embalagem em constante evolução artigo tecnico revista c&t tematica jun2009

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ffiffiNmNmçw$§§ substituições, na atualidade e o o_ X Y o o CÍ) q) = õ = a a o -C .9 z o o f< C o -c o C l- 1) c CD l< o o õ o tL o analisarmos a evolução das embalagens ao longo do tempo, podemos observar que suas alterações e aperfeiçoamentos físicos e tec- nológicos retratam a evolução dos hábitos e costumes da própria humanidade. A emb ala- gem acompanha e se adapta às necessidades do homeffi, evoluindo junto com seu progres- so tecnológico e socioeconômico. No caso das embalagens dos produtos de higiene pessoal a história não é diferente. Sabonetes Os sabonetes em barr a eramoriginariamente acondiciona- dos em envoltórios de papel, impressos em offset ou tipo gra- fia, e embalados à mão individualmente. No entanto, por ser um produto constituído de massa rela- tivamente macia., moldada por compressão e contendo altos teores de umidade, o simples invólucro de papel não se mos- trou suficientemente eficazparacumprir a função de proteção, conservação e integridade de um produto tão delicado como o sabonete. Assim surgiram os protetores internos (inner wraps) fei- tos de cartáo ou papel mais encorpados, numa gramatura e espessura maior que o envoltório externo, visando pequena proteção extra contra choques no sabonete moldado. Ainda hoje estes protetores internos (um componente adicional ao envoltório) possuem uma camada de revestimento impermeá- vel numa das faces, que serve como barreira e também tem a finalidade de reduzir o atrito do material de embalagem com a massa macia e susceptível do sabonete. Posteriormente, observou-se que havia ainda a necessi- dade de melhorar a proteção contra a perda excessiva de umidade (teor de água) que ocorre durante a estocagem ou armazenamento do produto, àfim de se minimrzar a perda de Junho 2009 Wffi ffiffiffiffiWmffiWw q, EVOLUÇAO 0s primerros materiais utilizados, recu rsos encontrados pela indÚstria as principais tendências por SERGIO R. TOLENTINO peso (e de fragrància) por evaporaçáo, no período que ante- cede o consumo. Nesse estágio, os envoltórios - que eram apenas envernizados pelo processo gráftco - pass aÍam a ser "plastificados" ou laminados com um tilme plástico del- gado, incolor e transparente. Os sabonetes de luxo, ou com maior valor agregado, são embalados individualmente em cartuchos impressos em offset ou rotogravura e revestidos internamente. Alguns desses sa- bonetes, mais requintados, são embrulhados individualmente com folhas de papel de seda ou de TNT (tecido-não-tecido). Atualmente também são comuns no mercado os sabonetes mais popu- lares e de alta produtivi- dade, embalados em en- voltórios do tipo saqui- nhos "flow-p ack", confec- cionados geralmente em filmes de polipropileno biorientado (BOPP), bri- thantes ou foscos, impres- sos em flexografta, que permitem envase automático contínuo e a soldagem a quente ou a frio na linha de produção seri ada. Desodorantes Por muito tempo os desodorantes de uso pessoal foram formulados na forma de creme e depois embalados em potes de vidro com boca largae tampa de rosca. O consumidor utrhzava os dedos para fazq a aphcação do produto nas axilas. A segurr, aforma de creme consistente passou a ser subs- tituída pelo bastão cremoso, embalado em tubo plástico. Para ser aplicado, o bastão era acionado para fora do tubo com o dedo polegar. Com o passar do tempo, esse acionamento passou a ser giratório, tornando-se mais higiênico e conve-) s\.*x Produtos de Higiene "NN"

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Page 1: Embalagem em constante evolução   artigo tecnico revista c&t tematica jun2009

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substituições,

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l-1)c(úCDl<ooõotL

o analisarmos a evolução das embalagens ao

longo do tempo, podemos observar que suas

alterações e aperfeiçoamentos físicos e tec-nológicos retratam a evolução dos hábitos ecostumes da própria humanidade. A emb ala-gem acompanha e se adapta às necessidades

do homeffi, evoluindo junto com seu progres-so tecnológico e socioeconômico.

No caso das embalagens dos produtos de higiene pessoal

a história não é diferente.

SabonetesOs sabonetes em barr a eramoriginariamente acondiciona-

dos em envoltórios de papel, impressos em offset ou tipo gra-fia, e embalados à mão individualmente.

No entanto, por ser um produto constituído de massa rela-tivamente macia., moldada por compressão e contendo altosteores de umidade, o simples invólucro de papel não se mos-trou suficientemente eficazparacumprir a função de proteção,conservação e integridade de um produto tão delicado comoo sabonete.

Assim surgiram os protetores internos (inner wraps) fei-tos de cartáo ou papel mais encorpados, numa gramatura eespessura maior que o envoltório externo, visando pequenaproteção extra contra choques no sabonete moldado. Aindahoje estes protetores internos (um componente adicional ao

envoltório) possuem uma camada de revestimento impermeá-vel numa das faces, que serve como barreira e também tem a

finalidade de reduzir o atrito do material de embalagem com amassa macia e susceptível do sabonete.

Posteriormente, observou-se que havia ainda a necessi-dade de melhorar a proteção contra a perda excessiva deumidade (teor de água) que ocorre durante a estocagem ouarmazenamento do produto, àfim de se minimrzar a perda de

Junho 2009

Wffi ffiffiffiffiWmffiWw q,

EVOLUÇAO0s primerros materiais utilizados,

recu rsos encontrados pela indÚstria

as principais tendências

por SERGIO R. TOLENTINO

peso (e de fragrància) por evaporaçáo, no período que ante-cede o consumo. Nesse estágio, os envoltórios - que eramapenas envernizados pelo processo gráftco - pass aÍam a

ser "plastificados" ou laminados com um tilme plástico del-gado, incolor e transparente.

Os sabonetes de luxo, ou com maior valor agregado, são

embalados individualmente em cartuchos impressos em offsetou rotogravura e revestidos internamente. Alguns desses sa-

bonetes, mais requintados, são embrulhados individualmentecom folhas de papel de seda ou de TNT (tecido-não-tecido).

Atualmente tambémsão comuns no mercadoos sabonetes mais popu-lares e de alta produtivi-dade, embalados em en-

voltórios do tipo saqui-nhos "flow-p ack", confec-

cionados geralmente emfilmes de polipropilenobiorientado (BOPP), bri-thantes ou foscos, impres-sos em flexografta, que permitem envase automático contínuoe a soldagem a quente ou a frio na linha de produção seri ada.

DesodorantesPor muito tempo os desodorantes de uso pessoal foram

formulados na forma de creme e depois embalados em potes de

vidro com boca largae tampa de rosca. O consumidor utrhzavaos dedos para fazq a aphcação do produto nas axilas.

A segurr, aforma de creme consistente passou a ser subs-

tituída pelo bastão cremoso, embalado em tubo plástico. Para

ser aplicado, o bastão era acionado para fora do tubo com odedo polegar. Com o passar do tempo, esse acionamentopassou a ser giratório, tornando-se mais higiênico e conve-)

s\.*xProdutos de Higiene "NN"

Page 2: Embalagem em constante evolução   artigo tecnico revista c&t tematica jun2009

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niente: no tubohavia um fusoque elevava ouretrara o bastãode desodorantepara fora oupara o interiorda embalagem(a exemplo de

alguns adesivos em bastãohoje comerctalizados). Esse tipo

de apresentação de desodoranteem bastáo é atnda muito comum

em algumas regiões do mundo, principalmente na Europa.Contudo, â praticidade e o dinamismo da vida moderna exi-

giram que esse tipo de produto fosse formulado na forma líqui-da e se apresentasse embalado em frascos plásticos flexíveis,do tipo squeeze bottle, dotados de válvulas spray (do tipo bu-cha com pescante). Para o usuârto, basta apertar ou espremer o

frasco paradispensaÍ o produto, com um amplo jato pulveriza-do em spray. Sem dúvida, a eficiência operacional durante oprocesso de fabncaçáo, bem como apratrcidade de aplicaçáodemonstrada pela embalagem spray, foram essenciais para amassificaçáo e populanzação do produto na categoria.

Os desodorantes mais sofisticados, ou com maior valoragregado, também adotarum a embalagem do tipo spray, po-rém em tubos metálicos, confeccionados em alumínio ou fo-thas-de- flandres, com acionamento vraválvula aerossol (pro-duto também líquido, pressunzado com gás propelente). Asformas, os tamanhos e os recursos de decoração das emba-lagens de alumínio em aerossol fazemdesta categoria de de-

sodorantes um sucesso mercadológico, com grande atrativovisual no ponto de venda.

TalcosOs talcos, por serem constituídos por um pó fino delicada-

mente perfumado, eram comerctaltzados em requintados esto-jos de boc a larga - tal-queiras - dotados de so-

fisticados aplicadores emforma de esponja circularou de almofadas felpudas(pillow) - que transferiamo pó de dentro do estojoparaa pele do usuário, poraderên cra e estátrca. Es-ses estojos também servi-am de objetos decorati-vos, quando dispostosnuma peça de mobília co-nhecida por "penteadei-

tà" , habituais nos dormitórios até poucas décadas atrâs.

Com a amplraçáo do uso do talco, não mais restrito exclu-sivamente às mulheres, o produto passou a ser embalado emlatas confeccionadas em folhas-de-flandres e decoradas porimpressão lito gráfrca plana. As latas são dotadas de um bicoaplicador, hoje geralmente injetado em material termoplásti-co e com orifícios geometricamente distribuídos (tipo crivo)para promover a aplicaçáo polvilhada do produto por agrta-

ção da embalagem. Por esta razáo funcional, as latas são

envasadas com um espaço vazío interno (head-space) devi-damente regulamentado.

Em paralelo ao uso das latas, adotaram-se também embala-gens cilíndricas tubulares, confeccionadas em papelão semi-rígido e formatadas por enrolagem em espiral, chamadas tipocanister ou ftbra-lata. São revestidas externamente com umrótulo impresso em offset e também dotadas de crivo plásticogtatório montado na extremidade superior.

Por motivos econômicos e operacionais, as latas foramsendo substituídas por frascos plásticos soprados, decora-dos com rótulos adesivos ou por silk-screen, complementa-dos por tampas aplicadoras tipo flip-top.

Hoje, por razóes de segurançae também por exigência legal,

as embalagens de talco não devem ser flexíveis - do tipo sque-

ezable como as de desodorantes - para evitar que o produtoseja acidentalmente pulvertzado contra os olhos ou a boca.

Cremes dentaisO dentifrício, com fins cosméticos e terapêuticos, foi inici-

almente desenvolvido na Inglater-ra no fim do século XVI[.Eraapresentado em potes de cerâmica, formulado em forma de

pó abrasivo ou em pasta. Os consumidores ricos aplicavam o

produto diretamente na escova dental, enquanto a populaçáomais pobre utthzaya os dedos parafriccionar o produto em pónos dentes.

Com o advento da venda por auto-serviço, o surgimentodos superÍnercados e a popularizaçáo do creme dental na con-sistência de creme ou gel, o produto passou a ser embalado em

bisnagas flexíveis (collapsible tubes), confeccionadas origina-riamente em alumínio puro, pelo processo industialde extrusão

a impacto. Depois de envasado, o tubo metálico era fechado nofundo por uma série de dobras e recrayação final e, então, acon-dicionado individualmente em cartuchos de cartão.

Graças ao ayanço da tecnologia, as bisnagas passaram aser confeccionadas em polímeros termoplásticos, pelo pro-cesso de extrusão do tubo e posterior soldagem do ombrocom rosca. Alternativamente, houve também a bisnaga plásti-ca, confeccionadapelo processo de moldagem por sopro (empeça única), que sofria de algumas limitações quanto à unifor-midade da espessura de parede e eficiência das propriedadesde barreira à umidade e oxigênio.

Por apresentarem alto índice de produtividade e muitas

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NN Ediçáo Temática Junho 2009

Page 3: Embalagem em constante evolução   artigo tecnico revista c&t tematica jun2009

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vantagens logísticas, as bisnagas de creme dental passa-

ram a ser confeccionadas com material laminado plano, com-

posto de múltiplas camadas delgadas (polietileno/película

de alumínio/polietileno). O material laminado tem alto de-

sempenho de barreira e é impresso em operação contínua,

em bobinas, pelo processo de rotogravura ou flexografia e

depois conformado em tubos, por soldagem eletrônica de

altafreqüência em equipamento s especiais (tube formers) .

Também as bisnagas plásticas laminadas, embora mais re-

sistentes ao impacto, são acondicionadas individualmente

em cartuchos de cartão, impressos em offset. As bisnagas

laminadas, em relação às de alumínio 1 007o, enfrentâffi, con-

traditoriamente, uma problem âttcade ordem ecológica pe-

las limitações de reciclagem do seu material multicamada.

O final dos anos 1980, e inicio dos 1990, foi uma época

marcante paru a história da embalagem de cremes dentais.

Nesse período surgiram algumas "inovações", cujos pro-

jetos infelizmente naufrag aÍammais tarde.

Foi neste período que apareceram os pequenos frascos

plásticos cilíndricos e semiflexíveis, tipo "stand-up pack". Ardéia era obter maior praticidade no uso do creme dental,

uma yezque os frascos permaneciam na posição vertical e a

tampa, também cilíndri caelarga,estava sempre voltada pafa

baixo. Assim, o creme dental, por efeito da ação da gravida-

de, poderia perÍnanecer sempre próximo ao orifício de saída

na tamp a, factlitando sua dispensa pelo consumidor.

Porém, a resina termoplástica utthzadanaprodução des-

ses frascos (polietileno ou polipropileno) mostrou-se mui-

to suscetívelao fenômenode "mi gtaçáo"(perda de umi-dade por meio

das porosasparedes dofrasco, por ca-

pilaridade oupermeabilida-de), caracterís-

tica muito pre-judicial à for-mulação do creme dental, constituída basicamente de car-

bonato de cálcio e água, muito dependente da umidade

paru manter-se consistente e não se ressecar.

Nesse período, surgiram também as sofisticadas em-

balagens pump dispenser, procurando-se obter a máxima

comodidade de aplicação do creme dental na escova. Eram

tubos plásticos verticais, do tipo "stand-up", constituí-

dos de várias peças plásticas e metálicas de precisão.

Projetada com um tamanho paruconter aproximadamente

de 1 20 a 180 gramas de produto, um complexo conjunto

de pistão, molas e atuadores permitiam a vazáo de um

Junho 2009

O que os clientes buscam no design de embalagens para

esses produtos? A resposta é simples: personalidade, ino-

vação e, preferencialmente, baixo custo. Quem garante é o

diretor da MN Design, Mário Stavale: "Em relação às ferra-

mentas tecnológicas, as agências estão bem niveladas, o

grande diferencial tem sido como elas combinam tais estra-

tégias", comenta.

Para Stavale, o momento éfazet "o máximo com o mínimo", o

que também pode levar a soluções inovadoras. Dois cases

recentes da agência, nos Segmentos de sabonetes (Davene)

e desodorantes (tlnilever), são bons exemplos disso.

Rexona Roll-on 30 ml

O frasco do Rexona Roll On 30 mlfoi pensado para atender tanto opúblico feminino quanto masculi-

no, sem a necessidade de s9 utili-zar frascos diferentes. O objetivofoi proj etarfeminilidade e masculi-

nidade em apenas um frasco. "Foi

desenvolvido o conceito de uma

embalagem, que em vez de Possuirlinha masculina e feminina no mes-

mo painel, possuísse um lado masculino com linhas mais forr

tes, e um feminino com linhas menos marcadas. Foi uma for-

ma de person aLtzar o produto sern aumento de custo", ressal-

ta a MI{ Design.

O frasco roll-on possui tampa injetada, produzido em PEAD

(polietileno de alta densidade), com rótulo e contra-rótulo.

Sabonete La Flore em barra 180 S

A criação baseou-se no conceito de barra econômLça, que

pudesse ser utilizada por toda a família. "Este ó um sabonete

grande, muito perfumado, muito çolorido; enfim, representa

tudo o que ó exageradamente positivo", destaça a agência.

0 tamanho diferenciad o fazcom que a consumidora identifi-que facilmente o produto na gôndola. lá a transparência da

embalagem harmonuza o rótulo com o produto'

O desenho da barra foi desenvolvido de maneira a proporci-

onar o menor contato do sabonete com a superfície onde

será depositado, aumentando a

sua durabilidade. A agência de-

senvolveu um formato ergono-

mótrico, de forma que o tama-

nho do sabonete o'encaixe Per-

feitamente no formato das

mãos", informa a MI.l Design.

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POR ERICA FRANQUILINO

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Produtos de Higiene "-$--N

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cordão de creme dental por simples compressão'do botãoatuador da válvula, localizado na cabeça (topo) da embala-gem.Apesar do forte apelo mercadológico , daextrema facili-dade de uso (eram largamente utrltzados em cremes dentaisinfantis) e do bom destaque no ponto de ven da, alguns in-convenientes desta embalagem, como o elevado número decomponentes, a complexidade da operação de montagem e oalto custo, impediram sua permanência no mercado.

Outra tentativa frustrada de inov açáo de embalagem nestacategoria foi a introdução do chamado "stand-up pou ch" , queconsistia num tipo de saco plástico confeccionado em materi-al laminado multicamadas, soldado eletronicamente e dotadode uma tampa de rosca (inviolável) no topo da embalagem.Projetada originalmente para envasar produtos alimentíciosisotônicos líquidos, este tipo de embalagem paÍacreme dentalmostrou-se inconveniente ao usu átto, visto gue, quando dametade de seu consumo em diante, o "pouch" jánáo permane-cia na posição verti cal, provocando dificuldades de arm aze-namento e até mostrando-se ergonomicamente insatisfatóriono manuseio e dispensação do creme.

Com o advento da tecnolo gta para bisnagas laminadas,surgiram as práttcas bisnagas laminadas "stand-up tube", Quese apresentam com um diâmetro mais largo que o convencio-nal, mais curtas, e dotadas com uma conveniente tampa dotipo flip-top, igualmente Largae com topo plano parupermitirque a embalagem permaneça sempre na posição vertical parafacilitar o pronto consumo do produto. Hoje, este tipo de bis-naga, embora restrita aos produtos com maior valor agregado,dispensa o uso de cartuchos e conta também com uma sela-gem diferenciada no fundo, recortado com formatos curvilíne-os que, por sua yez, aumentam ainda mais seu apelo mercado-lógico no ponto de venda.

Quanto à evolução observada nas tampâs, as bisnagas decreme dental usam dois tipos básicos: as tradicionais tampascônicas, com rosca contínua (apropriadas para as formula-

ções à base de carbonato de cáÃcio) e as práticas tampas tipoflip-top - de uso mais restrito às formulações de creme dentaltipo "gel", por apresentarem menor desempenho de vedaçáo.

Enxaguatórios bucaisOs primeiros enxaguatórios bucais líquidos de uso cosmé-

tico eram embalados em frascos de vidro. Contudo, devido aopeso e alto risco de acidentes, o vidro foi substituído porresinas de PVC, cujos frascos, bem mais leves e relativamentemais resistentes ao impacto, são confeccionados pelo proces-so de sopro.

O PVC, porém, sofreu sérias restrições de ordem ecológi-cà, aliado ao fato de não apresentar resultados plenamentesatisfatórios nos testes de estabilidade físico-química comdeterminadas formulações de enxaguantes bucais - tanto osfluoretados quanto os antimicrobianos.

N.sNNeS Ediçáo Temática

Aos poucos, o PVC tambóm foi sendo substituído com osurgimento da resina de PET (polietileno-tereftalato),

apresentando enormes vantagens na produção de fras-cos devido às suas características e propriedades físicas, prin-cip almente na alta tran sp arênci a, c omp atibilidade quím rc a, r e-

sistência mecânica e disponibilidade no mercado.As diferenciações de embalagem de enx aguatório bucal,

entre a concorrência, apresentam-se no tamanho, design e

ergonomia do frasco, bem como na praticidade e segurunçaoferecida pela tampa do produto.

. :.:.rit::.i:ri+iri,

TendênciasA anáLise do mercado desses segmentos de produtos re-

vela que há uma forte tendênclapara os seguintes aspectos:- Tamanho da embalagem, visando, de um lado, snua porta-

bilidade (tamanhos pequenos e convenientes, paru uso forado lar, como escritórios, escolas, clubes e academias) e, poroutro, tendo por alvo a redução do preço ao consumidor (comtamanhos tipo "famílta",maíores e mais econômicos, paruusona casa do consumidor, ou para ações promocionais de ma-rketing nas ofertas de conteúdo - tipo "leve X e pague Y").

- Constante busca de inovações tecnológicas nos materi-ais de fabricação da embalagem, QUe visem torná-los cada yez

mais leves e mais eficientes na proteção ao produto embaladoe quanto às propriedades de barreffaà umidade e ao oxigênio,prolongando sua vida útil.

- Apelo mercadológico de estilo jovem, contemporâneo,"hitech" e esportivo no design da embalageffi, objetivandouma forte conotação de alto status social paru quem usa oproduto, proporcionado pela sofistic açáo do design e/ou dografismo da decoraçáo da embalagem.

- Apelos ecológico e ambiental do material da emb ala-geffi, com relação à sua sustentabilidade, viabilidade econô-mica de reciclagem e redução do número de componentes,com o intuito de minimtzar o impacto da embalagem vazianomeio ambiente. f

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Junho 2009