embriologia médica

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EMBRIOLOGIA MÉDICA Naielly Rodrigues da Silva

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Page 1: Embriologia médica

EMBRIOLOGIA MÉDICA

Naielly Rodrigues da Silva

Page 2: Embriologia médica

DA OVULAÇÃO À IMPLANTAÇÃO

Ovulação

Durante os dias que precedem a ovulação o folículo de Graaf aumenta de tamanho, o ovócito primário que permanecia em estado de diplóteno termina a primeira fase da meiose.

O ovócito se liberta do ovário juntamente com as células circundantes que se rearranjam em torno da zona pelúcida formando a corona radiata.

Após a ovulação as células da granulosa se transformam em células luteínicas (amareladas, por influencia do LH), essas células formam o corpo lúteo e secretam progesterona.

O ovócito é carregado para dentro da tuba pelo movimento de varredura das fímbrias, e pelos cílios do revestimento epitelial.

Page 3: Embriologia médica

Corpo albicans

Quando a fertilização não ocorre o corpo lúteo atinge seu

desenvolvimento máximo (9 dias após a ovulação). Assim o corpo

lúteo diminui de tamanho e forma uma massa de tecido cicatricial

fibroso denominada corpo albicans.

Simultaneamente a produção de progesterona diminui e ocorre

posteriormente a menstruação.

Quando o ovócito é fertilizado, o hormônio gonadotrofina coriônica

(hormônio produzido e secretado pelas células do trofoblasto)

impede a degeneração do corpo lúteo, assim ele continua a crescer

formando o corpo lúteo da gravidez e secreta progesterona até

aproximadamente o quarto mês de gestação.

Page 4: Embriologia médica

Fertilização

Ocorre na ampola da tuba uterina.

Os espermatozóides ao chegar no trato genital feminino não são

capazes de fertilizar o óvulo. Eles tem que passar pela (a)

capacitação (b) reação acrossomica.

(a) capacitação: Se dá no trato reprodutor feminino, dura

aproximadamente sete horas. Durante esse período, uma capa

glicoprotéica e proteínas do plasma seminal são removidas da

membrana plasmática que reveste a região acrossomica do

espermatozóide.

(b) Reação acrossomica: É a fusão da membrana plasmática do

espermatozóide com a membrana do acrossoma e posteriormente a

liberação de enzimas para atravessar a corona radiata (faz a

separação das células da corona) e atravessa a zona pelúcida

causando a reação zonal (modifica a estrutura das proteínas da

membrana plasmática do ovócito evitando assim a polispermia.)

Page 5: Embriologia médica

Após essas etapas ocorre a fusão da membrana plasmática do

ovócito com a membrana do espermatozóide.

Com o espermatozóide imerso no ovócito há o termino da segunda

fase da meiose, formando o segundo corpúsculo polar. A outra célula

filha constitui o ovócito definitivo e seu núcleo passa a ser chamado

pró-núcleo feminino e o núcleo do espermatozóide: pró-núcleo

masculino.

Os dois pró-núcleos se fundem ocorrendo assim a restauração do

número diplóide de cromossomos.

Após a fusão dos núcleos há a determinação do sexo. Pois é

determinada pelo espermatozóide.

Page 6: Embriologia médica

CLIVAGEM OU SEGMENTAÇÃO

O zigoto passa por uma série de divisões mitóticas que resultam no

aumento do número de células. Essas células se tornam menores a

cada divisão e são denominadas blastômeros.

Aproximadamente 3 dias após a fertilização forma-se a mórula

(amora de 16 células).

Formação do blastocisto

Os blastômeros migram, os menores para as extremidades formando

o trofoblasto e os maiores se juntam formando o embrioblasto. Um

fluido começa a penetrar os espaços intercelulares formando uma

cavidade única: blastocele.

Page 7: Embriologia médica
Page 8: Embriologia médica

IMPLANTAÇÃO OU NIDAÇÃO (OITAVO DIA)

O blastocisto chega ao endométrio e se prende a ele. O trofoblasto

se diferencia em sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto.

No citotrofoblasto as células permanecem com suas delimitações,

no sinciciotrofoblasto as células perdem suas membranas.

Page 9: Embriologia médica

As células do embrioblasto também se diferenciam em 2 camadas:

Hipoblasto (células cubóides adjacentes a cavidade blastocistica) e

epiblasto (células cilíndricas adjacentes a camada amniótica). Estas

células de ambas camadas formam o disco germinativo bilaminar.

Surge uma cavidade no interior do epiblasto, que aumenta de

tamanho formando a cavidade amniótica, as células adjacentes ao

citotrofoblasto são chamadas de amnioblastos.

Page 10: Embriologia médica

Nono dia de desenvolvimento O trofoblasto exibe um progresso considerável onde aparecem

vacúolos no sincício. Ao se fundirem esses vacúolos formam uma

grande lacuna. Esta fase é conhecida como estádio lacunar.

Simultaneamente, as células do hipoblasto secretam uma

membrana que reveste a superfície interna do citotrofoblasto. Essa

membrana constitui o revestimento da cavidade exocelômica ou

saco vitelino primitivo.

Page 11: Embriologia médica

Décimo primeiro ao décimo segundo dia de desenvolvimento

Células do sinciciotrofoblasto penetram no estroma erodindo o revestimento endotelial dos capilares maternos (conhecidos como sinusóides). Assim o sangue materno começa a fluir através do sistema trofoblastico, estabelecendo a circulação uteroplacentária.

Posteriormente ocorre a formação do mesoderma extra embrionário, que é um tecido conjuntivo frouxo com as células vindas do saco vitelínico. Forma-se uma cavidade no mesoderma denominada celoma extra embrionário.

O mesoderma ligado ao citotrofoblasto e a cavidade amniótica é chamado mesoderma extra-embrionário somático e o que reveste o saco vitelínico é chamado mesoderma extra-embrionário esplânquico.

As células do citotrofoblasto invadem o sincíciotrofoblasto e formam “colunas” chamadas de vilosidades primárias.

Simultaneamente o hipoblasto libera células que revestem a cavidade exocelômica formando assim o saco vitelino secundário ou definitivo.

Page 12: Embriologia médica

Celoma extra-embrionário e

posteriormente cavidade

coriônica.

Posteriormente, placa coriônica.

Page 13: Embriologia médica

O saco vitelino secundário é bem menor que o primário. São

liberados partes do celoma extra-embrionário que são denominadas

cistos exocelômicos.

LEMBRAR: O saco vitelino é primário quando é revestido por uma

membrana (membrana exocelômica). O saco vitelino passa a ser

secundário quando é revestido por células vindas do hipoblasto.

O celoma extra-embrionário se expande e passa a ser chamado de

cavidade coriônica. Assim o mesoderma extra–embrionário que

reveste o citotrofoblasto chama-se placa coriônica.

O único ponto onde o mesoderma extra-embrionário cruza a

cavidade é no pedúnculo de ligação (que mais tarde se transformará

no cordão umbilical).

O disco germinativo é representado por duas placas (epi e hipo

blasto). No final da segunda semana de desenvolvimento observa-se

um espessamento na parte cefálica do hipoblasto denominado placa

pré-cordal.

Page 14: Embriologia médica

Terceira semana – gastrulação

Formação do Mesoderma e Endoderma embrionários.

A gastrulação se inicia com a formação da linha primitiva na

superfície do epiblasto. A extremidade da linha é conhecida como nó

primitivo, que tem uma área saliente conhecida como fosseta

primitiva.

As células do epiblasto migram em direção a linha primitiva, ao

chegar na linha elas se destacam do epiblasto e migram para o

espaço virtual do embrioblasto (espaço entre o epiblasto e o

hipoblasto). Esse processo é conhecido como invaginação.

Estas células que estão no espaço virtual formam o mesoderma

intra-embrionário. Esse tecido separa o epiblasto do hipoblasto com

exceção de regiões que formam a placa pré cordal a membrana

cloacal e o processo urocordal.

O endoderma intra embrionário se forma pela migração de células

do epiblasto em direção ao hipoblasto, passando pelo espaço virtual

e deslocando as células do hipoblasto.

Page 15: Embriologia médica
Page 16: Embriologia médica

Formação da notocorda: Algumas células se invaginam da fosseta

primitiva em direção a placa pré-cordal formando um bastão de

células chamada processo notocordal. Posteriormente a placa

notocordal dobra-se para formar um tubo: a notocorda.

A notocorda tem como função: - definir um eixo primitivo no embrião

(futura coluna vertebral) – estimula o ectoderma a desenvolver a

formação do tubo neural.

Page 17: Embriologia médica

Período embrionário – organogênese

Da terceira à oitava semana

Neurulação:

Com o aparecimento da notocorda as células do ectoderma se

espessam para formar a placa neural. As bordas da placa tornam-se

mais elevadas para formar as pregas neurais enquanto a região

mediana forma o sulco neural. Com a perca da afinidade epitelial

forma-se a crista neural em cima do tubo neural. A crista divide-se

em 2 partes que continuam na região dorso-lateral. As cristas

formam os gânglios nervosos, enquanto o tubo forma o sistema

nervoso central.

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Page 19: Embriologia médica
Page 20: Embriologia médica

Desenvolvimento do mesoderma: As células próximas a linha média se proliferam e formam uma placa espessada conhecida como mesoderma paraxial. Na lateral a camada mais delgada é conhecia como placa lateral que se divide lateralmente em duas camadas: (a) camada mesodérmica parietal (que recobre o âmnio) (b) camada mesodérmica visceral ou esplanquica que recobre o saco vitelino.

No início da terceira semana o mesoderma paraxial se organiza em segmentos denominados somitômeros.

Diferenciação dos somitos: na quarta semana as células da parede ventral e medial do somito tornam-se polimorfas e são conhecidas como esclerótomo que formam um tecido frouxo denominado mesênquima. Elas envolvem a medula espinhal e a notocorda para formar a coluna vertebral. A parede dorsal do somito que persiste é denominada dermomiótomo e dá origem ao miótomo que origina a musculatura do seu próprio segmento. Algumas células do dermomiótomo formam a derme.

LEMBRAR: Cada somito forma seu próprio esclerótomo (o componente cartilaginoso e ósseo), seu próprio miótomo (fornecendo músculo) e seu próprio dermátomo (componente da pele.

Page 21: Embriologia médica

Camadas do mesoderma parietal e visceral: Forram o celoma intra-

embrionário. O mesoderma visceral juntamente com o endoderma

formarão a parede do intestino.

As células mesodérmicas localizadas no mesoderma visceral do

saco vitelino diferenciam-se em células do sangue (angioblastos),

enquanto as células da periferia se achatam e formam células

endoteliais que forram as ilhotas sanguíneas. As ilhotas se fundem e

formam pequenos vasos sanguíneos.

LEMBRAR: Consideram-se os seguintes tecidos e órgãos como

sendo de origem mesodérmica: (a) tecidos de sustentação (b)

músculos estriados e lisos (c) células sanguíneas e linfáticas,

paredes do coração e dos vasos sanguíneos e linfáticos. (d) rins,

gônadas, e dutos correspondentes (e) porção cortical da adrenal (f)

baço.

Page 22: Embriologia médica

Derivados da camada endodérmica: O trato gastrointestinal é o

principal sistema de órgãos derivado do endoderma.

Dobramento do embrião: O embrião se dobra em direção céfalo

caudal. Conseqüências:

- Aumento da cavidade amniótica.

- Formação da prega cefálica, área cardiogênica será deslocada para

uma posição posterior a membrana bucofaríngea.

- estrangulamento do saco vitelino, formando o pedúnculo do saco

vitelino e o intestino primitivo.

- O pedúnculo do embrião é deslocado para uma posição ventral com

a formação da prega caudal.

- União do pedúnculo do saco vitelino com o pedúnculo do embrião

para formação do cordão umbilical.

Page 23: Embriologia médica

Anexos embrionários

Saco Vitelino: Com cerca de nove semanas o saco vitelino encolhe muito, e fica

ligado ao intestino médio.

Importância do saco vitelino:

(a) Transfere nutrientes ao embrião enquanto a circulação

uteroplacentária está se formando.

(b) A formação de sangue se inicia na parede do saco vitelino.

(c) A porção dorsal do saco vitelino é incorporada ao embrião

formando o intestino primitivo.

(d) As células germinativas primordiais aparecem na parede do saco

vitelino e migram para as gônadas sexuais, formando as

espermatogônias ou ovogônias.

Page 24: Embriologia médica

Âmnio- cavidade amniótica: Na quarta semana a cavidade amniótica se expande devido ao

dobramento do embrião. Com esse crescimento o celoma extra-

embrionário desaparece. Conseqüentemente o âmnio se funde ao

cório formando uma membrana denominada âmnio-coriônica.

Importância do liquido amniótico:

(a) Impede choques mecânicos.

(b) Impede aderência da pele do feto ao âmnio.

(c) Permite movimentação (desenvolvimento muscular, esquelético..)

Page 25: Embriologia médica

Alantóide:

Se forma uma ivaginação no teto do saco vitelino. Serve para

orientar a formação de vasos dentro do cordão umbilical. Forma a

bexiga.

Page 26: Embriologia médica

Placenta:

A placenta tem dois componentes (a) a porção fetal formada a partir

do saco coriônico e (b) a porção materna formada pelo endométrio,

conhecido como decídua na mulher grávida.

A decídua é a parte do endométrio que seria descamado na

menstruação.

Algumas vilosidades liberam células do citotrofoblasto para a

decídua formando uma vilosidade tronco ( é aquela que apresenta

uma proliferação de células do citotrofoblasto com inserção na

decídua basal)