embaixada do brasil na haia clipping de notícias · além da importância do investimento em...
TRANSCRIPT
1
Embaixada do Brasil na Haia
Clipping de Notícias
Edição nr. 90 24 de novembro de 2015 Notícias desta edição:
*Necessidade dos países investirem em infraestrutura é um dos focos do G20 Página 2 (Blog do Planalto 15/11/2015) *Brasil e Holanda reforçam cooperação em ciência, tecnologia e inovação Página 4 (Ministério da Ciência e Tecnologia 18/11/2015)
*Brasil e EUA anunciam novos acordos em convergência regulatória e patentes Página 5 (MDIC 19/11/2015) *Proposta de redução de emissões do Brasil é exemplar, diz Presidente da COP21 Página 8 (Blog do Planalto 22/11/2015)
*Levy: “o país tem inúmeros vetores de crescimento” Página 10 (Ministério da Fazenda 23/11/2015)
*Brasil e Chile assinam Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) Página 11 (MDIC 23/11/2015)
2
Necessidade dos países investirem em infraestrutura é um dos focos
do G-20
15/11/2015 - Blog do Planalto - Reunião de Cúpula do G-20
Brasil chega à Turquia com o respaldo da implantação do Programa de Investimento em Logística, com previsão de investimentos de quase R$ 200 bilhões em obras de infraestrutura
A retomada do crescimento econômico dos países do G20 apoiado em planos nacionais de investimento foi uma das
principais discussões da Reunião de Cúpula do G20, que aconteceu em Antália, na Turquia. Tanto assim que a Turquia,
atual presidente do grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia, adotou a necessidade de
investimentos como um dos lemas de sua presidência, ao lado da implementação e da inclusão, os chamados 3 “I”s.
Por isso, a Turquia tem defendido que os integrantes do grupo estimulem e apresentem ao G20 seus planos nacionais
de investimento como maneira de promover a aceleração do crescimento em cada um dos países membros do grupo,
afirmou o subsecretáriogeral de assuntos econômicos financeiros do Itamaraty, Carlos Márcio Cozendey, em entrevista
ao Blog do Planalto.
O Brasil chegou à Cúpula do G20 com o respaldo da implantação do Programa de Investimento em Logística (PIL), cuja
segunda fase, lançada pelo governo federal em junho desse ano, prevê investimentos de quase R$ 200 bilhões em
obras de infraestrutura como ferrovias, rodovias, portos e aeroportos.
Além da importância do investimento em infraestrutura, o G20 chega à sua cúpula tendo priorizado em 2015 o tema da
implementação dos compromissos firmados entre as principais economias do mundo tanto no que se refere à promoção
do crescimento quanto à regulação do sistema financeiro. Um dos objetivos do grupo, por exemplo, firmado na cúpula
de Bribane, na Austrália, é elevar o PIB coletivo em 2,1 pontos percentuais até 2018.
Inclusão e juventude
Além disso, o embaixador Cozendey enfatizou a dimensão inclusiva trazida pela Cúpula de Antália, que tem como lema
a “construção de economias fortes a partir da força da juventude”. Dentro dessa perspectiva, os líderes globais devem
firmar o compromisso coletivo pela redução do desemprego juvenil, formado por jovens que não trabalham, nem
estudam em 15% até 2025.
No encontro, a previsão é que os líderes também apresentem o Plano de Ação do G20 sobre Acesso à Energia, com
foco na África Subsaariana, onde se concentra a maior parcela da população mundial ainda desprovida de energia
(cerca de 600 milhões de pessoas). Segundo o embaixador, a iniciativa brasileira do Luz para Todos foi um dos projetos
3
utilizados como referência para a idealização do plano.
A previsão é de que os países do G20 se comprometam a enfrentar a questão do desperdício de alimentos, que leva à
perda de quase um terço de todos os alimentos produzidos para consumo humano no mundo. Segundo Cozendey, a
iniciativa também conta com contribuição brasileira.
Novas iniciativas
O embaixador também adiantou iniciativas recentes que devem ser anunciadas na próxima Cúpula do G20 como a
proposta brasileira de defender a importância dos países do G20 se comprometerem a não intensificar os subsídios para
produtos agrícolas, em razão a queda dos preços internacionais das commodities, e a iniciativa norteamericana de
incluir na discussão o tema da segurança cibernética.
Além disso, temas geopolíticos atuais como o terrorismo, a crise de refugiados e as mudanças climáticas, na preparação
para a Cúpula do Clima de Paris (COP 21) também estão incluídos na pauta.
Fonte: http://www.brasil.gov.br/governo/2015/11/necessidade-dos-paises-investirem-em-infraestrutura-e-um-dos-focos-do-g20
4
Brasil e Holanda reforçam cooperação em ciência, tecnologia e
inovação
18/11/2015 - Ministério da Ciência e Tecnologia - Bioeconomia
Evento realizado em Brasília ressaltou o progresso na parceria entre os dois países e estabelece novos
projetos conjuntos
A 2ª Reunião da Comissão Mista de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada nesta quartafeira (18) em Brasília debateu
medidas para agilizar a cooperação entre Brasil e Holanda nas áreas de bioeconomia, prevenção de desastres naturais,
nanotecnologia, espacial, cidades sustentáveis, tecnologia da informação (TI) e esportes.
Documento assinado pelo chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
(MCTI), Carlos Cardim, e pelo diretorgeral do Ministério da Educação, Cultural e Ciência da Holanda, Hans Schutte, ressalta o
"considerável progresso" na cooperação entre os dois países e estabelece futuras parcerias.
Na reunião, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e a Organização Neerlandesa para
Pesquisa Científica (NWO) apresentaram os resultados parciais dos projetos de cooperação no âmbito da Chamada 26/2013, que
incluem, por exemplo, o melhoramento de cultivares e de produtos da agropecuária, horticultura e aquicultura, e o
desenvolvimento de enzimas com aplicação na indústria de alimentos e de produtos e ferramentas biotecnológicas com aplicação
em saúde animal.
Na área de nanotecnologia, a Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (Setec/MCTI) deve estabelecer uma parceria com a Universidade de Twente para transferência de tecnologia das
universidades e institutos de pesquisa para o setor produtivo. O objetivo é agregar "valor econômico ao conhecimento produzido e
aumentar a competitividade do setor privado utilizando modelos de startups e spin offs na fronteira do conhecimento".
Outro ponto discutido pela Comissão Mista foi a cooperação entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) e o
Escritório Espacial dos Países Baixos (NSO) nas atividades de observação da Terra para agricultura de precisão e gerenciamento
costeiro, e em missões de pequenos satélites e desenvolvimento de sensores.
A cooperação entre Brasil e Holanda também inclui o desenvolvimento científico e tecnológico nas áreas de TI e esportes no
âmbito da realização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.
Fonte:http://www.brasil.gov.br/ciencia-e-tecnologia/2015/11/brasil-e-holanda-reforcam-a-cooperacao-em-ciencia-tecnologia-e-inovacao
5
Brasil e EUA anunciam novos acordos em convergência regulatória
e patentes
19/11/2015 - MDIC - Acordos internacionais
Empresas brasileiras dos setores de máquinas e equipamentos, eletroeletrônicos e luminárias poderão certificar seus produtos no Brasil para exportálos para os EUA Empresas brasileiras dos setores de máquinas e equipamentos, eletroeletrônicos e luminárias a partir de agora poderão
certificar seus produtos no Brasil para exportálos para os Estados Unidos. A mudança vai reduzir o prazo em 75% (de
um ano para três meses) e os gastos com ensaios e testes laboratoriais ficarão 30% mais baratos, em média. Além
disso, as empresas não terão mais despesas com o envio de amostras para laboratórios norteamericanos. Juntas, as
empresas brasileiras dos três setores exportaram, entre janeiro e outubro deste ano, US$ 3,3 bilhões para os EUA.
Este é um resultado concreto do esforço empreendido pelo MDIC desde fevereiro, quando o ministro Armando Monteiro
fez sua primeira visita àquele país. Na ocasião, em encontro com a secretária de Comércio norteamericana, Penny
Pritzker, foram eleitas prioridades para estreitar as relações bilaterais visando resultados de curto e médio prazos. Em
junho, foi assinado Memorando de Intenções sobre Normas e Avaliação da Conformidade, durante a visita oficial da
presidenta Dilma Rousseff ao aos Estados Unidos.
“A nossa relação com os EUA é prioritária e fundamental por valores que compartilhamos e a parceria se reverte num
plano econômico estratégico para potencializar o comércio e os investimentos. Tenho satisfação de ter colaborado para
que, em fevereiro deste ano, tivéssemos iniciado esse diálogo, durante minha primeira viagem como ministro aos EUA”,
disse Monteiro.
"O grande entrave para as vendas aos Estados Unidos se encontra na área de convergência regulatória. São custos
altos para o cumprimento das exigências regulatórias. Certificar, enviar amostras para testes nos EUA. Isso gera custos
elevados. Conseguimos fazer com que a principal certificadora americana decidisse realizar testes laboratoriais no
Brasil. É um movimento que começa hoje e que gerará resultados muito práticos no comércio bilateral", explicou o
secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho.
Inicialmente as certificações norteamericanas serão oferecidas pelo laboratório UL – Underwriters Laboratories, que, na
ocasião assinará um memorando de entendimento com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
(Inmetro), que vai garantir um maior intercâmbio de informações entre as instituições e também capacitação técnica.
MDIC e Inmetro têm trabalhado também com entidades de outros setores, como têxtil, cerâmico e de refrigeração, para
harmonização de normas técnicas que removam as barreiras para exportação para o mercado norteamericano.
Patentes O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) assina nesta quintafeira com o Escritório Americano de
6
Patentes e Marcas (USPTO, na sigla em inglês) um documento que consolida um projeto piloto de cooperação para
exame de patentes, o PPH – Patent Prosecution Highway. É um acordo de cooperação entre escritórios dos dois países
que permite uma “via expressa” para análise de concessão de patentes e o compartilhamento de informações sobre o
exame realizado pelos escritórios. O programa piloto terá duração de dois anos a contar de janeiro de 2016, limitado a
150 pedidos de patentes por escritório.
O PPH poderá beneficiar qualquer pessoa ou empresa que busca proteger seu direito de patente no Brasil e nos
Estados Unidos. O pedido que for depositado inicialmente no INPI, e também depositado no USPTO, poderá ser
priorizado pelo INPI e, pela via do PPH, ter sua análise igualmente priorizada pelo escritório americano. O projeto prevê,
também, que o INPI priorizará pedidos do setor de petróleo e gás, importante para os dois países, enquanto o USPTO
poderá analisar prioritariamente pedidos brasileiros de qualquer campo técnico.
Os principais benefícios esperados são a celeridade no processo de análise de concessão das patentes em ambos os
países, bem como a melhoria na qualidade do exame e do escopo da patente concedida.
“Em relação à convergência regulatória, a padronização de normas é muito importante para a indústria brasileira.
Firmamos o acordo quadro em Convergência Regulatória e estreitamos nossa relação na área de propriedade
intelectual. O PPH reúne 34 escritórios de patente que estão integrados. E agora o nosso INPI também. A cooperação
internacional é indispensável neste momento. Quero expressar que o governo brasileiro continuará promovendo mais
esforços para que esta relação de dinamize, se amplie, e para que o comércio exterior ganhe cada vez mais
importância”, afirmou Monteiro.
Convergência regulatória A Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) e a American Apparel & Footwear
Association (AAFA) vão iniciar um trabalho para analisar os respectivos padrões e normas técnicas em áreas
específicas. O objetivo é avançar na convergência regulatória ou no reconhecimento de mecanismos mútuos.
Coerência regulatória Brasil e Estados Unidos assinaram memorando que estabelece cooperação bilateral sobre
boas práticas regulatórias. O documento incentivará a troca de experiências sobre práticas de transparência na
regulamentação do comércio exterior, coordenação entre órgãos intervenientes e eliminação de barreiras regulatórias
desnecessárias ao comércio. Do lado brasileiro, o memorando é assinado pela Câmara de Comércio Exterior do Brasil
(Camex) e, do norteamericano, pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos e pelo Gabinete de Informação e
Assuntos Regulatórios do Escritório Americano de Orçamento e Gestão (OIRA, na sigla em inglês).
Harmonização Técnicos do U.S. Census Bureau e do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do MDIC
completaram a harmonização das estatísticas do comércio que utilizam dados de 2012, 2013 e 2014. O grupo vai seguir
com a troca de dados recentes para monitorar possíveis discrepâncias e determinar se há necessidade de análises
adicionais.
No comércio de serviços, a Secretaria de Comércio e Serviços do MDIC, o International Trade Administration (ITA) e o
7
U.S Bureau of Economic Analysis (BEA) trabalham estabelecer intercâmbio de experiências e metodologias de coleta de
dados para análise e publicação de estatísticas sobre o comércio internacional de serviços.
Além disso, o American National Standards Institute (ANSI), a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o
Inmetro trabalham em conjunto na criação de um portal online sobre normas dos dois países. O trabalho está em fase
de tradução e a expectativa é lançálo nos próximos meses.
Facilitação de comércio Os dois países, com o apoio do setor privado, têm avançado na cooperação para identificar
e eliminar gargalos e propor iniciativas que apoiem as políticas de facilitação do comércio bilateral. A intenção é superar
barreiras administrativas e obter a redução de custos e prazos nas transações comerciais, com consequente incremento
no fluxo bilateral de comércio.
Um dos gargalos identificados foi a necessidade de assinatura manual de alguns documentos, o que poderia ser
solucionado por meio da utilização de assinaturas digitais. A partir de reuniões feitas entre técnicos dos dois países foi
detectada a possibilidade de se utilizar o reconhecimento mútuo ou a certificação cruzada em assinaturas eletrônicas
para a apresentação de alguns documentos, como um primeiro passo para melhorar o comércio bilateral e promover a
facilitação do comércio. A adoção de assinaturas eletrônicas também foi considerada uma importante ação do setor
privado em ambos os países.
A ação está em sintonia com as iniciativas de ambos os governos para modernizar suas administrações aduaneiras, por
meio da implementação de guichês únicos de comércio exterior (single windows). No caso brasileiro, o Portal Único de
Comércio Exterior já conta com ferramenta de anexação de documentos digitais e contará, quando plenamente
implementado, com soluções para processar documentos eletrônicos. Os Estados Unidos têm trabalhado em seu
projeto de single window, que deve ser concluído em 2016.
Fonte:http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/noticia.php?area=5¬icia=14179
8
Proposta de redução de emissões do Brasil é exemplar, diz
presidente da COP21
22/11/2015 - Blog do Planalto - Relações Exteriores
Após encontro com Dilma, ministro francês diz que tem certeza de que poderá contar com o País para
chegar a um acordo de redução de gases do efeito estufa
O Brasil terá um papel preponderante no âmbito da 21ª Conferência das Partes da ConvençãoQuadro das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), prevista para acontecer de 30 de novembro a 11 de dezembro, em Paris,
afirmou o ministro de Assuntos Exteriores e do Desenvolvimento Internacional da França, Laurent Fabius, neste
domingo (22). Além de ser o chanceler francês, Fabius também presidirá a COP21.
Após conversar com a presidenta Dilma Rousseff, em reunião no Palácio da Alvorada, o ministro disse que sairá do
Brasil com a certeza de que poderá contar com o País para chegar a um acordo efetivo entre os países para diminuir a
emissão de gases do efeito estufa, reduzindo o aquecimento global.
A principal meta da COP é limitar o aumento da temperatura em 2º Celsius até 2100. Fabius disse que sua confiança no
Brasil se baseia na meta da Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida (INCD – da sigla em inglês de
Intended Nationally Determined Contributions) anunciada pelo Brasil na última reunião da ONU, em setembro
passado,quando o País se comprometeu em reduzir em 37% suas emissões de gases de efeito estufa até 2025,
totalizando uma queda de 43% até 2030, comparada aos níveis de 2005.
Na visão do ministro, é preciso que os outros países se comprometam com metas ambiciosas assim, para garantir que a
COP21 não fracasse. “A conferência tem que ser um sucesso. Não temos plano B porque não temos um planeta B”,
alertou.
“Precisamos lutar contra as mudanças climáticas que ameaçam a todos os países do mundo. Isso serve para a Europa,
para a França, para a África, para o Brasil e para todos os continentes. Porque a situação de diferentes países
evidenciam a necessidade de encontrarmos um acordo. E uma das razões pelas quais eu decidi vir ao Brasil é porque a
meta de INDC apresentada pelo governo no final de setembro, é particularmente ambiciosa e exemplar”.
Fabius lembrou que o Brasil é um ator histórico das negociações em questões climáticas, e citou a Cúpula da Terra, em
1992, no Rio de Janeiro.
“Hoje o Brasil tem um papel preponderante, essencial, nas negociações, porque ele é reconhecido como a força
engajada, comprometida e é por isso que contamos com o Brasil para exercer esse papel ativamente em Paris, para
9
que nós cheguemos a um consenso frente a todos os desafios que temos a enfrentar”.
O presidente da COP21 disse ainda ter gostado muito de conversar cm a presidenta Dilma sobre a conferência do clima.
E acrescentou ter esperança de que o encontro termine bem pelo fato de 170 das 190 nações terem apresentado
propostas para redução da poluição.
Fonte:http://www.brasil.gov.br/governo/2015/11/proposta-de-reducao-de-emissoes-do-brasil-e-ambiciosa-e-exemplar-diz-presidente-da-cop21
10
Levy: “o país tem inúmeros vetores de crescimento”
23/11/2015 - Ministério da Fazenda - Desafios
Ministro acredita no turismo, na substituição de importações e no aumento da produtividade de bens de
serviço. “A gente só precisa ter um pouco de ambição”, afirmou, em evento na Firjan.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou, nesta segundafeira (23/11), que “o país tem inúmeros vetores de crescimento tanto agora para 2016 quanto para os próximos anos”. Segundo ele, o Brasil “só precisa ter um pouco de ambição e ir ao que realmente é fundamental para alcançar isso: fazer acertos institucionais que permitam à economia funcionar com menos atrito e mais previsibilidade”.
De acordo com Levy, “temos que utilizar melhor nossas vantagens, criando fontes de crescimento como o turismo e a substituição de importações”. Ele explicou que é necessário ao país se concentrar no aumento de produtividade “de bens de serviços” para melhorar a eficiência da economia.
Para o ministro, “muita gente só pensa no ajuste fiscal. Ele é muito importante, mas não se deve pensar apenas nele”. Levy explicou que, do ponto de vista intelectual, o ajuste quase se concluiu. “Agora tem de acontecer no Congresso”.
Levy afirmou que o Brasil precisa fazer “o dever de casa”, assim como todos os países. “O desafio está posto. O Brasil saberá responder a esses desafios”, afirmou. Segundo ele, resolver a questão fiscal é fundamental para criar um mínimo de previsibilidade. “O PIB caiu porque as pessoas pararam para ver o que vai acontecer”, disse. “Na hora em que ficar claro, as pessoas vão responder. Essa é a hora em que o crédito volta e as empresas voltam a investir”, afirmou, durante o seminário Reavaliação do Risco Brasil, promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), na sede da Firjan, no Rio de Janeiro.
O ministro enfatizou a necessidade de evoluir do ponto de vista regulatório e legal para simplificar a vida das empresas e das pessoas. Ele citou, como exemplo, a reforma tributária. “Queremos passar o regime do PIS/Cofins para crédito financeiro, o que vai tornar mais rápido para as empresas e diminuir o contencioso”.
O ministro afirmou que fontes tradicionais de financiamento de longo prazo, como FGTS e BNDES, não devem crescer na mesma proporção que antes. Nesse sentido, o desaquecimento da economia brasileira criou a chance de repensar essas estruturas. "Ganhamos um tempo para pensar como será a nova arquitetura. Mas essa arquitetura, baseada em crédito livre, só vai acontecer se o fiscal permitir a queda dos juros de longo prazo".
Segundo Levy, "temos de fazer escolha entre consumo e poupança. Se aumentarmos poupança apenas por alavancagem, será difícil manter programa de infraestrutura. Se as taxas de juros continuarem altas, se não houver formação de equity, será difícil”.
Fonte:http://www.fazenda.gov.br/divulgacao/noticias/2015/novembro/levy-201co-pais-tem-inumeros-vetores-de-crescimento201d
11
Brasil e Chile assinam Acordo de Cooperação e Facilitação de
Investimentos
23/11/2015 - MDIC - Cooperação Internacional
Objetivo é oferecer um ambiente institucional mais propício para a operação das empresas dos dois países
Brasil e Chile assinaram nesta segundafeira Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI). Segundo o
ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, que lidera missão empresarial ao Chile,
o objetivo do ACFI é oferecer um ambiente institucional mais propício para a operação das empresas, estabelecendo
mecanismos adequados para a mitigação de riscos, prevenção de controvérsias e melhoria da governança para os
investidores.
“O ACFI é um instrumento que se reveste de grande relevância para fortalecer a nossa integração produtiva e uma mais
efetiva inserção nas cadeias de valor, por meio de parcerias entre nossas empresas e do acesso ampliado e seguro dos
empreendedores em nossos territórios”, afirmou Monteiro.
O presidente da Sociedade de Fomento Fabril (entidade setorial que congrega a indústria chilena), Hermann Von
Muhlenbrock ressaltou a importância do ACFI: É um importante marco legal para aumentar investimentos das nossas
empresas". Para Olavo Machado, da Confederação Nacional da Indústria, o “Brasil tem mais de 70 empresas instaladas
no Chile e o volume de investimento do Chile no Brasil é crescente”.
Monteiro destacou que além do ACFI, Brasil e Chile podem avançar na direção de um acordo na área de compras
governamentais, abrindo os mercados e conferindo tratamento isonômico entre as empresas brasileiras e chilenas.
“Brasil e Chile tem muito a ganhar adotando medidas de facilitação de comércio. Nesse sentido, destaco importante
iniciativa dos nossos países em implementar bilateralmente o Projeto de Certificação de Origem Digital (COD). Isso
proporcionará maior rapidez, segurança e economia na emissão do certificado de origem e nas tratativas comerciais”.
Parceria estratégica
Nos últimos anos, o Chile tem figurado como o segundo maior parceiro comercial do Brasil na América do Sul e o
terceiro maior na América Latina. De 2004 até 2014, a corrente de comércio entre Brasil e Chile aumentou de US$ 3,9
bilhões para cerca de US$ 9 bilhões, o que significa crescimento de 128%.
Segundo Monteiro, essa “extraordinária expansão” resulta, em grande medida, do sucesso do Acordo de
12
Complementação Econômica nº 35, que promoveu a completa desgravação tarifária entre Brasil e Chile, e do Acordo de
Serviços MercosulChile, que permitiu a maior presença de empresas chilenas no Brasil e brasileiras no Chile.
O ministro afirmou ainda que Brasil e Chile têm um papel crucial no processo de aproximação e integração entre
Mercosul e a Aliança do Pacífico.
“Temos a convicção de que uma maior integração entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico poderá fortalecer a nossa
posição no comércio mundial e garantir uma inserção mais qualificada nas cadeias regionais e globais de valor. A
proximidade geográfica e as nossas afinidades históricas e culturais são fatores que devem ser valorizados e que
concorrem para consolidar uma maior aproximação”.
Fonte:http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/noticia.php?area=5¬icia=14186