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Nesse resumo, veremos como se dá o processo de formação do embrião desde a fecundação (junção dos gametas masculino e feminino) até a 8ª semana, aproximadamente, quando é formado o cordão umbilical e já vemos os primórdios dos sistemas digestório, cardiovascular, excretório e o início da formação das estruturas do esqueleto do embrião. Comecemos então um pouco antes da fecundação, analisando os gametas e suas estruturas. O Ovócito Secundário Ovócito II O Ovócito II recebe esse nome por estar “parado” na segunda fase do processo meiótico, já sendo, portanto, uma célula haplóide que precisa perder metade de suas cromátides antes da fusão com o núcleo do espermatozóide, na fecundação. As estruturas principais do ovócito secundário são as mostradas na imagem: 1. Os chamados envoltórios celulares ou ovulares, a corona radiata e a zona pelúcida, são estruturas importantes no processo de liberação e transporte do ovócito II para a região de fertilização na trompa uterina (região chamada ampola), além de conferir proteção à célula, evitar que esta se grude na parede das trompas uterinas e “mediar” o contato dos espermatozóides com a estrutura como um todo e permitir a entrada de apenas um destes no citoplasma da célula. A corona radiata é composta de células foliculares unidas por moléculas adesivas de ácido hialurônico; é originada quando o ovócito é expulsado do ovário na ovulação. A zona pelúcida é o envoltório ovular mais importante e falaremos mais detalhadamente de suas estruturas e funções mais adiante. 2. O espaço perivitelínico, região entre a zona pelúcida e a membrana plasmática da célula, membrana esta também chamada de vitelínica e que apresenta microvilosidades em toda a sua extensão (responsáveis pelo aumento da área de contato para facilitar a obtenção dos nutrientes que vêm do meio externo) 3. O núcleo haplóide em processo de separação das cromátides (imagem errônea nesta parte: não há carioteca nem nucléolo, visto que as cromátides já se encontram pareadas em ligadas ao fuso mitótico, “congeladas” na metáfase II da meiose). 4. As estruturas citoplasmáticas circulares e que se deslocam progressivamente em direção à região da membrana plasmática são os chamados grãos corticais (o nome é justamente por sua localização mais externa, no “córtex” da célula). Eles são provenientes dos complexos de Golgi da ovogônia, são reservatórios de enzimas e são importantes no processo de fecundação. Embriologia Humana – Módulo I

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Nesse resumo, veremos como se dá o processo de formação do embrião desde a fecundação (junçãodos gametas masculino e feminino) até a 8ª semana, aproximadamente, quando é formado o cordãoumbilical e já vemos os primórdios dos sistemas digestório, cardiovascular, excretório e o início daformação das estruturas do esqueleto do embrião. Comecemos então um pouco antes da fecundação,analisando os gametas e suas estruturas.

O Ovócito Secundário

Ovócito II

O Ovócito II recebe esse nome por estar “parado” na segunda fase do processo meiótico, já sendo,portanto, uma célula haplóide que precisa perder metade de suas cromátides antes da fusão com onúcleo do espermatozóide, na fecundação. As estruturas principais do ovócito secundário são asmostradas na imagem:

1. Os chamados envoltórios celulares ou ovulares, a corona radiata e a zona pelúcida, são estruturasimportantes no processo de liberação e transporte do ovócito II para a região de fertilização natrompa uterina (região chamada ampola), além de conferir proteção à célula, evitar que esta segrude na parede das trompas uterinas e “mediar” o contato dos espermatozóides com a estruturacomo um todo e permitir a entrada de apenas um destes no citoplasma da célula. A corona radiataé composta de células foliculares unidas por moléculas adesivas de ácido hialurônico; é originadaquando o ovócito é expulsado do ovário na ovulação. A zona pelúcida é o envoltório ovular maisimportante e falaremos mais detalhadamente de suas estruturas e funções mais adiante.

2. O espaço perivitelínico, região entre a zona pelúcida e a membrana plasmática da célula,membrana esta também chamada de vitelínica e que apresenta microvilosidades em toda a suaextensão (responsáveis pelo aumento da área de contato para facilitar a obtenção dos nutrientesque vêm do meio externo)

3. O núcleo haplóide em processo de separação das cromátides (imagem errônea nesta parte: nãohá carioteca nem nucléolo, visto que as cromátides já se encontram pareadas em ligadas ao fusomitótico, “congeladas” na metáfase II da meiose).

4. As estruturas citoplasmáticas circulares e que se deslocam progressivamente em direção à regiãoda membrana plasmática são os chamados grãos corticais (o nome é justamente por sualocalização mais externa, no “córtex” da célula). Eles são provenientes dos complexos de Golgi daovogônia, são reservatórios de enzimas e são importantes no processo de fecundação.

Embriologia Humana – Módulo I

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5. O citoplasma é rico em RNAs (produzidos anteriormente ao processo meiótico, nas ovogônias,responsáveis pela expressão protéica pré­fecundação e importantes para a manutenção da altataxa mitótica pós­fecundação), proteínas e íons como o cálcio, além de diversos fatores deproteção (mais presentes em espécies de fecundação externa, o que não é nosso caso) e, osmais importantes, fatores morfogenéticos, que são indutores primários de diferenciação celular aolongo das diversas fases do desenvolvimento embrionário (e mesmo durante a vida adulta, emalguns casos).

Falemos agora do envoltório ovular principal: a zona pelúcida. Seu nome quer dizer “transparente”,pois na microscopia ótica com coloração usual de H.E. ela é transparente; enquanto que ela colorapositivamente para a coloração tipo PAS, indicando sua estrutura glicoprotéica, sendo acelular. Ela éformada no processo de foliculogênese pelo próprio ovócito, sendo constituída pelas glicoproteínasZP1, ZP2 e ZP3 (ZP vem de Zona Pelúcida). Ao contrário do que as ilustrações sugerem, a zonapelúcida não é uma estrutura de casca esférica contínua: ela é como que uma rede formada na regiãodas interdigitações entre as células foliculares e as microvilosidades da membrana vitelínica(membrana plasmática). Essa rede é formada por filamentos de ZP2 e ZP3 intercaladas, unidos porligações cruzadas de ZP1. A zona pelúcida é, então, uma estrutura rígida de proteção que evita anidação ectópica (nas tubas uterinas, evitando que a membrana plasmática grude nas paredes), evidaa adesão entre embriões (no caso de gêmeos não univitelínicos), evita a fecundação interespecífica (amolécula de ZP3 reconhece e permete a penetração apenas do espermatozóide da mesma espécie),provoca a reação acrossômica necessária para a fecundação e evita a poliespermia (fecundação pormais de um espermatozóide). Veremos como se dão esses processos durante a fecundação. A zonapelúcida dura cerca de 5 dias, tempo suficiente para o ovócito fecundado atingir o útero – alteraçõesnesse período, para mais ou para menos, ou na motilidade do ovócito pela tuba podem levar anidações antes ou até depois do útero (já que a zona pelúcida presente impede a nidação).

Veremos agora como é a estrutura do outro gameta, o espermatozóide.

O espermatozóide

O

espermatozóide, já haplóide, é liberado nos canaisseminíferos e atravessa o sistema genital masculino, no qual ele passa pelo processo de maturação desuas estruturas, que são:

1. Membrana plasmática: a nível do epidídimo, certas glicoproteínas ácidas do meio grudam­se nosdois terços anteriores da membrana plasmática do espermatozóide, bloqueando as regiões de

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reconhecimento da zona pelúcida (regiões que reconhecem a ZP3 da própria espécie), além deevitar a saída de material acrossômico para o meio externo.

2. Núcleo: na maturação, o núcleo passa por maior condensação, devido à substituição das histonasnucleares por protaminas, que possibilitam maior dobramento das moléculas de DNA. Essadiminuição do volume proporciona ao núcleo maior proteção e ao espermatozóide maiormobilidade.

3. Acrossomo: é acomodado sobre os dois terços anteriores do núcleo (mesma região dasglicoproteínas bloqueadoras de reconhecimento).

4. Gota citoplasmática (restos de citoplasma da espermátide, nem sempre eliminados naespermiogênese): é eliminada na maturação, levando a maior diminuição do volume doespermatozóide e, consequentemente, a maior mobilidade.

5. Cauda ou flagelo: aquisição de motilidade, inexistente até o epidídimo, que se dá pela ativação (daatividade ATPásica) da proteína dineína. A maior motilidade se dá na ejaculação, na qual o sêmenfornece energia ao espermatozóide, especialmente pela frutose.

Falando no sêmen, é importante saber que apenas 10% de sua composição é de espermatozóides,sendo o restante composto de líquido seminal (secreções da próstata e das vesículas seminais,principalmente), responsável pela nutrição e proteção dos espermatozóides (em relação ao pHvaginal).

Como saber se o sêmen é de boa qualidade (não procure pelo selo INMETRO no saco doseu namorado – ou no seu, se for homem ou ao menos do gênero masculino)? Ascaracterísticas de um sêmen de boa qualidade, isto é, da um sêmen com maiorprobabilidade de levar à fecundação, são:

1. Volume de 2,5 a 3,5 mL.2. pH levemente alcalino, 7,5 a 8,5, para neutralizar o pH vaginal de cerca de 4.3. 200 a 300 milhões de espermatozóides (cerca de 80 a 100 milhões por mL), para

aumentar a probabilidade de que cheguem ao local da fertilização um númerosuficiente para gerar o reconhecimento e a própria fecundação (geralmente, numsêmen de boa qualidade, cerca de 200 espermatozóides chegam na região defecundação com capacidade fertilizatória). Abaixo de 20 milhões de espermatozóidespor mL de sêmen, o homem é considerado infértil.

4. cor: branco­opalino (como diria o Vicente, se você for menina e não souber quetonalidade é essa, peça para seu namorado mostrar – ou certos sites na internet, mascuidado com o que procura, pode acabar achando).

5. Viscosidade e liquefação adequadas para permitir maior motilidade dosespermatozóides.

6. Motilidade e vitalidade: se, por qualquer motivo, os espermatozóides não tiverem essasduas características, eles podem não passar por certas regiões mais “apertadas” doútero para as tubas uterinas, levando à infertilidade.

Mesmo sendo o sêmen de boa qualidade, é necessária a passagem dos espermatozóides pelo tratogenital feminino para que estes estejam capacitados para fecundar o ovócito. O transporte, simultâneoao processo de capacitação, que veremos adiante, se dá por diversos fatores. Entre eles, os principais

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Reação acrossômica e penetração do espermatozóide

são: contrações uterinas (durante o orgasmo), liquefação do sêmen e das secreções vaginais,movimentação própria dos espermatozóides (nas regiões de estreitamento – no cérvix e no istmouterino, passagem para as tubas), movimentos peristálticos do trato genital (por ação deprostaglandinas do sêmen) e atração química dos espermatozóides por substâncias químio­táxicas dolíquido folicular (que também são responsáveis pela hiperativação dos espermatozóides).

Vejamos agora o processo de capacitação do espermatozóide, que ocorre simultaneamente com seu“tour” pelo trato genital feminino. Esse processo se dá por ação de enzimas próprias doespermatozóide (no acrossoma) e outras da trompa uterina; e acontece em duas fases:

1. Enzimas da trompa uterina são responsáveis por eliminar as glicoproteínas ácidas que bloqueiamos sítios de reconhecimento da ZP3 e por eliminar também a hialuronidase presa nos dois terçosanteriores da cabeça do espermatozóide. É importante que haja número suficiente deespermatozóides nessa fase para que haja quantidade suficiente de enzima hialuronidase liberadapara quebrar as ligações de adesão das células da corona radiata (ligadas por ácido hialurônico),possibilitando a penetração dos espermatozóides e seu contato com a zona pelúcida.

2. A zona pelúcida causa, noespermatozóide, a chamada reaçãoacrossômica, que se inicia com oreconhecimento da cabeça (em seus2/3 anteriores) pela molécula de ZP3,gerando uma adesão entre a ZonaPelúcida e os 2/3 anteriores dacabeça. A parte protéica da ZP3 fazuma reação cruzada com amembrana plasmática da cabeça,levando a um aumento do Ca++intracelular no espermatozóide. Essaelevação plasmática de cálcio leva àfusão da membrana plasmática doespermatozóide com a membrana externa do acrossoma – a fusão se continua com perfuraçõesdas duas membranas, até que elas desaparecem. A exposição da membrana interna doacrossoma faz com que haja uma ligação desta com a molécula de ZP2; ocorre então a liberaçãoda enzima acrossina, que faz um buraco na zona pelúcida. O espermatozóide entra, então, noespaço perivitelínico, e o 1/3 posterior restante da membrana plasmática do espermatozóide sefusiona com a membrana vitelínica.

Já que falamos de reação acrossômica, já estamos propriamente no processo de fecundação em si…

Processo de Fecundação ou Fertilização

Dá­se o nome de fecundação ou fertilização ao processo de penetração do espermatozóide no ovócitosecundário, primeiramente pela penetração dos envoltórios ovulares e, posteriormente, a entrada donúcleo do espermatozóide no citoplasma do ovócito, com a continuação da divisão celular deste. Comovimos, o processo de capacitação é o responsável pela penetração dos envoltórios ovulares. Agora

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vejamos como o núcleo penetra o ovócito.

Com a fusão das membranas, ocorre a perfuração das membranas e a indução de aumento do Cálciointracelular (por liberação de grânulos), que ocasiona a chamada reação cortical. A reação corticalnada mais é que a fusão dos grãos corticais na região das membranas fusionadas, levando à liberaçãode enzimas no espeço perivitelínico responsáveis pela chamada reação de zona – alteração daconformação das moléculas de ZP2 e ZP3, impedindo e interrompendo possíveis reaçõesacrossômicas de outros espermatozóides (bloqueando a entrada de outros espermatozóides einterrompendo os que já estiverem entrando). As perfurações, juntamente com o aumento do cálciointracelular, induzem a maior ativação do metabolismo do ovócito. Dentro das reações metabólicas doovócito, algumas são especializadas em captar o núcleo do espermatozóide, que penetra a segundafase da fertilização. Com o fim da fertilização, o ovócito II continua sua meiose II e forma­se opronúcleo feminino; simultaneamente, o prónúcleo masculino também está sendo formado. Vejamoscomo se dão esses processos…

Formação do zigoto

Com a elevação do cálcio intracelular simultaneamente à entrada do núcleo do espermatozóide, édegradada a enzima citoplasmática do ovócito, a ciclina, responsável pela manutenção estática dametáfase II da meiose do ovócito. Com a degradação da ciclina, a meiose continua, gerando asestruturas haplóides do pronúcleo feminino (que se duplica e fica com todo o citoplasma e com onúcleo do espermatozóide) e do 2º corpúsculo polar, que fica limitado ao espaço perivitelínico e édegradado com o tempo. Simultaneamente a essa continuação da meiose II do ovócito, o núcleo doespermatozóide perde sua carioteca original e tem suas protaminas substituídas por histonasencontradas no citoplasma do ovócito. Depois disso, ele se duplica e produz uma nova membrananuclear, com o maquinário do ovócito – aí fica pronto o pronúcleo masculino.

Com os dois pronúcleos formados, constituídos por membranas de estrutura similar, eles se atráem,ocorre a perda das membranas e a fusão dos dois pronúcleos (obtenção da diploidia da célula) em umnovo fuso, dessa vez mitótico, para a realização dos processos de divisão que seguirão. Ao fim desseprocesso, a célula diplóide gerada pode ser chamada célula­ovo ou zigoto. E não dura muito tempo atéque ele comece a se transformar, através de processos contínuos de divisão mitótica, chamadosconjuntamente de segmentação ou clivagem.

Mas antes, é interessante analisarmos que, no geral, ambas as células encontram­seinicialmente incapazes de se fertilizarem, então elas passam por processos dematuração/capacitação (no caso do espermatozóide) e terminação do processo de meiose(no caso do ovócito), e que inicialmente o ovócito estimula a capacitação do espermatozóidepara posteriormente ser estimulado por ele a terminar seu processo de meiose e ser capazde fundir os pronúcleos e gerar o zigoto. Ocorre indução primeiramente do ovócito noespermatozóide e porteriormente do espermatozóide no ovócito (importante lembrar dissopois foi o próprio professor que falou dessa maneira). Além disso é importante salientar quea fertilização tem “hora marcada” para acontecer: após a ovulação, a vida útil do ovócito II éde cerca de 24h, sendo que é entre 12 e 24h após sua ovulação que ele se encontra naampola, melhor local para a fertilização. O que leva o ovócito a alcançar essa região é ajunção dos movimentos peristálticos da tuba uterina com o movimento das secreções (das

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células mucosas), proporcionado pelas células ciliadas da parede, além da “inércia” doovócito quando é expulso do ovário e passa pelas fímbrias (que estão mais próximas dastubas). O espermatozóide também tem uma vida útil de 24 a 48h após a ejaculação (mas aonão ser que ele tenha sérios problemas de movimentação, ele tem tempo relativamente “desobra” para encontrar o ovócito nas tubas. Um problema que pode ocorrer na fertilização,como já falamos, é a nidação do ovócito fecundado em locais diferentes do útero (gravidezectópica), como na tuba uterina ou no canal vaginal, por problemas na degradação da zonapelúcida ou no transporte do zigoto para o útero.

Segmentação ou clivagem

Após a formação, o zigoto já se encontra em fase de divisão mitótica, iniciando o processo desegmentação ou clivagem, que é uma sequência de divisões mitóticas rápidas com aumentogeométrico do número de células e do material genético, sem haver alteração da massaprotoplasmática (do citoplasma). Com isso, a relação núcleo/citoplasma vai aumentando até atingir aproporção própria da espécie – que é quando acaba o processo de segmentação.Quando chega a 32células, a estrutura como um todo é chamada de mórula.

As células filhas geradas à partir do zigoto são chamadas de blastômeros, e à partir de 4 blastômeros(2ª divisão), eles começam a apresentar especializações de membrana com função de adesão ereconhecimento celular – tais especializações são as proteínas E­caderinas (E de epiteliais, poisposteriormente essas células vão adquirir aspecto epitelial). A partir das próximas divisões, começam aocorrer dois processos nesse conglomerado de células: a compactação e a cavitação. Aconglomeração é dada pela polarização das E­caderinas, encontradas apenas no contato célula­célula,fazendo com que as células fiquem bem aderidas e mais compactas à medida que vão se dividindo.Outras estruturas de adesão e comunicação celular, como as tight junctions (junções estreitas) ejunções comunicantes (tipo GAP), também são importantes no processo de compactação. Com acompactação, é criada uma diferenciação primária entre as células mais centrais e as células maisperiféricas, que começam a adquirir um aspecto epitelial e são chamadas células trofoblásticas (darãoorigem ao córion), em contraste com as internas, chamadas de massa celular interna (que darãoorigem ao embrião e aos demais anexos embrionários).

A diferenciação entre as células da massa celular interna e as células trofoblásticas éexplicada por duas teorias: a teoria “dentro/fora”, que explica que a proximidade com o meioexterno determina a diferenciação das camadas; e a teoria da segregação celular, queresponsabiliza os fatores citoplasmáticos próprios de cada célula pela diferenciação. Nofundo, veremos que a diferenciação de quase todos os tipos celulares a partir de agora vaise dar por uma mistura dessas duas teorias: tanto o meio quanto as próprias células vãoinfluenciar nos processos de diferenciação.

A cavitação se dá quando certas modificações ocorrem a nível da membrana plasmática interna dascélulas trofoblásticas: surgem bombas de Na+/K+ que criam um gradiente de entrada de água noespaço entre as células trofoblásticas e a massa celular interna, levando à formação de cavidadespreenchidas com líquido entre a massa celular interna e a camada periférica. Essas cavidades vão seunindo até formarem uma cavidade central – a blastocele. A massa celular não fica boiando, como

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muita gente na aula, mas se gruda, compactada, a uma certa região da camada trofoblástica. Com aformação da blastocele, a mórula passa a ser chamada blastocisto, e é o blastocisto que chega aoútero, aproximadamente 5 dias após a fecundação, para fazer a nidação.

Mas para que haja a nidação, como vimos antes, é necessária a degradação ou o sumiçoda zona pelúcida. Existem duas teorias (que são mais complementares que excludentes)que explicam como se dá essa libertação da zona pelúcida: a primeira explica que, com oaumento do volume proporcionado pela formação da blastocele, há uma fragilização dazona pelúcida, que se rompe e permite a saída do blastocisto; a segunda explica a saídacom a formação de uma ruptura na zona pelúcida através da secreção da proteínaestripsina pelas células trofoblásticas. Seja pela teoria das fragmentações ou pela teoria dafuga, o blastocisto (normalmente) consegue sair das garras da zona pelúcida e pode nidarna parede posterior do útero, no endométrio. A nidação, como processo isolado, veremosno próximo módulo. O que nos interessa daqui para frente é continuarmos com nossoblastocisto e verificarmos suas alterações morfológicas durante a nidação e posteriormente.

Alterações morfológicas durante a nidação

Continuemos então com as alterações morfológicas e estruturais que ocorrem durante a 2ª semana dedesenvolvimento, durante o processo de nidação. A região do trofoblasto que se liga inicialmente aoendométrio uterino (não sei se tem outro endométrio além desse, mas enfim) é a região onde estácompactada a massa celular interna. Por indução do endométrio, essa região de contato começa asofrer diversas e consecutivas divisões mitóticas, sem a citocinese no fim das divisões, gerando umverdadeiro monte de núcleos num mesmo citoplasma – a essa estrutura dá­se o nome desincíciotrofoblasto (por sua organização em sincício), e ele vai circundando a estrutura do blastocistoenquanto ele vai penetrando no endométrio. Ao restante do trofoblasto (que também vai sendorecoberto pelo sincíciotrofoblasto) dá­se o nome de citotrofoblasto (cito por manter a organizaçãocelular original).

As células da massa celular interna também vão sofrendo alterações e vão migrando paradeterminadas regiões para formar tecidos diferenciados e responsáveis por processos específicos naspróximas fases do desenvolvimento. A migração das células (ou de grupos de células) dentro dostecidos primitivos se dá pelo processo denominado delaminação. Inicialmente, as células da massacelular interna mais proximais à cavidade blastocística (blastocele) vão se diferenciando e adquirindoum aspecto epitelial, formando o hipoblasto. Ao restante das células da massa celular interna, dá­se onome de embrioblasto (haja vista que daí sairão os principais tecidos embrionários). O hipoblasto vaicrescendo perifericamente (localizando­se juntamente ao citotrofoblasto dessa região) e vai envolvendoa blastocele – agora cavidade amniótica ­, sendo aí denominado de endoderma extra­embrionário(EE).

No embrioblasto também surgem diferenciações. A primeira delas se deve ao contato de uma camadade células com o hipoblasto, gerando o tecido de aspecto epitelial cilíndrico, o epiblasto. Acima doepiblasto, dentro do embrioblasto, vão surgindo cavidades devido à entrada de líquido (mediada porbombas iônicas), que se unem para formar a cavidade amniótica – as células do embrioblasto ao redordessa cavidade ganham aspecto epitelial achatado (localizando­se juntamente com o citotrofoblasto

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dessa região) e são chamadas de ectoderma amniogênico.

Agora podemos observar, separando as duas cavidades – amniótica e vitelina ­, um disco central noque agora podemos começar a chamar de embrião, composto por epiblasto e hipoblasto, tambémchamados conjuntamente de disco embrionário bilaminar, responsável pela gênese da grande maioriados tecidos do embrião em desenvolvimento. É importante reparar na nomenclatura das maiorias dasestruturas originadas durante essas fases iniciais mas que não pertencem ao disco embrionário: quasetodas recebem o nome extra­embrionário (EE), como indicador de sua posição no embrião. Aocontrário, a maioria das estruturas a surgir desse disco embrionário serão chamadas de Intra­Embrionárias (IE)

Além das modificações a nível do embrioblasto, temos também a formação de um tecido mesenquimalentre as células provenientes da massa celular interna (endoderma EE e ectoderma amniogênico) e dotrofoblasto (sincício e citotrofoblasto), chamado mesoderma Extra Embrionário. É um tecido de aspectoconjuntivo, no qual vão surgindo cavidades que aos poucos se fundem e o separam num folheto maisinterno e num folheto mais externo. À cavidade gerada dá­se o nome de Celoma Extra­ Embrionário.Apenas uma região contínua com o disco embrionário bilaminar continua com o mesoderma íntegro: ochamado pedículo do embrião, que mantém a ligação das estruturas mais centrais com a periferia doembrião – importante ponto de fixação, considerando a progressiva movimentação e desenvolvimentodas estruturas mais centrais.

Com o final da 2ª semana podemos identificar certas estruturas mais relevantes, como:

1. Âmnios: membrana envoltória da cavidade amniótica, formada pelo mesoderma EE interno mais oectoderma amniogênico (estrutura provinda do epiblasto).

2. Saco Vitelínico: membrana envoltória da cavidade vitelínica, ex­blastocele, composta pormesoderma EE interno e endoderma EE (estrutura provinda do hipoblasto).

3. Córion: envoltório das estruturas como um todo, formado pelas antigas estruturas trofoblásticas(sincíciotrofoblasto e citotrofoblasto), além do mesoderma EE externo.

4. Celoma Extra­Embrionário: cavidade separando o córion das cavidades amniótica e vitelínica,exceto na região do pedículo.

Vamos agora para a 3ª e tensa semana do desenvolvimento – ah, se eu tivesse uns moldes de isoporpra facilitar a vizualização como o Vicente faz…Enfim, vamos no texto mesmo…

O processo de Gastrulação a partir da 3ª semana

Vimos que na segunda semana foi formado o disco embrionário com epiblasto e hipoblasto, separandoas cavidades amniótica e vitelina. Agora veremos como apenas o epiblasto consegue, através dediversas diferenciações e movimentações, gerar os três folhetos embrionários – substituindo o discobilaminar por um novo disco embrionário trilaminar.

Tudo começa com a movimentação e concentração das células do epiblasto na direção axial dopedículo (formando uma linha desde o pedículo até o centro do disco embrionário). Com o crescenteacúmulo dessas células nessa região mais central, é formada uma linha, que vai engrossando – achamada linha primitiva, que termina no nó primitivo (mais ou menos no centro do disco embrionário,

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DIsco Embrionário Trilaminar.

na extremidade cefálica da linha; também chamado Nó de Hensel). Na região central do complexo delinha/nó primitivos, começam a ocorrer processos de invaginação, que formam o sulco e a fossetaprimitivos. Esse processo de invaginação se dá por meio de alterações citoesqueléticas que levam aestreitamentos na parte apical das células, afunilando­as e invaginando a camada de células emdireção ao hipoblasto. Com grande atividade mitótica, essas células se proliferam e começam a sesoltar do complexo de sulco/fosseta primitivos em direção ao hipoblasto:

Complexo de linha primitiva ­ invaginações

Primeiramente, as células da fosseta primitiva (de caráter mesenquimal/amebóide), se fusionam aohipoblasto e terminam por “expremê­lo”, empurrando­o para a periferia e substituindo­ocompletamente. Essa nova camada celular é chamada de endoderma intra­embrionário.

Posteriormente, as células do sulco primitivo sesoltam e começam a preencher o espaço entre oantigo hipoblasto (agora endoderma) e o restantedo epiblasto, agora denominado ectodermaintraembrionário. As células que se desprendem e“preenchem” o espaço entre o endoderma e oectoderma é chamada de mesoderma intra­embrionário. Está formado o disco embrionáriotrilaminar.

Apenas dois pontos entre o endoderma e oectoderma não são preenchidos por mesoderma(são os locais por onde se seguram os pães dosanduíche – endo e ectoderma – e a maionese, omesoderma, não preenche): as membranasbucofaríngea (cefálica) e cloacal (caudal).

Proveniente da proliferação da fosseta primitiva,um grupo de células cresce cranialmente por entre o mesoderma intra­embrionário e ocupa sua partecentral: é o processo notocordal, que gera a notocorda (por uma série de mecanismos complicadosque ele não explicou em sala; tem no Moore para os mais curiosos). A notocorda é uma estruturaresponsável pela indução da formação de diversas estruturas relacionadas com o sistema nervosocentral, com o arcabouço do endoesqueleto, etc. Por se localizar no centro da lâmina do mesodermaintra­embrionário, é chamada de mesoderma axial – o restante de mesoderma é carinhosamente

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chamado de mesoderma lateral, e este vai se expandindo até substituir o mesoderma EE.

Chegamos no fim da 3ª semana com a radical mudança do disco embrionário bilaminar, formado porepiblasto e hipoblasto, ser completamente substituído pelo novo disco embrionário trilaminar, todooriginado do epiblasto e de suas alterações que culminaram no complexo de linha primitiva. Há asubstituição do hipoblasto por endoderma IE, há a “transformação” (é mais uma mudança de nome doque de estruturas) do epiblasto em ectoderma IE e há o preenchimento do espaço entre esses doistecidos pelo mesoderma IE, que substitui todo o mesoderma EE e comporta, no seu interior, anotocorda. Passemos então para o próximo processo, a neurulação – tendo em mente que agastrulação continua, especialmente no mesoderma IE.

O processo de Neurulação

Do fim da 3ª semana ao fim da 4ª semana, visualizamos no embrião modificações importantíssimasque levam à formação primitiva do SNC. A notocorda é a principal responsável pela diferenciação dascélulas ectodérmicas que ficam na sua proximidade, formando um espessamento ectodérmico naregião logo acima da notocorda – chamada Placa Neural ( também chamada de neuroectoderma; ouPlaneural, pra quem copiou diretamente do quadro do professor). A presença da notocorda é vital paraa o processo de Neurulação – sem a notocorda não há a diferenciação da placa neural e as célulasectodérmicas formam epiderme.Além disso, é necessária a ação notocordal no período certo, pois háum certo princípio de temporalidade nos processos embriológicos – cada coisa deve acontecer na horacerta, no local certo.

Existem duas teorias que explicam essas alterações mediadas pela influência da notocorda:a Teoria Clássica fala na indução através de substâncias secretadas pela notocorda, comoa nogina e a cordina; e a Teoria Moderna que se fundamenta na inibição da proteínamesodérmica BMP4 (Proteína Formadora de Osso) pela notocorda, impedindo a ligaçãodesta com os receptores no ectoderma, visto que ela é epidermizante. Independente dequal teoria seja a certa – ou que o certo seja algo entre as duas – , o importante é que sema notocorda o processo não ocorre. E ocorrendo, vamos nos atentar para as mudançasgeradas pela influência notocordal; em especial na região cefálica, em que a notocordainfluencia na formação das estruturas encefálicas, anatomicamente bem distintas da regiãomais estreita que gerará a medula espinhal.

Surge na região de interface entre Placa Neural e ectoderma cutâneo, por influência desses própriostecidos, uma população de células denominada crista neural (chega a ser chamada, por algunsautores, de 4º folheto embrionário). Por invaginação da parte central da placa neural (ponto dearticulação medial) , forma­se o sulco neural – sendo que suas bordas, formadas pela interface placaneural/crista neural/ectoderma, são chamadas pregas neurais, e são responsáveis pelo fechamento dosulco neural: à medida em que este vai invaginando, as pregas neurais vão se aproximando (pontos dearticulação dorso­laterais) e fechando esse sulco, separando o neuroectoderma do ectoderma cutâneo.A separação se dá por estruturas celulares próprias de cada tecido (como as N­caderinas e as N­CAM’s do tubo neural e as E­caderinas do ectoderma cutâneo).

O neuroectoderma se organiza agora num tubo neural, que vai se fechando cranial e caudalmente à

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partir da região do pescoço embrionário – as aberturas que estão em contato com a cavidade vitelínicasão os neuróporos, até seu momento de fechamento (caso não ocorra o fechamento, pode ocorrer aanencefalia ou problemas medulares).

As células da crista neural, além da formação do tubo neural, são responsáveis pela formação domesênquima, que migra para diversas partes do corpo e se diferencia em uma ampla gama celular etecidual.

O tubo neural induz a formação, nas regiões do telencéfalo, diencéfalo e mesencéfalo/metencéfalo, deespessamentos ectodérmicos que desenvolvem especializações sensoriais. Essas estruturas pares sãochamadas de placódios, e são olfatórios, cristalinianos ou ótico.

A notocorda, no adulto, forma o núcleo pulposo das vértebras da coluna espinhal.

Vimos as principais alterações ectodérmicas responsáveis pela formação do SNC primitivo embrionário.Agora vejamos as alterações mesodérmicas durante a neurulação, responsáveis pela formação deesboços de distintos sistemas funcionais, como o cardiogênico, o urogenital, etc.

Alterações no mesoderma

Algo a se comentar, não só a nível mesodérmico, mas também como já visto a nível ectodérmico, atendência marcante da diferenciação é sempre começar a nível mais cranial e terminar mais caudal.Fica o lembrete (porque “fica a dica” fica estranho).

Do centro para a periferia, o mesoderma IE se diferencia inicialmente em mesoderma paraxial,intermédio (também chamado pedículo) e mesoderma da lâmina lateral.

– Mesoderma Paraxial

Constituído de células mesenquimais ( de mesênquima primário, que mantêm sua polaridade basal­apical desde seu desprendimento do sulco primitivo, favorecendo a formação de tecidos com aspectoepitelial), o mesoderma paraxial se condensa cada vez mais em estruturas de aspecto epitelial, comconstrições metaméricas, denominadas somitômeros. Com o desenvolvimento, os somitômeros (um acada lado do tubo neural) vão se dividindo em somitos. E é a relação dos somitos com seus tecidoscircunvizinhos (notocorda, tubo neural e folhetos embrionários) que leva à diferenciação de suascélulas: na região ventro­medial, é formado o esclerótomo (que formará o molde cartilaginoso dacoluna vertebral); na região dorsal é formado o dermomiótomo, constituído de um dermatomo(responsável pela derme proximal) ladeado de um miótomo medial (músculos axiais) e um miótomolateral (músculos dos membros e da parede do corpo).

Após a formação dos somitos, eles começam a se desfazer e “seguir” os fatores influenciadores dediferenciação para a região do corpo em que forem se fixar. Os esclerótomos, por exemplo,permanecem ladeando o tubo neural. Os miótomos laterais, por outro lado, dirigem­se aos membros eà parede do corpo – tudo a seu tempo. Esse “desfazimento” dos somitos se dá a partir da perda damembrana basal das células e a volta à forma mesenquimal (mesênquima secundário, sempolaridade).

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– Mesoderma Intermédio ( ou pedículo)

Não muito especificado pelo professor, apenas vimos que é importante na formação do sistemaurogenital. A estrutura inicial desse sistema é o par de cordões nefrogênicos que ladeiam os somitos edão origem aos rins embrionários – o pronefros, o mesonefros (que será o rim definitivo) e ometanefros.

– Mesoderma da Lâmina Lateral

Sofre processo de cavitação, formando o Celoma Intra­Embrionário, que está inicialmente em contatocom o Celoma Extra­Embrionário. Os folhetos do mesoderma da Lâmina Lateral separados peloCeloma IE são a somatopleura e a esplancnopleura, revestindo todo o celoma. Esse celoma, na regiãomais cefálica à membrana bucofaríngea, formará a cavidade pericárdica, envolvida pelos folhetos domesoderma (futuro pericárdio).

** Mesoderma Cardiogênico

Na região mais cefálica, por desprendimento de células endodérmicas, é formado um mesodermaespecial, chamado mesoderma cardiogênico, que será responsável por formar o coração e osprincipais vasos centrais. O mesoderma cardiogênico será envolvido pelo celoma IE e pelos folhetos domesoderma da lâmina lateral, formando assim a cavidade pericárdica e o pericárdio.

O crescimento do embrião para a cavidade vitelínica e seus dobramentos

Com o crescimento céfalo­caudal do tubo neural (e estruturas adjancentes, como os somitos), oembrião vai se dobrando e invadindo a cavidade amniótica. A membrana buco­faríngea e omesoderma cardiogênico, antes mais cefálicos, agora vão se dobrando ventralmente em relação aoencéfalo.

Os recessos de endoderma formados pelos dobramentos embrionários cefálico e caudal formampregas endodérmicas na cavidade vitelínica, chamados intestinos primitivos anterior e posterior; orestante da cavidade vitelínica entre essas duas pregas é chamado intestino primitivo médio.

Com o contínuo crescimento e dobramento, surgem as partes mais protuberantes anteriormente eventralmente, que são as proeminências cefélica e cardíaca, respectivamente, separadas pela dobrachamada Estomodeo – antiga membrana buco­faríngea.

O fundo do intestino primitivo posterior é a cloaca, delimitada pela membrana cloacal. O intestinoprimitivo posterior cresce e se dobra ventralmente, envolvendo inclusive o alantóide – anexoembrionário ligado ao intestino primitivo responsável pelo armazenamento de excretas e pelacomunicação com o meio externo.

O contínuo e acelerado crescimento do embrião para dentro da cavidade amniótica leva aoenvolvimento do próprio embrião pelo Âmnio, que vai “expremendo” a cavidade vitelínica, separando­se a cavidade vitelínica do intestino primitivo médio. Uma pequena estrutura cordonal ainda une ambasas cavidades (pedículo vitelínico) , além de unir os celomas IE e EE, que são isolados quando há a

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fusão da esplancnopleura da cavidade vitelínica com a somatopleura do Âmnio. À junção dessasestruturas (pedículo, esplancnopleura e somatopleura fusionadas) dá­se o nome de cordão umbilical –aí já estamos no final da 8ª semana de desenvolvimento.

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