras, mariscos ou mexilhões, acham-se expostos nos

joelhos ou ramos das árvores do mangue; Uma vara de bambu, com a ponta em forma de lança, é utilizado pelos silvícolas

para fisgar peixes.

. Limpeza de peixes. Conservação de alimentos.

PEIXES FLUVIAIS PERIGOSOS Bagres e Mandis – a arma desses peixes é constituído de 3 ferrões das nadadeiras

peitorais e dorsal. A picada é muito dolorosa e ocasiona inflamação no local e asvezes febre. O tratamento para tais casos é tintura de merthiolate.

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Piranhas – branca, preta, vermelha ou acaju – peixe carnívoro muito comum nosrios da Amazônia, vive em cardumes. Possui carne muito saborosa apesar doexcesso de espinhos.

Arrais – arara, pintada e preta – são peixes cartilaginosos que possuem o corporomboidal, fortemente comprimido de cima para baixo com a cauda muito delgada eonde possui o ferrão bi-farpeado, com aspas retorça em forma de punhal,ordinariamente de 5cm de comprimento armadas de dentes de um e de outro lado, àmaneira de serra, com pontas revoltadas com aspas de anzol, que entram comfacilidade e não saem sem arrancar pedaços de carne. A ferida é de difícil cura, jápela irregularidade do corte, já porque o ferrão deixa dentro um produto viscoso quemuito concorre para inflamar a chaga.

Baiacus – existe nos rios da Amazônia (água doce) e no mar ( água salgada ).O seutamanho varia de 10cm a 15cm, tem pele flácida, cor verde-malva nodorso, éesbranquiçado na barriga, boca pequena, a parte inferior do ventre é ligeiramenteáspera possuindo espinho, quando retirado da água costumas inflar-se tanto a pontode parecer uma bola.

Poraquê – o efeito produzido por este peixe é igual a de uma descarga elétricarelativamente acentuada (onda de 820 hertz) não se vê centelha sair do seu corpo.Esses peixes são dotados de duas faixas de células gelatinosas ácidas, em forma dealvéolos de favos de mel, dispostas na parte posterior e inferior do corpo ondeacumulam carga elétrica que usam para a sua defesa. Seus olhos são minúsculos eas nadadeiras possuem movimentos ondulatórios, o que faz com que ele nade para afrente ou para trás. No Pantanal é conhecido como “mussum de orelha” .

Candiru – este peixinho assemelha-se ao bagrinho medindo 3cm comprimentoe0,5cm de largura. Muito comum nos rios e igarapés da Amazônia e Pará. Muito setem escrito sobre a incrível facilidade de penetrar pela uretra e ânus das pessoas quese banham nas águas desses rios sem roupa de banho.É voz corrente que o candirupenetra pela uretra do homem, quando este inadvertidamente urina dentro da água.Com o jato da micção, o canal se abre e eles metem-se pela fenda a dentro. Mesmonão conseguindo entrar de todo, a operação para retirá-lo é dificílima e muitodolorosa, pois, como é sabido, osseus opérculos se dilatam no interior da uretra e ospequenos espinhos que os guarnecem cravam-se na mucosa

ABRIGOS / FOGO / FOGÕES / GENERALIDADES

Em qualquer área poderá ser improvisado um abrigo com:1. Partes da aeronave (grandes ou pequenas seções da aeronave)2. A própria aeronave (após os motores terem esfriados / combustível evaporado)3. Equipamentos de emergência ( escorregadeiras e os barcos salva vidas)4. Materiais natural ( troncos, galhos, folhas, etc...)

É claro que a espécie de abrigo que se deve armar depende da proteção que senecessita nesta ou naquela região.

a. É contra a chuva?b. É para proteger do sol intenso?c. É para proteger do calor intenso?d. É para proteger dos insetos?e. É para uma só noite? (bivaque)f. É para vários dias? (acampamento)

ESCOLHA DO LOCALEscolha com cuidado o local para construir seu abrigo provisório ou o seu

acampamento.a) não acampe em terreno de inclinação muito pronunciadab) não acampe em local demasiadamente exposto aos ventosc) não acampe em áreas onde houver perigo de avalanche, queda de rochasd) não acampe em baixo de grandes árvores ( galhos secos )

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e) não acampe em baixo de árvores como: coqueiro, jaqueira, pinheiros, etc...f) escolha um local o mais longe possível dos de pântanos e charcos ( mosquitos )g) escolha um local onde o chão estará o mais seco possível e bem arejadoh) escolha um local onde encontre água nas proximidades e alimentos

TIPOS DE ABRIGO A própria aeronave ---- se decidir permanecer próximo a aeronave, utilize-a como

abrigo. Procure vedar a entrada aos mosquitos cobrindo as aberturas com tecidos.Na floresta tropical cerrada, você necessitará grandemente de proteção eficientecontra a umidade.

O abrigo improvisado mais fácil de armar --- consiste numa ( lona, plástico,carpete do piso da aeronave, etc...) estendido por cima de uma corda ou de umavara entre duas árvores ou duas estacas.

Um bom abrigo contra a chuva pode ser armado, cobrindo-se uma estrutura emforma de “A” com boa quantidade de folhas de palmeira ou folhas largas que forpossível achar, de pedaços de casca de árvores ou molhos de capim (sapê).

Cabana de índio --- três estacas presas formando um tripé, podemos colocarestacas extras apoiadas no tripé e cobri-las com, panos, plásticos, carpetes do pisodo avião,etc...

Tapiri --- um abrigo alto do chão de difícil construção. Serve para abrigar váriaspessoas. Utiliza-se 4 troncos, onde será apoiado o piso que deverá estar a 50cm dochão, o telhado será construído tipo meia água ( com o caimento para um doslados), as laterais serão fechadas em 3 dos 4 lados .

Rabo de Jacu --- um abrigo de fácil construção (utilizado nos deslocamentos) parauma só noite.

Abrigos Naturais --- são as cavernas.

O material a ser obtido na própria selva inclui, normalmente:Madeira (troncos finos e grossos) para a estrutura;Cipós ou cascas de certas árvores para todas as amarrações; Folhas largas ou de palmeiras para a cobertura

Abrigo mais rápido de ser construído.

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Tapiri simples (medidas).

Tapiri simples (para moradia de 1 homem)

Tapiri nativo do caboclo amazônia (um dos tipos).

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A estrutura do abrigo em forma de A (com duas camas de galhos e cipós).

Rabo-de-jacu.

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Rabo-de-mutum.

Japá COBERTURA E CONFORTO DOS ABRIGOS

1. Utiliza-se para a cobertura dos abrigos : folhas de palmeira (várias camadasdividindo-se talo ao meio), folhas largas, casca de árvores, molhos de capim.

2. Comece debaixo, com a colocação das folhas, terminando na cumieira. As folhasdeverão ter as pontas voltadas para baixo e deverão sobrepor-se. Debaixo de cadaaba ( sob a beirada ) abra pequenas valas que conduzam a água da chuvapara fora e para baixo, a fim de manter o abrigo o mais seco possível.

3. Não durma diretamente sobre o chão( o contato da terra fria será nocivo).4. Faça uma rede de dormir (utilize uma manta, plásticos, etc...).5. Improvise uma cama de troncos e galhos com folhas e/ou capim ( tarimba)6. Dormir em rede ou na tarimba, tornará menos provável o ataque das formigas,

aranhas, sanguessugas, escorpiões e outras pragas.7. É conveniente “passar no fogo” as palhas que serão utilizadas para forrar o local de

repouso, a fim de eliminar carrapatos e outros insetos.

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8. Não se exponha ao vento9. Arme uma fogueira próxima ao abrigo de modo que a entrada receba o calor

(construa um pequeno muro com troncos para refletir o calor para o interior doabrigo). Construa uma fossa para detritos, afastado do acampamento e da fonte deágua cerca de 700 metros ( todo o lixo do acampamento deverá ser jogado lá).

10.Construa uma fossa para dejetos (latrina) que deverá distar o mais possível doacampamento e da água potável, cobrindo sempre com terra os dejetos.

FOGOVocê necessitará de fogo para;

1. Aquecer2. Se manter enxuto3. Sinalizar4. Cozinhar5. Purificar a água6. Proteger

OBS:Não faça uma fogueira grande demais. As fogueiras pequenas exigem menoscombustível e são fáceis de controlar, além do que, o seu calor pode ser controlado.

No tempo frio, pequenas fogueiras dispostas em círculo, em volta de indivíduos,produzem muito melhor efeito do que uma só e grande fogueira.

PREPARAÇÃO DO LOCAL1. Prepare o local para a sua fogueira, com cuidado.2. Limpe bem a área, retirando as folhas, gravetos, musgos e capim seco, a fim de não

estabelecer um incêndio florestal.3. Se o chão estiver seco, raspe tudo até chegar a terra pura.4. Cave um buraco de pequena profundidade, onde colocará a fogueira.5. Se a fogueira tiver de ser acesa sobre a terra molhada, arme-a sobre uma

plataforma de toros ou pedras chatas.6. A fim de conseguir o máximo de calor e de proteger o fogo contra o vento, arme a

fogueira junto a uma muralha ou grande rochas ou próximo a um parapeito feito detroncos, obstáculos estes, que servirão de refletor de calor para o seu abrigo.

COMO ACENDER O FOGOA maior parte dos combustíveis não se inflamam ao contato direto de um fósforo

aceso. Para iniciar a fogueira você precisará de material facilmente inflamável.Eis aqui alguns materiais de fácil ignição:

1. Gravetos finos e bem secos.2. Casca de árvores bem seca.3. Folha de palmeira.4. Raminhos secos.5. Musgos soltos.6. Capim seco e ainda em pé.7. Fetos de samambaia.8. Lasquinhas finas e compridas de madeira seca.9. Papel amarrotado.10.Caixa revestida de cera ( que serviram para acondicionar os lanches).11.Papelão.12.Um pouco de gasolina, deitado ao combustível, antes de acendê-lo, apressará a

combustão. Não deite gasolina ao fogo já iniciado, mesmo que não se veja a chama.

Combustível para a queima.Para a lenha, use madeira de árvores mortas e secas e também galhos secos,

madeira também queima, especialmente quando picada em pequenos pedaços (lascas demadeira).

Em áreas sem árvores você poderá achar outros combustíveis naturais: capim seco,

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a turfa, que você poderá encontrar na camada mais próxima da superfície de barrancosmarginais de um rio ou riacho,esterco , gordura animal, carvão, folhe-lo oleoso ( umaespécie de minério oleoso) e terra (areia) oleosa à superfície do solo.

Acendendo a fogueira.1. Prepare o lugar, reúna todos os materiais ( material de fácil ignição e material para

queima), veja se há bastante combustível de reserva, faça uma pequena pirâmide domaterial miúdo (iscas, fios de pano desfiado, barbante, gaze, algodão, raspa demadeira, cânhamo, também a paina ou seja, penas finas dos pássaros ou ninhos depassarinhos, ninhos de rato campestre ou pó de madeira roído pelos insetos comfreqüência encontrado sob a casca de árvores mortas).

2. Economize fósforos (faça uma vassourinha de ramos secos, ou utilize um toco devela) encoste a vela acesa ou a vassourinha na pirâmide de iscas, do lado contrárioao vento; pedaços cada vez maiores deverão ir sendo colocados sobre a chama.

Acendendo a fogueira sem fósforos: ( método de fortuna )

Você poderá utilizar o cartucho pirotécnico, lado noturno, para iniciar o fogo.

Você poderá utilizar a pedra de pederneira (pedra de isqueiro/pedra dura) para feriro aço, este é o método mais fácil de fazer fogo sem o auxílio de fósforos;

Aproxime as mãos, prontas para bater a pederneira, por cima e bem próximos à isca, quedeverá estar bem seca. Com a lamina de uma faca ou um pedaço de aço, fira apederneira em movimentos bem rápidos, de cima para baixo, de modo que as faíscasproduzidas, caiam bem ao centro da isca. Junte umas gotas de combustível à isca e aignição será mais do que suficiente. Uma vez acesa a isca, abane suavemente até surgiruma chama.

Você poderá usar lente de vidro; qualquer lente convexa de uns 5cm ou mais dediâmetro pode ser usada, com o sol brilhando, para concentrar os seus raios sobra a iscae acendê-la.

Você poderá usar o atrito; (método do arco e pauzinhos, método do sulcador).Métododo arco e pauzinho, feito rodar por uma volta de corda do arco ranhura ou estria, tira decoura, etc...

Se o método escolhido for o sulcador (pauzinho) corra-o para cima e para baixo no sulco(ranhura), acelerando o ritmo até obter fogo na isca, mas todos estes métodos requeremprática.

Você poderá usar a taquara de bambu; você poderá obter fogo utilizando-se umamadeira macia e uma taquara de bambu, para isto proceda da seguinte maneira:

a) faça uma cava na madeira que lhe servirá de batente.b) Produza com a parte lisa do bambu, movimentos de quem está serrando.c) Imprima continuidade ao movimento e alimente a proximidade da cava com a isca até a

obtenção do fogo. Você poderá usar correia; você ainda poderá obter fogo usando uma correia de fibra

seca, forte, esfregando-a com um movimento contínuo que deverá ser aumentado emritmo progressivo. O atrito produzirá o calor suficiente para a isca pegar fogo.

Você poderá usar faísca elétrica: se você se conservar junto a aeronave e se abateria funcionar, produza faíscas, provocando curto circuito pelo atrito das extremidadesdos fios da bateria e deste modo, acenda a isca.

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Como fazer fogo com lentes. Aço e pedra para fazer fogo.

Atritando couro com madeira Atritando madeira com madeira

Tipos de FogãoObtido o fogo, sua utilização, obviamente, estará relacionada com as necessidades

do sobrevivente e, principalmente, com sua permanência no local. Podem ser improvisadosos seguintes tipos:

a) Fogão de Espeto - É aquele feito unicamente com um espeto, tendo de preferênciauma forquilha na ponta. No próprio espeto, coloca-se a caça a ser assada e, naforquilha, pode-se pendurar o caneco ou outra vasilha para purificar a água oucozinhar outro alimento.

b) Fogão de Assar - Duas forquilhas colocadas uma de cada lado do fogo sustentam oespeto com a caça e a vasilha para cocção, podendo esta última também ser colocadajunto ao fogo, no solo.

c) Fogão de Moquém ou de Moquear- Para este tipo de fogão são necessárias três ouquatro forquilhas. Uma vez dispostas estas em triângulo ou quadrado envolvendo ofogo, arma-se com varas um estrado, sobre o qual será depositada a caça a sermoqueada. É o processo ideal para assar peixes. Entretanto, para se ter um cozimentomais uniforme, convém, sobre o estrado, fazer uma cobertura com folhas largas,antes de lançar os peixes. O moquém é utilizado para o preparo de carnes para umconsumo posterior. Todavia, para se obter um moqueado uniforme e mais rápido,convém que as postas de carne não tenham uma espessura superior a dois dedos;com isso a desidratação será mais completa e rápida e, conseqüentemente, aconservação da carne será muito maior, podendo durar uma semana. Se osobrevivente dispuser de tempo e a caça tiver sido abundante, poderá ainda salgar aspeças antes de moqueá-las, pois, sendo o sal um elemento higroscópico, a retirada daágua (desidratação) será bem mais eficiente e a conservação pelo sal poderá fazê-lasdurar até um mês.

d) Fogão Móvel - É o fogão feito com três varas de aproximadamente um metro e vinte,amarradas no alto formando um vértice, enquanto suas pontas no solo formam umtriângulo equilátero. A 1/3 de sua altura, três estacas são amarradas horizontalmentecom cipó, a fim de fixar o conjunto e permitir ainda a armação de uma grelha. Comeste tipo de fogão, poderá o fogo ser deslocado para diferentes locais, estando ele

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sempre pronto e, inclusive, com a grelha podendo ser utilizada para moquear, a grelhadeverá estar a uma altura de 50 cm do chão.

e) Fogão de Fosso - O fogo é feito numa depressão do terreno ou num fosso cavado,onde, como melhoria, podem ser colocados lateralmente dois toros de lenha nosentido longitudinal. Obtém-se assim uma maior profundidade, evitando-se ainda aação do vento.

Querosene de aviação, improvise um fogareiro; deite areia ou cascalho bem finoNo fundo de uma pequena lata ou outra vasilha qualquer, em camadas de 3 a 5cm e

adicione querosene de aviação. Tenha cuidado ao acender, abra buracos na beirada da lataa fim de deixar passar as chamas e a fumaça, faça uma série de furos logo acima dasuperfície da camada de areia a fim de que entre o ar para alimentar o fogo. Para que ofogo dure mais tempo, misture óleo dos motores ao querosene.

Se não tiver uma lata cave um buraco no chão e faça seu fogareiro improvisado.

Lamparina ou fogareiro a óleo; você poderá usar óleo como combustível se fizer uso deum pavio, o qual poderá ser um barbante, corda, trapo de pano enrolado e mesmo umcigarro. Este pavio deverá ser mergulhado no óleo com uma pequena ponta para fora, ondeencostaremos a chama de um fósforo.

CONSELHOS ÚTEIS

1) Não desperdice fósforos procurandoacender uma fogueira mal preparada.2) Não gaste fósforos acendendocigarros, em vez disso, use o tição oubrasa.3) Não sendo necessário, não acendafogueira aqui e acolá, economizecombustível.4) Experimente todos os métodos defazer fogo, torne-se eficiente em pelomenos um deles, antes que acabem osfósforos. Traga sempre consigo umpouco de material de isca bemprotegida da umidade, não perca aoportunidade de ajuntar material-iscaonde quer que a encontre.5) Mantenha a lenha para a fogueirabem abrigada da umidade.6) Aproveite o calor do fogo parasecar a lenha úmida.7) Para que a fogueira dure a noite

toda, ponha toros grandes em cima para que o fogo queime até o miolo da madeira. Umavez formada a camada bem rica em brasas vivas cubra-as levemente com cinzas e por cimadas cinzas ponha terra seca. Pela manhã o fogo ainda estará aceso.8) O fogo poderá ser transportado sob forma de brasas, pedaços de madeiraincandescente, coloque-o sob a nova fogueira e abane ou sopre até pegar novo fogo.9) Mesmo que a madeira esteja molhada por fora, o cerne por dentro estará seco ( isto setratando de tronco morto), você poderá encontrar madeira seca nas trepadeiras e cipós oucaída sobre moitas.

SILVÍCOLAS:

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Moquém Móvel

Deixe os índios se aproximarem de você. Com raras exceções, eles costumam seramigáveis para com o homem branco. Os silvícolas conhecem bem a região onde vivem;onde encontrar água potável, alimentos, os rios que cortam a área, e na maioria das vezeso caminho que leva a civilização.

Procure entrar em contato com o chefe da tribo ou quem lhe faz as vezes, a fim deobter o que você deseja. Peça auxílio, não o exija. Seja amável, paciente, tenha atitudesamigável. Não os ameace e não mostre qualquer arma. Não faça movimentos súbitos, nãodê motivos a que o temam; o medo os torna hostil. Sorria com freqüência.

Os índios, a princípio poderão mostrar-se acanhados e inacessíveis ou procuraresconder-se. Por isso, aproxime-se devagar de uma aldeia de índios, não hajaprecipitadamente. Para atrair a atenção chame em voz alta ou bata palmas. Deixe que elesiniciem os entendimentos. É possível que alguém da tribo entenda algumas palavras dalíngua portuguesa, ou use a linguagem dos sinais. Trate os novos amigos como sereshumanos, não mostre desprezo , não zombem nem ria deles, também não procure imporsua vontade nem tente forçá-los a realizar qualquer trabalho. Sempre que fizer promessa,trate de cumpri-la.

Respeite os costumes e usos locais deles mesmo que lhes pareça absurdo. Respeitea propriedade pessoal dos índios e deixe em paz suas mulheres, seja em que ocasião for.Respeite as moradias, os lugares íntimos, não penetre em uma moradia, a menos que sejaconvidado. Não se ofenda com os trotes ( brincadeiras) que lhe poderão fazer os índios,tome parte nas brincadeiras. Procure aprender pelo menos poucas palavras do idioma local.Isto agradará aos nativos e tudo irão fazer para ajudá-lo. Aprenda com eles tudo o que puder sobre a “arte de utilizar o que a floresta pode oferecer”.Aceite os conselhos dos indígenas sobre os possíveis perigos e riscos que lhe aguardam nafloresta.

Se lhe for possível, construa um abrigo em separado, como medida de higiene. Eviteo contato físico, sem que eles o percebam. Se possível prepare o seu próprio alimento ebebida, mas tenha o cuidado de não ofendê-los com este seu gesto. Se perguntarem porque você ferve a água, responda que é um costume do seu povo.Seja sempre amigável, firme, paciente e honesto. Seja generoso. Seja moderado nasmadeiras.

S O B R E V I V Ê N C I A NO MAR

O mar, para todos aqueles que o conhecem, tanto pode ser uma fonte inesgotável devida e beleza como o terrível algoz, que algumas vezes executa a sentença de morte emminutos, e em outras, leva o condenado ao martírio inclemente do sol, frio, sede, fome etormentos psicológicos.

O fiel da balança entre “ a vida e a morte “ pendulou de acordo com a pertinácia,capacidade de improvisação, criatividade, controle emocional, conhecimento das regras desobrevivência e sobretudo consciência de que o êxito do salvamento depende, antes demais nada, do próprio náufrago.

O aspecto mais importante é a vontade de viver.

Um acordo entre as Empresas Aéreas e o FAA ( Federal Aviation Administration ),classificaram os vôos em : VÔOS COSTERIOS E VÔOS TRANSOCEÂNICOS .

Vôos Costeiros alcançam até 370 km do litoral e devem possuir os seguintesequipamentos:

1) - coletes salva vidas - para os tripulantes2) - assentos flutuantes - para os passageiros3) - as escorregadeiras não são barcos ( apenas auxiliam na flutuação )

Vôos Transoceânicos ultrapassam os370 km do litoral e devem possuir os equipamentos:1) coletes salva vidas - para os tripulantes e passageiros2) escorregadeiras devem ser barcos 3) barcos ( botes ) salva vidas

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OBS: Num pouso no mar devemos usar todas as saídas ( portas e janelas ) queestiverem acima do nível da água , checando a área externa antes de abrir assaídas .

O QUE É CHECAR A ÁREA EXTERNA :1) verificar o nível da água junto as saídas 2) verificar se não há fogo / combustível derramado3) verificar se não há arestas

Após o pouso forçado (emergência preparado ou não preparado ) e a evacuação daaeronave acidentada, passamos a dar início a nossa sobrevivência no mar:

AÇÕES IMEDIATAS E SIMULTÂNEAS :

a-) afastamento da aeronave ( provável explosão e submersão )

b-) prestar os primeiros socorros ( avaliar ferimentos e priorizar os atendimentos, 1o hemorragias 2o traumatismo craniano 3o fraturas )

c-) acionamento do T L E ( radio beacon rescue 99 ) , único sinalizador usado assim que sair da aeronave

d-) resgatar náufragos ( usar o anel de salvamento - três procedimentos para oresgate / 1o jogar o anel de salvamento – 2o amarrar um colete ao anel de salvamento ejogá-los –3o amarrar-se ao anel de salvamento e jogar-se para resgatar o náufrago queestá sem as condições mínimas )

AÇÕES SUBSEQUENTES :

a-) liberar a âncora - biruta d`água - cuidados : somente liberar a âncora após obarco ter se afastado da aeronave , para que a mesma não fique presa aos destroços //com o mar agitado observar para que a corda de nylon da âncora não fiqueroçando nas câmaras da embarcação finalidade : retardar a deriva - o barco iráse afastar mais lentamente ao sabor das correntes marinhas - em oceano aberto ascorrentes raras vezes se deslocam mais de 6 a 8 milhas náuticas ( 1 milha náutica =1.852m ) em um dia .

b-) agrupar barcos - usar a corda do anel de salvamento - a corda entre os botesdeverá ter uns 8 metros, regule o comprimento da corda de acordo com a agitação domar, mas não a encurte demais , quando o bote cavalgar a crista de uma vaga, a birutapermaneça no “vale” entre as duas vagas .

c-) liderança na embarcação – deverá haver um líder , uma pessoa que conheçatodos os procedimentos e suas opiniões ( ordens ) sejam aceitas - este líder distribuirátarefas a todos que estejam em condições físicas e psicológicas .

d-) quartos de vigilância - estes não devem exceder de duas horas, todo devemparticipar mantenha pelo menos um vigia durante as 24 horas do dia, se possível, façarender o vigia de 2 em 2 horas .

Este vigia deverá estar atento: a qualquer sinal de terra / navios que passam / ouaeronaves em vôo / quaisquer vestígios ou destroços de naufrágios / cardumes depeixes /algas marinhas / bando de aves / avarias na embarcação / condiçõesmeteorológicas. O vigia deve estar amarrado ao barco

com uma corda de pelo menos ½ ( meio ) metro .

e-) alimentos - devemos recolher todo o alimento que estiver boiando nos sacos plástico( alimentos estes - água e sucos – separados quando do preparo da cabine para umpouso de emergência ) . Quando não há água, não devemos ingerir nada sólido .

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f-) criar desejo de viver – todos que ficarem em depressão, são possíveis suicidas .

1) Não devemos perder a vontade de viver .

2) No período da 2a guerra mundial , um marinheiro chinês POON LIN , permaneceu134 dias no mar , tendo sobrevivido as custas de peixe e água da chuva .

3) Em 1973, MAURICIE M. BAILEY, permaneceu 117 dias em um bote salva vidasfazendo 1.500 NM.

4) Em 1982, STEVAN CALLAHAN, após naufragar seu iate, sobreviveu 76 dias em umabalsa salva vidas.

g-) obtenção de água – água da chuva / destilador solar / orvalho / dessalinizador h-) iniciar um diário - hora do pouso forçado / condições físicas dos náufragos / númerode sobreviventes / condições do tempo / condições do mar / lista dos equipamentos / horado nascer e do pôr do sol , etc,...

i-) mortos e detritos : jogar ao mar somente a noite - sombra na água atraí peixes

OBS : procurem repousar e relaxar músculos e nervos ; a experiência mostra a grandeimportância das primeiras 3 horas após o acidente . A afobação e o nervosismo sólevam ao desastre.

“ SÓ SE VENCE O MAR COM CALMA E PERSEVERANÇA ”

EQUIPAMENTOS INDIVIDUAIS DE FLUTUAÇÃO :

1) coletes salva vidas2) assentos flutuantes

coletes salva vidas 1) possuem 2 câmaras de flutuação ( independentes )2) possuem 2 sistemas para inflar ( cápsulas de CO2N / sopro ) 3) possuem tiras ajustáveis 4) possuem 1 lâmpada ( bateria ativada a água )5) suporta peso inercial de 60 Kg ( cada câmara )

ONDE VESTIR ? ( sentados em seus devidos lugares ) ONDE INFLAR ? (ao sair da aeronave na porta ou lado de fora ao sair por uma janela)

OBS - CONSERVAR O COLETE VESTIDO E INFLADO ATÉ O RESGATE FINAL :

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ASSENTOS FLUTUANTES 1) possuem 2 alças de sustentação2) possuem 1 placa de Poliuretano rígido3) suporta peso inercial de 90 kg

utilização correta : abraçar o assento , com a mão direita segurar a alçade sustentação do lado esquerda e com a mão esquerda segurar a alça desustentação do lado direito , apoiar o queixo na parte mais larga doassento .

deslocamento : de peito , batendo com as pernas , sem largar as mãos doassento

EQUIPAMENTOS COLETIVOS DE FLUTUAÇÃO : 1. BARCOS SALVA VIDAS2. ESCORREGADEIRAS BARCO

BARCOS SALVA VIDAS ( poucos aviões possuem este equipamento de flutuação)1. Formato : poligonal , hexagonal , redondo , etc,...

2. Localização : rebaixamento do teto ( próximo a uma porta , sobre os corredores )

3. Câmaras : possuem 1 ou 2 câmaras de flutuação ( infladas com o cilindro deCO2N)

4. Toldo : está no piso do barco junto com os montantes estruturais de metal( protege contra o sol ,água salgada e serve como sinalizador)

5. Rampa de acesso : nesta área existem vários equipamentos (escada de corda oualças de embarque - faca flutuante – bomba manual de inflação – âncora ou birutad`água - anel de salvamento ou retinida – lâmpada localizadora – kit desobrevivência no mar , embutido no piso do barco )

6. Tira de salvamento : localizada na parte externa da câmara (náufragos ficamagarrados )

7. Tira de amarração : possuem um gancho metálico ( 6 m ) – serve para prender obarco ao avião , antes de jogá-lo ao mar .

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CUIDADOS ANTES DE JOGAR O BARCO AO MAR :1. fixá-lo ao avião ( alça de segurança da porta , tira que serve de corrimão sobre a asa )2. examinar a área externa 3. direção do vento

Abordagem : após estar completamente inflada

Separação definitiva : usar a faca flutuante para cortar a corda de amarração

Posição dentro do barco : sentados com os pés voltados para o centro do barco e ascostas apoiada na câmara superior

Deslocamento no interior do barco : sempre agachados

ESCORREGADEIRA BARCO :

1. Formato : retangular

2. Localização : na parte inferior da porta

3. Câmaras de flutuação: possuem 2 câmaras, infladas por um cilindro de CO2N( 40%) e ar do meio ambiente sugado por meio de venturis ( 60 % ).

4. Toldo : está no piso do barco , os montantes estruturais são infláveis ( protegecontra o sol ,água salgada, serve como sinalizador e coletor de água da chuva )

5. Rampa de acesso : nesta área existem vários equipamentos ( alças de embarque ,- faca flutuante – bomba manual de inflação – âncora ou biruta d`água - anel desalvamento ou retinida – lâmpada localizadora , kit de sobrevivência no mar )

6. Tira de salvamento: localizada na parte externa da câmara (náufragos ficamagarrados )

7. Onde fixá-la: já está presa na parte inferior da porta

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8. Abordagem : após cessar o ruído dos venturis

9. Separação avião / escorregadeira : levantar a aba da saia da escorregadeira epuxar o cabo desconector

10.Separação definitiva : usar a faca flutuante para cortar a corda

11.Posição dentro da escorregadeira barco : sentados com os pés voltados para ocentro da Escorregadeira barco e as costas apoiada na câmara superior

12.Deslocamento no interior da escorregadeira barco : sempre agachados

“É DEVER DOS TRIPULANTES, APÓS A EVACUAÇÃO, CHECAR A CABINE, PARAVERIFICAR SE NÃO FCOU NINGUÉM PARA TRÁS”.

KIT DE SOBREVIVÊNCIA NO MAR

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Farmácia ---- bandagens , anti-sépticos , amoníaco , pomadas oftálmicas , etc ... Manual de sobrevivência --- instruções básicas de sobrevivência e uso dos

equipamentos.. Bíblia ---- atua com um calmante // novo testamento Purificador de água --- usar conforme a bula Água ---- limpar ferimentos / fins medicinais Balde e esponja ---- manter seco o piso do barco / coletar água da chuva / saco enjôo Bujão de vedação ---- vedar pequenos furos / parte emborrachada para dentro da

câmara Lanternas ---- que funciona a base de água duração 8 h / que funciona com pilhas Desalinizador ---- retira o sal da água (não purifica a água) Sinalizadores ---- espelho , apito , foguetes pirotécnicos , corante marcador de água , etc Ração sólida ( confeitos , balas jujubas , chicletes etc ) SOBREVIVÊNCIA NO MAR

VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES

Antes de abrirmos qualquer saída em emergência devemos checar a área externa :a) verificar o nível da água b) verificar se não há fogo ou combustível derramadoc) verificar se não há arestas ( causam danos a escorregadeira )

Devemos usar todas as saídas disponíveis para uma evacuação. Quando uma saída de emergência estiver inoperante, devemos REDIRECIONAR

os paxs.

EMBARQUE DOS PASSAGEIROS

Embarque direto e embarque via água Na evacuação no mar o ideal e realizarmos o embarque direto ( piso do avião para

dentro da escorregadeira barco ou barco ) , evitando assim que os passageiros venham ase molhar .

O embarque via água só irá ocorrer quando as condições do mar estiveremimpraticáveis , o passageiro infla o colete e pula na água , nadando em direção ao barco.

ACESSÓRIOS DOS EQUIPAMENTOS COLETIVOS DE FLUTUAÇÃO

1. Âncora - ( Biruta D’ água ) 2. Localizada entre as câmaras3. Liberar a âncora somente após a separação definitiva 4. Finalidade --- retardar a deriva5. Improvisar uma âncora ---- usar camisa , forro de assento , calça comprida 6. Mar calmo ----- liberar toda a extensão da corda 7. Mar agitado --- liberar ½ extensão da corda ( explicar o por quê ? )

ANEL DE SALVAMENTO ( RETINIDA ) Localizada junto a estação de embarque Finalidade ---- recuperar náufragos , unir embarcações3 métodos de resgatar náufragos :

o 1o jogar simplesmente o anel de salvamentoo 2o amarrar um anel de salvamento ao colete salva vidas e joga-loso 3o amarrar-se ao anel de salvamento e jogar-se ao mar ( explicar )

TOLDO Localizado no interior do barco Finalidade

• 1o proteger dos raios solares e respingos de água salgada

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• 2o coletar água da chuva• 3o sinalizar

BOMBA MANUAL DE INFLAÇÃO Localizada junto ás válvula de inflação manual na estação de embarque Finalidade ----- completar o ar das câmaras e inflar o piso dos barcos

FACA• Localizada no final da tira de amarração na estação de embarque • Finalidade ---- liberar definitivamente o barco do avião

LÂMPADAS LOCALIZADORAS • Localizadas na estação de embarque • Finalidade ----- indicar a estação de embarque (a bateria é ativada a água, dura 8h)

TIRAS DE SALVAMENTO• Localizadas: no lado externo do barco• Finalidade --- segurar-se enquanto aguarda a vez de subir no barco e/ou quando

houver uma super lotação do barco ( revezamento )

PRINCÍPIOS BÁSICOS A SOBREVIVÊNCIA:

ÁGUA /SONO/ALIMENTO O ALIMENTO MARINHO:

Os recifes de coral, ao longo das praias ou prolongando-se para águas maisprofundas, oferecem grande e rica quantidade de alimento de sobrevivência. Na superfíciedos recifes, existem agarrados, mariscos e moluscos de concha, em geral. Tenha cuidado derecolher somente os mariscos sãos. Não recolha os mal cheirosos, os mortos ou quasemortos. Não coma mariscos e ostras agarrados a casco de navios ou de qualquerobjeto metálico, pois os mesmos provocam intoxicação violentíssima, podendo inclusiveocasionar a morte. Não procure em circunstancia alguma examinar ou comer medusas,água vivas ou caravelas, podem queimá-los.

A maioria dos animais marinhos de alto mar são comestíveis. OS PEIXES DE CARNE VENENOSA:

Não existem regras simples para distinguir os peixes desejáveis dos indesejáveis.Muitas vezes, encontram-se peixes perfeitamente comestíveis, em um local, cuja

mesmíssima espécie, em outro local, constitui alimento nocivo ou mesmo perigoso. Essanocividade pode ser causada pelas condições naturais do ambiente em que vive o peixe, oupelo seu regime alimentar e até pela estação do ano. O cozinhá-lo não destrói o veneno.

Características dos peixes de carne venenosa;

1) A quase totalidade, vive em águas pouco profundas de lagunas ou recifes;2) quase todos são da família do baiacu;3) tem a pele dura, parecendo crosta, coberta de placas ósseas ou de espinho;4) possuem boca pequena, semelhante a bico de papagaio;5) as guelras apresentam pequenas aberturas;6) as nadadeiras ou barbatanas do ventre são pequenas ou inexistente.

AVES:Todas as aves constituem alimento em potencial, podem ser capturadas por meio de

anzóis com isca. Muitas aves são atraídas pelo bote, como ponto de pouso ou descanso.Quando as avistar, conserve-se imóvel, pois algumas delas ou todo o bando, poderão vir apousar no bote ou mesmo sobre a sua cabeça ou ombros. Trate de agarrá-las logo quetenham fechado as asas.

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OBTENÇÃO DE ÁGUA NA SOBREVIVÊNCIA NO MAR

1-) CHUVA ... a chuva no momento oportuno é a maior dádiva para o náufrago queestá sedento , com os lábios rachados e a língua inchada . ela pode salvar a sua vidae é muito mais importante que qualquer alimento sólido.

Apesar de chuvas abundantes , existe casos de náufragos que perecem, principalmentepor não terem recipientes adequados para recolher essa água ou por terem deixadoque ela se contaminasse com a água do mar. Por pânico ou desconhecimento , muitasvezes não limparam o toldo do barco ou enxugaram o fundo das sua balsas , pararetirar a água do mar e as incrustações de sais marinho, em tal situação a chuva quecai se transforma em um caldo sujo e salobro , imprestável para o consumo

2-) ;AGUA DO KIT DE SOBREVIVÊNCIA - utilizada para fins medicinais .

3-) ORVALHO é formado quando há condensação direta da umidade da atmosferasobre superfícies que irradiam rapidamente o próprio calor esfriando a camada de arcontígua .

Na medida do possível, ainda durante o dia , o toldo da balsa deverá ser limpo de todoo sal que estiver impregnado , de modo a não contaminar a água formada peloorvalho.

Lembre-se que dependendo das condições do vento e temperatura , pode-se terformação contínua de orvalho durante toda a noite , portanto com uma esponja oupano enxugue o toldo ,quanta vezes forem possíveis.

4-)DESTILADOR SOLAR DO MAR funciona automaticamente , não usandoqualquer tipo de combustível, e em condições favoráveis , produzirá água dessalinizadapor um longo período. Essencialmente, o destilador solar do mar é um balão plásticocom 76 cm de diâmetro , em cujo interior existe um pedaço de pano preto esticado .

A água salgada depois de colocada no reservatório em forma de funil localizado naparte superior , cai gota por gota no pano preto, e por ação dos raios solares, essaágua começa a se evaporar , deixando o sal no pano. Ao entrar em contato com asuperfície interna do balão , o vapor d`água se condensa , desce pelos lados , edeposita-se na parte inferior do balão . Em climas tropicais , com temperaturaelevadas e boa incidência de raios solares

É possível obter-se cerca de 980ml de água por dia .

5-) DESSALINIZADOR , o equipamento disponível em cada barco salva vidas , paratransformar água salgada em água doce , consiste em 5 latas; cada lata contém m 1( um ) tubo plástico com filtro e 8 ( oito ) pacotes de nitrato de prata .

Para transformar 500ml de água salgada em água doce é necessário encher o tuboplástico com água salgada até a marca preta na parte superior do tubo e adicionar umtablete do nitrato de prata . Para que a água se torne potável , deve-se agitar o tuboplástico durante sessenta (60) minutos .

ÁGUA SALGADA

Atualmente, está cientificamente provado que beber água salgada, pura ou diluídacom água doce, não é somente prejudicial , mas também desastrosa. A principal razão ,é que o corpo humano, para eliminar o sal contido na água do mar , irá precisar de águadoce para dissolvê-lo nos rins, e posteriormente expulsá-lo através da urina .

O resultado da tentativa de aliviar a sede bebendo água do mar , é quase sempreo mesmo; a cada gole de água salgada , aumenta a sede . O náufrago procura então

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aliviá-la bebendo mais água do mar, numa quantidade cada vez maior, até perder oautodomínio.

A morte por água salgada é tão semelhante a morte pela sede .

JORNADA NO MAR

Alguns cuidados no barco :1o ler com atenção as instruções de uso e as etiquetas coladas no barco2o embarcação devidamente inflada 3o manter seco o piso do barco 4o não haver deslocamento em pé no interior do barco 5° proteger ( bússolas ,fósforos , sinalizadores , etc... )6o equilíbrio na embarcação ( número sobreviventes X capacidade do barco )7o verificação periódica da âncora 8o a noite baixar sanefas 9o somente navegar quando avistar terra ( improvisar velas ) 10o cuidado com os objetos pontiagudos11o ao pescar cuidado com o anzol e a linha ( não roçar nas câmaras ) 12o não se esqueça : você pode ser a pessoa chave da operação de salvamento

GRUPO DE VIGIAS ( tempo máximo para as trocas de 2h em 2h ) Deverão estar atentos : 1o a qualquer sinal de terra2o bando de aves ( ao entardecer voam sempre em direção a terra )3o cardumes de peixes 4o algas marinhas 5o avarias na embarcação 6o navios que passam 7o estado do tempo ( ventos , chuvas , temporal etc... )

CONSERVAÇÃO DA SAÚDE 1º. Economiza água e alimentos . 2º. Não fale desnecessariamente nem se movimente economizando a energia do

corpo .3º. Enjôo no mar ---use os remédios contra enjôo, não coma nem beba, deite-se no

fundo do barco.4º. Úlceras provocadas pela água salgada --- usar pomadas anti-sépticas- mantê-las

seca.5º. Olhos doloridos e/ou inflamados devido aos reflexos dos raios solares ---usar

óculos escuros , improvisar ataduras para envolver a cabeça cobrindo os olhos eumedecê-las.

6º. Dificuldade de urinar ---após alguns dias no mar , sem ingerir líquidos a urina vaidiminuir e escurecer ( cor âmbar escura ) acumulo de sais minerais

7º. Prisão de ventre --- falta de funcionamento dos intestinos devido a poucaalimentação , deve se movimentar

8º. Cuidados com lábios e pele --- usar pomadas , manteiga de cacau , batom ,protetor labial

9º.Queimaduras pelo raios solares ---- conservar a cabeça e pele cobertas , lembre-seque os raios solares refletidos pela água também queimam

10º.Distúrbios mentais: A sensação de medo é normal. A fadiga e o esgotamentoresultante de grandes privações muitas vezes conduzem a “distúrbios mentais”, quepodem tomar forma de extenso nervosismo, atividade excessiva e violenta ou deestafa.

11º.O melhor meio de evitá-los é procurar dormir e descansar o mais possível.

O DESEMBARQUE - ALCANÇANDO A TERRA A NADO.

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1º.Conserve os sapatos e as roupas debaixo ( intimas ), caso tencione nadar até aterra.

2º.Em águas desconhecidas nada a “LABRACE” ou de lado, a fim de poupar forças.3º.Se a arrebentação for moderada, procure cavalgar a crista de uma onda pequena.4º.Em grandes arrebentações, nade para a terra no “vale”(depressão) entre duas

ondas.5º.Se for envolvido pelo refluxo de uma grande onda, afaste-se do fundo empurrando

com os pés”.6º.Se tiver que alcançar a terra em costa rochosa, procure um ponto onde as vagas

sobem pela rocha inclinada, evite os pontos onde as vagas explodem com violência.7º.Uma vez escolhido o ponto de contato com a terra, mantenha-se de frente para a

terra, tomando posição de quem está sentado com os pés para a frente. Nestaposição os pés poderão amortecer o choque, quando fizer contato com a terra ourochas.

8º.As águas são sempre mais mansas no lado contrário ao do vento “SOTAVENTO”.9º.Nos grandes acúmulos de algas marinhas, ou de uma ilha ou cabo ....

DICAS:1º. CONVENCER OS NÁUFRAGOS QUE NAS PRIMEIRAS 24 H, NÃO HÁ NECESSIDADE

DE ÁGUA E / OU ALIMENTOS.2º. MOVIMENTE-SE COM REGULARIDADE, ATIVANDO A CIRCULAÇÃO DO SANGUE,

AQUECE E EVITA FERIDAS NOS PÉS E NÁDEGAS.3º. O GRUPO DEVERÁ FICAR JUNTO, A FIM DE AQUECER.4º. RETIRAR DA ÁGUA AS RAÇÕES QUE ESTIVEREM BOIANDO.5º. EXAMINAR OS FRAGMENTOS DA AERONAVE QUE ESTÃO FLUTUANDO, APROVEITAR

O QUE FOR POSSÍVEL.6º. SE HOUVER MAIS DE UM BARCO, AGRUPA-LOS, UTILIZANDO A CORDA DO ANEL DE

SALVAMENTO. DISTÂNCIA MÍNIMA ENTRE OS BARCOS SERÁ DE 10 METROSEVITANDO ABALROAMENTO.

7º. DE UM MODO GERAL A SOBREVIVÊNCIA DEPENDERÁ DA INICIATIVA DOSNÁUFRAGOS, DOS EQUIPAMENTOS DISPONIVEISA BORDO, DAS RAÇÕES E DAVONTADE DE VIVER.

8º. MÉTODO PARA INDIREITAR UM BARCO EMBORCADO:9º. A MAIORIA DOS BARCOS INFLÁVEIS, SÃO PROVIDOS DE ALÇAS NO FUNDO,

COLOCADAS PARA AUXILIAR A DESVIRAR O BARCO.10º. SEGURE NAS ALÇAS, APÓIE UM PÉ SOBRE O CILINDRO, PUXE COM FIRMEZA NA

DIRE,CÃO CONTRÁRIA AO VENTO (SOTAVENTO).

11º. IMPROVISE UMA BÓIA;12º. AO SALTAR NA ÁGUA, ACONE OS CILINDROS DE CO2 DO SEU COLETE.13º. SE CONSEGUIR PRENDER ALGUM AR DENTRO DAS VESTES, ISTO LHE AUXILIARÁ A

BOIAR.14º. CASO NÃO DISPONHA DE COLETE, IMPROVISE UMA BÓIS COM AS CALÇAS.15º. AMARRE AS DUAS PERNAS DA CALÇA, DANDO UM NÓ EM CADA BOCA, DESABOTOE

A BRAGUILHA E SEGURE A CALÇA PELA CINTURA, POR DETRÁS DA CABEÇA. 16º. COM UM MOVIMENTO RÁPIDO, DETRÁS PARA A FRENTE POR CIMA DA CABEÇA,

MERGULHE À SUA FRENTE A CINTURA DA CALÇA.17º. O AR APRISIONADO IRÁ ENCHER A CALÇA, DE MODO QUE AS DUAS BOLAS DE AR

FIQUEM A ALTURA DAS AXILAS.

FATORES ADVERSOS A SOBREVIVÊNCIA.

• Fatores Subjetivos ( efeitos comportamentais )

• Fatores Objetivos ( efeitos Fisiológicos )

EFEITOS COMPORTAMENTAIS:

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• Medo – Ansiedade – Solidão - Tédio – Histeria – Pânico

Medo irá instalar-se , quando for comunicado a real situação ( pouso forçado )

Pânico normalmente toma conta no momento do acidente , as vezes na embarcação .

• Pode ser controlado e até dominado se estivermos preparados para enfrentarsituações de emergência . O conhecimento de procedimentos e um razoáveladestramento fará com que se desenvolva o auto controle.

Solidão é o prelúdio do tédio .

• O náufrago espera ser recolhido logo e não acontece , sente sua fragilidadeperante a vastidão do mar . A solidão se combate através de uma ocupação( cuidar dos feridos cuidados com a higiene , pescar , fazer um diário , ) eviteconversar , pois provoca sede.

• A sobrevivência prolongada, a mesma rotina aliada com a solidão faz com que otédio se estabeleça.

• O náufrago fica revoltado contra todos e contra tudo , se desinteressa dasocupações , perdendo a vontade de viver . Devemos combater o tédiopersistentemente .

EFEITOS FISIOLÓGICOS.Dor – Ferimentos - Doenças - Frio – Calor –Sede – Fome – Fadiga – Congelamento –Queimaduras

1º. Dor - Utilizando os analgésicos da farmácia 2º. Ferimentos - limpar com a água do kit de sobrevivência 3º. Doenças - evitar mantendo a higiene do barco , das roupas e do corpo4º. Frio – devemos manter as roupas e o barco o mais secos possíveis – exercícios

físicos5º. Calor - levantar as sanefas do barco – umedecer as roupas 6º. Sede – molhar os lábios – ao beber água ,deixá-la na boca por vários minutos7º. Fome – sem água não devemos ingerir nada sólido 8º. Fadiga - descanse o máximo possível , evitando até falar.9º. Queimaduras – os náufragos deverão Ter o corpo e cabeça cobertos , pois os raios

solares refletidos na água também queimam a pele ( mesmo estando embaixo dotoldo )

10º. Congelamento – ao menor sinal de congelamento ( cianose ou dormência )deve-se aquecer gradativamente as partes , em hipótese alguma friccionar oumassagear.

CONDUTA DO COMISSÁRIO :• Lembre-se que você poderá ser a pessoa chave para a sobrevivência do grupo

COLABORAÇÃO COM A EQUIPE DE RESGATE :• Não se deixe levar por excessos de alegria ou por descontrole nervoso ,

quando notar que foi avistado• Não se exponha a riscos que possam resultar em ferimentos ou dificultar o

salvamento.

SALVAMENTO POR HELICÓPTERO:1º. Coloque a alça do cabo de salvamento da mesma maneira que você coloca um

casaco.2º. Cuidado para não ficar dependurado de costas para o helicóptero.3º. Se estiver ferido, um tripulante descerá para auxiliá-lo4º. Se estiver em um bote, use a biruta d’água ( âncora ), com o objetivo de evitar a

deriva causada pelo vento das asas rotativas

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5º. Se possuir sinalizador de fumaça, utilize-o a fim de indicar ao piloto a direção dovento

6º. Ao aproximar-se do helicóptero, faça-o sempre dentro do campo de visão do pilotoe/ou do co-piloto, somente aproxime-se ou afaste-se do helicóptero com o corpolevemente curvado.

7º. Jamais se aproxime da cauda do helicóptero, principalmente da área do rotortraseiro.

8º. Não use qualquer tipo de cobertura dentro da área de segurança num raio de 20metros do helicóptero.

9º. Ao aproximar-se do helicóptero portando algum objeto, segure-o na altura dacintura, jamais na vertical ou sobre os ombros e não tente apanhar qualquer objetodeslocado pelo vento.

10º. Em caso de cegueira ocasionado pela poeira, próximo ao helicóptero, pare, sente eaguarde o auxilio da tripulação.

SOBREVIVÊNCIA NO GELO

AÇÕES IMEDIATAS• Prestar 1o socorros as vítimas.• Acionar TLE (RBR 99)

AÇÕES SUBSEQUENTES1º.Providenciar abrigo2º.Providenciar fogo3º.Providenciar alimento4º.Providenciar água

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ABRIGO NA NEVEO interior da aeronave não deve ser utilizado como abrigo - baixa temperatura.Escorregadeira e partes da aeronave servem na construção de abrigos

TIPOS DE ABRIGO

TRINCHEIRA --- construção rápida.• Cavar um buraco (cova) na

neve e cobrir com pedaços daaeronave ou a Escorregadeira,em forma de V invertido,observando a direção do vento.

CAVERNA NA NEVE • de difícil construção

• Deve-se cavar um buraco (túnel) profundoe abrir um amplo salão.

• Possibilidade maior de intoxicação commonóxido de carbono.

IGLU Construção sólida para períodos

prolongados / difícil construção.Deve-se cortar tijolos de gelo, colocá-losem uma disposição que formem umcirculo. O teto deve ser liso para evitargotejamento.

A forração do local onde irá deitaré importante para que a neve não derreta.

Em qualquer abrigo deve-seacender uma fonte de calor (vela,lamparina, etc...), para manter atemperatura em torno de zero grausCelsius.

OBTENÇÃO DO FOGOProveniente do óleo dos motores da aeronave ou da gordura animal (focas).

OBTENÇÃO DE ALIMENTOS• Alimento disponível na aeronave.• Alimento de origem animal ( focas, leão marinhos, peixes, crustáceos,aves,etc...)• Não devemos comer o “pingüim”, pois sua carne é contaminada por vermes.

OBTENÇÃO DE ÁGUAHá duas maneiras de se obter água.1o derretendo o gelo2o colhendo de fontes natural ( no verão, época do degelo)

CUIDADOS NO GELO1° ENVENENAMENTO ---- por monóxido de carbono no interior do abrigo (velas,lamparinas – falta de renovação do ar).2o CONGELAMENTO ---- a nível epitelial podem ser classificados em 3 grupos.

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o 1o grau ----- ARREPIOS (primeiros sinais)o 2o grau----- FLICTENAS (bolhas) queimaduras no tecidoo 3O grau----- NECROSE (gangrena) manchas escuras

pele diminui fluxo sangue.3o CEGUEIRA ---- Não há adaptação natural da visão aos reflexos solares na neve, nogelo ou na água. Raios infra-vermelhos provocam a fadiga, dor intensa.Proteção --- usar óculos escuros ou colocar venda nos olhos.4o AÇÃO DOS VENTOS ---- o vento aumenta muito a perda de calor do corpo, dispersa ascamadas de ar aquecido entre a roupa e a pele.5o GRETAS E FENDAS ---- Os deslocamentos somente deverão ocorrer quando todosestiverem amarrados entre si. Homem guia, deve usar bastão para detectar gretas.

ORIENTAÇÕES BÁSICAS.

1° usar a maior quantidade de roupas.2o manter a temperatura do corpo em 37o C , apesar das baixas temperaturas.3o proteger bem as extremidades (mãos, pés, orelhas, nariz), mucosas e face.4o ao realizar um esforço físico deve-se evitar ao máximo transpirar, pois causará “Hipotermia”.5o tenha cuidado ao caminhar sobre superfícies com gelo, são extremamente escorregadias.6o ao sentir frio, lembre-se, exercício físico, produz calor.7o nunca saia do abrigo sozinho.8o quando sair do abrigo, verifique se está adequadamente vestido.9o durante o dia, mesmo nublado, use óculos escuros; olhos lacrimejantes, sensíveis a luz e com coceiras, são sintomas de cegueira da neve.10o não toque em metal não pintado sem luvas, a pele pode grudar, provocando danos a pele.11o com temperaturas inferiores a –30o , não respire sem proteção no rosto.12o beba 2 litros de água por dia, mesmo que não possa comer.

SOBREVIVÊNCIA NO DESERTO

Os procedimentos relativos a obtenção de fogo e sinalização, são idênticos aos dasobrevivência na selva.

ABRIGO --- serve para proteger do calor durante o dia (+ 50o C) e do frio a noite (- 5oC).

A aeronave serve como abrigo durante a noite, mas não serve como abrigo durante odia , pois a temperatura no seu interior será altíssima.

Podemos improvisar abrigos para nos fornecer sombra, com pedaços da aeronave oucavando sob grandes pedras.

ÁGUA ---- a necessidade de se ingerir água é de 2 a 3 vezes maior do que na sobrevivênciana selva.Onde procurar água: a) leito seco dos riosb) áreas baixasc) áreas com vegetaçãod) cactose)destilador solar

ALIMENTOS ---- a vegetação no deserto, quando existe, é do tipo herbáceo e de vidacurta. As partes das plantas que são comestíveis (flores, frutos, brotos, sementes).

Os cactos além de fornecer água, seus frutos são comestíveis.Alimento de origem animal; são os pequenos roedores, coiotes, cobras, lagartos,

etc... Os roedores são notívagos, procure capturá-los em suas tocas durante o dia.

CUIDADOS NO DESERTO101

• Dar atenção especial ao vestuário, para evitar queimaduras na pele.• Usar muita roupa, frouxa, larga, e um pano cobrindo a cabeça.• Altíssimas temperaturas durante o dia, não permite longas jornadas.• Não devemos arriscar um deslocamento sem destino. Somente poucos povos

do deserto (nômades) sabem deslocar-se neste meio inóspito. GUIA DE SOBREVIVÊNCIA EM ÁGUA FRIA

A finalidade deste guia é examinar os perigos da exposição ao frio que podem porem perigo sua vida e fornecer informações de como prevenir ou minimizar esses perigos.Uma perfeita compreensão destas informações, pode salvar sua vida.

O naufrágio do “ Titanic ” em 1912 forneceu um dramático exemplo dos efeitos daimersão em água fria. Devido em parte a falta de adestramento com roupa de proteção,equipamento de flutuação adequado e um conhecimento dos procedimentos desobrevivência, nenhuma das 1.489 pessoas mergulhadas na água a 0o C estava com vidaquando os navios de salvamento chegaram uma hora e cinqüenta minutos após onaufrágio. Inúmeras vidas poderiam ter sido salvas , tivessem os sobreviventes conhecidomais como enfrentar a água fria.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Marinha Real do Reino Unido sozinha perdeucerca de 45.000 homens no mar, dos quais estimou-se que 30.000 morreram porafogamento e hipotermia. Muito daqueles que se afogaram, assim o fizeram por causa daincapacidade atribuível ao frio.

É importante compreender que você não está desamparado para realizar sua própriasobrevivência em água fria. A perda do calor do corpo é um processo gradual e aspesquisas mostram que em água calma a 5o C, uma pessoa normalmente vestida temsomente uma chance de 50% de sobreviver uma hora. Basicamente, técnicas deauto-ajuda podem aumentar este tempo, particularmente se a pessoa está vestindo umcolete salva-vidas. Você pode fazer a diferença, este guia tem a pretensão de mostrar avocê como.

SEU CORPO

Uma compreensão de como seu corpo reage ao frio ou exposição a água econhecendo as etapas que você pode estabelecer para ajudar seu corpo a retardar osefeitos prejudiciais da influência desagradável do frio, ajudará você na sua luta parapermanecer com vida no caso de exposição a água fria.

Imagine seu corpo sendo constituído de um meio interno e uma camada externa.

Dentro do meio interno, seu corpo produz uma grande quantidade de calor, como umresultado das funções normais do corpo, tais como exercício físico e a digestão do seualimento.

A natureza exige que a temperatura do meio interno seja mantida numatemperatura ideal de 37o C. Uma rede de vasos sanguíneos circulando através do meiointerno e a camada externa do seu corpo, capta o calor produzido pela “fornalha”no interiordo meio interno e distribui o calor através do corpo. A natureza também dá a seu corpo umsistema muito preciso para regular automaticamente a temperatura do meio interno em 37o

C. Por exemplo, se a temperatura em sua volta está alta, como num dia quente ou numasala quente devido a uma caldeira, os vasos sanguíneos próximos a pele do seu corpodilatarão, permitindo mais sangue circular para a camada externa e aumentar a perda decalor do corpo. Isto manterá você confortável e preservará a temperatura de calor do meiointerno(37o C). Se o meio circundante está frio, seu corpo contrairá os vasos sanguíneosna camada externa e evitará desse precioso calor do corpo ser perdido muito rapidamente.

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Este sistema regulador, luta para manter a temperatura do meio interno do corpo constanteapesar das variações na temperatura ambiente ao redor de você. O corpo

somente pode fazer isto dentro de certos limites. Há níveis deexposição ao frio nos quais o corpo precisa ter ajuda paramanutenção da temperatura do meio interno na escolha da naturezade 37o C.

Você deve dar ajuda tomando as ações corretas e vestidoroupas e proteção.

ISOLAMENTO E PERDA DE CALOR DO CORPOO corpo cede seu calor para o meio circundante do seguinte modo:

CONDUÇÃO--- é a transferência do calor por contato direto com aágua fria ou outras substâncias. O calor passa do seu corpo, que está numa temperaturarelativamente maior, para uma substância que está numa temperatura menor. Algumas

substâncias são melhores condutoras de calor que outras.

A água conduz calor muitas vezes mais rápido que o ar.

CONVECÇÃO É a transferência do calor pelas correntes da água ou do ar. Oar em movimento é mais refrescante para o corpo que o arparado. O resfriamento pelo vento é conhecido como efeito“arrepio do vento”. De forma similar , a água em movimento ouagitada ao redor do seu corpo é mais resfriadora que a águaparada na mesma temperatura.RADIAÇÃO

É a transferência do calor por raios de energia sem contatodireto com outras substâncias, tal como um radiador aquecendo umasala.

EVAPORAÇÃO É a vaporização, ou “secagem”, de líquido, tal como a

transpiração ou umidade das roupas molhadas. Quando recebe muitocalor, a transpiração ocorrerá e a evaporação deste suor ajudará aresfriar a pele.

Apesar da transpiração poder ser muito benéfica, munindovocê de um confortável efeito refrescante num dia quente, aevaporação da umidade da roupa, pode furtar você de um valiosocalor do corpo num dia frio.

Em quase todas as partes do mundo, o homem não pode sobreviver sem o auxíliodas roupas. As roupas por si mesmas não aquecem o corpo; o corpo é realmente aquecidopela sua própria produção de calor. O calor do corpo aquece a camada de ar aprisionadaentre a pele e a roupa. É esta camada de ar que proporciona o isolamento. Se a camada dear é perdida, então o isolamento é diminuído. Esta camada de ar aprisionada entre a pele ea roupa, pode ser perturbada pelo movimento ou deslocada pela água. Em ambos os casos,valioso ar aquecido é deslocado e a temperatura da pele cairá. O calor do meio interno docorpo será então usado, numa tentativa de manter a temperatura da pele.

Se a perda de calor da pele permanecer incontrolável, a temperatura do meio internocairá.

HIPOTERMIA POR IMERSÃO O tempo de sobrevivência de um homem imerso em água fria , antes de ocorrer

uma parada cardíaca , é determinado principalmente por 2 fatores :

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a-) temperatura da água b-) tempo de exposição na água

Contribuindo também : c-) constituição física d-) procedimentos na água

• Quanto menor a temperatura da água menor será o tempo de sobrevivência .• Quando a temperatura do meio interno do corpo está abaixo de 35o C , a

pessoa está sofrendo de “Hipotermia”.

A Hipotermia começa a manifestar-se quando o corpo perde mais calor para o meioambiente do que possa produzir.

O primeiro sintoma de perigo é um tremor incontrolável do corpo , seguida da falaarrastada, coordenação deficiente, desorientação e confusão mental , insensibilidade dospés e mãos . Quando a temperatura interna decresce abaixo dos 31o C, pode ocorrer ainconsciência; o calafrio é substituído pela rigidez muscular e as pupilas dos olhos podemficar dilatadas. O coração torna-se fraco e irregular e a pulsação é mal auscultada. Emboraa morte possa ocorrer em qualquer estágio da Hipotermia, quando a temperatura da pessoaestá abaixo de 30o C, é muito difícil ter certeza se ela está viva ou morta.

A exposição a água e ao frio, são condições ameaçadoras a vida, entretanto, aágua fria é muito mais perigosa, porque retira calor do corpo de 20 a 32 vezes maisrapidamente que o ar frio.

A ÁGUA A 26,6o C , CAUSA A MESMA PERDA DE CALOR QUE O AR A 5,5o C.As maiores perdas de calor (80 %), ocorrem pela cabeça, pescoço e nuca; - os restantes(20%) são distribuídos principalmente pelos lados do tronco, áreas da virilha e órgãosgenitais .

• O náufrago não deverá exercitar-se ou agitar-se vigorosamente , natentativa de manter-se aquecido , esta reação retira do corpo as últimasreservas de calor , diminuindo consideravelmente o tempo de sobrevida .

• Um náufrago imerso em água fria , deve procurar manter-se calmo e adotara posição H E L P , se estiver com o colete salva vidas .

Descrição da posição HELP

“ manter cabeça , pescoço e nuca fora da água ; - tornozelos cruzados ; - joelhossuspensos, braços abraçando as pernas ou mãos entre as axilas e braços colados aocorpo”.

enquanto estiver flutuando na água, não tente nadar a menos que seja paraalcançar uma embarcação próxima, um companheiro sobrevivente ou um objetoflutuante em que você possa agarrar-se ou subir. A natação desnecessária“bombeará”para fora qualquer água aquecida entre o corpo e as camadas da roupa,desse modo aumentando a taxa de perda de calor do corpo. Em adição, osmovimentos desnecessários dos seus braços e pernas enviam sangue aquecido dointerior do meio intrano para a camada exterior do corpo. Isto resulta numa perda decalor muito rápida. Por essa razão é mais importante permanecer o mais paradopossível na água, por mais doloroso que possa ser.

Lembre-se, a dor não matará você, mas a perda de calor o fará!

** a posição do corpo que você assume na água é também muito importante naconserva,cão do calor. Flutue o mais parado possível com suas pernas juntas, cotovelosfechados no seu corpo e braços cruzados obliquamente na frente do seu colete salva-vidas.Esta posição minimiza exposição da superfície do corpo para a água fria. Tente manter suacabeça e pescoço fora da água.

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*** tente subir a bordo da balsa ou outro objeto o mais rápido possível a fim de diminuir otempo de imersão. Lembre-se que você perde o calor do corpo muitas vezes mais rápido naágua do que no ar. Uma vez que a eficiência do seu isolamento foi seriamente reduzidapelo encharcamento da água, você deve imediatamente tentar proteger-se do vento a fimde evitar o efeito “arrepio de vento”(resfriamento por convecção

**** mantenha um pensamento positivo sobre sua sobrevivência e resgate. Istomelhorará suas chances de aumentar seu tempo de sobrevivência até o resgate chegar. Suavontade de viver fará a diferença.

TRATAMENTO DOS SOBREVIVENTES DA IMERSÃOO tratamento da Hipotermia dependerá naturalmente tanto da condição do

sobrevivente quanto das facilidades disponíveis. Genericamente falando, os sobreviventesque estão racionais e capazes de contar suas experiências, embora tenham calafriosdramáticos somente necessitam retirar todas as roupas molhadas e substituir por roupassecas ou cobertores. Bebidas quentes açucaradas e a permanência num ambiente aquecidonão excedendo 22o C são também recomendadas. Contudo, sempre tenha em mente quemesmo sobreviventes conscientes podem desmaiar e ficar inconscientes logo após oresgate.

• Álcool deve ser evitado, a todo custo.Em casos mais sérios, onde sobrevivente não está com calafrios e está

semi-consciente, inconsciente ou aparentemente morto, serão necessários prontas medidasde primeiros socorros a fim de preservar a vida enquanto espera orientação médica sobreprocedimentos de conduta mais detalhados.

• As medidas de 1o socorros recomendadas para tal sobrevivente de imersãosão as seguintes:

1- No resgate sempre verifique a respiração do sobrevivente.

2- Se o sobrevivente não está respirando assegure-se que os canais de ar estãodesimpedidos e imediatamente comece a respiração artificial.

3- As tentativas de ressuscitamento deverão ser contínuas por pelo menos 30 minutos, senão é disponível orientação médica.

4- Se o sobrevivente está respirando, mas inconsciente, deite-o sobre o seu ladoesquerdo, com ambos os braços dobrados no cotovelo, o cotovelo direito e a perna direitadobrada no joelho ajudando a preveni-lo de rolar sobre o seu rosto. Suas roupas tendo sidoafrouxadas no pescoço e na cintura e seus dentes artificiais tendo sido retirados.

5- Evite todo o movimento desnecessário do homem; nem mesmo retire as roupasmolhadas; não faça massagem.

6- Evite a perda de calor adicional através da evaporação e da exposição ao vento. Agasalheo paciente, mantendo-o na horizontal e a cabeça ligeiramente para baixo.

FERIMENTOS POR FRIO CONGELANTE (ULCERAÇÕES)

Ulceração é o nome dado a condição quando fluídos do tecido congelam em áreaslocalizadas do corpo, são particularmente sensíveis as mãos, o rosto e os pés.

CAUSA

A exposição, particularmente da pele despida, à temperatura abaixo de zero,particularmente quando combinada com o movimento do ar. Os vigias nos barcos salvavidas são particularmente predispostos a este ferimento. Conseqüentemente, uma atençãodeverá ser dada à duração do quarto de vigia.

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DIAGNÓSTICO

Os sintomas são:

1- Extrema palidez da pele semelhante à cera

2- No início rigidez e formigamento local, quando é difícil franzir o rosto ou o movimentoafeta os dedos dos pés e mãos.

3- Ausência completa de sensibilidade na área afetada.

4- rigidez local devido ao congelamento da carne.

Seja vigilante para os primeiros sintomas da ulceração em você e nos outros.

PREVENÇÃO - Se a pele despida deve ser exposta aos fenômenos atmosféricos, osperíodos de exposição deverão ser mantidos a um mínimo e os ventos particularmenteevitados. Num estágio inicial o exercício moderado e a massagem ajudarão a prevenircontra o início do ferimento pelo frio. Não fume; o ato de fumar reduz o suprimento dosangue para as mãos e pés.

TRATAMENTO - Descobrindo os sintomas acima, providências imediatas deverão sertomadas para reaquecer a parte congelada, antes que ocorra dano permanente. Saia dovento. Reaquecer as áreas congeladas aplicando-as numa parte aquecida do corpo, isto é,as mãos debaixo das axilas, a mão em forma de concha sobre a bochecha, nariz, ouvido,etc...

Uma vez ocorrido o congelamento NÃO esfregar ou massagear as áreas afetadas.

FERIMENTO POR FRIO NÃO CONGELANTE (IMERSÃO DOS PÉS)

Este é o termo dado à condição na qual a temperatura dos tecidos locais nosmembros (geralmente os pés) permanecem abaixo do normal, mas acima do congelamento,por longos períodos. É comumente encontrada em sobreviventes que ficaram a mercê dasondas e do frio por vários dias. Geralmente os pés ficam molhados e imóveis, mas esteferimento pode ocorrer em condições secas. Outros fatores contribuintes são o calçadoapertado e ficar sentado imóvel com os pés para baixo, como quando sentados numacadeira por períodos prolongados.

DIAGNÓSTICO

O pé torna-se branco, dormente, frio e com freqüência ligeiramente inchado.Quando retornando ao calor moderado, o pé torna-se quente, vermelho, inchado egeralmente dolorido.

PREVENÇÃO

Todo o esforço deverá ser feito pelos sobreviventes para manterem seus pés secos eaquecidos. Os cordões dos sapatos deverão ser afrouxados; o pé deverá ser levantado evárias vezes ao dia encorajados.

TRATAMENTO

Após o resgate todo o esforço deverá ser feito para evitar o rápido reaquecimentodos membros afetados. Cuidados deverão ser tomados a fim de evitar danificar a pele ouruptura das bolhas. NÃO massagear os membros afetados.

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ATOS ILÍCITOS PRATICADOS CONTRA A AVIAÇÃO CIVIL

Apoderamento ilícito de aeronaves / Ameaça de bomba / Ato de violência contrapessoa a bordo / Dano a aeronave em serviço que a torne incapaz de voar / Destruição oudano às facilidades de navegação aérea e meios do sistema de telecomunicações.

PROCEDIMENTOS EM CASO DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA:

Características do apoderamento ilícito:

O apoderamento ilícito ocorre geralmente após a decolagem da aeronave e namaioria dos casos realizados por indivíduos mentalmente perturbados, sendo também deorigem criminosa, política ou religiosa.

Estes sempre estão de posse de armas de fogo, explosivos, substâncias inflamáveisou simplesmente com réplicas de armas ou bombas.

GERENCIAMENTO DA SITUAÇÃO:

Os primeiros momentos de um seqüestro são os mais difíceis e perigosos devido atensão tanto do seqüestrador como dos tripulantes e passageiros. Neste momento é desuma importância ter calma e transmitir calma tanto aos seqüestradores como aospassageiros. São considerados as 03 (três) primeiras horas, as mais difíceis, devendo otripulante permanecer tranqüilo reduzindo ao mínimo o risco para os passageiros, outranota importante diz-se respeito a simpatia aos objetivos do sequestrador ( Síndrome deEstocolmo ) devendo o comissário se precaver disso.

Recomendações em caso de seqüestro: ( serão repassados no curso SAFETY ANDSECURITY na empresa).

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AMEAÇA DE BOMBA E QUÍMICA:

Ocorrendo uma ameaça de bomba e sendo detectada a presença de objeto estranhona cabine da aeronave, este deverá ser coberto com o maior número possível de objetosmacios ( mantas, travesseiros, casacos). Outros procedimentos inerentes ao tipo deaeronave e as normas da empresa serão repassados nos cursos específicos de “SAFETYAND SECURITY”.

No caso de ameaça química a área deve ser isolada, o produto impedido de seespalhar pela aeronave, evite contato com a pele e inalação do produto. O comandante daaeronave deverá permanecer em contato com o solo, onde receberá orientação para ondedirigir-se, (aeroporto mais próximo compatível com a segurança das operações ).

PRODUTOS PERIGOSOS:

Artigos e substâncias capazes de constituir um risco importante para a saúde,segurança e para a propriedade quando transportados pelo ar e que estão classificados emuma das nove classes da ONU.

FATORES INFLUENTES:Variações de pressão e temperatura, além de oscilações, são situações em que uma

aeronave estará sujeita a qualquer instante, podendo afetar de forma importante asmercadorias contidas na condição de carga e bagagem.

Pressão atmosférica a 35.000 Fts é de 3.5 psi; no nível do mar essa pressão é de14,7 psi; portanto, tudo que estiver embalado no nível do mar, estará sujeito a umdiferencial de pressão durante o vôo, que pode, eventualmente ou em caso dedespressurização, se constituir num risco em potencial.

Temperaturas externas a 35.000 Fts podem alcançar –55° Celsius, na cabine atemperatura é mantida entre 20° C e 30° C , e no compartimento de carga pode variarentre +4° C a + 8° C.

Estas temperaturas podem afetar fluídos e materiais, fazendo-os contrair ouexpandir. Dependendo do tipo de material isto pode se constituir em um risco em potencial.Oscilações provenientes do transporte, desde a decolagem, em vôo cruzeiro, enfrentandoturbulências, e os pousos, podem criar condições para riscos em potencial, nos casos dasmercadorias mal acondicionadas ou mal embaladas, sem cumprir os requisitos necessáriospara o transporte.

CARGAS PERIGOSAS:

Artigos perigosos são mercadorias ou substâncias que são capazes de colocar emrisco a saúde, segurança e a propriedade quando transportados pelo ar.

É terminantemente proibido o transporte a bordo de materiais perigosos.

IDENTIFICAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS EM PERTENCES DE PASSAGEIROS.• Itens mais comuns de produtos perigosos em potencial que podem ser

encontrados na condição de bagagem despachada e de mão.1) Artigos de toalete ( acetona e esmaltes )2) Armas (municiadas)3) Baterias úmidas ou secas4) Bebidas alcoólicas5) Caixa de som6) Colas em geral7) Equipamentos para acampamento ( gás para lampião ou fogareiro)8) Equipamentos para prática de mergulho (cilindros de O2 e lâmpadas submarinas)9) Equipamentos que possuam mercúrio10)Fogos de artifício

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11)Fósforos souvenir ( caixa ou livreto )12)Gases comprimidos - cilindro ou spray13)Gás paralisante ou gás pimenta ( para defesa pessoal )14)Gelo seco para conservar produtos perecíveis15)Isqueiros à gás ou líquido inflamável inclusive repostos16)Material pirofórico ( sinalizadores de emergência )17)Nitrogênio líquido para transporte de sêmen ou produtos perecíveis18)Perfumes em geral19)Produtos de limpeza20)Produtos para autos em geral21)Remédios22)Secreções , excreções, sangue, urina, etc... para análise laboratorial23) Substâncias com odor muito forte ( frutas, frutos do mar, peixes, camarão, resinas,

colas, etc...) que venham a causar um mal estar nos passageiros e tripulação24)Tintas a base de óleo, removedores, álcool, etc...

CLASSIFICAÇÃO E DIVISÕES:

CLASSE 1 – ExplosivosEsta classe é subdivida em 05 divisões, das quais somente os da Divisão 1.3 e 1.4 sãoaceitos para transporte aéreo.

CLASSE 2 - Gases comprimidos, líquidos, dissolvidos sob pressão, ou profundamenterefrigerantes.Incluem-se também gases inflamáveis ou venenosos.

CLASSE 3 – Líquidos inflamáveis

CLASSE 4 – 4.1 Sólidos inflamáveis e substâncias passíveis de auto-reação.

4.2 Substâncias passíveis de combustão espontânea.

4.3 Substâncias que, em contato com a água emitem gases inflamáveis.

CLASSE 5 – 5.1 Substância oxidantes.

5.2 Peróxidos orgânicos.

CLASSE 6 –6.1 Substância venenosas ( tóxicas )

6.2 Substância Infecciosas

CLASSE 7 - Material radioativo

CLASSE 8 – Corrosivos

CLASSE 9 - Miscellaneous

Artigos cujas periculosidades não se incluem nas classes acima.

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Referências Bibliográficas:Manual de Emergência e Sobrevivência do Min. AeronáuticaRecursos Eletrônicos (CIGS / Manaus - Amazonas )Recursos Eletrônicos – Treinamentos para Comissários de VôoDesenhos dos Cartões de Segurança das Aeronaves

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